Considerando a atual situação da pandemia do coronavírus (covid-19)
onde requer esforços de todos na prevenção da doença, embora não
sendo este um tema estritamente contábil, mas além das questões
de saúde pública, a má condução nas ações e procedimentos podem
acarretar grandes transtornos também na esfera administrativa e
financeira da Igreja, sugere-se que estas adotem um manual de
boas práticas para a prevenção do Covid-19 visando,
principalmente, os seguintes objetivos:
A) manter escrito as regras/procedimentos que a igreja e os
membros devem ter na prevenção do Covid-19, dentro das
dependências da igreja, evitando assim orientações
desencontradas;
B ) que a igreja passe uma imagem mais “simpática” a comunidade
(Atos 2:47);
C) provável utilização do documento como instrumento de defesa
em uma possível denúncia e/ou processo.
Com o apoio da Enfermeira Kelly Santos (Registro Coren 164253),
foi elaborado um modelo de manual, com base na legislação do RS
e, mais especificamente, do município de Porto Alegre, para
servir como sugestão para as igrejas, que deverão adequar a sua
realidade e a legislação local (municipal e estadual), bem como
ir procedendo as atualiações necessárias em virtude das
constantes mudanças nas legislações.
MODELO DE MANUAL DE PRÁTICAS PARA A PREVENÇÃO DO COVID-19 NA
IGREJA
(Versão 1.0, de 07/06/2020)
O QUE É O CORONAVÍRUS OU COVID-19?
É uma doença causada por um vírus identificado em 2019, na
China. Esse micro-organismo é capaz de causar graves infecções
respiratórias e tem esse nome porque seu formato, quando
observado em microscópio, se assemelha a uma coroa.
COMO É TRANSMITIDO?
A transmissão da doença costuma ser por meio de: gotículas de
saliva, espirro, tosse, contato pessoal próximo (como toque ou
aperto de mão), contato com objetos ou superfícies contaminadas,
seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O MANUAL
Considerando:
- A necessidade de garantirmos a segurança de pastores, membros
e visitantes;
- A retomada das atividades nas igrejas ter sido autorizada pela
legislação, desde que cumpridas as medidas preventivas ao
contágio do Coronavírus;
Fica instituído o Manual de Boas Práticas para Prevenção do
COVID-19, a ser cumprido por todas as pessoas que adentrarem o
local do templo e demais dependências da Igreja. A participação
presencial nos cultos é livre e de responsabilidade pessoal.
1 CABE A IGREJA
1.1 Limitar, conforme legislação, o máximo de xx (xxxxxxx)
pessoas nas dependências da Igreja, incluindo Pastores,
Ministério de Louvor, Equipe de filmagem/som, demais membros e
crianças.
1.2 Realizar o controle prévio de acesso de até xx (xxxxxxxxxx)
pessoas, evitando aglomeração de pessoas e permitindo o acesso
ao templo somente com uso de máscara.
1.3 Sugerir que pessoas do grupo de risco, idosos e crianças
participem somente de atividades e do
culto online (não serão oferecidas atividades para crianças
eventualmente presentes).
1.4 Orientar os membros sobre a obrigação de informar à Igreja
sobre qualquer sintoma de síndrome gripal e/ou resultados
positivos para a Covid-19, caso tenham ido ao templo.
1.5 Não permitir o acesso à Igreja a pessoas que testaram
positivo para Covid-19, ou que tiverem contato, ou residam com
caso confirmado de Covid-19, ou apresentem sintomas de síndrome
gripal.
1.6 Afixar em local visível cartazes informativos com
orientações sobre a necessidade de higienização das mãos, uso de
máscara e distanciamento entre as pessoas.
1.7 Disponibilizar álcool gel 70% e/ou preparações antissépticas
ou sanitizantes de efeito similar no ambiente para os membros em
locais estratégicos e de fácil acesso.
1.8 Manter todos os ambientes com ventilação natural, com pelo
menos uma janela ou porta aberta, independente do uso de
equipamento de climatização, contribuindo assim com a renovação
do ar.
1.9 Manter limpos filtros e dutos de ar-condicionado.
1.10 Organizar a disposição dos bancos/cadeiras de modo a
assegurar distanciamento mínimo de 2 (dois) metros entre cada
um, evitando que ocorra aglomeração e diminuindo o cruzamento
entre as pessoas.
1.11 Higienizar, periodicamente, as áreas e superfícies comuns
como pisos, corrimãos, mesas, bancos, microfones, gazofilácios,
máquinas de cartão de crédito/débito, maçanetas e demais áreas e
superfícies com álcool em gel 70% e/ou preparações antissépticas
ou sanitizantes de efeito similar.
1.12 Higienizar, periodicamente, os pisos e banheiros,
preferencialmente com álcool em gel 70% (setenta por cento) e/ou
preparações antissépticas ou sanitizantes de efeito similar.
1.13 Dispor de Kit completo nos banheiros (álcool gel 70% e/ou
preparações antissépticas ou sanitizantes de efeito similar,
sabonete líquido, toalhas de papel não reciclado e lixeira com
tampa com dispositivo que permita a abertura e o fechamento sem
o uso das mãos, pedal ou outro tipo de dispositivo).
1.14 Impedir o consumo de lanches e/ou refeições antes, durante
ou ao final dos cultos na área privada da Igreja, tanto dentro,
quanto fora do templo.
1.15 Oferecer, no dia da Ceia do Senhor, o “pão e vinho”
devidamente preparados em porções individuais e lacradas,
evitando assim qualquer tipo de contaminação; e garantir que a
entrega dos elementos aos membros presentes seja feita
utilizando luva descartável e máscara.
1.16 Manter fechadas as áreas sociais e de convivência.
1.17 Incentivar que as contribuições de dízimos, ofertas e de
outras doações ocorram, preferencialmente, através de
transferências bancárias, ou por aplicativos ou outros meios, a
fim de evitar contato manual na Igreja com cédulas e/ou cartões.
2 CABE AOS MEMBROS E VISITANTES
2.1 Observar rigorosamente as recomendações passadas pela equipe
de apoio aos cultos, adotando as práticas para o devido
cumprimento.
2.2 Adentrar o templo utilizando a máscara e permanecer assim
durante todo o transcorrer do culto até a saída das dependências
da Igreja.
2.3 Realizar a higienização das mãos com álcool gel ao entrar na
igreja e sempre que se fizer necessário.
2.4 Observar o distanciamento no momento de saudações e
conversas, sem toques, beijos, abraços e apertos de mão.
2.5 Evitar tocar os olhos, boca e nariz.
2.6 Realizar a etiqueta respiratória (ao tossir ou espirrar usar
o cotovelo flexionado ou lenço descartável e após higienizar as
mãos).
2.7 Manter o distanciamento - anterior, posterior e laterais -
nos bancos e púlpito com o mínimo de 2 (dois) metros entre os
membros, salvo os membros da mesma família.
2.8 Não realizar troca de assento durante o culto.
2.9 Não compartilhar instrumentos musicais, microfones,
alimentos, garrafas de água e bebidas.
2.10 Manter crianças junto à família no momento do culto e
dentro do templo, evitando que tenham contato com o restante do
público (a sala do fraldário será disponibilizada apenas para
troca de fraldas e amamentação, não sendo permitido seu uso para
recreação).
2.11 Não comparecer ao culto caso apresente qualquer sintoma
como febre, tosse ou dificuldade para respirar, pois colocará em
risco a sua saúde e a das demais pessoas.
2.12 Comunicar ao Pastor ou Secretaria manifestação de sintomas
gripais após a participação presencial em algum culto.
Colaboração na elaboração: Kelly R. L. dos Santos (Enfermeira do
Trabalho/Coren 164253).
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