Atualização
da NR-1 reforça a gestão de segurança e saúde no trabalho
A partir de maio de 2025, todos os
empregadores (igrejas, empresas, cooperativas, etc.) terão que incluir a
avaliação de riscos psicossociais no processo de gestão de Segurança e Saúde no
Trabalho (SST). A exigência é fruto da atualização da Norma Regulamentadora nº
1 (NR-1), promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em agosto de
2024. A mudança destaca que riscos psicossociais, como estresse, assédio e
carga mental excessiva, devem ser identificados e gerenciados pelos
empregadores como parte das medidas de proteção à saúde dos trabalhadores.
O que são riscos
psicossociais?
Riscos psicossociais estão relacionados à organização do trabalho e às
interações interpessoais no ambiente laboral. Eles incluem fatores como metas
excessivas, jornadas extensas, ausência de suporte, assédio moral, conflitos
interpessoais e falta de autonomia no trabalho. Esses fatores podem causar
estresse, ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental nos
trabalhadores.
O que muda com a
atualização da NR-1?
A coordenadora-geral de Fiscalização em Segurança e Saúde no Trabalho,
Viviane Forte, ressalta que a NR-1 já exigia que todos os riscos no ambiente de
trabalho sejam reconhecidos e controlados, porém havia dúvidas sobre a inclusão
explícita dos riscos psicossociais. A atualização, segundo ela, esclarece
justamente o que os empregadores precisam.
"Os empregadores devem identificar e avaliar riscos psicossociais em
seus ambientes de trabalho, independentemente do porte [...]. Caso os riscos
sejam identificados, será necessário elaborar e implementar planos de ação,
incluindo medidas preventivas e corretivas, como reorganização do trabalho ou
melhorias nos relacionamentos interpessoais. Além disso, as ações adotadas
deverão ser monitoradas continuamente para avaliar sua eficácia e revisadas
sempre que necessário," explica.
Como será a
fiscalização?
A fiscalização será realizada de forma planejada e por meio de denúncias
encaminhadas ao Ministério do Trabalho e Emprego. Durante as inspeções, os
auditores-fiscais verificarão aspectos relacionados à organização do trabalho,
buscarão dados de afastamentos por doenças, como ansiedade e depressão,
entrevistando trabalhadores e analisando documentos para identificar possíveis
situações de risco psicossocial.
As Igrejas precisarão contratar
empresas terceirizadas para diagnósticos, psicólogos?
A Norma não obriga a contratação de psicólogos ou outros profissionais
especializados como funcionários fixos. No entanto, as Igrejas podem contratar
especialistas como consultores para auxiliar na identificação e avaliação de
riscos psicossociais, especialmente em casos mais complexos.
Qual a importância
dessa mudança?
A medida reforça a necessidade de ambientes de trabalho saudáveis,
promovendo a saúde mental dos trabalhadores e contribuindo para a redução de
afastamentos e aumento da produtividade. Empregadores que já adotam boas
práticas relacionadas aos riscos psicossociais terão menos dificuldades na
adaptação às exigências.
Com essa atualização, o Ministério do Trabalho e Emprego busca
consolidar a gestão de riscos psicossociais como parte integral das estratégias
de Segurança e Saúde no Trabalho, promovendo ambientes mais seguros e saudáveis
para todos.
Fonte: Ministério do
Trabalho e Emprego, com edição do texto pela M&M Contabilidade de
Igrejas