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Empresas devem estar atentas aos riscos psicossociais relacionados ao trabalho
Publicado em
01/07/2023
às
14:00
Foi publicada a Resolução
do Conselho Federal de Psicologia regulamentando o trabalho do psicólogo na
avaliação de riscos psicossociais relacionados ao trabalho no âmbito das NRs.
A seguir, o texto completo
da referida resolução
RESOLUÇÃO Nº
14, DE 28 DE JUNHO DE 2023
Regulamenta o exercício
profissional da psicóloga e do psicólogo na realização de avaliação de riscos
psicossociais relacionados ao trabalho, no âmbito das Normas Regulamentadoras
do Ministério do Trabalho e Previdência, dos demais marcos legais de órgãos
governamentais e de projetos e ações no âmbito de saúde e segurança, nos
diferentes contextos de trabalho.
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas
atribuições legais e regimentais, conferidas pela Lei nº 5.766, de 20 de
dezembro de 1971, RESOLVE:
Art. 1º Esta resolução regulamenta o trabalho da
psicóloga e do psicólogo na realização da avaliação de riscos psicossociais
relacionados ao trabalho para promover a segurança, a saúde e a integridade das
pessoas trabalhadoras.
1º A avaliação de riscos psicossociais relacionados
ao trabalho deve ser realizada em atendimento às normas regulamentadoras emitidas
pelo Ministério do Trabalho e Previdência, bem como resoluções, diretrizes e
recomendações emitidas por demais órgãos governamentais.
2º A avaliação de riscos psicossociais relacionados
ao trabalho pode, inclusive, ser realizada em quaisquer contextos de trabalho,
integrando projetos e ações no âmbito das condições de saúde e segurança no
trabalho.
Art. 2º Ao realizar a avaliação de riscos
psicossociais relacionados ao trabalho, a psicóloga e o psicólogo devem
investigar e diagnosticar características psicológicas das pessoas
trabalhadoras, características dos processos de trabalho e do contexto
organizacional que, de forma integrativa, interferem na subjetividade, na saúde
mental, na integridade e na possibilidade de realização da atividade laboral.
1º A psicóloga e o psicólogo, na condução da
avaliação de riscos psicossociais relacionados ao trabalho, devem investigar e
diagnosticar:
I - as características psicológicas relacionadas às
exigências e condições de trabalho atuais ou previstas para a pessoa
trabalhadora;
II - as características da atividade e do processo
de trabalho, do ambiente e da gestão do trabalho;
III - as políticas, processos ou mecanismos de
controle, prevenção e proteção à saúde, à segurança e à integridade da pessoa
trabalhadora.
2º No caso de pessoas trabalhadoras com
deficiência, a avaliação de riscos psicossociais relacionados ao trabalho
deverá identificar as possíveis barreiras e restrições do ambiente e dos meios
de realização do trabalho à saúde e à funcionalidade da pessoa trabalhadora.
3º A avaliação de riscos psicossociais relacionados
ao trabalho deve levar em consideração as atividades de trabalho desenvolvidas
na forma presencial, remota ou híbrida.
Art. 3º A avaliação de riscos psicossociais
relacionados ao trabalho pode ser realizada individualmente, pela psicóloga e
pelo psicólogo, ou como integrante de uma equipe multiprofissional ou
intersetorial.
Parágrafo único. Fica assegurado que as
atividades privativas previstas na Lei 4.119/1962 são de uso exclusivo de
profissionais da Psicologia.
Art. 4º A psicóloga e o psicólogo gozam de autonomia
técnica para realizar a avaliação de riscos psicossociais relacionados ao
trabalho, conforme os referenciais teóricos e metodológicos adotados,
considerando:
I - as fontes de informações disponíveis;
II - o processo de coleta de informações;
III - o método e os recursos técnicos adotados;
IV - o processo de sistematização e devolução da
avaliação realizada.
Parágrafo único. As técnicas e instrumentos
psicológicos quando utilizados na avaliação de riscos psicossociais
relacionados ao trabalho, devem apresentar evidências de validade e
confiabilidade, conforme prevê a Resolução CFP nº 09, de 2018, correlata ou
substituta.
Art. 5º A atuação da psicóloga e do psicólogo na
avaliação de riscos psicossociais relacionados ao trabalho, em atendimento às
determinações das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e
Previdência, bem como resoluções, diretrizes e recomendações emitidas por
demais órgãos governamentais, busca atender às necessidades dos exames
admissionais, demissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, na mudança de
atividade ou função, dentre outras.
Art. 6º O processo de avaliação de riscos
psicossociais, com seus resultados e conclusões, deve ser sistematizado em
documento psicológico compatível com a sua finalidade e com as normas do
Conselho Federal de Psicologia e demais diretrizes referentes à elaboração e
emissão de documentos produzidos na atuação profissional da psicóloga e do
psicólogo.
Art. 7º Os resultados do processo de avaliação de
riscos psicossociais relacionados ao trabalho devem assegurar, em consonância
com o seu objetivo de prevenção de riscos e promoção da saúde e segurança:
I - evidências sobre os aspectos nocivos e
perigosos do ambiente, da organização e gestão do trabalho sobre a saúde
mental, a integridade psicológica e a qualidade de vida das pessoas
trabalhadoras que reduzem a sua condição psicológica e a funcionalidade para o
pleno exercício da atividade de trabalho, além dos aspectos relacionados às
barreiras e limitações ao processo de inclusão no trabalho de pessoas com deficiência;
II - informações sobre as condições psicológicas
das pessoas trabalhadoras relacionadas à exposição a fontes de riscos no
contexto de trabalho;
III - informações para subsidiar o desenvolvimento
e implementação de programas de controle e monitoramento da saúde e da
segurança no trabalho, preconizados pelos serviços e comissões especializadas
no planejamento e execução de ações preventivas à acidentes, agravos e doenças
relacionadas ao trabalho;
IV - Outras informações, baseadas na ciência psicológica,
pertinentes à finalidade da avaliação de riscos psicossociais relacionados ao
trabalho.
Art. 8º A psicóloga e o psicólogo
devem, em qualquer contexto ou forma de avaliação de riscos psicossociais
relacionados ao trabalho e suas finalidades, respeitar e obedecer ao disposto
no Código de Ética Profissional do Psicólogo e demais legislações vigentes
relativas ao exercício profissional.
Art. 9º A não observância desta Resolução constitui falta
ético-disciplinar passível de capitulação nos dispositivos do Código de Ética
Profissional do Psicólogo, sem prejuízo de outros que possam ser arguidos.
Art. 10. Esta Resolução revoga a Resolução CFP nº 02, de 2022 e entra em
vigor na data de sua publicação.
Pedro Paulo Gastalho de Bicalho
Conselheiro Presidente
Conselho Federal de Psicologia
Fonte: Conselho Federal de Psicologia, texto
editado pela M&M Assessoria Contábil
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9 pecados para evitar no ambiente de trabalho
Publicado em
04/12/2022
às
10:00
Você provavelmente já "pecou" no trabalho. Seja novato ou experiente,
quem trabalha está sujeito aos chamados "pecados" corporativos. Os sete pecados
capitais estabelecidos pelo Papa Gregório I, no século 6 d.C., além de outros
comportamentos, podem ser vistos com frequência no ambiente de trabalho.
Embora pareçam inofensivos, são letais para os cargos de chefia e podem
destruir uma promoção tão sonhada. Com a ajuda de Leila Navarro, autora da
coleção de livros "Sua Carreira, Seu Sucesso", da Editora Saraiva, e da
psicóloga Idalina Alves, listamos os comportamentos que podem destruir sua
carreira.
1. Ira
Se existe uma
situação desconfortável no emprego é
aturar o colega que explode por qualquer motivo ou, até mesmo, quando não há
um. "Um grande erro é pensar que se pode vencer uma discussão no grito. O equilíbrio
emocional é fundamental, principalmente nos cargos de chefia, em que há uma
série de decisões a serem tomadas a cada minuto", explica a psicóloga Idalina
Alves.
Para quem vive em constantes discussões com colegas de trabalho, Leila Navarro
é categórica:
"Ninguém suporta trabalhar em um ambiente que não dá liberdade à novas ideias.
Há quem pense que o problema sempre está no outro, que o erro está nas atitudes
do outro, mas na verdade é preciso uma análise para saber se o erro não está em
si mesmo", analisa.
2. Soberba
Como diria aquela famosa frase: "Dê poder a um homem e verás quem ele
é". Há muitos gestores que ao assumirem posições de poder mudam de
comportamento e se tornam excessivamente vaidosos. "'Eu sou isso, eu sou
aquilo' é a frase preferida dos soberbos", conta Leila Navarro.
3. Autoestima lá embaixo
Se a autoestima
demais incomoda, a baixa autoestima é ainda pior, segundo Leila Navarro. Os
comportamentos de funcionários nesse
perfil variam. "Esses perfis costumam ser dependentes, não se permitem errar,
possuem dúvidas constantes e apresentam sentimentos como ansiedade, depressão,
raiva, inveja e, na maior parte das vezes, omitem as próprias opiniões por não
acreditarem nelas", explica a psicóloga Idalina.
4. Sou
a vítima
Dentro de
uma empresa ,
não existem vítimas. "Funcionários que se fazem de vítimas não são funcionais
no meio corporativo. O mercado precisa de gente engajada. Se algo deu errado,
não adianta encontrar culpados, e sim soluções", aconselha Leila Navarro.
5. Cobiça
"Para um bom trabalho em equipe, os funcionários precisam respeitar a
posição dos gestores, caso contrário, sempre haverá intrigas. Se o gestor está
com um cargo superior, é porque ele deve merecê-lo", comenta Leila Navarro.
6. Gula
Pecado comum
entre novatos, é habitual vê-los tentar abraçar diversos projetos para
mostrar trabalho ,
sem pensar se conseguirão cumprir os prazos de entrega. "É errado querer
abocanhar diversas responsabilidades apenas para melhorar sua imagem com a
chefia. É um comportamento instintivo, muitas vezes próprio dos inexperientes",
comenta a psicóloga Idalina Alves.
7. Inveja
Competir por
resultados deveria estar no DNA de todo funcionário. O grande erro é competir
com o colega de trabalho e invejá-lo caso seus resultados sejam além do
esperado. "O invejoso está sempre olhando para seu alvo, diminuindo seu foco e
produção do dia a dia. Os resultados
psicológicos para os invejosos também são ruins, pois eles
se desmotivam, perdem a confiança em si próprios e sua segurança", conta
Idalina Alves.
8. Ganância
"Para o ganancioso, tudo é motivo para aparecer mais e lucrar mais.
Pessoas nesse perfil sofrem de angústia o tempo todo. É como se ele estivesse
perdendo uma oportunidade de faturar a todo instante", comenta a psicóloga.
9. Avareza
Ele é expert em
todos os setores da empresa ,
experiente, com anos de casa, mas é incapaz de ensinar e compartilhar seu
conhecimento com os demais colegas de trabalho por medo de perder seu cargo
para a "concorrência". Os avarentos de plantão certamente jamais podem pisar em
cargos de chefia.
"O avarento é um problema, pois, por mais genial que ele possa ser, não
consegue delegar tarefas da maneira certa e geralmente são pessoas fechadas,
egocêntricas e muito competitivas", explica a psicóloga.
Fonte: O Documento
/ Eco Editorial / IG ECONOMIA
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5 sinais indicam que um ambiente de trabalho é tóxico já na entrevista de emprego
Publicado em
08/09/2022
às
10:00
Candidato
deve analisar comportamento desrespeitoso do entrevistador e perceber se ele
valoriza a equipe
Perceber que aquela vaga de emprego que
você tanto queria na verdade não é tão boa pode ser muito frustrante. E, muitas
vezes, isso acontece por causa de um ambiente de trabalho tóxico, que
pode incluir pessoas desrespeitosas e um chefe que não valoriza
sua equipe.
Apesar de ser difícil perceber que um
trabalho é tóxico antes de começar a trabalhar no local, a
especialista de carreira da Vicki Salemi e a advogada estrategista de carreira
Cynthia Pong dizem que existem alguns sinais vermelhos durante a entrevista de
emprego para ficar alerta. Ao CNBC Make It, elas mostram quais são:
1. Comportamento desrespeitoso
Não é fácil notar se os funcionários de uma
empresa gostam ou não de seu chefe ou colegas, mas você pode ver ver se eles
pelo menos respeitam uns aos outros no trabalho.
Caso a entrevista seja feita pessoalmente,
Salemi recomenda prestar atenção se as pessoas se cumprimentam de maneira
respeitosa e se olham nos olhos um dos outros. Vale prestar atenção à linguagem
corporal do entrevistador para ver se ele parece desconfortável ??ou se muda o peso
corporal na cadeira quando você pergunta sobre a dinâmica de grupo na empresa.
Também é possível notar se há uma falta de interesse pela empresa e se um
entrevistador está interrompendo você quando você faz perguntas. Todos esses
sinais, diz Salemi, podem apontar um comportamento desrespeitoso dentro da
empresa.
2.
Ver se o chefe valoriza a própria equipe
Salemi diz que é fundamental analisar como os líderes da empresa falam sobre
sua equipe durante o processo de entrevista - e se eles comentam dos
funcionários ou sobre si mesmos ao comentar uma conquista. Falar muito sobre si
mesmo é um sinal claro de que são chefes egocêntricos.
Se eles se concentrarem nas falhas da equipe quando você perguntar sobre alguns
dos desafios da empresa, isso pode ser um sinal de que eles têm falta de
confiança e respeito pelos funcionários que trabalham para eles.
3.
Alta rotatividade
Em uma entrevista de emprego, Salemi e Pong dizem que é importante tratar o
processo como uma relação de mão dupla em que o canditado e o entrevistador
fazem perguntas para garantir que ambos combinam. Uma das perguntas que o
entrevistado não pode deixar de fazer é o por que a vaga está aberta.
A resposta pode te dizer se alguém saiu porque foi promovido (o que mostra que
é possível crescer internamente e é uma empresa promissora). Mas se a pessoa
que trabalhava anteriormente nessa função foi demitida, é possível que o
gerente de contratação não seja tão transparente ao falar sobre isso.
Outra opção é usar o LinkedIn para entrar
em contato com pessoas que já trabalharam na empresa para ver se eles estão
dispostos a falar sobre sua experiência. Com isso, o candidato terá mais
informações sobre o motivo pelo qual as pessoas param de trabalhar no local.
"Faça perguntas abertas sobre como era trabalhar lá e se as pessoas costumavam
ficar ou havia muita rotatividade", diz Pong, acrescentando que, se você
construir um bom relacionamento com a pessoa, não será indelicado perguntar
diretamente por que eles saíram.
Vale também questionar em sua entrevista se
há oportunidades de crescimento na empresa.
4.
Falta de diversidade
Pong recomenda que você faça uma ampla pesquisa sobre os detalhes que
provavelmente não serão abordados em uma entrevista - como os números da diversidade
de uma empresa e se há líderes diversos no topo. Isso vale tanto para raça
quanto para gênero, ao ver se só existem pessoas brancas no topo e se a maioria
é homem.
Essas informações (que geralmente podem ser
encontradas no site de uma empresa) devem ser levadas em consideração. A falta
de diversidade na liderança pode frequentemente levar a casos contínuos de
racismo, assédio sexual e discriminação no local de trabalho.
Se quiser ir além, Pong diz que também é
possível pesquisar a empresa no Google para garantir que não tenha ocorrido
qualquer processo de assédio sexual ou ação de discriminação contra a empresa.
5.
Benefícios que são bons demais para ser verdade
Algumas empresas podem oferecer quartos para dormir, refeições grátis, salas de
jogos e outras comodidades para fazer o funcionário passar mais tempo no
trabalho. Mas Pong diz que você deve estar atento para não permitir que essas
vantagens e benefícios ofusquem a realidade de uma empresa em que os
funcionários estão sobrecarregados.
Para não cair em uma cilada, o candidato
pode fazer perguntas sobre produtividade, como o horário de trabalho da equipe.
Também é necessário analisar como o líder fala sobre as vantagens da empresa:
se parecer muito bom para ser verdade é porque, provavelmente, eles estão
compensando algo negativo.
Fonte: PEGN
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