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  • 8 dicas para gerenciar seu tempo e sua produtividade no home office

    Publicado em 17/08/2023 às 10:00  

    Com o home office perdendo sua popularidade, veja dicas para salvar a modalidade no seu emprego


    Com o home office perdendo cada vez mais a força dentro das corporações, o número de trabalhadores nesta modalidade, que explodiu na pandemia, vem caindo desde o ano passado e o índice já reduziu de 17% em 2022 para 6,5% em 2023.


    O home office vem caindo em desuso por vários motivos e, entre eles, o mau gerenciamento do tempo e dos hábitos destes trabalhadores está em destaque.


    O gerenciamento de tempo bem-sucedido é um desafio, independentemente do local de trabalho, mas quando se trabalha remotamente, pode ser mais difícil sem os parâmetros estabelecidos encontrados em um ambiente de trabalho tradicional.


    Por isso, confira abaixo oito dicas de gerenciamento de tempo ao trabalhar em casa, compilados pela empresa de recrutamento e consultoria Robert Half, que podem ajudar o trabalhador a ser mais focado, produtivo, eficiente e orientado para tarefas, podendo assim salvar essa modalidade de trabalho no seu emprego, se for da sua vontade.


    1. Organize sua agenda


    Se você está trabalhando em casa com outra pessoa, é importante colaborar na criação de uma agenda diária ou semanal para definir quem trabalhará em que lugar e em que horário, e também quem ficará responsável pelas crianças ou pelas tarefas domésticas.


    Escrever tudo isso ajuda a manter o planejamento organizado, seja usando um aplicativo de calendário compartilhado (como o Google Agenda ou TimeTree) ou apenas anotando em um papel na geladeira com um ímã ou em uma lousa. 


    Se o seu trabalho e empresa permitem, considere uma abordagem chamada de "jornada com janelas". Em contraste com um horário formal de 9h às 17h, os dias de trabalho com janelas - também conhecidos como dias de trabalho não lineares - permitem que você agende blocos de tempo ao longo do dia para realizar atividades profissionais e pessoais, trabalhando até mais tarde à noite, se necessário, para concluir suas tarefas.


    Em uma pesquisa recente da Robert Half, 73% dos profissionais relataram que essa abordagem os ajuda a serem mais produtivos.


    2. Escolha os espaços mais adequados


    Escolha cômodos separados ou áreas na casa e estabeleça expectativas para cada um. Por exemplo, a mesa que você montou no quarto é apenas para trabalho, a sala de estar é apenas para momentos de lazer e a mesa da cozinha é apenas para refeições e tarefas escolares das crianças.


    Essas designações ajudam a criar a conexão entre o espaço físico e o foco mental. Usar a sala de estar para assistir televisão ou jogar pode dificultar entrar no "modo de trabalho" enquanto estiver sentado com o laptop no sofá, então encontre os melhores lugares da casa para trabalhar e se divertir - e tente manter essa definição consistente.


    3. Utilize aplicativos de produtividade


    Aproveite a ampla seleção de softwares projetados para auxiliar as pessoas a aumentar a produtividade (Evernote e Focus Booster são duas opções gratuitas disponíveis nas lojas brasileiras do Google Play e AppStore). Essas aplicações não apenas ajudam a acompanhar projetos, cumprir prazos e ser mais organizado, mas também alertam quando é hora de fazer uma pausa ou encerrar o expediente.


    Isso pode ser muito valioso nas tardes em que você está focado em um projeto de trabalho e, caso contrário, continuaria além do horário de saída. 


    Se você procura lembretes de pausa e alongamentos, o Stretchly (também disponível nos principais marketplaces de tecnologia) é um aplicativo de código aberto que oferece um lembrete na tela e um cronômetro para você se levantar e se movimentar. 


    4. Vista-se como você fosse trabalhar no escritório


    Vista-se como se fosse trabalhar no escritório, mesmo no ambiente remoto. Escolha roupas profissionais para entrar no estado de espírito de foco e produtividade. Isso ajuda a estabelecer uma fronteira clara entre o tempo de trabalho e o pessoal, aumentando a eficiência e a dedicação nas tarefas diárias.


    A prática envia sinais ao cérebro de que você está assumindo o papel profissional, facilitando a transição entre esses dois mundos e melhorando o gerenciamento de tempo e produtividade.


    5. Faça pausas e trate o tempo livre como reuniões de trabalho


    É importante continuar fazendo pausas como você normalmente faria em um ambiente de escritório. Agende-as em seu calendário como faria para qualquer outra reunião de trabalho, mesmo que sejam apenas dez minutos por vez.


    Isso não apenas significa que você receberá um lembrete, mas também é uma chance de bloquear seu calendário para os colegas verem que você está ocupado. Use o tempo livre para fazer uma breve caminhada ou ter uma conversa informal com seus colegas de trabalho, com sua família ou até mesmo com seus pets. 


    6. Minimize distrações das redes sociais


    A internet proporciona um mundo de informações e é fácil se perder em meio à quantidade de estímulos que nos bombardeiam o tempo todo.

    Dilemas modernos como o FOMO (Fear of Missing Out) que pode ser traduzido como "Medo de Ficar de Fora" das principais notícias e tendências podem atrapalhar fortemente o rendimento dos profissionais. 


    Portanto, limite o uso das redes sociais durante o horário de trabalho e foque nas tarefas. Faça pequenos intervalos durante o dia para esfriar a cabeça com assuntos mais leves, mas mantenha a disciplina para executar o que é necessário. Se você tiver dificuldade em focar, uma dica de ouro é trabalhar em um navegador no modo anônimo (ou privado) para que o login nas redes sociais não entre automaticamente. 


    7. Transparência com o seu gestor é essencial 


    Considerar as obrigações familiares ao definir seu dia de trabalho é essencial, pois nem sempre o horário tradicional se encaixa perfeitamente com a sua rotina. Você pode descobrir que produz melhor em horários não convencionais, como antes que os outros membros da família acordem ou após o jantar.


    Manter uma comunicação aberta com seu líder é importante para alinhar as expectativas de disponibilidade e horários de trabalho. Seja seguindo um horário fixo ou adotando a abordagem flexível de "jornada com janelas", é fundamental encontrar o que funciona melhor para você e sua família.


    8. Estabeleça limites que funcionem para você


    Ao trabalhar remotamente, o "percurso" para casa depois do trabalho pode ser tão curto quanto uma caminhada da sua mesa da cozinha até o sofá. Nessas circunstâncias, pode ser difícil encerrar definitivamente o seu dia de trabalho. Ter acesso móvel ao e-mail e aplicativos de trabalho também pode dificultar o desligamento.


    Para manter um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, defina um alarme para lembrar quando encerrar seu dia de trabalho. Desligue o computador e o guarde em algum lugar distante de onde você está, para não sentir a tentação de continuar a trabalhar.


    Algumas pessoas até mesmo desativam as notificações de aplicativos relacionados ao trabalho em seus telefones móveis no final do dia.


    Uma dica final: inclua suas horas de trabalho em sua assinatura de e-mail ou como uma mensagem de status/ausente, se possível. Isso pode ajudar a reduzir o número de colegas que entram em contato com você fora do horário de trabalho.







    Fonte:  Robert Half / Fenacon



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  • Ministério Público do Trabalho estabelece orientações sobre o Home Office

    Publicado em 12/11/2020 às 14:00  

    MPT emite nota técnica para formalização do teletrabalho; modalidade em casa continua, mesmo após relaxamento do distanciamento social

     

     

    O MPT (Ministério Público do Trabalho) emitiu nota técnica que estabelece orientação para o home office. Desde março/2020, empresas adotaram o formato de trabalho em casa devido às medidas de isolamento e distanciamento social para controle do novo coronavírus. Segundo especialista em Direito do Trabalho, as 17 recomendações do órgão visam o cumprimento das normas trabalhistas também na modalidade à distância.

     

    Temas como ética digital e atenção à ergonomia em casa estão entre as recomendações da nota técnica emitida pelo MPT. À empresa, é indicado formalizar o home office por meio de aditivo ao contrato de trabalho - algo também já previsto pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

     

    "A nota técnica também prevê um controle de jornada de trabalho à distância, com garantida de cumprimento de pausas para descanso, além de capacitação digital, caso necessário", explica a Dra. Sylvia Filgueira, especialista em Direito do Trabalho no escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados.

     

    Garantir que as condições de trabalho sejam as mesmas, quando em formato de home office, é o objetivo da nota técnica do MPT, segundo Dra. Sylvia. Além dos assuntos relacionados à jornada de trabalho, a especialista ressalta, principalmente, a delimitação de infraestrutura oferecida pela empresa ao colaborador. Temas como equipamentos, mobiliários, energia elétrica e acesso à internet fazem parte das diretrizes do órgão.

     

    "Em um primeiro momento, as medidas beneficiam os trabalhadores para que tenham, mesmo em casa, condições adequadas de trabalho, inclusive no tocante às regras de saúde e higiene do trabalhador," acrescenta Dra. Sylvia.

     

     

    Adequações

     

    A formalização do sistema de teletrabalho e as regras do formato são os primeiros passos para as empresas regularizarem a situação com os colaboradores. "É necessário elaborar um termo aditivo, por escrito, que trate da duração, responsabilidade e infraestrutura para desempenho das atividades", orienta Dra. Sylvia. A especialista lembra, também, da importância do mobiliário utilizado para o trabalho - cadeiras e mesas precisam ser adequadas para uma boa ergonomia do funcionário.

     

    O MPT, em nota técnica, orienta a relação de trabalho no que diz respeito ao home office. Tais medidas estão em consonância com a CLT - o que dá força às medidas, segundo Dra. Sylvia. "Caso a empresa não esteja cumprindo com o proposto pelo órgão, o empregado pode efetuar uma denúncia no MPT. Uma fiscalização pode ser instaurada para avaliar a situação", ressalta a especialista.

     

    As diretrizes emitidas pelo MPT são válidas para as relações de trabalho de modo geral, de acordo com Dra. Sylvia. "Até mesmo para órgão da administração pública, a fim de garantir a proteção de trabalhadores, dentro daquilo que for pertinente a cada regime de trabalho", reforça a especialista.

     

    Há, também, uma preocupação em relação à COVID-19 - mesmo com os profissionais em casa. A nota técnica do MPT orienta que as empresas estabeleçam políticas de autocuidado para identificação de potenciais sinais e sintomas do novo coronavírus. "O empregador deve garantir posterior isolamento do colaborador e, ainda, contatar os serviços de saúde na identificação desses casos suspeitos", finaliza especialista.

     

     

    Fonte: Jornal Contábil

     

     

     


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  • Home office: Normas do MPT podem desincentivar adoção, dizem especialistas

    Publicado em 14/10/2020 às 16:00  


    Para especialistas da área trabalhista, a nota técnica publicada com recomendações do Ministério Público para o home office desestimula adoção do modelo de trabalho 


    Com o trabalho remoto durante a pandemia se tornando o modelo-padrão para muitas empresas daqui para frente, o Ministério Público do Trabalho (MPT) avisou que irá intensificar a fiscalização das condições dos trabalhadores que permanecerão nesse regime.

    O órgão publicou nota técnica com 17 recomendações sobre o home office para empresas, sindicatos e órgãos da administração pública. A lista vai além das exigências da reforma trabalhista, ao detalhar questões como limitação de jornada, direito à desconexão e preservação da privacidade da família do trabalhador, e está sendo vista como um desincentivo a tornar o modelo permanente para as empresas.

    Para o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, a chamada "etiqueta digital" precisa ser uma prioridade para empregadores e empregados nessa nova realidade das relações de trabalho.

    "É preciso haver uma separação do que é trabalho ou descanso. Não podemos perder de vista a preservação de saúde mental dos trabalhadores", diz. "Não respeitar a etiqueta digital é uma nova forma de assédio moral, que se trata de uma conduta reiterada com o intuito de excluir alguém da dinâmica do trabalho. Exigir trabalho além da conta é uma forma de assédio."

    Segundo Balazeiro, o órgão tem o desafio de distinguir as formas de teletrabalho que foram adotadas de maneira emergencial na pandemia e aquelas que já se configuram uma mudança organização das empresas. As exigências de ergonomia - condições adequadas para o exercício das atividades à distância - também ficarão maiores.

    "Há uma dificuldade em se fiscalizar o trabalho nas residências, mas temos recebido muitas denúncias por meio de mídias digitais, como fotografias e até mesmo comunicações de WhatsApp."


    Pontos confusos

    Para o professor da Universidade de São Paulo e presidente do Conselho de Emprego da Fecomércio-SP, José Pastore, vários pontos da nota do MPT são "subjetivos e mais confundem do que ajudam". "Como o trabalho remoto envolve tantos detalhes, é impossível regulamentar tudo por lei ou norma", diz.

    Segundo ele, há já exemplos de como as próprias empresas e os empregados estão buscando fazer a fiscalização por grupos de trabalho misto entre patrões e empregados, aprovados em acordos coletivos.

    "Esse é o melhor modelo para que não haja desincentivo à adoção do trabalho remoto nesse momento, em que há uma necessidade por causa da pandemia, nem no sentido de adotá-lo permanente para melhorar a vida dos trabalhadores e das empresas."


    Burocracias para home office

    O advogado Cleber Venditti, da área trabalhista escritório Mattos Filho, avalia que os 17 pontos da nota técnica do MPT ultrapassam bastante os pontos previstos nos artigos sobre o teletrabalho incluídos na reforma trabalhista de 2017. O especialista também vê na quantidade de exigências do órgão um desestímulo à adoção deste regime de trabalho.

    "Sem dúvida, é importante que o MPT evolua nessa temática de teletrabalho, mas a reforma trabalhista teve a intenção de flexibilizar e justamente não estabelecer um nível muito detalhado de regramento", considera.

    O advogado questiona ainda se a nota técnica seria apenas um compilado de boas práticas "sugeridas" pelo órgão ou se o MPT irá fiscalizar ao pé da letra essas recomendações. Segundo ele, caso medidas não estabelecidas em lei sejam cobradas pelo MPT, as empresas podem levar a questão à Justiça.

    "Qualquer avanço ou interpretação que não estejam claramente estabelecidos na legislação podem ser questionados. Quem dá a palavra final é a Justiça Trabalhista. O MPT não pode suprir lacunas da lei, ele deve podar os excessos, mas não está lá para legislar", argumenta.

    Presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) quando a reforma trabalhista foi aprovada, o ministro Ives Gandra Martins Filho concorda que o trabalho remoto não pode ser disciplinado por uma norma do MPT, mas caso a caso em um contrato individual ou negociação coletiva.

    "O papel do Ministério Público é defender que a Lei seja cumprida e não criar uma nova Lei", diz. "Nos parece exagerada a pretensão do Ministério Público querer o lugar que cabe ao Congresso. Pode ter caráter de orientação, e não de norma".

    O ministro é presidente do Grupo de Altos Estudos do Trabalho (GAET), do Ministério da Economia, que analisou a legislação sobre home office assim que começou a pandemia.

    "Entendemos que a legislação é suficiente e que qualquer coisa ia mais dificultar que ajudar empresas e trabalhadores." Resposta O procurador-geral do MPT rechaça a avaliação de que o órgão estaria ultrapassando as regras previstas em lei.

    "A nota técnica traz inferências e interpretações lógicas sobre o que diz a legislação. O artigo 6.º da CLT estabelece que as condições de trabalho dentro e fora das empresas precisam ser as mesmas", rebate Balazeiro.

    Ao Estadão, o presidente interino do TST, Luiz Philippe Vieira de Mello, afirmou que teletrabalho veio para ficar mesmo depois da pandemia e será preciso construir com diálogo entre patrões e empregados uma regulação que evite excessos." O teletrabalho tem ganhos na mobilidade, tem ganhos que voltam para a pessoa, mas tem de ter um limite", afirma.

    Ele, no entanto, preferiu não se manifestar sobre a nota técnica do MPT porque o assunto deve chegar ainda ao tribunal.


    Recomendações do MPT

    - Ética digital: Respeitar a ética digital no relacionamento com os trabalhadores, preservando intimidade, privacidade e segurança pessoal e familiar.

    - Contrato: Regular teletrabalho por meio de contrato de trabalho aditivo por escrito.

    - Ergonomia: Observar os parâmetros da ergonomia, seja quanto às condições físicas ou cognitivas de trabalho.

    - Pausa: Garantir ao trabalhador em teletrabalho períodos capacitação e adaptação, além de pausas e intervalos para descanso, repouso e alimentação.

    - Tecnologia: Oferecer apoio tecnológico, orientação técnica e capacitação em plataformas virtuais.

    - Instrução: Instruir empregados, de maneira expressa, clara e objetiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças, físicas e mentais e acidentes de trabalho.

    - Jornada: Observar a jornada contratual na adequação das atividades na modalidade de teletrabalho e em plataformas virtuais.

    - Etiqueta digital: Adotar modelos de etiqueta digital, com horários para atendimento virtual da demanda, assegurando os repousos legais e o direito à desconexão.

    - Privacidade: Garantir o respeito ao direito de imagem e à privacidade dos trabalhadores.

    - Período da covid-19: Garantir a observação de prazo específicos e restritos ao período das medidas de contenção da pandemia da covid-19.

    - Liberdade de expressão: Garantir o exercício da liberdade de expressão do trabalhador, ressalvadas ofensas que caracterizem calúnia, injúria e difamação.

    - 'Autocuidado': Estabelecer política de autocuidado para identificação de potenciais sinais e sintomas de covid-19.



    Fonte: Estadão/Contábeis



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  • Teletrabalho: o trabalho onde você estiver

    Publicado em 31/03/2020 às 16:00  

    Entenda o que é o teletrabalho, quais os seus direitos e algumas dicas de saúde, tecnologia e produtividade.

    O trabalho na história humana passou por diversos períodos. Na pré-história, a ocupação principal das pessoas era prover alimentos e segurança para o lar, seja colhendo frutos ou caçando animais. Na idade média, a segurança dos feudos permitiram a produção de excedentes, que eram dados ao senhor feudal em troca de segurança. Com a primeira e segunda revoluções industriais, as pessoas passaram a dedicar seus esforços em fábricas e na prestação de serviços, realizados pessoalmente.


    Atualmente, durante a quarta revolução industrial, a revolução tecnológica, o trabalho está passando por transformações novamente. Uma das novidades é a popularização do teletrabalho - o trabalho realizado longe da empresa. 



    O que é teletrabalho?


    A previsão legal para o teletrabalho aparece no artigo 6º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que afasta as distinções entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. O parágrafo único do dispositivo, introduzido em 2011, estabelece que "os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio".


    Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) introduziu um novo capítulo na CLT dedicado especialmente ao tema: é o Capítulo II-A, "Do Teletrabalho", com os artigos 75-A a 75-E). Os dispositivos definem o teletrabalho como "a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo". Assim, operações externas, como as de vendedor, motorista, ajudante de viagem e outros que não têm um local fixo de trabalho não são consideradas teletrabalho.


    De acordo com o texto, embora o trabalho seja realizado remotamente, não há diferenças significativas em relação à proteção ao trabalhador. "Os direitos são os mesmos de um trabalhador normal. Ou seja, vai ter direito a carteira assinada, férias, 13º salário e depósitos de FGTS", explica o ministro Agra Belmonte, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).



    Vantagens do trabalho remoto


    Usualmente realizado de casa, o teletrabalho também se adapta a outros lugares, como cafés, ambientes de co-working e até restaurantes. Uma das vantagens é evitar gastos e tempo com deslocamentos e engarrafamentos. A possibilidade de poder trabalhar de qualquer lugar também permite maior flexibilidade e conforto ao trabalhador. De acordo com a SAP Consultores Associados, 77% dos profissionais que desempenham suas atividade em home office afirmam que um dos principais objetivos é melhorar a qualidade de vida. Outro ponto positivo para algumas atividades é a gestão do próprio tempo.



    Posso aderir ao teletrabalho a qualquer momento?


    Entre as disposições específicas da lei, a modalidade de teletrabalho deve constar expressamente no contrato individual de trabalho, que deve trazer também as atividades que serão realizadas pelo empregado. 


    O empregado contratado para trabalhar de forma presencial pode alterar seu regime para o teletrabalho, desde que haja acordo mútuo com o empregador e que seja registrado aditivo contratual. O contrário também é possível: o empregador pode requerer o trabalho presencial, garantido o prazo mínimo de transição de 15 dias. 


    Essa modalidade também pode ser disposta por convenção coletiva.


    No caso de uma situação de emergência eventual, no entanto, como no caso da atual pandemia do coronavírus, a adoção do trabalho remoto é temporária e pode prescindir de algumas etapas formais, desde que respeitados os limites estabelecidos na legislação trabalhista e no contrato de trabalho. Embora o empregado esteja trabalhando de casa, o local contratual da prestação do serviço continua sendo a empresa.



    E o equipamento, quem custeia?


    Em relação ao equipamento a ser utilizado e a respectiva infraestrutura, o contrato de trabalho deve prever de quem deverá ser a responsabilidade de prover tais equipamentos. A única disposição específica é que, se forem fornecidos pelo empregador, os equipamentos não podem ser considerados como remuneração do empregado. 



    Como fazer o controle da jornada?


    O teletrabalho também foi incluído na exceção do regime de jornada de trabalho do artigo 62 da CLT, ou seja, devido à dificuldade de controle, não há direito ao pagamento de horas extras, adicionais noturno, etc. 


    Entretanto, de acordo com alguns precedentes do TST, se houver meio de controle patronal da jornada, é possível reconhecer os adicionais.



    Dicas de ergonomia e saúde


    Em seminário realizado em 2013 pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados , o médico Ricardo Corsatto, do departamento médico da Câmara, observou que o teletrabalho oportuniza o surgimento de novos riscos, como problemas de ergonomia, trabalho noturno e prática de turnos ininterruptos de trabalho. No mesmo sentido, o especialista em produtividade Christian Barbosa, no seminário "5 Estratégias para o seu Home Office ser mais Produtivo", também chamou atenção para a ergonomia. Na visão dele, preparar o ambiente é essencial para a produtividade, e isso inclui uma mesa, uma cadeira ergonômica e boa iluminação. É importante, segundo ele, ter um espaço dedicado para o trabalho. Outro alerta é o cuidado com os olhos. Para isso, recomendou filtros de luz azul, prática de exercícios oculares e cuidado com horários após as 19h.


    De acordo com a lei, cabe ao empregador instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, sobre as precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho, e o empregado deve assinar termo de responsabilidade pelo qual se compromete a seguir essas instruções. A saúde no contexto trabalhista pode ensejar indenizações e até afastamentos, de modo que é um assunto a ser tratado com cuidado. 



    Dicas para uma rotina produtiva


    O especialista Christian Barbosa também compartilhou diversas dicas de produtividade. Para quem tem filhos, a sugestão é definir horários para dar atenção aos pequenos - de preferência à noite -, criar atividades para ocupá-los, definir momentos de pausa e revezamento. Outra estratégia é manter horários regulares para se dedicar à casa, ao escritório e às refeições. "Rotina é essencial para a produtividade, e é preciso ter pausas durante o expediente", diz. "O processo de pausar tem efeito físico e mental. Ele dá um descanso à cognição para retomar o rendimento inicial".


    Planejamento também é fundamental. Para isso, Christian sugere o uso de post-its como planejamento visual, a criação de planos para os próximos três dias, a percepção sobre seus horários de melhor produtividade e o estabelecimento de limite do número de atividades no dia.


    "E como lidar com o chefe em home office? Alinhe com ele as prioridades da semana, reforce os prazos e gere valor para a empresa", sugere. Com a equipe, exponha as tarefas codependentes, ofereça ajuda extra, realize reuniões e faça até uma happy hour virtual.



    Tecnologia


    Diversos softwares e aplicativos podem auxiliar as mais diferentes atividades realizadas à distância. Para fazer reuniões virtuais e videoconferências, podem ser utilizados os programas Skype, Google Hangouts, Microsoft Teams, Zoom e Whereby, entre outros.


    Para gerenciar equipes, programas como Trello, Todoist, Asana, Monday e Neotriad também oferecem interfaces práticas. Caso haja dificuldade, também é possível manter as demandas organizadas de forma mais simples em calendários, notas de papel, e-mails ou planilhas. 


    A segurança da informação também é uma aspecto que deve receber atenção nas atividades desempenhadas em home office, pois muitas vezes o trabalhador manipula dados sensíveis ou sigilosos. Para isso, é essencial manter o sistema operacional do computador atualizado e, se possível, utilizar o software de VPN fornecido pelo empregador. Os antivírus também deve estar sempre ativados, e é recomendável utilizar conexões wi-fi confiáveis para transmissão de arquivos (logo, o cuidado deve ser dobrado para quem resolve trabalhar de cafés, aeroportos e outros ambientes públicos). 


    Fonte: Tribunal Superior do Trabalho


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  • Home office dá autonomia, mas sucesso exige regras

    Publicado em 06/11/2019 às 10:00  


    Tendência mundial, o trabalho remoto tem forte apelo pela liberdade criativa dos colaboradores


    Tendência mundial nas relações de trabalho, o home office atrai cada vez mais o interesse de empresas e trabalhadores de diversas áreas. Pesquisa da Ahgora e Convenia feita com mais de mil pessoas mostra que 58,8% dos trabalhadores consultados querem a oportunidade de trabalhar remotamente, enquanto 33,1% consideram a possibilidade. Apesar dos indicadores, ainda é alto o percentual de empresas que não possuem nenhuma política de home office: 63,6%.

    Segundo Marcelo Furtado, CEO da Convenia, startup que desenvolve softwares na nuvem para melhorar a gestão de pessoas das empresas, essa área está passando por uma revolução, puxada pelos próprios funcionários. Furtado diz que o maior empecilho para a não adoção do trabalho remoto pelas empresas ainda é cultural, pois muitas ainda apostam na convivência do dia a dia. "É importante que haja uma mudança na estrutura inteira da empresa, por exemplo, na tomada de decisão", afirma.

    Para o sucesso do home office, é preciso que as equipes de trabalho se conectem no mínimo uma vez ao dia para fazer uma discussão ou uma reunião formal de entrega, por exemplo. "De certa forma, o trabalho remoto exige um aumento de burocracia da empresa para que ninguém se sinta afastado, porque se não o que acontece é ter um monte de freelancers", diz Furtado.

    Permitir e estimular a criatividade é um dos principais benefícios do trabalho remoto, afirma Camilo Barros, head de parcerias da VidMob, plataforma digital que conecta profissionais como designers e editores de vídeo com marcas globais. "A gente parte do princípio que não importa onde o criativo está desde que ele seja bom", diz Barros. O profissional que ingressa na plataforma entra como prestador de serviços, e especifica questões como talentos, habilidades e tempo disponível de trabalho. "Temos um manifesto que fala da liberdade criativa para gerar melhor resultado. Para trabalhar para grandes marcas, você pode fazer isso do sofá da sua casa. Também tem gente que está viajando o mundo, e custeia sua viagem com os trabalhos disponibilizados."

    A curadora musical Emely Jensen atua com home office há dois anos e meio, após a empresa em que atua tomar a decisão de encerrar sua sede física com o propósito de dar maior liberdade para os funcionários. Ela diz que a adaptação do trabalho físico para o remoto não foi tão difícil quando comparado com o período posterior a isso. Como pontos positivos do home office, ela destaca as possibilidades de fazer o próprio horário e trabalhar em viagens, por exemplo. Como pontos negativos, ela cita principalmente a questão da disciplina. "É bem difícil se disciplinar para fazer aquela tarefa que é necessária e não perder tempo com as distrações de casa", comenta. "Querer comer um negocinho fora de horário, ver televisão, tirar um cochilo, tu tens tudo isso disponível ali perto, então a tentação é muito grande."

    Algumas vantagens do trabalho remoto

    · Proximidade da família

    · Maior independência

    · Redução do estresse decorrente do trânsito

    · Alimentação mais saudável

    · Incorporação da família à atividade

    · Maior liberdade profissional

    · Privacidade, desde que planejada

    · Redução de custos (aluguel, transporte, refeição e infraestrutura básica)

    · Facilidade de obtenção de franquias que não exigem pontos comerciais

    · Definição do próprio horário de trabalho

    · Planejamento dos próprios rendimentos

    · Rendimentos superiores aos níveis convencionais de mercado

    · Autogerenciamento profissional

    Fonte: Sebrae


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