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Atualizada a Norma Regulamentadora NR-01 para incluir riscos psicossociais
Publicado em
02/08/2024
às
17:00
Foco na segurança e saúde no trabalho
A
Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) realizou sua 10ª reunião
extraordinária no dia 30 de julho de 2024, quando foram discutidos e aprovados
pontos de pauta cruciais que impactam diretamente a regulamentação e a
segurança no ambiente de trabalho. Um dos destaques é a recente atualização do
Capítulo 1.5 da Norma Regulamentadora (NR-01), que trata do Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR), considerada a "norma mãe" das
regulamentações laborais, fundamental para a proteção dos trabalhadores no
Brasil. De Acordo com o diretor do Departamento de Segurança no Trabalho, da
Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Rogério
Araújo, esse é um marco significativo para a segurança e saúde no trabalho.
Segundo o diretor, a nova atualização introduz, pela primeira vez, a
identificação de riscos psicossociais no ambiente de trabalho no texto da
NR-01. Apesar de não haver consenso na inclusão pela representação dos empregadores,
a representação do Governo, composta por quatro Ministérios e a de
trabalhadores concordaram com a inclusão e com o avanço que a nova redação traz
no sentido da melhor promoção de ambientes de trabalhos seguros e sadios. Esses
riscos, que incluem fatores como assédio moral e sexual, são causas
significativas de adoecimento entre os trabalhadores, gerando grandes prejuízos
sociais e econômicos, especialmente no contexto pós-pandemia. "Os riscos
psicossociais têm causado enormes impactos na saúde mental dos trabalhadores.
Essa atualização da Norma é um passo importante para lidar com essa
realidade", afirmou Rogério Araújo.
A
nova redação da norma obrigará as empresas a implementarem medidas para
gerenciar esses riscos, garantindo que os colaboradores não adoeçam mentalmente
devido à sobrecarga ou a ambientes tóxicos. As empresas deverão realizar
avaliações contínuas dos riscos e estabelecer estratégias para prevenir
situações de assédio e violência no trabalho. "A partir de agora, as
empresas terão que fazer a gestão desses ambientes de trabalho para que eles
não adoeçam o trabalhador mentalmente. Para que não haja excesso de sobrecarga
de trabalho e para que seja garantido um ambiente de trabalho saudável",
explicou o diretor do Departamento de Segurança no Trabalho.
A
NR-01 exige que as empresas elaborem e mantenham documentos de gestão de riscos
e programas de gerenciamento de riscos à disposição para fiscalização. Esses
documentos devem ser elaborados e estar disponíveis para a fiscalização quando
solicitados, seja pela Inspeção do Trabalho, seja pela representação dos
trabalhadores ou outros atores que atuam na fiscalização de segurança do
trabalho.
A
entrada em vigor da nova NR-01 está prevista para ocorrer nove meses após sua
publicação, permitindo tempo suficiente para que as empresas se adaptem às
novas exigências. "Esse prazo permitirá que as empresas ajustem seus
processos e implementem as avaliações necessárias para garantir a saúde e a
segurança de seus trabalhadores", destacou Rogério Araújo.
A
questão do assédio moral e sexual nas empresas está em alta, com um número
crescente de denúncias. A saúde mental dos trabalhadores também tem ganhado
importância. "O governo tem uma preocupação muito grande com a segurança e
a saúde do trabalhador, especialmente a saúde mental. Recentemente, a lista de
doenças relacionadas ao trabalho foi atualizada pelo Ministério da Saúde,
incluindo problemas de saúde mental", disse o diretor do Departamento de
Segurança no Trabalho.
Além
da atualização da NR-01, a reunião abordou o retorno da Comissão Permanente
Nacional do Benzeno (CPNBz), que foi extinta em 2019. A reconstituição dessa
comissão visa garantir que o benzeno, um agente cancerígeno, receba a atenção
necessária em relação à saúde dos trabalhadores. "A reconstituição da
comissão do benzeno é crucial para melhorar o ambiente de trabalho e garantir a
saúde dos trabalhadores, evitando adoecimentos", afirmou Rogério.
Fonte:
Ministério do Trabalho e Emprego
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Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego obriga registro dos serviços especializados em Segurança e Medicina no Trabalho via plataforma gov.br
Publicado em
29/09/2023
às
12:00
Organizações têm até novembro/2023 para proceder à
migração do registro e atualização na plataforma gov.br, que antes eram
registrados no Sistema Eletrônico de Informações (SEI)
Foi
publicada em 21/09/2023, a Portaria MTE nº 3.407, de 19 de setembro de 2023,
que dispõe sobre a obrigatoriedade do registro dos Serviços Especializados em
Segurança e Medicina no Trabalho - SESMT por meio da plataforma gov.br. Esses
serviços vinham sendo registrados no Sistema Eletrônico de Informações (SEI),
porém, a partir da publicação da Portaria nº 3.407, os empregadores têm 60 dias
para migrar, obrigatoriamente, para a nova plataforma.
A
obrigação abrange as modalidades do Serviço Especializado em Segurança e Saúde
no Trabalho Rural - SESTR (NR 31), Serviços Especializados em Segurança e Saúde
do Trabalhador Portuário - SESSTP e Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e Medicina portuários - SESMT Portuário (ambos previstos na NR 29) e
Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho a bordo da
Plataforma de Petróleo - SESMT PP (NR 37).
Ressalta-se
que o registro do SESMT previsto na Norma Regulamentadora nº 04 já estava sendo
realizado no portal gov.br desde novembro de 2022 e segue sendo feito desta
forma, não estando abrangido pelo prazo de 60 dias trazido pela Portaria MTE nº
3.407/2023. Para efetuar o registro das diversas modalidades previstas na
Portaria, acesse o link: https://www.gov.br/pt-br/temas/registro-de-servico-especializado-em-seguranca-e-em-medicina-do-trabalho.
Empregadores que não respeitarem o prazo de 60 dias poderão ser autuados por
falta de SESMT.
Fonte:
Ministério do Trabalho e Emprego, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil
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Saúde mental e produtividade: 5 dicas de como auxiliar nesse processo e garantir a felicidade dos colaboradores
Publicado em
19/07/2023
às
16:00
Em um estudo feito pela FlexJobs, 75% dos
colaboradores entrevistados apresentaram esgotamento profissional, tendo como
principal causa o excesso de trabalho.
Cuidar da saúde mental é fundamental, assim como manter a saúde física
com hábitos equilibrados e saudáveis. Muitas vezes, o foco é tão direcionado
nas responsabilidades profissionais que em segundo plano é deixado o cuidado
com a saúde física e, principalmente, mental.
Quando um funcionário acaba por estar rodeado de muitas tarefas por falta de
organização, o resultado do excesso de trabalho é o surgimento de sérios
problemas, tais como a insônia, as crises de ansiedade e a síndrome de burnout.
Um levantamento feito pela revista "Harvard Business Review" mostrou que
funcionários infelizes produzem até 18% menos quando comparado aos demais. Essa
métrica da felicidade envolve, ainda, uma série de outros fatores: funcionários
engajados têm 98% mais chances de se identificarem com as metas e valores da
empresa, segundo levantamento da empresa de soluções de software
"GloboForce".
Já um estudo feito pelo "iOpener Institute" mostra que profissionais motivados
podem produzir duas vezes mais, tirar dez vezes menos licenças e aumentar em
cinco vezes o tempo de permanência na mesma organização.
"Outros fatores que podem acarretar sérios problemas psicológicos dentro das
empresas são a competitividade excessiva, as altas exigências, o assédio moral,
a falta de apoio de superiores ou colegas, a pressão emocional, as ameaças de
demissão, a grande carga de funções, entre outros", explica o CMO e psicólogo
da rede Minds, Augusto Jimenez.
Ele ainda acrescenta que as empresas precisam oferecer vantagens aos cargos
para atraírem os melhores talentos, mas também é necessário olhar para a saúde
mental daqueles que já estão contratados e se preocupar com o aspecto humano na
empresa. "O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é fundamental para
uma vida mais saudável".
Quando não é possível garantir eficiência e bons resultados no trabalho, a
ansiedade e o nervosismo tomam conta, isso pode afetar tanto a sua vida
profissional quanto a pessoal, desencadeando diversas situações extremas. Em um
estudo feito pela FlexJobs, 75% dos colaboradores entrevistados apresentaram
esgotamento profissional, tendo como principal causa o excesso de trabalho.
É bem presente o número de colaboradores que sofrem de esgotamento
profissional, já que 41% das empresas no Brasil não oferecem nenhum tipo de
benefício para promoção do bem-estar. As ações voltadas para a saúde mental dos
colaboradores merecem mais atenção, afinal, a mente tem um grande impacto na
rotina profissional da empresa.
Assim, o psicólogo separou dicas de como as corporações podem auxiliar na ajuda
psicológica dos funcionários:
Invista em benefícios para a saúde dos colaboradores: o plano de saúde ajuda os
colaboradores a manterem a saúde física e mental com qualidade e segurança, ao
facilitarem o acesso a serviços médicos especializados;
Feedback dos dois lados: um ponto importante para a empresa é saber ouvir o que
os colaboradores têm para dizer. O feedback é muito importante para avaliar o
que realmente é interessante para os seus colaboradores;
Adote programas de incentivo à saúde mental: os programas de incentivo à saúde
mental dos colaboradores devem envolver atividades a longo prazo e incluir
ações coordenadas entre os líderes e demais profissionais como campanhas que
estimulem a alimentação saudável e a prática de atividades físicas;
Preste atenção aos sinais: as doenças psicológicas relacionadas ao trabalho,
como a síndrome de burnout, costumam ser confundidas com preguiça, descaso,
frescura, exagero e falta de interesse.
Associado aos preconceitos, os sintomas podem permanecer silenciados e serem de
difícil detecção pela equipe e até mesmo pelas próprias pessoas que estão com a
doença;
Reduza a pressão e o excesso de cobranças: profissionais constantemente
pressionados, constrangidos, oprimidos e ameaçados não sentem nenhuma motivação
para seguir trabalhando, tornando o ambiente cansativo, pesado e nada
produtivo. Desse modo, é importante acompanhar de perto o trabalho feito pelos
colaboradores e contribuir com bons feedbacks para a equipe.
Empresas que criam bons momentos e promovem ações que valorizam o bem-estar e a
saúde mental do colaborador, são empresas que pensam no futuro.
Fonte: Contábeis / Queissada Comunicação
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Portarias sobre Segurança e Fiscalização Trabalhista são Publicadas
Publicado em
26/12/2022
às
16:00
As seguintes Portarias foram publicadas pelo MTP - Ministério do Trabalho e
Emprego - tratando e alterando várias normas de segurança e fiscalização
trabalhista:
Portaria MTP 4.098/2022 - Altera
a Portaria MTP 667/2021, que aprova normas para a organização
e tramitação dos processos de auto de infração.
Portaria MTP 4.101/2022 - Aprova a
redação da Norma Regulamentadora nº 38 - Segurança e Saúde no
Trabalho nas Atividades de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.
Portaria MTP 4.198/2022 - Altera
a Portaria MTP 671/2021, que regulamenta disposições
relativas à legislação trabalhista, à inspeção do trabalho, às políticas
públicas e às relações de trabalho.
Portaria MTP 4.218/2022 - Aprova a
nova redação da Norma Regulamentadora nº 35 -
Trabalho em Altura.
Portaria MTP 4.219/2022 - Altera a
nomenclatura de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -
CIPA nas Normas Regulamentadoras.
Portaria MTP 4.223/2022 - Altera a
redação do item 31.7.4 da Norma Regulamentadora nº 31.
Fonte:
Portal Tributário
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Resíduos industriais - novas disciplina
Publicado em
09/12/2022
às
14:00
Através da Portaria MTP nº 3.994/2022 foram
atualizadas as normas que regulamentam a questão dos resíduos industriais no
ambiente de trabalho.
A seguir o texto completo da nova Portaria.
PORTARIA
MTP Nº 3.994, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2022
Aprova a nova redação da
Norma Regulamentadora nº 25 -
Resíduos Industriais.
(Processo nº 19966.100840/2022-13).
O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E
PREVIDÊNCIA, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 155 do Decreto-Lei
nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, e
tendo em vista o disposto no art. 1º, caput, inciso VIII, Anexo I, do Decreto
nº 11.068, de 10 de maio de 2022, resolve:
Art. 1º A Norma Regulamentadora nº 25
(NR-25) - Resíduos Industriais passa a vigorar com a redação constante do Anexo
desta Portaria.
Art. 2º Determinar, conforme previsto no
art. 117 da Portaria MTP nº 672, de 8 de novembro de 2021, que a NR-25 seja
interpretada com a tipificação de NR Especial.
Art. 3º Ficam revogadas a:
I - Portaria SIT/MTE nº 227, de 24 de maio
de 2011; e
II - Portaria SIT/MTE nº 253, de 04 de
agosto de 2011.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor em 2
de janeiro de 2023.
JOSÉ CARLOS OLIVEIRA
ANEXO
NORMA REGULAMENTADORA Nº 25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS
25.1 Objetivo
25.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR
estabelece requisitos de segurança e saúde no trabalho para o gerenciamento de
resíduos industriais.
25.2 Campo de aplicação
25.2.1 Esta Norma se aplica às atividades
relacionadas ao gerenciamento de resíduos industriais provenientes dos
processos industriais.
25.2.2 Entendem-se como resíduos
industriais aqueles provenientes dos processos industriais, na forma sólida,
líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas características físicas,
químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos domésticos, como
cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras,
substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como demais efluentes líquidos e emissões gasosas
contaminantes atmosféricos.
25.3 Requisitos de segurança e saúde nas
atividades para o gerenciamento de resíduos industriais
25.3.1 A organização deve buscar a redução
da exposição ocupacional aos resíduos industriais por meio da adoção das
melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis.
25.3.2 Os resíduos industriais devem ter
disposição de acordo com a lei ou regulamento específico, sendo vedado o
lançamento ou a liberação no ambiente de trabalho de quaisquer contaminantes
advindos desses materiais que possam comprometer a segurança e saúde dos
trabalhadores.
25.3.3 As medidas, métodos, equipamentos ou
dispositivos de controle do lançamento ou liberação de contaminantes gasosos,
líquidos ou sólidos devem ser submetidos ao exame e à aprovação dos órgãos
competentes.
25.3.4 Os resíduos sólidos e efluentes
líquidos produzidos por processos e operações industriais devem ser coletados,
acondicionados, armazenados, transportados, tratados e encaminhados à
disposição final pela organização na forma estabelecida em lei ou regulamento
específico.
25.3.4.1 Em cada uma das etapas citadas no
item 25.3.4, a organização deve desenvolver medidas de prevenção, de forma a
evitar ou controlar risco à segurança e saúde dos trabalhadores.
25.3.5 Os resíduos sólidos e efluentes
líquidos devem ser dispostos na forma estabelecida em lei ou regulamento
específico.
25.3.5.1 Os rejeitos radioativos devem ser
dispostos conforme normatização da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear -
ANSN.
25.3.6 Os resíduos industriais que
configurem fonte de risco biológico devem ser dispostos conforme previsto nas
legislações sanitária e ambiental.
25.3.7 Os trabalhadores envolvidos em
atividades de coleta, manipulação, acondicionamento, armazenamento, transporte,
tratamento e disposição de resíduos industriais devem ser capacitados pela
empresa, de forma continuada, sobre os riscos ocupacionais envolvidos e as
medidas de prevenção adequadas.
Fonte:
PORTARIA MTP Nº 3.994, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2022
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Alterada norma que trata das condições sanitárias e conforto nos locais de trabalho
Publicado em
10/09/2022
às
10:00
Alteração trata dos requisitos mínimos
para camas e beliches nos dormitórios e instalações onde os trabalhadores
pernoitam
A Portaria MTP nº 2.772/2022 alterou o item 24.7.3.1 e acrescentou o item 24.7.3.1.1
na Norma Regulamentadora nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto
nos Locais de Trabalho, que trata dos requisitos mínimos para camas e
beliches nos dormitórios e instalações onde os trabalhadores pernoitam.
A seguir o texto completo e atualizado da NR 24.
NR 24 - Condições Sanitárias e de
Conforto nos Locais de Trabalho
(Redação dada pela Portaria SEPRT
n.º 1.066, de 23/09/19)
Publicação
|
D.O.U.
|
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978
|
06/07/78
|
Alterações/Atualizações
|
D.O.U.
|
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993
|
21/09/93
|
Portaria SEPRT n.º 1.066, de 23 de setembro de
2019
|
24/09/19
|
Portaria MTP n.º 2.772, de 05 de setembro de 2022
|
06/09/22
|
Sumário
24.1 Objetivo e campo de
aplicação
24.2 Instalações sanitárias
24.3 Componentes sanitários
24.4 Vestiários
24.5 Locais para refeições
24.6 Cozinhas
24.7 Alojamento
24.8 Vestimenta de trabalho
24.9 Disposições gerais
Anexo I: Condições Sanitárias e
de Conforto Aplicáveis a Trabalhadores em "Shopping Center"
Anexo II: Condições Sanitárias e
de Conforto Aplicáveis a Trabalhadores em Trabalho Externo de Prestação de
Serviços
Anexo III: Condições Sanitárias e
de Conforto Aplicáveis a Trabalhadores em Transporte Público Rodoviário
Coletivo Urbano de Passageiros em
Atividade Externa
24.1 Objetivo e campo de
aplicação
24.1.1 Esta norma estabelece as
condições mínimas de higiene e de conforto a serem observadas pelas organizações,
devendo o dimensionamento de todas as instalações regulamentadas por esta NR
ter como base o número de trabalhadores usuários do turno com maior
contingente.
24.1.1.1 Para efeitos desta NR,
trabalhadores usuários, doravante denominados trabalhador, é o conjunto de
todos os trabalhadores no estabelecimento que efetivamente utilizem de forma
habitual as instalações regulamentadas nesta NR.
24.2 Instalações sanitárias
24.2.1 Todo estabelecimento deve
ser dotado de instalação sanitária constituída por bacia sanitária sifonada,
dotada de assento com tampo, e por lavatório.
24.2.1.1 As instalações
sanitárias masculinas devem ser dotadas de mictório, exceto
quando essencialmente de uso individual, observando-se que:
a) os estabelecimentos
construídos até 23/09/2019 devem possuir mictórios dimensionados de acordo com
o previsto na NR-24, com redação dada pela Portaria MTb nº 214/1978.
b) os estabelecimentos
construídos a partir de 24/09/2019 devem possuir mictórios na proporção de uma
unidade para cada 20 (vinte) trabalhadores ou fração, até 100 (cem)
trabalhadores, e de uma unidade para cada 50 (cinquenta) trabalhadores ou
fração, no que exceder.
24.2.2 Deve ser atendida a
proporção mínima de uma instalação sanitária para cada grupo de 20 (vinte)
trabalhadores ou fração, separadas por sexo.
24.2.2.1 Será exigido um
lavatório para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades com exposição e
manuseio de material infectante, substâncias tóxicas, irritantes,
aerodispersóides ou que provoquem a deposição de poeiras, que impregnem a pele
e roupas do trabalhador.
24.2.2.2 Em estabelecimentos com
funções comerciais, administrativas ou similares, com até 10 (dez)
trabalhadores, poderá ser disponibilizada apenas uma instalação sanitária
individual de uso comum entre os sexos desde que garantidas condições de
privacidade.
24.2.3 As instalações sanitárias
devem:
a) ser mantidas em condição de
conservação, limpeza e higiene;
b) ter piso e parede revestidos
por material impermeável e lavável;
c) peças sanitárias íntegras;
d) possuir recipientes para
descarte de papéis usados;
e) ser ventiladas para o exterior
ou com sistema de exaustão forçada;
f) dispor de água canalizada e
esgoto ligados à rede geral ou a outro sistema que não gere risco à saúde e que
atenda à regulamentação local; e
g) comunicar-se com os locais de
trabalho por meio de passagens com piso e cobertura, quando se situarem fora do
corpo do estabelecimento.
24.3 Componentes sanitários
Bacias sanitárias
24.3.1 Os compartimentos destinados
as bacias sanitárias devem:
a) ser individuais;
b) ter divisórias com altura que
mantenham seu interior indevassável com vão inferior que facilite a limpeza e a
ventilação;
c) ser dotados de portas
independentes, providas de fecho que impeçam o devassamento;
d) possuir papel higiênico com
suporte e recipiente para descarte de papéis higiênicos usados, quando não for
permitido descarte na própria bacia sanitária, devendo o recipiente possuir
tampa quando for destinado às mulheres; e
e) possuir dimensões de acordo
com o código de obras local ou, na ausência desse, deve haver área livre
de pelo menos 0,60m (sessenta centímetros) de diâmetro entre a borda frontal da
bacia sanitária e a porta fechada.
Mictórios
24.3.2 Poderá ser disponibilizado
mictório tipo individual ou calha coletiva, com anteparo.
24.3.2.1 No mictório do tipo
calha coletiva, cada segmento de, no mínimo, 0,60m (sessenta centímetros),
corresponderá a uma unidade para fins de dimensionamento da calha.
24.3.2.2 No mictório do tipo calha
coletiva, quando inexistir anteparo, cada segmento de, no mínimo, 0,80m
(oitenta centímetros), corresponderá a uma unidade para fins de dimensionamento
da calha.
24.3.2.3 Os mictórios devem ser
construídos com material impermeável e mantidos em condições de limpeza e
higiene.
Lavatórios
24.3.3 O lavatório poderá ser
tipo individual, calha ou de tampo coletivo com várias cubas, possuindo
torneiras, sendo que cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) corresponde
a uma unidade para fins de dimensionamento do lavatório.
24.3.4 O lavatório deve ser
provido de material ou dispositivo para a limpeza, enxugo ou secagem das mãos,
proibindo-se o uso de toalhas coletivas.
Chuveiros
24.3.5 Será exigido, para cada
grupo de trabalhadores ou fração, 1 (um) chuveiro para cada:
a) 10 (dez) trabalhadores, nas
atividades laborais em que haja exposição e manuseio de material infectante,
substâncias tóxicas, irritantes ou aerodispersóides, que impregnem a pele e
roupas do trabalhador;
b) 20 (vinte) trabalhadores, nas
atividades laborais em que haja contato com substâncias que provoquem deposição
de poeiras que impregnem a pele e as roupas do trabalhador, ou que exijam
esforço físico ou submetidas a condições ambientais de calor intenso.
24.3.5.1 Nas atividades em que há
exigência de chuveiros, estes devem fazer parte ou estar anexos aos vestiários.
24.3.6 Os compartimentos
destinados aos chuveiros devem:
a) ser individuais e mantidos em
condição de conservação, limpeza e higiene;
b) ter portas de acesso que
impeçam o devassamento;
c) dispor de chuveiro de água
quente e fria;
d) ter piso e paredes revestidos
de material impermeável e lavável;
e) dispor de suporte para
sabonete e para toalha; e
f) possuir dimensões de acordo
com o código de obras local ou, na ausência desse, no mínimo 0,80m (oitenta
centímetros) por 0,80m (oitenta centímetros).
24.4 Vestiários
24.4.1 Todos os estabelecimentos
devem ser dotados de vestiários quando:
a) a atividade exija a utilização
de vestimentas de trabalho ou que seja imposto o uso de uniforme cuja troca
deva ser feita no próprio local de trabalho; ou
b) a atividade exija que o
estabelecimento disponibilize chuveiro.
24.4.2 Os vestiários devem ser
dimensionados em função do número de trabalhadores que necessitam utilizá-los,
até o limite de 750 (setecentos e cinquenta) trabalhadores, conforme o seguinte
cálculo: área mínima do vestiário por trabalhador = 1,5 - (nº de trabalhadores
/ 1000).
24.4.2.1 Em estabelecimentos com
mais de 750 (setecentos e cinquenta) trabalhadores, os vestiários devem ser
dimensionados com área de, no mínimo, 0,75m² (setenta e cinco decímetros
quadrados) por trabalhador.
24.4.3 Os vestiários devem:
a) ser mantidos em condição de
conservação, limpeza e higiene;
b) ter piso e parede revestidos
por material impermeável e lavável;
c) ser ventilados para o exterior
ou com sistema de exaustão forçada;
d) ter assentos em material
lavável e impermeável em número compatível com o de trabalhadores; e
e) dispor de armários individuais
simples e/ou duplos com sistema de trancamento.
Armários
24.4.4 É admitido o uso rotativo
de armários simples entre usuários, exceto nos casos em que estes sejam
utilizados para a guarda de Equipamentos de Proteção Individual - EPI e de
vestimentas expostas a material infectante, substâncias tóxicas, irritantes ou
que provoquem sujidade.
24.4.5 Nas atividades laborais em
que haja exposição e manuseio de material infectante, substâncias tóxicas,
irritantes ou aerodispersóides, bem como naquelas em que haja contato com
substâncias que provoquem deposição de poeiras que impregnem a pele e as roupas
do trabalhador devem ser fornecidos armários de compartimentos duplos ou dois
armários simples.
24.4.5.1 Ficam dispensadas de disponibilizar
2 (dois) armários simples ou armário duplo as organizações que promovam a
higienização diária de vestimentas ou que forneçam vestimentas descartáveis,
assegurada a disponibilização de 1 (um) armário simples para guarda de roupas
comuns de uso pessoal do trabalhador.
24.4.6 Os armários simples devem
ter tamanho suficiente para que o trabalhador guarde suas roupas e
acessórios de uso pessoal, não sendo admitidas dimensões inferiores a: 0,40m
(quarenta centímetros) de altura, 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m
(quarenta centímetros) de profundidade.
24.4.6.1 Nos armários de
compartimentos duplos, não são admitidas dimensões inferiores a:
a) 0,80m (oitenta centímetros) de
altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros)
de profundidade, com separação ou prateleira, de modo que um compartimento, com
a altura de 0,40m (quarenta centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso
comum e o outro compartimento, com altura de 0,40m (quarenta centímetros) a guardar
a roupa de trabalho; ou
b) 0,80m (oitenta centímetros) de
altura por 0,50m (cinquenta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta
centímetros) de profundidade, com divisão no sentido vertical, de forma que os
compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam,
rigorosamente, o isolamento das roupas de uso comum e de trabalho.
24.4.7 As empresas que oferecerem
serviços de guarda volume para a guarda de roupas e acessórios pessoais dos
trabalhadores estão dispensadas de fornecer armários.
24.4.8 Nas empresas desobrigadas
de manter vestiário, deve ser garantido o fornecimento de escaninho, gaveta com
tranca ou similar que permita a guarda individual de pertences pessoais dos
trabalhadores ou serviço de guarda-volume.
24.5 Locais para refeições
24.5.1 Os empregadores devem
oferecer aos seus trabalhadores locais em condições de conforto e higiene para
tomada das refeições por ocasião dos intervalos concedidos durante a jornada de
trabalho.
24.5.1.1 É permitida a divisão
dos trabalhadores do turno, em grupos para a tomada de refeições, a fim de
organizar o fluxo para o conforto dos usuários do refeitório, garantido o
intervalo para alimentação e repouso.
24.5.2 Os locais para tomada de
refeições para atender até 30 (trinta) trabalhadores, observado o subitem
24.5.1.1, devem:
a) ser destinados ou adaptados a
este fim;
b) ser arejados e apresentar boas
condições de conservação, limpeza e higiene; e
c) possuir assentos e mesas,
balcões ou similares suficientes para todos os usuários atendidos.
24.5.2.1 A empresa deve garantir,
nas proximidades do local para refeições:
a) meios para conservação e
aquecimento das refeições;
b) local e material para lavagem
de utensílios usados na refeição; e
c) água potável.
24.5.3 Os locais destinados às
refeições para atender mais de 30 (trinta) trabalhadores, conforme subitem
24.5.1.1, devem:
a) ser destinados a este fim e
fora da área de trabalho;
b) ter pisos revestidos de
material lavável e impermeável;
c) ter paredes pintadas ou
revestidas com material lavável e impermeável;
d) possuir espaços para
circulação;
e) ser ventilados para o exterior
ou com sistema de exaustão forçada, salvo em ambientes climatizados
artificialmente;
f) possuir lavatórios instalados
nas proximidades ou no próprio local, atendendo aos requisitos do subitem
24.3.4;
g) possuir assentos e mesas com
superfícies ou coberturas laváveis ou descartáveis, em número correspondente
aos usuários atendidos;
h) ter água potável disponível;
i) possuir condições de
conservação, limpeza e higiene;
j) dispor de meios para
aquecimento das refeições; e
k) possuir recipientes com tampa
para descarte de restos alimentares e descartáveis.
24.5.4 Ficam dispensados das
exigências do item 24.5 desta NR:
a) estabelecimentos comerciais
bancários e atividades afins que interromperem suas atividades por 2 (duas)
horas, no período destinado às refeições;
b) estabelecimentos industriais
localizados em cidades do interior, quando a empresa mantiver vila operária ou
residirem, seus trabalhadores, nas proximidades, permitindo refeições nas
próprias residências.
c) os estabelecimentos que
oferecerem vale-refeição, desde que seja disponibilizado condições para
conservação e aquecimento da comida, bem como local para a tomada das refeições
pelos trabalhadores que trazem refeição de casa.
24.6 Cozinhas
24.6.1 Quando as empresas
possuírem cozinhas, estas devem:
a) ficar anexas aos locais para
refeições e com ligação para os mesmos;
b) possuir pisos e paredes
revestidos com material impermeável e lavável;
c) dispor de aberturas para
ventilação protegidas com telas ou ventilação exautora;
d) possuir lavatório para uso dos
trabalhadores do serviço de alimentação, dispondo de material ou dispositivo
para a limpeza, enxugo ou secagem
das mãos, proibindo-se o uso de toalhas
coletivas;
e) ter condições para
acondicionamento e disposição do lixo de acordo com as normas locais de
controle de resíduos sólidos; e
f) dispor de sanitário próprio
para uso exclusivo dos trabalhadores que manipulam gêneros alimentícios,
separados por sexo.
24.6.2 Em câmaras frigoríficas
devem ser instalados dispositivos para abertura da porta pelo lado interno,
garantida a possibilidade de abertura mesmo que trancada pelo exterior.
24.6.3 Os recipientes de
armazenagem de gás liquefeito de petróleo (GLP) devem ser instalados
em área externa ventilada, observadas as normas técnicas brasileiras
pertinentes.
24.7 Alojamento
24.7.1 Alojamento é o conjunto de
espaços ou edificações, composto de dormitório, instalações sanitárias,
refeitório, áreas de vivência e local para lavagem e secagem de roupas, sob
responsabilidade do empregador, para hospedagem temporária de trabalhadores.
24.7.2 Os dormitórios dos
alojamentos devem:
a) ser mantidos em condições de
conservação, higiene e limpeza;
b) ser dotados de quartos;
c) dispor de instalações
sanitárias, respeitada a proporção de 01 (uma) instalação sanitária com
chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores
hospedados ou fração; e
d) ser separados por sexo.
24.7.2.1. Caso as instalações
sanitárias não sejam parte integrante dos dormitórios, devem estar localizadas
a uma distância máxima de 50 m (cinquenta metros) dos mesmos, interligadas por
passagens com piso lavável e cobertura.
24.7.3 Os quartos dos dormitórios
devem:
a) possuir camas correspondente
ao número de trabalhadores alojados no quarto, vedado o uso de 3 (três) ou mais
camas na mesma vertical, e ter espaçamentos vertical e horizontal que permitam
ao trabalhador movimentação com segurança;
b) possuir colchões certificados
pelo INMETRO;
c) possuir colchões, lençóis,
fronhas, cobertores e travesseiros limpos e higienizados, adequados às
condições climáticas;
d) possuir ventilação natural,
devendo esta ser utilizada conjuntamente com a ventilação artificial, levando
em consideração as condições climáticas locais;
e) possuir capacidade máxima para
8 (oito) trabalhadores;
f) possuir armários;
g) ter, no mínimo, a relação de
3,00 m² (três metros quadrados) por cama simples ou 4,50 m² (quatro metros e
cinquenta centímetros quadrados) por beliche, em ambos os casos incluídas a
área de circulação e armário; e
h) possuir conforto acústico
conforme NR 17.
24.7.3.1 As camas ou beliches
devem atender aos seguintes requisitos:
a) todos os componentes ou peças
com os quais o trabalhador possa entrar em contato
durante o uso não podem ter
rebarbas e arestas cortantes, nem ter tubos abertos;
b) ter resistência compatível com
o uso; e
c) ter dimensões compatíveis com
o colchão a ser utilizado de acordo com o item 24.7.3.
24.7.3.1.1 As camas superiores
dos beliches devem ter proteção lateral e escada fixas à estrutura.
24.7.3.2 Os armários dos quartos
devem ser dotados de sistema de trancamento e com dimensões compatíveis para a
guarda de roupas e pertences pessoais do trabalhador, e enxoval de cama.
24.7.4 Os trabalhadores alojados
no mesmo quarto devem pertencer, preferencialmente, ao mesmo turno de trabalho.
24.7.5 Os locais para refeições
devem ser compatíveis com os requisitos do item 24.5 desta NR, podendo ser
parte integrante do alojamento ou estar localizados em ambientes externos.
24.7.5.1 Quando os locais para
refeições não fizerem parte do alojamento, deverá ser garantido o transporte
dos trabalhadores.
24.7.5.2 É vedado o preparo de
qualquer tipo de alimento dentro dos quartos.
24.7.6 Os alojamentos devem
dispor de locais e infraestrutura para lavagem e secagem de roupas pessoais dos
alojados ou ser fornecido serviço de lavanderia.
24.7.7 Os pisos dos alojamentos
devem ser impermeáveis e laváveis.
24.7.8 Deve ser garantida coleta
de lixo diária, lavagem de roupa de cama, manutenção das instalações e
renovação de vestuário de camas e colchões.
24.7.9 Nos alojamentos deverão
ser obedecidas as seguintes instruções gerais de uso:
a) os sanitários deverão ser
higienizados diariamente;
b) é vedada, nos quartos, a
instalação e utilização de fogão, fogareiro ou similares;
c) ser garantido o controle de
vetores conforme legislação local.
24.7.10 Os trabalhadores
hospedados com suspeita de doença infectocontagiosa devem ser submetidos à
avaliação médica que decidirá pelo afastamento ou permanência no alojamento.
24.8 Vestimenta de trabalho
24.8.1 Vestimenta de trabalho é
toda peça ou conjunto de peças de vestuário, destinada a atender exigências de
determinadas atividades ou condições de trabalho que impliquem contato com
sujidade, agentes químicos, físicos ou biológicos ou para permitir que o
trabalhador seja mais bem visualizado, não considerada como uniforme ou EPI.
24.8.2 O empregador deve fornecer
gratuitamente as vestimentas de trabalho.
24.8.3 A vestimenta não substitui
a necessidade do EPI, podendo seu uso ser conjugado.
24.8.4 Cabe ao empregador quanto
às vestimentas de trabalho:
a) fornecer peças que sejam
confeccionadas com material e em tamanho adequado, visando o conforto e a
segurança necessária à atividade desenvolvida pelo trabalhador;
b) substituir as peças conforme
sua vida útil ou sempre que danificadas;
c) fornecer em quantidade
adequada ao uso, levando em consideração a necessidade de troca da vestimenta;
e
d) responsabilizar-se pela
higienização com periodicidade necessária nos casos em que a lavagem ofereça
riscos de contaminação.
24.8.4.1 Nos casos em que seja
inviável o fornecimento de vestimenta exclusiva para cada trabalhador, deverá
ser assegurada a higienização prévia ao uso.
24.8.5 As peças de vestimentas de
trabalho, quando usadas na cabeça ou face, não devem restringir o campo de
visão do trabalhador.
24.9 Disposições gerais
24.9.1 Em todos os locais de
trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água potável, sendo proibido o
uso de copos coletivos.
24.9.1.1 O fornecimento de água
deve ser feito por meio de bebedouros na proporção de, no mínimo, 1 (um) para
cada grupo de 50 (cinquenta) trabalhadores ou fração, ou outro sistema que
ofereça as mesmas condições.
24.9.1.2 Quando não for possível
obter água potável corrente, esta deverá ser fornecida em recipientes portáteis
próprios e hermeticamente fechados.
24.9.2 Os locais de armazenamento
de água potável devem passar periodicamente por limpeza, higienização e
manutenção, em conformidade com a legislação local.
24.9.3 Deve ser realizada
periodicamente análise de potabilidade da água dos reservatórios para verificar
sua qualidade, em conformidade com a legislação.
24.9.4 A água não-potável para
uso no local de trabalho ficará separada, devendo ser afixado aviso de
advertência da sua não potabilidade.
24.9.5 Os locais de armazenamento
de água, os poços e as fontes de água potável serão protegidos contra a
contaminação.
24.9.6 Os locais de trabalho
serão mantidos em estado de higiene compatível com o gênero de atividade.
24.9.6.1 O serviço de limpeza
será realizado, sempre que possível, fora do horário de trabalho e por processo
que reduza ao mínimo o levantamento de poeiras.
24.9.7 Todos os ambientes
previstos nesta norma devem ser construídos de acordo com o código de obras
local, devendo:
a) ter cobertura adequada e
resistente, que proteja contra intempéries;
b) ter paredes construídas de
material resistente;
c) ter pisos de material
compatível com o uso e a circulação de pessoas;
d) possuir iluminação que
proporcione segurança contra acidentes.
24.9.7.1 Na ausência de código de
obra local, deve ser garantido pé direito mínimo de 2,50 m (dois metros e
cinquenta centímetros), exceto nos quartos de dormitórios com beliche, cuja
medida mínima será de 3,00 m (três metros).
24.9.7.2 As instalações elétricas
devem ser protegidas para evitar choques elétricos.
24.9.8 Devem ser garantidas
condições para que os trabalhadores possam interromper suas atividades para
utilização das instalações sanitárias.
24.9.9 Em edificações com
diversos estabelecimentos, todas as instalações previstas nesta NR podem ser
atendidas coletivamente por grupo de empregadores ou pelo condomínio,
mantendo-se o empregador como o responsável pela disponibilização das
instalações.
24.9.9.1 O dimensionamento deve
ser feito com base no maior número de trabalhadores por turno.
Anexo I da NR-24
Condições sanitárias e de
conforto aplicáveis a trabalhadores em "shopping center"
Para efeito deste Anexo,
considera-se "Shopping Center" o espaço planejado sob uma administração central
sujeito a normas contratuais padronizadas, procurando assegurar convivência
integrada, composto por estabelecimentos tais como: lojas de qualquer natureza
e quiosques, lanchonetes, restaurantes, salas de cinema e estacionamento,
destinados à exploração comercial e à prestação de serviços.
A administração central é
responsável pela disponibilização das instalações sanitárias, vestiários e
ambientes para refeições aos seus trabalhadores e aos trabalhadores dos
estabelecimentos que não disponham de espaço construtivo para atender os
dispositivos desta NR em seus estabelecimentos.
2.1 A administração central
disponibilizará local para conservação, aquecimento da alimentação trazida
pelos trabalhadores, bem como para tomada das refeições.
2.2 A administração central
disponibilizará vestiário para troca de roupa dos trabalhadores usuários, dos
quais são exigidos o uso de uniforme e vestimentas de trabalho, bem como para
guarda de seus pertences.
3. Os estabelecimentos referidos
no item 1 ficam dispensados dos itens relativos a instalações sanitárias,
vestiários e locais para refeições, desde que os trabalhadores possam utilizar
as instalações sanitárias e a praça de alimentação do "Shopping Center" ou
outro espaço destinado a estes fins, conforme o estabelecido nesta norma.
4. Aos trabalhadores de
lanchonetes, restaurantes ou similares deverão ser disponibilizados
vestiários e instalações sanitárias com chuveiros na proporção de um
conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, obedecendo ao
horário do turno de maior contingente.
4.1 Aos trabalhadores de
atividades com exposição a material infectante, substâncias tóxicas, irritantes
ou que provoquem sujidade deverão ser disponibilizados vestiários e instalações
sanitárias com chuveiros na proporção de um conjunto para cada grupo de 10
(dez) trabalhadores ou fração, obedecendo ao horário do turno de maior
contingente.
Anexo II da NR-24
Condições sanitárias e de
conforto aplicáveis a trabalhadores em trabalho externo de prestação de
serviços
1. Para efeito deste Anexo,
considera-se trabalho externo todo aquele realizado fora do estabelecimento do
empregador cuja execução se dará no estabelecimento do cliente ou em logradouro
público. Excetua-se deste anexo as atividades relacionadas à construção,
leituristas, vendedores, entregadores, carteiros e similares, bem como o de
atividade regulamentada pelo Anexo III desta norma.
2. Nas atividades desenvolvidas
em estabelecimento do cliente, este será o responsável pelas garantias de
conforto para satisfação das necessidades básicas de higiene e alimentação,
conforme item 24.1 desta norma.
2.1 Sempre que o trabalho
externo, móvel ou temporário, ocorrer preponderantemente em logradouro público,
em frente de trabalho, deverá ser garantido pelo empregador:
a) instalações sanitárias
compostas de bacia sanitária e lavatório para cada grupo de 20 (vinte)
trabalhadores ou fração, podendo ser usados banheiros químicos dotados de
mecanismo de descarga ou de isolamento dos dejetos, com respiro e ventilação,
material para lavagem e enxugo das mãos, sendo proibido o uso de toalhas
coletivas, garantida a higienização diária dos módulos;
b) local para refeição protegido
contra intempéries e em condições de higiene, que atenda a todos os
trabalhadores ou prover meio de custeio para alimentação em estabelecimentos
comerciais; e
c) água fresca e potável
acondicionada em recipientes térmicos em bom estado de conservação e em
quantidade
3. O uso de instalações
sanitárias em trabalhos externos deve ser gratuito para o trabalhador.
4. Aos trabalhadores, em trabalho
externo que levem suas próprias refeições, devem ser oferecidos dispositivos
térmicos para conservação e aquecimento dos alimentos.
5. Em trabalhos externos o
atendimento a este Anexo poderá ocorrer mediante convênio com estabelecimentos
nas proximidades do local do trabalho, garantido o transporte de todos os
trabalhadores até o referido local.
Anexo III da NR-24
Condições sanitárias e de conforto
aplicáveis a trabalhadores em transporte público rodoviário coletivo urbano de
passageiros em atividade externa
1. Para efeito deste Anexo,
considera-se trabalho em transporte público coletivo rodoviário urbano de
passageiros aquele desempenhado pelo pessoal de operação do transporte coletivo
urbano e de caráter urbano por ônibus: os motoristas, cobradores e fiscais de
campo - assim identificados como trabalhadores.
2. Este Anexo estabelece as
condições mínimas aplicáveis às instalações sanitárias e locais para refeição a
serem disponibilizados pelo empregador ao pessoal que realiza trabalho externo
na operação do transporte público coletivo urbano e de caráter urbano.
3. Para efeito deste Anexo, são
considerados pontos iniciais e finais de linhas de ônibus urbano e de caráter
urbano os locais pré-determinados pelo poder público competente como pontos
extremos das linhas, itinerários ou rotas de ônibus, situados em logradouros
públicos, com área destinada ao estacionamento de veículos e instalações
mínimas para controle operacional do serviço e acomodação do pessoal de
operação nos intervalos entre viagens.
3.1 Em caso de terminais e
estações de passageiros implantados pelo poder público, presumem-se cumpridos
os dispositivos desta norma.
3.2 Recomenda-se aos órgãos
gestores públicos responsáveis pelas redes de transporte público coletivo
urbano e de caráter urbano que considerem as disposições deste Anexo no
processo de definição dos locais para instalação dos pontos iniciais e finais
das linhas que compõem as referidas redes.
4. Condições de Satisfação
de Necessidades Fisiológicas, Alimentação e Hidratação.
4.1 Nos casos de linhas de
transporte público coletivo de passageiros por ônibus que não possuem nenhum dos
pontos iniciais e finais em edifício terminal, deverão ser garantidos pelo
empregador, próximo a pelo menos um dos referidos pontos, instalações
sanitárias, local para refeição e hidratação, em distância não superior a 250 m
(duzentos e cinquenta metros) de deslocamento a pé.
4.1.1 As instalações sanitárias
serão compostas de bacia sanitária e lavatório, respeitando a proporção de 1
(um) para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, podendo ser
dispensada a separação de instalação sanitária por sexo, para grupo de até 10
(dez) trabalhadores desde que sejam garantidas condições de privacidade e
higiene.
4.1.2 As instalações sanitárias
podem ser substituídas por unidades de banheiros químicos dotados de mecanismo
de descarga ou de isolamento dos dejetos, com respiro e ventilação, material
para lavagem e enxugo das mãos, sendo proibido o uso de toalhas coletivas,
garantida a higienização diária dos módulos.
4.2 Os locais para refeição
deverão ser protegidos contra intempéries, estar em boas condições e atender a
todos os trabalhadores.
4.3 Água potável deve ser
disponibilizada nos pontos inicial ou final e nos terminais por bebedouro ou
equipamento similar que permita o enchimento de recipientes individuais ou o
consumo no local, proibido o uso de copos coletivos.
4.3.1 As trocas de recipientes
estarão sob a responsabilidade da empresa permissionária ou concessionária
cujas recomposições se darão numa frequência que leve em consideração as
condições climáticas e o número de trabalhadores, de tal modo a que haja sempre
suprimento de água a qualquer momento da jornada de trabalho.
4.4 Para efeito de
dimensionamento das instalações sanitárias e do local para refeição, deverá ser
considerado o número máximo existente de trabalhadores presentes ao mesmo
tempo, no referido ponto inicial ou final, de acordo com a programação horária
oficial das linhas de ônibus.
4.5 O atendimento ao disposto nos
itens 4.1, 4.2 e 4.3 poderá ocorrer mediante convênio ou parceria com
estabelecimentos comerciais, industriais ou propriedades privadas.
4.6 O uso de instalações
sanitárias em trabalhos externos de transporte público coletivo urbano
rodoviário não deve ter custo para o trabalhador.
-
Nova norma regulamentadora disciplina a sinalização de segurança
Publicado em
08/09/2022
às
12:00
NR 26
A Portaria MTP nº 2.770/2022 aprovou
a nova redação da Norma Regulamentadora nº 26 - Sinalização e
Identificação de Segurança que agora deverá ser interpretada com a
tipificação de NR Especial. Revogou ainda a Portaria SIT/MTE nº 229, de 24 de
maio de 2011 e Portaria MTE nº 704, de 28 de maio de 2015.
A seguir, o novo texto da NR 26.
NR 26 - Sinalização
de Segurança
(Redação dada pela Portaria MTP
n.º 2.770, de 05 de setembro de 2022)
Publicação
|
D.O.U.
|
Portaria MTb n.º
3.214, de 08 de junho de 1978
|
06/07/78
|
Alterações/Atualizações
|
D.O.U.
|
Portaria SSMT n.º
06, de 09 de março de 1983
|
14/03/83
|
Portaria SIT n.º
229, de 24 de maio de 2011
|
27/05/11
|
Portaria MTE n.º
704, de 28 de maio de 2015
|
29/05/15
|
26.1 Objetivo
26.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR
estabelece medidas quanto à sinalização e identificação de segurança a serem
adotadas nos locais de trabalho.
26.2 Campo de aplicação
26.2.1 As medidas de prevenção
estabelecidas nesta NR se aplicam aos estabelecimentos ou locais de trabalho.
26.3 Sinalização por cor
26.3.1 Devem ser adotadas cores para
comunicação de segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de
indicar e advertir acerca dos perigos e riscos existentes.
26.3.2 As cores utilizadas para identificar
os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar tubulações
empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos devem
atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.
26.3.3 A utilização de cores não dispensa o
emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
26.3.4 O uso de cores deve ser o mais
reduzido possível a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao
trabalhador.
26.4 Identificação de produto químico
26.4.1 Classificação
26.4.1.1 O produto químico utilizado no
local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a segurança e a
saúde dos trabalhadores, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema
Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos -
GHS, da Organização das Nações Unidas.
26.4.1.1.1 A classificação de substâncias
perigosas deve ser baseada em lista de classificação harmonizada ou com a
realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação.
26.4.1.1.1.1 Na ausência de lista nacional
de classificação harmonizada de substâncias perigosas, pode ser utilizada lista
internacional.
26.4.1.1.2 Os aspectos relativos à
classificação devem atender ao disposto em norma técnica oficial.
26.4.2 Rotulagem Preventiva
26.4.2.1 A rotulagem preventiva é um
conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas,
relativas a um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à
embalagem que contém o produto.
26.4.2.1.1 Os aspectos relativos à
rotulagem preventiva devem atender ao disposto em norma técnica oficial.
26.4.2.2 A rotulagem preventiva do produto
químico classificado como perigoso à segurança e à saúde dos trabalhadores deve
utilizar procedimentos definidos pelo GHS, contendo os seguintes elementos:
a) identificação e composição do produto
químico;
b) pictograma(s) de perigo;
c) palavra de advertência;
d) frase(s) de perigo;
e) frase(s) de precaução; e
f) informações suplementares.
26.4.2.3 O produto químico não classificado
como perigoso à segurança e saúde dos trabalhadores, conforme o GHS, deve
dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a
indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado
como perigoso e recomendações de precaução.
26.4.2.4 Os produtos notificados ou
registrados como saneantes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa
estão dispensados do cumprimento das obrigações de rotulagem preventiva
estabelecidas pelos subitens 26.4.2.1, 26.4.2.1.1 e 26.4.2.2.
26.4.3 Ficha com dados de segurança
26.4.3.1 O fabricante ou, no caso de
importação, o fornecedor no mercado nacional, deve elaborar e tornar disponível
ficha com dados de segurança do produto químico para todo produto químico
classificado como perigoso.
26.4.3.1.1 O formato e conteúdo da ficha
com dados de segurança do produto químico devem seguir o estabelecido pelo GHS.
26.4.3.1.1.1 No caso de mistura, deve ser
explicitado na ficha com dados de segurança o nome e a concentração, ou faixa
de concentração, das substâncias que:
a) representam perigo para a saúde dos
trabalhadores, se estiverem presentes em concentração igual ou superior aos
valores de corte/limites de concentração estabelecidos pelo GHS para cada
classe/categoria de perigo; e
b) possuam limite de exposição ocupacional
estabelecidos.
26.4.3.2 Os aspectos relativos à ficha com
dados de segurança devem atender ao disposto em norma técnica oficial.
26.4.3.3 O disposto no subitem 26.4.3.1 se
aplica também a produto químico não classificado como perigoso, mas cujos usos
previstos ou recomendados derem origem a riscos à segurança e à saúde dos
trabalhadores.
26.5 Informações e treinamentos em
segurança e saúde no trabalho
26.5.1 A organização deve assegurar o
acesso dos trabalhadores às fichas com dados de segurança dos produtos químicos
que utilizam no local de trabalho.
26.5.2 Os trabalhadores devem receber
treinamento:
a) para compreender a rotulagem preventiva
e a ficha com dados de segurança do produto químico; e
b) sobre os perigos, os riscos, as medidas
preventivas para o uso seguro e os procedimentos para atuação em situações de
emergência com o produto químico.
Base Legal: Portaria MTP nº 2.770/2022
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-
Como enquadrar as alíquotas da contribuição ao GILRAT?
Publicado em
02/09/2022
às
10:00
Antigo Seguro de Acidente de Trabalho - SAT
GILRAT (ou mais corretamente GIIL-RAT) é a
sigla correspondente à Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade
Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, uma das várias
contribuições previdenciárias obrigatórias sobre as atividades laborais no
Brasil.
As alíquotas do GIIL-RAT (antigo
Seguro de Acidente de Trabalho - SAT) são de 1%, 2% ou 3%. O Anexo V
do Regulamento da Previdência Social (RPS) estabelece respectiva tributação de
acordo as atividades preponderantes e correspondentes ao grau de risco.
O
objetivo desta contribuição é financiar a aposentadoria especial e
os benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade
laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho correspondente à
aplicação dos respectivos percentuais, incidentes sobre o total da remuneração
paga, devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado
empregado e trabalhador avulso, cabendo à empresa o enquadramento no respectivo grau de risco de acordo com sua atividade
preponderante.
ENQUADRAMENTO
O enquadramento nos respectivos graus de
risco que estabelecerá a alíquota do GIIL-RAT (antigo SAT - seguro acidente do
trabalho), deverá ser feito de acordo com a atividade econômica preponderante,
conforme relação de atividades e correspondentes graus de risco.
O
enquadramento deve ser feito a partir de cada estabelecimento com CNPJ próprio
(e não em toda a empresa de uma única vez). Significa dizer que
estabelecimentos que concentram atividades industriais podem ter uma alíquota
da contribuição ao GIIL-RAT maior que outros estabelecimentos que
concentram a atividades administrativas.
FAP
O
Fator Acidentário de Prevenção - FAP é um índice aplicado sobre a
contribuição GIIL-RAT, que tanto pode resultar em aumento como diminuição
da respectiva contribuição.
O FAP consiste num
multiplicador variável num intervalo contínuo de cinquenta centésimos (0,50) a
dois inteiros (2,00), desprezando-se as demais casas decimais, a ser aplicado à
respectiva alíquota.
Fonte: Guia Trabalhista Online.
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Divulgado os Detalhes do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) Para 2023
Publicado em
18/08/2022
às
16:00
A partir do dia 30
de setembro de 2022 ficarão disponíveis nos sítios da previdência e da RFB as
seguintes informações relativas a segurança e saúde no trabalho:
- Os róis dos
percentis de frequência, gravidade e custo, por Subclasse da Classificação
Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, calculados em 2022, considerando
informações dos bancos de dados da previdência social relativas aos anos de
2020 e 2021.
- O Fator Acidentário de Prevenção
- FAP calculado em 2022 e vigente para o ano de 2023, juntamente
com as respectivas ordens de frequência, gravidade, custo e demais elementos
que possibilitem ao estabelecimento (CNPJ completo) verificar o respectivo
desempenho dentro da sua Subclasse da CNAE.
O valor do FAP de
todos os estabelecimentos (CNPJ completo), juntamente com as respectivas ordens
de frequência, gravidade, custo e demais elementos que compuseram o processo de
cálculo, serão de conhecimento restrito do estabelecimento mediante acesso por
senha pessoal.
Os links para acesso das informações serão
os seguintes:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br e https://www.gov.br/receitafederal
Base Legal: Portaria Interministerial MTP/ME nº 21 de 2022
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Dona de obra deve pagar multas pelo descumprimento de normas de saúde e segurança no local dos serviços?
Publicado em
20/07/2022
às
10:00
A
Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso de
microempresária que, como dona de obra em Caraguatatuba (SP), foi condenada a
pagar as multas aplicadas por auditor fiscal em razão do descumprimento de
normas de segurança e medicina do trabalho no local dos serviços. Como
responsável subsidiária, a dona da loja na qual a obra era realizada só pagaria
a multa se o empreiteiro não a quitasse.
Ao analisar a pretensão da empresária de não pagar a
multa, a Oitava Turma afastou a aplicação da Orientação Jurisprudencial nº
191 da SbDI-1 do TST sobre o caso, apesar da incidência pretendida pela
empresária. Essa jurisprudência dispõe que "diante da inexistência de previsão
legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da
obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas
obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra
uma empresa construtora ou incorporadora.".
Segundo o relator do recurso na Oitava Turma, ministro
Alexandre Agra Belmonte, da leitura da referida OJ, entende-se que fica
afastada apenas a responsabilidade do dono da obra quanto às obrigações
estritamente trabalhistas contraídas pelo empreiteiro. "Isso significa que tal
isenção não alcança a situação dos presentes autos, em que se discute a
responsabilidade subsidiária pelas multas aplicadas ao causador das infrações
decorrentes do não cumprimento das obrigações relacionadas à segurança e à
medicina do trabalho", afirmou.
Para o ministro, devem as empresas que contratam terceiros
observar e velar pela observância das condições de trabalho dos empregados e
dos prestadores. "Notadamente, aquelas relacionadas à segurança e à saúde do
trabalho, sendo as empresas corresponsáveis em caso de descumprimento das
normas técnicas", analisou.
Por unanimidade, a Oitava Turma acompanhou o voto do
relator para não conhecer do recurso de revista da microempresária.
Nota M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo específico, e pode
servir como um norteador para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes
poderão ter decisões diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e
segundo graus.
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho,
Processo: RR-11728-36.2015.5.15.0045, com "nota" e edição do texto pela M&M Assessoria
Contábil.
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Segurança e Saúde no Trabalho passa a figurar como o quinto Direito de Todos os Trabalhadores
Publicado em
15/06/2022
às
14:00
A inclusão deste
princípio fundamental na Declaração representa um significativo e histórico
avanço no mundo do trabalho
No último dia 10/6/2022, durante a plenária da 110ª
Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, foi
adotada por unanimidade a inclusão da Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho
no rol dos princípios fundamentais presentes na Declaração de 1998, que trata
dos Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho.
A partir de agora, portanto, além da
liberdade de associação e livre negociação, da abolição do trabalho forçado e
do trabalho infantil e da igualdade de oportunidades no ambiente de trabalho, a
segurança e saúde no trabalho passa a integrar como um quinto direito.
A inclusão deste princípio fundamental na
Declaração representa um significativo e histórico avanço no mundo do trabalho
e traz em seu bojo o compromisso de todos os 187 países membros da OIT, ainda
que não tenham ratificado as respectivas convenções, de implementá-las, pelo
simples fato de serem membros da Organização. E transcorre por meio da
ratificação e implementação no ordenamento jurídico brasileiro das convenções
155 (Segurança e Saúde dos Trabalhadores) e 187 (Marco promocional para a
Segurança e Saúde no Trabalho). A primeira já foi ratificada pelo Brasil e a
última encontra-se plenamente implementada em nosso país.
A 110ª Conferência da OIT contou com a
participação do ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, e dos
auditores-fiscais do Trabalho Guilherme Schuck Candemil, Luiz Carlos Lumbreras
Rocha e Mauro Costa Cavalcante Costa. As conferências são tradicionalmente
realizadas com a presença de representantes de governos, empregadores e
trabalhadores.
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência
Social
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Segurança e Saúde no Trabalho - reflexos no e-Social
Publicado em
10/05/2022
às
12:00
Perguntas
e respostas cobre transmissão de eventos no e-Social relativos a Segurança e
Saúde no Trabalho
Na seção de perguntas e respostas do Portal
do eSocial, foram divulgadas novas orientações em forma de perguntas e
respostas, sobre transmissão dos eventos relativos a Segurança e Saúde no
Trabalho através do eSocial. Confira o cronograma de implementação do
eSocial.
Veja abaixo as perguntas e respostas:
08 - EVENTOS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
08.01 - (20/12/2021) Quem é a
responsável pela transmissão (envio) dos eventos de Segurança e Saúde no
Trabalho (SST)? Quem são os profissionais competentes para a emissão
(elaboração) dos eventos de Segurança e Saúde no Trabalho? O eSocial trouxe
alguma mudança nessa questão agora que as informações são transmitidas
eletronicamente?
A responsabilidade
pela transmissão (envio) dos eventos de SST é da empresa. Conforme o modelo
adotado pelo eSocial, a empresa pode delegar a terceiros a responsabilidade de
enviar, em seu nome, eventos para o ambiente nacional do eSocial, por meio de
procurações eletrônicas, com atribuição de perfis previamente estabelecidos,
dentre os quais existe perfil específico para envio dos eventos de SST (S-2210,
S-2220 e S-2240).
Registre-se que os
eventos de SST encaminhados ao eSocial tem por objetivo a substituição da
Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) e do Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP), não exigindo responsabilidade técnica específica, podendo
ser preenchido por qualquer preposto da empresa.
A responsabilidade
técnica do profissional de SST está no Laudo Técnico de Condições Ambientais do
Trabalho (LTCAT), que deve ser elaborado por médico do trabalho ou engenheiro
de segurança no trabalho, nos termos do art. 58, §1º da Lei nº. 8.213, de 1991
e no atestado médico que subsidia o preenchimento da CAT e deve ser fielmente
transcrito, nos termos do art. 2º, §2º da Portaria SEPRT nº. 4.334, de 2021.
Assim, conforme já
ocorre hoje com o PPP em papel, o documento não exige o preenchimento por
profissional com formação em SST, mas sim que seja elaborado por representante
legal da empresa com poderes para tal, e seu conteúdo deve corresponder
exatamente ao que consta no LTCAT, conforme disposto no art. 58 da Lei nº.
8.213, de 1991 e no item 20 do anexo I da Instrução Normativa do INSS nº. 85,
de 2016. O mesmo ocorre com CAT, não exigido que seja elaborada por
profissional médico, mas sim que seja baseada em atestado emitido por
profissional habilitado.
Assim, não houve
mudança em relação à elaboração do documento em papel, seguindo as mesmas
regras para a elaboração do documento vigentes antes do eSocial, apenas sendo
alterada a forma de envio das informações.
08.02 - (20/12/2021) Os eventos
de SST somente podem ser assinados digitalmente por certificados pertencentes
às empresas especializadas no tema?
Não. Os eventos de
SST podem ser preenchidos pela empresa ou por qualquer representante legal da
empresa com procuração específica para tal (perfil de SST). Não há necessidade
de responsabilidade técnica específica, haja vista que a legislação não exige
que o PPP e a CAT sejam elaborados por profissionais com formação em SST, mas
sim que sejam elaborados baseados em documentos no qual essa responsabilidade
esteja presente, conforme prevê a legislação.
Assim, o responsável
pelo envio dos eventos de SST ao ambiente nacional do eSocial dependerá do
modelo de gestão a ser adotado por cada empresa e por cada prestador se serviço,
não sendo exigido que o envio ocorra com assinatura de médico do trabalho ou
engenheiro de segurança no trabalho, por não ser essa uma exigência legal para
emissão do PPP e da CAT.
08.03 - (20/12/2021) O
empregador MEI é obrigado a enviar os eventos de SST caso possua empregado CLT?
Sim. A legislação
não diferencia o empregado do MEI do empregado dos demais tipos de
empregadores, ou seja, o empregado do MEI possui proteção do Seguro contra
Acidentes de Trabalho e direito à aposentadoria especial caso presente a
exposição a agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos ou associação
desses agentes na forma disciplinada pela legislação. Assim, caso o MEI tenha
um empregado ele deverá comunicar os acidentes de trabalho ocorridos com esse
trabalhador por meio da CAT (evento S-2210), bem como, observada a orientação
do item 8.16, prestar as informações dos eventos S-2220 e S-2240.
Importante destacar
que caso o MEI não tenha empregados, não há informações de SST a serem
encaminhadas ao ambiente nacional do eSocial.
08.04 - (Atualizado em
11/02/2022) Como funciona o envio das informações do S-2240? É necessário
enviar apenas o que foi alterado após a carga inicial?
O evento S-2240
exige uma carga inicial com data de início da condição igual à data de início
da obrigatoriedade dos eventos de SST no eSocial. Após essa carga inicial, a
alteração de qualquer das informações que compõe a estrutura do evento S-2240
exigirá o envio de um novo evento, descrevendo a situação atual, ou seja,
descrevendo toda a exposição do trabalhador naquela nova data de início da
condição e assim sucessivamente.
Exemplo: Quando do
início da obrigatoriedade do evento S-2240, em uma empresa do 1º grupo há um
trabalhador exposto a 2 agentes nocivos com as seguintes datas de início de
condição:
. calor (01/01/2020);
. ruído (01/06/2020).
O eSocial somente
registrará as informações de exposição a partir do início da obrigatoriedade
dos eventos de SST. Assim, no exemplo e considerando a atual data de início da
obrigatoriedade dos eventos de SST para o primeiro grupo (13.10.2021), deve ser
feita a carga inicial do evento S-2240 até o dia 15.11.2021, registrando como
data de início da condição o dia 13.10.2021 para os dois agentes nocivos,
conforme dispõe a descrição do campo no leiaute "informar a data em que o
trabalhador iniciou as atividades nas condições descritas ou a data de início
da obrigatoriedade deste evento para o empregador no eSocial, a que for mais
recente"
Agora suponhamos que
em 01.11.2021 o agente nocivo ruído deixou de existir e foi incluído o agente
nocivo "radiações ionizantes". Neste caso será enviado um novo S-2240 com essa
data de início da condição informando os riscos "calor" e "radiações
ionizantes", excluindo o risco "ruído" e replicando as demais informações que
não foram alteradas, como, por exemplo, o responsável pelos registros
ambientais.
Suponhamos, ainda,
que no dia 13.03.2022 foi alterado o responsável pelos registros ambientais de
"A" para "B". Nesse caso, deverá ser encaminhado um novo evento S-2240, com
data de início da condição em 13.03.2022, replicando as informações do evento
anterior que não sofreram alterações e alterando apenas o responsável pelos
registros ambientais.
É importante destacar
que as alterações acima, por consistirem em mudanças da informação
anteriormente informada, não devem ser encaminhadas em eventos de retificação
(que somente devem ser usados para corrigir informações equivocadas), mas sim
encaminhadas em novo evento com nova data de início da condição.
08.05 - (24/12/2021) Como
proceder em relação ao envio de CAT (S-2210) com morte para um empregado que
possui diversos vínculos com o mesmo empregador? É necessário o envio de um CAT
para cada uma das matrículas?
No caso mencionado,
a CAT deve ser emitida em relação ao vínculo que ensejou o acidente ou doença
do trabalho e não em relação a todos. Importante frisar que o art. 330 da
Instrução Normativa do INSS nº. 77, de 2015, em seu §1º, estabelece que em caso
de atividades concomitantes, caso o segurado sofra o acidente no deslocamento
de um local de trabalho para o outro, a CAT deve ser emitida para ambos os
vínculos.
08.06 - (24/12/2021) Como
funcionará a concessão de acesso ao Portal Simplificado do SST através de outorga?
Os eventos de SST
(S-2210, S-2220 e S-2240) serão disponibilizados ao usuário web por meio de uma
aplicação simplificada e não no web geral. Isso foi necessário para garantir o
controle dos perfis de acesso bem como permitir que os usuários que não tenham
um software que atenda essa demanda possam se utilizar da ferramenta
simplificada pare envio das informações. Para acessar tal ambiente, é
necessário que o usuário que atua por procuração eletrônica, tenha outorga do
perfil específico de SST, que deve ser atribuído pela empresa/contribuinte no
ambiente eCAC.
Em virtude do acima
exposto, até que seja liberado o módulo web simplificado SST para uso, somente
é possível utilizar no web geral o evento S-2210, sendo que eventos S-2220 e
S-2240 não são visualizados no web geral.
Quando da
disponibilização do módulo web simplificado SST todos os eventos de SST estarão
disponíveis nessa aplicação e não no web geral.
08.07 - (24/12/2021) Quais
eventos de um dado empregado serão recepcionados pelo ambiente nacional após a
data de óbito enviada através do evento S-2210?
Sobre o tema, é
necessário consultar a regra "REGRA_EVENTO_POSTERIOR_CAT_OBITO", a qual dispõe
que "Não deve existir qualquer evento não periódico para o trabalhador indicado
no evento de CAT com {indCatObito} = [S], com data de ocorrência posterior a
{dtObito}. Também não deve existir qualquer evento periódico para o trabalhador
indicado no evento com período de apuração igual ou posterior ao mês/ano de
{dtObito}. As exceções a essa regra se restringem a alguns tipos de remuneração
(S-1200 ou S-1202), conforme definidos
na REGRA_REMUN_JA_EXISTE_DESLIGAMENTO, Pagamentos (S-1210) e Alteração
Contratual (S-2206), quando {dtEf} desse evento for igual ou anterior a
{dtObito}.
Caso seja informado
evento de Remuneração (S-1200 ou S-1202) em período de apuração posterior ao
mês/ano de {dtObito} e não se trate de uma das exceções
da REGRA_REMUN_JA_EXISTE_DESLIGAMENTO, retornar "alerta"."
08.08 - (Atualizado em
11/02/2022) Como proceder em relação ao envio de carga inicial do evento
S-2240? Mesmo os empregados que não se encontram expostos a nenhum risco devem
ter seus dados transmitidos?
Conforme explicação
constante no item 08.16, a carga inicial do evento S-2240 para os trabalhadores
não expostos a agentes nocivos somente ocorrerá a partir da implantação do PPP
em meio eletrônico, com previsão para 1º de janeiro de 2023. Assim, a
carga inicial com a informação de ausência de exposição a agentes nocivos
somente será obrigatória a partir de 01.01.2023.Quando da obrigatoriedade da
realização da carga inicial do evento S-2240, a qual pode se dar em momentos
diferentes a depender da exposição ou não a agentes nocivos, ela deve ser feita
para todos os trabalhadores empregados, trabalhadores avulsos e cooperados
vinculados a cooperativa de trabalho e ou de produção, devendo ser enviada a
descrição das informações que compõem o evento que estão válidas no dia do
início da obrigatoriedade dos eventos de SST no eSocial para a
empresa/contribuinte. Exceção a essa regra ocorre só para os trabalhadores
afastados, conforme prevê o item 12.3 do evento S-2240 do MOS, em que a carga
inicial somente é obrigatória para os trabalhadores afastados para gozo de
férias ou licença maternidade. Ressalta-se, todavia, não existir impedimento
para envio da carga inicial para trabalhadores com outros motivos de
afastamento, apenas não sendo o envio obrigatório.
08.09 - (24/12/2021) O
envio do evento S-1299 - fechamento impossibilita a envio dos eventos de SST?
Os eventos de SST
não estão vinculados ao fechamento da folha, ou seja, não é necessário fazer a
reabertura da folha para o envio dos eventos de SST referente a período em que
a folha já esteja fechada.
08.10 - (24/12/2021) Para
funcionários que ficam fora do país que mantenham o vínculo de emprego com
empresa brasileira e continuem filiados ao Regime Geral de Previdência Social
na condição de empregado, como fica o envio do evento S-2220 e S-2240?
Para os
trabalhadores que exercem atividades em outro país mas que o vínculo de emprego
continua sendo mantido com empresa brasileira e permaneça a condição de filiado
ao Regime Geral de Previdência Social na condição de empregado, deve ser feito
o envio dos eventos S-2220 sempre que emitido um atesado de saúde ocupacional
(ASO) e mantido atualizado o evento S-2240, haja vista que tal trabalhador
continua sendo segurado da previdência e podendo gozar dos benefícios como
qualquer outro trabalhador. Ressalta-se que em relação às regras de
obrigatoriedade de emissão do ASO, deve ser observado o disposto na Norma
Regulamentadora nº 7 (NR 7).
08.11 - (24/12/2021) É possível
enviar exame admissional com data anterior à admissão? Mesmo que o exame tenha
data de meses anteriores à admissão?
É sim possível. A
validação do campo {dtAso} é "Deve ser uma data válida, igual ou anterior
à data atual e igual ou posterior à data de início da obrigatoriedade deste
evento para o empregador no eSocial". Assim, não há óbice, desde que seja um
exame realizado após o início da obrigatoriedade do evento S-2220 para a
empresa.
08.12 - (24/12/2021) A partir
de que dia do mês seguinte as movimentações do mês aparecerão no PPP no Meu
INSS?
A informação será
apresentada no PPP eletrônico assim eu recebida pelo ambiente nacional do
eSocial, sendo necessário apenas o tempo de trânsito e transformação do evento
pela DATAPREV. É importante destacar apenas que a empresa tem até o dia 15 do
mês subsequente para enviar as informações do mês anterior, por exemplo, as
mudanças que acontecerem no mês de janeiro podem ser comunicadas pela empresa
até o dia 15 de fevereiro, sendo necessário que haja ciência dessa prazo
estabelecido no Manual de Orientação do eSocial.
08.13 - (24/12/2021) Qual o significado do envio do código
"09.01.001 Ausência de agente nocivo ou de atividades previstas no Anexo IV do
Decreto 3.048/1999"?
Ao informar o código
"09.01.001 Ausência de agente nocivo ou de atividades previstas no Anexo IV do
Decreto 3.048/1999?, a empresa está declarando que o trabalhador não está
exposto a nenhum agente nocivo previsto no anexo IV do Regulamento da
Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº. 3.048, de 1999, que possa
caracterizar atividade especial para fins de aposentadoria com tempo reduzido,
ou seja, que não há exposição aos riscos físicos, químicos e biológicos ou
associação desses agentes previstos em tal anexo. Isso não significa dizer que
o trabalhador esteja exposto a nenhum fator de risco, mas apenas que não está
exposto aos agentes nocivos previstos na legislação previdenciária.
Por exemplo, o
trabalhador exposto ao fator de risco "umidade" terá em seu PPP a informação do
código "09.01.001 Ausência de agente nocivo ou de atividades previstas no Anexo
IV do Decreto 3.048/1999?, haja vista que tal fator de risco não está previsto
no anexo IV do Regulamento da Previdência Social.
08.14 - (24/12/2021) Os eventos
S-2220 e S-2240 são obrigatórios para o empregador doméstico?
Não. O empregador
doméstico está obrigado somente à emissão da CAT, não devendo encaminhar os
eventos S-2220 e S-2240.
08.15 - (24/12/2021) Cada vez
que o empregador conceder/entregar um EPI novo ao empregado, deve enviar um
S2240 com a data de início equivalente a data de entrega?
O eSocial não é uma
ficha de registro de entrega de EPI, motivo pelo qual não deve ser registrado
cada unidade de EPI entregue ao empregado, mas sim o CA dos modelos utilizados,
evitando assim uma elevada volumetria de dados.
08.16 - (03/02/2022) No ambiente de trabalho meus empregados
não estão expostos a agentes nocivos. Estou obrigada ao envio dos eventos
S-2220 e S-2240?
Não. Empregadores
que não possuem empregados expostos a agentes nocivos (químicos, físicos,
biológicos ou a associação desses agentes) previstos na Tabela 24 do eSocial,
não estão obrigados ao envio dos eventos S-2220 e S-2240 até dezembro de 2022,
ou seja, até que ocorra a implantação do PPP eletrônico em 01/01/2023. Assim,
para a hipótese correspondente ao código 09.01.001 da Tabela 24 do eSocial não
há obrigatoriedade do envio do evento S-2240, nem mesmo do evento S-2220, até a
efetiva implantação do PPP eletrônico.
08.17 - (11/02/2022) Caso a empresa opte em continuar enviando os
eventos, para os empregados não expostos, será considerado o histórico já
enviado a partir de 13/10/2021?
Será, sim,
considerado o histórico. Caso já haja um evento S-2240 na base e não haja outro
posterior alterando a informação, o PPP eletrônico do trabalhador será exibido
com o último evento válido. Assim, se foi enviado um S-2240 com data de início
da condição em 13.10.2021 para um trabalhador não exposto a risco e se a
empresa não enviou outro S-2240 até a implantação do PPP eletrônico, esse
documento trará a informação de ausência de riscos para tal trabalhador com
início em 01.01.2023 (data da implantação do PPP eletrônico). Assim, as
empresas que já optarem por fazer a carga inicial do evento S-2240 para os
trabalhadores não expostos a riscos não precisaram fazer uma nova carga inicial
quando do início da obrigatoriedade do PPP eletrônico, devendo apenas manter o
histórico do S-2240 atualizado, caso haja modificações nas informações que
compõem o evento.
08.18 - (14/02/2022) No envio
do evento S-2220 recebemos o retorno com o erro 632- "Já existe no evento um
grupo com mesma chave de identificação." Verificamos em nosso cadastro que
possuímos exames diferentes, onde o código do procedimento conforme tabela 27 é
o mesmo. Como proceder?
Nos casos de exames
identificados por um mesmo código de procedimento e realizados em uma mesma
data, deverá constar no campo {obsProc} a descrição de todos os exames que
estão neste código de procedimento. Nestes casos, os campos {ordExame} e
{indResult} não devem ser preenchidos.
Ex.: Foram
realizadas 4 radiografias em membros superiores indicados pelo código de
procedimento '1077-Radiografia de membros superiores' da tabela 27, quais
sejam:
· Radiografia de Punho Direito
· Radiografia de Punho Esquerdo
· Radiografia de Ombro Direito
· Radiografia de Ombro Esquerdo
Nesta situação, o
eSocial somente aceita uma vez a informação do código 1077-Radiografia de
membros superiores' na mesma data, sendo que no campo {obsProc} seja registrado
todos os exames realizados (Radiografia de Punho Direito, Radiografia de Punho
Esquerdo, Radiografia de Ombro Direito e Radiografia de Ombro Esquerdo). Nesta
hipótese, não devem ser preenchidos os campos {ordExame} e {indResult}.
08.19 - (24/03/2022) Nas
hipóteses em que uma empresa, por determinação judicial, necessita incluir no
Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) um agente nocivo para o qual não
haja previsão no anexo IV do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado
pelo decreto nº 3.048, de 1999, e consequentemente na tabela 24 do eSocial
(eletricidade, por exemplo), como proceder para registrar a informação no
evento S-2240? Caso a determinação judicial seja para incluir no PPP a
informação de agente nocivo previsto no anexo IV, embora a empresa não tenha
reconhecido espontaneamente, o procedimento a ser adotado é o mesmo?
No caso de
determinação judicial para inclusão do PPP de agente nocivo não previsto no
anexo IV do RPS e consequentemente inexistente na tabela 24 do eSocial, deve
ser utilizado para preenchimento do campo {codAgNoc} do evento S-2240 o código
"05.01.001 - Agentes nocivos não constantes no Anexo IV do Decreto 3.048/1999 e
incluídos por força de decisão judicial ou administrativa" da referida tabela,
descrevendo no campo {dscAgNoc} qual é o agente nocivo. Em complemento, caso a
empresa entenda adequado, poderá prestar quaisquer esclarecimentos adicionais
sobre a demanda no campo {obsCompl}.
Por exemplo,
existindo uma decisão judicial que determine a inclusão do agente nocivo
"eletricidade" no PPP, deve ser utilizado o código 05.01.001 da tabela 24 para
preenchimento do evento S-2240, haja vista a inexistência de tal agente nocivo
no anexo IV do RPS e consequentemente na tabela 24, e no campo para descrição
do agente nocivo deve ser descrita a informação do agente a ser registrado por
força da decisão judicial, neste exemplo a "eletricidade".
Para os casos em que
a determinação judicial seja para incluir agente nocivo previsto no anexo IV do
RPS e consequentemente na tabela 24, mas que não tenha sido reconhecido pela
empresa em seus demonstrativos ambientais, a inclusão deve ser feita utilizado
o código previsto na referida tabela para o agente, NÃO devendo ser utilizado o
código 05.01.001. Por exemplo, uma decisão judicial reconhece a exposição a
"Dissulfeto de carbono", hipótese em que a empresa deve registrar, seguindo o
determinado na decisão judicial, o código "01.11.001 - Dissulfeto de carbono" e
as demais informações cabíveis decorrentes da decisão judicial. Em complemento,
caso a empresa entenda adequado, poderá prestar quaisquer esclarecimentos
adicionais sobre a demanda judicial no campo {obsCompl}.
Importante ressaltar
que o código 05.01.001 somente deve ser utilizado para informar agentes nocivos
não previstos no anexo IV do RPS e consequentemente inexistente na tabela 24 do
eSocial quando a determinação da inclusão no PPP for oriunda decisão
administrativa ou judicial, não devendo ser utilizado como opção para incluir,
por liberalidade da empresa, outros fatores de risco não listados na tabela 24.
08.20 - (08/04/2022) Ao enviar
o evento 'S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Agentes Nocivos' para
trabalhadores não expostos a agentes nocivos previstos no anexo IV do
Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº. 3.048, de 1999,
registrando o código '09.01.001 - Ausência de agente nocivo ou de atividades
previstas no Anexo IV do Decreto 3.048/1999' no campo {codAgNoc}, posso fazê-lo
com base em documento não assinado por médico do trabalho ou engenheiro de
segurança do trabalho, conforme previsto na legislação. Nesses casos, qual
informação deve ser registrada nos campos {ideOC}, {dscOC}, {nrOC} e {ufOC},
que são de preenchimento obrigatório?
A Instrução
Normativa PRES/INSS nº. 128, de 28 de março de 2022, disciplina em seu art.
184, §3º, que:
Art. 284. .
(.)
§ 3º A declaração de
inexistência de exposição a riscos físicos, químicos e biológicos ou associação
desses agentes no PPP poderá ser feita:
I - para a
Microempresa - ME e a Empresa de Pequeno Porte - EPP embasada na declaração
eletrônica de ausência de riscos físicos, químicos e biológicos prevista no
item 1.8.4 da NR 1, com redação dada pela Redação dada pela Portaria SEPRT nº
6.730, de 9 de março de 2020;
II - para o Micro
Empreendedor Individual - MEI sempre que nas fichas com orientações sobre as
medidas de prevenção a serem adotadas de acordo com a atividade econômica de
desenvolvida, nos termos do item 1.8.2 da NR 1, com redação dada pela Redação
dada pela Portaria SEPRT nº 6.730, de 9 de março de 2020, não existir a
indicação de exposição a agentes físicos, químicos ou biológicos; e
III - Para todas as
empresas quando no inventário de riscos do Programa de Gerenciamento de Riscos
(PGR) de que trata o item 1.5.7 da NR 1 do Ministério do Trabalho e Previdência
for constatada a inexistência de riscos físicos, químicos e biológicos
previstos no anexo IV do Regulamento da Previdência Social.
Assim, conforme o
recente normativo disciplinou, é possível que a prestação da informação de
ausência de agente nocivo ou de atividades previstas no Anexo IV do Decreto
3.048/1999 esteja amparada em documento não obrigatoriamente subscrito por
médico do trabalho ou engenheiro de segurança no trabalho. Tal regra exigirá
ajustes na regra de obrigatoriedade do grupo {respReg} do evento S-2240.
Até que tal ajuste
seja implementado, nas hipóteses em que seja informado o código '09.01.001 -
Ausência de agente nocivo ou de atividades previstas no Anexo IV do Decreto
3.048/1999' no campo {codAgNoc} com base em documento não subscrito por médico
do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, deve ser aplicada a
seguinte regra de preenchimento para os campos que foram objeto do questionamento:
{ideOC}: Informar o
valor '[9] - Outros';{dscOC}: Informar como descrição 'CPF';{nrOC}: Informar o
número do CPF do responsável pela elaboração do documento que fundamentou a
declaração de ausência de risco ou no caso do MEI o seu CPF;{ufOC}: Informar a
UF do local onde o documento que fundamentou a declaração foi elaborado ou, no
caso do MEI, a UF em que está registrado.
Trata-se de
procedimento provisório, até a efetiva adequação do leiaute à mudança
normativa, constante na Instrução Normativa PRES/INSS nº. 128, de 28 de março
de 2022.
08.21 - (19/04/2022) Conforme
regra de validação do campo {dtExm}, não é possível registrar exames
complementares realizados em data anterior à de admissão, exceto em exames
médicos admissionais. Entretanto, segundo a NR 7, alguns
Procedimentos/Diagnósticos (tabela 27) possuem validade superior a 1 (um) ano
e, em alguns cenários, exames complementares do ASO admissional (realizados em
data anterior à de admissão) são "aproveitados" no ASO demissional, periódico,
de mudança de risco ou de retorno ao trabalho. Como proceder nesses casos?
De fato, a regra de
validação do campo {dtExm} não permite registrar exames complementares
realizados em data anterior à de admissão, exceto em exames médicos
admissionais. Caso haja necessidade de referência ao exame complementar
originalmente realizado no ASO admissional em algum ASO posterior, a aplicação
da regra não permitirá o lançamento dessa informação. Considerando tal
situação, a regra de validação será suprimida em Nota Técnica a ser elaborada,
para que seja possível registrar no eSocial exatamente a mesma informação que
consta no ASO.
Todavia, até que o
ajuste seja feito, o empregador NÃO deve, no campo {dtExm}, registrar exames
complementares realizados em data anterior à de admissão, exceto em exames
médicos admissionais ({tpExameOcup} = [0]), mesmo que os exames complementares
realizados em data anterior à admissão e "aproveitados" em exames ocupacionais
posteriores constem no ASO demissional, periódico, de mudança de risco ou de
retorno ao trabalho (campo {tpExameOcup} = [1, 2, 3 ou 9]).
Fonte: Portal do
eSocial / Guia Trabalhista
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Disponibilizada nova Ferramenta para Cumprimento da NR-1 - Programa de Gerenciamento de Risco
Publicado em
03/05/2022
às
12:00
A Subsecretaria
de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência lançou, na
semana passada, a Ferramenta de Avaliação de Risco do Programa de Gerenciamento
de Risco (PGR), que engloba dois novos instrumentos on-line e gratuitos para o
cumprimento da Norma Regulamentadora n° 01 (Disposições
Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais).
Os sistemas foram desenvolvidos em parceria com a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e são voltados à Declaração de
Inexistência de Riscos e à elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos
para Açougues e Peixarias, bem como para Padarias e Confeitarias.
As novidades, que já
estão disponíveis no endereço eletrônico https://pgr.trabalho.gov.br,
por meio de login, foram lançadas
durante live da Campanha Nacional para Prevenção de Acidentes no
Trabalho (CANPAT) 2022.
Utilização
A funcionalidade pode ser utilizada exclusivamente para elaboração do PGR de
Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), classificadas com graus
de risco 1 e 2, desobrigadas de constituir SESMT.
Para elaborar seu Programa de Gerenciamento de Riscos, o
usuário do sistema percorre quatro etapas: preparação, identificação dos
perigos e avaliação dos riscos; definição das medidas; finalizando com o
relatório do PGR.
Fonte: Guia Trabalhista
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Segurança e Saúde no Trabalho - Módulo Web Já Está Disponível no e-Social
Publicado em
13/04/2022
às
11:00
Além de prestar as informações de Segurança
e Saúde no Trabalho - SST por meio dos sistemas próprios de gestão, agora os
empregadores ou as empresas e profissionais especializados poderão também usar
o novo módulo do eSocial para informar os eventos
de SST.
Para utilizar o módulo web SST, será
necessário que o empregador acesse utilizando suas credenciais (certificado
digital, acesso via gov.br ou código de acesso e senha) ou faça uma procuração
eletrônica específica para a empresa ou profissional especializado, para o
envio dos eventos. A procuração é outorgada acessando o eCAC, da Receita
Federal.
O módulo SST traz as informações de vínculo
necessárias para o correto preenchimento dos eventos, além de inovar na sua
apresentação, num formato mais moderno e com utilização intuitiva para os
usuários.
Nota:
vale ressaltar que não são prestadas informações de SST para trabalhadores
domésticos, a não ser as Comunicações de Acidente de Trabalho - CAT, que são
informadas no próprio eSocial Doméstico.
Fonte: Portal do
eSocial, adaptado pela equipe do Guia Trabalhista
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Burnout vira doença do trabalho em 2022: entenda as mudanças
Publicado em
10/01/2022
às
14:00
Com a nova
classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a CID 11, a Síndrome de
Burnout será considerada doença do trabalho em 2022.
Tudo na vida deve ser feito com moderação,
qualquer coisa em excesso pode ser prejudicial, a Síndrome de Burnout é causada
por exaustão ligada ao trabalho e até pouco tempo não era considerada doença do
trabalho, mas isso mudou.
Com a CID 11, a nova classificação da
Organização Mundial da Saúde (OMS) a Síndrome de Burnout se torna uma doença do
trabalho, agora as empresas devem ficar atentas a essa mudança.
Acompanhe os próximos tópicos e entenda
melhor sobre quais serão as mudanças feitas pela nova classificação da OMS que
começou a considerar a Burnout uma doença do trabalho e terá validade a partir
de 2022.
O que é a síndrome de Burnout?
A síndrome de Burnout é uma doença onde o
funcionário tem sensação de esgotamento, o rendimento do profissional cai e ele
acaba se prejudicando na sua vida pessoal e profissional.
A Burnout foi definida pela Organização
Mundial da Saúde em 2019 como um "fenômeno ligado ao trabalho".
A OMS também definiu os sintomas dessa
síndrome:
-Sensação de esgotamento;
-Cinismo ou sentimentos negativos
relacionados a seu trabalho;
-Eficácia profissional reduzida.
A tradução de "burnout" do inglês significa
esgotamento, também denominada exaustão profissional, esse problema de saúde
tem aparecido nas mais diversas profissões.
A causa dessa doença é o excesso de
trabalho, antes a Burnout não era reconhecida pela OMS como doença, mas isso
mudou.
Agora a Burnout será considerada uma doença
do trabalho a partir do dia 1º de janeiro de 2022, algo que pode preocupar
muitas empresas.
O que mudou?
A nova classificação da OMS no caso da Burnout
terá impacto nos processos trabalhistas, relacionados ao esgotamento
profissional, se algum trabalhador processar a sua empresa por conta dos
sintomas que citamos acima, a empresa poderá ser penalizada.
Se um funcionário processar a empresa ela
poderá ter que pagar uma indenização, além de receber outras punições.
A justiça utilizará um laudo médico
comprovando o Burnout, o histórico do profissional e irá realizar uma avaliação
do local de trabalho, além de recolher depoimentos.
O que as empresas devem fazer?
O esgotamento profissional sempre foi uma
preocupação para as empresas, a queda de rendimento dos seus funcionários afeta
diretamente as organizações, com as mudanças a Burnout poderá afetar as
empresas por conta dos processos.
Agora mais do que nunca as empresas devem
investir em cuidados para saúde mental dos seus funcionários para evitar o
esgotamento dos trabalhadores, afinal, além de perder um funcionário por conta
desta doença, a empresa também poderá ser processada.
É dever das empresas se atentarem à saúde
mental dos seus colaboradores para evitarem prejuízos para os seus funcionários
e para a própria empresa.
Fonte:
Rede Jornal Contábil
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Saúde e segurança no trabalho - Contratação de empresa especializada
Publicado em
22/12/2021
às
16:00
O eSocial, Sistema de Escrituração Digital
das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, entrou na 4ª fase da
sua implantação. Nas fases anteriores já estava obrigado o envio das
informações da empresa, dos empregados e a folha de pagamento. Agora chegou o
momento das informações relativas à Saúde e Segurança no Trabalho (SST).
Entenda o que muda para a empresa nesse momento.
Obrigatoriedade
do envio
O objetivo do eSocial é unificar as
informações prestadas aos diversos órgãos do Governo Federal. As informações de
Saúde e Segurança no Trabalho enviadas ao eSocial serão usadas para
substituir a atual forma de emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho
(CAT) e do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). O envio do
eSocial é obrigatório para todas as empresas que contratam empregados. Para as
que não contratam empregados, é enviada anualmente a informação que a empresa
está sem movimento trabalhista.
Quais
laudos a empresa precisa ter?
Se a sua empresa contrata empregados está
obrigada a elaborar e implementar o LTCAT - Laudo Técnico das Condições
Ambientais do Trabalho. Não há exceção para esse laudo, uma vez que
todos os trabalhadores devem ter PPP.
Além desse laudo sua empresa pode estar
obrigada ao PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (que em
2022 será substituído pelo PGR - Programa de Gerenciamento de
Riscos) e PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
Como visto, não se trata de serviços
contábeis. Mas, sim, de serviços profissionais de medicina e engenharia do
trabalho.
É de vital importância que a
empresa providencie ou atualize os laudos necessários, com uma empresa
especializada e implemente os programas necessários para que sua empresa esteja
em conformidade com a legislação de Saúde e Segurança do Trabalho.
O que
é enviado nessa fase?
Basicamente, três eventos serão prestados
no eSocial:
· S-2210 - Comunicação de Acidente de Trabalho
· S-2220 - Monitoramento da Saúde do Trabalhador
· S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Agentes Nocivos
Comunicação de Acidente de Trabalho
(S-2210) é o evento utilizado para informar acidente de trabalho e trajeto
do trabalhador, ainda que ele não se afaste. Para o seu envio são necessárias
as informações do acidente e o atestado médico do atendimento. Essa informação
deve ser prestada no primeiro dia útil seguinte ao acidente e, em caso de
morte, imediatamente.
Já no Monitoramento da Saúde do
Trabalhador (S-2220) serão enviados os exames ocupacionais (admissional,
periódico, retorno ao trabalho, mudança de função e demissional). O envio é
realizado até o dia 15 do mês seguinte ao da realização do exame, mas a empresa
deve cumprir os prazos para a realização.
E no evento de Condições Ambientes do
Trabalho - Agentes Nocivos (S-2240) irá registrar as condições ambientais
de trabalho e informar a exposição do trabalhador à agentes nocivos que gerem
direito à Aposentadoria Especial. Também são declaradas as informações de
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e Equipamentos de Proteção Individual -
EPI. Para esse evento é necessária uma carga inicial com as informações
existentes no início da obrigatoriedade e informar sempre que houver mudanças.
A
partir de quando as informações devem ser enviadas?
A empresa deve enviar as informações
a partir de 10/01/2022.
O que
acontecerá se a empresa não enviar essas informações?
As informações de Saúde e Segurança no
Trabalho tem impacto na aposentadoria especial dos trabalhadores, nos
pagamentos de insalubridade e periculosidade, na tributação da folha de
pagamento e na gestão dos afastamentos. O não envio das informações também pode
causar autuações por parte do Ministério do Trabalho, da Previdência Social,
ocasionando multas.
Como
será realizado o envio? E quem é responsável pela informação?
A responsabilidade das informações é da
área especializada, ou seja, o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia
e em Medicina do Trabalho).
As informações podem ser enviadas via
portal web ou através de sistema apto para o envio.
Desta forma, é essencial que a sua empresa
contrate uma empresa de medicina ocupacional que esteja atualizada e preparada
para os envios do eSocial e possa cumprir com a obrigatoriedade, garantindo
assim que a empresa está em dia com suas obrigações legais.
Fonte:
M&M Assessoria
Contábil
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Inspeção do Trabalho desenvolve sistema para ampliar prevenção a acidentes no país
Publicado em
22/12/2020
às
16:00
Ferramenta já está disponível para auditores fiscais
do Trabalho
Sistema
de inteligência desenvolvido pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT),
órgão da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia (Seprt-ME), vai ampliar e melhorar a fiscalização em segurança e saúde
do trabalho no país. A nova ferramenta servirá como um dos subsídios para
auditores fiscais do Trabalho planejarem suas ações e atuarem com foco na
prevenção.
"A iniciativa faz
parte de uma estratégia mais ampla da Inspeção do Trabalho na redução da
ocorrência de acidentes de trabalho. A literatura especializada aponta que
esses acidentes são provocados por uma conjunção de fatores que podem ser
prevenidos. É essa prevenção que queremos ampliar no Brasil, a partir de
estratégias de atuação complementares", explica o subsecretário da SIT, Romulo
Machado.
A ferramenta já está
disponível aos auditores fiscais do Trabalho de todo país, para ser usada no
planejamento das ações de 2021 com foco na prevenção de acidentes. O sistema
utiliza diversos dados para prever a probabilidade de ocorrência futura de
acidentes relacionados ao trabalho.
Machine learning
Para desenvolver o
sistema, os auditores usaram técnicas de machine learning - aprendizagem de máquina, em
tradução livre -, que é a área da inteligência artificial que possibilita às
máquinas aprenderem através de dados. A partir das diversas informações dos
bancos de dados, o sistema efetua predições de acidentes para o futuro e
calcula a probabilidade de sua ocorrência para cada empregador do país. Os
testes realizados com o modelo mostraram que o sistema foi capaz de acertar 88
em cada 100 predições realizadas.
A construção do
sistema foi precedida de extenso estudo do panorama estatístico dos acidentes
de trabalho no país. Para o biênio 2017/2018, por exemplo, foi possível verificar
que homens com idades entre 20 e 40 anos foram vítimas de 67,1% dos acidentes
de trabalho típicos - aqueles decorrentes do exercício do trabalho -
registrados.
Ocupações
Outro parâmetro
usado foi o tipo de ocupação do trabalhador. Das 2.049 ocupações profissionais
existentes na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), 10 atividades
representaram 30% dos acidentes típicos notificados no biênio. Técnicos e
auxiliares de enfermagem, enfermeiros, alimentadores de linha de produção,
faxineiros, motoristas de caminhão, serventes de obras, carteiros e coletores
de lixo foram os profissionais com maior número de registros.
Há, ainda,
diferenças significativas no registro e no perfil de acidentes de trabalho por
regiões, sendo que o estado de São Paulo representou 36,9% dos registros,
seguido por Minas Gerais (10,3%), Rio Grande do Sul (8,8%), Paraná (8,3%) e Rio
de Janeiro (6,8%) no biênio 2017/2018.
"A ferramenta faz
parte de um conjunto de informações que os Auditores utilizam para fazer o
planejamento das ações fiscais. Até o início de 2021, vamos agregar todas as
informações mais recentes e concluir as predições para o ano que vem", explicou
o auditor fiscal do Trabalho Jefferson Toledo, um dos responsáveis pela criação
do sistema.
Fonte:
Governo Federal
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Ministério Público do Trabalho emitiu Nota Técnica com recomendações aos empregadores nos casos de Covid-19
Publicado em
14/12/2020
às
12:00
Através da NT GT
Covid19 20/2020, o Ministério Público do Trabalho especificou recomendações a
empregadores, empresas, entidades públicas e privadas que contratem
trabalhadores (as) adotem medidas, para a prevenção de casos e surtos de
COVID-19 nos ambientes de trabalho.
A seguir, o texto
completo da referida Nota Técnica.

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





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Empresas devem observar recomendações sobre saúde e segurança dos trabalhadores durante a pandemia de coronavírus
Publicado em
09/04/2020
às
17:00
Ofício lista
recomendações a ser seguidas nas empresas durante a pandemia de coronavírus
Com o objetivo de orientar trabalhadores e
empregadores em relação aos cuidados a ser tomados durante o período de
pandemia causada pela Covid-19, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho
do Ministério da Economia produziu um documento a respeito do tema, cujo texto
completo encontra-se no final desta matéria.
Elaborado pela Subsecretaria de Inspeção do
Trabalho (SIT), o ofício enviado aos empregadores traz uma série de
recomendações em relação à saúde e a segurança como uso de equipamentos de
proteção, higiene e ventilação dos ambientes, baseadas normas trabalhistas e em
indicações do Ministério da Saúde.
Entre as medidas estão a sugestão de que as
empresas orientem seus trabalhadores a respeito do momento que o país está
vivendo e expliquem aos empregados sobre os procedimentos que devem ser
adotados preventivamente. Outras recomendações são evitar a realização de
reuniões presenciais e fornecer equipamentos de proteção, como luvas e
máscaras, em caso de necessidade.
Para conseguir resolver problemas que ocorram caso
haja contaminação ou suspeita de contaminação de algum de seus funcionários, a
indicação é para que as organizações já tenham um protocolo de ação
desenvolvido.
A Secretaria também lembra que o fato de o país
estar enfrentando uma crise de saúde pública não isenta as empresas de
respeitar as regras descritas nas normas regulamentadoras.
A seguir, o texto completo do referido
ofício.


Fonte:
Secretaria do Trabalho
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Governo moderniza normas para reduzir burocracia e aumentar segurança no trabalho
Publicado em
17/03/2020
às
13:00
Passaram por processo de revisão as normas
regulamentadoras 1, de disposições gerais; 7, que trata do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional; e a 9, do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais. Os textos foram simplificados para facilitar a compreensão dos
empregadores e a burocracia foi reduzida. Com as inovações, também deve ocorrer
redução de custos para os empregadores.
Nos três casos, os novos textos têm prazo de um ano
para entrarem em vigor. Até lá, seguem valendo as regras antigas. Todas as
mudanças passaram pela Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), formada
por representantes do governo, dos empregadores e trabalhadores.
Inclusão e redução de custos
Das três normas, a NR1 é a única que já havia sido
completamente revisada e publicada com nova redação ainda no ano passado. O
texto foi atualizado para a inclusão do Programa de Gerenciamento de Riscos
(PGR), um marco de modernização na área da prevenção de doenças ocupacionais e
acidentes, que trará benefícios para todos.
A partir da criação do PGR, todos os segmentos da
economia farão seus planos de acordo com as diretrizes estabelecidas na NR 1,
independentemente da área com a qual a empresa trabalha. Isso acaba com a
duplicação de planos de prevenção, diminui a burocracia e deixa mais claras as
regras que devem ser seguidas.
Para ajudar micro e pequenos empresas e
microempreendedores individuais (MEIs), o Ministério da Economia lançará
ferramentas on-line para ajudar os setores na elaboração do PGR. O sistema deve
estar em funcionamento no prazo de um ano, que é o tempo estabelecido para o
programa entrar em vigor.
Outra vantagem é que o PGR reduzirá custos, pois
não precisará mais ser renovado todos os anos, como ocorre hoje com o Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Os empregadores precisarão refazer o
plano a qualquer momento sempre que houver mudanças no ambiente de trabalho. Se
não ocorrer mudanças, a avaliação de riscos deverá ser revista: a cada dois ou
três anos para empresas que tenham certificações em sistema de gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho, um incentivo para quem adota boas práticas.
Saúde ocupacional
Todas as mudanças efetivadas na NR 7 foram feitas
para adequar as exigências ao objetivo principal da norma, que é a saúde
ocupacional dos trabalhadores. Uma das alterações, por exemplo, diz respeito
aos exames médicos que não necessariamente têm relação com o trabalho do
empregado. A partir da mudança, devem ser exigidos apenas exames que avaliem
questões de saúde relacionadas ao trabalho exercido pelo empregado na empresa,
o que reduzirá custos.
Outra medida importante diz respeito à prevenção.
Estão sendo elaborados anexos com protocolos de medidas que devem ser adotadas
pelos empregadores para o caso de riscos ocupacionais, como exposição à poeira,
a substâncias químicas cancerígenas, radiações ionizantes e trabalho em
condições hiperbáricas, como de atividades de mergulho. Estes protocolos criam
padrões de procedimentos que garantem a segurança dos trabalhadores e dão mais
clareza aos empregadores para que eles saibam exatamente como agir em situações
de risco ocupacional.
NR 9
Com a inclusão do Programa de Gerenciamento de
Riscos na NR 1, o PPRA descrito na NR 9 deixa de existir. Por causa disso, a
nova norma passa a tratar especificamente da metodologia para a avaliação da
exposição aos agentes ambientais químicos, físicos e biológicos, como poeira,
ruído, calor e radiação, por exemplo.
O texto explica sobre como identificar os agentes e
quais os métodos a ser adotados para fazer a avaliação e o controle de cada um
deles. Os parâmetros que devem ser usados para medir as quantidades aceitáveis
e nocivas aos trabalhadores estão sendo especificados nos anexos da norma.
Dois deles já passaram por revisão - são os casos
dos anexos de calor e de vibração. Os demais estão passando por revisão,
trabalho que deve ser concluído até o final deste ano.
Modernização das NRs
Desde fevereiro de 2019, quando o trabalho de
modernização foi iniciado, além das NRs 1, 7 e 9, já foram totalmente revisadas
também a NR 3, sobre embargo e interdição; NR 12, de segurança do trabalho em
máquinas e equipamentos; NR 18, que trata das condições e meio ambiente de
trabalho na indústria da construção.; NR 20, sobre inflamáveis e combustíveis;
NR 24, que trata das condições de higiene e conforto nos locais de trabalho; e
NR 28, de fiscalização e penalidades.
A NR 2, sobre inspeção prévia, foi revogada. Houve
ainda revisão do anexo sobre calor da NR 15 e do item sobre periculosidade do
combustível para consumo próprio da NR 16.
Fonte: Secretaria do
Trabalho
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Nova NR 18 aumenta segurança dos trabalhadores e estimula modernização na construção civil
Publicado em
16/03/2020
às
10:00
Um dos
normativos setoriais mais importantes na área da saúde e segurança dos
trabalhadores é a Norma Regulamentadora 18, que trata das condições e meio
ambiente de trabalho na indústria da construção. Com a redação atualizada, as
regras de proteção receberam reforço e os empregadores ganharam mais autonomia
para definir as medidas de prevenção a acidentes e adoecimentos e para uso de
novas tecnologias construtivas.
Todo
processo de discussão sobre a modernização da NR passou pela Comissão
Tripartite Paritária Permanente (CTTP), que aprovou a redação por unanimidade
entre trabalhadores, empregadores e o governo. Pelo menos 2 milhões de
trabalhadores formais e 400,5 mil empreendimentos do setor devem ser
diretamente beneficiados pelas mudanças, que foram apresentadas em São Paulo,
em evento organizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e
pelo Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) no no Sindicato dos
Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP).
Autonomia das
empresas
Uma
das mudanças mais significativas da NR para os empregadores é sobre a maneira
de executar os planos de segurança. Antes, a norma, além de dizer o que deveria
ser feito para prevenir acidentes, descrevia exatamente como seria a estratégia
de prevenção. Isto deixava a tarefa engessada e prejudicava até o uso de novas
tecnologias construtivas, muitas vezes mais seguras do que os equipamentos
tradicionais.
Com o
Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), o normativo possibilitará uma
efetiva gestão dos riscos existentes pelo responsável pela obra. A elaboração
do PGR fica a cargo de um engenheiro responsável, no caso de obras com mais de
sete metros de altura e 10 trabalhadores, ou de um técnico em segurança no
trabalho, em empreendimentos menores. Esta obrigação será das construtoras e
não de seus fornecedores contratados, mas os fornecedores terão a obrigação de
produzir um inventário de riscos de atividades para que eles sejam considerados
no programa.
Regra harmônica
Para o
coordenador da bancada empresarial e representante da Confederação Nacional de
Saúde na CTPP, Clovis Queiroz, o conjunto da nova norma ficou mais simples,
fácil de ser interpretado e moderno, o que beneficia empregadores e
trabalhadores. "Houve uma simplificação e uma harmonização com todo o trabalho
que estamos fazendo, o que deixa o resultado melhor tanto para quem precisa
aplicar as regras quanto para os trabalhadores. E todos os aspectos de saúde e
segurança estão abordados na nova norma", explicou.
Antes, pela redação anterior da norma, cada empresa que trabalhasse em uma obra
precisava elaborar seu próprio plano de segurança, que nem sempre harmonizava
com os demais, causando insegurança. Agora, a construtora responsável pela obra
deve ter um PGR único, que levará em conta os riscos de todos os trabalhadores
envolvidos na obra.
Na
visão do coordenador da bancada dos trabalhadores e representante da União
Geral dos Trabalhadores (UGT), Washington Santos (Maradona), o processo de
revisão da NR 18 mira um público que merece atenção especial: o trabalhador da
construção civil. "Conseguimos construir a nova redação da NR 18 com consenso.
É uma norma que vem para facilitar e preservar a vida do trabalhador.
Conseguimos avançar muito", afirmou.
Saúde e segurança
aos trabalhadores
Entre
as alterações mais importantes para os trabalhadores, está a definição de novos
critérios para uso do tubulão, método comum para perfurações profundas na
construção civil. A partir da vigência da norma, as empresas terão prazo de 24
meses para abolir o uso do tubulão com ar comprimido, tarefa considerada de
alto risco para os trabalhadores. E as escavações manuais ficarão limitadas a
15 metros de profundidade.
Também
fica obrigatória a climatização em máquinas autopropelidas (que possuem
movimento próprio) com mais de 4,5 mil quilos e em equipamentos de guindar. Os
contêineres marítimos originalmente utilizados em transporte de cargas não
poderão mais ser usados em áreas de vivência dos trabalhadores, como
refeitórios, vestiários ou escritórios de obras. Há ainda novas regras, mais
seguras, para execução de escavações e para trabalho a quente (soldagem e
esmerilhamento, por exemplo).
Modernização das
NRs
Desde
fevereiro de 2019, quando o trabalho foi iniciado, já foram totalmente
revisadas, além da NR 18, a NR 1,que trata das
disposições gerais sobre saúde e segurança; NR 3, sobre embargo e
interdição; NR 12, de segurança
do trabalho em máquinas e equipamentos; NR 20, sobre
inflamáveis e combustíveis; NR 24, que trata das
condições de higiene e conforto nos locais de trabalho; e NR 28, de
fiscalização e penalidades.
A NR
2, sobre inspeção prévia, foi revogada. Houve ainda revisão do anexo sobre
calor da NR 15 e do item
sobre periculosidade do combustível para consumo próprio da NR 16.
Estimativas da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia
apontam para uma redução de custos de quase R$ 5 bilhões na indústria da
construção em 10 anos com a entrada em vigor da nova redação.
O
cálculo se baseia em informações da Câmara Brasileira da Indústria da
Construção (Cbic), considerando a desburocratização apresentada pelo novo
texto, a possibilidade da adoção de melhores práticas de gestão e as melhorias
das regras de saúde e segurança.
Fonte: Secretaria do Trabalho
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Regras de saúde e segurança da construção civil foram simplificadas
Publicado em
13/02/2020
às
11:00
A simplificação das normas de saúde e
segurança do trabalho na construção civil resultará em economia de R$ 470 milhões
por ano para as empresas do setor, informou a Secretaria de Política Econômica
do Ministério da Economia. A revisão da Norma Regulamentadora 18 (NR 18) foi
anunciada (10/2/2020) pela Secretaria de Trabalho e Emprego da pasta.
Segundo a secretaria, a projeção leva em
conta o cenário intermediário, considerado o mais provável. A redução anual de
custos ficará entre R$ 280 milhões, no cenário mais conservador, e R$ 700
milhões, no mais otimista. As estimativas foram realizadas com base em
informações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e da
Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) de 2017.
De acordo com os cálculos, a
desburocratização da NR 18 reduzirá em 33% o custo do treinamento básico de
segurança, por causa da redução da carga horária de seis para quatro horas. O
orçamento das construtoras para saúde, segurança e meio ambiente no trabalho
deverá cair em 5% ou 10%, dependendo da atividade. Atualmente, cerca de 3% do
valor total das incorporações correspondem a essa rubrica.
Desburocratização
A principal mudança da NR 18 diz respeito à
autonomia das empresas para executar as normas de segurança e saúde no
trabalho. Antes, a norma descrevia exatamente como seria a estratégia de
prevenção de acidentes. Segundo as construtoras, as regras engessavam a tarefa
e inibiam o uso de novas tecnologias mais seguras que os equipamentos
tradicionais.
Pela nova norma, as construtoras terão
de elaborar um programa de gerenciamento de riscos. Para obras com mais de 7
metros de altura e 10 trabalhadores, as normas de prevenção terão de ser
assinadas por um engenheiro responsável. Em empreendimentos menores, um técnico
em segurança no trabalho pode elaborar as normas.
O programa será único, devendo considerar
os riscos de todos os trabalhadores envolvidos na obra. Nas regras antigas,
cada empresa que trabalhasse em uma obra precisava elaborar seu próprio plano
de segurança, que nem sempre harmonizava com os demais. Embora a obrigação do
programa de gerenciamento de riscos caiba às construtoras, os
fornecedores terão de produzir um inventário de riscos de atividades para
poder entrar no programa.
Segurança
As empresas terão 24 meses para abolir
o uso do tubulão com ar comprimido, tarefa considerada de alto risco. As
escavações manuais ficarão limitadas a 15 metros de profundidade.
Também se torna obrigatória a climatização
em máquinas autopropelidas (com movimento próprio) com mais de 4,5 mil
quilogramas e em equipamentos de guindaste. As empresas não poderão adaptar
contêineres para áreas de vivência dos trabalhadores, como refeitórios,
vestiários ou escritórios de obras. A norma traz novas regras mais seguras para
a execução de escavações e para tarefas que envolvem calor, como soldagem e
esmerilhamento.
Mais
empregos
No evento de lançamento da Norma
Regulamentadora 18, ontem (10) em São Paulo, o secretário de Trabalho
e Emprego do Ministério da Economia, Bruno Dalcomo, disse que a nova norma é
mais simples, objetiva e mais fácil de ser fiscalizada pelas autoridades. "No
momento em que a construção civil vem liderando essa retomada do crescimento
econômico, é preciso que nós tenhamos normas que, por um lado, sejam mais
simples, mais desburocratizadas, mas que, ao mesmo tempo, garantam a saúde e a
segurança do trabalhador", declarou.
Para o presidente da CBIC, José Carlos
Martins, a desburocratização aumenta a rapidez nas obras. "A NR 18 agora diz o
que deve ser feito, não como deve ser feito. Ou seja, a responsabilidade é do
construtor, das pessoas que vão cuidar da saúde e da segurança do trabalho", disse.
Fonte:
Agência Brasil. Colaborou Fernanda Cruz, de São Paulo
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A falta de prevenção de acidentes pode obrigar a empresa a pagar o auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez
Publicado em
04/02/2020
às
08:00
Acidente do trabalho
é
aquele que ocorre no exercício de atividade a serviço da empresa e provoca
lesão corporal ou perturbação funcional, que pode causar a morte, a perda ou a
redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
A Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a
promoção da saúde do trabalhador.
O Técnico de Segurança é
o profissional que tem por principal função prevenir e minimizar a ocorrência
de acidentes de trabalho e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores nas
empresas.
Ele deve participar da
elaboração e implementação da política de saúde e segurança no trabalho com
a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no
local de trabalho, minimizando assim os riscos de ocorrências de doenças
profissionais ou ocupacionais decorrentes do trabalho.
Portanto, o Técnico de
Segurança tem por missão evitar que acidentes aconteçam, bem como evitar as
doenças profissionais e ocupacionais, de modo que o empregador não seja
responsabilizado civilmente, nem seja condenado em eventual ação trabalhista no
pagamento de danos morais e materiais.
Mas além dos danos morais e materiais decorrentes do acidente (em
uma eventual ação trabalhista), a empresa também poderá sofrer uma ação
regressiva do INSS, se comprovar que o acidente ocorreu por sua
irresponsabilidade ao não seguir as normas de saúde e segurança do trabalho.
As ações regressivas
buscam ressarcir os cofres públicos dos valores gastos em razão de acidentes do
trabalho ocorridos por descumprimento das normas de segurança por
parte das empresas.
Significa dizer que o
INSS poderá pedir judicialmente o ressarcimento dos gastos com o pagamento
do benefício previdenciário (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) decorrentes deste acidente.
Veja julgado recente do
TRF1 em que a empresa foi condenada a ressarcir o INSS dos valores pagos dos
benefícios previdenciários.
TRF1 Mantém Sentença que
Condenou Empresa a Ressarcir INSS Valores de Benefícios Decorrentes de Acidente
de Trabalho de Empregado
Fonte: TRF1 - 14/01/2020 - Adaptado pelo Guia
Trabalhista
Havendo negligência no acidente causado
ao trabalhador segurado quanto às normas de segurança e higiene do
trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social
proporá ação contra a empresa para ser ressarcida dos valores pagos e a pagar a
título de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
Assim, a Sexta Turma do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF1) manteve a sentença que condenou uma empresa a
ressarcir ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) os valores já pagos dos
benefícios de auxílio doença e aposentadoria por invalidez.
A empresa apelante argumentou que o
acidente de trabalho sofrido pelo funcionário ocorreu por sua exclusiva culpa,
tendo em vista que ela cumpriu integramente a normas de segurança do
trabalho.
De acordo com o relator, juiz federal
convocado César Cintra Jatahy Fonseca, quando do ajuizamento da ação, a Lei nº
8.213/1991, estabelecia que acidente de trabalho "é o que ocorre pelo exercício
do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício
do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".
Ainda segundo o magistrado, a
responsabilidade civil da empresa recorrente é de natureza subjetiva, devendo
ficar demonstrada a alegada omissão quantos às normas de proteção à segurança e
saúde do trabalhador, no manuseio de equipamentos ou na forma de realizar
determinada atividade.
Consta dos autos que o funcionário foi
admitido pela empresa na função de auxiliar de produção e lá trabalhava há
quatro meses.
Quando aconteceu o acidente o
trabalhador substituía a operadora da mesa alimentadora da indústria de álcool,
uma vez que esta iria ao banheiro. Num determinado momento, como era de
costume, saiu das proximidades do painel de operação para verificar o nível de
cana descarregada do outro lado da esteira e deu a volta em torno do motor da
mesa.
Quando retornou ao painel de operações,
transitando ao lado do motor, caiu e instintivamente apoiou a mão direita na
lateral da proteção do conjunto de correias. A proteção possuía aberturas
relativamente largas em formato de losango, e dois dedos da mão direita do
trabalhador entraram pela abertura da proteção e tiveram contato com a polia do
motor, que os arrancou na base.
Segundo o relator, a sentença não
merece reparos, pois "não prevalece o argumento de exclusiva culpa do
obreiro/vítima apresentado pela empresa ré/apelante. Demonstrou-se, por meio de
prova técnica, que a parte ré foi omissa no trato das normas de higiene e
segurança do trabalho".
A decisão do Colegiado foi Unânime.
Fonte: Processo nº: 0000466-05.2014.4.01.3503/GO.
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Nova disciplina na Norma que trata da segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis
Publicado em
23/12/2019
às
12:00
Outra
regra modernizada é a NR 16
Portarias
publicadas no Diário Oficial da União (DOU) trazem a nova redação da Norma Regulamentadora (NR) 20, que
trata da segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis, e uma
alteração na NR 16, que
trata de atividades e operações perigosas.
Com as
mudanças na NR 20, haverá melhoria nos dispositivos de proteção aos
trabalhadores e redução de custo para os empregadores - a estimativa é uma
economia de aproximadamente R$ 1 bilhão por ano. Aprovadas por consenso entre
representantes de governo federal, trabalhadores e de empregadores, as
alterações levaram em conta as diretrizes do governo de simplificar, reduzir a
burocracia e harmonizar todo o normativo de saúde e segurança, além de ajustar pontos
que dificultavam o cumprimento adequado das regras de proteção aos
trabalhadores. As novas redações entraram em vigor com a publicação no DOU.
Laudos
Uma
das mudanças na NR 20 ocorreu na análise de risco. Antes, era necessário o
laudo de um engenheiro para qualquer tipo de instalação, mesmo que fosse uma
farmácia ou distribuidora de bebidas. Agora, para estes casos, bastará a
análise de um técnico em segurança do trabalho.
Para
estabelecimentos de classe II ou III, como empresas engarrafadoras de gases
inflamáveis e com atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos
inflamáveis ou combustíveis, refinarias e instalações petroquímicas, segue a
exigência de laudo produzido por engenheiro habilitado.
Padrões
internacionais
O
capítulo que tratava dos tanques de líquidos inflamáveis no interior de
edifícios foi alinhado aos padrões internacionais. A mudança possibilita o uso
de geradores para assegurar a continuidade operacional das empresas, situação
proibida anteriormente; torna flexíveis as regras relacionadas a quantidade de
tanques para armazenamento de diesel; e limita o volume destes tanques também
de acordo com as regras internacionais, estabelecendo exigências rígidas de
segurança para prevenir acidentes.
Operações de
transporte
No
caso da NR 16, foi incluído um subitem na norma, também aprovado por consenso,
para deixar claro que as quantidades de inflamáveis, independente da quantidade
de litros, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos, não
caracterizam a atividade como perigosa, desde que os tanques de combustível
sejam originais de fábrica e suplementares, certificados pelo órgão competente.
Revisão
O
trabalho de revisão das 37 NRs começou em fevereiro deste ano. Conduzida pela
Secretaria do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, a modernização ocorre a partir de discussões na
Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), que possui representantes do
governo, de empregadores e trabalhadores. Também estão sendo levadas em conta
as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Além
da NR 20 e NR 16, já passaram por revisão as normas 1, 3, 12, 24 e 28, que
foram alteradas para ficarem mais claras e objetivas. Já a NR 2, sobre inspeção
prévia, foi revogada.
Fonte: Secretaria do Trabalho
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Atualizada a norma sobre programa de prevenção de riscos no trabalho
Publicado em
17/12/2019
às
10:00
Entre
as mudanças está a inclusão de critérios para prevenção dos riscos à saúde dos
trabalhadores decorrentes das exposições ocupacionais ao calor
O Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (11/12/2019) traz
portaria da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia que inclui o Anexo 3 -
Calor na Norma Regulamentadora (NR) 9, que trata do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais.
O anexo trata exclusivamente sobre calor, com regras sobre trabalho em
condições de sobrecarga térmica, para que a exposição ocupacional ao calor não
cause danos à saúde do trabalhador. Fazem parte do documento medidas de
prevenção à exposição que incluem aclimatização, controle médico, oferecimento
de água fresca, orientação dos trabalhadores e permissão para a autolimitação
do trabalho, além de procedimentos para emergências.
Com base em discussões que vinham ocorrendo na Comissão Tripartite
Paritária Permanente (CTPP) desde 2010, em um processo que envolveu a
realização de consultas e audiências públicas, debates em um grupo de estudo
tripartite, houve a inclusão do tema. As mudanças apresentadas no Anexo 3 da NR
9 foram aprovadas em consenso entre trabalhadores e empregadores.
Benzeno
Outras alterações feitas
na NR 9 dizem respeito à exposição ocupacional ao
benzeno em postos revendedores de combustíveis, citado no Anexo 2 da norma e
publicada no DOU desta terça-feira (10).
O item 9.2.1, por exemplo, recebeu nova redação para incluir a câmara de
contenção de monitoramento eletrônico entre as exigências para a instalação de
sistemas de medição eletrônica em tanques de armazenamento.
Além disso, foram incluídos outros três subitens sobre sistema de
monitoramento, obras de infraestrutura e substituição de tanques. Já o item
14.3 teve a inclusão de um subitem para deixar clara a data de aprovação.
Revisão
Também foi publicada nesta quarta-feira, a revisão
do anexo 3 - calor da NR 15, que trata das atividades e operações insalubres.
Foram atualizados os critérios estabelecidos para caracterizar atividades
insalubres decorrentes da exposição ocupacional ao calor.
O trabalho de revisão das 37 NRs começou em fevereiro deste ano.
Conduzida pela Secretaria do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, a modernização ocorre a partir de
discussões na CTPP, que possui representantes do governo, de empregadores e
trabalhadores. Também estão sendo levadas em conta as convenções da Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
Além das NRs 9 e 15, já passaram por revisão as normas 1, 3, 12, 16, 20,
24 e 28, que foram alteradas para ficarem mais claras e objetivas. Já a NR 2,
sobre inspeção prévia, foi revogada.
Fonte: Secretaria do Trabalho
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Sua empresa está em dia com o exame médico periódico?
Publicado em
29/10/2019
às
14:00
Todo trabalhador regido
pela CLT, sendo facultativo, porém recomendável, ao empregado doméstico, deve submeter-se aos exames médicos
ocupacionais, sendo estes obrigatórios na admissão, na demissão e
periodicamente no curso do vínculo empregatício,
nos termos da NR-7.
OBS: Os
custos dos exames são de responsabilidade do empregador, incluindo nestes,
eventual deslocamento do empregado (ida e volta) até o médico do trabalho
designado pelo empregador.
Dentre as principais
finalidades do exame médico periódico temos:
· Promoção
e preservação da saúde dos trabalhadores;
· Redução
do absenteísmo motivado por doenças;
· Redução
de acidentes potencialmente graves;
· Garantia
de empregados aptos à função para um melhor desempenho;
· Evitar
as implicações legais pela falta de atendimento à sua obrigatoriedade.
A obrigatoriedade dos
exames médicos periódicos estão previstos no Programa de Saúde Médico
Ocupacional - PCMSO, o qual estabelece os seguintes
prazos:
a) para trabalhadores expostos a riscos ou às situações de
trabalho que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional,
ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames
deverão ser repetidos:
·
a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado,
ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como
resultado de negociação coletiva de trabalho;
·
de acordo com
a periodicidade especificada no Anexo n.º 6
da NR 15, para os
trabalhadores expostos a condições hiperbáricas;
b) para
os demais trabalhadores (áreas administrativas):
·
anual,
quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de
idade;
·
a cada dois
anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e
45 (quarenta e cinco) anos de idade;
Para cada exame médico
realizado, o médico deverá emitir o Atestado de Saúde Ocupacional -
ASO, em 2 (duas) vias, sendo:
· A
primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador,
inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização
do trabalho;
· A
segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante
recibo na primeira via.
Havendo médico do
trabalho na empresa, os exames poderão seguir o calendário de acordo com a
necessidade e prazos de cada empregado.
Não havendo médico do
trabalho na empresa, os exames poderão ser agendados em dias específicos
através de médico contratado para tal atendimento, para que as categorias de
trabalhadores "a" e "b" acima possam ser atendidas de uma única vez,
evitando que os empregados tenham que se deslocar para realização do exame,
evitando maiores custos para o empregador.
Nota M&M: A M&M
possui convênio com clínica de Medicina do Trabalho onde são oferecidos os
exames mencionados na matéria, com condições especiais aos clientes M&M.
Fonte: Guia Trabalhista Online, com "nota" da M&M Assessoria
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NR 3 - Norma Regulamentadora nº 3 sofre alteração
Publicado em
02/10/2019
às
16:00
NR
trata das ações de embargos e interdições em obras, estabelecimentos e
atividades quando houver situação que caracterize grave e iminente risco ao
trabalhador
A
Norma Regulamentadora nº 3 que trata dos embargos e interdições teve seu texto
alterado pela Portaria SEPRT nº 1068 de 2019. A NR
teve seu texto ampliado para fornecer um maior detalhamento sobre como definir
os critérios técnicos necessários para as ações de embargos e interdições em
obras, estabelecimentos e atividades quando houver situação que caracterize
grave e iminente risco ao trabalhador.
As alterações entram em vigor após 120
(cento e vinte) dias da publicação da Portaria no diário oficial (25/09/2019).
A seguir, o texto completo da referida NR.
NORMA
REGULAMENTADORA Nº 03 - EMBARGO E INTERDIÇÃO
Nova redação dada pela Portaria SEPRT nº 1068 de 2019
3.1 Objetivo
3.1.1 Esta norma estabelece as
diretrizes para caracterização do grave e iminente risco e os requisitos
técnicos objetivos de embargo e interdição.
3.1.1.1 A adoção dos referidos
requisitos técnicos visa à formação de decisões consistentes, proporcionais e
transparentes.
3.2 Definições
3.2.1 Considera-se grave e
iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente
ou doença com lesão grave ao trabalhador.
3.2.2 Embargo e interdição são
medidas de urgência adotadas a partir da constatação de condição ou situação de
trabalho que caracterize grave e iminente risco ao trabalhador.
3.2.2.1 O embargo implica a
paralisação parcial ou total da obra.
3.2.2.2 A interdição implica a
paralisação parcial ou total da atividade, da máquina ou equipamento, do setor
de serviço ou do estabelecimento.
3.2.2.3 O embargo e a
interdição podem estar associados a uma ou mais das hipóteses referidas nos
itens 3.2.2.1 e 3.2.2.2.
3.2.2.3.1 O Auditor Fiscal do
Trabalho deve adotar o embargo ou a interdição na menor unidade onde for constatada
situação de grave e iminente risco.
3.3 Caracterização do grave e iminente risco
3.3.1 A caracterização do grave
e iminente risco deve considerar:
A consequência, como o resultado ou resultado potencial
esperado de um evento, conforme Tabela 3.3; e
A probabilidade, como a chance de o resultado ocorrer ou
estar ocorrendo, conforme Tabela 3.4.
3.3.2 Para fins de aplicação
desta norma, o risco é expresso em termos de uma combinação das consequências
de um evento e a probabilidade de sua ocorrência.
3.3.3 Ao avaliar os riscos o
Auditor-Fiscal do Trabalho deve considerar a consequência e a probabilidade
separadamente.
3.3.4 A classificação da
consequência e da probabilidade será efetuada de forma fundamentada pelo
Auditor-Fiscal do Trabalho.
3.3.5 A classificação das
consequências deve ser efetuada de acordo com o previsto na Tabela 3.1 e a
classificação das probabilidades de acordo com o previsto na Tabela 3.2.
TABELA 3.1: Classificação das
consequências

TABELA 3.2: Classificação das probabilidades

3.3.6 Na caracterização de grave e iminente risco ao trabalhador,
o Auditor-Fiscal do Trabalho deverá estabelecer o excesso de risco por meio da
comparação entre o risco atual (situação encontrada) e o risco de referência
(situação objetivo).
3.3.7 O excesso de risco
representa o quanto o risco atual (situação encontrada) está distante do risco
de referência esperado após a adoção de medidas de prevenção (situação
objetivo).
3.3.8 A Tabela 3.3 deve ser
utilizada pelo Auditor-Fiscal do Trabalho em caso de exposição individual ou de
reduzido número de potenciais vítimas expostas ao risco avaliado.
3.3.9 A Tabela 3.4 deve ser
utilizada para a avaliação de situação onde a exposição ao risco pode resultar
em lesão ou adoecimento de diversas vítimas simultaneamente.
03.03.10 Os descritores do
excesso de risco são: E - extremo, S - substancial, M - moderado, P - pequeno
ou N - nenhum.
03.03.11 Para estabelecer o
excesso de risco, o Auditor-Fiscal do Trabalho deve seguir as seguintes etapas:
Primeira etapa: avaliar o risco atual (situação encontrada)
decorrente das circunstâncias encontradas, levando em consideração as medidas
de controle existentes, ou seja, o nível total de risco que se observa ou se
considera existir na atividade, utilizando a classificação indicada nas colunas
do lado esquerdo das Tabelas 3.3 ou 3.4;
Segunda etapa: estabelecer o risco de referência (situação
objetivo), ou seja, o nível de risco remanescente quando da implementação das
medidas de prevenção necessárias, utilizando a classificação nas linhas da
parte inferior das Tabelas 3.3 ou 3.4;
Terceira etapa: determinar o excesso de risco por comparação entre
o risco atual e o risco de referência, localizando a interseção entre os dois
riscos na tabela 3.3 ou 3.4.
03.03.12 Para ambos os riscos,
atual e de referência (definidos na primeira e na segunda etapas,
respectivamente), deve-se determinar a consequência em primeiro lugar e, em
seguida, a probabilidade de a consequência ocorrer.
3.3.12.1 As condições ou
situações de trabalho contempladas em normas regulamentadoras consideram-se
como situação objetivo (risco de referência).
3.3.12.2 O Auditor-Fiscal do
Trabalho deve sempre considerar a consequência de maior previsibilidade de
ocorrência.
3.4 Requisitos de
embargo e interdição
3.4.1 São passíveis de embargo
ou interdição, a obra, a atividade, a máquina ou equipamento, o setor de
serviço, o estabelecimento, com a brevidade que a ocorrência exigir, sempre que
o Auditor-Fiscal do Trabalho constatar a existência de excesso de risco extremo
(E).
3.4.2 São passíveis de embargo
ou interdição, a obra, a atividade, a máquina ou equipamento, o setor de
serviço, o estabelecimento, com a brevidade que a ocorrência exigir,
consideradas as circunstâncias do caso específico, quando o Auditor-Fiscal do
Trabalho constatar a existência de excesso de risco substancial (S).
3.4.3 O Auditor-Fiscal do
Trabalho deve considerar se a situação encontrada é passível de imediata
adequação.
3.4.3.1 Concluindo pela
viabilidade de imediata adequação, o Auditor-Fiscal do Trabalho determinará a
necessidade de paralisação das atividades relacionadas à situação de risco e a
adoção imediata de medidas de prevenção e precaução para o saneamento do risco,
que não gerem riscos adicionais.
3.4.4 Não são passíveis de
embargo ou interdição as situações com avaliação de excesso de risco moderado
(M), pequeno (P) ou nenhum (N).
TABELA 3.3 - Tabela de excesso
de risco: exposição individual ou reduzido número de potenciais vítimas

Classificação do risco de referência
(situação objetivo)
Excesso de Risco:
E - Extremo S - Substancial M -
Moderado P - Pequeno N - Nenhum
TABELA 3.4 - Tabela de excesso
de risco: exposição ao risco pode resultar em lesão ou adoecimento de diversas
vítimas simultaneamente

Excesso de Risco:
E - Extremo S - Substancial M -
Moderado P - Pequeno N - Nenhum
3.5 Disposições Finais
3.5.1 A metodologia de
avaliação qualitativa prevista nesta norma possui a finalidade específica de
caracterização de situações de grave e iminente risco pelo Auditor-Fiscal do
Trabalho, não se constituindo em metodologia padronizada para gestão de riscos
pelo empregador.
3.5.1.1 Fica dispensado o uso
da metodologia prevista nesta norma para imposição de medida de embargo ou
interdição quando constatada condição ou situação definida como grave e
iminente risco nas Normas Regulamentadoras.
3.5.2 O embargo e a interdição
são medidas de proteção emergencial à segurança e à saúde do trabalhador, não
se caracterizando como medidas punitivas.
3.5.2.1 Nas condições ou
situações de trabalho em que não haja previsão normativa da situação objetivo
(risco de referência), o Auditor Fiscal do Trabalho deverá incluir na
fundamentação os critérios técnicos utilizados para determinação da situação
objetivo (risco de referência).
3.5.3 A imposição de embargo ou
interdição não elide a lavratura de autos de infração por descumprimento
das normas de segurança e saúde no trabalho ou dos demais
dispositivos da legislação trabalhista relacionados à situação analisada.
3.5.4 Durante a vigência de
embargo ou interdição, podem ser desenvolvidas atividades necessárias à
correção da situação de grave e iminente risco, desde que garantidas condições
de segurança e saúde aos trabalhadores envolvidos.
3.5.5 Durante a paralisação do
serviço, em decorrência da interdição ou do embargo, os trabalhadores receberão
os salários como se estivessem em efetivo exercício.
Redação anterior dada pela Portaria
SIT - 199/2011.
3.1 Embargo e interdição são medidas de urgência, adotadas a
partir da constatação de situação de trabalho que caracterize risco grave e
iminente ao trabalhador.
3.1.1 Considera-se grave e iminente risco toda condição ou
situação de trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao
trabalho com lesão grave à integridade física do trabalhador.
3.2 A interdição implica a paralisação total ou parcial do estabelecimento,
setor de serviço, máquina ou equipamento.
3.3 O embargo implica a paralisação total ou parcial da obra.
3.3.1 Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de
construção, montagem, instalação, manutenção ou reforma.
3.4 Durante a vigência da interdição ou do embargo, podem ser
desenvolvidas atividades necessárias à correção da situação de grave e iminente
risco, desde que adotadas medidas de proteção adequadas dos trabalhadores
envolvidos.
3.5 Durante a paralisação decorrente da imposição de interdição ou
embargo, os empregados devem receber os salários como se estivessem em efetivo
exercício.
Fonte:
Guia Trabalhista, com adaptações da M&M Assessoria
Contábil.
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-
Norma que regulamenta as condições de higiene e conforto nos locais de trabalho sofre alterações
Publicado em
26/09/2019
às
12:00
A Norma Regulamentada nº 24 sofreu
alterações por meio da Portaria SEPRT nº 1.066 de 2019. Boa parte das
alterações foram para corrigir regras que estavam obsoletas, além de
simplificar a estrutura sanitária exigida dos estabelecimentos que possuam até
10 (dez) trabalhadores. Desde que garantidas as condições de privacidade, os
estabelecimentos podem operar com apenas uma instalação sanitária individual de
uso comum entre os sexos.
As alterações entram em vigor após 120
(cento e vinte) dias da publicação da Portaria no diário oficial (25/09/2019).
Para mais detalhes, a seguir o conteúdo
completo da NR 24:
NORMA REGULAMENTADORA Nº 24
CONDIÇÕES DE HIGIENE E CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO
Redação dada pela Portaria SEPRT nº 1.066 de 2019
24.1 Objetivo e campo de aplicação
24.1.1 Esta norma estabelece as condições mínimas de higiene e de conforto a
serem observadas pelas organizações, devendo o dimensionamento de todas as instalações
regulamentadas por esta NR ter como base o número de trabalhadores usuários do
turno com maior contingente.
24.1.1.1 Para efeitos desta NR, trabalhadores usuários, doravante denominados
trabalhador, é o conjunto de todos os trabalhadores no estabelecimento que
efetivamente utilizem de forma habitual as instalações regulamentadas nesta NR.
24.2 Instalações sanitárias
24.2.1 Todo estabelecimento deve ser dotado de instalação sanitária constituída
por bacia sanitária sifonada, dotada de assento com tampo, e por lavatório.
24.2.1.1 As instalações sanitárias masculinas devem ser dotadas de mictório,
exceto quando essencialmente de uso individual, observando-se que:
a) os estabelecimentos construídos até 23.09.2019 devem possuir mictórios
dimensionados de acordo com o previsto na NR-24, com redação dada pela Portaria
MTb nº 3.214/1978.
b) os estabelecimentos construídos a partir de 24.09.2019 devem possuir
mictórios na proporção de uma unidade para cada 20 (vinte) trabalhadores ou
fração, até 100 (cem) trabalhadores, e de uma unidade para cada 50 (cinquenta)
trabalhadores ou fração, no que exceder.
24.2.2 Deve ser atendida a proporção mínima de uma instalação sanitária para
cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, separadas por sexo.
24.2.2.1 Será exigido um lavatório para cada 10 (dez) trabalhadores nas
atividades com exposição e manuseio de material infectante, substâncias
tóxicas, irritantes, aerodispersóides ou que provoquem a deposição de poeiras,
que impregnem a pele e roupas do trabalhador.
24.2.2.2 Em estabelecimentos com funções comerciais, administrativas ou
similares, com até 10 (dez) trabalhadores, poderá ser disponibilizada apenas
uma instalação sanitária individual de uso comum entre os sexos desde que
garantidas condições de privacidade.
24.2.3 As instalações sanitárias devem:
a) ser mantidas em condição de conservação, limpeza e higiene;
b) ter piso e parede revestidos
por material impermeável e lavável;
c) peças sanitárias íntegras;
d) possuir recipientes para
descarte de papéis usados;
e) ser ventiladas para o
exterior ou com sistema de exaustão forçada;
f) dispor de água canalizada e
esgoto ligados à rede geral ou a outro sistema que não gere risco à saúde e que
atenda à regulamentação local; e
g) comunicar-se com os locais
de trabalho por meio de passagens com piso e cobertura, quando se situarem fora
do corpo do estabelecimento.
24.3 Componentes sanitários Bacias sanitárias
24.3.1 Os compartimentos destinados as bacias sanitárias devem:
a) ser individuais;
b) ter divisórias com altura
que mantenham seu interior indevassável com vão inferior que facilite a limpeza
e a ventilação;
c) ser dotados de portas
independentes, providas de fecho que impeçam o devassamento;
d) possuir papel higiênico com
suporte e recipiente para descarte de papéis higiênicos usados, quando não for
permitido descarte na própria bacia sanitária, devendo o recipiente possuir
tampa quando for destinado às mulheres; e
e) possuir dimensões de acordo
com o código de obras local ou, na ausência desse, deve haver área livre de
pelo menos 0,60m (sessenta centímetros) de diâmetro entre a borda frontal da
bacia sanitária e a porta fechada.
Mictórios
24.3.2 Poderá ser disponibilizado mictório tipo individual ou calha coletiva,
com anteparo.
24.3.2.1 No mictório do tipo calha coletiva, cada segmento de, no mínimo, 0,60m
(sessenta centímetros), corresponderá a uma unidade para fins de
dimensionamento da calha.
24.3.2.2 No mictório do tipo calha coletiva, quando inexistir anteparo, cada
segmento de, no mínimo, 0,80m (oitenta centímetros), corresponderá a uma
unidade para fins de dimensionamento da calha.
24.3.2.3 Os mictórios devem ser construídos com material impermeável e mantidos
em condições de limpeza e higiene.
Lavatórios
24.3.3 O lavatório poderá ser tipo individual, calha ou de tampo coletivo com
várias cubas, possuindo torneiras, sendo que cada segmento de 0,60m (sessenta
centímetros) corresponde a uma unidade para fins de dimensionamento do
lavatório.
24.3.4 O lavatório deve ser provido de material ou dispositivo para a limpeza,
enxugo ou secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas.
Chuveiros
24.3.5 Será exigido, para cada grupo de trabalhadores ou fração, 1 (um)
chuveiro para cada:
a) 10 (dez) trabalhadores, nas atividades laborais em que haja exposição e
manuseio de material infectante, substâncias tóxicas, irritantes ou
aerodispersóides, que impregnem a pele e roupas do trabalhador;
b) 20 (vinte) trabalhadores, nas atividades laborais em que haja contato com
substâncias que provoquem deposição de poeiras que impregnem a pele e as roupas
do trabalhador, ou que exijam esforço físico ou submetidas a condições
ambientais de calor intenso.
24.3.5.1 Nas atividades em que há exigência de chuveiros, estes devem fazer
parte ou estar anexos aos vestiários.
24.3.6 Os compartimentos destinados aos chuveiros devem:
a) ser individuais e mantidos em condição de conservação, limpeza e higiene;
b) ter portas de acesso que
impeçam o devassamento;
c) dispor de chuveiro de água
quente e fria;
d) ter piso e paredes
revestidos de material impermeável e lavável;
e) dispor de suporte para
sabonete e para toalha; e
f) possuir dimensões de acordo
com o código de obras local ou, na ausência desse, no mínimo 0,80m (oitenta
centímetros) por 0,80m (oitenta centímetros).
24.4 Vestiários
24.4.1 Todos os estabelecimentos devem ser dotados de vestiários quando:
a) a atividade exija a utilização de vestimentas de trabalho ou que seja
imposto o uso de uniforme cuja troca deva ser feita no próprio local de
trabalho; ou
b) a atividade exija que o
estabelecimento disponibilize chuveiro.
24.4.2 Os vestiários devem ser dimensionados em função do número de
trabalhadores que necessitam utilizá-los, até o limite de 750 (setecentos e
cinquenta) trabalhadores, conforme o seguinte cálculo: área mínima do vestiário
por trabalhador = 1,5 - (nº de trabalhadores/1000).
24.4.2.1 Em estabelecimentos com mais de 750 (setecentos e cinquenta)
trabalhadores, os vestiários devem ser dimensionados com área de, no mínimo,
0,75m² (setenta e cinco decímetros quadrados) por trabalhador.
24.4.3 Os vestiários devem:
a) ser mantidos em condição de conservação, limpeza e higiene;
b) ter piso e parede revestidos
por material impermeável e lavável;
c) ser ventilados para o exterior
ou com sistema de exaustão forçada;
d) ter assentos em material
lavável e impermeável em número compatível com o de trabalhadores; e
e) dispor de armários
individuais simples e/ou duplos com sistema de trancamento.
Armários
24.4.4 É admitido o uso rotativo de armários simples entre usuários, exceto nos
casos em que estes sejam utilizados para a guarda de Equipamentos de Proteção
Individual - EPI e de vestimentas expostas a material infectante, substâncias
tóxicas, irritantes ou que provoquem sujidade.
24.4.5 Nas atividades laborais em que haja exposição e manuseio de material
infectante, substâncias tóxicas, irritantes ou aerodispersóides, bem como
naquelas em que haja contato com substâncias que provoquem deposição de poeiras
que impregnem a pele e as roupas do trabalhador devem ser fornecidos armários
de compartimentos duplos ou dois armários simples.
24.4.5.1 Ficam dispensadas de disponibilizar 2 (dois) armários simples ou
armário duplo as organizações que promovam a higienização diária de vestimentas
ou que forneçam vestimentas descartáveis, assegurada a disponibilização de 1
(um) armário simples para guarda de roupas comuns de uso pessoal do
trabalhador.
24.4.6 Os armários simples devem ter tamanho suficiente para que o trabalhador
guarde suas roupas e acessórios de uso pessoal, não sendo admitidas dimensões
inferiores a: 0,40m (quarenta centímetros) de altura, 0,30m (trinta
centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade.
24.4.6.1 Nos armários de compartimentos duplos, não são admitidas dimensões
inferiores a:
a) 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de
largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com separação ou
prateleira, de modo que um compartimento, com a altura de 0,40m (quarenta
centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro
compartimento, com altura de 0,40m (quarenta centímetros) a guardar a roupa de
trabalho; ou
b) 0,80m (oitenta centímetros)
de altura por 0,50m (cinquenta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta
centímetros) de profundidade, com divisão no sentido vertical, de forma que os
compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam,
rigorosamente, o isolamento das roupas de uso comum e de trabalho.
24.4.7 As empresas que
oferecerem serviços de guarda volume para a guarda de roupas e acessórios
pessoais dos trabalhadores estão dispensadas de fornecer armários.
24.4.8 Nas empresas desobrigadas de manter vestiário, deve ser garantido o
fornecimento de escaninho, gaveta com tranca ou similar que permita a guarda
individual de pertences pessoais dos trabalhadores ou serviço de guarda-volume.
24.5 Locais para refeições
24.5.1 Os empregadores devem oferecer aos seus trabalhadores locais em
condições de conforto e higiene para tomada das refeições por ocasião dos
intervalos concedidos durante a jornada de trabalho.
24.5.1.1 É permitida a divisão dos trabalhadores do turno, em grupos para a
tomada de refeições, a fim de organizar o fluxo para o conforto dos usuários do
refeitório, garantido o intervalo para alimentação e repouso.
24.5.2 Os locais para tomada de refeições para atender até 30 (trinta)
trabalhadores, observado o subitem 24.5.1.1, devem:
a) ser destinados ou adaptados a este fim;
b) ser arejados e apresentar
boas condições de conservação, limpeza e higiene; e
c) possuir assentos e mesas,
balcões ou similares suficientes para todos os usuários atendidos.
24.5.2.1 A empresa deve garantir, nas proximidades do local para refeições:
a) meios para conservação e aquecimento das refeições;
b) local e material para
lavagem de utensílios usados na refeição; e
c) água potável.
24.5.3 Os locais destinados às refeições para atender mais de 30 (trinta)
trabalhadores, conforme subitem 24.5.1.1, devem:
a) ser destinados a este fim e fora da área de trabalho;
b) ter pisos revestidos de
material lavável e impermeável;
c) ter paredes pintadas ou
revestidas com material lavável e impermeável;
d) possuir espaços para
circulação;
e) ser ventilados para o
exterior ou com sistema de exaustão forçada, salvo em ambientes climatizados
artificialmente;
f) possuir lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio local,
atendendo aos requisitos do subitem 24.3.4;
g) possuir assentos e mesas com
superfícies ou coberturas laváveis ou descartáveis, em número correspondente
aos usuários atendidos;
h) ter água potável disponível;
i) possuir condições de
conservação, limpeza e higiene;
j) dispor de meios para
aquecimento das refeições; e
k) possuir recipientes com
tampa para descarte de restos alimentares e descartáveis.
24.5.4 Ficam dispensados das exigências do item 24.5 desta NR:
a) estabelecimentos comerciais bancários e atividades afins que interromperem
suas atividades por 2 (duas) horas, no período destinado às refeições;
b) estabelecimentos industriais
localizados em cidades do interior, quando a empresa mantiver vila operária ou
residirem, seus trabalhadores, nas proximidades, permitindo refeições nas
próprias residências.
c) os estabelecimentos que
oferecerem vale-refeição, desde que seja disponibilizado condições para
conservação e aquecimento da comida, bem como local para a tomada das refeições
pelos trabalhadores que trazem refeição de casa.
24.6 Cozinhas
24.6.1 Quando as empresas possuírem cozinhas, estas devem:
a) ficar anexas aos locais para
refeições e com ligação para os mesmos;
b) possuir pisos e paredes
revestidos com material impermeável e lavável;
c) dispor de aberturas para
ventilação protegidas com telas ou ventilação exautora;
d) possuir lavatório para uso
dos trabalhadores do serviço de alimentação, dispondo de material ou
dispositivo para a limpeza, enxugo ou secagem das mãos, proibindo-se o uso de
toalhas coletivas;
e) ter condições para
acondicionamento e disposição do lixo de acordo com as normas locais de
controle de resíduos sólidos; e
f) dispor de sanitário próprio
para uso exclusivo dos trabalhadores que manipulam gêneros alimentícios,
separados por sexo.
24.6.2 Em câmaras frigoríficas devem ser instalados dispositivos para abertura
da porta pelo lado interno, garantida a possibilidade de abertura mesmo que
trancada pelo exterior.
24.6.3 Os recipientes de armazenagem de gás liquefeito de petróleo (GLP) devem
ser instalados em área externa ventilada, observadas as normas técnicas brasileiras
pertinentes.
24.7 Alojamento
24.7.1 Alojamento é o conjunto
de espaços ou edificações, composto de dormitório, instalações sanitárias,
refeitório, áreas de vivência e local para lavagem e secagem de roupas, sob
responsabilidade do empregador, para hospedagem temporária de trabalhadores.
24.7.2 Os dormitórios dos alojamentos devem:
a) ser mantidos em condições de conservação, higiene e limpeza;
b) ser dotados de quartos;
c) dispor de instalações
sanitárias, respeitada a proporção de 01 (uma) instalação sanitária com
chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores hospedados ou fração; e
d) ser separados por sexo.
24.7.2.1. Caso as instalações
sanitárias não sejam parte integrante dos dormitórios, devem estar localizadas
a uma distância máxima de 50 m (cinquenta metros) dos mesmos, interligadas por
passagens com piso lavável e cobertura.
24.7.3 Os quartos dos dormitórios devem:
a) possuir camas correspondente
ao número de trabalhadores alojados no quarto, vedado o uso de 3 (três) ou mais
camas na mesma vertical, e ter espaçamentos vertical e horizontal que permitam
ao trabalhador movimentação com segurança;
b) possuir colchões
certificados pelo INMETRO;
c) possuir colchões, lençóis,
fronhas, cobertores e travesseiros limpos e higienizados, adequados às
condições climáticas;
d) possuir ventilação natural,
devendo esta ser utilizada conjuntamente com a ventilação artificial, levando
em consideração as condições climáticas locais;
e) possuir capacidade máxima
para 8 (oito) trabalhadores;
f) possuir armários;
g) ter, no mínimo, a relação de
3,00 m² (três metros quadrados) por cama simples ou 4,50 m² (quatro metros e
cinquenta centímetros quadrados) por beliche, em ambos os casos incluídas a
área de circulação e armário; e
h) possuir conforto acústico
conforme NR17.
24.7.3.1 As camas superiores dos beliches devem ter proteção lateral e escada
fixas à estrutura.
24.7.3.2 Os armários dos quartos devem ser dotados de sistema de trancamento e
com dimensões compatíveis para a guarda de roupas e pertences pessoais do
trabalhador, e enxoval de cama.
24.7.4 Os trabalhadores alojados no mesmo quarto devem pertencer,
preferencialmente, ao mesmo turno de trabalho.
24.7.5 Os locais para refeições devem ser compatíveis com os requisitos do item
24.5 desta NR, podendo ser parte integrante do alojamento ou estar localizados
em ambientes externos.
24.7.5.1 Quando os locais para refeições não fizerem parte do alojamento,
deverá ser garantido o transporte dos trabalhadores.
24.7.5.2 É vedado o preparo de qualquer tipo de alimento dentro dos quartos.
24.7.6 Os alojamentos devem dispor de locais e infraestrutura para lavagem e
secagem de roupas pessoais dos alojados ou ser fornecido serviço de lavanderia.
24.7.7 Os pisos dos alojamentos devem ser impermeáveis e laváveis.
24.7.8 Deve ser garantida coleta de lixo diária, lavagem de roupa de cama,
manutenção das instalações renovação de vestuário de camas e colchões.
24.7.9 Nos alojamentos deverão ser obedecidas as seguintes instruções gerais de
uso:
a) os sanitários deverão ser higienizados diariamente;
b) é vedada, nos quartos, a
instalação e utilização de fogão, fogareiro ou similares;
c) ser garantido o controle de
vetores conforme legislação local.
24.07.2010 Os trabalhadores hospedados com suspeita de doença infectocontagiosa
devem ser submetidos à avaliação médica que decidirá pelo afastamento ou
permanência no alojamento.
24.8 Vestimenta de
trabalho
24.8.1 Vestimenta de trabalho é toda peça ou conjunto de peças de vestuário,
destinada a atender exigências de determinadas atividades ou condições de
trabalho que impliquem contato com sujidade, agentes químicos, físicos ou
biológicos ou para permitir que o trabalhador seja mais bem visualizado, não
considerada como uniforme ou EPI.
24.8.2 O empregador deve fornecer gratuitamente as vestimentas de trabalho.
24.8.3 A vestimenta não substitui a necessidade do EPI, podendo seu uso ser
conjugado.
24.8.4 Cabe ao empregador
quanto às vestimentas de trabalho:
a) fornecer peças que sejam confeccionadas com material e em tamanho adequado,
visando o conforto e a segurança necessária à atividade desenvolvida pelo
trabalhador;
b) substituir as peças conforme
sua vida útil ou sempre que danificadas;
c) fornecer em quantidade
adequada ao uso, levando em consideração a necessidade de troca da vestimenta;
e
d) responsabilizar-se pela
higienização com periodicidade necessária nos casos em que a lavagem ofereça
riscos de contaminação.
24.8.4.1 Nos casos em que seja inviável o fornecimento de vestimenta exclusiva
para cada trabalhador, deverá ser assegurada a higienização prévia ao uso.
24.8.5 As peças de vestimentas de trabalho, quando usadas na cabeça ou face,
não devem restringir o campo de visão do trabalhador.
24.9 Disposições
gerais
24.9.1 Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores
água potável, sendo proibido o uso de copos coletivos.
24.9.1.1 O fornecimento de água deve ser feito por meio de bebedouros na
proporção de, no mínimo, 1 (um) para cada grupo de 50 (cinquenta) trabalhadores
ou fração, ou outro sistema que ofereça as mesmas condições.
24.9.1.2 Quando não for possível obter água potável corrente, esta deverá ser fornecida
em recipientes portáteis próprios e hermeticamente fechada.
24.9.2 Os locais de armazenamento de água potável devem passar periodicamente
por limpeza, higienização e manutenção, em conformidade com a legislação local.
24.9.3 Deve ser realizada periodicamente análise de potabilidade da água dos
reservatórios para verificar sua qualidade, em conformidade com a legislação.
24.9.4 A água não-potável para uso no local de trabalho ficará separada,
devendo ser afixado aviso de advertência da sua não potabilidade.
24.9.5 Os locais de armazenamento de água, os poços e as fontes de água potável
serão protegidos contra a contaminação.
24.9.6 Os locais de trabalho serão mantidos em estado de higiene compatível com
o gênero de atividade.
24.9.6.1 O serviço de limpeza será realizado, sempre que possível, fora do
horário de trabalho e por processo que reduza ao mínimo o levantamento de
poeiras.
24.9.7 Todos os ambientes previstos nesta norma devem ser construídos de acordo
com o código de obras local, devendo:
a) ter cobertura adequada e resistente, que proteja contra intempéries;
b) ter paredes construídas de
material resistente;
c) ter pisos de material
compatível com o uso e a circulação de pessoas;
d) possuir iluminação que
proporcione segurança contra acidentes.
24.9.7.1 Na ausência de código de obra local, deve ser garantido pé direito
mínimo de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros), exceto nos quartos de
dormitórios com beliche, cuja medida mínima será de 3,00 m (três metros).
24.9.7.2 As instalações elétricas devem ser protegidas para evitar choques
elétricos.
24.9.8 Devem ser garantidas condições para que os trabalhadores possam
interromper suas atividades para utilização das instalações sanitárias.
24.9.9 Em edificações com diversos estabelecimentos, todas as instalações
previstas nesta NR podem ser atendidas coletivamente por grupo de empregadores
ou pelo condomínio, mantendo-se o empregador como o responsável pela
disponibilização das instalações.
24.9.9.1 O dimensionamento deve ser feito com base no maior número de
trabalhadores por turno.
ANEXO I da NR-24
Condições sanitárias e de conforto aplicáveis a trabalhadores em "shopping
center"
1. Para efeito deste Anexo, considera-se "Shopping Center" o espaço
planejado sob uma administração central sujeito a normas contratuais
padronizadas, procurando assegurar convivência integrada, composto por estabelecimentos
tais como: lojas de qualquer natureza e quiosques, lanchonetes, restaurantes,
salas de cinema e estacionamento, destinados à exploração comercial e à
prestação de serviços.
2. A administração central é responsável pela disponibilização das instalações
sanitárias, vestiários e ambientes para refeições aos seus trabalhadores e aos
trabalhadores dos estabelecimentos que não disponham de espaço construtivo para
atender os dispositivos desta NR em seus estabelecimentos.
2.1 A administração central disponibilizará local para conservação, aquecimento
da alimentação trazida pelos trabalhadores, bem como para tomada das refeições.
2.2 A administração central disponibilizará vestiário para troca de roupa dos
trabalhadores usuários, dos quais são exigidos o uso de uniforme e vestimentas
de trabalho, bem como para guarda de seus pertences.
3. Os estabelecimentos referidos no item 1 ficam dispensados dos itens
relativos a instalações sanitárias, vestiários e locais para refeições, desde
que os trabalhadores possam utilizar as instalações sanitárias e a praça de
alimentação do "Shopping Center" ou outro espaço destinado a estes
fins, conforme o estabelecido nesta norma.
4. Aos trabalhadores de lanchonetes, restaurantes ou similares deverão ser
disponibilizados vestiários e instalações sanitárias com chuveiros na proporção
de um conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração,
obedecendo ao horário do turno de maior contingente.
4.1 Aos trabalhadores de atividades com exposição a material infectante,
substâncias tóxicas, irritantes ou que provoquem sujidade deverão ser
disponibilizados vestiários e instalações sanitárias com chuveiros na proporção
de um conjunto para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração, obedecendo
ao horário do turno de maior contingente.
ANEXO II da NR-24
Condições sanitárias e de conforto aplicáveis a trabalhadores em trabalho
externo de prestação de serviços
1. Para efeito deste Anexo, considera-se trabalho externo todo aquele realizado
fora do estabelecimento do empregador cuja execução se dará no estabelecimento
do cliente ou em logradouro público. Excetua-se deste anexo as atividades
relacionadas à construção, leituristas, vendedores, entregadores, carteiros e
similares, bem como o de atividade regulamentada pelo Anexo III desta norma.
2. Nas atividades desenvolvidas em estabelecimento do cliente, este será o
responsável pelas garantias de conforto para satisfação das necessidades
básicas de higiene e alimentação, conforme item 24.1 desta norma.
2.1 Sempre que o trabalho externo, móvel ou temporário, ocorrer
preponderantemente em logradouro público, em frente de trabalho, deverá ser
garantido pelo empregador:
a) instalações sanitárias compostas de bacia sanitária e lavatório para cada
grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, podendo ser usados banheiros
químicos dotados de mecanismo de descarga ou de isolamento dos dejetos, com
respiro e ventilação, material para lavagem e enxugo das mãos, sendo proibido o
uso de toalhas coletivas, garantida a higienização diária dos módulos;
b) local para refeição
protegido contra intempéries e em condições de higiene, que atenda a todos os
trabalhadores ou prover meio de custeio para alimentação em estabelecimentos
comerciais; e
c) água fresca e potável
acondicionada em recipientes térmicos em bom estado de conservação e em
quantidade suficiente.
3. O uso de instalações
sanitárias em trabalhos externos deve ser gratuito para o trabalhador.
4. Aos trabalhadores, em trabalho externo que levem suas próprias refeições,
devem ser oferecidos dispositivos térmicos para conservação e aquecimento dos
alimentos.
5. Em trabalhos externos o atendimento a este Anexo poderá ocorrer mediante
convênio com estabelecimentos nas proximidades do local do trabalho, garantido
o transporte de todos os trabalhadores até o referido local.
ANEXO III da
NR-24
Condições sanitárias e de conforto aplicáveis a trabalhadores em transporte
público rodoviário coletivo urbano de passageiros em atividade externa
1. Para efeito deste Anexo, considera-se trabalho em transporte público
coletivo rodoviário urbano de passageiros aquele desempenhado pelo pessoal de
operação do transporte coletivo urbano e de caráter urbano por ônibus: os
motoristas, cobradores e fiscais de campo - assim identificados como
trabalhadores.
2. Este Anexo estabelece as condições mínimas aplicáveis às instalações
sanitárias e locais para refeição a serem disponibilizados pelo empregador ao
pessoal que realiza trabalho externo na operação do transporte público coletivo
urbano e de caráter urbano.
3. Para efeito deste Anexo, são considerados pontos iniciais e finais de linhas
de ônibus urbano e de caráter urbano os locais pré-determinados pelo poder
público competente como pontos extremos das linhas, itinerários ou rotas de
ônibus, situados em logradouros públicos, com área destinada ao estacionamento
de veículos e instalações mínimas para controle operacional do serviço e
acomodação do pessoal de operação nos intervalos entre viagens.
3.1 Em caso de terminais e estações de passageiros implantados pelo poder
público, presumem-se cumpridos os dispositivos desta norma.
3.2 Recomenda-se aos órgãos gestores públicos responsáveis pelas redes de
transporte público coletivo urbano e de caráter urbano que considerem as
disposições deste Anexo no processo de definição dos locais para instalação dos
pontos iniciais e finais das linhas que compõem as referidas redes.
4. Condições de Satisfação de Necessidades Fisiológicas, Alimentação e
Hidratação.
4.1 Nos casos de linhas de
transporte público coletivo de passageiros por ônibus que não possuem nenhum
dos pontos iniciais e finais em edifício terminal, deverão ser garantidos pelo
empregador, próximo a pelo menos um dos referidos pontos, instalações
sanitárias, local para refeição e hidratação, em distância não superior a 250 m
(duzentos e cinquenta metros) de deslocamento a pé.
4.1.1 As instalações sanitárias serão compostas de bacia sanitária e lavatório,
respeitando a proporção de 1 (um) para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores
ou fração, podendo ser dispensada a separação de instalação sanitária por sexo,
para grupo de até 10 (dez) trabalhadores desde que sejam garantidas condições
de privacidade e higiene.
4.1.2 As instalações sanitárias podem ser substituídas por unidades de
banheiros químicos dotados de mecanismo de descarga ou de isolamento dos
dejetos, com respiro e ventilação, material para lavagem e enxugo das mãos,
sendo proibido o uso de toalhas coletivas, garantida a higienização diária dos
módulos.
4.2 Os locais para refeição deverão ser protegidos contra intempéries, estar em
boas condições e atender a todos os trabalhadores.
4.3 Água potável deve ser disponibilizada nos pontos inicial ou final e nos
terminais por bebedouro ou equipamento similar que permita o enchimento de recipientes
individuais ou o consumo no local, proibido o uso de copos coletivos.
4.3.1 As trocas de recipientes estarão sob a responsabilidade da empresa
permissionária ou concessionária cujas recomposições se darão numa frequência
que leve em consideração as condições climáticas e o número de trabalhadores,
de tal modo a que haja sempre suprimento de água a qualquer momento da jornada
de trabalho.
4.4 Para efeito de dimensionamento das instalações sanitárias e do local para
refeição, deverá ser considerado o número máximo existente de trabalhadores
presentes ao mesmo tempo, no referido ponto inicial ou final, de acordo com a
programação horária oficial das linhas de ônibus.
4.5 O atendimento ao disposto nos itens 4.1, 4.2 e 4.3 poderá ocorrer mediante
convênio ou parceria com estabelecimentos comerciais, industriais ou
propriedades privadas.
4.6 O uso de instalações sanitárias em trabalhos externos de transporte público
coletivo urbano rodoviário não deve ter custo para o trabalhador.
Fonte:
Blog Trabalhista, com adaptações da M&M Assessoria
Contábil.
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Governo moderniza Normas Regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho
Publicado em
01/08/2019
às
12:00
Atualizações
preservam a segurança e a saúde do trabalhador e aumentam a competitividade das
empresas brasileiras
O
Governo Federal lançou nesta terça-feira (30/07/2019), no Palácio do Planalto,
um amplo processo de atualização de regras que regulam o universo trabalhista
brasileiro. Foram anunciadas a modernização das Normas Regulamentadoras (NRs)
de Segurança e Saúde no Trabalho e a consolidação e simplificação de decretos
trabalhistas. As medidas vão garantir a segurança do trabalhador e regras mais
claras e racionais, capazes de estimular a economia e gerar mais empregos.
O
trabalho de modernização das NRs envolve a revisão de todas 36 normas
atualmente em vigor. As primeiras atualizações acabam de ser concluídas.
Houve a revisão de duas normas regulamentadoras: a da NR 1, que trata das
disposições gerais sobre saúde e segurança e da NR 12, sobre a segurança no trabalho
com máquinas e equipamentos. Também foi decidida pela revogação da NR 2, sobre
inspeção prévia.
"Nossa
preocupação desde sempre foi preservar a segurança e a saúde do trabalhador,
mas ao mesmo tempo retirar os entulhos burocráticos que atrapalham quem
empreende nesse país. Essa situação não podia continuar. Não é à toa que se
fala de custo Brasil", explica o Secretário Especial de Previdência e Trabalho
do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Confira AQUI a
apresentação do Secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, no Palácio do
Planalto.
As
revisões das NRs 1 e 12 e a revogação da NR 2 ocorreram após os debates
promovidos desde fevereiro pela Comissão Tripartite Paritária Permanente
(CTPP), presidida pelo Ministério da Economia. Nos três casos houve consenso
integral entre o governo, trabalhadores e empregadores, alinhando os textos às
melhores práticas internacionais de diálogo social e de normas de saúde e
segurança no trabalho.
Racionalização
A
Norma Regulamentadora nº 12, de segurança do trabalho em máquinas e
equipamentos, foi criada na década de 1970, com sua última revisão em 2010.
Para a comissão tripartite, o texto de nove anos atrás é complexo, de difícil
execução e não está alinhado aos padrões internacionais de proteção de
máquinas.
Além
disso, onera as empresas com imposições que não contribuem para proteger o
trabalhador e gera insegurança jurídica devido às dúvidas sobre sua correta
aplicação. Existem até mesmo casos de perda de garantia pelo fabricante em
decorrência de adulterações no maquinário original. Por esses motivos,
decidiu-se revisar a norma.
Estudo
realizado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia
aponta que a revisão da NR 12 poderá reduzir até R$ 43,4 bilhões em custos para
o agregado da indústria, refletindo em aumento entre 0,5% e 1% da produção
industrial.
A
Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) realizou estudo
comparativo entre os textos de 2010 e o proposto este ano. A entidade estimou
uma economia de mais de R$ 450 milhões para o setor calçadista com a
atualização da norma. Já o setor de proteína animal prevê, apenas nos
estabelecimentos com Serviços de Inspeção Federal (SIF), haverá redução nas
despesas superior a R$ 5 bilhões.
Burocracia e
treinamento
A
nova NR 1 deixa o texto mais harmônico e moderno, com medidas que reduzirão a
burocracia e o custo Brasil. Sem retirar a proteção aos trabalhadores, vai
beneficiar especialmente microempresas e empresas de pequeno porte.
Construiu-se, por exemplo, um capítulo voltado para capacitação, matéria que
estava prevista em 232 itens, subitens, alíneas ou incisos de NRs.
Com
a nova redação da NR 1 será permitido, por exemplo, o aproveitamento total e
parcial de treinamentos quando um trabalhador muda de emprego dentro da mesma
atividade. A medida deve gerar uma economia de R$ 2 bilhões no período de dois
anos.
A
NR2, sobre inspeção prévia, tinha redação de 1983, da antiga Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho. Exigia uma inspeção do Trabalho prévia até
para abrir uma simples loja em um shopping. A revogação diminui burocracia e
reduz a intervenção estatal na iniciativa privada.
Redução de
acidentes
Acordos
de cooperação técnica entre a Secretaria Especial de Trabalho e Previdência
(SEPRT) do Ministério da Economia e as federações das indústrias do Estado do
Rio de Janeiro (Firjan), do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Estado de Santa
Catarina (Fiesc) estabelecem o desenvolvimento de ações conjuntas em segurança
e saúde no trabalho. Trata-se de projeto piloto que poderá ganhar novos
parceiros nos próximos meses, sempre com foco na redução de acidentes no
trabalho e de doenças ocupacionais.
Ainda
neste ano, será iniciada a revisão da Política Nacional de Segurança e Saúde no
Trabalho, estabelecida pelo Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011,
buscando construir uma estratégia nacional para redução de acidentes.
Consolidação
de decretos
O governo também anunciou a consolidação de cerca
de 160 decretos em quatro textos. Além dos decretos, serão revisadas, nos
próximos meses, portarias e instruções normativas, de forma ampla e com o
objetivo de concentrar as regras no menor subconjunto possível.
Um
primeiro grupo de decretos abrange 19 textos que regulam direitos trabalhistas
dispostos em leis esparsas tais como: direito à gratificação natalina,
vale-transporte, autorização para desconto em folha de pagamento, entre outros.
Também foram agrupados 51 decretos que regulamentam 36 profissões.
A
análise identificou ainda a necessidade de revogação expressa de oito decretos
cujos efeitos já se exauriram ou que se encontram tacitamente revogados.
Há,
ainda, um terceiro grupo que abrange as convenções da Organização Internacional
do Trabalho (OIT).
Até
o momento, o Brasil ratificou 97 convenções, das quais 77 estão em vigor. Os
decretos presidenciais que promulgam essas convenções foram consolidados em um
único ato, mantendo-se o texto original e a ordem cronológica em que foram
internalizadas no país.
Por
fim, a Secretaria de Trabalho propõe a edição de decreto para dispor sobre o
Conselho Nacional do Trabalho e a Comissão Tripartite Paritária Permanente, de
forma a viabilizar o diálogo social com empregadores e trabalhadores no que se
refere às relações de trabalho e às normas de segurança e saúde no trabalho.
Confira os documentos abaixo:
Apresentação
- Modernização das NRs e Consolidação Normativa
Aviso de Consulta Pública
Instrução Normativa Nº 001, de 30 de
julho de 2019
- SIT
Portaria Nº 915, de 30 de julho
de 2019
- NR1
Portaria Nº 916, de 30 de julho de 2019
- NR12
Portaria Nº 917, de 30 de julho de 2019
- Revisão da Política Nacional de Segurança e
Saúde no Trabalho
Decreto sobre Conselho Nacional do Trabalho / Comissão Tripartite
Paritária Permanente
Acordo de
Cooperação Técnica com a Fiesp
Acordo de
Cooperação Técnica com a Firjan
Acordo de
Cooperação Técnica com a Fiesc
Fonte: Secretaria do Trabalho
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-
Empregador precisa usar seu poder diretivo para se livrar de problemas de segurança do trabalho
Publicado em
16/05/2019
às
12:00
A
legislação trabalhista (art. 2º da
CLT
) atribui ao
empregador, observada as
Normas Legais
trabalhistas
e de Segurança do Trabalho, todo o poder diretivo para administrar seu negócio
da melhor forma que lhe convir, assumindo os riscos da atividade econômica, mas
se usufruindo dos lucros que esta atividade lhe proporcionar.
As normas de segurança do trabalho envolvem
inúmeras Normas Regulamentadoras (NRs) que estabelecem milhares
de procedimentos que o empregador deve observar antes de colocar o empregado
para exercer sua função.
Cada empresa possui
atividades específicas e condições técnicas que nem todo empregado contratado
está apto para exerce-las, de modo que, invariavelmente, o treinamento, a
capacitação e as exigências quanto ao aspecto de segurança do trabalho, devem
ser expostas a este novo empregado, a fim de que o mesmo possa ter conhecimento
de todos os riscos apresentados por este ambiente.
Mas não basta ser
treinado e conhecer dos riscos, pois é preciso disponibilizar os equipamentos de proteção individual (EPI), bem como os
equipamentos de proteção coletiva (EPC), necessários para que o empregado
exerça sua função obedecendo as respectivas NRs.
Todas estas
considerações acima DEVEM SER feitas mediante registro, tais como:
·Comprovante de treinamento assinado pelo empregado;
· Comprovante de entrega de cada EPI
assinado pelo empregado;
·Comprovante de instalação de EPC, em
determinado ambiente de trabalho, em obediência às normas de
segurança;
·Comprovante de entrega de
Regulamento Interno da empresa, especificando as obrigações do empregado e
assinado pelo mesmo;
·Outros procedimentos internos que
possam assegurar que o empregado foi comprovadamente orientado
para o exercício de sua atividade.
Além
de tudo disso, e aqui é ponto que se deseja chamar a atenção, o empregador
precisa exigir que o empregado cumpra com as normas estabelecidas, que utilize
os EPIs e que siga as normas de segurança, de
modo que sua função seja realizada de modo a evitar acidentes de trabalho.
Se a
norma diz que o empregado não pode usar aliança para exercer sua função, e o
mesmo é flagrado utilizando-a durante a jornada de trabalho, o
empregador pode advertir verbalmente, aplicar uma advertência por
escrito, até mesmo uma suspensão por determinados dias, caso a indisciplina
praticada pelo empregado se apresente como um risco grave de acidente (como a
amputação de um dedo).
Se a
norma diz que o empregado deve utilizar seu uniforme de forma que o mesmo não
seja puxado por uma máquina (camisa dentro da calça, calça dentro da bota,
manga da camisa abotoada, etc.), a desobediência a tais procedimentos é grave,
de forma que o empregador pode se valer de seu poder diretivo para aplicar as
punições previstas pela legislação trabalhista ou pelo regulamento interno.
A comprovação, pelo
empregador, de que o acidente foi decorrente da culpa exclusiva do empregado,
mesmo diante treinamentos, EPIS fornecidos, fiscalização contínua pelo
empregador na observação das normas de segurança, pode livrar o empregador de
eventual condenação, conforme jurisprudência abaixo:
ACIDENTE DE TRABALHO. AUSÊNCIA DE USO DE EPI FORNECIDO PELA EMPREGADORA.
CULPA EXCLUSIVA DO EMPREGADO. AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS PARA A RESPONSABILIDADE
CIVIL. INDENIZAÇÃO INDEVIDA. Comprovado nos autos que o autor não utilizou as luvas de raspa fornecidas pela empregadora
para a execução da atividade de demolição de construção civil, vindo a sofrer
acidente de trabalho típico, com ferimento nas mãos em razão de estilhaços, que certamente teria sido evitado não fosse a omissão faltosa do
empregado (art. 158, parágrafo único, "b", da CLT), não há falar em indenização, máxime em se considerando que o autor
participou dos cursos e treinamentos de prevenção de acidentes, estando
plenamente consciente da sua obrigação. A Súmula nº 289 do TST não prejudica
esse entendimento, porque além de restrita ao trabalho em condições insalubres,
o que não é a hipótese dos autos, a análise da culpa nos casos de acidente de
trabalho há de ser feita com base em critérios específicos, considerando as
circunstâncias do caso concreto, o grau de risco da atividade e a
corresponsabilidade tanto do empregado quanto do empregador para a prevenção
dos acidentes.
Tratando-se
de culpa exclusiva do empregado, que recusou-se a cumprir as normas de
segurança próprias da atividade laboral, descabe responsabilizar a empregadora
pelos danos que sofreu em decorrência do infortúnio. (TRT da 3.ª Região;
Processo: 0000063-65.2013.5.03.0097 RO; Data de Publicação: 13/06/2016;
Disponibilização: 10/06/2016, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 252; Órgão Julgador:
Sexta Turma; Relator: Rogerio Valle Ferreira; Revisor: Convocada Gisele de
Cassia VD Macedo).
Cada
empresa deve pontuar as situações graves de indisciplina e insubordinação,
estabelecendo as regras a serem seguidas e as devidas punições em caso de
desobediência.
Orientar os líderes,
encarregados, gestores da empresa neste aspecto, pode ser um diferencial para o
empregador entre ter um ambiente livre de acidentes, ou ser responsável pelo pagamento de uma indenização ao empregado
ou sua família, caso ocorra um acidente fatal.
A conivência do
empregador pelos atos irresponsáveis praticados pelo empregado pode ser uma
confissão para a Justiça do Trabalho de que o empregador, embora tenha
treinado, capacitado, entregue os EPIS, etc., seja também responsável
solidariamente pelo acidente de trabalho, tornando-o
consequentemente responsável pelo pagamento de eventual indenização.
Fonte: Guia Travalhista /
Escrito por Sergio Ferreira Pantaleão, Advogado, Administrador, responsável
técnico do Guia Trabalhista e autor de obras na área trabalhista e
Previdenciária.
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As Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho
Publicado em
24/04/2019
às
12:00
As
Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são
de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT
.
O não-cumprimento das
disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho
acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação
pertinente.
Constitui ato faltoso
a recusa injustificada do empregado ao cumprimento de suas obrigações com
a segurança do trabalho.
As Normas
Regulamentadoras vigentes estão listadas adiante (clique no link para acessar a
respectiva norma):
·
NR
01 -
Disposições Gerais
·
NR
02 -
Inspeção Prévia
·
NR
03 -
Embargo ou Interdição
·
NR
04 -
Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho
·
NR
05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
·
NR
06 -
Equipamentos de Proteção Individual - EPI
·
NR
07 -
Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
·
NR
08 -
Edificações
·
NR
09 -
Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
·
NR
10 -
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
·
NR
11 -
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
·
NR
12 - Máquinas
e Equipamentos
·
NR
13 - Caldeiras
e Vasos de Pressão
·
NR
14 - Fornos
·
NR
15 -
Atividades e Operações Insalubres
·
NR
16 - Atividades
e Operações Perigosas
·
NR
17 - Ergonomia
·
NR
18 -
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
·
NR
19 - Explosivos
·
NR
20 - Líquidos
Combustíveis e Inflamáveis
·
NR
21 - Trabalho
a Céu Aberto
·
NR
22 -
Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
·
NR
23 - Proteção
Contra Incêndios
·
NR
24 -
Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
·
NR
25 -
Resíduos Industriais
·
NR
26 - Sinalização
de Segurança
·
NR
27 - Registro
Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB (Revogada
pela Portaria GM n.º 262/2008)
·
NR
28 - Fiscalização
e Penalidades
·
NR
29 - Norma
Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
·
NR
30 - Norma
Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
·
NR
31 -
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
·
NR
32 - Segurança
e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
·
NR
33 - Segurança
e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
·
NR
34 - Condições
e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
·
NRR
1 - Disposições
Gerais (Revogada pela Portaria MTE 191/2008)
·
NRR
2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural (Revogada
pela Portaria MTE 191/2008)
·
NRR
3 - Comissão Interna De Prevenção De
Acidentes Do Trabalho Rural (Revogada pela Portaria
MTE 191/2008)
·
NRR
4 - Equipamento De Proteção Individual - EPI (Revogada
pela Portaria MTE 191/2008)
·
NRR
5 - Produtos Químicos (Revogada
pela Portaria MTE 191/2008)
Fonte: site Guia Trabalhista
-
Documentos relacionados à saúde e segurança do trabalho podem ser guardados eletronicamente
Publicado em
17/04/2019
às
10:00
A
Portaria da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPT)
211/2019
estabeleceu que é considerada válida a utilização de
certificação digital no padrão ICP-Brasil, para a criação e assinatura
eletrônica dos seguintes documentos:
·
Programa de Controle de Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO;
·
Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais - PPRA;
·
Programa de Gerenciamento de Riscos
- PGR;
·
Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil - PCMAT;
·
Programa de Proteção Respiratória
- PPR;
·
Atestado de Saúde Ocupacional
- ASO;
·
Programa de Gestão de Segurança,
Saúde e Meio Ambiente do Trabalhador Rural - PGSSMTR;
·
Análise Ergonômica do Trabalho -
AET;
·
Plano de Proteção Radiológica - PRR;
·
Plano de Prevenção de Riscos de
Acidentes com Materiais Perfurocortantes;
·
Certificados ou comprovantes de
capacitações contidas nas Normas Regulamentadoras;
·
Laudos que fundamentam todos os
documentos previstos neste artigo, a exemplo dos laudos de insalubridade e periculosidade;
·
Demais documentos exigidos com
fundamento no art. 200 do Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
O
arquivo eletrônico que contém os documentos acima mencionados deve ser
apresentado no formato "Portable Document Format" - PDF de qualidade padrão
"PDF/A-1", descrito na ABNT NBR ISO 19005-1, devendo o empregador mantê-lo à
disposição para apresentação à Inspeção do Trabalho.
Será considerada
válida a guarda em meio eletrônico dos documentos descritos
acima, assinados no padrão da ICP-Brasil (ou assinados manualmente),
inclusive os anteriores à vigência desta Portaria, pelo período correspondente
exigido na legislação própria, em especial para os fins de fiscalização quanto
ao cumprimento, por parte do empregador, das obrigações de segurança e saúde no
trabalho.
A
forma de assinatura, guarda e apresentação de documentos listados acima é
inicialmente facultativa, tornando-se obrigatória nos seguintes prazos,
contados da vigência da mencionada portaria:
I - 5 (cinco) anos,
para microempresas e microempreendedores individuais;
II - 3 (três) anos,
para empresas de pequeno porte; e
III - 2 (dois) anos,
para as demais empresas.
Nota: Excepcionalmente
poderá ser aceita a apresentação do documento em papel quando a geração do
mesmo em formato digital se mostrar comprovadamente inviável, seja em razão de
sua natureza ou do local onde a fiscalização venha a ser realizada.
Fonte: Portaria da Secretaria Especial
de Previdência e Trabalho (SEPT) 211/2019.
-
EPI - Empresa precisa fornecer e pode exigir que o empregado o utilize
Publicado em
05/04/2019
às
10:00
Conforme
dispõe a
Norma Regulamentadora 6
, a empresa é obrigada a fornecer
aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as
medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas
de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender a
situações de emergência.
Dentre as atribuições
exigidas pela NR-6, cabe ao empregador as seguintes obrigações:
·
adquirir o EPI
adequado ao risco de cada atividade;
·
exigir seu uso;
·
fornecer ao
trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão, nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
·
orientar e
treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
·
substituir
imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado;
·
responsabilizar-se
pela higienização e manutenção periódica; e
·
comunicar o MTE
qualquer irregularidade observada.
O
empregado também terá que observar as seguintes obrigações:
·
utilizar o EPI
apenas para a finalidade a que se destina;
·
responsabilizar-se
pela guarda e conservação;
·
comunicar ao
empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso; e
·
cumprir as
determinações do empregador sob o uso pessoal.
São
muitos os casos de empregados que, com desculpas de que não se acostumam ou que
o EPI o incomoda no exercício da função, deixam de utilizá-lo e
consequentemente, passam a sofrer as consequências de um ambiente de trabalho
insalubre.
Conforme cronograma do eSocial, a última fase envolve justamente os
dados de segurança e saúde do trabalhador - SST. As empresas precisam estar
atentas sobre os conceitos de EPC e EPI para não ocasionar erros na hora de
entregar os eventos de SST ao eSocial.
Fonte: Blog Trabalhista
-
Normas Técnicas Relativas aos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Sofrem Alterações
Publicado em
13/09/2018
às
10:00
Foram
publicados no diário oficial de ontem, 10 de Setembro de 2018, três novas
Portarias do Secretário de Inspeção do Trabalho que tratam sobre os
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
As alterações trazidas
pelas normas já entraram em vigor, conforme destacamos:
Portaria SIT 758/2018 - Alterou alguns dos
procedimentos necessários para o acesso ao sistema CAEPI - Certificado de
Aprovação de Equipamento de Proteção
Individual - CAEPI pelas empresas fabricantes ou importadoras de Equipamentos
de Proteção Individual e para a emissão e renovação do Certificado de Aprovação
-
CA de Equipamentos de Proteção Individual - EPI. A norma desobrigou a
autenticação de firma da documentação a ser entregue aos órgãos responsáveis.
Portaria SIT 759/2018 - Estabeleceu
novas normas técnicas de ensaios e os requisitos obrigatórios aplicáveis aos
Equipamentos de Proteção Individual - EPI enquadrados no Anexo I da NR 06, principalmente aos itens relativos a proteção
auditiva, proteção respiratória e luvas.
Portaria SIT 760/2018 -
Alterou procedimentos relativos ao credenciamento de laboratórios pelo
Ministério do Trabalho - MTB e requisitos obrigatórios a serem observados na
realização de ensaios laboratoriais para fins de obtenção de Certificado de
Aprovação - CA. A norma desobrigou a autenticação de firma da documentação a
ser entregue aos órgãos responsáveis pelos laboratórios.
Fonte: Guia Trabalhista Online
-
Exames Médicos Ocupacionais são Obrigatórios?
Publicado em
15/08/2018
às
16:00
Todo trabalhador regido pela CLT, sendo
facultativo (porém recomendável) ao empregado doméstico,
deve submeter-se aos exames médicos ocupacionais, sendo estes
obrigatórios na admissão, na demissão e periodicamente
no curso do vínculo empregatício.
Os custos dos exames são de responsabilidade do empregador.
Para cada exame médico realizado, o médico deverá emitir o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias:
·
A primeira via do
ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de
trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho;
·
A segunda via do
ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira
via.
Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e
exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas, deverão ser
registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade
do médico-coordenador do PCMSO.
Os registros deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos
após o desligamento do trabalhador.
Fonte: Blog Guia
Trabalhista
-
Trabalho em Altura
Publicado em
20/07/2018
às
12:00
Trabalho em altura é toda atividade executada
acima de 2 metros, que ofereça risco de queda. Pode ocorrer nas mais diversas
atividades e setores. Acidentes envolvendo queda em altura provocam danos à
integridade física dos trabalhadores, ocasionando lesões simples,
incapacitações temporárias ou permanentes e, muitas vezes, a morte.
As empresas que utilizam o trabalho em altura
a Norma Regulamentadora nº 12.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Quase 20 mil empresas são autuadas por falhas na prevenção a acidentes em 2017
Publicado em
07/06/2018
às
16:00
Foram
19.870 estabelecimentos autuados, 47,90% devido ao não cumprimento de
exigências do programa de controle médico de saúde ocupacional
O
Ministério do Trabalho autuou 19.870 empresas devido ao descumprimento às
normas de proteção à saúde do trabalhador em 2017. No total, foram 72.294
autuações por infrações cometidas - média de 3,6 por empresa.
O
não cumprimento de exigências do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional, previsto na Norma Regulamentadora nº. 7, é o caso mais frequente
registrado pela fiscalização. Foram 9.517 estabelecimentos autuados (47,90% do
total). Nos primeiros quatro meses deste ano, já foram 2.678 empresas com autos
lavrados pela mesma razão.
A
Norma Regulamentadora nº 7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e
implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional com o
objetivo de promoção e preservação da saúde dos trabalhadores. O programa tem
caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde
relacionados ao trabalho.
"A
segurança começa pelo reconhecimento e avaliação dos riscos. É preciso conhecer
detalhadamente cada tarefa a ser realizada, os riscos envolvidos e os meios
para prevenir os possíveis acidentes ou doenças relacionados a cada risco
identificado. Feita a avaliação e estabelecidos os meios de controle, os
trabalhadores devem ser adequadamente informados sobre os riscos e treinados
sobre as formas de prevenção", afirma o auditor-fiscal Jeferson Seidler,
assistente técnico do Departamento de Saúde e Segurança no Trabalho, do
Ministério do Trabalho.
Segundo
o auditor, as empresas estão sujeitas a multa e até embargos e interdições das
atividades a depender da gravidade e risco no local de trabalho. No caso de
descumprimento das Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde,
independentemente de ocorrer acidente ou não, o empregador é multado. Os
valores variam a depender de vários fatores.
"Se
a condição verificada durante a fiscalização for considerada situação de risco
grave e iminente, existe o embargo de obra ou interdição de máquina,
equipamento ou setor de serviços, quando a empresa tem de paralisar o trabalho
até a correção das irregularidades de forma a reiniciar os trabalhos com
segurança", explica Seidler.
O
auditor-fiscal afirma que na maioria dos acidentes de trabalho a
responsabilidade é do empregador. "Análise detalhada de acidentes graves e
fatais tem demonstrado que, na imensa maioria das vezes, os acidentes ocorrem
devido à forma de organização do trabalho, ao ritmo de produção, à conivência
da empresa com condutas inadequadas, à falta de treinamento, entre outras. Em
raros casos houve, de fato, a chamada culpa exclusiva da vítima. Isso porque a
sua conduta em geral é influenciada por demandas excessivas, cansaço, material,
equipamentos ou ferramentas inadequadas, falta de treinamento, e assim por
diante."
Jeferson
Seidler adverte ainda sobre a falsa ideia de que a prevenção se faz apenas com
o uso de equipamento de proteção individual (EPI). "Os EPI são importantes e,
na maioria dos casos, imprescindíveis. Mas temos de ter sempre em mente que são
complementares", reforça.
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Prova para Especialista em Medicina do Trabalho será realizada em maio/2018
Publicado em
11/05/2018
às
16:00
Exame atende à portaria do Ministério do
Trabalho e será aplicado em quatro cidades do país; inscrições podem ser feitas
na Associação Nacional de Medicina do Trabalho
Médicos
que atuam no Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT) poderão realizar, nos dias 26 e 27 de maio de 2018, a 44ª
Prova de Título de Especialista em Medicina do Trabalho. O edital foi publicado
pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).
O
objetivo é permitir que os médicos cumpram a Portaria nº 2018/2014 do
Ministério do Trabalho, que dá prazo até dezembro de 2018 para que os
integrantes do SESMT obtenham o título. Hoje, 1,3 mil médicos atuam no SESMT
sem especialização na área, segundo dados da Associação.
A
prova será realizada pela Anamt, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a
Associação Médica Brasileira (AMB), nas cidades de Brasília (DF), Fortaleza
(CE), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). O exame inclui prova teórica e
prática.
O
edital e mais informações sobre quais profissionais podem prestar o exame estão
disponíveis no site da Amant. As inscrições podem ser feitas até o dia 26
de fevereiro.
SAIBA
MAIS
PORTARIA N.º 2.018 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2014
Art. 2º Conceder prazo de quatro anos para que os Médicos do Trabalho
integrantes do SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho atendam aos requisitos de formação e registro profissional
exigidos na regulamentação da profissão e nos instrumentos normativos emitidos
pelo Conselho Federal de Medicina, nos termos do item 4.4.1 da NR4, com redação
dada pela Portaria nº 590, de 28 de abril de 2014.
Parágrafo
Único. Até que o prazo indicado neste artigo seja expirado, poderá atuar no
SESMT o Médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização
em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado
de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou
denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência
Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou
faculdade que mantenha curso de graduação em medicina.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Atualizada norma que trata da prevenção de acidentes na construção civil
Publicado em
25/04/2018
às
14:00
Revisão
da NR 18 tem alterações focadas em instalações elétricas e proteção coletiva;
medida gera mais segurança nos canteiros de obra
A
segurança do trabalho nos ambientes de atividades laborais da indústria da
construção civil ganhou reforço em 19/04/2018, com a publicação da Portaria nº
261, do Ministério do Trabalho, no Diário Oficial da União. O texto altera um
dos itens da Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18), que trata das condições e do
meio ambiente no setor. As mudanças abrangem principalmente as instalações
elétricas provisórias dos canteiros. O objetivo é prevenir acidentes por choque
elétrico, que, juntamente com quedas e soterramentos, concentram a maioria dos
acidentes de trabalho no setor.
A revisão da do item 18.21 da NR 18 começou a ser feita no ano passado, durante
as reuniões técnicas do Comitê Permanente Nacional, que reúne representantes
dos trabalhadores, dos empregadores e do governo, com atuação tripartite e
atualmente coordenado pelo Ministério do Trabalho. "A alteração é um ganho para
o trabalhador, pois torna o texto mais atualizado e de acordo com o atual
cenário. Um dos destaques está na obrigatoriedade da instalação do dispositivo
diferencial residual (DR) nas obras, já previsto na NR 10, mas que agora passa
a ser obrigatório para a indústria da construção civil. Essa modificação será um
forte aliada na diminuição dos acidentes de trabalho", explica o auditor-fiscal
do Trabalho no Pará Jomar Sousa Ferreira Lima, com base na experiência exitosa
verificada nos canteiros de obra da Paraíba.
Sobre a NR 18 - A norma faz referência aos procedimentos, dispositivos e
atitudes a serem observados durante a execução das atividades em canteiros de
obras. Os capítulos são dedicados à segurança do trabalho e incluem, entre
outros, tópicos como armações de aço, demolição, instalações elétricas,
equipamentos, andaimes e plataformas.
A atualização da NR 18 ocorre em meio à Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes de Trabalho (Canpat) do Ministério do Trabalho. A edição 2018 trata
da prevenção em todas as situações que envolvem o trabalho, mas tem dois focos
principais: os adoecimentos e as quedas com diferença de nível. O objetivo é
prevenir situações que vitimam os trabalhadores diariamente nos diversos
setores da economia. A Canpat teve início em abril e segue até novembro.
Saiba
mais sobre a Canpat clicando em
http://trabalho.gov.br/component/content/article?id=5706
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
NR-10 trata da segurança dos trabalhadores que atuam com eletricidade
Publicado em
04/11/2017
às
12:00
NR-10
- A Norma Regulamentadora nº
10 estabelece os requisitos e as condições mínimas para a implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, atuam em instalações
elétricas e serviços com eletricidade. A NR-10 se aplica às fases de geração,
transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto,
construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e
quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas
técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.
Fonte:
Ministério do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Segurança do Trabalho - NR - 18 e NR - 34 tratam da Segurança do Soldador
Publicado em
17/10/2017
às
14:00
Existe a NR-18, que trata
especificamente do trabalho com solda na construção civil, tendo um campo
específico que trata das operações de soldagem e corte a quente, atividades que
somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados. A norma detalha
pontos específicos que devem ser seguidos para proteção dos
trabalhadores.
A NR-18 explicita, por exemplo,
que nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente,
tanque ou similar, que envolvam geração de gases confinados ou semiconfinados,
é obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para eliminar riscos
de explosão e intoxicação do trabalhador, proibida ainda a presença de
substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo às garrafas de oxigênio. Fios
condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de soldagem devem ser
mantidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e devem ser deixados em
descanso sobre superfícies isolantes.
Além da NR-18, existe a NR-34,
que trata das normas de segurança do soldador. Ela estabelece os requisitos
mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de
trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval e tem um item
específico sobre trabalho a quente.
O Ministério do Trabalho,
responsável pela fiscalização das normas de segurança e saúde, ressalta a
necessidade dos programas de prevenção de riscos, a correta utilização dos
equipamentos de proteção coletiva e individual e o acompanhamento do
trabalhador soldador, destacando a importância da correta identificação dos
riscos, implementação de programas de prevenção eficientes, treinamento e
utilização adequados dos equipamentos e dos produtos utilizados na solda.
Fonte:
Ministério do Trabalho
/Assessoria de Imprensa
-
NR 35 - Trabalho em Altura
Publicado em
09/09/2017
às
15:00
A Norma Regulamentadora 35 estabelece os
requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,
envolvendo planejamento, organização e execução, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com a
atividade.
Fonte: Ministério do Trabalho
/Assessoria de Imprensa
-
Como prevenir as doenças ocupacionais
Publicado em
01/09/2017
às
15:00
Trabalhadores
e empregadores precisam ficar atentos em relação às principais causas das
doenças e a como evitá-las
Movimentos
repetitivos, com uso de força, levantamento e transporte de pesos foram as
principais causas que desencadearam a hérnia de disco que afastou o promotor de
vendas Marcus Vinicius Corrêa, 37 anos, do trabalho. Ele atua há 12 anos com
recepção, abastecimento e organização de mercadorias em supermercados.
"Tudo começou com uma forte dor nas costas. Acredito que seja por ter
levantado cargas pesadas de forma errada e pelo excesso de caixas que colocava
no carrinho para adiantar o serviço", diz Marcus Vinicius, que está
afastado do trabalho, pelo INSS, há quatro meses.
Casos
como de Marcos Vinicius são frequentes. As dorsalgia, por exemplo, popularmente
conhecida como dor nas costas, é a doença que mais afasta trabalhadores no
Brasil. Em 2016, 116.371 pessoas tiveram que se ausentar do trabalho por, no
mínimo, 15 dias por essa razão.
As
doenças ocupacionais são aquelas produzidas, adquiridas ou desencadeadas pelo
exercício da atividade ou em função de condições especiais de trabalho.
Atualmente, um profissional que desenvolve uma doença ocupacional possui,
legalmente, os mesmos direitos que o envolvido em acidente de
trabalho.Trabalhadores e empregadores precisam ficar alertas em relação às
principais causas de doenças ocupacionais (veja quadro abaixo) e a como
evitá-las, buscando o constante aprimoramento das condições de saúde e
segurança do ambiente de trabalho. Além disso, é preciso estar atento aos
primeiros sinais de desconforto físico ou mental, procurando auxílio médico o
quanto antes.
O
auditor-fiscal e médico do Trabalho Jeferson Seidler, que atua no Departamento
de Saúde e Segurança no Trabalho da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do
Ministério do Trabalho, explica que grande parte das doenças ocupacionais
registradas não são reconhecidas pelas empresas, mas sim pela pericia médica do
INSS, ou seja, são registros sem emissão da CAT, documento utilizado para
reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto quanto uma doença
ocupacional. "Ainda existe uma dificuldade em fazer o nexo da doença com o
trabalho, o que resulta em uma subnotificação dos casos. No acidente típico, a
lesão é evidente e compatível com o relato da vítima, e dificilmente há dúvida
quanto à relação entre a ocorrência e o trabalho. Nas doenças ocupacionais,
não". Segundo ele, o diagnóstico é mais subjetivo e, além de realizar a
análise clínica, é preciso observar se o trabalho teve ou não influência no
desencadeamento ou agravamento dos sintomas.
Doenças
ocupacionais
|
Principais
causas
|
Prevenção
|
Ler/Dort - Lesões por esforços
repetitivo/Distúrbios Osteo musculares Relacionados ao Trabalho (tendinites,
tenossinovites e
lesões de ombro)
|
- movimentos repetitivos
- posturas inadequadas
- pressão psicológica
|
- adequação do mobiliário, redução da
necessidade do número de repetições; pausas e exercícios preparatórios e
compensatórios.
- definição de metas adequadas; boas
relações interpessoais, clareza sobre o que é esperado de cada profissional.
- programas de incentivo à prática
regular de atividades físicas e ingestão frequente de líquidos.
|
Dorsalgias
(hérnias de disco, "problemas de
coluna")
|
- movimentos repetitivos e força com
uso do tronco
- levantamento e transportes de pesos
- posturas inadequadas
- Obesidade e sedentarismo (fatores
não necessariamente ocupacionais, porém muito significativos)
|
- adequação do mobiliário e
equipamentos, fracionamento das cargas e do número de repetições (redução da
velocidade de execução das tarefas).
- pausas e exercícios preparatórios e
compensatórios.
- programas de incentivo à educação
alimentar e à prática regular de atividades físicas.
|
Transtornos mentais
(depressão/ansiedade/stress pós-traumático)
|
- alta demanda, imprecisão quanto às
expectativas
- metas inalcançáveis
- trabalho extremamente monótono
- percepção de trabalho "sem
importância"
- violência no
trabalho
- situações momentâneas e súbitas de
alto nível de estresse
- testemunha constante de sofrimento
humano de terceiros (profissionais de saúde, assistentes sociais)
|
- definição de metas adequadas; boas
relações interpessoais; melhora da comunicação, reconhecimento do valor do
trabalho realizado.
- programas de prevenção da violência
nas atividades com risco elevado de assaltos/envolvimento ou repressão de
atos violentos.
- programa de apoio e acompanhamento
de profissionais vítimas de violência no trabalho ou submetidos a situações
de estresse agudo de alta intensidade.
- e de profissionais que lidam
constantemente com o sofrimento humano de terceiros.
|
Transtornos das articulações
|
- posturas inadequadas
- movimentos
repetitivos associados a cargas (membros inferiores)
- obesidade e sedentarismo (fatores
não necessariamente ocupacionais, porém muito significativos)
|
- adequação do mobiliário, redução da
necessidade de uso da força e do número de repetições; pausas e exercícios
preparatórios e compensatórios.
- definição de metas adequadas; boas
relações interpessoais, clareza sobre o que é esperado de cada um.
- programas de incentivo à prática
regular de atividades físicas e ingestão frequente de líquidos.
|
Varizes nos membros inferiores
|
- trabalho em pé ou sentado com pouca
movimentação
- obesidade e sedentarismo (fatores
não necessariamente ocupacionais, porém muito significativos)
|
- análise ergonômica das tarefas para
adequação do mobiliário e equipamentos, permitindo a alternância de posturas
e mobilidade no posto de trabalho; exercícios preparatórios e compensatórios.
- programas de incentivo à educação
alimentar e à prática regular de atividades físicas de intensidade moderada.
|
Transtornos auditivos (principalmente
perda auditiva)
|
- exposição a ruídos
- trabalho com produtos químicos,
principalmente solventes (tinner, tolueno, xileno e similares)
|
- proteção coletiva com isolamento
das fontes de ruído (medida mais importante).
- uso de protetor auditivo (medida
complementar - não deve ser a única proteção).
- ventilação exaustora e/ou
isolamento dos processos com uso de solventes.
- uso de máscaras de proteção:
protetores respiratórios específicas para produtos químicos (medida
complementar: não deve ser a única proteção).
|
Fonte: Ministério
do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Ações do Ministério do Trabalho melhoram segurança em postos de combustíveis
Publicado em
29/07/2017
às
15:00
Auditores-fiscais
constataram risco à saúde e integridade física de frentistas que descarregam
caminhões-tanque
Auditores-fiscais
da Superintendência Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul (SRT-RS) autuaram
30 postos de combustíveis no estado por descumprimento de normas de segurança
no descarregamento dos caminhões-tanque.
As
operações, que tiveram início em fevereiro, foram motivadas pelo risco grave e
iminente à saúde e integridade física de frentistas e gerentes de pista que
realizam o descarregamento de combustível nos postos. Os auditores verificaram
que havia risco de queda dos trabalhadores dos caminhões.
Segundo
a fiscalização, os postos foram autuados por descumprimento à NR-35, norma que
trata do trabalho em altura. Durante as ações, também foram constatados casos
de ausência de exames periódicos obrigatórios para quem trabalha em exposição
ao benzeno, conforme prevê a NR-9.
Segundo
o auditor-fiscal Guilherme Candemil, foram lavrados mais de 300 autos de
infração. "Alguns postos já foram desinterditados por terem eliminado o
grave e iminente risco, além de se comprometerem a implementar medidas para
acabar com o trabalho em altura no prazo de 12 meses".
Candemil
acrescenta que "os trabalhadores responsáveis pelo descarregamento de
combustível devem passar por treinamento, e os caminhões precisam ser adaptados
com sistema de guarda-corpo e rodapé enquanto o trabalho em altura não for
eliminado completamente".
Está
prevista para o dia 4 de agosto de 2017 uma reunião entre a SRT-RS e o
Sindicato de Postos Revendedores de Combustível para tratar da adequação do
descarregamento de combustível dos caminhões-tanque.
Fonte:
Ministério do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
NR-12 é alterada para garantir mais segurança ao trabalhador
Publicado em
14/07/2017
às
15:00
Modificações
têm como alvo máquinas injetoras de materiais plásticos, prensas e similares
Uma
mudança publicada no Diário Oficial da União pelo Ministério do Trabalho traz
alterações no texto da Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12), que define medidas
de prevenção de acidentes e doenças do trabalho na utilização de máquinas e
equipamentos em todas as atividades econômicas.
As
modificações tratam de adequações e atualizações relacionadas a novos
dispositivos de proteção, distâncias de segurança e requisitos para o uso de
detectores de presença em máquinas injetoras de materiais plásticos, prensas e
similares.
Exemplos
das novas aplicações normatizadas são a utilização de sistemas de segurança de
detecção multizona - AOPD - em dobradeiras hidráulicas e a regulação das
proteções para as conhecidas prensas enfardadeiras verticais, muito comuns no
mercado e que precisavam de regulamentação.
O
coordenador de Normatização e Programas do Ministério do Trabalho, Elton
Machado, ressalta: "A revisão das normas regulamentadoras tem por objetivo
torná-las cada vez mais adequadas à sociedade, bem como incorporar as novas
soluções tecnológicas, além de embasar-se nas normas técnicas nacionais e
internacionais mais atuais".
As alterações foram definidas pela Comissão Nacional Tripartite Temática da
NR-12 (CNTT NR-12) e aprovadas pela Comissão Tripartite Paritária Permanente
(CTPP), composta de representantes dos trabalhadores, empregadores e governo.
Normas
-
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) atribui ao Ministério do Trabalho a
competência de estabelecer disposições complementares aos artigos sobre saúde e
segurança, o que é feito por meio das normas regulamentadoras. As normas têm a
função de estabelecer parâmetros de segurança em setores, equipamentos e
funções específicas, porque cada profissão exige um cuidado próprio para
resguardar a vida e integridade física da equipe e de terceiros.
Fonte: Ministério
do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Mais segurança nas estradas?
Publicado em
11/05/2017
às
11:00
Após um ano de vigência
da obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas profissionais,
entidades divergem sobre os efeitos práticos da medida
Mais de 22,5 mil pessoas que tinham carteira de habilitação das categorias C, D
e E tiveram o documento suspenso após a realização do exame toxicológico que
apontou o uso de substâncias psicoativas, como anfetaminas, metanfetamina,
cocaína, maconha, heroína e ecstasy. Os números, obtidos a partir de março de
março de 2016, quando o exame passou a ser obrigatório, são do Departamento
Nacional de Trânsito (Denatran).
Um dos objetivos era reduzir a quantidade de acidentes nas estradas por meio da
suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de motoristas que dirigem
sob o efeito de drogas. No entanto, um ano após a medida, entidades divergem
quanto aos resultados práticos nas rodovias.
Conforme o Denatran, de 2 de março de 2016 (quando a lei entrou em vigor) até
31 de março de 2017 foram realizados 1.453.045 exames toxicológicos em todo o
país. Desse total, 22.531 apresentaram resultados positivos para o uso de
substâncias psicoativas. São Paulo foi o estado que mais realizou exames
durante o período. Foram pouco mais de 338 mil. Minas Gerais ocupou a segunda
colocação com 148.497, seguido do Paraná com 145.924.
No entanto, considerando a proporção de resultados positivos por exames
realizados, o estado do Maranhão apresentou o maior índice com 11,9%, seguido
de Tocantins, Acre, Amazonas e Bahia (veja o infográfico). No Paraná, 1.759
motoristas foram reprovados.
A disparidade na quantidade de exames realizados nos estados se deve a dezenas
de liminares protocoladas na Justiça para tentar impedir a obrigatoriedade do
exame. Em alguns casos, a medida chegou a ser suspensa, mas já está em vigor em
todo o país. O exame toxicológico é feito a partir da amostra de cabelo do
motorista retirada nos postos de coleta dos laboratórios. Por meio das mechas,
é possível identificar se algum tipo de droga foi consumida nos últimos 90
dias.
Para o presidente da Associação Brasileira de Laboratórios Toxicológicos
(Abratox), Marcello Santos, o exame é necessário e constata se o condutor
consome regularmente substâncias que possam comprometer a atividade
profissional e a segurança dos demais motoristas nas estradas. "Ele serve
para verificar o padrão de comportamento daquele proponente à habilitação ou à
renovação. Ele não serve para verificar se aquele motorista está fazendo o uso
de alguma substância no exato momento em que ele está na rodovia. Para detectar
isso, você teria que ter uma outra política de exames toxicológicos. Mas essa
medida já é uma política preventiva", defende. Santos argumenta que a
aplicação de testes instantâneos em operações de fiscalização nas estradas,
assim como ocorre no caso dos etilômetros, seria mais difícil de ser
implementada.
Já o diretor de
Comunicação e do Departamento de Medicina do Tráfego Ocupacional da Associação
Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues Alves Júnior,
afirma que a entidade "não vê efetividade na aplicação do exame".
"O exame toxicológico é absurdo. Não é compatível com a necessidade maior
que a lei propõe que é reduzir os acidentes de trânsito nas rodovias. A lei foi
feita para motoristas profissionais, mas abrange todos das categorias C, D e E.
Porém, tem motoristas nessas categorias que não são profissionais, eles têm
veículos para uso próprio como uma van ou uma unidade de pequeno porte e estão
deixando de fazer o exame ou estão pedindo a reclassificação da carteira de
habilitação para não ter que passar pelo teste", ressalta.
Alves Júnior argumenta que a exigência do exame apenas para a primeira
habilitação e para a renovação da CNH a cada 5 anos não garante que os
motoristas trafegam sem fazer uso de substâncias psicoativas. "Se é para
fiscalizar os indivíduos que estão sob o uso de drogas, nós temos que fazer o
exame naquele momento em que eles estão nas rodovias", alega.
A lei prevê a suspensão da CNH por até três meses quando o resultado do teste
aponta a presença de drogas no organismo do condutor. Para muitos, isso
inviabiliza o exercício da profissão. O documento só é regularizado mediante
resultado negativo no exame.
Em todo o Brasil, menos de 2% dos profissionais que realizaram o teste foram
reprovados. Para o Coordenador-geral de Educação do Denatran, Francisco
Garonce, o índice é significativo. "Você não consegue medir a quantidade
de acidentes que não aconteceram, mas só de saber que quase 25 mil condutores
que tiveram o resultado positivo tiveram o direito de conduzir suspenso, este é
um número significativo de pessoas que não têm mais o direito de estar nas
estradas trazendo risco para os demais", avalia.
Com a obrigatoriedade, muitos motoristas passaram a pedir a reclassificação ou
rebaixamento da categoria da CNH. Pessoas que possuíam carteira de habilitação
C, D ou E decidiram renovar o documento apenas na categoria B, para conduzir
automóveis.
Segundo dados do Detran-PR, mais de 205 mil CNHs foram renovadas no Estado
entre março de 2016 e fevereiro de 2017. Neste contexto, 67.249 documentos
foram reclassificados. Considerando o período anterior entre março de 2015 e
fevereiro de 2016, foram realizadas apenas 17.679 reclassificações.
Trafegar com a carteira vencida ou em veículos de categoria diferente da
apontada na CNH gera multa. "Se estão fazendo isso é uma ilegalidade. Para
coibir essas ações existem as fiscalizações contínuas nos postos das polícias
rodoviária estadual e federal", alerta Garonce.
A aplicação de exames toxicológicos nas operações de fiscalização nas estradas
para flagrar motoristas irregulares é uma das medidas estudadas pelo Denatran.
"Outras ações devem ser implementadas, mas são os próximos passos. O que
nós não podemos é simplesmente desvalorizar esta ação porque ela já está
cumprindo uma parcela da responsabilidade total que é retirarmos todos aqueles
que fazem uso de substâncias psicoativas e que tenham as suas habilidades para
conduzir afetadas por isso. Este é um primeiro passo", conclui o
coordenador-geral de Educação do órgão.
Sindicato reclama do custo do exame
Oito laboratórios são credenciados para fazer a análise das amostras e centenas
de postos de coleta funcionam em todo o país. O exame custa, em média, R$ 280,
segundo informação da Associação Brasileira de Laboratórios Toxicológicos
(Abratox). No entanto, este é mais um gasto repassado aos profissionais.
O delegado regional de Paranaguá do Sindicato dos Condutores Autônomos de Bens
(Sindicam-PR), Hilton Rangel, afirma que o sindicato não é contra a
obrigatoriedade do exame, mas "a taxa não deveria ser cobrada"
"Deveria ser gratuito. É mais um dinheiro que o caminhoneiro tem que
desembolsar", critica. Para ele, a realização do teste nas estradas seria
uma medida mais prática e efetiva para reduzir os acidentes.
Muitos caminhoneiros recorrem ao uso de anfetaminas como o chamado
"rebite" e de cocaína para cumprir exaustivas jornadas de trabalho e
aumentar a renda mensal. "Antigamente usava-se bastante o rebite, depois
alguns motoristas utilizavam cocaína para se manter acordado e completar a
viagem. Com essa exigência do exame, muitos pararam com isso para não perder o
emprego", conta Rangel.
Apesar da jornada de trabalho dos caminhoneiros ser de até 12 horas, com
intervalos de descanso a cada 4 horas, os horários estabelecidos pelas empresas
para descarregar os produtos transportados e a exigência por mais agilidade
prejudicam os motoristas, segundo ele. "As empresas fazem o agendamento
para a entrega da carga, mas não consideram o tempo necessário para a viagem.
Esses dias, um caminhoneiro em Paranaguá tinha que chegar às 6 horas da manhã.
Ele chegou às 6h03 e teve que esperar até a meia-noite para descarregar porque
tinha perdido o horário agendado. Muitos deles nem cumprem o período de
descanso nas estradas."
Além do custo do exame, muitos motoristas se sentem constrangidos após a coleta
das amostras de cabelo em razão das falhas estéticas deixadas pelos
profissionais. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de
Laboratórios Toxicológicos (Abratox), Marcello Santos, é necessária uma pequena
quantidade de cabelo para a realização do exame. "Pode ser coletado de
dois ou três pontos da cabeça para não deixar marcas estéticas. Falta
experiência", lamenta.
Já o diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina do Tráfego
Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu
Rodrigues Alves Júnior, defende que o exame de urina e o de sangue poderiam ser
mais eficazes. "O cabelo, para nós médicos, não é considerado como sendo
primordial para o diagnóstico do uso de drogas. Atletas fazem exame de urina ou
sangue no antidoping, por exemplo", aponta. Quanto ao custo do teste, o
Denatran informou que não pode interferir nas regras de mercado e nos preços
estabelecidos pelos laboratórios credenciados. (V. C.)
Fonte: Folha de
Londrina
-
Mudam regras para fiscalização da NR 12
Publicado em
10/02/2017
às
13:00
Empresas
terão prazo para adequarem máquinas e equipamentos antes de serem autuados
Uma
mudança publicada no Diário Oficial da União, pelo Ministério do Trabalho,
estabelece novas regras para a fiscalização da Norma Regulamentadora nº 12
(NR 12). Os auditores fiscais do trabalho continuarão inspecionando as empresas
para conferir se a segurança das máquinas e equipamentos que a NR 12 estabelece
está sendo observada. Porém, darão prazo para os empresários se adequarem,
antes de emitir autos de infração e multas.
A
alteração visa atender ao interesse de proteção da saúde e segurança dos
trabalhadores, além de conciliar com as empresas que têm a verdadeira intenção
de regularização, dando a elas a oportunidade de adequação. Ao mesmo tempo,
essa mudança estabelece aos auditores fiscais uma maior autonomia durante as
fiscalizações. "O objetivo maior é o cumprimento da norma de proteção,
propiciando às empresas espaço para a apresentação das dificuldades técnicas e
financeiras que colocam obstáculos à regularização, para busca conjunta de uma
solução adequada a cada caso. Os trabalhadores não sofrerão qualquer prejuízo
ou ameaça com o novo procedimento", garante a secretária de Inspeção do
Trabalho do Ministério do Trabalho, Maria Teresa Pacheco Jensen.
O
coordenador geral de fiscalização do Departamento de Segurança e Saúde no
Trabalho do Ministério do Trabalho, Jeferson Seidler, explica que, antes, o
auditor fiscal do trabalho, ao detectar uma irregularidade, imediatamente
emitia o auto de infração, que seria convertido em multa após tempo de recurso.
Esse era o procedimento desde a primeira visita à empresa. "Agora, ele notifica
a empresa e dá a ela um prazo para se adequar, sem aplicação de multa",
compara.
O
empresário terá ainda a possibilidade de pedir prorrogação de prazo, caso não
consiga fazer as adequações necessárias dentro do tempo estabelecido pela
fiscalização do Ministério do Trabalho. A única exceção é para os casos em que
for detectado risco grave e iminente ao trabalhador. "Se a máquina oferecer
alta probabilidade de lesão grave ao trabalhador, a máquina será interditada
imediatamente", acrescenta Seidler.
Essa
mudança ficará em vigor por 36 meses. Esse é o prazo em que o procedimento
especial será adotado pela Inspeção do Trabalho. A Comissão Nacional Tripartite
Temática da NR 12, composta por representantes de trabalhadores, empregadores e
do governo, fará o acompanhamento e o monitoramento da aplicação da lei.
Desde
2010, quando a NR 12 passou por mudanças rigorosas, a Comissão vem debatendo
alterações na Norma e na fiscalização delas. Em 2011, o primeiro ano
depois da mudança, foram registrados 76,3 mil acidentes em máquinas e
equipamentos no Brasil. Em 2015, esse número caiu 58,7 mil.
Entenda
as mudanças
1º
mudança:
Antes:
Na primeira visita do auditor fiscal do trabalho, toda a irregularidade
identificada poderia gerar um auto de infração e, como consequência, uma multa.
Agora:
na primeira visita, o auditor fiscal do trabalho apenas identifica as
irregularidades e estipula um prazo para o empresário fazer as adequações, sem
emissão de auto de infração. Esse prazo será de até 12 meses, dependendo da
complexidade da adequação.
2ª
mudança
Antes:
A autuação já previa a correção da irregularidade. Caso houvesse uma segunda
fiscalização e o problema ainda não tivesse sido corrigido, o empresário
recebia uma nova multa com majoração pela reincidência.
Agora:
Se o empresário não conseguir cumprir a determinação dentro do prazo
estabelecido pelo auditor fiscal ele poderá submeter à apreciação da
fiscalização um plano de trabalho com prorrogação dos prazos, no qual deverá
constar justificativa técnica ou econômica devidamente comprovada e prazos bem
definidos para cada ação. Enquanto vigentes os novos prazos não haverá imposição
de multa.
O
que não muda
Máquinas
que ofereçam risco grave e iminente de acidentes serão imediatamente
interditadas.
Fonte: Ministério do Trabalho
-
Aumenta prazo para corrigir normas de segurança no trabalho
Publicado em
23/01/2017
às
11:00
Fiscalização fixará prazo
de até 12 meses para correção de irregularidades, de acordo com nova instrução
normativa
O Ministério
do Trabalho instaurou procedimento especial para a fiscalização de
condições de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, conforme as
regras da Norma Regulamentadora 12 (NR12).
Com isso,
empresas em dificuldade financeira terão prazo maior para corrigirem problemas
identificados na fiscalização.
De acordo
com instrução normativa publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira
(12/01), a fiscalização fixará prazo de até 12 meses para correção das
irregularidades constatadas durante a inspeção, podendo ser definidos prazos
diferentes de acordo com as exigências.
A norma
prevê ainda que o empregador que comprove inviabilidade técnica ou financeira
para atender os prazos poderá apresentar plano de trabalho com cronograma de
adequação escalonada.
Poderá haver
inclusive planos de trabalho com prazo superior a um ano, que deverão ser
aprovados pela equipe que emitiu a notificação e pela chefia imediata dos
fiscais.
A NR 12 foi
instituída em 2010 e define as medidas de proteção para garantir a saúde e a
integridade física dos trabalhadores que lidam com máquinas e equipamentos.
A norma foi
muito criticada por entidades como a Confederação Nacional da
Indústria (CNI) que alega que muitas exigências são exageradas e a
adequação às regras traz custos elevados para os industriais.
Fonte: Diário do
Comércio
-
Ministério do trabalho incentiva novas tecnologias para segurança do trabalhador da construção civil
Publicado em
16/12/2016
às
11:00
Foco da fiscalização
está voltado para o uso de sistemas alternativos, que foram tema de seminário
realizado pela Superintendência do Trabalho no Rio Grande do Sul.
O Ministério do Trabalho está incentivando a adoção de novas tecnologias
pelas empresas de construção civil no Rio Grande do Sul para aumentar a
segurança dos trabalhadores do setor. O objetivo é valorizar o uso de
equipamentos e sistemas de proteção alternativos, além de focar a fiscalização
em aspectos como organização do trabalho nos canteiros de obra, gestão de
segurança e saúde, uso de novas opções tecnológicas e de dispositivos que
minimizam o risco de queda nas construções.
Esses itens foram discutidos nesta semana, em Porto Alegre, durante o 4º
Seminário Segurança e as Novas Tecnologias na Construção Civil, que faz parte
da série Diálogos com a Auditoria do Trabalho promovida pela Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul (SRTE/RS). Cerca de 300
auditores do Ministério do Trabalho, engenheiros, técnicos em segurança do
trabalho, enfermeiros e pessoal de recursos humanos participaram do encontro
com o objetivo divulgar e debater novos conceitos na defesa do trabalhador.
A série discute a incorporação tecnológica, não apenas com foco na
produção e qualidade industrial, mas também quanto a possíveis impactos sobre a
saúde dos trabalhadores. "A escolha de uma determinada opção, sem levar em
conta os potenciais impactos sobre a saúde e o meio ambiente, pode ser
trágica", afirma o coordenador do projeto de Construção Civil da Seção de
Segurança e Saúde no Trabalho da SRTE/RS, Luís Carlos Rossi Bernardes.
Segundo ele, é preciso "apresentar o novo e questionar as práticas
bolorentas e inseguras, ainda aplicadas na construção civil brasileira", para
atingir um patamar aceitável de respeito à integridade dos trabalhadores. Nesse
sentido, um dos exemplos citados no seminário foi o da substituição das bandejas
de proteção por andaimes fachadeiros, modernos e muito mais seguros.
Também foi destaque o problema da utilização de telhas e outros
artefatos de fibrocimento com amianto, que pode causar câncer. A meta é ampliar
o uso de materiais alternativos, como as fibras sintéticas de EVA, mais seguras
diante das evidências de carcinogenicidade do amianto. "Hoje, a população de
trabalhadores mais exposta ao carcinógeno é exatamente a da construção civil",
lembra Bernardes.
O superintendente Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, Joaquim
Viana Cardinal, destacou que a presença de representantes de diversas áreas,
interessados em discutir a segurança do trabalhador da construção civil,
demonstra a importância da auditoria do Ministério do Trabalho. "Precisamos
aumentar o diálogo com a sociedade sobre estes temas. É necessário disseminar
amplamente estes assuntos", declarou.
O seminário teve apoio da Associação Gaúcha dos Auditores Fiscais do
Trabalho (Agitra) e da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs).
Fonte:
Ministério do Trabalho/
Assessoria de Imprensa/Daniel Hirschmann.
-
NR-12 ganha novas regras e novos prazos para micro e pequenas empresas do setor de alimentos
Publicado em
24/09/2016
às
13:00
Mudanças
foram anunciadas pelos ministros do Trabalho, Ronaldo Nogueira e da Indústria,
Marcos Pereira
Os
ministros do Trabalho, Ronaldo Nogueira e da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços, Marcos Pereira, anunciaram, alterações na Norma Regulamentadora
Número 12 (NR-12) e concessão de prazos para micro e pequenas empresas do setor
alimentício. As mudanças valem para os setores de panificação, confeitaria,
açougue, mercearia, bares e restaurantes. Com isso, empresários ganham tempo
para adequar máquinas e equipamentos às exigências da norma, que trata de
segurança no trabalho.
Em
encontro, que ocorreu na sede do Ministério do Trabalho, Ronaldo Nogueira e
Marcos Pereira, assinaram também portaria que cria Grupo de Trabalho
Interministerial, para Certificação de Máquinas e Equipamentos, em conformidade
com a NR 12.
Durante
a 86ª Reunião da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), que reúne
representantes dos trabalhadores, empregadores e governo, o ministro do
Trabalho também assinou outras três portarias. Com a medida, também estão sendo
revisados artigos e anexos das NRs 34 (Construção e Reparação Naval), 35
(Trabalho em Altura) e 9 ( Postos Revendedores de Combustível).
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira enfatizou que as mudanças são resultado
do consenso obtido após intensos debates do Ministério com empregadores e
trabalhadores, no âmbito da CNTT. "A Comissão tem feito um trabalho para o
Brasil, construindo soluções. Uma demonstração de maturidade, que cria um
ambiente de revisão das normas, de acordo com a realidade do país, sem prejuízo
à proteção dos trabalhadores", salientou.
Já
o ministro da Indústria, Marcos Pereira, ressaltou que a revisão da NR 12, é um
pleito constante de empresários. "Por isso é tão importante estar aqui hoje,
isso mostra que o governo que estamos construindo, o governo do Presidente Michel
Temer, dialoga bem com a sociedade", disse. Para o ministro, "é
fundamental a construção de consenso por meio do diálogo, para pacificar as
discussões em torno das normas regulamentadoras", afirmou Marcos Pereira.
Na
avaliação do coordenador da bancada dos trabalhadores, Washington dos Santos,
as portarias ratificam o consenso, "porque fazem as adequações necessárias à
aplicação das normas regulamentadoras". Já o representante da bancada dos
empregadores, Clóvis Veloso, acentuou a preocupação crescente das empresas, com
a segurança e saúde do Trabalho "que está entre os cinco principais temas, das
grandes empresas do país".
A
CTPP aprovou nos últimos 18 meses, três portarias de revisão da NR 12, com
significativos avanços, inclusive, concedendo tratamento diferenciado para
microempresas e empresas de pequeno porte.
Normas
regulamentadoras -
De acordo com o coordenador-geral de
Normatização do Ministério do Trabalho, Rômulo Machado, as demais alterações
previstas nas portarias, se referem ao aperfeiçoamento da NR 34, que trata das
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação
Naval. Já a revisão da NR 35, trata da segurança em Equipamentos de Proteção
Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem e a revisão da NR 9, aperfeiçoa
a segurança na Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos Revendedores de
Combustíveis (PRC) e no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),
incluindo a obrigatoriedade da adoção do sistema de recuperação de vapores de
gasolina.
Fonte: Assessoria de
Imprensa do
Ministério
do Trabalho
-
Criado aplicativo sobre segurança e saúde no trabalho
Publicado em
03/06/2016
às
15:00
A
ferramenta é um jogo de perguntas e respostas e pode ser baixada gratuitamente
pela internet
Com
o objetivo de levar informações sobre Segurança e Saúde no Trabalho (SST) para
um maior número de pessoas, a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) criou um aplicativo de celular.
O SST Fácil traz uma série de perguntas, divididas por temas, e permite a
interação entre os usuários. A ferramenta está disponível em Android e, em
breve, estará também estará disponível em iOS.
"Acreditamos
que por meio de uma linguagem simples e acessível, adaptada à proposta do
aplicativo, temas e conhecimentos trabalhados e produzidos pela Fundacentro
possam alcançar mais pessoas e aproximar mais a sociedade civil da
instituição", aponta o coordenador do Projeto Difusão de Conteúdos Educativos e
Técnico-Científicos em SST em Plataformas Mobile, Cleiton Faria Lima.
O
aplicativo funciona como um jogo de desafio, com perguntas e respostas. Na
medida em que o usuário responde as questões, desbloqueia as fases seguintes.
Há possibilidade de solicitar pistas e, ao final de cada etapa, ele ganha
moedas virtuais para usar nas fases seguintes.
"O
objetivo não é testar conhecimentos prévios e sim conduzir o usuário à
apropriação de conhecimentos. Está aliado ao conceito de que o papel do
educador é mediar. É um trabalho de mediação entre o educador Fundacentro e o
educando usuário, na perspectiva da educação não-formal", afirma o chefe de
ações educativas da instituição, Jefferson Peixoto.
Os
temas apresentados, inicialmente, são: conceitos básicos em SST; transporte -
motoboys e caminhoneiros; educação - SST nas escolas e jovem aprendiz;
ergonomia; e segurança química - benzeno. Novos conteúdos serão inseridos ao
longo do ano.
Fonte: Assessoria
de Imprensa/
Ministério
do Trabalho
-
SEGURANÇA NO TRABALHO
Publicado em
05/01/2016
às
11:00
Com
o objetivo de aprimorar a legislação para melhorar a segurança no trabalho em
máquinas e equipamentos, foi publicada em 27 de junho de 2015, no D.O.U. a
Portaria nº 12 (NR-12).
Esta
Portaria é resultado do consenso obtido após intensos debates do Ministério do
Trabalho e Emprego com empregadores no âmbito da Comissão Nacional Tripartite
Temática da NR12 e da Comissão Tripartite Paritária Permanente.
Acesse
o texto completo da Portaria TEM-nº857/2015, através do link:
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/ORGAOS/MTE/Portaria/P857_15.html
Fonte:
Pontual/Amarildo
-
Segurança no Trabalho: NR 35
Publicado em
21/08/2015
às
13:00
A NR
35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em
altura, um das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais que
envolvem quedas de trabalhadores em diferentes setores. Os riscos para esses
tipos de acidentes existem em vários ramos de atividades e em diversos tipos de
tarefa. Os pontos de ancoragem são instalados com vistas à segurança dos
profissionais de alpinismo industriais, que utilizam andaimes e cadeiras
suspensas.
Fonte: Assessoria
de Imprensa/MTE
-
Alterados procedimentos de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos
Publicado em
07/07/2015
às
13:00
Com o
objetivo de aprimorar a legislação para melhorar a segurança no trabalho em
máquinas e equipamentos, foi publicada no Diário Oficial da União, Portaria Nº
857 que altera a Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12). A Portaria é resultado do
consenso obtido após intensos debates do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
com empregadores e trabalhadores no âmbito da Comissão Nacional Tripartite
Temática da NR12 e da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP).
O
ministro Manoel Dias se empenhou para essa alteração e afirmou que sua
prioridade é atualização e modernização dos processos. "Desde que cheguei ao
Ministério estamos procurando atualizar a discussão e modernizar a
interpretação da legislação em pontos que são importantes como as máquinas e
equipamentos", afirmou Dias.
Para o
ministro foi importante o debate tripartite e a participação das bancadas para
a publicação. "Depois de um longo prazo, saliento a contribuição das bancadas
dos trabalhadores e empregadores. Essa participação fortalece o tripartismo que
apoiamos no Ministério do Trabalho", concluiu.
As
principais inovações da Portaria foram: o tratamento diferenciado para
microempresas e empresas de pequeno porte nas obrigações de capacitação,
reconstituição de manual de instruções de máquinas antigas e elaboração de
inventário e o corte temporal em relação a tensão de operação dos componentes
de partida, parada, acionamento e outros controles que compõem a interface de
operação das máquinas
Outras
mudanças foram exclusão da expressão 'falha segura' do texto da Norma e do
Glossário, com substituição pelo conceito de 'estado da técnica'; dispensa do
cumprimento dos requisitos da NR-12 a máquinas e equipamentos de fabricação
nacional destinados à exportação; e permissão expressa da movimentação de
máquinas e equipamentos que não atendem à NR 12 fora das instalações da empresa
para reparos, adequações, modernização tecnológica, desativação, desmonte e
descarte.
A
Portaria está disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/2015.htm
Fonte: Assessoria
de Imprensa/MTE
-
Norma amplia segurança no uso de produtos químicos
Publicado em
29/05/2015
às
17:00
A
norma também esclarece que os saneantes domésticos continuam seguindo as regras
da Anvisa
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou, nesta sexta-feira (29), a
Portaria n° 704, que padroniza os procedimentos de controle e rotulagem de
produtos químicos usados nos locais de trabalho. A Norma Regulamentadora Nº 26
(NR26) determina que esses agentes devem ser classificados quantos aos perigos
para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios
estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem
de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Conhecido
pela sigla GHS, em inglês, o sistema é um padrão técnico desenvolvido para
definir os perigos específicos de cada produto químico e os critérios de
classificação a partir dos dados disponíveis sobre os agentes químicos e seus perigos
já definidos, além de organizar e facilitar a comunicação feita por meio dos
rótulos.
A
portaria também permitiu que, no caso da rotulagem dos saneantes -
detergentes, desinfetantes e outros produtos de limpeza usados em residências
ou locais de trabalho - sejam aplicadas as normas da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte:
Assessoria de Imprensa/MTE
-
Ministério do Trabalho emite Nota de Esclarecimento sobre a NR 12
Publicado em
01/07/2014
às
17:00
Em
razão de notícias divulgadas pela imprensa, o Ministério do Trabalho e Emprego
esclarece que não foi publicado nenhum ato suspendendo a fiscalização ou a
vigência da NR 12 ou de qualquer outra Norma Regulamentadora.
A NR
12, principal instrumento de prevenção de acidentes com máquinas e equipamentos
no Brasil, está fundamentada na Constituição Federal, na Consolidação das Leis
do Trabalho e em instrumentos internacionais ratificados pelo Brasil.
A
revisão do texto da Norma está em discussão no âmbito da Comissão Nacional
Tripartite Temática, composta por representantes do governo, trabalhadores e
empregadores, com previsão de conclusão no próximo mês de agosto. O objetivo é
promover a adequação das máquinas e equipamentos à Norma, sem reduzir a
proteção contra acidentes do trabalho.
Todas
as Normas Regulamentadoras permanecem, portanto, em vigor.
Fonte: Ministério do Trabalho e
Emprego.
-
O que é "DORT" ?
Publicado em
22/01/2014
às
12:00
DORT (distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho), é uma síndrome que ataca os nervos, músculos e
tendões, especialmente dos membros superiores e do pescoço.
Em geral, qualquer
trabalhador pode estar sujeito à DORT. Normalmente quem sofre muita pressão
psicológica no trabalho está predisposto ao desconforto ou dor persistente nos
músculos, tendões e outras partes do corpo.
A ergonomia é a ciência
que visa adaptar as condições de trabalho às características do trabalhador.
As posturas inadequadas, que advém de um posto de trabalho mal dimensionado, ou
que não se ajuste às variações antropométricas de cada indivíduo, e os
movimentos repetitivos são alguns dos fatores que mais predispõem o
aparecimento da DORT. No entanto, não se deve esquecer da organização do
trabalho, que eventualmente pode estar por trás desta patologia. Os ritmos
excessivos, a postura rígida, a ausência de pausas.
Dicas importantes para a
prevenção da DORT:
Realize pequenas pausas
rápidas em qualquer atividade que se exerça repetitividade excessiva ou em
postura inadequada por tempo prolongado. Intervalos breves e freqüentes são
mais eficazes para a recuperação do que um período de descanso igual, tomado de
uma só vez. Durante essas pausas faça alguns alongamentos para as áreas de seu
corpo que estiverem executando a tarefa. Cuide para sempre permanecer com uma
boa postura, incluindo a adequação do seu posto de trabalho de acordo com as
características físicas e com sua atividade. Não realizar força nem pressão
exageradas, repetitivas ou frequentes em sua atividade.
DORT é curável,
principalmente nos primeiros estágios. Portanto, procure ajuda.
Base legal: Portaria do MTE nº 3.214/78;
Norma Regulamentadora do MTE nº 17.
CLÓVIS HAHN
Técnico em Segurança do Trabalho
Registro MTE nº 13.426
-
A sua empresa separa os sanitários por sexo?
Publicado em
10/12/2013
às
17:00
A norma regulamentadora do MTE nº 24 disciplina os
preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho,
especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas,
alojamentos e água potável, visando à higiene dos locais de trabalho e à saúde
dos trabalhadores.
Nesta
matéria quero comentar sobre as instalações sanitárias nos locais de trabalho.
Devem ser observados os seguintes aspectos:
As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo, independentemente
do número de trabalhadores que sua empresa contrate. É considerada satisfatória
a metragem de 1,00m2 (um metro quadrado), para cada sanitário, por 20 (vinte)
operários em atividade. O lavatório deverá ser provido de material para a
limpeza, enxugo ou secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas. Ter
piso e paredes revestidos de material resistente, liso, impermeável e
lavável.
Respeitar tais condições mínimas para que o trabalhador se sinta
confortável no trabalho é uma obrigação que nem sempre é seguida pelos
empregadores. Neste caso, em uma fiscalização no MTE (Ministério do Trabalho e
Emprego) a empresa poderá ser autuada.
Base legal: Portaria do MTE nº 3.214/78; Norma
Regulamentadora do MTE nº 24.
CLÓVIS HAHN
Técnico em Segurança do Trabalho
Registro MTE nº 13.426
-
O que é EPI?
Publicado em
13/11/2013
às
15:00
Segundo a Norma Regulamentadora nº 6,
considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo
ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaça a segurança e a saúde no
trabalho.
A empresa é
obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, exigir o seu uso, orientar e capacitar o empregado
quanto ao uso adequado, acondicionamento e conservação, substituir
imediatamente quando danificado ou extraviado.
Entretanto, é importante ressaltar que não basta o fornecimento do EPI
ao empregado por parte do empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o
empregado de modo a garantir que o equipamento esteja sendo utilizado.
Para a Justiça do Trabalho, o fato de comprovar que o empregado recebeu
o equipamento (por meio de ficha de entrega de EPI), por exemplo, não exime o
empregador do pagamento de uma eventual indenização, pois a norma estabelece
que o empregador deva garantir o seu uso, o que se faz através de fiscalização
e de medidas coercitivas, se for o caso.
Norma Regulamentadora nº 6
Portaria MTE nº 25 de 2001;
Atualização Portaria MTE nº 194 de dezembro de 2006.
CLÓVIS HAHN
Técnico em Segurança do Trabalho
Registro MTE nº 13.426
-
Espaço Confinado
Publicado em
08/10/2013
às
17:00
Espaço
Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída. Vou citar alguns
exemplos de espaço confinado: porões de navios, tanques, silos, asa de
aeronave, caminhão tanque, esgotos, etc...
Para trabalhar
nestes locais requer planejamento, técnicas e equipamentos diferenciados, esta
atividade oferece riscos físicos, biológicos, mecânicos e orgânicos, que podem
provocar acidentes graves, incluindo lesões, amputações de membros e morte dos
trabalhadores.
No espaço confinado,
a deficiência de oxigênio pode levar os profissionais a óbito por asfixia. Sem contar
os riscos de choque elétrico, queda, desabamento, soterramento e ataque de
animais ou insetos agressivos. Com tantas ameaças presentes, nem o uso de todos
os equipamentos disponíveis garante segurança completa dos trabalhadores.
Portanto, cabe ao
empregador, conforme a Norma Regulamentadora, tomar alguns cuidados com
proteção do trabalhador, como por exemplo:
Identificar os
espaços confinados existentes no estabelecimento; interromper todo e qualquer tipo
de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e iminente;
procedendo ao imediato abandono do local; garantir informações atualizadas sobre
os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaços confinados;
entre outros.
O trabalho em espaço
confinado nunca será executado individualmente e sim por uma equipe, formada
por Supervisores de Entrada, Vigia e os trabalhadores que irão executar o
trabalho no espaço confinado. Estes trabalhadores deverão ter treinamento em
espaços confinados a cada 12 meses, com carga horária mínima de 8 horas.
Norma
Regulamentadora nº 33
Portaria MTE nº 202
de dezembro de 2006;
Atualização Portaria
MTE nº 1.409 de agosto de 2012.
CLOVIS HAHN
Técnico em Segurança
do Trabalho
Registro MTE nº 13.426
-
TRABALHO EM ALTURA
Publicado em
20/08/2013
às
13:00
O trabalho em altura é toda atividade executada acima de dois metros do
nível inferior em que há risco de queda. A regra vale também para indústria e a
área de transmissão e de energia elétrica.
A medida
foi necessária para proteção de quem trabalha nas alturas, tendo em vista a
estimativa de que cerca de 40% dos acidentes de trabalho estão associados à
queda e aproximadamente 25% das mortes são decorrentes de acidentes.
Segundo a
norma do Ministério do Trabalho, durante a capacitação, os operários vão passar
por treinamento prático e teórico, com duração mínima de oito horas, com o
respectivo registro em planilha, identificando os participantes e com a
assinatura dos mesmos. O curso vai incluir informações sobre o uso de
equipamentos de segurança, os riscos da atividade na altura e como proceder em
situações de emergência. Caso estas obrigações não sejam cumpridas, os
trabalhadores poderão se recusar a exercer a atividade.
Os
empregadores ainda terão de avaliar o estado de saúde dos empregados, que só
vão poder trabalhar se forem aprovados nos exames médicos e psicológicos.
O
empregador que descumprir a regra pode receber multa do Ministério do Trabalho
e Emprego. E, em casos mais graves, ter o empreendimento interditado ou a obra
embargada.
Legislação:
Portaria SIT nº 313, de 23/03/2012
Norma
Regulamentadora nº 35
Fonte dos
percentuais: mte.gov.br
CLÓVIS HAHN
Técnico em
Segurança do Trabalho
Registro
MTE nº 13.426
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Justiça entende que empresa deve fiscalizar segurança de empregados
Publicado em
16/08/2013
às
13:00
A
Justiça do Trabalho tem sido rigorosa na análise de pedidos relacionados a
acidentes de trabalho. Se por um lado tem responsabilizado a empresa que não
fiscaliza o uso de equipamento de proteção individual (EPI), por outro tem
mantido as demissões por justa causa de funcionários que comprovadamente se
recusam a utilizá-los.
Os equipamentos são
obrigatórios em atividades que envolvam riscos de acidente ou possam ser
prejudiciais à saúde, como nas áreas de engenharia, construção, telefonia e
frigoríficos.
O Tribunal Regional
do Trabalho (TRT) da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, ao entender que houve
descaso de uma empresa de engenharia no controle do uso do equipamento de
proteção individual de seus funcionários, condenou a companhia a indenizar um
pedreiro em R$ 25 mil por danos morais e materias. Além do pagamento de pensão
pelo período em ficou parado.
Segundo o processo,
o pedreiro caiu do segundo andar de uma obra por estar sem o cinturão de
segurança. Com a queda, o trabalhador fraturou a clavícula e o punho esquerdo e
ficou afastado do trabalho por sete meses.
A empresa alegou que
a culpa pelo acidente era exclusivamente do trabalhador, pois os equipamentos
de proteção individual, cintos e cordas, estavam à disposição dos empregados,
com ordem de uso sempre que o trabalho fosse realizado em altura. Os desembargadores
entenderam, porém, ser obrigação da companhia fiscalizar o uso do equipamento.
Segundo o advogado,
"a empresa que não fiscaliza o uso do equipamento por seus funcionários
assume o risco de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais". A
consequência, é a possibilidade de ser responsabilizada pelo pagamento de dano
moral, material, estético e pensão vitalícia. Se os procedimentos de controle
do uso dos EPI são observados, esse risco pode ser minimizado, diz o advogado.
Por outro lado, o
trabalhador que não usa o equipamento pode ser por demitido justa causa. A
recusa configuraria, segundo a Justiça, um ato de insubordinação do empregado,
um dos motivos previstos no artigo 482 da CLT para esse tipo de dispensa.
Foi o que ocorreu em
uma recente decisão da 11ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região,
em São Paulo. A turma foi unânime ao manter a demissão por justa causa de um
instalador de uma empresa de telefonia. Ele se recusou a usar o capacete de
proteção ao efetuar reparos em linhas telefônicas, nas caixas aéreas fixadas
nos postes da concessionária de energia elétrica.
O trabalhador alegou
que se recusou porque ele estava machucado e que a demissão por justa causa foi
uma punição desproporcional. Os desembargadores entenderam que a justa causa
estaria suficientemente provada. Segundo o processo, em menos de seis meses,
ele chegou a ser advertido duas vezes por trabalhar sem o capacete. A empresa
também chegou a fotografar o funcionário trabalhando sem proteção. Na decisão,
foi ressaltado que o trabalhador já havia sido suspenso por outras
irregularidades.
A relatora,
desembargadora Cláudia Zerati, afirma na decisão que "não se poderia
esperar da empregadora maior tolerância. Segundo ela, o funcionário colocou em
xeque a autoridade do empregador, a normalidade da atividade da empresa e,
"pior, a sua própria segurança."
Outra advogada
ressalta que mesmo na hora de demitir por justa causa, muitas companhias ainda
não sabem como munir-se de provas para evitar que a medida seja revertida pela
Justiça e interpretada com uma punição desproporcional.
Para assegurar que a
demissão seja mantida pela Justiça, é preciso, segundo os advogados Moreira e
Priscilla, que a empresa siga determinados procedimentos. Entre eles, que a
companhia faça o empregado assine um comprovante de que recebeu o equipamento.
Se ocorrer a recusa, ele deve ser advertido primeiro verbalmente, depois por
escrito, pelo menos duas vezes. Em uma eventual recorrência, o empregado deve
ser suspenso. Se insistir em não usá-lo, a justa causa pode ser aplicada.
"Nesse caso foram dados vários alertas e mesmo assim o funcionário
insistiu no erro", diz. Segundo a advogada, a maioria das companhias
sequer comprova que forneceu os equipamentos.
Uma especialista em
direito trabalhista, que assessora uma empresa do setor de fabricação de papel,
aguarda o desfecho de um caso sobre o tema. O funcionário foi demitido pela
recusa em utilizar o equipamento de segurança. A empresa pretende manter a
justa causa com provas testemunhais, mas ainda não há decisão. Segundo a
advogada, há julgados que entendem que a justa causa só pode ser mantida, caso
o funcionário tenha sido advertido anteriormente. Porém, há outros que mantêm a
justa causa mesmo que o empregado se recuse a usar o equipamento uma só vez. "Tudo
vai depender do caso e do risco envolvido. Até porque a recusa atenta contra a
saúde do trabalhador".
Fonte: Valor Econômico.
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Normas Regulamentadoras da Construção Civil e de outras Atividades entram em consulta pública
Publicado em
08/06/2013
às
15:00
Documentos estabelecem parâmetros de segurança e
saúde nos setores de petróleo e construção civil
A Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério
do Trabalho e Emprego (SIT/MTE) abriu para Consulta Pública as Normas
Regulamentadoras (NRs), referentes ao trabalho em plataformas de petróleo e na
construção civil. Os interessados têm até o dia 22 de julho para apresentar
suas propostas. Os textos estão disponíveis no endereço: http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm.
As NRs são obrigatórias em todos os locais de
trabalho e têm por objetivo estabelecer medidas que garantam trabalho seguro e
sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes, de maneira que o
trabalhador volte saudável para sua casa após seu dia de trabalho. Busca-se,
por meio da revisão das NRs, manter a legislação de Segurança e Saúde no
Trabalho atualizada frente aos avanços tecnológicos e a dinâmica do mundo do
trabalho.
Atualmente, além das NR do trabalho em plataformas
de petróleo e construção civil, existem outras três normas disponíveis para
consulta pública, no Portal do MTE: http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm.
São elas:
· Anexo III
da NR-16 (Atividades e Operações Perigosas com Exposição Permanente a
Roubos ou Outras Espécies de Violência Física, disponível até 17/06);
· NR-13
(caldeiras, vasos de pressão e tubulações, disponível até 17/06);
· Anexo IV da
NR-16 (Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica, disponível, até
27/06).
Fonte: Assessoria de Comunicação Social/MTE.
-
Norma do trabalho em altura em vigor em 27/09/2012
Publicado em
26/09/2012
às
17:30
MTE fiscaliza a regulamentação da NR-35 que dita normas ao trabalho em ambientes com altura superior a 2 metros
Começa a valer a partir desta quinta-feira (27/09/2012) a Norma Regulamentadora nº 35, que trata sobre trabalho em altura e define os requisitos e medidas de proteção para os trabalhadores que atuam nessas condições. A NR-35 foi publicada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho em março desse ano e tinha um prazo de 6 meses para que as empresas pudessem se adaptar às suas exigências.
"Na norma estão descritos e regulamentados o planejamento, a organização e a execução das tarefas de forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente", explica o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Rinaldo Marinho Costa Lima.
Para Marinho, a NR 35 preenche uma lacuna, pois as medidas de proteção contra queda de altura eram previstas apenas em normas específicas de segmentos econômicos, como a construção e a indústria naval. "Com a nova Norma, as obrigações agora alcançam todas as empresas, incluindo diversos setores industriais e segmentos como o de telecomunicações e energia elétrica, que utilizam trabalho em altura", avalia.
Segundo o diretor, a NR 35 é uma importante ferramenta de prevenção de acidentes de trabalho. "Estima-se que as quedas estejam presentes em 40% dos acidentes de trabalho. Agora que a Norma está aprovada e publicada, o desafio é garantir sua efetiva aplicação nos ambientes de trabalho e o principal instrumento que temos para alcançar este objetivo é a inspeção do trabalho, mas precisamos contar também com o apoio dos empregadores, trabalhadores, sindicatos e profissionais da área", afirma Marinho.
Obrigações - A principal obrigação do empregador prevista na NR 35 é de implementar em sua empresa a gestão do trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a adoção de medidas técnicas para evitar a ocorrência ou minimizar as consequências das quedas de altura. Essa gestão envolve, além das medidas técnicas, como a análise de risco da atividade, a implementação de um programa de capacitação. Já por parte dos trabalhadores, a principal obrigação é de colaborar com o empregador na aplicação dessas medidas.
Fiscalização - Com o fim do prazo previsto para adaptação, os auditores fiscais do trabalho farão inspeção em estabelecimentos verificando o cumprimento do disposto na NR 35. O descumprimento da Norma pode gerar punição as empresas, como autos de infração e nas situações de risco grave e iminente de acidentes pode haver interdição. A multa por não cumprir normas de segurança e saúde no trabalho varia em razão da gravidade da infração e do porte da empresa, podendo ir de R$ 402,23 a R$ 6.078,09 por infração.
O Capítulo 3 e o item 35.6.4 que tratam sobre a capacitação e treinamento passam a valer a partir de 27/03/2013. Conheça a íntegra da NR35 no link:
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A38CF493C0139068E6387578E/NR-35%20(Trabalho%20em%20Altura).pdf
Fonte: Assessoria de Comunicação Social - MTE.
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Norma do trabalho em altura em vigor dia 27/09/2012
Publicado em
23/09/2012
às
11:00
MTE fiscaliza, a partir de quinta-feira (27), a regulamentação da NR-35 que dita normas ao trabalho em ambientes com altura acima de 2 metros
Começa a valer a partir de quinta-feira (27) a Norma Regulamentadora nº 35, que trata sobre trabalho em altura e define os requisitos e medidas de proteção para os trabalhadores que atuam nessas condições. A NR-35 foi publicada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho em março desse ano e tinha um prazo de 6 meses para que as empresas pudessem se adaptar às suas exigências.
"Na norma estão descritos e regulamentados o planejamento, a organização e a execução das tarefas de forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente", explica o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Rinaldo Marinho Costa Lima.
Para Marinho, a NR 35 preenche uma lacuna, pois as medidas de proteção contra queda de altura eram previstas apenas em normas específicas de segmentos econômicos, como a construção e a indústria naval. "Com a nova Norma, as obrigações agora alcançam todas as empresas, incluindo diversos setores industriais e segmentos como o de telecomunicações e energia elétrica, que utilizam trabalho em altura", avalia.
Segundo o diretor, a NR 35 é uma importante ferramenta de prevenção de acidentes de trabalho. "Estima-se que as quedas estejam presentes em 40% dos acidentes de trabalho. Agora que a Norma está aprovada e publicada, o desafio é garantir sua efetiva aplicação nos ambientes de trabalho e o principal instrumento que temos para alcançar este objetivo é a inspeção do trabalho, mas precisamos contar também com o apoio dos empregadores, trabalhadores, sindicatos e profissionais da área", afirma Marinho.
Obrigações - A principal obrigação do empregador prevista na NR 35 é de implementar em sua empresa a gestão do trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a adoção de medidas técnicas para evitar a ocorrência ou minimizar as consequências das quedas de altura. Essa gestão envolve, além das medidas técnicas, como a análise de risco da atividade, a implementação de um programa de capacitação. Já por parte dos trabalhadores, a principal obrigação é de colaborar com o empregador na aplicação dessas medidas.
Fiscalização - Com o fim do prazo previsto para adaptação, os auditores fiscais do trabalho farão inspeção em estabelecimentos verificando o cumprimento do disposto na NR 35. O descumprimento da Norma pode gerar punição as empresas, como autos de infração e nas situações de risco grave e iminente de acidentes pode haver interdição. A multa por não cumprir normas de segurança e saúde no trabalho varia em razão da gravidade da infração e do porte da empresa, podendo ir de R$ 402,23 a R$ 6.078,09 por infração.
O Capítulo 3 e o item 35.6.4 que tratam sobre a capacitação e treinamento passam a valer a partir de 27/03/2013. Conheça a íntegra da NR35 no link:
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A38CF493C0139068E6387578E/NR-35%20(Trabalho%20em%20Altura).pdf
Fonte: Assessoria de Comunicação Social - MTE.
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Trabalho em altura - Disposições Legais
Publicado em
20/06/2012
às
16:00
A Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) emitiu a Portaria 313/2012, disciplinando o trabalho em altura.
Da referida portaria, destaca-se:
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
· Cabe ao empregador:
a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas na referida Norma;
b) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
c) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
d) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;
e) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
· Cabe aos trabalhadores:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
· Capacitação e Treinamento
O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura.
O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) mudança de empresa;
O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador.
O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.
O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.
Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável.
O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.
· Planejamento, Organização e Execução
Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que:
a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;
b) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.
A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador.
A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.
No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.
Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.
· Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem
Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.
Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.
Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.
O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura.
Abaixo, o texto completo da referida Portaria.
PORTARIA DA SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO - SIT Nº 313 DE 23.03.2012
Aprova a Norma Regulamentadora nº 35 (Trabalho em Altura).
A Secretária de Inspeção do Trabalho, no uso das atribuições conferidas pelo art. 14, incisos II e XIII do Decreto nº 5.063, de 3 de maio de 2004, em face do disposto nos arts. 155 e 200 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e do art. 2º da Portaria MTb nº 3.214, de 8 de junho de 1978,
Resolve:
Art. 1º. Aprovar a Norma Regulamentadora nº 35 (NR-35), sob o título "Trabalho em Altura", com a redação constante no Anexo desta Portaria.
Art. 2º. Criar a Comissão Nacional Tripartite Temática - CNTT da NR-35 com o objetivo de acompanhar a implantação da nova regulamentação, conforme estabelece o art. 9º da Portaria MTE nº 1.127, de 02 de outubro de 2003.
Art. 3º. As obrigações estabelecidas nesta Norma entram em vigor seis meses após sua publicação, exceto o capítulo 3 e o subitem 6.4, que entram em vigor doze meses após a data de publicação desta Portaria.
Art. 4º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
VERA LÚCIA RIBEIRO DE ALBUQUERQUE
ANEXO
NR-35 TRABALHO EM ALTURA
35.1. Objetivo e Campo de Aplicação
35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.
35.2. Responsabilidades
35.2.1 Cabe ao empregador:
a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;
b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.
35.2.2 Cabe aos trabalhadores:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
35.3. Capacitação e Treinamento
35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura.
35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) análise de risco e condições impeditivas;
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;
f) acidentes típicos em trabalhos em altura;
g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.
35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) mudança de empresa.
35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador.
35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas "a", "b", "c" e "d", a carga horária e o conteúdo programático devem atender a situação que o motivou.
35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa.
35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.
35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.
35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.
35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável.
35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.
35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.
35.4. Planejamento, Organização e Execução
35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado.
35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa.
35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que:
a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;
b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação;
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.
35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador.
35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.
35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.
35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.
35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.
35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:
a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas;
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
j) as condições impeditivas;
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
l) a necessidade de sistema de comunicação;
m) a forma de supervisão.
35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no respectivo procedimento operacional.
35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no mínimo:
a) as diretrizes e requisitos da tarefa;
b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e) as condições impeditivas;
f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g) as competências e responsabilidades.
35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho.
35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho.
35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.
35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:
a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.
35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.
35.5. Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem
35.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.
35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos adicionais.
35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.
35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.
35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:
a) na aquisição;
b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.
35.5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais.
35.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem.
35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.
35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.
35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.
35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:
a) fator de queda for maior que 1;
b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.
35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:
a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;
b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.
35.6. Emergência e Salvamento
35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura.
35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.
35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências.
35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano de emergência da empresa.
35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
Glossário
Absorvedor de energia: dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador e sistema de segurança durante a contenção da queda.
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas de controle.
Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da freqüência, que fazem parte do processo de trabalho da empresa.
Cinto de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolto nas coxas.
Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.
Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá detê-lo.
Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das medidas de proteção, para segurança das pessoas, cujo controle não é possível implementar de forma antecipada.
Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de medidas de controle visando o desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate.
Ponto de ancoragem: ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexão de dispositivos de segurança, tais como cordas, cabos de aço, trava-queda e talabartes.
Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em altura, específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.
Sistemas de ancoragem: componentes definitivos ou temporários, dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu Equipamento de Proteção Individual, diretamente ou através de outro dispositivo, de modo a que permaneça conectado em caso de perda de equilíbrio, desfalecimento ou queda.
Suspensão inerte: situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança, até o momento do socorro.
Talabarte: dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.
Trabalhador qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua atividade em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino.
Trava-queda: dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
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Previdência Social cobra ressarcimento de empresas imprudentes
Publicado em
27/05/2012
às
14:00
A Previdência Social está cobrando, administrativa e até judicialmente, das empresas que seus empregados sofrem doenças ou acidentes de trabalhos ocasionados pela negligência destas quanto ao fornecimento de condições adequadas de trabalho (equipamentos de segurança, iluminação ventilação, etc.)
A cobrança visa ressarcir a Previdência Social quanto ao pagamento de benefícios de auxílio-doença e auxilio acidente de trabalho, entre outros.
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Lançado o Plano de Saúde e Segurança no Trabalho
Publicado em
11/05/2012
às
16:00
A educação continuada é uma das diretrizes do Plansat
O Brasil conta agora com mais um instrumento para promover a segurança e a saúde do trabalhador. Trata-se do Plano Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho (Plansat), lançado pelos ministérios da Previdência Social, Saúde e Trabalho e Emprego, durante as comemorações do Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho. O plano foi elaborado pela Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST), que conta com representantes do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores.
A diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, ressalta que "Não se pode falar em trabalho decente sem um foco central em saúde e segurança no trabalho. Mais uma vez o Brasil, com esse plano, mostra que está fazendo um esforço grande para transformar isso tudo em realidade".
O dia 28 de abril é marcado, em todo o mundo, pela defesa de um ambiente de trabalho seguro e com qualidade. A data faz referência à explosão de uma mina que matou 78 mineiros, há 40 anos, na cidade de Farmington, estado da Virgínia, nos Estados Unidos, o que a transformou no Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também instituiu, em 2003, a data como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.
Já o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, assinalou os resultados de ações conjuntas de governo: "Em 2012, a área de fiscalização em saúde e segurança no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizou, aproximadamente, 540 empresas por dia. Ao final do ano, teremos fiscalizado mais de 130 mil empresas. A ação conjunta do governo vem produzindo resultados. Temos que promover a conscientização do empregador que, em função do lucro, não se pode abrir mão da segurança do trabalhador. E conscientizar o trabalhador para que use o equipamento de segurança, mesmo que este seja incômodo".
Conheça o Plansat - O Plano Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho é composto por oito objetivos e dividido em tarefas de curto, médio e longo prazos, além de um conjunto de tarefas de caráter permanente. A educação continuada é uma das diretrizes do Plansat e prevê a inclusão de conhecimentos básicos em prevenção de acidentes e Saúde e Segurança no Trabalho no currículo do ensino fundamental e médio da rede pública e privada.
"O Plansat veio para melhorar a cada dia o nosso ambiente de trabalho. Que nós tenhamos a oportunidade de, no próximo ano, vislumbrar os efeitos desse plano com a redução no número de acidentes de trabalho. Que a gente possa ser um agente de transformação e melhoria", destacou a secretária-executiva adjunta do Ministério da Previdência Previdência Social, Elisete Berchiol Da Silva Iwai.
A política foi elaborada por uma Comissão Tripartite formada por representantes do governo, das principais organizações que representam empregadores (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e Confederação Nacional do Transporte) e dos trabalhadores (Central Única dos Trabalhadores, Central-Geral dos Trabalhadores do Brasil, Força Sindical, Nova Central Sindical dos Trabalhadores e União Geral dos Trabalhadores). A formalização se deu por Decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff, no dia 7 de novembro de 2011 (Decreto nº 7.602).
O esforço conjunto está de acordo com a Convenção n.º 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que dispõe sobre Segurança e Saúde dos Trabalhadores e o Meio Ambiente de Trabalho e estabelece o dever do Estado-Membro de elaborar uma política nacional sobre o tema; e com o Plano de Ação Mundial sobre a Saúde dos Trabalhadores da Organização Mundial da Saúde (OMS), que reforça a necessidade de uma política com coordenação intersetorial das atividades na área. A execução das diretrizes está embasada na atuação dos órgãos governamentais envolvidos por meio de plano de ações.
Para a rotina do trabalhador, por exemplo, serão adotados dispositivos legais e princípios comuns de saúde e segurança no trabalho (SST) para todos os trabalhadores (do setor público e privado), independentemente de sua inserção no mercado, com elaboração, aprovação, implementação e fiscalização conjunta do poder público, em processo dialogado com as organizações dos empregadores e dos trabalhadores.
Comissao tripartite - Instituída em 2008, a Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho é composta paritariamente por representações de governo, trabalhadores e empregadores, e atua para assegurar a ação coerente do Estado na promoção do trabalho seguro e saudável e na prevenção dos acidentes e doenças relacionados ao trabalho. A coordenação é efetuada pelos representantes de governo, em sistema de rodízio anual.
Em sua composição estão representados os três ministérios (Trabalho e Emprego, Previdência Social e Saúde), empregadores (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e Confederação Nacional do Transporte) e trabalhadores (Central Única dos Trabalhadores, Central-Geral dos Trabalhadores do Brasil, Força Sindical, Nova Central Sindical dos Trabalhadores e União Geral dos Trabalhadores).
Número de acidentes de trabalho - Em 2010 foram registrados 701.496 acidentes de trabalho, enquanto que em 2009 foram 733.365, uma diminuição de 4,35%. Em relação aos acidentes de trabalho liquidados - cujo processamento se dá no ano em que é concluído todo o processo -, houve redução dos acidentes causadores de incapacidade permanente (de 14.605 em 2009 para 14.097 em 2010). O número de mortes aumentou, passando de 2.560 para 2.712.
Quando analisados por regiões, verifica-se que a maioria dos acidentes registrados ocorreu na Região Sudeste (378.564); vindo em seguida as Regiões Sul (156.853); Nordeste (89.485), Centro-Oeste (47.374) e Norte, com 29.220 acidentes notificados. Vale lembrar que é no Sudeste e no Sul que se concentra o maior número de trabalhadores formalizados do país.
Algumas ações adotadas atualmente no combate aos acidentes de trabalho
. Combate à subnotificação, com a obrigação do INSS de verificar a acidentalidade mediante a checagem dos nexos acidentários das Listas A e B das doenças profissionais e do Trabalho e do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP).
A notificação mais precisa possibilita conhecer melhor a realidade dos ambientes de trabalho e combater de forma mais eficiente as doenças.
. Fator Acidentário de Prevenção, o FAP, é um importante instrumento da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalhado. O fator acidentário é um multiplicador, que varia de 0,5 a 2 pontos, a ser aplicado às alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho.
O FAP varia anualmente e é calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência Social, por empresa. Esta metodologia não trouxe qualquer alteração na contribuição das pequenas e microempresas, já que elas recolhem os tributos pelo sistema simplificado, o Simples Nacional.
A nova metodologia foi aprovada pelo Plenário do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) em 2010 e está em vigor desde janeiro de 2011.
. Desde maio de 2008, há uma atuação conjunta dos Ministérios da Previdência, Trabalho e Saúde, por intermédio da Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST).
Na CTSST, além dos representantes do Governo Federal nas áreas de Previdência, Saúde e Trabalho, há a participação paritária das centrais sindicais e das representações empresariais mais importantes. A comissão está priorizando sua ação no combate às mortes e invalidez permanente nos locais de trabalho em dois setores econômicos mais críticos: indústria da construção civil e transporte.
Fonte: Ag Prev.
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Lançado Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho
Publicado em
29/04/2012
às
15:00
Composto por várias estratégias, Plano pretende integrar ações para melhores condições no ambiente e nas relações de trabalho
Ao participar da solenidade de lançamento do Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho nesta sexta-feira, em Brasilia, o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, destacou a necessidade de garantir mais proteção aos trabalhadores no momento em que o mercado de trabalho pais se fortalece e aumenta. "O Brasil tem crescido e um dos setores mais vibrantes é o da construção civil. Nos últimos anos tivemos um avanço, mas temos que reduzir ainda mais a quantidade de acidentes de trabalho. Esse Plano, construído de forma tripartite, é um marco", disse o ministro.
Para o ministro, a inspeção de segurança e saúde tem sido importante no ambiente laboral. Dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que são realizadas, por dia, cerca de 540 fiscalizações de Segurança e Saúde no Trabalho, mais de 130 mil auditorias por ano no Brasil. "O resultado de todo este trabalho aparece nos indicadores de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. O índice de mortalidade por acidente de trabalho vem sofrendo sucessivas reduções. Mesmo o número absoluto de acidentes por ano, que é sempre pressionado pelo aquecimento da economia e aumento do emprego formal, vem caindo", afirmou o ministro.
O índice de mortalidade por acidente de trabalho (relação entre o número de mortos por acidente para cada grupo de 100 mil trabalhadores), que era de 11,5 em 2003 chegou a 7,4 em 2010. Já o número absoluto de acidentes por ano passou de 756 mil em 2008; 733 mil em 2009; 701 mil em 2010, segundo dados dos Anuários Estatísticos de Acidentes do Trabalho.
Em 2010, conforme números da Previdência Social, foram registrados 701.496 acidentes de trabalho; em 2009, foram 733.365, retração de 4,35%. Para o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, Rinaldo Marinho, a diminuição é resultado das ações públicas para prevenção de acidentes. "Entre 2003 e 2010, houve redução da taxa. Estamos fazendo um trabalho continuo para redução. A ocupação que mais sofre acidentes é a de motorista de caminhão; por atividade econômica, 22% das ações de inspeção em segurança e saúde no trabalho são na industria da construção", informou.
Com o auditório lotado, o lançamento do Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho contou com a presença de representantes do governo, trabalhadores e empregadores, além da Fundacentro, Organização Internacional do Trabalho (OIT), AGU, TST e MPT.
Ao final do evento, houve apresentação dos alunos vencedores do concurso nacional de segurança e saúde no trabalho promovido pelo SESI - categoria música.
Grupo Móvel - O aquecimento da indústria da construção, impulsionado pelas obras de infra-estrutura energética (hidrelétricas, refinarias), logística (portos, estradas e rodovias) e urbana (obras preparatórias para a Copa do Mundo) levou o Ministério do trabalho à criação do Grupo Móvel de Auditoria de Condições de Trabalho em Obras de infra-estrutura, composto por uma equipes de auditores fiscais do Trabalho, responsável pela auditoria de segurança e saúde nas grandes obras. Para 2012, estão programadas mais de 30 operações.
Os dados de acidentes apontam que motorista de caminhão é a ocupação com maior número de acidentes de trabalho fatais no Brasil. O Grupo Especial de Fiscalização de Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (GETRAC) atua com foco na jornada de trabalho e períodos de descanso, visando à prevenção dos acidentes nas rodovias.
Em novembro do ano passado, foi publicado o Decreto que aprova a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST), fruto do esforço conjunto entre os Ministérios da Previdência Social, Saúde e Trabalho e Emprego. O Plano, que é consquencia do decreto, é formado por oito objetivos, dentre eles a adoção de medidas especiais para atividades com alto risco de doença e acidentes, o plano é composto por estratégias que deverão ser cumpridas num período de curto, médio e longo prazo.
Fonte: MTE.
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Trabalho em Altura
Publicado em
05/04/2012
às
17:00
Toda atividade executada acima de 2,00m do nível inferior, onde haja risco de queda, é considerado trabalho em altura. Neste sentido, o MTE publicou a Portaria nº 313/2012 estabeleceu a norma Regulamentadora nº 35 que trata do trabalho em altura.
As principais implementações desta Norma são as seguintes:
-Desenvolver procedimento operacional para atividades em altura;
-A empresa deverá promover capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura;
-A empresa deverá realizar treinamento periódico bienal;
-O trabalhador deverá fazer atestado de saúde ocupacional, onde conste a sua aptidão para trabalhos em altura;
-O empregador deverá fornecer EPI (Equipamento de Proteção Individual), como por exemplo: capacete, cinto de segurança tipo paraquedista, talabarde com dispositivo trava-quedas;
Abaixo o texto da Portaria nº 313/2012 na integra.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
PORTARIA Nº 313, DE 23 DE MARÇO DE 2012 (DOU de 7/03/2012 Seção I Pág. 140)
Aprova a Norma Regulamentadora n.º 35 (Trabalho em Altura).
A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO, no uso das atribuições conferidas pelo art. 14, incisos II e XIII do Decreto n.º 5.063, de 3 de maio de 2004, em face do disposto nos arts. 155 e
200 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, e do art. 2º da Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, resolve:
Art. 1º Aprovar a Norma Regulamentadora n.º 35 (NR-35), sob o título "Trabalho em Altura", com a redação constante no Anexo desta Portaria.
Art. 2º Criar a Comissão Nacional Tripartite Temática - CNTT da NR-35 com o objetivo de acompanhar a implantação da nova regulamentação, conforme estabelece o art. 9º da Portaria MTE n.º 1.127, de 02 de outubro de 2003.
Art. 3º As obrigações estabelecidas nesta Norma entram em vigor seis meses após sua publicação, exceto o capítulo 3 e o subitem 6.4, que entram em vigor doze meses após a data de publicação desta Portaria.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
VERA LÚCIA RIBEIRO DE ALBUQUERQUE
ANEXO
NR-35 TRABALHO EM ALTURA
35.1. Objetivo e Campo de Aplicação
35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.
35.2. Responsabilidades
35.2.1 Cabe ao empregador: a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma; b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT;c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura; d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura,pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas deproteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas decontrole;g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas deproteção definidas nesta Norma;h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição derisco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura; j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma serádefinida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.
35.2.2
Cabe aos trabalhadores:a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive osprocedimentos expedidos pelo empregador;b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constataremevidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas,comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidascabíveis;d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suasações ou omissões no trabalho.
35.3.
Capacitação e Treinamento
35.3.1
O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores àrealização de trabalho em altura.
35.3.2
Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foisubmetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas,cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;b) análise de risco e condições impeditivas;c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção,conservação e limitação de uso;f) acidentes típicos em trabalhos em altura;g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e deprimeiros socorros.
35.3.3
O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrerquaisquer das seguintes situações:a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;d) mudança de empresa.
35.3.3.1
O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas,conforme conteúdo programático definido pelo empregador.
35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas "a", "b", "c" e "d", a carga horária e o conteúdo programático devem atender a situação que o motivou.
35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa.
35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.
35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.
35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.
35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável.
35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.
35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.
35.4. Planejamento, Organização e Execução
35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado.
35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa.
35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que: a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados; b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação; c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e que da de altura, considerando também os fatores psicossociais.
35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador.
35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangênciada autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.
35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia: a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução; b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma; c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.
35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.
35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.
35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar: a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno; b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; d) as condições meteorológicas adversas; e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda; f) o risco de queda de materiais e ferramentas; g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos; h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras; i) os riscos adicionais; j) as condições impeditivas; k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador; l) a necessidade de sistema de comunicação; m) a forma de supervisão.
35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no respectivo procedimento operacional.
35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no mínimo:a) as diretrizes e requisitos da tarefa;b) as orientações administrativas;c) o detalhamento da tarefa;d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;e) as condições impeditivas;f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;g) as competências e responsabilidades.
35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho.
35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho.
35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.
35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.
35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade,restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.
35.5. Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem
35.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.
35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos adicionais.
35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.
35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.
35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções: a) na aquisição; b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.
35.5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados,exceto quando sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência,normas internacionais.
35.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem.
35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.
35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.
35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.
35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações: a) fator de queda for maior que 1;b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.
35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências: a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.
35.6. Emergência e Salvamento
35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura.
35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.
35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências.
35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano de emergência da empresa.
35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar
35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
Glossário
Absorvedor de energia: dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador e sistema de segurança durante a contenção da queda.
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas de controle.
Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da freqüência, que fazem parte do processo de trabalho da empresa.
Cinto de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolto nas coxas.
Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.
Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá detê-lo.
Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das medidas de proteção, para segurança das pessoas, cujo controle não é possível implementar deforma antecipada.
Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de medidas de controle visando o desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate.
Ponto de ancoragem: ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexão de dispositivos de segurança, tais como cordas, cabos de aço, trava-queda e talabartes.
Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em altura, específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.
Sistemas de ancoragem: componentes definitivos ou temporários, dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu Equipamento de Proteção Individual, diretamente ou através de outro dispositivo, de modo a que permaneça conectado em caso de perda de equilíbrio, desfalecimento ou queda.
Suspensão inerte: situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança, até o momento do socorro.
Talabarte: dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.
Trabalhador qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua atividade em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino.
Trava-queda: dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
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Empresa negligente terá que ressarcir INSS
Publicado em
16/08/2008
às
15:00
Ação é ajuizada pela Procuradoria Regional Federal do Rio Grande do Sul
A Procuradoria Regional Federal da 4º Região, em parceria com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ajuizou ação regressiva a favor da instituição, contra empresa da construção civil em Porto Alegre, para obter o ressarcimento de R$ 750 mil. O valor corresponde às parcelas vencidas ou a vencerem de pensão por morte concedida à viúva de segurado falecido, devido à queda de andaime no poço de um elevador.
A Ação Regressiva prevê uma espécie de indenização ao INSS que a empresa paga quando fica provado que o seu empregado foi acidentado ou adoeceu por negligência da empresa. Laudo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - antiga Delegacia Regional do Trabalho - concluiu que o acidente foi causado por negligência da empresa, que desrespeitou diversos itens de segurança previstos na legislação.
A nova política de cobrança se baseia na aplicação de dispositivo previsto na Lei nº 8.213, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social. A lei estabelece que, nos casos de negligência quanto às normas de segurança e higiene do trabalho, a Previdência Social deve propor ações regressivas - ressarcimento pelos gastos - contra as empresas responsáveis.
Fonte: AgPrev
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Condições de conforto nos locais de trabalho intelectual
Publicado em
01/11/2006
às
16:00
Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos dentre outro, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
Base Legal: Portaria 3.214 MTb, de 08/6/78 - Segurança e Saúde do Trabalhador - NR 17 - itens 17.5.2 e 17.5.2.2 - D.O.U de 06/07/78.