Treinamentos para estimular os funcionários
Publicado em
08/03/2007
às
17:30
O grupo "Jogando no Quintal" é mestre em atrair a curiosidade. Eles agacham, pulam, correm, contorcem, carregam e viram de ponta cabeça. Todo esse preparativo é para mais uma palestra show. Quem contrata são empresas que querem usar o teatro e o bom humor para quebrar a rotina de trabalho dos funcionários.
"A gente está fazendo uma convenção de vendas e queríamos trazer um pouco de alegria, de motivação, para o conteúdo comercial", justifica Roseli Araújo, cliente do grupo.
E motivação é o que não falta. Com a platéia completa começa o show. O cenário não podia ser mais popular: um campo de futebol! Em vez de jogadores, atores. E no lugar da bola, palavras-tema. Para montar o espetáculo, o grupo investiu R$ 5 mil no material de cenografia. Os equipamentos de som e luz são alugados. Em média, eles fazem cinco shows por mês. A idéia é mostrar que improvisar é a base para o sucesso nas empresas.
"O mercado é muito dinâmico. Então, você está com um produto, que precisa lançar em tal época: já foi! O produto tem que ser lançado e trabalhado no decorrer. Por isso a improvisação no mundo dos negócios é fundamental", ensina o empresário César Gouvêa.
Para os participantes, o espetáculo é mais que uma diversão: é um aprendizado.
"Achei super criativo, uma oportunidade diferente para as empresas mostrarem que as pessoas têm que ser criativas e têm que improvisar no dia-a-dia", elogia Theila Kanno.
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM CONJUNTO
No espaço sóbrio, com paredes frias e salas bem divididas, acontece o treinamento para um seleto grupo de executivos. Só que em vez da voz dos conferencistas, é possível escutar música e risadas. Com certeza não é um treinamento comum. Na verdade, é uma palestra-show, que alcança resultados cada vez mais surpreendentes nas empresas.
O objetivo é mostrar a importância do trabalho em conjunto, tanto na música, como nas empresas. A banda é formada por três engenheiros, dois economistas, dois advogados, um administrador de empresas.
"Nós temos um microcosmo dentro da banda, que retrata todos os departamentos existentes nas grandes empresas", explica o pianista e arranjador Edo Calli.
A Traditional Jazz Band existe desde 1964. Há dois anos, apostou na palestras-show. Hoje, eles fazem 40 apresentações em empresas por ano.
"Um palestrante só falando, por melhor que ele seja, é chato. Os funcionários já estão cansados desse tipo de coisa. Então, todas as palestras já estão sendo animadas com vídeos e, no caso da nossa banda, com música", fala Alcides Lima.
O bom-humor ajuda a dar graça ao treinamento. Em alguns momentos, eles desafinam, os instrumentos até quebram. Tudo para mostrar a importância de superar desafios.
"Se a palestra não envolver, você pode estar fisicamente presente, mas com a cabeça em outro lugar. E uma palestra como essa envolve infinitamente mais do que as outras", elogia Verônica Vajda.
"É fantástico trabalhar em equipe, eliminar a área de conflito e criar a zona de conforto. Isso é muito importante", afirma Pedro Cardoso.
Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios.