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Síndrome do Domingo: descubra como combater a ansiedade pré-semana de trabalho
Publicado em
20/02/2025
às
16:00
Algumas estratégias
podem ajudar profissionais a ajustar a mentalidade e tornar as últimas horas do
final de semana mais agradáveis
O final de domingo e a
chegada de mais uma semana de trabalho pode trazer sentimentos de ansiedade
para alguns profissionais, sendo até difícil lidar com a situação.
Alguns profissionais
podem ter o sentimento de frustração ao perceber que o fim de semana chegou ao
fim e não conseguiu aproveitar os dias de descanso ou até por se lembrar das
tarefas difíceis que precisa terminar.
Apesar disso, é
importante ressaltar que algumas estratégias comprovadas pela ciência ajudam a
ajudar a mentalidade dos profissionais e tornar as últimas horas do final de
semana mais agradáveis. Confira duas delas:
Planejar atividades em
grupo;
Se conectar socialmente e
envolver-se em atividades de lazer com outras pessoas.
Pesquisa realizada em
2020 revelou que, entre os fatores associados à depressão, ter um círculo forte
com amigos e família é o maior fator que protege as pessoas do quadro
depressivo, e isso se aplica até mesmo para indivíduos com predisposição
genética ou biológica a esses sintomas.
Assim, participar de
atividades como essas citadas acima fortalece os laços sociais e melhora o
humor, ajudando a reduzir a ansiedade e o sentimento de solidão, comuns nos
domingos à noite.
O sono também é um
importante fator. Estudo realizado em 2021 analisou o sono de 2.115 médicos residentes
e constatou que a redução do tempo de sono, o hábito de dormir mais tarde e a
irregularidade nos horários e de despertar estavam associados a aumentos nos
sintomas depressivos a longo prazo.
A curto prazo, a ausência
de um ritmo circadiano consistente resultou em uma piora no humor no dia
seguinte.
Diante desse cenário, uma
das melhores estratégias que os profissionais podem aplicar para recuperar o
controle sobre os domingos à noite é definir um horário regular para dormir e
segui-lo, mesmo nos finais de semana, já que isso pode ajudar no relógio
biológico e ajustar a um ritmo consistente, tornando mais fácil adormecer e
acordar no mesmo horário todos os dias.
Uma outra dica é se expor
à luz natural pela manhã, o que sinaliza ao cérebro que é hora de despertar e
começar o dia.
Os profissionais também
podem ainda incorporar pequenas atividades que gosta na sua rotina ao longo da
semana.
O sintoma da "síndrome do
domingo" é algo normal de se sentir ocasionalmente, porém se está
frequentemente enfrentando uma melancolia ou ansiedade em relação ao trabalho e
se sente estagnado, pode ser útil buscar apoio profissional.
Fonte: Forbes /
Contábeis
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5 passos para evitar a sobrecarga no trabalho
Publicado em
18/02/2025
às
10:00
Saiba como organizar
suas tarefas e manter o equilíbrio sem comprometer a saúde
A sobrecarga no trabalho é uma
realidade comum, causada pela alta demanda de tarefas e pela pressão constante
por resultados. Essa situação gera cansaço físico e mental, afetando
diretamente a produtividade e o bem-estar dos profissionais. A sensação de
esgotamento se agrava quando há má gestão do tempo e prioridades e faltam
recursos adequados, como tempo e equipe.
Vistos os prejuízos da
sobrecarga no trabalho, confira, a seguir, como evitá-la:
1. Priorize as tarefas essenciais
Classifique suas atividades em
ordem de importância e prazos. Focar primeiro o que é urgente ou relevante
evita sobrecarga mental. Para isso, "liste as coisas que faz, os papéis que
desempenha e analise sua agenda de compromissos para identificar onde seu tempo
está, de fato, sendo empregado. Sem essa base de informações precisas, fica
difícil estabelecer as prioridades", diz Monica Machado, psicóloga, fundadora
da Clínica Ame.C e pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental.
2. Estabeleça limites claros
Saiba dizer "não" quando
necessário. Definir limites no ambiente de trabalho é fundamental para evitar
o acúmulo de responsabilidades que não são suas. Negocie prazos realistas e
explique, de maneira assertiva, o impacto de assumir mais tarefas sem tempo
hábil.
3. Faça pausas
regulares
Mesmo em dias corridos, reserve
tempo para pequenas pausas. Elas ajudam a renovar o foco e a energia,
prevenindo o cansaço mental. Uma pausa de cinco minutos por hora pode aumentar
sua produtividade e ajudar a lidar melhor com as demandas.
"Nas empresas,
devem existir momentos que sirvam para diminuir a tensão, por isso você tem seu
horário de almoço e pausa para o café. Sem esses momentos de folga, as pessoas
começam a produzir menos. Aproveite esses espaços para fazer alguns exercícios
de relaxamento ou jogar conversa fora com os colegas de trabalho", sugere o
psicólogo César A. S. Borella.
4. Delegue responsabilidades
Se possível, delegue parte
de suas tarefas para colegas ou subordinados. Centralizar tudo em si pode
aumentar a sobrecarga e atrasar as entregas. "Defina o que pode ser feito por
outras pessoas, o que só pode ser feito por você e elimine de vez tudo que só
te faz perder tempo", recomenda a psiquiatra Danielle H. Admoni, supervisora na
residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista
pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
5. Pratique a gestão de tempo
Use técnicas de gestão de
tempo, como a Pomodoro,
para dividir suas atividades em blocos. Trabalhar por períodos concentrados,
seguidos de pequenos intervalos, ajuda a manter o foco e a concluir tarefas sem
o acúmulo de pendências, aliviando a sensação de sobrecarga.
Fonte:
Correio Brasiliense
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Glossário de termos jurídicos trabalhistas
Publicado em
11/02/2025
às
16:00
Siglas e Termos utilizados na Justiça do Trabalho.
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também, o nosso Dicionário Empresarial, com milhares de Siglas e Termos
utilizados no mundo empresarial. Acesse o Dicionário Empresarial clicando em: https://mmcontabilidade.com.br/DicionarioEmpresarial.aspx
Vamos ao nosso Glossário de Termos Jurídicos
Trabalhistas:
A
Ação Civil
Pública (ACP) - ação usada para proteger interesses da coletividade. Na
Justiça do Trabalho, por exemplo, pode ser ajuizada pelo Ministério Público do
Trabalho (MPT) para garantir a saúde e segurança de vários empregados no
ambiente de trabalho.
Ação
rescisória - ação utilizada para desconstituir uma sentença ou acórdão,
quando não cabe mais recurso, ou seja, ocorreu o trânsito em julgado.
Acórdão -
decisão de 2ª instância, onde o processo é analisado não apenas por um, mas por
três magistrados. Ver: Sentença.
Agravo -
recurso usado contra uma decisão que não encerra o processo (decisão
interlocutória). Na Justiça do Trabalho, são comuns o Agravo de Instrumento,
utilizado quando o recurso não é recebido, e o Agravo de Petição, usado na fase
de execução para discordar de decisões do juiz.
Alvará
- Autorização judicial assinada pelo juiz para determinar o pagamento de
valores ou a prática de algum ato.
Arbitragem -
método alternativo de resolução de conflitos. As partes escolhem um terceiro
(árbitro) para decidir o conflito (controvérsia), sem a participação do Poder
Judiciário.
Aresto
- decisão; caso julgado.
Arquivo
provisório - local onde são armazenados processos que, por alguma razão de
ordem legal, não foram julgados nem podem ser extintos, a exemplo de execuções
em que não foram localizados bens penhoráveis.
Assédio
- Palavra, ação ou gesto usado repetidamente por alguém (normalmente
superior hierárquico, mas nem sempre), que afeta a moral, a autoestima e/ou a
segurança de uma pessoa, prejudicando o ambiente de trabalho ou a
carreira.
Audiência
- Sessão em que o juiz tenta conciliar as partes ou interroga as partes,
ouve os advogados e as testemunhas e pronuncia o julgamento.
Audiência
Pública - audiência convocada para ouvir o depoimento de pessoas com
experiência e autoridade em determinada matéria, sempre que se entender
necessário o esclarecimento de questões ou circunstâncias de fato discutidas em
processos de grande repercussão social ou econômica.
B
Bis in
idem (latim) - "duas vezes o mesmo". Termo que indica repetição
relacionada a um mesmo fato, por exemplo, pagar duas vezes pela prestação do
mesmo serviço.
BNDT -
Banco Nacional de Devedores Trabalhistas. Neste banco de dados do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), constam pessoas físicas e jurídicas devedoras
inadimplentes em processo de execução trabalhista definitiva. Vide: CNDT
(Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas).
C
Caput (latim) -
"cabeça". Refere-se à parte inicial do artigo em uma lei (enunciado). Após
o caput, podem vir parágrafos (§), incisos (I, II, III) e alíneas (a, b,
c).
Carta
Precatória - carta em que um juiz pede a outra autoridade diligências
processuais fora da comarca em que tramita o processo. O adjetivo "precatória"
tem origem no verbo latino "precare", que significa pedir. Não confundir com
precatório.
Certidão de
objeto e pé - documento que certifica sobre o objeto e situação atual do
processo.
Certidão
negativa - documento que declara não haver registro de algum ato ou fato,
como, por exemplo, existência de dívida.
Cejusc
- sigla para Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de
Disputas. Compete ao Cejusc mediar conflitos em andamento, em colaboração com
as Varas do Trabalho, realizando audiências de conciliação em qualquer fase
processual.
Certificado
Digital - arquivo eletrônico composto por um conjunto de informações
(nome, e-mail, CPF) que identificam de forma única um usuário. O certificado é
emitido e assinado por uma entidade certificadora com a finalidade de garantir
que não houve falsificação ou adulteração do conteúdo de um documento assinado
digitalmente.
CTPS -
Carteira de Trabalho e Previdência Social. Documento pessoal para registrar
contratos de emprego, períodos de férias, evolução salarial, entre outras
anotações.
Celetista -
relativo à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) ou que segue as normas da
CLT.
Citação -
ato de chamar o réu ao processo para se defender. Na Justiça do Trabalho,
realiza-se, em regra, a notificação inicial por carta.
Coisa
julgada - qualidade que torna a decisão de mérito (por exemplo, a
sentença) imutável e indiscutível. Ver: trânsito em julgado.
CIPA -
sigla para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. A CIPA tem representantes
da empresa e dos empregados e busca prevenir acidentes e doenças decorrentes do
trabalho.
CNDT -
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas. A Justiça do Trabalho emite a
certidão de acordo com a base de dados do BNDT (Banco Nacional de Devedores Trabalhistas).
A CNDT é documento indispensável para participar de licitações públicas e
transações imobiliárias. Vide: BNDT.
Conclusos
(ou "conclusão") - significa que o processo está com o juiz para
que ele profira uma decisão.
Conflito de
Competência - ocorre quando duas ou mais autoridades judiciárias se julgam
competentes ou incompetentes para apreciar um processo.
Conhecimento
- fase processual em que se discute os direitos (em oposição à fase de
execução, quando os direitos já foram reconhecidos e devem ser garantidos à
parte vencedora).
Correição
- atividade exercida pela Corregedoria com o objetivo de fiscalizar,
disciplinar e orientar os juízes e servidores para o bom funcionamento da
Justiça do Trabalho.
D
Dar
provimento - dar decisão favorável a recurso, modificando decisão
anterior.
Data
Venia - expressão respeitosa para "pedir licença" e
expressar opinião, divergente de outra pessoa.
De ofício
- expressão que vem de ex officio ("por lei", "em razão do cargo
ocupado", "oficialmente"), usada para se referir a ato que independe de pedido
da parte interessada.
Decadência -
perda de um direito pelo passar do tempo. O prazo decadencial não está sujeito
à interrupção ou suspensão. Ver: Prescrição.
Desembargador -
juiz que atua na 2ª instância.
Deserção -
consequência pelo não pagamento de custas processuais ou depósito
recursal.
Despacho -
ato do juiz para dar andamento ao processo, que não tem conteúdo de
decisório.
Dilação -
prorrogação, adiamento. Por exemplo: aumento de prazos.
Diligência -
ato praticado em local fora da unidade judiciária por servidor ou juiz.
Exemplos: vistoria, penhora, inspeção judicial.
Dissídio -
conflito, controvérsia, quando não há concordância. Termo usado para definir as
ações ajuizadas na Justiça do Trabalho. O dissídio pode ser individual ou
coletivo.
Dissídio
coletivo - ação usada para resolver controvérsia sobre direitos da
categoria e as partes são pessoas jurídicas, por exemplo, sindicato dos
trabalhadores e o empregador. O dissídio coletivo será instaurado diretamente
no Tribunal quando a negociação coletiva não tiver resultado, e a decisão é
chamada sentença normativa.
Dissídio
individual - ação usada para resolver controvérsia sobre direitos do
contrato individual de trabalho, pelo empregado ou empregador. O dissídio
individual é distribuído por sorteio a uma vara do trabalho, e é sinônimo de
reclamação trabalhista.
Distribuição -
ato que dá início ao processo. A distribuição é realizada por sorteio nas varas
ou tribunais e os processos são divididos entre juízes ou
desembargadores.
E
Embargos de
declaração - recurso usado para apontar possível contradição, omissão ou
obscuridade em sentença ou acórdão. Também chamado de Embargos
declaratórios.
Embargos à
execução - recurso usado pelo réu na fase de execução para discutir o
cumprimento da decisão, do acordo ou a prescrição da dívida.
Embargos de
terceiro - ação usada para discutir a execução de bens de posse ou
propriedade de quem não é parte no processo trabalhista.
Ementa -
texto reduzido, resumo.
Empregado -
trabalhador que presta serviços com subordinação, mediante pagamento, não
podendo ser substituído e de forma não eventual ao empregador.
Empregador -
pessoa física ou jurídica que admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de
serviços do empregado.
Execução -
fase do processo que dá cumprimento à decisão judicial; quando o pagamento é
feito.
Ex
nunc (latim) - "desde agora". Termo significa que a decisão tem
efeito prospectivo, ou seja, não é retroativo e vale daquele momento em diante.
Ex
officio (latim) - "de ofício". Termo refere-se a ato praticado por
imperativo legal ou em razão do cargo ocupado, sem impulso das partes, ou seja,
ato praticado de ofício.
Exordial -
sinônimo de petição inicial. Deriva de "exórdio", que significa início do
discurso. Ver: petição inicial.
Ex
tunc (latim) -"desde então". Termo significa que a decisão tem efeito
retroativo, ou seja, também vale para situações passadas.
Estatutário -
relativo a estatuto. Por exemplo, servidores públicos federais possuem estatuto
próprio (Lei nº 8.112/1990).
F
FAT -
Fundo de Amparo ao Trabalhador. Fundo destinado ao custeio do seguro
desemprego, por exemplo.
FGTS -
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Depósito mensal efetuado pelo
empregador na conta vinculada do trabalhador.
Foro
- divisão territorial onde determinado juízo exerce sua competência.
Fórum
- Edifício onde funcionam órgãos do Judiciário.
G
Guia de
depósito - Documento similar a um"boleto bancário" em que
constam os valores que a reclamada (executada) deve pagar.
GRU -
Guia de Recolhimento da União. Documento emitido pelo Ministério da Economia
(antigo Ministério da Fazenda) para recolher taxas (por exemplo custas e
emolumentos) ou multas administrativas.
H
Habeas
corpus (latim) - "que tenha o corpo". Ação usada quando a liberdade
de locomoção de alguém está em risco, por ilegalidade ou abuso de poder.
Conhecido como "remédio constitucional", por estar previsto na
Constituição.
Habeas
data (latim) - "que tenha os dados". Ação usada para assegurar o
conhecimento de informações ou corrigir dados do interessado em registros ou
bancos de dados do governo ou entes de natureza pública. É também um "remédio
constitucional".
Hasta
pública - ato processual em que os bens do devedor são vendidos (alienados)
para pagar a execução. Caso o bem seja um imóvel, é realizada praça, e em caso
de bens móveis, é realizado o leilão judicial.
Homologação -
aprovação ou confirmação de atos das partes pela autoridade judicial, para
conferir validade jurídica.
Honorários
de sucumbência - valores devidos pela parte perdedora no processo ao
advogado da parte vencedora.
I
Impedimento -
condição em que a parcialidade do juiz é presumida (absoluta), não podendo
atuar no processo, por exemplo, quando a parte é seu familiar. As hipóteses
estão previstas na lei e o magistrado deve se declarar impedido mesmo se não
houver pedido das partes. Ver: Suspeição.
Instância -
representa o grau de hierarquia judiciária. Também chamada de grau de
jurisdição.
Intempestivo -
fora do prazo legal.
Instrução
- fase processual em que o juiz ouve as partes, analisa documentos e faz
perguntas para deixar claro os pontos que serão objeto de julgamento.
J
Jurisprudência -
entendimento resultante de reiteradas decisões dos tribunais superiores sobre
determinada matéria.
Jus
postulandi (latim) - "direito de postular". Trata-se da capacidade de
ingressar com ação em juízo, que normalmente é atribuída aos advogados
habilitados na OAB. Na Justiça do Trabalho, esse direito também é conferido às
partes, exceto para ação rescisória, ação cautelar, mandado de segurança e
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Justa causa
- motivo, previsto em lei, para extinção do vínculo empregatício por
violação a suas regras.
L
Leilão
- venda pública de bens móveis e imóveis penhorados, que são arrematados
(comprados) por quem oferecer o maior lance.
Lide
- demanda, litígio, pleito judicial em que há questão
controvertida.
Liminar -
decisão proferida em caráter de urgência, para garantir ou antecipar um direito
que tem perigo de ser perdido.
Liquidação -
fase do processo em que as verbas reconhecidas na sentença são calculadas. A
decisão que fixa o valor é chamada "sentença de liquidação".
Litigante de
má-fé - aquele que age contra a lei, mente ou usa o processo para
conseguir objetivo ilegal, se recusa injustificadamente a cumprir ou atrasa o
andamento do processo, entre outras hipóteses previstas na lei.
Litisconsórcio -
termo usado para indicar que há mais de uma parte em um dos polos do processo.
Se houver mais de um autor, é chamado litisconsórcio ativo, e havendo mais de
um réu, litisconsórcio passivo.
Litispendência -
repetição de causas idênticas, sem que haja em uma delas trânsito em julgado.
Causa idêntica é a que possui mesmas partes, mesmo pedido e mesma causa de
pedir (motivo).
Locaute -
termo que deriva do inglês "lockout", refere-se à paralisação do trabalho
realizada pelo empregador. Proibido por lei, o locaute é usado para exercer
pressão sobre trabalhadores ou Poder Público, frustrando negociações coletivas
ou dificultando o atendimento de reivindicações.
M
Mandado
judicial -ordem emitida pelo juiz no processo. Exemplos: mandado de
penhora, mandado de citação, mandado de remoção de bens.
Mandado de
Segurança (MS) - ação usada para defender direitos do cidadão contra ato
ilegal de autoridade pública, quando há direito líquido e certo.
Mandato -
concessão de poderes; delegação. Utilizado como sinônimo de procuração.
Mérito
- diz respeito aos fatos que constituem (ou não) o direito do autor. Não
diz respeito às formalidades processuais, mas ao conteúdo do direito de que o
autor afirma ser titular.
Ministério
do Trabalho - órgão do Poder Executivo Federal que ajuda na elaboração,
alteração e fiscalização das leis trabalhistas. Presta outros serviços, como a
emissão da Carteira de Trabalho e a concessão do seguro-desemprego. Atualmente
suas atribuições foram incorporadas ao Ministério da Economia.
Ministério
Público do Trabalho - órgão do Ministério Público da União que tem como
atribuição fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista quando houver
interesse público, com atuação tanto extrajudicial como judicial.
N
Negar
provimento - não acolher um recurso ou decidir em sentido contrário ao que
foi pedido.
Norma
Regulamentadora (NR) - norma que regulamenta e fornece orientações sobre
procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho. As
NRs são editadas pelo Ministério da Economia (antigo Ministério do Trabalho).
Também são conhecidas pela abreviatura "NR".
Notificação -
ato pelo qual as partes são cientificadas da propositura do processo
trabalhista.
O
Obreiro -
ver definição de empregado.
Oficial de
Justiça - servidor público que executa os mandados judiciais.
Ônus da
prova - encargo ou responsabilidade da parte de demonstrar as alegações no
processo.
Orientação
Jurisprudencial (OJ) - posicionamento adotado por um Tribunal a respeito
de determinado tema jurídico, visando a uniformidade das futuras decisões sobre
matéria.
P
PAT -
Programa de Alimentação do Trabalhador.
Partes -pessoas
físicas ou jurídicas que atuam no processo, por exemplo autor (reclamante) e
réu (reclamado).
Penhora -constrição/bloqueio
judicial de bens do devedor para garantir o pagamento de uma dívida.
Perícia
- relatório (laudo) feito por um perito. A perícia pode ser médica ou
técnica, e pode servir para verificar questões sobre insalubridade,
periculosidade, acidentes de trabalho e doença profissional.
Petição -
documento escrito contendo pedido dirigido ao juiz.
Petição
inicial - documento escrito com pedido feito ao juiz, para dar início ao
processo.
Plantão
judiciário -serviço prestado pelos tribunais nos períodos e horários em
que não há expediente normal, para garantir a análise de pedidos
urgentes.
Portaria -documento
oficial emitido por autoridade pública. É destinado a dar instruções ou fazer
determinações de diversas ordens.
Praça
pública - nomenclatura anterior ao CPC de 2015 e consagrada pelo uso.
Consiste na modalidade de venda pública de bens penhorados a quem ofereça o
maior lance. O objetivo da venda é realizar pagamentos de dívidas oriundas de
processos trabalhistas. Sinônimo de leilão.
Precatório -requisição
de pagamento expedida pelo Judiciário para que a Fazenda Federal, Estadual ou
Municipal pague o valor da execução quando supera o teto de requisição de
pequeno valor (RPV).
Preliminar -questão
processual a ser resolvida antes do julgamento do mérito da causa. Por exemplo,
um processo pode ser extinto, sem análise do mérito, se algum requisito
processual deixa de ser atendido.
Preposto -representante
da empresa que relata em audiência os fatos envolvidos no processo.
Prescrição -perda
da pretensão de exigir o cumprimento de um determinado direito em razão do
decurso do tempo.
Prioridade -hipóteses
em que o processo corre com prioridade de tramitação. A lei garante a alguns
cidadãos essa prioridade, como é o caso de pessoas idosas.
Procuração ad
judicia(latim) - documento que confere poderes a um advogado para conduzir
o processo judicial.
PJe -
Processo Judicial Eletrônico - sistema tecnológico pelo qual tramitam os
processos.
R
Recesso -
período de 20 de dezembro a 6 de janeiro, no qual não há expediente forense no
Judiciário.
Reclamada -
pessoa física ou jurídica em face de quem se move a ação. Em geral, a
empresa.
Reclamante -
pessoa física ou jurídica que ajuíza a reclamação trabalhista. Em geral, o
trabalhador.
Recolhimento
previdenciário - contribuição destinada ao amparo em caso de doenças,
invalidez, morte, idade avançada, proteção à maternidade e ao
desempregado.
Recurso
Ordinário (RO) - recurso interposto contra a primeira decisão no processo
visando a reforma ou anulação da sentença.
Recurso de
Revista (RR) - recurso contra decisão que contenha interpretação de norma
legal divergente entre TRTs ou entre o TRT e o TST, ou contra decisões que
contrariem a Constituição ou leis federais. É dirigido ao TST, mas tem sua
admissibilidade examinada primeiramente pelo TRT.
Redução a
termo - escrever o que foi falado em documento oficial, assinado. A
redução a termo ocorre quando o interessado em iniciar um processo do trabalho
sem advogado conta o ocorrido, ficando a petição inicial a cargo de
servidores.
Relator -desembargador
que analisa em primeiro lugar o recurso ordinário; é quem recebe o processo por
distribuição.
Relatório -resumo
do processo, que serve de introdução para sentença ou acórdão. O relatório
contém nome das partes, resumo do pedido e da defesa do réu (contestação), e o
registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo.
Responsabilidade
solidária/subsidiária - na responsabilidade solidária, todos os devedores são
responsáveis integralmente pela dívida, podendo o trabalhador cobrar de apenas
uma empresa ou de todas elas ao mesmo tempo. Na responsabilidade subsidiária,
há uma ordem de preferência, isto é, aciona-se primeiro o devedor principal e,
somente se este não pagar, cobra-se dos demais.
Revelia -
não comparecimento do réu para se defender em juízo.
Revisor -desembargador
ou ministro que analisa em segundo lugar o processo submetido à decisão
colegiada, após o relator. O revisor pode acompanhar o voto ou propor outra
solução, divergindo.
Rito -
organização dos atos de tramitação do processo. Na justiça trabalhista, pode
ser ordinário, sumário ou sumaríssimo.
Rito (ou
procedimento) sumário -aplica-se aos processos de valor não superior a
dois salários mínimos.
Rito (ou
procedimento) sumaríssimo -aplica-se aos processos trabalhistas cujo valor
não ultrapasse 40 salários mínimos.
Rito (ou
procedimento) ordinário - aplica-se aos processos trabalhistas cujo valor
ultrapassa 40 salários mínimos ou ações em que for parte a Administração
Pública direta, autárquica e fundacional.
S
Segredo de
justiça - forma de tramitação do processo para preservar interesse público
ou social.
Seguro
desemprego - benefício pago a desempregados por tempo limitado pela Caixa
Econômica Federal, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Sentença -decisão
sobre os pedidos do autor dada pelo juiz de 1º grau.
Sessão de
julgamento - reunião de desembargadores (2º grau), ou ministros (TST ou
STF) para julgamento de processos.
Sindicato -entidade
que representa e defende interesses da categoria. Pode atuar na esfera
judicial, por exemplo ao ajuizar Ação Civil Coletiva para exigir o pagamento de
adicional de insalubridade à categoria, e na esfera extrajudicial, por exemplo,
representando trabalhadores na negociação coletiva com a empresa para aumento
de salários. Há também o sindicato dos empregadores, que representa a categoria
econômica, também chamado sindicato patronal.
Sucumbência -princípio
que atribui à parte vencida em um processo o dever de pagar os gastos
decorrentes da atividade processual à parte vencedora.
Súmula -resumo
da interpretação majoritária adotada por um tribunal a respeito de um tema
jurídico.
Suspeição -situação
que impõe ao juiz o dever de se afastar da causa por suspeita de
imparcialidade. As hipóteses de suspeição são previstas em lei.
Sustentação
oral -defesa feita pelo advogado no dia da sessão de julgamento para
convencer os julgadores a adotar sua tese.
T
Tempestivo -
recurso interposto dentro do prazo legal (é o contrário de
"intempestivo").
Trânsito em
julgado -expressão usada para uma decisão da qual não se pode mais
recorrer, seja porque todos os recursos possíveis foram apresentados, seja
porque o prazo para recorrer se esgotou.
Turma -órgão
judiciário colegiado.
Tutela
- proteção; amparo concedido pelo Estado na proteção aos direitos
requeridos.
V
Vara do
Trabalho - órgão judiciário trabalhista de 1º grau.
Voto -
decisão dada por um desembargador ou ministro em sessão de julgamento, para
formar o acórdão.
Fonte: Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região
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4 Tendências do mercado de trabalho que mudarão em 2025
Publicado em
22/12/2024
às
10:00
Com a chegada de
2025, o mercado de trabalho passará por muitas mudanças, impulsionadas
especialmente por novos avanços tecnológicos, mudanças econômicas, assim como
nas perspectivas da força de trabalho em todo o mundo.
Até o período de pré-pandemia em 2020, os trabalhadores buscavam
especialmente atingir objetivos financeiros maiores, entretanto, esse cenário
acabou mudando significativamente em um curto espaço de tempo.
Além de se preocuparem em atingir objetivos financeiros mais
expressivos, os trabalhadores agora se concentram também em outros fatores que
não eram tão considerados, como o bem-estar, o engajamento, tal como a
flexibilidade.
Em resposta a essas mudanças de perspectivas que impactam os
trabalhadores, as empresas estão adaptando suas abordagens para a contratação,
cultura organizacional e especialmente na retenção de novos talentos.
Mudanças do mercado de trabalho para
2025
Com mudanças de perspectivas por parte dos trabalhadores, mudanças na economia,
tal como a integração e o desenvolvimento de novas tecnologias, vamos
compreender as principais tendências que moldarão o mercado de trabalho em
2025.
1.
Aprendizado e desenvolvimento de novas competências
O mercado de trabalho está se fechando cada vez mais para profissões que não
possuem qualificação. Em 2025, esse cenário estará cada vez mais presente, com
novas oportunidades de emprego exigindo cada vez mais qualificação e conhecimentos
específicos.
Conforme a automação e a inteligência artificial remodelam as
indústrias, os profissionais devem investir cada vez mais em requalificação,
aprimoramento e desenvolvimento de novas habilidades, para que possam continuar
relevantes no mercado e tendo perfis alinhados ao que as empresas buscam.
Está ficando cada vez mais claro que as empresas estão optando por
profissionais que demonstrem adaptabilidade, criatividade e disposição para
aprender. Para se sair bem no mercado de trabalho em 2025, será preciso
investir em mentorias, cursos, treinamento e certificações, para ter mais
chances de prosperar em sua carreira.
2. Ascensão de empregos ligados a
tecnologia
Um dos setores que não para de crescer e de buscar por novos profissionais está
ligado a área da tecnologia. As áreas mais valorizadas para 2025 estarão
ligadas ao desenvolvimento de software e aplicativos, Machine Learning,
segurança cibernética, ciência de dados e inteligência artificial.
Outras tecnologias como blockchain, realidade virtual e computação
quântica também estão em um grande "boom" no mercado, gerando inúmeras
oportunidades extremamente valorizadas para profissionais que se adequarem a
essas necessidades.
3. Recuperação econômica e geração
de empregos
Conforme os países se recuperam gradualmente do período de pandemia, nesses
locais, o mercado de trabalho deve ser aquecido. Da mesma forma, países que não
conseguem recuperar sua economia devem sofrer o efeito contrário, tendo que
lidar com mais demissões e menos oportunidades.
Economistas especulam que países com políticas fiscais mais robustas
experimentarão um crescimento econômico e de empregos muito maior do que
aqueles que estiverem vivendo em instabilidade política.
4. Inflação nos empregos
Uma preocupação global se chama inflação, e ela está diretamente ligada ao
mercado de trabalho em 2025. Conforme os bancos centrais se veem obrigados a
elevar as taxas de juros para combater a inflação, as empresas nesses locais
vão enfrentar uma desaceleração de contratações devido ao aumento de custo.
Cenário este que terá impacto especialmente em indústrias que dependem
de investimentos de capital, a exemplo da construção e manufatura. Todavia,
setores ligados a tecnologia e à saúde, que dependem menos de uma
infraestrutura física, serão um dos poucos setores com espaços para crescer
mesmo com a inflação.
Fonte:
Jornal Contábil
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Recesso ou férias coletivas? Entenda diferenças e regras de cada um
Publicado em
11/12/2024
às
11:00
Os dias de folga no Natal e no Ano Novo são considerados férias? Pode
haver desconto no salário? Advogados trabalhistas esclarecem dúvidas.
Com a queda de
demanda no final do ano, muitas empresas aproveitam a oportunidade para
oferecer aos seus funcionários um período de descanso.
Essa
prática é conhecida como recesso de fim de ano, permitindo que os
trabalhadores tirem um tempo para se reunir com familiares e amigos.
Embora facultativo,
o recurso é bastante comum no mercado de trabalho.
Ao contrário
das férias coletivas, que seguem regras determinadas na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o recesso é estabelecido apenas por um acordo interno com os
funcionários.
Por não haver
previsão legal, ele acaba gerando muitas dúvidas, como: os dias não trabalhados
podem ser descontados dos salários dos trabalhadores ou das férias?
Para esclarecer essa
e outras dúvidas, o g1 conversou com advogados trabalhistas. Abaixo, eles
explicam:
O
tempo de recesso pode ser descontado do salário ou das férias?
A
empresa pode exigir a compensação dos dias de recesso?
Existe
um limite de dias?
Quais são as
diferenças entre férias coletivas e recesso?
O
tempo de recesso pode ser descontado do salário ou das férias?
Não. É proibido descontar os dias de recesso
do salário ou das férias dos trabalhadores.
Se
você tiver um período de recesso, deverá ser pago normalmente, sem afetar suas
férias ou sua remuneração.
No
entanto, existe a possibilidade de um acordo entre empregado e empregador para
a utilização do banco de horas, permitindo que o recesso seja compensado dessa
forma.
A empresa pode exigir a compensação
dos dias de recesso?
Sim, mas isso só é
possível se empregado e empregador estabelecerem um acordo. Se ambos
concordarem, o recesso pode ser compensado
com horas trabalhadas em outro momento.
"Esse acordo
pode ser formalizado por meio de um banco de horas, conforme estabelecido pela
CLT, onde as horas de recesso podem ser repostas", explica a advogada
Paula Borges.
É importante
ressaltar que, se não houver esse acordo, o empregador não pode exigir que o
funcionário compense o recesso.
Existe um limite de dias?
O recesso de fim de
ano não tem previsão legal, mas pode ser concedido espontaneamente pela empresa
ou por meio de norma coletiva.
"Não há
determinação de período mínimo ou máximo de dias. Nesse caso, deve ficar claro
aos empregados que não se trata de férias", explica Cíntia Fernandes,
advogada trabalhista.
Sendo assim, é
preciso apenas informar aos funcionários a data de início e de término das
folgas.
"É uma
paralisação voluntária da empresa. Por ser mais flexível que as férias
coletivas, a empresa pode colocar todos de folga e não há limite para os dias
de recesso", completa o advogado José Eduardo Gibello Pastore.
Quais são as diferenças entre férias
coletivas e recesso?
Abaixo, há um resumo
comparativo entre as coletivas e o recesso.
Recesso x Férias coletivas
Recesso
|
Férias coletivas
|
Não tem previsão legal.
|
Prevista no artigo
139 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
|
Decisão da empresa.
|
Decisão da
empresa.
|
Não precisa ser comunicado ao sindicado.
|
Deve ser comunicada
ao Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias.
|
Não pode ser descontado do salário ou
férias.
|
Desconta das
férias.
|
Não há um limite de concessões por ano.
|
Pode ser usufruída
em dois períodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias
corridos.
|
O trabalhador pode se recusar a
participar.
|
É concedida
simultaneamente para todos os empregados ou a determinados setores.
|
Empresa não tem a obrigação de conceder o
recesso a todos os empregados.
|
Pode ser fixada
por meio de convenções ou acordos coletivos. Se isso não ocorrer, cabe ao
empregado a sua determinação.
|
Fonte:
G1
-
Empresa com sede onde há sindicato local não pode pagar piso fixado em norma de federação estadual
Publicado em
25/11/2024
às
10:00
Na falta de acordo com o sindicato local,
deve ser pago o salário mínimo estadual
Resumo:
- Uma empresa em Santa Catarina havia
utilizado uma convenção coletiva firmada pela federação estadual, alegando
que o sindicato local havia se recusado a negociar.
- O piso salarial previsto nessa norma era
inferior ao salário mínimo do estado, e o sindicato cobrou as diferenças
na Justiça.
- Para o TST, a empresa só poderia ter adotado
o piso da federação se a categoria não tivesse sindicato próprio.
|
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou uma empresa de São
José (SC), a pagar a seus empregados as diferenças salariais relativas ao
descumprimento do piso salarial estadual. A empresa vinha aplicando a convenção
coletiva firmada pela federação estadual, diante da recusa do sindicato local
em participar de negociações. Mas, segundo o colegiado, a norma da federação só
se aplica a categorias que não têm sindicato próprio.
Sindicato cobrou diferenças
Em março de 2021, o Sindicato dos Trabalhadores local apresentou uma
ação civil pública contra a empresa.
Em 2016 e 2018, o sindicato não celebrou convenção coletiva com a
empresa, por entender que o salário proposto era desfavorável aos trabalhadores.
Com isso, a empresa adotou o piso salarial pactuado entre a federação estadual
com o Sindicato das Empresas de Asseio Conservação e Serviços Terceirizados do
Estado de Santa Catarina, inferior ao mínimo estadual. O objetivo da ação era
receber as diferenças.
Por sua vez, a empresa disse ter adotado a norma da federação porque o
sindicato havia se recusado a negociar. No seu entendimento, havendo convenção
coletiva firmada pela federação sindical, não se poderia aplicar o salário
mínimo local, previsto em lei complementar, como queria a entidade.
O juízo de primeiro grau deferiu as diferenças, mas a sentença foi
cassada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC). Para o Tribunal
Regional do Trabalho, a recusa do sindicato a participar das negociações
transfere às federações a prerrogativa de celebrar acordos e convenções
coletivas de trabalho.
Norma estadual só vale se não houver sindicato local
No Tribunal Superior do Trabalho, o entendimento foi alterado pelo voto
do ministro José Roberto Pimenta, relator do recurso do sindicato, que
determinou que a sentença fosse restabelecida, com a condenação da empresa ao
pagamento das diferenças salariais. Ele observou que é incontroverso que, no
período em questão, o valor salarial oferecido pela categoria patronal era
menor que o salário mínimo estadual. "O caso não é de simples recusa do
sindicato, mas de justa, legítima e boa representação dos interesses dos
trabalhadores diante da apresentação de condições salariais desfavoráveis",
acentuou o ministro.
Segundo o relator, se o sindicato se recusar a negociar, cabe, em última
análise, a instauração de dissídio coletivo. Por outro lado, a representação
direta dos trabalhadores pela federação ou confederação somente ocorre no caso
de a categoria não estar organizada em sindicatos, conforme o artigo 611 da
CLT.
A decisão foi unânime.
Processo: RR-181-61.2021.5.12.0048
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo
específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças. Porém,
situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: Tribunal
Superior do Trabalho, Processo: RR-181-61.2021.5.12.0048, com edição do texto e "nota" da
M&M Assessoria Contábil.
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Como reduzir os riscos de ficar muito tempo sentado no trabalho
Publicado em
06/10/2024
às
16:00
Dicas de ergonomia e exercícios para prevenir
lesões e melhorar o bem-estar no ambiente corporativo.
As empresas têm
buscado, cada vez mais, iniciativas que promovam o bem-estar no ambiente de
trabalho. No entanto, muitas vezes o conceito de "bem-estar" é
associado apenas a áreas como nutrição, atividade física, combate ao tabagismo
e saúde mental. Contudo, em ambientes onde os profissionais trabalham predominantemente
sentados, existem cuidados específicos que devem ser considerados,
especialmente no que diz respeito à ergonomia e ao movimento, como o ajuste
correto da estação de trabalho e o controle do tempo sentado.
O que é ergonomia?
Ergonomia refere-se ao conjunto de disciplinas que estudam a organização
do trabalho, focando nas interações entre seres humanos e máquinas. O papel da
ergonomia é avaliar e orientar sobre a saúde do colaborador, prevenindo
acidentes, doenças e lesões ocupacionais. Um exemplo disso é a cadeira de
escritório, um item essencial para quem trabalha sentado. A ergonomia visa
configurar a postura adequada do funcionário ao sentar, evitando problemas de
saúde e lesões futuras.
Principais riscos do
trabalho sentado
Um ambiente de trabalho mal projetado e a permanência prolongada em uma
posição inadequada podem contribuir para o surgimento de lesões e disfunções
musculoesqueléticas. Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) estão entre as principais
causas de problemas como a síndrome do túnel do carpo, lombalgia, cervicalgia e
tendinite. Esses distúrbios não são exclusivos de atividades repetitivas e
cansativas, mas podem ser desencadeados pela posição prolongada, que reduz o fluxo
sanguíneo, irrita os nervos e causa microtraumas nos músculos.
Sintomas da DORT
DORT é caracterizado por uma variedade de sintomas, que podem ocorrer
juntos ou separadamente, como dor, formigamento, sensação de peso, fadiga e
aparecimento gradual, geralmente nos membros superiores, mas podendo também
afetar os membros inferiores. Segundo dados da Comunicação de Acidentes de
Trabalho, houve um aumento de 10% ao ano nas notificações de LER/DORT entre
2007 e 2018, o que alerta as empresas sobre a necessidade de tomar medidas
preventivas no ambiente de trabalho.
Prevenção de lesões durante
o trabalho sentado
De acordo com a Norma Regulamentadora 17 (NR-17), em todo trabalho
realizado na posição sentada, o empregador deve planejar ou adaptar o posto de
trabalho para essa posição. A NR-17 estabelece parâmetros para o levantamento,
transporte e descarga de materiais, bem como para o mobiliário, equipamentos e
condições ambientais, visando proporcionar conforto, segurança e desempenho aos
trabalhadores. Móveis ergonômicos, como superfícies de trabalho compatíveis com
a atividade realizada, distância adequada para os olhos e altura ideal do
assento, são essenciais. Além disso, suportes para os pés, que se ajustam ao
comprimento das pernas do trabalhador, podem ser necessários.
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Exercícios e movimentos
recomendados
Passar longos períodos sentado aumenta o risco de desenvolver problemas
crônicos como diabetes e doenças cardiovasculares. Por isso, é importante
alternar entre ficar sentado e em pé ao longo do dia. Algumas sugestões de
exercícios e movimentos que podem ser incorporados no ambiente de trabalho
incluem:
Alongamentos:
Esticar os músculos por 15 a 30 segundos pode ser extremamente benéfico.
O objetivo é contrabalançar as posições estáticas mantidas durante o dia.
Movimentos Intervalados:
Intercalar movimentos ao longo do dia ajuda a combater os efeitos
negativos da tensão muscular sobre a circulação. É recomendado caminhar pelo
menos 10.000 passos por dia e levantar-se da cadeira a cada 30 a 60 minutos.
Implementar
essas práticas pode aumentar significativamente a qualidade de vida dos
funcionários e reduzir os riscos associados ao trabalho sedentário.
Fonte: Jornal Contábil
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Veja como pessoas 50+ podem se recolocar no mercado de trabalho
Publicado em
15/09/2024
às
10:00
Especialista discute a importância da diversidade
etária nas empresas e oferece dicas valiosas
A diversidade nos processos de contratação tem sido um tema frequente em fóruns
empresariais, com um destaque especial para a inclusão etária, que teve uma
expansão significativa nos últimos anos no Brasil. Em pouco mais de uma década,
o país viu um aumento de mais de 110% no número de trabalhadores com mais de 50
anos, passando de 4 milhões para 9 milhões, segundo o Ministério do Trabalho.
Atualmente, o país possui 55 milhões de pessoas com mais de 50 anos, de acordo
com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este grupo
demográfico se caracteriza por um alto nível de experiência e especialização.
Dados da Agência Brasil mostram que 38% dessa faixa etária têm o ensino médio
completo e 24% concluíram o ensino superior, indicando uma força de trabalho
não apenas maior, mas também altamente qualificada.
Abertura para a contratação de pessoas 50+
O mercado de trabalho está mostrando uma maior abertura para a contratação de
pessoas 50+, valorizando a senioridade e a experiência profissional consolidada
desses profissionais, observa Renata Fonseca, psicóloga, especialista em
Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza, ecossistema pioneiro a unir educação e
empregabilidade.
"Essas contratações são impulsionadas por uma agenda de diversidade e inclusão
que está ganhando muita força nas empresas", afirma. Este movimento é uma
resposta à necessidade de trazer perspectivas variadas e aproveitar a rica
bagagem de conhecimento desses profissionais.
Desafios e oportunidades
Apesar da abertura do mercado, Renata Fonseca destaca que ainda existe um
preconceito de que pessoas 50+ são desatualizadas, principalmente em termos de
novas tecnologias. "É fundamental que esses profissionais mostrem, por meio de
exemplos práticos, que estão atualizados e têm muito a contribuir", explica.
Outro ponto que precisa ser desconstruído é o clichê de que pessoas mais
velhas são menos abertas a mudanças. "Embora possa haver um estereótipo de
que profissionais mais velhos são resistentes a mudanças, o fato de já terem
passado por diversas experiências e desafios ajuda na construção da competência
de se adaptar às mudanças e na construção de uma resiliência para lidar com
novos desafios", atesta Renata Fonseca.
Talentos e habilidades
A profissional ressalta que profissionais 50+ trazem talentos e habilidades
únicas que só a experiência é capaz de desenvolver, tais como:
·
Solução
de problemas: com histórico comprovado de resoluções de problemas complexos;
·
Mentoria:
com capacidade de atuar como mentores para profissionais mais jovens, compartilhando
seu conhecimento e oferecendo aconselhamento;
·
Estabilidade
emocional;
·
Adaptação
a mudanças: desenvolvidas por meio de diversas experiências e desafios
enfrentados ao longo da carreira.
"O público 50+
precisa ocupar um lugar diferente e complementar ao público mais jovem, e não
'competir' pelo mesmo espaço", ressalta Renata Fonseca.
Como exemplo do que
a profissional indica, ganha destaque o filme "O senhor estagiário" (2015), no
qual o personagem interpretado por Robert De Niro, Ben Whittaker, um homem de
70 anos, decide se candidatar a um programa de estágio na startup de
moda que ocupa o prédio da empresa na qual ele trabalhou durante décadas.
Na construção da sua
relação com a CEO e fundadora da startup, Jules (Anne Hathaway), o senhor
estagiário mostra como a experiência é fundamental na resolução de problemas,
tornando-se um mentor não só para Jules, mas para vários outros funcionários de
diferentes gerações.
Vemos a resiliência
do profissional, a dedicação diária ao aprendizado contínuo, a disponibilidade
para ensinar e a proatividade, afinal foi dele a iniciativa de organizar a mesa
da bagunça que tanto irritava a liderança. Com paciência, troca de experiências
e sem perder o seu estilo, o senhor estagiário torna-se indispensável à equipe.
Conselhos para
profissionais 50+
Para aqueles que
estão se preparando para voltar ao mercado de trabalho, Renata Fonseca
aconselha:
·
Atualização
tecnológica: o mais importante é se manter atualizado com as novas tecnologias
e tendências de mercado;
·
Networking:
use e abuse da sua rede de contatos para buscar novas oportunidades;
·
Abertura
para aprender: esteja aberto a rever seus conceitos e a aprender coisas novas.
Dicas para
entrevistas de emprego
Para se sair bem em
entrevistas, especialmente para aqueles que estão fora do mercado há algum
tempo, Renata Fonseca sugere:
·
Atualização
do LinkedIn: atualize e dê uma turbinada no LinkedIn. Existem consultorias
especializadas que podem ajudar;
·
Retrospectiva
da carreira: durante a entrevista, faça uma retrospectiva de sua carreira e
apresente resultados concretos que você conquistou. Traga, principalmente,
situações que demonstrem como sua experiência profissional consolidada e sua
senioridade fizeram a diferença;
·
Prova
de atualização: dê exemplos de como você se mantém atualizado, citando fóruns,
grupos de discussão e eventos especializados de que você participa.
Para quem quer ser
contratado e para quem contrata
Saber quais as
tendências do mercado e como elas estão de acordo com as habilidades e
competências do profissional é um passo importante. Para isso, há testes
disponíveis no mercado, como o DISC, que ajudam a traçar o perfil
comportamental e, assim, identificar os pontos positivos e aqueles que precisam
ser desenvolvidos para exercer a nova função a fim de ingressar em uma nova
carreira.
Neste ponto, de
acordo com Renata Fonseca, é preciso também comprometimento das empresas,
sobretudo da área de Pessoas e Cultura, por meio de processos seletivos que
promovam o preenchimento de vagas por pessoas diversas, assim como o cultivo de
um ambiente de trabalho que permita que todos os membros da equipe prosperem.
Fonte: Correio Brasiliense
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Definidas as regras para cursos de formação de vigilantes
Publicado em
08/08/2024
às
16:00
A Portaria CGCSP/DPA/PF nº 16 de
2024 definiu os planos de curso, contendo conteúdo programático,
carga horária e demais requisitos dos cursos de formação, extensão e reciclagem
de vigilantes.
As diretrizes
impostas pela Portaria deverão ser adotadas em todas as empresas de curso de
formação e observados no âmbito da Polícia Federal. As mudanças entrarão em
vigor dia 4 de novembro de 2024.
O objetivo do Curso
de Formação de Vigilante - CFV é dotar o aluno de conhecimentos, técnicas,
habilidades e atitudes que o capacitem para o exercício da profissão de vigilante,
em complemento à segurança pública, incluídas as atividades relativas à
vigilância patrimonial, à segurança física de estabelecimentos financeiros e
outros, preparo para dar atendimento e segurança às pessoas e manutenção da
integridade do patrimônio que guarda, bem como treinamento para o uso de
armamento convencional e o emprego de defesa pessoal.
Fonte:
Guia Trabalhista Online
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Olhar para o colaborador é decisivo em momentos de mudanças na empresa
Publicado em
09/04/2024
às
14:00
Líderes
precisam estar atentos a mudanças no comportamento da equipe, como excesso de
conflito e queda do engajamento, já que representam sinais de que surgiu um
problema no programa de transformação
Mais de sete em cada dez líderes (72%) admitem ser muito fácil ignorar os
sinais de alerta emitidos pelos colaboradores que podem indicar problemas no
programa de transformação das empresas.
Isso é compreensível, já que a liderança
envolvida nas transformações costuma estar tão concentrada em sua execução que
acaba não dedicando tempo suficiente para essa tarefa de olhar com atenção para
a equipe - ou, ainda, tem dificuldade de aceitar esses sinais, ficando
reticente a eles.
A constatação faz parte de estudo da EY com a Saïd Business School, da
Universidade de Oxford, que entrevistou, entre junho e julho do ano passado,
846 líderes seniores e 840 funcionários provenientes de empresas com mais de
US$ 1 bilhão em receitas anuais. A amostra contempla 16 setores industriais e
23 países nas Américas, Ásia-Pacífico e Europa, Oriente Médio, Índia e África.
Esse problema de não identificar os sinais emitidos pelos colaboradores faz
parte da primeira etapa, a de sentir, que, ao lado de outras duas, se mostra
indispensável para maximizar as chances de sucesso dos programas de
transformação. Por meio do sentir, os programas constroem sistema de detecção
precoce para identificar rapidamente quando surgem problemas desse tipo,
abrindo a possibilidade de intervir e elevando o índice de sucesso nesse
trabalho.
Entre os comportamentos e emoções mais identificados estão atrasos ou perda de
compromissos relacionados à transformação; aumento das emoções negativas; erros
ou desentendimentos; queda do engajamento; excesso de conflito entre as
pessoas; e falta de clareza sobre como proceder.
Atenção
aos sinais
O estudo deixa claro que os primeiros sinais de que surgiu um problema
significativo no programa de transformação vêm dessas mudanças de emoções e
comportamentos, e não dos sinais considerados clássicos ou tradicionais, como
insucesso nos KPIs ou orçamentos excedidos. Identificar esses sinais vindos das
pessoas requer criar condições seguras para que elas possam falar por meio da
implementação de mecanismos de escuta - de preferência, já no início do
programa de transformação.
A segunda etapa é o entendimento das questões. Para isso, os líderes e
liderados precisam dar sentido a esses questionamentos, criando juntos um
caminho a seguir. Criar sentido significa reunir pessoas de toda a organização,
muitas vezes em um local físico, para chegar a uma compreensão compartilhada
das questões e um sentimento de propriedade sobre o resultado.
Em seguida, o desafio passa a ser olhar a causa raiz, e não o sintoma. Por
exemplo, quando os desafios surgiram em uma empresa entrevistada pelo estudo, o
líder organizou um workshop de colaboração em que 25 pessoas comentaram sobre
os desafios. A constatação foi que todas elas viram a mesma coisa, o que permitiu
encontrar novas formas de trabalhar.
Pessoas
são a solução
Por fim, a terceira etapa consiste em desenvolver ações que coloquem as pessoas
no centro para enfrentar os desafios únicos dos programas de transformação. O
objetivo deve ser manter a confiança na liderança, ou reconstruí-la se for o
caso; a crença no programa; e a confiança nas capacidades necessárias para a
transformação.
Para isso, ainda segundo o estudo, as organizações devem tratar os programas de
transformação como processos dinâmicos que mudam com frequência, afetando o
planejamento traçado. Sendo assim, é preciso ter atenção com os pontos de
virada, evitando que sejam malsucedidos, o que comprometerá o programa de
transformação.
O ponto de virada pode resultar na melhora do desempenho em processo ou projeto
específico, fazendo com que os profissionais envolvidos prosperem nos seus
objetivos, ou ocasionar a falha do programa de transformação. Em ambos os
casos, há reflexos na experiência emocional dos colaboradores. Os pontos de
virada bem-sucedidos têm 1,9 vez mais probabilidade de fazer com que o programa
de transformação supere os KPIs desejados. Além disso, a probabilidade é quase
o dobro de melhorar a preparação e a motivação da força de trabalho para a
próxima transformação, o que contribui para fazer com que a organização abrace
um estado de mudança contínua, cenário desejável em um mundo em constante
modificação.
Fonte: Diário do Comércio
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Imóvel Cedido em Comodato e Cláusulas do Contrato do Trabalho
Publicado em
02/04/2024
às
16:00
A Oitava Turma do
Tribunal Superior do Trabalho acolheu o recurso de um fazendeiro de Corinto
(MG) e determinou a desocupação de um imóvel cedido a um vaqueiro em comodato.
A decisão levou em conta que havia previsão expressa no contrato de trabalho de
que o imóvel seria devolvido ao fim do contrato ou em caso de afastamento
previdenciário.
Acidente
Na ação trabalhista,
o trabalhador rural disse ter sido contratado em outubro de 2018 para atuar em
uma fazenda. Em maio de 2019, sofreu um acidente ao vacinar os bovinos e ficou
afastado pelo INSS.
Venda
Em setembro de 2021,
o proprietário vendeu a fazenda e notificou o vaqueiro de que seu contrato
seria rescindido. Com isso, ele deveria desocupar o imóvel em que morava.
Direito à moradia
Na reclamação trabalhista,
além de pedir indenização por danos morais, estéticos
e materiais em razão do acidente, o trabalhador alegou, entre outros pontos,
que o contrato de trabalho estava suspenso em razão do auxílio-doença e que a medida violaria o direito
constitucional à moradia.
Perda da ruralidade
O fazendeiro contrapôs um pedido para que a Justiça
determinasse a desocupação. Em sua defesa, argumentou que sua situação era a
de empregador doméstico e que a venda da fazenda
implicaria a "perda da ruralidade". Segundo seu raciocínio, não é possível a
continuidade da prestação de serviços rurais para um empregador pessoa física
que não tenha mais terras.
Empréstimo gratuito
Outro argumento foi o de que havia assinado com o
vaqueiro um contrato de comodato (empréstimo gratuito), acessório
ao contrato de trabalho, para facilitar a prestação de
serviço. Esse contrato, segundo o fazendeiro, previa que o imóvel deveria ser
devolvido em caso de afastamento previdenciário. Embora tivesse autorizado o
vaqueiro a continuar ali enquanto estava afastado, isso não lhe garantiria o
direito de "viver para sempre no local, mesmo após a venda da fazenda".
Desocupação
O juízo da Vara do
Trabalho de Curvelo deferiu om pedido do fazendeiro, por entender que,
independentemente de o contrato estar suspenso ou ser extinto pela venda da
fazenda, os termos do contrato de comodato era claros quanto às hipóteses de
desocupação.
Suspensão do
contrato
Contudo, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região
(MG) reformou a sentença. Para o Tribunal Regional do Trabalho, o afastamento
do empregado por motivo de doença suspende o contrato de trabalho em
relação às obrigações principais (prestação de serviços e pagamento de
salários), mas as demais disposições contratuais ficam mantidas, entre elas o
direito à moradia. "Essas obrigações secundárias aderem ao contrato de trabalho, tendo em vista, ainda, que a
impossibilidade de prestação de serviços decorre de fato alheio à vontade do
empregado", registrou a decisão.
Direito de
propriedade
O relator do recurso
de revista do fazendeiro, desembargador convocado Eduardo Pugliese, observou
que a Constituição Federal prevê, entre os direitos fundamentais, a moradia e a
propriedade. "O papel do julgador é o de dar a maior efetividade a esses
direitos e, para tanto, deve fazer a integração das normas com os princípios
gerais do direito", explicou.
No caso, o relator ressaltou que, conforme delineado
pelo Tribunal Regional do Trabalho, trata-se de uma situação em que as próprias
partes convencionaram o termo final do contrato e as possíveis exceções para
seu término, entre elas a suspensão decorrente de benefício
previdenciário.
Ele destacou, ainda, que não há nenhum registro de vício
de consentimento em relação às cláusulas previstas. A decisão do Tribunal
Regional do Trabalho, a seu ver, violou o direito de propriedade e o princípio
de que os acordos devem ser cumpridos.
Ficou vencida a ministra Delaíde Miranda
Arantes.
Nota M&M: Destacamos que esta
decisão foi aplicada neste processo específico, e pode servir como um norteador
para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões
diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte:
Tribunal Superior do Trabalho - Processo: RR-10009-72.2022.5.03.0056,
com "nota" da M&M Assessoria Contábil.
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Como fazer o cálculo do custo do empregado?
Publicado em
20/03/2024
às
10:00
O cálculo do custo do funcionário envolve a soma de
salário, benefícios, encargos trabalhistas e despesas operacionais associadas à
sua contratação. Conheça mais detalhes no conteúdo!
Você sabe quanto
custa para a sua empresa contratar um empregadoo? Além do salário bruto, que é
pago a ele, existem obrigações e impostos que devem ser considerados, além
de benefícios, como vale-refeição e uniforme, por exemplo.
Somando tudo, um
funcionário pode custar até 183% do salário bruto, para a empresa, de acordo
com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas em parceria com a
Confederação Nacional das Indústrias.
O estudo mostra que,
nesse caso, o salário, propriamente dito, corresponde a cerca de 32% do custo
do empregado. O restante é resultado das obrigações sociais, como FGTS e INSS,
e também dos encargos trabalhistas, como vale-transporte e 13º, por exemplo.
Para ajudar a sua
empresa a entender como é feito o cálculo do custo do funcionário e avaliar se
há condições suficientes para arcar com as despesas de um novo empregado, o
Tangerino - controle de ponto preparou algumas dicas. Confira!
Planejamento é
fundamental para saber o custo do funcionário
Conhecer e entender
o valor real de um funcionário para a empresa impacta em diversas
questões, como saber se é realmente o momento mais viável para contratar mais
pessoas e até avaliar as condições financeiras que a empresa tem para conseguir
cumprir com essas despesas.
Além de incluir
questões estratégicas de custo, como encontrar formas de economizar na
contratação e identificar se aquele funcionário traz um retorno para a
empresa, permitindo que o negócio encare um crescimento com o melhor
custo-benefício.
Como você verá neste
artigo, além do salário e dos impostos trabalhistas, também há outros gastos
dependendo da empresa, como uniforme e investimentos em treinamentos para
as equipes.
Nesse contexto, o
planejamento é fundamental. Antes de contratar um funcionário, conheça
quais são os gastos para mantê-lo, de acordo com a lei.
No próximo tópico,
você verá quais são os encargos a serem pagos nos diferentes regimes
tributários.
Custo do empregado
para empresas optantes pelo Simples Nacional
As empresas
registradas no Simples Nacional são aquelas com receita bruta anual de até R$
4,8 milhões (regra que passou a valer a partir de 2018). Esse regime foi
criado, em 2007, na tentativa de facilitar a vida dos microempreendedores e
pequenos empresários. Assim, os tributos pagos por eles são diferenciados, em
relação às grandes empresas, e esses negócios conseguem se manter, inclusive ao
optar pela contratação de um funcionário.
De acordo com a
legislação, empresas enquadradas nesse regime não pagam encargos referentes ao
INSS patronal, salário educação, seguro acidente do trabalho (SAT) e
contribuições ao SENAI, SESI, SEBRAE ou Incra.
Os encargos que entram
na conta são:
· Fração de férias:
11,11%
· Fração de 13º
salário: 8,33%
· FGTS: 8%
· FGTS/Provisão de
multa para rescisão: 4%
· Previdenciário
(férias, FGTS e Descanso Semanal Remunerado): 7,93%
Com essa somatória básica,
significa que praticamente 40% do dinheiro gasto pela empresa para custear um
colaborador não irá para o seu salário, mas é convertido na forma de
imposto.
Custo do empregado
para empresas do Lucro Presumido
Já as empresas que
se enquadram no Lucro Presumido são aquelas que faturaram até R$ 78 milhões no
ano calendário anterior e não atuam com atividades impeditivas para esse
perfil, como bancos comerciais e de investimento, arrendamento mercantil e
seguradoras.
Essas empresas, além
de terem as mesmas obrigações tributárias do Simples Nacional, têm um acréscimo
da alíquota de terceiros (Incra, SENAI, SESI ou SEBRAE), o INSS patronal e
outros encargos não existentes para as pequenas empresas. Veja:
· Fração de férias:
11,11%
· Fração do 13º
salário: 8,33%
· INSS: 20%
· Seguro Acidente de
Trabalho (SAT): 3%
· Salário Educação:
2,5%
· Incra/SENAI/SESI
/SEBRAE: 3,3%
· FGTS: 8%
· FGTS (provisão
mensal de multa para rescisão): 4%
· Previdenciário
(férias, FGTS e Descanso Semanal Remunerado): 7,93%
Assim, no caso do
Lucro Presumido, 68,2% do dinheiro que é gasto pela empresa para custear um
colaborador é convertido na forma de imposto.
Outros gastos que
podem fazer parte do cálculo do custo do empregado
Além das obrigações
e impostos citados, anteriormente, outros gastos podem fazer parte do cálculo,
dependendo da empresa, o que requer mais alguns acréscimos na hora de somar o
custo do funcionário. Veja alguns exemplos:
· uniforme
· refeição fornecida
na empresa ou vale-refeição/alimentação
· treinamentos
· plano de assistência
médica e/ou odontológica
· vale-transporte
Entenda como
funciona a concessão dos auxílios transporte e alimentação
A concessão do
vale-transporte é obrigatória, caso o funcionário necessite do transporte para
trabalhar e o solicite. Ele pode optar também pela não solicitação.
De acordo com a lei,
o funcionário deve arcar com 6% do valor sobre seu salário e o restante é
responsabilidade da empresa. Quanto menor o salário do funcionário, mais
elevado é esse custo com transporte para a empresa.
Já no caso do
vale-refeição ou alimentação, a concessão não é uma obrigação legal do
empregador, a não ser que o benefício esteja previsto no contrato de
trabalho ou em convenção coletiva.
Uma vez concedido, e
quando se não descontar nenhuma porcentagem do funcionário, ele passa a ter
natureza salarial. Isso significa que é preciso somá-lo ao salário para constar
no pagamento das obrigações tributárias, como INSS e FGTS, e das verbas
trabalhistas.
Já quando a empresa
desconta alguma porcentagem do salário do trabalhador, considera-se o benefício
como parcela de natureza indenizatória, não necessitando incorporá-la ao
salário.
De acordo com o art.
458 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o benefício de alimentação não
pode exceder 20% do salário-contratual do funcionário.
Em termos de
desconto do trabalhador, não há um valor mínimo, desde que também não
ultrapasse os 20% do salário. Assim, mesmo quando o desconto é "simbólico",
ele não é incorporado ao salário do trabalhador.
Exemplo prático:
veja como fazer o cálculo do custo do empregado
Agora, que você já
conhece os principais impostos e os possíveis gastos que podem entrar na conta
do custo do funcionário, abaixo mostramos dois exemplos de cálculos, um para
funcionário de empresa do Simples Nacional e outro para quem se enquadra no
Lucro Presumido.
Para essas
simulações, consideramos aqueles tributos e descontos principais, além do
vale-transporte, no momento de fazer os cálculos. Mas é importante reforçar
que, caso haja outros gastos, como vale-refeição e treinamentos mensais, por
exemplo, eles devem entrar nessa somatória também. Veja:
Simples Nacional
Vamos fazer o
cálculo conforme o valor do salário mínimo vigente.
· Salário bruto: R$
1.412,00
· Fração de férias -
R$ 156,87
· Fração de 13º
salário - R$ 117,61
· FGTS - R$ 112,96
· FGTS/Provisão de
multa para rescisão - R$ 56,48
· Previdenciário
(férias, FGTS e Descanso Semanal Remunerado - DSR) - R$ 111,97
· Vale-transporte* -
R$ 113,28
* Considerando que a
passagem tem o valor de R$ 4,50 e que o funcionário precise de duas passagens
por dia. Somando os 22 dias do mês, tem-se um total de R$ 198,00. Com o salário
bruto a R$1.412,00 e descontando os 6% (R$ 84,72) que ficam a cargo do
funcionário, a empresa deve arcar com R$ 113,30.
Para esse exemplo, a
empresa deve desembolsar, além do salário bruto, o valor de R$ 669,43, o que
representa 49,56% a mais que o salário bruto. Assim, o valor total de gasto com
esse funcionário é de R$ 2.081,43.
Lucro Presumido
· Salário bruto: R$
1.412,00
· Fração de férias -
156,87
· Fração do 13º
salário - R$ 117,61
· INSS - R$ 282,40
· Seguro Acidente de
Trabalho (SAT) - R$ 42,36
· Salário Educação -
R$ 35,3
· Incra/SENAI/SESI
/SEBRAE: R$ 46,5
· FGTS - R$ 112,96
· FGTS (provisão
mensal de multa para rescisão) - R$ 56,48
· Previdenciário
(férias, FGTS e DSR) - R$ 111,97
· Vale-transporte - R$
113,28 (mesmo caso do exemplo do Simples Nacional)
Nesse caso, a empresa deve desembolsar, além do salário bruto, o valor de R$
1075,73 o que representa 76,1% a mais que o salário bruto. Assim, o valor total
gasto para manter esse funcionário é de R$2.487,73.
Percebeu a
importância do cálculo do custo do funcionário? Com todas essas informações,
como estão as contas para contratar novos colaboradores?
Em caso de empresas
que têm uma alta taxa de rotatividade, esse gasto tende a ser ainda maior.
Isso porque os processos de contratação e demissão são onerosos. Uma dica para
reduzir essa rotatividade é investir em uma estratégia de retenção de
talentos!
Fonte: Solides, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil
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Prorrogado para 08/03/2024 o prazo para que empresas com 100 ou mais funcionários realizem o preenchimento do Relatório Salarial
Publicado em
02/03/2024
às
16:00
As informações serão utilizadas para a
verificação da existência de diferenças salariais entre mulheres e homens que
ocupam o mesmo cargo
O Ministério do Trabalho e Emprego prorrogou para 8 de março de 2024
o prazo para que as empresas com 100 ou mais funcionários realizarem o
preenchimento ou retificação do Relatório de Transparência Salarial e de
Critérios Remuneratórios do Primeiro Semestre de 2024, devido a
instabilidades no sistema. A iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego e
do Ministério das Mulheres atende ao que determina o Decreto nº 11.795/2023,
publicado em novembro do ano passado para regulamentar a Lei nº 14.611, de
2023, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho de 2023, que
estabelece a obrigatoriedade de igualdade salarial e critérios remuneratórios
entre mulheres e homens.
O preenchimento pelas
empresas deve ser feito por meio do Portal
Emprega Brasil. As informações serão utilizadas para a verificação
da existência de diferenças salariais entre mulheres e homens que ocupam o
mesmo cargo. Os relatórios semestrais de transparência salarial utilizarão
os dados de salários e ocupações de mulheres e homens já informados pelas
empresas pelo eSocial, e as empresas estão sendo solicitadas a prestar algumas
informações adicionais sobre critérios de remuneração e ações que apoiem a
contratação e a promoção de mulheres nas empresas. Todas essas informações
serão consolidadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e disponibilizadas
para disseminação, tal como determina a legislação, em março de 2024. No canal
do MTE no you tube um vídeo detalha o preenchimento do formulário, que pode ser
acessado pelo link https://youtu.be/0Or5kWPvMyY
Caso a empresa não cumpra
com a publicação do relatório de transparência salarial e de critérios
remuneratórios, como determina a Lei nº 14.611/2023, será aplicada uma multa
administrativa cujo valor corresponderá a até 3% da folha de salários, limitado
a 100 salários mínimos, além de multas em casos de discriminação salarial e de
critérios remuneratórios entre mulheres e homens, quando for o caso.
Nos casos em que for
verificada a desigualdade salarial, as empresas com 100 ou mais empregados
deverão elaborar e implementar um Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade
Salarial e de Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens. Estas empresas
serão notificadas por meio da Auditoria-Fiscal do Trabalho para elaborarem o
Plano de Ação no prazo de 90 dias, com a participação de entidade de classe.
Garantia de Direitos
Medidas para a promoção da garantia
da igualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens
também deverão estar previstas no Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade
Salarial e de Critérios Remuneratórios, como a promoção e implementação de
programas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho que incluam a
capacitação de gestores(as), lideranças e empregados(as) a respeito da temática
da equidade entre mulheres e homens no mercado de trabalho; fomento à
capacitação e formação de mulheres para o ingresso, permanência e ascensão no
mercado de trabalho em igualdade de condições com os homens.
Segurança dos dados
Os dados dos relatórios serão anonimizados , observada a
proteção de dados pessoais de que trata aLei Geral de Proteção de Dados (LGPD),
Lei nº 13.709/2018.. Em março de 2024 as empresas poderão acessar a plataforma
do Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho- PDET, do Ministério
do Trabalho, para extraírem, por CNPJ, o seu Relatório de Transparência
Salarial e de Critérios Remuneratórios.
As empresas devem publicar
em seus sites eletrônicos, nas redes sociais ou em instrumentos similares,
garantida a ampla divulgação para os seus empregados, colaboradores e público
em geral, no mês de março/2024, o Relatório de Transparência Salarial e de
Critérios Remuneratórios que foi disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
Canal de atendimento para dúvidas
A empresa interessada em mais informações sobre o assunto pode
encaminhar suas perguntas para o e-mail: igualdadesalarial@trabalho.gov.br.
- Apresentação sobre o
Relatório de Igualdade Salarial aqui.
- Perguntas e Respostas
sobre o processo de preenchimento e divulgação dos dados referentes ao
Relatório de Transparência de Igualdade
Salarial aqui.
- Passo a passo sobre o
cadastro e preenchimento do Formulário aqui.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
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-
Posso beber na festa de fim do ano da empresa? É hora de aproveitar e pedir aumento? Como me vestir?
Publicado em
16/12/2023
às
16:00
Especialistas
em carreiras respondem às dúvidas mais comuns dos trabalhadores
Dezembro chegou, e
as pessoas começam a se despedir do ano. No ambiente corporativo, não é
diferente. E, muitas vezes, isso leva a uma convocação do RH para uma
confraternização, até mesmo fora do escritório, com música, comida e bebida
liberada. Pode parecer uma festa entre amigos, mas não é, vale lembrar.
-
Já vi diretor de empresa ser mandado embora após uma confraternização de fim de
ano, pela postura adotada. Então, cuidado. Garrafas e garrafas de bebidas caras
em cima da mesa? Não é o propósito. Ainda há limites neste ambiente - explica a
neurocientista e especialista em gestão de carreira Andrea Deis.
Para
ajudar os trabalhadores a se portarem nesses eventos, o EXTRA fez perguntas a
especialistas e traz as respostas abaixo. Colaboraram, além de Andrea Deis, a
gerente de RH da Luandre Debora Herdeiro e o coach de líderes Silvio Celestino.
É preciso comparecer?
Segundo
Andrea Deis, essa é a principal pergunta das pessoas que não gostam de eventos
sociais. A resposta é que, na carreira, quem não está na vitrine não é
percebido. Então, sim, o trabalhador deve ir e socializar. A confraternização
de fim de ano do trabalho é troca de talento, não de vida pessoal.
Como
se vestir?
Debora
Herdeiro lembra que as festas corporativas já indicam o tipo de vestimenta
adequada, seja de forma direta ou de acordo com o tema e o quão informal é a
confraternização. Mesmo assim, caso não tenha certeza da vestimenta ideal, vale
procurar a área de RH para não errar na escolha. Andrea Deis acrescenta que,
geralmente, é possível ir mais despojado do que na rotina profissional, mas
evitando camisas muito abertas ou saias muito curtas e bermudas, tomando
cuidado com a assepsia.
Dançar pode?
Se
este for o objetivo da festa - um encontro informal entre os colaboradores, com
música -, não há problema algum, opina Debora Herdeiro.
Pode
beber ou não?
Se
o evento incluir bebidas alcoólicas, a regra de ouro é sempre beber com
moderação. Afinal, o evento, apesar de informal, ainda é corporativo. Se souber
que sua tolerância ao álcool é pequena, não beba para não cometer vexames ou
perder os filtros de comportamento, indica Silvio Celestino.
É permitido flertar?
Não
é adequado flertar em eventos organizacionais.
Levar
acompanhante ou evitar?
Silvio
Celestino opina que algumas festas são feitas para isso. E levar um
acompanhante demonstra que a pessoa tem uma vida social além do trabalho, o que
é visto de forma positiva. Mas, em geral, é importante considerar que a
confraternização de fim de ano também é uma boa oportunidade de fazer
networking (rede de relacionamentos) interno, e um acompanhante pode diminuir
sua interação com os colegas da empresa.
Fonte:
Extra
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Motorista de caminhão - Necessidade do fornecimento de protetor solar
Publicado em
12/12/2023
às
16:00
Falha no fornecimento de protetor solar gera indenização a carreteiro que
desenvolveu câncer de pele
Duas empresas de
transporte foram condenadas a pagar indenização por danos morais no valor de R$
20 mil a motorista de carreta que desenvolveu câncer de pele na orelha. De
acordo com a sentença - proferida na 3ª Vara do Trabalho de São Bernardo do
Campo-SP -, ficou comprovado que o homem permanecia exposto à radiação solar
durante as viagens que realizava pela empresa, contribuindo para o
desenvolvimento da doença.
Em audiência,
testemunhas relataram que não havia controle no fornecimento de protetor solar
aos carreteiros. E nas palavras do juiz Gabriel Garcez Vasconcelos, "sequer foi
comprovado o efetivo fornecimento, em que pese os motoristas carreteiros
exerçam atividades externas". A responsabilidade patronal foi constatada pela
incorrência em condutas omissivas e negligentes, diante da violação do dever
geral de cautela.
Segundo os autos, não
houve redução da capacidade laborativa para as atividades do profissional. No
julgamento, o magistrado explica que, "a ausência de incapacidade não
descaracteriza o dano, mas apenas impacta na extensão deste, de modo que deve
ser ponderada no cálculo da verba indenizatória". Acrescenta ainda que o dano,
nesse caso, é presumido.
Processo pendente de
análise de recurso.
Nota M&M: Destacamos que esta
decisão foi aplicada neste processo específico, e pode servir como um norteador
para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões
diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte:
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, com edição e "nota" da M&M
Assessoria Contábil
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Pequenos negócios geraram 71% das vagas de trabalho criadas em 2023
Publicado em
06/12/2023
às
16:00
De acordo com estudo do Sebrae feito com dados do Caged, as micro e
pequenas empresas contrataram 1,26 milhão de um total de 1,78 milhão de
carteiras assinadas
O Brasil
alcançou, no último mês de outubro/2023, a marca de 1,78 milhão de novos
empregos gerados desde o início do ano. Desse universo, quase 71% foram criados
pelas micro e pequenas empresas, o que corresponde a aproximadamente 1,26
milhão de novos postos de trabalho. Já as médias e grandes geraram 372,4 mil
vagas, o que equivale a cerca de 21% do total de empregos. Os dados são de um
estudo do Sebrae realizado a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, do Ministério da Economia.
Considerando apenas o mês de outubro/2023, o
levantamento do Sebrae mostra que foram criados pouco mais de 190 mil vagas de
trabalho. As micro e pequenas empresas contribuíram com 124,1 mil empregos, o
que representa 65,2% do saldo líquido de contratações efetuadas. Enquanto as
média e grandes empresas foram responsáveis por 69,8 mil novas vagas,
equivalente a 36,7% do saldo.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números
mostram, mais uma vez, a força do pequeno negócio e a importância desse
segmento para a economia. "São os empreendedores de pequeno porte que têm
sustentado o país. São as pessoas que acordam todas as manhãs e fazem o Brasil
se movimentar, distribuindo renda, proporcionando inclusão social e a
transformação das vidas de bairros e municípios, em todas as regiões".
Fonte:
Agência Sebrae / Fenacon
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Empresa pode proibir uso de celular no trabalho? Advogados analisam
Publicado em
06/11/2023
às
10:00
Os especialistas
explicam, também, se os funcionários que descumprirem as regras podem ser
punidos
No mundo conectado em que vivemos, é quase
impossível passar um dia sem nossos inseparáveis amigos de bolso, os celulares.
Mas e quando a questão envolve o local de trabalho? Será que as empresas podem
proibir seus funcionários de darem uma espiadinha no Instagram ou enviarem
mensagens no WhatsApp durante o expediente?
Para responder à questão ouvimos dois
especialistas em Direito do Trabalho. Confira a seguir.
O advogado Otavio Pinto e Silva, do
escritório SiqueiraCastro, explica que os empregadores possuem o chamado
"poder de direção" sobre as atividades de seus empregados, que se
manifesta de três maneiras distintas: 1) organização; 2) fiscalização ou
controle; 3) disciplinar.
Segundo o profissional, levando em conta
essa dimensão de organização inerente ao poder de direção, o empregador pode
adotar as medidas que julgar adequadas para o melhor desenvolvimento das
atividades produtivas, o que em tese inclui a possibilidade de restringir ou
até proibir o uso do celular no trabalho.
No entanto, ele ressalta que é preciso
levar em conta que atualmente o telefone celular é praticamente uma necessidade
diária na vida das pessoas, uma vez que serve não apenas para comunicações
pessoais como também para inúmeras outras atividades cotidianas, como pagar
contas, gerenciar aplicativos de agências bancárias, acessar programas
governamentais, utilizar meios de transporte, planos de saúde, redes sociais
etc.
"Assim, no uso de sua prerrogativa de
organizar as atividades do empregado cabe ao empregador respeitar os direitos
personalíssimos do cidadão, o que na prática demanda muito equilíbrio na adoção
de políticas de restrição ao uso do celular."
Já a advogada Ana Lúcia Pinke Ribeiro de
Paiva, do escritório Araújo e Policastro Advogados, é mais enfática em dizer
que sim, é possível a proibição do uso de aparelho celular pessoal no ambiente
corporativo, durante o horário de trabalho do empregado.
"Isso porque interferências durante a
prestação dos serviços podem gerar, além da interrupção do serviço prestado e
eventual desatenção do empregado, acidentes de trabalho. Logo, a proibição do
uso do aparelho celular está inserida no poder diretivo do empregador, previsto
no caput, do artigo 2º, da CLT."
Maior cuidado
Questionamos os especialistas se em algumas
profissões que demandam mais atenção, como é o caso de babás e cuidadores, por
exemplo, a restrição ao uso do celular pode ser ainda maior. De acordo com
Otavio, esse tipo de atividade pode levar o empregador a exigir do empregado
que se abstenha do uso de funcionalidades do celular durante a jornada, por
exemplo, impedindo que se desvie de suas tarefas para acessar redes sociais no
horário em que está trabalhando.
"Mas, reitere-se, é preciso cautela no
estabelecimento dessas restrições, para não causar embaraços ao trabalhador no
exercício de sua cidadania. Assim, é preciso assegurar ao trabalhador o gozo do
horário de intervalo para refeição e descanso previsto na legislação, quando
então ele poderá acessar o celular para atender suas necessidades
pessoais."
Ana Lúcia, por sua vez, diz que profissões
que exijam cautelas adicionais e ambientes de trabalho que demandem grau maior
de atenção do empregado potencializam a justificativa para a proibição do uso
do aparelho celular no ambiente profissional.
Punições
Caso o trabalhador descumpra as regras
estabelecidas, ele pode ser punido? O advogado do SiqueiraCastro pondera que o
descumprimento das obrigações contratualmente estabelecidas pode levar à
aplicação de medidas disciplinares, tais como advertências (orais ou escritas)
ou suspensões (com desconto nos salários pelo dia, ou dias, de afastamento). No
limite, se o descumprimento for reputado como falta grave, a depender de suas
consequências, pode levar até a uma dispensa com justa causa.
"De todo modo, sempre haverá a
possibilidade de o empregado levar a situação concreta ao exame da Justiça do
Trabalho, caso entenda que eventual punição disciplinar tenha sido descabida ou
exagerada."
A advogada do Araújo e Policastro Advogados
ressalta que, em princípio, o simples uso de celular no ambiente corporativo
não deverá acarretar a penalidade máxima da rescisão do contrato de trabalho
por justa causa. "Porém, o descumprimento da regra é passível de
advertências e a reincidência reiterada poderá levar inclusive
à justa causa", finaliza.
Fonte:
https://www.migalhas.com.br/quentes/395842/empresa-pode-proibir-uso-de-celular-no-trabalho-advogados-analisam
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Empresa pode instalar catraca com biometria para uso do banheiro? Caso real
Publicado em
31/10/2023
às
14:00
A Terceira
Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o exame do recurso de uma
empresa de Osasco (SP), que terá de indenizar um empregado que, para ir ao
banheiro, tinha de passar por catraca com sistema biométrico. A decisão segue o
entendimento do Tribunal Superior do Trabalho de que o controle do uso do
banheiro pela empregadora fere o princípio da dignidade da pessoa humana.
Digital
Na ação trabalhista, o empregado, admitido em agosto de 2020 como
operador júnior, disse que, alguns meses após o início do contrato, a empresa
instalou a catraca com reconhecimento digital para acesso aos banheiros, sem
justificar a finalidade do controle. O objetivo, segundo ele, era vigiar o
tempo de permanência no local, o que configuraria abuso de poder.
Covid-19
Em sua defesa, a empresa alegou que se tratava de uma medida de
prevenção à covid-19, para evitar aglomerações. Segundo a empresa, os
empregados podiam usar o banheiro quantas vezes precisassem e pelo tempo que
fosse necessário, e não se poderia presumir que a intenção da medida fosse
controlar o acesso ao banheiro.
Recursos obscuros
A justificativa da pandemia foi afastada pelo juízo da 3ª Vara do
Trabalho de Osasco, para quem a empresa se valeu de uma suposta preocupação
para invadir a intimidade de seus empregados, visando ao aumento da
produtividade, "mesmo que, para isso, recursos obscuros viessem a ser
adotados". Pela sentença, a empresa deveria pagar R$ 5 mil de indenização ao
empregado.
Outros recursos
Mesmo entendimento teve o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
(SP), ao rejeitar recurso da empresa. "Se a preocupação fosse de fato controlar
a disseminação do vírus, a empresa poderia impor a prática de outros recursos
de proteção, muito menos invasivas, como rodízio e teletrabalho, e não a
instalação de catraca na entrada do banheiro", disse o Tribunal Regional do
Trabalho, que apenas reduziu para R$ 3 mil o valor de indenização.
Necessidades fisiológicas
Em agosto de 2023, por decisão monocrática, o ministro José Roberto
Pimenta, negou seguimento ao recurso da empresa contra a decisão do Tribunal
Regional do Trabalho. Para o ministro, a empresa extrapolou os limites do seu
poder diretivo e afrontou normas de proteção à saúde, pois a restrição ao uso
do banheiro por meio das catracas com biometria impede os empregados de
satisfazer necessidades fisiológicas inerentes a qualquer ser humano, o que
pode acarretar até mesmo o surgimento de doenças.
Jurisprudência
A empresa ainda tentou a análise do caso pelo colegiado, afirmando que
não ficou comprovado que havia restrição de uso de banheiro, mas, por
unanimidade, o colegiado explicou que, conforme a jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho, esse tipo de controle viola a dignidade dos trabalhadores
e configura ato ilícito, sendo, assim, indenizável o dano moral sofrido pelo
empregado.
A decisão foi unânime.
Processo: Ag-AIRR-1001393-44.2021.5.02.0383
Nota M&M: Destacamos que esta
decisão foi aplicada neste processo específico, e pode servir como um norteador
para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões
diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho, com edição e "nota" da M&M Assessoria Contábil
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Restrição a Uso de Banheiro Gera Indenização
Publicado em
05/10/2023
às
16:00
Empresa de teleatendimento é condenada por vincular remuneração a tempo
de uso de banheiro
Uma teleatendente de
Londrina (PR) receberá indenização de R$ 10 mil do empregador. porque a empresa
vinculava o pagamento de um prêmio de incentivo ao tempo de idas ao banheiro. A
decisão é da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que considerou
inadequados e reprováveis os procedimentos adotados pela empregadora.
Humilhantes
Segundo a
trabalhadora, a empresa adotava uma parcela denominada Remuneração Variável
(RV) como complemento do salário. O valor era calculado com base na
produtividade, e a RV do supervisor dependia diretamente do desempenho das
pessoas subordinadas a ele. Assim, ele fazia tudo para forçá-las a atingir as
metas, inclusive com práticas humilhantes, como o controle rígido das pausas
para idas ao banheiro.
Incômodos
A empregadora, em
sua defesa, alegou que não restringia a utilização do banheiro, apenas
solicitava que os empregados avisassem no sistema quando precisassem
utilizá-lo. A providência seria necessária para que não fosse repassada nenhuma
ligação ao operador na sua ausência.
Para a empresa, nenhum ambiente de trabalho está livre
de desentendimentos, mas a caracterização do dano moral depende
de mais elementos do que "simples incômodos".
Produção
O juízo da 3ª Vara do
Trabalho de Londrina e o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)
rejeitaram o pedido de indenização. Segundo o Tribunal Regional do Trabalho,
não ficou demonstrado que as pausas para banheiro influenciassem negativamente
o cálculo da remuneração variável ou que correspondessem a algum desconto.
De acordo com a decisão, a exigência do cumprimento de
metas e a resposta do empregado aos anseios do empregador e sua cobrança são
normais no mercado de trabalho, "exceto quando os limites são
extrapolados, o que não se afigurou no caso".
Inadequados e
reprováveis
Mas, para o relator
do recurso da teleatendente, ministro Dezena da Silva, a matéria já tem
jurisprudência consolidada no Tribunal Superior do Trabalho no sentido de que
esses procedimentos são inadequados e reprováveis. Trata-se, segundo ele, o
mecanismo que visa restringir o uso dos banheiros induz a trabalhadora a
negligenciar suas necessidades fisiológicas, sob pena de ver reduzida sua
remuneração.
Silva lembrou que essa conduta contraria as disposições
do anexo II da Norma Regulamentadora (NR) 17 do
Ministério do Trabalho, dirigido especificamente a quem trabalha em
teleatendimento ou telemarketing.
A decisão foi unânime.
Nota M&M: Destacamos que esta
decisão foi aplicada neste processo específico, e pode servir como um norteador
para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões
diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte:
Tribunal Superior do Trabalho (TST), Processo: RR-679-07.2021.5.09.0513,
com "nota" da M&M Assessoria Contábil
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Idade mínima permitida para o trabalho no Brasil
Publicado em
12/07/2023
às
10:00
De
acordo com a legislação brasileira, a idade mínima permitida para o trabalho no
Brasil é:
a) Menor aprendiz, a partir dos 14
anos;
b) Contratação geral, a
partir de 16 anos;
c) Trabalho noturno, perigoso e
insalubre são proibidos para menores de 18 anos, conforme art. 7º, inciso
XXXIII, da Constituição Federal;
d)
Trabalho como doméstico é proibido para menores de 18
anos, por força da Lei Complementar 150/2015, art. 1º,
parágrafo único.
Fonte:
Guia Tributário, com edição de texto pela M&M
Assessoria Contábil
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Ressarcimento de energia elétrica e internet no teletrabalho - Não incidência de INSS e IRRF
Publicado em
17/05/2023
às
16:00
Tais custos podem ser considerados como dedutíveis
para determinação do Lucro Real
Os
valores pagos para ressarcimento de despesas arcadas pelos empregados com
internet e consumo de energia elétrica em decorrência da prestação de serviços
no regime de teletrabalho não devem ser incluídos na base de
cálculo das contribuições previdenciárias e nem do Imposto de Renda
Retido na Fonte.
Contudo,
para a caracterização do aspecto indenizatório dos valores percebidos, o
beneficiário deve comprovar as despesas, mediante documentação hábil e idônea,
afastando, por conseguinte, a incidência das contribuições previdenciárias
e do IRRF.
Despesas
dedutíveis para fins de Lucro Real
Os
valores pagos para ressarcimento de despesas arcadas pelos empregados com
internet e consumo de energia elétrica em decorrência da prestação de serviços
no regime de teletrabalho, necessárias à atividade da empresa e à
manutenção da fonte produtora, podem ser consideradas como dedutíveis na
determinação do Lucro Real, desde que o beneficiário comprove, mediante
documentação hábil e idônea, os valores despendidos.
Base legal:
Solução de Consulta nº 87, de 14/03/2023; Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, aprovado pelo art. 1º do Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de
2018, art. 311, §§ 1º e 2º; Parecer Normativo CST nº 32, de 17 de agosto de
1981; Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, art. 75-D, parágrafo único,
art. 457, § 2º; Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, art. 214, § 9º, inciso
V, alínea "m" ; Instrução Normativa nº 2.110, de 17 de outubro de
2022, art. 34, inciso VII; Constituição Federal de 1988, art. 146, inciso III;
Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), art.
43, incisos I e II, § 1º, e art. 111, inciso II; Lei nº 7.713, de 22 de
dezembro de 1988, Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 3º, caput e §§
1º e 4º;
Texto editado pela M&M
Assessoria Contábil.
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Em rescisão contratual, coação trabalhista exige prova
Publicado em
14/03/2023
às
10:00
Caracteriza-se
coação o constrangimento físico ou moral para obrigar que alguém faça ou deixe
de fazer algo.
Um exemplo de coação
é quando o empregador pressiona o empregado para que este assine um pedido de demissão, visando, assim, rescindir o contrato
sem o pagamento da multa do FGTS e aviso prévio, além dos
reflexos respectivos nas férias e 13º salário.
A simples alegação
de coação no pedido de demissão não é suficiente, por si só, de caracterizá-la,
devendo o empregado coagido provar que o empregador agiu neste sentido (como
testemunhas, por exemplo).
Recentemente, o TRT
da 2ª Região manteve decisão de 1º grau que negou nulidade do pedido de
demissão a homem que alega ter sido coagido pelo empregador a solicitar a
dispensa (Processo nº 1000063-18.2022.5.02.0014).
Segundo a decisão do
tribunal, nesses casos, é necessário que seja apresentada prova concreta, o que
não foi feito pelo empregado no processo em questão. Para os magistrados,
embora o trabalhador tenha afirmado ser vítima de fraude e de não ter intenção
de deixar suas funções, não apresentou prova da alegada ilicitude na ruptura do
contrato.
Além disso,
informou, em depoimento pessoal, que saiu do trabalho porque "o salário estava
ruim e que sentiu que foi forçado a deixar a empresa porque era mandado fazer
tarefas que não deveria". O pedido de demissão foi redigido e assinado pelo
profissional.
"Saliente-se que a
coação é um dos vícios de consentimento nos negócios jurídicos,
caracterizando-se pelo constrangimento físico ou moral para que alguém, fundado
em real temor de dano a sua pessoa, à sua família ou a seus bens, pratique
algum ato contrário à sua vontade. Sendo a coação o extraordinário, não pode
ser meramente alegada, devendo ser robustamente comprovada", ponderou a
relatora, a juíza convocada Thaís Verrastro de Almeida.
Nota
M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada
neste processo específico, e pode servir como um norteador para futuras
sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões diferentes,
especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TRT 2ª Região / Guia Trabalhista,
com "nota" da M&M Assessoria Contábil.
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Empregada que era obrigada a trocar de roupa em vestiário unissex deverá receber indenização por danos morais
Publicado em
02/02/2023
às
16:00
TRT-RS
considerou que a exposição da intimidade da empregada provocou constrangimento
indevido
O hospital onde
a técnica de higienização trabalhava não dispunha, na época do seu contrato, de
vestiários separados para homens e mulheres. A 6ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (RS) considerou que a exposição da intimidade da empregada
na troca de roupa em vestiário unissex provocou constrangimento indevido. O
colegiado manteve a indenização por dano moral em R$ 5 mil, fixada em sentença
pela juíza Gabriela Lenz de Lacerda, da 4ª Vara do Trabalho de Porto Alegre.
De acordo com a prova testemunhal produzida no
processo, não havia separação entre os vestiários masculino e feminino durante
o período em que a trabalhadora prestou serviços. A juíza Gabriela de Lacerda
observou que isso provocava situações vexatórias, degradantes e constrangedoras
à empregada, "haja vista a possibilidade de expor suas intimidades, trocando de
roupas diante dos colegas de trabalho e até mesmo diante do sexo oposto". Nesse
sentido, a magistrada condenou a empregadora ao pagamento de uma indenização
por danos morais de R$ 5 mil.
As partes recorreram ao TRT-4. A empregadora
argumentou que não teria havido qualquer dano à empregada, já que a área
destinava-se à guarda de pertences e não à troca de roupa. A trabalhadora
recorreu para pedir o aumento da indenização, sustentando que o valor
estabelecido não considera a capacidade econômica do ofensor, o grau de culpa e
o caráter punitivo-pedagógico.
A relatora do caso na 6ª Turma, desembargadora
Beatriz Renck, considerou que foi demonstrado o uso de vestiário tanto por homens
quanto por mulheres, e que no local não havia qualquer tipo de divisória,
conforme as fotografias trazidas ao processo. "As condições do local, portanto,
eram inadequadas, ferindo a dignidade e os direitos de personalidade da autora,
notadamente a inviolabilidade da honra, imagem, vida privada e intimidade",
sustentou a magistrada. Assim, foi negado o provimento ao recurso da
empregadora.
Com relação ao valor da indenização, a
desembargadora ponderou que ele deve levar em conta a extensão do dano e as
condições econômicas do agressor, de modo a reparar o dano sofrido, ainda que
parcialmente, sem causar enriquecimento injustificado. Também afirmou que a
indenização deve ter um caráter pedagógico, com o intuito de evitar que
situações dessa natureza se repitam. Nessa linha, a Turma entendeu que o valor
fixado na origem está adequado aos fins citados, além de estar em consonância
com os precedentes do órgão julgador para casos similares. Nesse panorama, o
recurso da autora não foi provido, sendo mantida a condenação em indenização
por danos morais em R$ 5 mil.
O processo envolve ainda outros pedidos. Também
participaram do julgamento o desembargador Fernando Luiz de Moura Cassal e a
desembargadora Simone Maria Nunes. A empregadora interpôs Recurso de Revista
para o Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Nota
M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo específico, e pode
servir como um norteador para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes
poderão ter decisões diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e
segundo graus.
Fonte: Bárbara
Frank (Secom-TRT4) / Porto
Alegre 24 Horas, com "nota" da M&M Assessoria Contábil
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Veja o que diz a legislação sobre a Responsabilidade Subsidiária Trabalhista
Publicado em
10/01/2023
às
14:00
O
atraso ou o não pagamento dos direitos trabalhistas faz com que
muitas empresas sejam acionadas pela Justiça do Trabalho. O que muitos não
sabem é que, caso a empresa contratante não cumpra suas obrigações, é possível
acionar a chamada responsabilidade subsidiária trabalhista.
Assim, uma terceira
empresa, relacionada à contratante e que também se beneficia dos serviços do
trabalhador, pode ser obrigada a pagar todas as dívidas trabalhistas.
Achou confuso?
Isso significa que é
importante que a sua empresa entenda o que é responsabilidade subsidiária, o
que diz a legislação e quais suas consequências. Tudo isso será abordado nos
seguintes tópicos:
· O que é um benefício
de ordem?
· Responsabilidade
subsidiária trabalhista: conceito.
· Quais são os
principais motivos que levam um colaborador a entrar com Responsabilidade
subsidiária trabalhista?
· O que a legislação
trabalhista diz sobre a Responsabilidade Subsidiária trabalhista?
· Quais são as
consequências da Responsabilidade Subsidiária Trabalhista para a empresa
terceirizada?
· Principais dúvidas
sobre Responsabilidade Subsidiária Trabalhista.
O que é um benefício de ordem?
Benefício de ordem é
o termo utilizado para se referir ao direito que o fiador tem de pedir que os
bens do devedor sejam liquidados antes que ele próprio pague a dívida.
Esse direito é
garantido pelo Artigo 827 do Código Civil, que ainda permite que o fiador
nomeie os bens do devedor que podem ser utilizados para pagar a sua dívida.
Mas qual a relação
entre esse conceito e a responsabilidade trabalhista?
No Direito do
Trabalho, a responsabilidade trabalhista pode ser dividida em duas vertentes:
a solidária e a
subsidiária.
Nos dois casos, o
objetivo é garantir que a empresa contratante pague as obrigações trabalhistas
que foram sonegadas durante a vigência do contrato de trabalho do
colaborador.
Porém, no caso da
responsabilidade solidária, o Artigo 264 do Código Civil estabelece
que a dívida poderá ser cobrada das duas partes. Por isso, o fiador não pode
utilizar o direito do benefício de ordem.
Por outro lado, no
caso da responsabilidade subsidiária, a dívida trabalhista será cobrada do
fiador ou de uma terceira empresa somente se o devedor principal, ou seja, a
empresa contratante, deixar de pagar a dívida. Somente nesse caso, o fiador
pode recorrer ao benefício de ordem.
Como esse assunto é
bem amplo, vamos explicar o que é responsabilidade subsidiária e quais são suas
características nos próximos tópicos.
Responsabilidade subsidiária
trabalhista: conceito
De
acordo com o Direito do Trabalho, no caso da responsabilidade subsidiária, o
principal responsável pela dívida é facilmente identificado. Como consequência,
também é mais fácil reconhecer outras empresas que podem ser responsabilizadas
pela dívida.
Por isso, entende-se
que a responsabilidade subsidiária ocorre quando esse devedor principal não
paga suas obrigações.
Sendo assim, outras
empresas, que podem ser ligadas ao mesmo grupo ou fazem parte do mesmo
conglomerado, são acionadas pela Justiça do Trabalho para o pagamento da dívida
trabalhista.
Mas você sabe quais
são as dívidas trabalhistas que podem ser cobradas através desse recurso?
Entenda abaixo.
Quais são os principais motivos que levam um
colaborador a entrar com Responsabilidade Subsidiária trabalhista?
Existem vários
motivos que podem justificar o acionamento da Justiça do Trabalho e a alegação
da responsabilidade subsidiária. Confira as principais razões abaixo:
Atraso de 13º
O artigo
7 da Constituição Federal estabelece a obrigatoriedade do pagamento
do décimo terceiro salário, que é considerado um direito do trabalhador
urbano e rural.
Por isso, caso a
empresa não faça esse pagamento no prazo e com o valor exigido por lei, ela
pode ser acionada judicialmente.
Além desse débito, a
empresa ainda pode ser penalizada com o pagamento de multas administrativas e
de um valor correspondente a correção da dívida, que depende da Convenção
Coletiva da categoria profissional.
Não pagamento das férias
A
legislação trabalhista determina que, após 12 meses de trabalho numa mesma
empresa, o trabalhador tem direito a férias remuneradas e ao terço
constitucional sobre o valor do benefício.
Caso esse pagamento
não seja realizado, o trabalhador pode recorrer à Justiça do Trabalho e acionar
a responsabilidade subsidiária da empresa
contratante.
No entanto, a
legislação trabalhista determina que, nesse caso, o valor da dívida seja
correspondente ao dobro do valor total que o funcionário deveria receber.
Ou seja, supondo que
o trabalhador deveria receber R$ 2.000,00 de férias, por exemplo, então, em
caso de atraso, a empresa contratante deverá pagar R$ 4.000,00.
Vale lembrar que o
valor inicial das férias pode sofrer descontos em função de faltas, atrasos,
licenças, entre outros.
Por isso, é
importante que a empresa não só tenha um controle de frequência eficiente,
mas também consiga fazer os cálculos e os relatórios sobre cada funcionário da
maneira correta.
Nesse cenário,
investir num bom sistema de controle de ponto, como a PontoTel, torna
todo esse processo mais prático e eficiente. Assim, a empresa consegue calcular
os valores devidos aos colaboradores e gerenciar de forma mais eficiente sua
folha de pagamentos, evitando atrasos.
Não pagamento do salário
A legislação
trabalhista não permite o atraso no pagamento dos salários dos
colaboradores, a não ser que o atraso tenha sido acordado coletivamente.
No entanto, esse acordo não exime a empresa do pagamento desse direito
trabalhista.
Na verdade, a
empresa contratante tem a obrigação de pagar o salário dos funcionários mesmo
se estiver passando por problemas financeiros.
Caso esse pagamento
não seja feito, o trabalhador pode acionar a justiça, que exigirá o pagamento
do valor devido com correção monetária. Além disso, a empresa ainda pode pagar
uma indenização por danos morais e materiais em função da dívida.
Atraso no pagamento dos benefícios
Além do salário
mensal, os trabalhadores contratados via CLT têm direito a vários benefícios,
que devem ser obrigatoriamente pagos pela empresa contratante.
Além das férias
remuneradas, também é possível citar o décimo terceiro salário, horas
extras, adicional de insalubridade, vale-transporte, FGTS, INSS,
entre outros benefícios garantidos pela legislação trabalhista.
Em função da
importância desses benefícios, o atraso ou não pagamento dos direitos
trabalhistas pode resultar em processos judiciais e multas para o
empregador.
As consequências
desse atraso e o valor da multa variam de acordo com o benefício, sendo que a
dívida também pode ser considerada responsabilidade subsidiária do tomador de
serviços.
O que a legislação trabalhista diz sobre a
Responsabilidade Subsidiária trabalhista?
A legislação
trabalhista, bem como as decisões dos tribunais superiores, serve como base
para guiar o julgamento e as ações dos processos trabalhistas.
Por isso, é
importante conhecer o que diz o Direito do Trabalho sobre a responsabilidade
subsidiária e como ela pode ser aplicada. Entenda abaixo:
Súmula 331 do TST
Embora a
responsabilidade subsidiária não seja prevista em lei, seu entendimento tem
como base a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
que em seu Inciso IV estabelece o seguinte:
"O inadimplemento
das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações,
desde que haja participado da relação processual e conste também do título
executivo judicial."
Além disso, o Inciso
VI da mesma súmula estabelece que a empresa tomadora de serviços deve arcar com
todas as verbas, ou seja, as dívidas decorrentes da ação judicial e que são referentes
ao período de prestação de serviços do funcionário.
Vale lembrar que
essa empresa tomadora de serviços pode ser identificada como aquela que se
beneficia da produção do trabalhador, mesmo não estando ligada diretamente a
ele.
Esse tipo de relação
ocorre no caso do contrato de trabalho temporário e na contratação de
profissionais terceirizados.
Por isso, além de
serem responsabilizadas pelo pagamento dos valores trabalhistas devidos, essa
empresa tomadora de serviços ainda pode arcar com os custos de indenizações e
multas, caso a contratante não cumpra a ordem de pagamento da dívida.
Artigo 71 da Lei 8.666/93
A Lei nº 8.666, de 21 de Junho de 1993,
estabelece normas para a realização de licitações e contratos da Administração
pública. Seu texto é importante porque também determina a responsabilidade das
empresas contratadas por licitação com relação ao pagamento de seus
funcionários.
De acordo com
o Artigo 71 desta lei, a empresa contratada é
responsável pelo pagamento de encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais. Além disso, caso a empresa não faça esses pagamentos, a
Administração Pública não poderá ser responsabilizada pela quitação dessas
dívidas.
Apesar desse texto,
muitas decisões em processos trabalhistas julgados pelo Tribunal Superior do
Trabalho (TST) e pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) foram baseadas na
Súmula 331/TST.
Nesses processos, os
órgãos da Administração Pública eram considerados responsáveis pelo pagamento
dos direitos trabalhistas dos funcionários de empresas contratadas
via licitação e que estavam inadimplentes.
Em função disso,
várias reclamações foram ajuizadas no Supremo Tribunal Federal (STF) contra as
decisões do TST e TRT, colocando em dúvida a constitucionalidade do Artigo 71
da Lei 8.666/93, já que ela contraria a Súmula 331 do TST.
Diante disso, o
Plenário do STF se reuniu para julgar a questão, de modo que a maioria dos
ministros declarou a constitucionalidade do Artigo 71 da Lei 8.666/93.
Sendo assim, a
Administração Pública não pode ser responsabilizada automaticamente pelo
pagamento de dívidas trabalhistas, a não ser que tenha sido negligente na
fiscalização da empresa contratante.
Quais são as consequências da
Responsabilidade Subsidiária Trabalhista para a empresa terceirizada?
A Reforma
Trabalhista permitiu que uma pessoa física ou jurídica possa contratar uma
empresa terceirizada para realizar qualquer serviço, mesmo que seja a atividade
principal da empresa contratante.
Por isso, se o
trabalhador terceirizado sofrer algum dano, ele pode acionar a Justiça do
Trabalho para solicitar o pagamento devido da empresa terceirizada.
Caso essa empresa
não arque com suas responsabilidades, então o trabalhador pode acionar a
responsabilidade subsidiária trabalhista da empresa tomadora de serviços.
E para a contratante?
O Artigo nº 5-A da Lei nº 13.429/2017, a
empresa contratante ou tomadora dos serviços passa a ser responsável
subsidiária de todas as dívidas do devedor principal, que é a empresa
terceirizada.
Por isso, além da
dívida, a contratante ainda deverá pagar multas e verbas rescisórias ou
indenizatórias, já que o trabalhador prestava serviços para a empresa
contratante.
Principais dúvidas sobre Responsabilidade
Subsidiária Trabalhista
A questão da
responsabilidade trabalhista pode gerar muitas dúvidas entre trabalhadores e
empresas. Por isso, compartilhamos abaixo as respostas para os principais
questionamentos sobre o assunto.
Responsabilidade Subsidiária Trabalhista só
acontece com serviços terceirizados?
Não, a
responsabilidade subsidiária trabalhista também pode ser utilizada em processos
trabalhistas nos quais a empresa contratante inadimplente faz parte de um grupo
econômico ou conglomerado.
Nesse caso, as
demais pessoas jurídicas que fazem parte desse grupo podem ser
responsabilizadas pelo pagamento das dívidas da empresa contratante.
Como a
Responsabilidade Subsidiária Trabalhista é aplicada em entes públicos?
O STF votou a favor
da constitucionalidade do Artigo 71 da Lei 8.666/93, como explicado
anteriormente. Por isso, o pagamento de dívidas trabalhistas dessa empresa não
pode ser transferido, de modo automático, para a Administração Pública.
No entanto, o
plenário também decidiu, em unanimidade, que o TST não pode generalizar os
casos e que deve investigar se a inadimplência é resultante de falha ou falta
de fiscalização pelo órgão público contratante.
Em função disso,
caso fique comprovado que o ente público não fiscalizou ou não fez um controle
eficiente da empresa contratante, então ele será responsabilizado
subsidiariamente pelo pagamento das obrigações trabalhistas devidas pela
empregadora.
Diferenças entre Responsabilidade
Subsidiária Trabalhista e Responsabilidade Solidária Trabalhista?
A principal
diferença entre responsabilidade
solidária e subsidiária no direito do trabalho está no modo de
compartilhamento da dívida.
Na responsabilidade
solidária, a Justiça pode exigir que um ou todos os devedores, ao mesmo tempo,
façam o pagamento da dívida trabalhista. Já na responsabilidade subsidiária,
não existe esse compartilhamento.
Nesse caso, existe
somente um devedor principal. Se esse devedor não cumprir suas obrigações,
outra empresa responderá subsidiariamente à dívida, ou seja, deverá pagar todos
os valores devidos.
Conclusão
A legislação
trabalhista estabelece vários direitos que devem ser obrigatoriamente pagos
pela empresa contratante. O objetivo dessas leis é evitar que o empregador
abuse de seu poder, bem como garantir a segurança social e laboral do
trabalhador.
E como é possível
ver ao longo do texto, a responsabilização trabalhista é uma das formas
utilizadas pelo Direito do Trabalho para proteger o trabalhador e garantir que
ele tenha acesso àquilo que é seu por direito.
Nesse contexto, é
importante que as empresas contratantes tenham cuidado para seguir o que é
determinado por lei.
Caso contrário, com
o acionamento da responsabilidade subsidiária, outras empresas e até entes
públicos ligados à contratante podem ser responsabilizados pelo pagamento de
dívidas trabalhistas.
Fonte:
Pontotel / Jornal Contábil
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Publicações nas redes sociais podem causar demissão? Especialistas explicam
Publicado em
28/12/2022
às
16:00
Mesmo com as definições, ainda há pouca jurisprudência sobre os casos,
que costumam ser julgados individualmente
Quando publicações nas redes sociais podem
levar a uma demissão? Há poucos dias, "dancinhas" publicadas no "Tiktok" e o
caso de uma juíza que foi suspensa por três meses, após aparecer seminua e
fumando na cama durante uma audiência virtual, suscitaram a discussão entre o
que interpola a vida privada e o trabalho nas mídias.
Especialistas em direito trabalhista
ouvidos pela reportagem de O TEMPO explicam que, em suma, é
importante não fazer nada que prejudique a imagem da empresa - mesmo em perfis
privados nas redes. Em contrapartida, o direito de expressão do funcionário
deve ser respeitado pela empregadora se não houver comprometimentos devidos.
Mesmo com as definições, ainda há pouca jurisprudência sobre os casos, que
costumam ser julgados individualmente e dependem das circunstâncias.
"A questão da rede social é que tudo se torna público, mesmo se o perfil for
privado. Não se pode fazer nada que prejudique a imagem da empresa. Lesão à
honra do empregador enseja demissão por justa causa. Fazer um post falando mal
do seu chefe, por exemplo, pode se enquadrar em justa causa. Outras coisas,
como se colocar em uma condição vexatória com o uniforme da empresa, que têm
que ser usados exclusivamente para o trabalho, também pode gerar demissão",
pontua a advogada trabalhista Cláudia Fernandes. "A recomendação é que
problemas internos se resolvam internamente. Da mesma forma como não se deve
falar mal de ninguém, rede social não é lugar para 'lavar roupa-suja' do
trabalho", completa.
Daniela Muradas Antunes, advogada e professora de direito trabalhista na
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que o direito de expressão
é amplo, mas "é correlato à responsabilidade pelo o que se diz". Por isso,
manifestações nas redes sociais relacionadas ao trabalho e à empresa devem ser
ponderadas.
"Por outro lado, também é vedado ao empregador pesquisas que sejam
violadoras à vida privada do trabalhador. Os trabalhadores, ainda que em
ambiente público, têm o direito de não estar sob fiscalização patronal. A
empresa não deve ficar fiscalizando rede social, isso viola a vida privada. Se
há comportamentos desconexos da situação privada com o emprego, há conexão com
outras dimensões da pessoa, vida social, engajamento político, etc, não é algo
que caiba à empresa e acaba gerando no empregador uma necessidade de refletir
inclusive o abuso nessas pesquisas", ressalta.
Fonte: O Tempo
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Dezembro Vermelho: conheça os direitos trabalhistas, previdenciários e fiscais de quem tem HIV
Publicado em
17/12/2022
às
16:00
Conheça o que a legislação determina de
direitos trabalhistas, previdenciários e fiscais para quem tem HIV.
Chamada de Dezembro Vermelho, a campanha que o Ministério da Saúde coloca em
evidência neste mês é a de prevenção a Aids e outras Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs).
Neste período, especialistas promovem ações, junto do
governo, para chamar a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos
direitos das pessoas infectadas com o HIV.
Segundo o Ministério da Saúde,
no Brasil, 92% das pessoas em tratamento já atingiram o estágio de estarem
indetectáveis, ou seja, estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue
manter a qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids.
Essa conquista se deve à oferta do melhor tratamento
disponível para o HIV, com a incorporação de medicamentos de primeira linha
para tratar os pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O movimento Dezembro Vermelho também traz luz aos direitos
previstos na legislação para as pessoas acometidas pela doença, que são eles:
-direitos
trabalhistas, previdenciários e financeiros;
-manter
em sigilo a sua condição sorológica no ambiente de trabalho;
-manter
sigilo em exames admissionais, periódicos ou demissionais;
-realizar
o saque do FGTS;
-benefício
assistencial de prestação continuada BPC (LOAS);
-outros.
Aposentadoria por invalidez
É previsto que todas as pessoas que estão acometidas de
HIV/AIDS têm direito ao benefício de aposentadoria por invalidez concedido pela
Previdência Social
por intermédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) .
Contudo, para ter acesso ao benefício de aposentadoria por
invalidez é preciso preencher alguns requisitos previstos no artigo 43 da Lei
8.213/91, a saber:
ser
segurado(a) do INSS;
o
HIV deve acarretar a incapacidade laboral total e permanente;
deve
possuir laudo médico detalhado constando a incapacidade laboral do portador de
HIV.
Isenção do Imposto de Renda
Em relação a isenção do Imposto de Renda para quem tem HIV/Aids, prevê o inciso XIV
do artigo 6º da Lei nº 7.713/88 que os proventos de aposentadoria ou reforma
motivada por acidente em serviço, bem como os percebidos pelos portadores de
doenças graves ou moléstia profissional, são isentos de Imposto de Renda.
Dentre as doenças previstas no rol estabelecido no
mencionado dispositivo legal está a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida). Os aposentados portadores dessa moléstia têm, portanto, direito à
isenção do Imposto de Renda - IR, sendo observada em conjunto com os
rendimentos da aposentadoria, pensão ou reserva/reforma (militares), de acordo
com o que previsto pela Lei nº 7.713/1988.
A finalidade do benefício é justamente diminuir os
sacrifícios do paciente, aliviando-o dos encargos financeiros decorrentes do
tratamento da enfermidade. Portanto, todos os aposentados que sejam portadores
dessa doença têm o direito de solicitar isenção de Imposto de Renda.
O aposentado tem direito à isenção, mesmo que a doença
tenha sido contraída após a aposentadoria. Também são considerados isentos os
valores que complementam a aposentadoria, como aqueles recebidos a título de
previdência privada e pensão em cumprimento de acordo ou decisão judicial, ou
ainda por escritura pública, inclusive a prestação de alimentos provisionais.
Importante destacar que o benefício da isenção não é
estendido aos valores recebidos pelo aposentado em razão de vínculo
empregatício ou atividade profissional. Ou seja, os rendimentos recebidos pelo
aposentado decorrentes de prestação de serviço ou salário, mesmo que seja
portador de doença grave, não são isentos.
O mesmo ocorre com os valores recebidos a título de
resgate de plano de previdência complementar que não configuram complemento de
aposentadoria.
Como solicitar isenção de imposto de
renda por doença grave e HIV?
Para ter acesso à isenção o aposentado deve se dirigir aos
órgãos pagadores dos benefícios, que poderão solicitar um laudo emitido pelo
serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios, que deverá conter a data em que a enfermidade foi contraída e se a
doença é passível de controle e, em caso afirmativo, o prazo de validade do
laudo.
O Poder Judiciário tem considerado ser desnecessária a
apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento da isenção de
imposto de renda, sendo possível a comprovação de moléstia grave mediante
outros elementos. Ou seja, sendo negada a isenção pelo órgão administrativo,
caberá ao juiz, diante das provas trazidas aos autos, formar seu convencimento
livremente, acerca da existência da doença e se o aposentado faz jus ao
benefício.
O contribuinte deve entregar os documentos que comprovem a
doença grave ao órgão que realiza o pagamento do benefício de aposentadoria, que
verificará as demais condições para a concessão da isenção. Na hipótese de ser
negada a isenção, o prejudicado deverá ingressar com uma ação judicial, para
pleitear a garantia do cumprimento da lei. Para agilizar o procedimento, é bom
ter em mãos cópia do processo administrativo do qual resultou a decisão de
indeferimento.
Fonte: Portal Contábeis
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Vamos realizar uma revisão dos procedimentos trabalhistas?
Publicado em
13/12/2022
às
10:00
Será que temos pontos fracos no Departamento de Pessoal?
Na
área trabalhista há dezenas de trâmites que devem ser observados com
regularidade visando adequação à legislação laboral. Busca-se, desta forma, a
prevenção de falhas no atendimento à legislação, bem como a eliminação de erros
operacionais que possam gerar multas e reclamatórias trabalhistas.
A seguir, um resumo de algumas das principais rotinas trabalhistas:
Rotinas Trabalhistas
|
Acordo de Compensação Jornada Normal
|
Verificar se os acordos de compensação de
horas (sábados) estão formalizados e previstos em acordo ou convenção
coletiva de trabalho, ou se estão de acordo com o previsto no § 6º do art. 59
da CLT.
|
Acordos ou Convenções Coletivas
|
Verificar as exigências do Acordo ou Convenção
Coletiva, tais como a aplicação de reajustes salariais, normas específicas
sobre benefícios, banco de horas e outros itens negociados, a fim de que sua
aplicação esteja sendo observada.
|
Agenda trabalhista e Previdenciária
|
Acompanhar,
mensalmente, os recolhimentos e cumprimento das obrigações trabalhistas
e previdenciárias.
|
Arquivamento das Folhas de Pagamento
|
Sistema eletrônico - verificar
atendimento do Manual Normativo de Arquivos Digitais - MANAD.
|
Autônomos
|
Especial cuidado para que a relação de
trabalho (autônomo) não seja caracterizada como relação de emprego
(empregado).
Verificar também retenção e recolhimento
de 11% no pagamentos a tais profissionais, bem como o IRF devido, além da
contribuição por parte da tomadora.
|
Cálculos Trabalhistas
|
Salários, comissões, adicional noturno,
insalubridade, periculosidade, férias, 13º salário, DSR, descontos legais
como INSS, IRF, benefícios, pensão alimentícia e etc.
Verificar se o programa informatizado
atende e calcula corretamente todas as variáveis exigidas.
|
Comunicação do Acidente de Trabalho - CAT
|
A emissão da CAT até o primeiro dia útil
seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade
competente.
|
Cartão Ponto
|
Para os estabelecimentos com mais de 10
trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída. Tal
procedimento deve ser observado por todos os trabalhadores sujeitos ao
controle de jornada, independentemente do porte da empresa, visando
resguardar-se em ações trabalhistas (horas extras e outras reclamações).
|
CIPA
|
Verificar a obrigatoriedade da semana de
prevenção de acidentes de trabalho e da instituição da comissão interna.
Elaborar o Mapa de
Riscos Ambientais;
Inspeção Prévia de
funcionamento do estabelecimento.
|
Certidão Negativa de Débito - CND
(Previdenciário)
|
Comprova a regularidade em relação às
contribuições previdenciárias.
O pedido da certidão pode ser
efetuado via internet.
Se não houver restrições a certidão é
emitida automaticamente.
|
Certidão Negativa de Débito Trabalhistas
- CNDT
|
De
acordo com a Lei 12.440/2011 as
empresas interessadas em participar das licitações e firmar contratos com o
Poder Público estão obrigadas a
apresentar, dentre o rol de documentos exigidos, a CNDT. O sistema para
emissão da certidão já se encontra disponível no portal do Tribunal Superior
do Trabalho, no link Emitir
Certidão.
|
Contratação de Deficientes
|
Observar a obrigatoriedade de
contratação.
|
Contrato de Experiência
|
Modalidade de contrato por prazo
determinado, não poderá exceder o limite de 90 (noventa) dias, já incluso
neste prazo possível prorrogação.
Controle do vencimento do contrato.
|
Contribuição Sindical dos Empregados
|
Em março de cada ano desconta-se 1/30
avos (do salário base) para o sindicato da categoria profissional
representativa, desde que devidamente autorizadas - - mediante termo
escrito e com a assinatura do trabalhador, conforme dispõe o art. 578 da CLT.
|
Contribuição Sindical Patronal
|
Verificar o recolhimento anual. De acordo
com a Reforma Trabalhista, a partir de 11.11.2017 as
empresas não estão mais obrigadas ao pagamento da contribuição sindical
patronal.
|
Cooperativas Médicas
|
Verificar o recolhimento do INSS
sobre o pagamento às cooperativas que atuam em saúde.
|
Certificado de Regularidade do FGTS - CRF
|
Comprova a regularidade perante o Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, sendo emitido exclusivamente pela
CAIXA.
O CRF será fornecido, mediante consulta
por meio da Internet, para o empregador que se encontre regular.
|
CTPS / CTPS
Digital
|
O prazo de anotação e devolução da CTPS
em meio físico, que era de 48 horas, passou a ser de 5 dias úteis (Lei
13.874/2019).
Principais anotações: data de
admissão/demissão, férias, contribuição sindical, alterações salariais e
demais anotações que se fazem necessárias. Cuidado com as anotações
desabonadoras.
Entretanto, a Portaria SEPRT
1.065/2019 disciplinou a emissão da CTPS Digital.
|
Descanso Semanal Remunerado
|
Verificar se o DSR está sendo pago para
horistas, comissionado ou quando do pagamento de adicionais como horas
extras, adicional noturno e etc.
|
Descontos Salariais
|
Caso o empregador
mantenha convênios e o empregado queira usufruir dos mesmos, precisa haver autorização POR
ESCRITO do empregado.
|
Documentação do Empregado
|
Estipular normas para que toda a
documentação do empregado, na admissão, seja realizada de forma completa e o
registro seja feito antecipadamente, de modo a atender as exigências do
eSocial e evitar o pagamento de multa.
|
Empréstimos a empregados
|
Devem ser contratados por escrito.
|
Equiparação Salarial
|
Analisar desníveis salariais que possam
justificar uma ação trabalhista por equiparação. Para tanto, desenvolva um plano de cargos e salários com base no ramo de atividade ou
área territorial em que a empresa atua.
|
ESocial
|
Cumprimento do Cronograma de
Implementação, dividido por grupo de empresas.
|
|
|
Férias
|
Verificar e
planejar as férias anuais de modo a evitar o pagamento de férias em dobro.
As férias podem
ser concedidas em até 3 vezes (desde que haja concordância do
empregado) sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos
e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos, cada um, conforme
dispõe a Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista).
|
FGTS e INSS
|
Verificar regularidade de recolhimento e
correto preenchimento da GFIP/SEFIP.
Sugere-se a obtenção de certidão negativa
a cada 6 meses.
|
Ficha de Registro
|
Verificar correto preenchimento e
atualização de dados dos empregados relativos à sua admissão no emprego,
duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais
circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador.
|
GFIP
|
Entregar, mensalmente, a Guia de
Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social, até que tal
obrigatoriedade seja substituída pelo eSocial para todos os Grupos, conforme
cronograma de implementação.
|
GILRAT/SAT
|
A atividade preponderante do
estabelecimento (matriz ou filial) deve ser utilizada para se determinar o
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho (GILRAT/SAT).
O enquadramento do estabelecimento no
correspondente grau de risco é de responsabilidade da empresa, e deve ser
feito mensalmente, de acordo com sua atividade econômica preponderante.
|
Guarda de Documentos Trabalhistas
|
Respeitar o prazo mínimo de arquivamento
dos documentos que envolvem a relação empregatícia.
|
Horas Extras
|
Especial atenção neste item. As horas
extras habituais geram uma série de novos direitos e precisam ser analisados,
quanto à necessidade e onerosidade.
O pagamento habitual também pode
assegurar o direito a indenização no caso de supressão das horas.
|
Horas Noturnas
|
Trabalhadores (urbanos) que
atuam entre 22 horas e 5 horas (trabalho urbano) - remuneração adicional
mínimo de 20%.
|
Intervalos de Jornadas
|
Verificar o período de descanso mínimo 1
hora (ou de 30 minutos se previsto em acordo ou convenção coletiva) no almoço
e 11 horas entre uma jornada e outra.
|
IRF
|
Verificar a correta retenção na folha de
pagamento e recolhimento a Receita Federal.
Declaração de dependentes para Imposto de
Renda (admissão, alteração no mês de janeiro de cada ano) ou quando do
nascimento do filho(a).
|
Livro de Inspeção do Trabalho
|
Verificar a existência e a
disponibilidade em caso de fiscalização.
|
Normas de Segurança e Saúde do Trabalho
|
Verificar quais normas são exigíveis para
a aplicação e treinamento dos empregados de acordo com as Normas
Regulamentadoras.
|
Quadro Horário de Trabalho
|
Verificar existência, preenchimento e
atualidade. Conheça as situações
que dispensam sua
obrigatoriedade.
|
Programa de Alimentação do
Trabalhador - PAT
|
A adesão ao PAT consiste na apresentação
do formulário oficial, devidamente preenchido e instruído conforme instruções
do Ministério do Trabalho. A inscrição pode ser efetuada por meio
eletrônico utilizando o formulário constante da página do Ministério do
trabalho e Emprego na Internet.
|
PCMSO - Exames Médicos
|
Obrigatoriedade de elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO.
- Admissional;
- Periódico;
- Retorno ao trabalho;
- Mudança de função;
- Demissional.
|
PPP
|
Entregar na ocasião do desligamento do
empregado ou quando de sua solicitação.
|
PPRA
|
Efetuar sempre que necessário e pelo
menos uma vez ao ano, uma análise global pra fins de avaliação do seu
desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de
novas metas e prioridades.
|
RAIS e CAGED
|
Verificar entrega regular de tais
informações junto ao MTE, até que tais obrigações sejam substituídas
pelo eSocial.
|
Recibos Salariais
|
Observar assinaturas nos holerites e
respectivo arquivamento mensal.
|
Reclamatórias Trabalhistas
|
Acordos: atentar
para o recolhimento mensal do INSS (de acordo com o pagamento de cada
parcela) se for o caso.
Verificar a possibilidade de realizar
conciliação prévia sindical em caso de previsão convencional.
|
Rescisão de Contrato de Trabalho
|
Atentar para prazo da formalização e
pagamento das verbas rescisórias, nos termos da nova redação estabelecida
pelo art. 477 da CLT.
|
Salário Família
|
Manutenção das fichas de Salário Família
e comprovação de vacinações periódicas (Cartão da Criança) e matrícula
escolar;
Retenção dos
documentos necessários da criança (até 14 anos) para o recebimento do
benefício.
O valor do salário família deve ser
abatido das contribuições previdenciárias a recolher pela empresa.
|
Salário-Maternidade
|
Observar se as normas da Previdência
Social estão sendo atendidas e se os valores pagos a este título estão sendo
abatidos da contribuição previdenciária mensal a recolher.
|
Salários
|
Piso Estadual- Verificar se o piso da
categoria e do respectivo Estado está sendo respeitado. O piso estabelecido
em convenção prevalece sobre o piso estadual, ainda que aquele seja inferior.
Pisos de categorias diferenciadas.
|
Telefonistas e Outras Categorias Diferenciadas
|
Verificar cumprimento do horário reduzido
de trabalho.
|
Terceirização de Atividades
|
Fiscalizar as condições em que os
trabalhadores terceirizados atuam, especialmente em relação às normas de
segurança do trabalho, bem como quanto ao cumprimento das obrigações
trabalhistas, sob pena de a tomadora ser condenada ao pagamento de verbas não
pagas pelas terceirizadas.
|
Trabalho aos
Domingos e Feriados
|
Verificar escala dominical e remuneração
extraordinária nos feriados.
|
Trabalho de Menores
|
Verificar as normas específicas para este
grupo de trabalhadores, os quais são impedidos de atuar em determinadas
atividades prejudiciais à sua saúde ou à sua formação pessoal e profissional.
|
Trabalho Voluntário
|
Para pessoas que executam atividades
administrativas regulares em entidades com finalidades não lucrativas -
estipular termo de adesão.
|
Vale Transporte
|
Verificar a existência de opção ou não
deste benefício.
O empregado precisa se manifestar por
escrito optando ou não pelo recebimento.
|
Verbas Extra-Salário
|
Ajuda de custos, benefícios, entre outros
precisam ser reavaliados para que não possam surgir contingências
(incorporação ao salário).
|
Fonte: Guia Trabalhista, com edição
da M&M Assessoria Contábil
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Questionários avaliam se empresários cumprem legislação trabalhista
Publicado em
09/11/2022
às
16:00
Ferramenta foi desenvolvida pelo Ministério do
Trabalho
O Ministério do Trabalho e Previdência disponibilizou mais duas ferramentas
digitais gratuitas para promover o trabalho decente a partir do estímulo à
conduta empresarial responsável. Embora possam ser consultados por qualquer
pessoa interessada, o Autodiagnóstico Trabalhista foi desenvolvido pela
Subsecretaria de Inspeção do Trabalho para orientar os empresários sobre a
melhor forma de atender as exigências legais que regem determinados setores.
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"É uma forma dos empresários verificarem se estão em conformidade com as
regras, padrões e práticas estabelecidas nacional e internacionalmente; se
estão observando a legislação", explicou a auditora fiscal do Trabalho Beatriz
Cardoso Montanhana ao apresentar as duas novas ferramentas de autoavaliação
voluntária durante um evento realizado hoje (3) transmitido pela internet.
O Autodiagnóstico Trabalhista para o Setor Rural, por exemplo, permite
aos empregadores rurais responderem ao questionário elaborado pelos técnicos da
subsecretaria para identificar aspectos sensíveis de sua atividade e o que
fazer para, quando necessário, ajustar sua conduta.
O segundo autodiagnóstico disponibilizado nesta quinta-feira trata das
iniciativas que empresas em geral devem adotar para, de forma responsável,
promover o trabalho decente - o que, na definição da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), significa oferecer oportunidades para que homens e mulheres
obtenham um trabalho produtivo e de qualidade, em condições de liberdade,
equidade, segurança e dignidade humana.
"Ao responder às questões, será possível [aos empregadores] observar se
há algo que precisem observar, algo que ainda não tenha sido incluído na
política de conduta empresarial responsável e no devido processo de
diligência", explicou Beatriz, acrescentando que, ao responder às perguntas
específicas de cada questionário, os usuários recebem uma avaliação do grau de
conformidade já alcançado por sua empresa e um plano de trabalho com eventuais
recomendações de ações a serem implementadas.
"O foco do segundo diagnóstico são as multinacionais e as grandes e
médias empresas, mas as demais empresas também podem conhecer e se apropriar
desse conhecimento. Afinal, muitas delas estão integradas em cadeias de
fornecimento ou abastecimento, se relacionam [com as demais] e, portanto, estão
envolvidas nesse cenário", disse Beatriz, frisando que ao adotar boas práticas
trabalhistas, as empresas ganham em eficiência, pois tornam suas atividades
mais seguras também do ponto de vista jurídico e social.
Outros dois autodiagnósticos trabalhistas além dos dois disponibilizados
hoje podem ser acessados na página do ministério criada pela
Subsecretaria de Inspeção do Trabalho. Um trata especificamente da conduta
empresarial responsável para grandes empresas e multinacionais e o é destinado
a micro e pequenas empresas.
Fonte: Agência Brasil
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Empresa deve inibir condutas racistas entre colegas de trabalho?
Publicado em
07/11/2022
às
10:00
A 13ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região manteve condenação no valor de R$ 10
mil à empresa de serviços e consultoria e, de forma subsidiária, à uma
operadora de telefonia, por dano moral a uma trabalhadora ofendida com termos
como "neguinha fuleira" e "com cara de escravo". As ofensas ocorreram entre
colegas de trabalho via áudios no WhatsApp, que foram disseminados até serem exibidos
à mulher.
Após ouvir a gravação, a
empregada, que "não tinha condições de trabalhar", foi autorizada a ir para
casa. A testemunha da profissional informou que quando prestou auxílio à colega
foi reprimida pelo chefe sob a alegação de que deixou o posto de trabalho. Na
ocasião, o supervisor disse para a mulher encarar "a situação em tom de
brincadeira".
Em depoimento como
testemunha da empresa, esse supervisor informou que nenhuma penalidade foi
aplicada ao ofensor. Segundo ele, o setor de recursos humanos da firma
justificou que a situação havia ocorrido fora do ambiente corporativo, por isso
não havia ação a ser tomada.
No entanto, para o
juiz-relator, Roberto Vieira de Almeida Rezende, o mero fato de as agressões
racistas terem sido proferidas em aplicativo de mensagens e fora do local de
trabalho em nada isenta o empregador, que não puniu o agressor tampouco
comprovou orientação aos funcionários para inibir ações similares
futuras.
Nas palavras do
julgador, cabia à organização "combater, evitar e punir referida prática
odiosa", pois as agressões decorreram do relacionamento entre seus
funcionários, houve ampla divulgação no ambiente de trabalho e "a empresa não
cumpriu o papel de garantir a integridade psicológica da reclamante (ambiente
de trabalho saudável)."
Assim, os magistrados da
13ª Turma entenderam que "o dano sofrido é inequívoco" e a empresa é
responsável em decorrência de sua conduta omissiva.
Entenda alguns termos usados no texto:
reclamante
|
pessoa física ou jurídica que ajuíza a reclamação trabalhista. Em
geral, o trabalhador.
|
inequívoco
|
expresso claramente, evidente
|
Nota M&M: Destacamos que esta
decisão foi aplicada neste processo específico, e pode servir como um norteador
para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões
diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, com edição
do texto e "nota" da M&M Assessoria Contábil.
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Empresa agrícola pagará horas de trajeto a empregado que passava a semana em alojamento
Publicado em
31/10/2022
às
12:00
O local de trabalho era de difícil acesso e não servido de transporte
público
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou uma empresa do
interior do Mato Grosso ao pagamento, como horas extras, do tempo de
deslocamento de um monitor de manutenção que gastava cerca de cinco horas no
percurso de ida e volta ao trabalho. Para o colegiado, ainda que o trabalhador
fizesse o trajeto apenas uma vez por semana, a parcela era devida, pois o local
era em zona rural de difícil acesso e sem transporte público.
Alojamento
Na reclamação trabalhista, o monitor disse que morava em Nortelândia, e
a empresa ficava na zona rural de Diamantino. Ele saía de casa na
segunda-feira, pegava o ônibus fornecido pela empresa às 5h e chegava ao local
às 7h. Durante a semana, permanecia no alojamento da empresa e, dependendo do
período de safra, voltava para casa às sextas ou aos sábados, também no
transporte da empresa, num percurso de cerca de 3h.
Reforma Trabalhista
A empresa, em sua defesa, admitiu que o empregado usava o transporte
fornecido por ela nos dias de folga. Porém, sustentou que a Reforma Trabalhista
(Lei 13.467/2017)
havia extinguido o direito às horas de deslocamento (in
itinere).
Uma vez por semana
O Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (MT) entendeu que as horas
não eram devidas, porque o monitor fazia o trajeto apenas uma vez por semana.
Para o Tribunal Regional do Trabalho, a empresa, de fato, não fornecia
transporte de ida e volta ao trabalho, mas apenas para levá-lo à sua cidade,
durante a folga.
Transporte público
O relator do recurso de revista do empregado, ministro Cláudio Brandão,
observou que o contrato de trabalho teve vigência antes da Reforma Trabalhista.
Na época, o artigo 58, parágrafo 2º, da CLT garantia o
direito às horas de trajeto com base em dois requisitos: fornecimento de
condução pelo empregador e, alternativamente, local de trabalho de difícil
acesso ou não servido por transporte público.
A seu ver, o fornecimento do transporte somente nos fins de semana não
descaracteriza as horas in itinere. O ponto principal não
é, também, a existência de alojamento durante a semana. O fato gerador do
direito, no caso, é a ausência de transporte público, uma vez que o trajeto
entre o local de trabalho e a residência só era possível por meio do transporte
fornecido pela empresa.
Segundo o ministro, o descanso do trabalhador é assegurado pela Constituição Federal e
pelas Convenções 14 e 106 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT). "Se a empresa transporta o empregado para o trabalho às
segundas-feiras, pois se trata de local de difícil acesso sem transporte
público regular, também o deve transportar de volta ao seu lar", concluiu.
A decisão foi unânime.
Nota M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo específico, e pode
servir como um norteador para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes
poderão ter decisões diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e
segundo graus.
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho,
Processo: RR-291-35.2018.5.23.0056; edição e "nota" da
M&M Assessoria Contábil
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Nova lei trabalhista dá suporte para mães e pais
Publicado em
30/10/2022
às
16:00
Lei permite
flexibilização sobre jornada de trabalho e férias para mães, pais e
responsáveis
O Governo
Federal publicou, em Setembro, a lei 14.457/2022, que flexibiliza a jornada de
trabalho de pais, mães ou responsáveis legais de menores de idade até seis
anos. Em caso de crianças com deficiência, o limite de idade não se aplica.
O projeto, com nome de Emprega + Mulheres, originou
da Medida Provisória 1.116/2022 e tem como função incentivar as mulheres no
mercado de trabalho. A nova lei também garante o reembolso-creche, mediante
acordo individual com a trabalhadora, e cria novas regras sobre o
término da licença-maternidade.
A legislação cria mecanismos para que os trabalhadores exercitem suas
funções nas empresas com maior flexibilidade e segurança para a criação de seus
filhos. Confira outras regras vigentes para pais no mercado de trabalho.
Novas propostas
para pais e responsáveis
Regime de tempo parcial : jornada cuja
duração não exceda a 30 horas semanais, sem horas extras ou 26 horas semanais,
com a possibilidade de acréscimo de até seis horas extras semanais. O salário
deve ser proporcional ao tempo trabalhado, em relação aos empregados que
cumprem, nas mesmas funções, o período integral. A medida pode ser adotada até
os dois anos de idade da criança ou até dois anos da adoção e/ou obtenção da
guarda judicial;
Home Office: empresas que utilizam do teletrabalho (home office), devem
priorizar os trabalhadores que possuem filhos ou são responsáveis legais para
realizarem suas atividades de forma virtual.
Pagamento por horas trabalhadas: Regime especial de compensação
de jornada de trabalho por meio de banco de horas;
Jornada de trabalho : Jornada de 12
horas trabalhadas por 36 horas ininterruptas de descanso;
Flexibilização : Horários de
entrada e de saída flexíveis, quando a atividade permitir. Neste caso, a
empresa fixa um horário inicial e final de trabalho e, dentro deste período, o
empregado escolhe o melhor período para cumprir a sua jornada;
Férias : Será possível antecipar férias individuais
[antes de o empregado adquirir o direito], desde que o colaborador concorde. A
regra se aplica até o segundo ano do nascimento, adoção ou obtenção da guarda
judicial.
Fonte: IG ECONOMIA
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Diarista e Empresa - Falta de cuidados podem gerar vínculo empregatício!
Publicado em
18/10/2022
às
16:00
Considera-se
diarista a pessoa que presta serviço doméstico de forma eventual, sendo
considerada pela legislação previdenciária como autônoma e não empregado
doméstico.
Antes de publicação
da LC 150/2015 havia uma grande discussão jurisprudencial em torno do
que se considerava diarista e o que se considerava empregado doméstico, o que
desencadeava uma infinidade de processos trabalhistas.
Com a publicação da
citada lei, esta discussão está encerrada, pois trabalhou 3 (três) ou mais dias
por semana nos termos da lei, é considerado empregado doméstico. Trabalhou até 2 (dois) dias por semana, é
considerado diarista.
Entretanto, quando
se trata de diarista que trabalha para uma empresa ou escritório, o entendimento
dominante nos tribunais é outro - e aqui se aplica a segunda expressão-chave
da LC 150/2015, a "finalidade não lucrativa" que diferencia uma
residência de um escritório comercial, por exemplo.
Em processo julgado
pelo TRT/DF, a faxineira que trabalhava efetuando a limpeza e outros
serviços gerais na reclamada, escritório de advocacia, teve o vínculo de
emprego reconhecido, e ainda que trabalhasse de forma intermitente, a
prestação de serviços ocorria toda semana, conforme abaixo:
EMENTA: DIARISTA. EXECUÇÃO DE SERVIÇOS GERAIS EM
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. NATUREZA DOMÉSTICA DESCARACTERIZADA. NÃO
EVENTUALIDADE. VÍNCULO DE EMPREGO RECONHECIDO. Admitida a prestação de
serviços, mas negado o vínculo empregatício, incumbe à ré o ônus de comprovar a
existência de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito
postulado (CPC, artigo 333, inciso II, e CLT, artigo 818). Todavia, ficou
incontroverso nos autos que a autora prestou serviços entre 2003 a 2010,
efetuando a limpeza e outros serviços gerais na reclamada, escritório de
advocacia, de forma não eventual, pois tal labor, embora fosse de forma
intermitente, ocorria toda semana. Assim, não tendo a demandada se desincumbido
de seu mister, não enseja reforma a decisão originária que reconheceu o
vínculo de emprego entre as partes. 2. Recurso conhecido e provido em
parte.É este o relatório e voto da lavra do Exmo. Desembargador Relator, à
exceção da matéria meritória atinente ao reconhecimento do vínculo de emprego,
na qual prevaleceu a divergência aberta por este Desembargador Revisor e
Redator Designado. DISPOSITIVO: ACORDAM os
integrantes da Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10.ª Região,
conforme certidão de julgamento a fls. retro, aprovar o relatório, conhecer do
recurso e, no mérito, dar-lhe provimento parcial para determinar que, na
liquidação, seja observada a variação salarial da empregada, nos termos do voto
do Desembargador Revisor e Redator Designado. BRASILINO SANTOS RAMOS.
Desembargador Revisor e Redator Designado. Processo
0000188-54.2012.5.10.0006. Brasília (DF), 30 de janeiro 2013(data do
julgamento).
Assim, se o serviço
é efetuado dentro das necessidades da empresa ou escritório, com subordinação e
dependência econômica, pouco importa se a sua prestação se dá em período
alternado ou descontínuo.
Os critérios que
prevalecem, no caso, são os definidos no artigo 3º da CLT, que considera
empregado "toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário". A natureza não
eventual se define pela relação entre o trabalho prestado e a atividade da
empresa.
Em se tratando de
serviço de limpeza exercido no âmbito da empresa, este deve ser considerado
parte integrante dos fins da atividade econômica (e, por conseguinte, não
eventual), pois qualquer estabelecimento comercial deve ser apresentado em boas
condições higiênicas.
Cuidados Adicionais
O empregador
doméstico precisa tomar alguns cuidados adicionais em relação à prestação de serviços
da diarista, para que não esteja sujeito à reclamação na Justiça. O importante
é que a atividade do diarista não seja caracterizada como periódica e
habitual.
Para não
caracterizar atividade habitual, recomenda-se:
-Que o serviço de
diarista seja realizado uma ou duas vezes por semana (no máximo).
-Evitar o pagamento
mensal dos serviços - faça pagamentos diários.
-Solicitar a assinatura
de todos os recibos (como autônomo) referentes aos pagamentos que efetuar.
-Verificar se presta
serviços em outros locais diferentes.
-Não estabelecer
horários fixos de trabalho, ainda que em dias alternados.
O diarista, para ser
considerada autônomo, deverá estar inscrita na Previdência Social como
contribuinte individual, devendo efetuar seu próprio recolhimento da contribuição
previdenciária, mês a mês, de acordo com os seus rendimentos.
*Trecho extraído da Obra Manual do Empregador Doméstico© (copyright
Guia Trabalhista)
Fonte:
Guia Trabalhista
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Gerente empregado pode ser responsabilizado por produtos vencidos em supermercado?
Publicado em
21/09/2022
às
12:00
A Terceira Turma do
Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso da empresa contra decisão que a
condenou a indenizar uma gerente que chegou a ser presa após a fiscalização
encontrar produtos vencidos no supermercado que ela coordenava, no Alto de
Pinheiros, em São Paulo (SP). Para o colegiado, a empresa não poderia
transferir à empregada os riscos do empreendimento.
Prisão em flagrante
O episódio ocorreu em maio de 2010, quando
a polícia decretou a prisão em flagrante da gerente por crime contra as
relações de consumo. Ela foi liberada no mesmo dia, após pagamento de fiança
pela empresa. Segundo ela, os advogados da rede a apresentaram como responsável
pelo crime, por ser gerente da loja.
Liberdade de locomoção
Na ação, ela informou que, em decorrência
da ação penal, sofreu cerceio à liberdade de locomoção. Em 2016, o processo foi
suspenso por dois anos, desde que ela aceitasse algumas condições, como a
proibição de frequentar alguns lugares e de se ausentar da comarca onde reside
por mais de oito dias sem autorização judicial, e a obrigação de comparecer
trimestralmente a juízo, para informar e justificar suas atividades.
Manutenção do contrato
O pedido de indenização foi deferido pelo
juízo de primeiro grau, no valor de R$ 50 mil. Ao confirmar a sentença, o
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) observou que, apesar de ter
atribuído a responsabilidade pelo crime à gerente, o contrato de trabalho foi
mantido por mais de cinco anos, o que anula o argumento da culpa pela presença
de produtos vencidos.
O Tribunal Regional do Trabalho destacou,
também, a possibilidade de falha humana na conferência dos cerca de 2.500
produtos da loja. O controle da data de validade era apenas visual, e não
informatizado, e a aquisição de programa informatizado para essa finalidade não
estaria inserido nos poderes de gestão da gerente.
Negligência
O relator do agravo do supermercado,
ministro Mauricio Godinho Delgado, assinalou a conduta negligente da empresa,
de grande porte no setor de hipermercados. "Ao deixar de adotar medidas
eficazes de verificação da validade dos produtos, a rede transferiu para a
trabalhadora a obrigação que não estava exclusivamente na sua esfera pessoal de
controle, causando-lhe inegável sofrimento", afirmou.
Na avaliação do relator, os fatos
transcritos pelo Tribunal Regional do Trabalho não demonstram a negligência
direta da gerente na verificação da validade dos produtos, pois a vistoria
dependeria de um sistema mais complexo de monitoramento e não poderia ser feita
de modo individual e pessoal.
A decisão foi unânime.
Nota M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo específico, e pode
servir como um norteador para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes
poderão ter decisões diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e
segundo graus.
Fonte:
Guia Trabalhista, Processo: AIRR-1000602-37.2017.5.02.0053, com edição do
texto e "nota" da M&M Assessoria Contábil
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Empresa pode limitar ida dos colaboradores ao banheiro?
Publicado em
20/09/2022
às
14:00
O Tribunal Superior do Trabalho (TST)
condenou uma empresa de telefonia a indenizar uma atendente de telemarketing em
R$ 10 mil por limitar acesso ao banheiro durante a jornada de trabalho. De
acordo com o processo, saídas que demorassem mais de cinco minutos eram
descontadas do prêmio de incentivo que era oferecido aos empregados.
Na reclamação trabalhista, a atendente relatou que as saídas dos funcionários
ao banheiro eram controladas por meio de um sistema eletrônico. No caso de
descumprimento, os atendentes recebiam advertências e ameaças. A trabalhadora
afirmou ainda que chefes das equipes buscavam o funcionário no banheiro quando
demorava para retornar ao trabalho.
Ao julgar o caso, por unanimidade, a 3ª Turma do TST seguiu voto proferido pelo
relator, ministro Alberto Balazeiro.
O relator citou que a Norma Regulamentadora 17 do Ministério do Trabalho define
que trabalhadores da área de teleatendimento podem deixar os postos de
atendimento a qualquer momento para irem ao banheiro sem prejuízos financeiros.
"É considerada abuso do poder diretivo, passível de indenização por danos
morais, notadamente porque o empregado não tem condições de programar as idas
ao banheiro, bem como porque ao se evitar a satisfação das necessidades
fisiológicas em virtude da repercussão em sua remuneração, o empregado pode
inclusive desenvolver problemas de saúde", argumentou o ministro.
Nota M&M: Destacamos que esta
decisão foi aplicada neste processo específico, e pode servir como um norteador
para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões
diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte:
Agência Brasil, com edição do texto e "nota" da M&M
Assessoria Contábil.
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Trabalho Híbrido - Uma Realidade Cada Vez Mais Presente
Publicado em
01/09/2022
às
12:00
A recente pandemia acabou acelerando a
implementação de outras formas de prestação de serviços que não a presencial,
seja por meio do trabalho à distância, home
office, teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho híbrido.
Nesse contexto o
trabalho híbrido é quando fica acordado entre empregador e empregado que este
irá realizar suas atividades tanto de forma presencial quanto de forma remota
ou teletrabalho.
Para isso, a empresa pode fazer o contrato de trabalho
híbrido, onde os empregados possam revezar durante a semana, através de uma
escala, o descolamento até o ambiente da empresa, seja para realizar reuniões,
atendimentos pontuais, plantões de atendimentos, ou qualquer outra atividade
que necessite a presença do empregado, já que o §1º do art. 75-B da CLT dispõe que, o comparecimento, ainda
que habitual, às dependências do empregador para a realização de atividades
específicas, não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho remoto.
Este texto é um
trecho da obra Teletrabalho, Questões Práticas desta
Modalidade Contratual escrita por Sérgio Ferreira Pantaleão
-
Convertida em Lei a Medida Provisória com Alterações na CLT e no Prazo da DAE
Publicado em
25/08/2022
às
18:00
Publicada no Diário Oficial a Lei nº 14.438 de 2022, em virtude da conversão da Medida Provisória 1.107, com algumas alterações.
As principais
medidas impostas pela Lei na área trabalhista são as seguintes:
Carteira de Trabalho
O artigo 13 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), que trata das anotações na Carteira de Trabalho, foi
atualizado. Com isso foram definidos os valores das multas em caso de
descumprimento das regras relativas as anotações feitas na CTPS, partindo de R$
600,00, e podendo atingir R$ 3.000,00, por empregado prejudicado.
Recolhimento do Documento de Arrecadação Simples Doméstico (DAE)
Foi alterado para o dia 20 de cada mês o prazo de pagamento das
contribuições previdenciárias recolhidas pelos empregadores domésticos e os
segurados especiais (trabalhadores rurais que produzem em regime de economia
familiar).
O prazo abrange as contribuições previdenciárias
incidentes sobre a folha de pagamento e sobre a movimentação da produção rural
do segurado especial, além do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) do empregado doméstico.
Conforme orientações
do Portal do eSocial, as alterações produzirão efeitos a partir da
implementação do FGTS Digital, cuja data de entrada em produção ainda não foi
divulgada.
Fonte:
Portal Tributário, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil
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Você sabe o que pega bem no ambiente corporativo e o que deve ser evitado? Confira
Publicado em
07/08/2022
às
14:00
Especialista aponta ações
e atitudes que geram mal-estar e podem até causar a perda do emprego
A convivência entre as pessoas nem sempre é fácil. Se
mesmo em casa, com a família ou ainda com amigos, às vezes surgem alguns
mal-entendidos e problemas de relacionamento, imagine então no ambiente
profissional, que reúne pessoas tão diferentes e que, exceto o fato de
trabalharem no mesmo lugar, não têm nada em comum?
Para que o ambiente profissional seja construtivo e
tranquilo para todos, alguns comportamentos devem ser evitados, e auxiliam
também na construção da imagem do colaborador, levando a uma promoção ou
oportunidade melhor na carreira.
"Os recrutadores e profissionais de RH costumam
dizer que o currículo contrata, mas os comportamentos e atitudes no ambiente de
trabalho são responsáveis pela demissão de talentos. O mercado de trabalho
cobra as chamadas soft skills, habilidades interpessoais que grande parte dos
empregados não domina ainda", opina a coordenadora do curso de Recursos Humanos
da Faculdade Anhanguera, Ariana Oliveira.
A seguir, a especialista lista comportamentos proibidos no ambiente
corporativo.
Não ter comprometimento
O mercado do mundo globalizado é marcado por
trabalho em conjunto. Atualmente, em poucas profissões é possível desempenhar
suas funções de forma solitária, sem ajuda dos colegas para alcançar os
objetivos e metas. Por isso, não mostrar comprometimento com o time é um dos
erros mais fatais em qualquer emprego.
O comprometimento envolve desde a pontualidade, até
entender que as metas e objetivos da equipe devem se sobrepor às aspirações
pessoais e profissionais do indivíduo. Além disso, dificilmente uma pessoa que
não é comprometida e que não joga junto com o time será privilegiada em alguma
ocasião de promoção, por exemplo.
Não respeitar o espaço coletivo e a hierarquia
Alguns comportamentos que a gente aprende desde a
infância também valem para o ambiente profissional, como respeito "aos mais
velhos" e às coisas e espaços "dos irmãos", por exemplo.
Desta forma, deixar seus objetos pessoais
espalhados pelo espaço comum, ou não respeitar as hierarquias -- passar por
cima de atribuições ou ordens da chefia, ou se sobressair de forma ríspida aos
colegas em cargos abaixo do seu -- não pega bem.
Tais comportamentos refletem não apenas o
profissional que você é, mas também mostram os traços da sua personalidade, que
com certeza estão sendo observados pelos superiores.
Não seguir as regras definidas pela empresa
As regras foram feitas para serem seguidas. Se uma
organização tem regras, elas fazem parte da cultura e valores daquela empresa.
Se o colaborador não está satisfeito com elas, pode expor a sua insatisfação em
busca de flexibilização; caso não possa mudá-las, e isso for de encontro aos
seus valores, é melhor procurar outra empresa que esteja de acordo com o que
busca.
O que não pega bem é quebrar as regras da
organização: isso é malvisto profissionalmente e ainda pode incentivar outros
empregados a terem a mesma atitude, interferindo no clima organizacional.
Fazer fofocas
Fofoca no trabalho sempre dá problema. Comentários
sobre colegas acabam chegando aos ouvidos; além de causar o maior climão, seja
entre as chefias, seja entre os pares. O melhor é que a comunicação seja
clara.
Se uma divergência é resolvida tão logo aconteça, o
clima volta ao normal e o time pode seguir em frente sem coisas não ditas ou
esclarecidas. A conversa franca entre todos é a melhor forma de evitar fofocas
e questões interpessoais que abalem o andamento do trabalho de todos.
Fazer atividades pessoais no horário de trabalho
O momento do trabalho é para ser dedicado ao trabalho.
É claro que idas pontuais e necessárias ao médico, por exemplo, podem sim ser
feitas em horário de trabalho; atender uma ligação urgente da família e dos
filhos também é normal e saudável. Mas conversas paralelas em redes sociais
sobre problemas pessoais durante o expediente, ou saídas do escritório para
resolver questões totalmente alheias ao trabalho não é recomendado.
Comodismo
O comodismo é o grande inimigo do profissional da
atualidade. Quem não estiver disposto a aprender coisas novas e desempenhar
funções que não está habituado certamente terá dificuldade para se encaixar nas
vagas disponíveis. As atribuições dos colaboradores estão se tornando cada vez
mais complexas, por isso, jogo de cintura e vontade de aprender são requisitos
fundamentais. Além disso, qual chefe vai querer promover aquele funcionário que
sempre faz o mesmo, da mesma forma?
"O mercado de trabalho anda cada vez mais
competitivo e complexo, e requer profissionais multifacetados e polivalentes. A
minha dica é que, além de seguir comportamentos básicos de convivência
profissional, as pessoas busquem sempre se atualizar e fazer cursos de
capacitação constantemente", finaliza Ariana.
Fonte: Faculdade Anhanguera / Contábeis
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Quais os benefícios da assinatura eletrônica para o RH?
Publicado em
03/08/2022
às
16:00
O ano de 2020 veio com saltos tecnológicos
para o mercado de trabalho. A pandemia fez com que muitas empresas buscassem
soluções inovadoras para sobreviver à crise. E uma medida que foi necessária
para diversas organizações, foi a implementação da assinatura eletrônica dentro
de seus departamentos de RH.
Se
você tem interesse em modernizar o seu negócio, melhorar os resultados e
agilizar processos,
imprescindível ter uma boa plataforma de
assinatura eletrônica ao seu lado!
Ao fazer isso, seu departamento de RH
ganhará diversos benefícios, como:
-
Acelerar o recrutamento e desligamento de novos colaboradores;
-
Ter uma gestão de documentos unificada;
- Agilizar o processo de assinatura;
- Diminuir custos;
- Oferecer mais benefícios aos funcionários.
Conheça outros benefícios da assinatura eletrônica RH:
Dentro de
uma empresa, diversos documentos são de responsabilidade dessa equipe e a
assinatura digital pode facilitar muito essas tarefas. Na prática, a assinatura
digital e eletrônica dentro do RH nada mais é do que uma declaração virtual que
comprova a autenticidade dos documentos. O que antes era armazenado em arquivos
físicos nas empresas, acaba indo para uma nuvem, uma forma mais segura, barata
e prática de encontrar os documentos.
Dê uma olhada nas
possibilidades que a assinatura eletrônica pode trazer para sua empresa:
- Assinatura de serviços de internet e TV a cabo;
- Contratos de aluguel;
- Acordos;
- Entrega de materiais;
- Recibos;
- Planos de saúde;
- Emissão de notas fiscais;
- Informações contábeis.
- Documentos jurídicos;
Hoje, há
plataformas de assinatura eletrônicas, como a D4Sign, que além de facilitar o
processo de assinatura, também possuem o próprio armazenamento desses
documentos. Ou seja, não é necessário imprimi-los! O mais importante é que
esses contratos não perdem validade jurídica e são assegurados pela MP 2.200-2 de 2001.
Além
disso, a assinatura possui um rigoroso sistema de segurança das informações, os
documentos assinados têm maior proteção contra fraudes ou violações do que os
assinados manualmente em papéis.
Fonte: Blog D4Sign
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Quando o 'desabafo' vira demissão: os cuidados que o trabalhador deve ter ao postar nas redes - e o que as empresas podem fazer
Publicado em
18/07/2022
às
16:00
Advogada afirma
que o uso de redes sociais durante o horário de trabalho pode prever em
demissão.
Quem
nunca ouviu - ou falou - "não aguento mais o meu trabalho" ou "não aguento mais
o meu chefe"?
Frases como essas são comuns no dia a dia de trabalho - mas, quando
vão parar nas redes sociais, é desabafo ou ofensa? Será que pode gerar
demissão?
Para responder essas e outras dúvidas, o g1 conversou
com especialistas em direito do trabalho sobre o uso das redes sociais.
O
"desabafo" nas redes sociais podem sim, levar a uma demissão, pois pode ser
entendido como má conduta do trabalhador. O desligamento pode ser alegado
até como justa causa, afirma a advogada Lariane R. Del-Vechio, especialista em
direito do trabalho.
Punições
A demissão não é a única punição aplicada pelas empresas nesse tipo
de situação: o trabalhador pode também receber uma suspensão ou uma advertência
- como ocorreu com a atendente de loja Camila Figueiredo, de 27 anos.
Em 2019, ela levou uma advertência depois de se manifestar em uma
rede social sobre ações ocorridas dentro da loja onde trabalhava.
"Na época, algumas lojas da Paulista tiveram
vários casos de racismo. Uma vez um menino negro entrou (na loja onde ela
trabalhava) e a mãe dele estava dentro da loja. O segurança abordou a criança
como se ele fosse pedinte, e mandou sair da loja só por ele ser negro",
conta. "Teve repercussão no twitter e eu também postei - comentei que esse
não era um caso isolado e que a empresa não dava treinamento para os seguranças
e que era uma porcaria essas coisas acontecerem".
No dia seguinte, Camila recebeu uma carta de advertência, que
afirmava que ela não podia falar mal da empresa na internet. Para não ser
demitida, teve que apagar o post.
O que é considerado uma má
conduta das redes sociais?
São considerados como má conduta todos os atos que afetem a imagem
da empresa, as regras legais ou algo que ofenda a dignidade de alguém. Atitudes
racistas e preconceito também podem ser motivos para o desligamento.
A advogada afirma que o uso das redes sociais durante o horário de
trabalho também pode resultar em demissão - como aconteceu com uma estagiária da Prefeitura de São Francisco do Sul (SC),
demitida após compartilhar no Tik Tok um vídeo dançando em que vestia o
uniforme e crachá.
O funcionário demitido pode
entrar na Justiça contra a decisão da empresa?
O funcionário que se sentir prejudicado e não concordar com a
decisão pode entrar com uma ação judicial para reverter a justa causa. Para isso, o contratado deve comprovar que sua atitude não interfere a
imagem da empresa, não ofende a dignidade de ninguém e regras legais.
Se o funcionário tiver provas de que não ocasionou o dano e a
empresa não tiver provas robustas, existe a possibilidade de reverter a justa
causa: dependerá do conjunto probatório do empregado e empregador.
Valores legais não precisam estar expressos, assim como o ético,
estando previstos inclusive na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como
causas de rescisão indireta em caso de descumprimento. Em casos não estão
estabelecidos em lei, no entanto, é interessante ter um manual de condutas e
deixar o funcionário ciente disso, para não ser o empregador acusado de rigor
excessivo.
Que tipo de provas a empresa
pode usar contra o trabalhador?
De acordo com advogado Fabiano Rosa, os principais motivos que geram
demissões em relação ao uso das redes sociais estão relacionados à valoração do
conteúdo produzido ou, em alguns casos, de violação às regras internas da
empresa em relação à vedação ao uso das redes sociais durante à jornada de
trabalho.
Entre as principais situações estão:
- Abusos ou exageros de exposições ou opiniões
- Atitudes que revelem a intimidade de
integrantes da equipe ou de clientes
- Críticas públicas à empresa, em especial
quando utilizadas palavras de baixo calão
- Utilização da marca da empresa de forma
indevida
- Má utilização da imagem pessoal do
profissional quando vinculada à imagem da empresa
- Quebra de sigilo profissional
Cuidado com os posts de "desabafo" nas redes sociais sobre
trabalho:
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Infográfico
- Foto: g1
Como ficam os procedimentos de desligamento e homologação?
Nos casos de demissão, tanto sem justa causa como com, a empresa
deve fazer o pagamento das verbas rescisórias em 10 dias. Na demissão por justa
causa, o empregado terá direito apenas ao saldo de salário e às férias
vencidas.
Na demissão sem justa causa, o trabalhador deverá receber saldo de
salário, férias vencidas e proporcionais, 13º salário, aviso prévio, multa de
40% do FGTS e seguro desemprego.
A homologação da rescisão vai depender do acordado em convenção
sindical e no tempo de serviço do funcionário.
Em qual momento as redes sociais são vistas como meio de uso livre
de expressão e forma ofensiva?
O marco civil da internet (Lei nº 12.965/2014) foi criado para
estabelecer princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet,
entre eles a proteção da privacidade e a proteção dos dados pessoais.
A lei, no entanto, não prevê as repercussões trabalhistas
decorrentes dos atos praticado na internet por seus usuários - assim, essa
relação deverá ser avaliada e julgada pela Justiça do Trabalho com base na
legislação trabalhista.
"Os limites para a livre expressão, seja
na internet ou no mundo off-line, estão definidos pelos princípios do Estado
Democrático de Direito, sobretudo quando há ataque e afronta à segurança e
intimidade de outrem, quando sobrevêm violações às normas de responsabilidade
civil, quando cometidos atos manifestamente ilegais e, sobretudo, quando
externados atos de violência, preconceitos e discriminações, diz Fabiano Rosa.
Fonte:
G1
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Auditor fiscal do trabalho tem competência para reconhecer vínculo de emprego
Publicado em
12/07/2022
às
18:00
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) decidiu que um auditor fiscal do trabalho tem competência para reconhecer
a existência de relação de emprego e, por consequência, proceder à autuação da
empresa e aplicar as multas decorrentes. Na interpretação do colegiado, o
auditor possui atribuição funcional para avaliar a existência de vínculo
empregatício nos estabelecimentos que fiscaliza, sem prejuízo da competência da
Justiça do Trabalho.
Nulidade das autuações
Uma empresa de São Bernardo do Campo (SP), ajuizou
ação para anular três autos de infração lavrados por auditor fiscal do trabalho
que detectara fraude na contratação de prestadores de serviços e reconhecera o
vínculo empregatício entre a empresa e alguns empregados sem registro na
carteira de trabalho. A empresa alegou que a competência exclusiva para
reconhecer a existência de relação de emprego é da Justiça do Trabalho.
Limites do
auditor fiscal
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP)
reformou a sentença da juíza da 5ª Vara do Trabalho de São Bernardo do Campo
(SP) para anular os autos de infração e as multas aplicadas pelo auditor.
Segundo o Regional, embora o auditor tenha a atribuição de fiscalizar e punir
eventuais fraudes trabalhistas, ele extrapola a sua competência funcional ao
reconhecer a existência de relação de emprego.
Trabalhadores em situação irregular
Em recurso ao TST, a União defendeu a atuação do auditor fiscal, com o
argumento de que a competência exercida pela Justiça do Trabalho não exclui o
poder de polícia administrativa do Ministério do Trabalho e Emprego (artigos
626 e 628 da CLT). Ressaltou que a fiscalização apurara a existência de
trabalhadores prestando serviços na atividade fim da empresa com subordinação,
habitualidade e pessoalidade, o que comprovaria o vínculo empregatício.
Competência funcional
Relator do recurso na Sétima Turma, o ministro
Renato de Lacerda Paiva esclareceu que a jurisprudência do TST adota o
entendimento de que "a declaração de existência de vínculo de emprego feita
pelo auditor fiscal do trabalho não invade a esfera da competência da Justiça
do Trabalho", uma vez que esse profissional tem a atribuição de verificar o
cumprimento das normas trabalhistas.
O relator destacou que o artigo 628 da CLT confere competência ao auditor
fiscal, em sede administrativa, para apurar a existência de relação de
emprego, bem como para lavrar o auto de infração correspondente. Para o
ministro, a fiscalização do cumprimento das normas trabalhistas feita pelo
auditor não se confunde com a atuação da Justiça do Trabalho, pois permanece
resguardado o direito da parte autuada de recorrer ao Poder Judiciário para discutir
a legalidade da penalidade administrativa.
Desse modo, o relator reconheceu a competência do auditor fiscal do trabalho
para concluir pela existência de vínculo empregatício, proceder à autuação do
estabelecimento e aplicar as penalidades previstas em lei.
A decisão foi unânime, mas a empresa apresentou embargos de declaração, ainda
não julgados pela Sétima Turma.
Nota TST: O TST possui oito Turmas, cada uma composta por três
ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos
de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das
decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1);
Nota
M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo específico, e pode
servir como um norteador para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes
poderão ter decisões diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e
segundo graus.
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho,
Processo: RR-1000028-05.2018.5.02.0465, com "nota" e edição do texto pela M&M Assessoria
Contábil.
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Namorar colega de trabalho dá dano moral?
Publicado em
06/07/2022
às
16:00
A 10ª Turma
do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região excluiu a condenação de uma
empresa ao pagamento de indenização por danos morais a um empregado que
namorava uma colega de trabalho. Na ação, o homem alega que a dispensa ocorreu
por causa do relacionamento afetivo.
O juízo de
origem acolheu o pedido do trabalhador e condenou a empresa a pagar R$ 6 mil a
título de danos morais. De acordo com a sentença, houve abuso de direito na
conduta da empregadora ao tratar de relações interpessoais, ao ponto de
atingir, injustificadamente, a intimidade do trabalhador.
No entanto,
a juíza-relatora Regina Celi Vieira Ferro pontuou que não há que se falar em
dispensa discriminatória, pois o homem não é portador do vírus HIV ou de outra
doença grave que suscite estigma ou preconceito. "O reclamante foi demitido sem
justa causa, recebendo todos os haveres rescisórios. Portanto, em princípio, a
reclamada apenas exerceu o poder potestativo de terminar o contrato de
trabalho", ponderou.
A magistrada
destacou ainda que o empregado reconheceu ter recebido, no momento da contratação,
o código de ética e conduta da empresa. O documento diz que "relacionamentos
afetivos entre funcionários não são incentivados, quando há possibilidade de
uma situação de conflito na condução dos negócios". Assim, ao saber do vínculo
entre os trabalhadores e analisando o choque de interesses entre as tarefas
realizadas por ambos, a gerência sugeriu a transferência do homem para outra
unidade, mas ele recusou a proposta.
Na decisão,
a Turma levou em consideração também que não houve provas de invasão de
privacidade nem de comentários por parte da direção da empresa que ofendesse a
honra do profissional. E, assim, em votação unânime, os magistrados concluíram
que não se verificou qualquer abuso ou irregularidade na dispensa.
Entenda
alguns termos usados no texto:
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Nota
M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo específico, e pode
servir como um norteador para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes
poderão ter decisões diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e
segundo graus.
Fonte:
TRT 2, Processo nº 1000573-32.2021.5.02.0025, com edição do texto e
"nota" da M&M
Assessoria Contábil
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Três iniciativas que podem melhorar a experiência do trabalho híbrido
Publicado em
06/07/2022
às
12:00
Especialista dá dicas
para alinhar expectativas de gestores e colaboradores em relação ao trabalho
híbrido
.
De acordo com um levantamento do site Vagas.com, 42% dos funcionários preferem
o modelo híbrido, em comparação ao trabalho presencial (32%) ou remoto
(26%).
A adesão ao modelo se deve a diferentes motivos,
como a adaptação ao trabalho remoto, vantagens econômicas e até o aumento da
produtividade em ambientes remotos.
Embora o modelo já existisse no ambiente
corporativo, ganhou notoriedade nas conversas entre gestores, principalmente
após a pandemia da Covid-19, diante da adoção do home office.
Com isso, a adaptação do modelo de trabalho híbrido
ainda neste ano está no radar das empresas. Inclusive, de acordo com a 18ª
edição do Índice de Confiança Robert Half, o híbrido será usado por 48% das
empresas durante 2022.
"Estar atento às tendências do ambiente corporativo
representa inúmeras vantagens, sobretudo, em relação à retenção de talentos e
contratação de mão de obra qualificada. Porém, nem sempre o que é bom para uma
empresa, faz sentido para a outra e, com isso, as companhias precisam estar
preparadas para os desafios que virão", afirma a CEO da John Richard, Pamela
Paz.
Segundo a executiva, é preciso reorganizar as
rotinas e processos, preparar os espaços de trabalho e ajustar as políticas e a
cultura da empresa. Confira três dicas que podem melhorar a experiência do
trabalho híbrido nesta fase de adaptação.
Escute
seus colaboradores
Inicialmente, é importante compreender os perfis
dos profissionais que atuam na empresa, observar os movimentos do mercado de
trabalho e compreender as reais necessidades e desejos dos colaboradores que a
companhia pretende atrair. Tudo isto deve ser feito antes da formatação das
novas estratégias.
"Questione sempre os funcionários com o objetivo de
mapear o que eles precisam para trabalharem melhor e mais felizes. Conhecer o
ponto de vista de quem realmente faz as engrenagens rodarem é fundamental.
Estas pesquisas internas influenciam diretamente na tomada de decisão de pontos
estratégicos que fazem parte do processo de adaptação", explica Pamela.
Flexibilidade
é crucial
Um dos principais benefícios do trabalho híbrido é
justamente oferecer mais flexibilidade para o trabalhador.
Sendo assim, não se limite a ideia de que o modelo
híbrido se refere apenas aos locais onde as atividades são executadas, isto é,
proponha outras maneiras de flexibilizar a jornada do colaborador.
Para Pamela, estas flexibilizações podem acontecer
desde a forma que as entregas são feitas, na organização dos horários de
trabalho ou até mesmo na decoração do escritório.
"Os espaços de descompressão, por exemplo,
proporcionam bem-estar, aumentam a produtividade dos profissionais e contribuem
para a saúde mental, uma vez que os funcionários podem descansar, relaxar e
descontrair entre as atividades", complementa.
Aposte
na criatividade e inovação
Estar aberto a novas soluções demonstra que a
empresa estará sempre apta a dar aos colaboradores o que eles precisam para
desempenhar suas funções da melhor forma.
Algumas soluções oferecem excelentes benefícios que
fazem sentido no modelo híbrido, como a padronização e o cumprimento das normas
de ergonomia para os colaboradores que realizam parte das suas atividades no
home office.
Fonte: Contábeis
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Motorista de caminhão e o local para dormir nas viagens
Publicado em
07/06/2022
às
14:00
Um
motorista entregador de Ipatinga (MG) receberá indenização de R$ 5 mil por ter
sido obrigado a pernoitar dentro do baú do caminhão de serviço. A decisão é da
Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que considerou que as más
condições de trabalho a que o empregado fora submetido justificam a reparação.
Colchonete
O empregado disse, na ação, que
seu contrato de trabalho teve início com a empresa, em fevereiro de
2013, na função de motorista entregador. Em setembro de 2016, foi transferido
para a outra empresa do grupo, para a qual atuou até ser dispensado, meses
depois.
Segundo ele, o valor das
diárias que recebia mal dava para fazer as refeições do dia, e, por isso, tinha
de dormir no baú do caminhão, sobre um colchonete e entre as caixas de
mercadoria, pois a cabine não era equipada com cama. Como não havia ventilação
no baú, a porta tinha de ficar aberta, gerando situação humilhante e perigosa.
Prática comum
O juízo da 3ª Vara do Trabalho
de Coronel Fabriciano (MG) e o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG)
rejeitaram o pedido de indenização. Na avaliação do TRT, o pernoite dos
caminhoneiros no caminhão é costume generalizado entre a categoria e não
configura dano moral, passível de reparação.
Ainda segundo o TRT, não
haveria razão para que o motorista recebesse tratamento diferenciado em relação
aos demais empregados nessa função, que procedem da mesma maneira, por
comodidade e economia, pois nada impede que durmam em hotéis ou pousadas.
Dignidade da pessoa humana
O
relator do recurso de revista do motorista, ministro Maurício Godinho Delgado,
destacou que as condições de trabalho a que ele era submetido atentaram contra
a sua dignidade, a sua integridade psíquica e o seu bem-estar individual. De
acordo com o relator, esses bens imateriais, que compõem o patrimônio moral do
empregado, são protegidos pela Constituição Federal e justificam a reparação.
O
ministro ressaltou, também, que o fato de o motorista dormir dentro do caminhão
era conveniente aos interesses das empresas, que lucravam com a vigilância constante
de seu patrimônio.
A decisão foi por maioria,
vencido o ministro Evandro Valadão.
Nota M&M: Destacamos que esta
decisão foi aplicada neste processo específico, e pode servir como um norteador
para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões
diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TST, Processo: RR-10423-78.2016.5.03.0089, com "nota"
da M&M Assessoria
Contábil
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Desconhecimento do Diagnóstico de Saúde e a natureza discriminatória de dispensa de empregado
Publicado em
06/06/2022
às
16:00
A Quarta
Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o exame do recurso de um
ex-empregado, que trabalhava numa empresa de Marau (RS), que alegava ter sido
dispensado de forma discriminatória, em razão de câncer de próstata. Embora a
jurisprudência do TST presuma a discriminação na dispensa de pessoas com
neoplasias malignas, ficou demonstrado, no caso, que a associação não sabia da
doença quando emitiu o aviso-prévio, o que afasta a caracterização de ato
ilícito.
Doença
Contratado como guarda em abril
de 2007, o empregado trabalhou para a empresa por oito anos. Na reclamação
trabalhista, relatou que fora diagnosticado com câncer de próstata ainda
durante o contrato de trabalho, chegando a fazer cirurgia para retirada de
tumor, e havia comunicado o fato à ex-empregadora, que, "ao invés de se adequar
às restrições que a doença determina, optou pela ruptura do pacto contratual".
Atestados
Por sua vez, a associação negou
o caráter discriminatório da demissão e disse que não fora comunicada sobre a
doença. Segundo a entidade, nenhum dos diversos atestados médicos apresentados
pelo guarda fazia menção ao câncer de próstata ou ao tratamento médico e
cirúrgico realizados.
Diagnóstico
O Posto da Justiça do Trabalho
de Marau e, mais tarde, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)
rejeitaram a alegação do empregado de que a despedida se dera em razão do
diagnóstico da doença. Segundo o TRT, os exames apresentados - que demonstravam
uma investigação para eventual diagnóstico de câncer - eram anteriores à
comunicação da sua despedida.
Distinguishing
Ao decidir sobre o recurso do
empregado, o relator, ministro Alexandre Ramos, apontou que, de acordo com a
jurisprudência do TST (Súmula 443), se presume discriminatória a dispensa de
pessoas com câncer. Todavia, segundo ele, no caso, seria preciso aplicar a
técnica do distinguishing, ou seja, fazer uma distinção para superar o
precedente, uma vez que a associação não sabia da doença quando emitiu o
aviso-prévio.
Segundo o relator, com base nas
informações do TRT, os exames que confirmam a doença eram posteriores ao fim do
vínculo. Essa situação que, a seu ver, impede concluir que tenha havido má-fé.
"Não se pode concluir que a dispensa decorre da ciência, pela empregadora,
do estado de saúde do empregado, rompendo-se a causalidade que justifica a
diretriz contida na Súmula 443 do TST, que não foi contrariada, no presente
caso", concluiu o ministro.
A decisão foi unânime.
Nota M&M: Destacamos que esta
decisão foi aplicada neste processo específico, e pode servir como um norteador
para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes poderão ter decisões
diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TST, Processo: RR-21534-25.2017.5.04.0662, com "nota"
da M&M Assessoria
Contábil.
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Defesa de Autos de Infração Trabalhista
Publicado em
17/05/2022
às
16:00
Incumbe ao Ministério do
Trabalho e Emprego a fiscalização do devido cumprimento das normas de
proteção ao trabalho, cabendo ao agente de inspeção (Fiscal do Trabalho) lavrar
o Auto de Infração, sob pena de responsabilidade administrativa, quando
verificar a existência de violação.
DIREITO DE DEFESA
Obviamente que, no excesso ou
arbitrariedade do agente fiscal, o empregador pode e deve buscar seu direito de
defesa, visando resguardar-se de pagar as infrações que avaliar como indevidas.
O agente fiscal não pode ir
multando a torto e a direito. Com o propósito de instruir os responsáveis no
cumprimento das leis trabalhistas, ele terá que observar o critério da dupla
visita quando:
a) ocorrer promulgação ou
expedição de novas leis, regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que em
relação exclusivamente a esses atos, será feita apenas a instrução dos
responsáveis;
Nota:
decorrido o prazo de 90 (noventa) dias da vigência do ato, a autuação não
dependerá de dupla visita.
b) se tratar de primeira
inspeção nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou
empreendidos.
Nota:
decorrido o prazo de 90 (noventa) dias do efetivo funcionamento do novo
estabelecimento ou local de trabalho, a autuação não dependerá de dupla visita.
c) se tratar de estabelecimento
ou local de trabalho com até 10 (dez) trabalhadores, salvo quando for
constatada infração por falta de registro de empregado ou de anotação da CTPS,
bem como na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à
fiscalização; e
d) se tratar de microempresa e
empresa de pequeno porte, na forma da lei específica.
Nota: as
microempresas e empresas de pequeno porte são aquelas definidas pela Lei
Complementar 123/2006.
LAVRATURA
O Auto de Infração será lavrado
no local da inspeção, salvo se houver motivo justificado que será declarado no
próprio auto.
O Auditor Fiscal do Trabalho
poderá lavrar as notificações de débitos e outras decorrentes de ação fiscal,
no local que lhe oferecer melhores condições.
A lavratura do Auto não depende
da assinatura do infrator ou de testemunhas, tendo um prazo de 24 horas para
ser lavrado, sob pena de responsabilidade.
Uma vez lavrado, o auto não
poderá ser inutilizado, nem sustará o curso do respectivo processo, devendo o
agente da inspeção apresentá-lo à autoridade competente, mesmo se contiver
erro.
PRAZO DE DEFESA
A apresentação de defesa do
infrator deve ser dirigida ao Delegado Regional do Trabalho e Emprego ou à
autoridade delegada, no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do
auto.
Fonte:
Guia Trabalhista
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Lançada ferramenta de Autodiagnóstico Trabalhista
Publicado em
11/05/2022
às
16:00
Iniciativa tem o objetivo de promover o trabalho
decente a partir da conduta empresarial responsável
A Subsecretaria de
Inspeção do Trabalho (SIT), vinculada à Secretaria de Trabalho (STRAB) do
Ministério do Trabalho e Previdência lançou, em 05/05/2022, o Autodiagnóstico
Trabalhista, elaborada em parceria com a Organização Internacional do Trabalho
(OIT).
O Autodiagnóstico
Trabalhista integra o Programa Trabalho Sustentável,
que reúne uma série de atividades, como capacitações, campanhas e sistemas
desenvolvidos pela SIT para a promoção do trabalho decente e a conduta
empresarial responsável.
A
nova ferramenta é on-line, gratuita e interativa e foi desenvolvida para
fornecer informações e conselhos técnicos aos empregadores, trabalhadores e
sociedade em geral sobre os meios mais eficazes para promoção do trabalho
decente a partir de uma conduta empresarial responsável.
"O
Autodiagnóstico Trabalhista convida o usuário a responder um questionário sobre
temas relativos ao mundo do trabalho e fornece, a cada questão, orientações
sobre o assunto respectivo e propostas para que as empresas possam adequar sua
conduta quando necessário", explica o subsecretário de Inspeção do Trabalho
Romulo Machado e Silva.
A
iniciativa contempla versões para multinacionais e para micro e pequenas
empresas.
Entre
os temas tratados no Autodiagnóstico estão conduta empresarial responsável,
segurança e saúde no trabalho, observância de instrumentos internacionais,
conduta empresarial responsável dos parceiros de negócios, eliminação do trabalho
análogo à escravidão, erradicação do trabalho infantil, eliminação da
discriminação em matéria de emprego e ocupação, liberdade sindical e
reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva.
Ao
final do preenchimento do Autodiagnóstico, a ferramenta fornece a possibilidade
de fazer o download de um relatório contendo todas as perguntas respondidas e
seus respectivos feedbacks e de um plano de melhorias, que pode ser alterado
para se adequar às necessidades do usuário.
"É
importante frisar que a ferramenta não armazena nenhuma informação do usuário.
Por isso é importante que baixe o relatório e o plano de melhorias, caso
contrário as informações serão perdidas", afirma Romulo Machado e Silva.
Para acessar o
Autodiagnóstico Trabalhista, acesse https://autodiagnostico.sit.trabalho.gov.br.
Internacional
A
nova ferramenta atende ao compromisso de prestar orientações sobre a legislação
trabalhista nacional e ainda de promover a observância da Declaração Tripartite
de Princípios Sobre Empresas Multinacionais e Política Social da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), dos Princípios Orientadores da Organização das
Nações Unidas (ONU), sobre Empresas e Direitos Humanos e das Diretrizes da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Fonte:
Ministério do Trabalho e Previdência Social
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Governo lança medidas para impulsionar a inserção e manutenção de mulheres e jovens no mercado de trabalho
Publicado em
07/05/2022
às
14:00
A ação faz parte do
Programa Renda e Oportunidade (PRO)
O presidente da República, Jair Bolsonaro,
assinou em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (4/5/2022),
Medida Provisória que institui programa voltado à inserção e à manutenção das
mulheres e jovens no mercado de trabalho e Decreto que visa criar 100 mil novas
vagas de aprendizagem profissional e contribuir para melhorar a qualificação e
a empregabilidade dos jovens. A ação faz parte do Programa Renda e Oportunidade
(PRO), uma série de medidas lançadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência
para alavancar a retomada do emprego e da economia no País.
O ministro do Trabalho e Previdência, José
Carlos Oliveira, destacou os 2 milhões e 700 mil novos empregos criados em 2021
no Governo do presidente Jair Bolsonaro, "o maior número dos últimos 10 anos. E
somente no primeiro trimestre de 2022 já são mais de 600 mil novos empregos e
podemos sonhar que até o final de 2022 a gente consiga superar todas as
expectativas".
O novo programa cria uma série de medidas
para impulsionar as boas práticas na promoção da empregabilidade das mulheres,
como a flexibilização do regime de trabalho, a qualificação em áreas
estratégicas para ascensão profissional e apoio a mulheres no retorno ao
trabalho após a licença maternidade. Ao grupo feminino, a MP prevê a
implementação de várias medidas de apoio à parentalidade na primeira infância -
via reembolso creche ou a liberação de valores do FGTS para auxílio no pagamento
de despesas e manutenção ou subvenção de instituições de educação infantil
pelos Serviços Sociais.
Será ainda incentivada a flexibilização do
regime de trabalho dos pais após o término da licença maternidade, para apoio
às mulheres no retorno ao trabalho nesse período, tais como a implantação do
regime de tempo parcial e compensação de jornada por meio de banco de horas,
além da jornada de 12 horas trabalhadas por 36 horas ininterruptas de descanso,
quando a atividade permitir, além da antecipação de férias e flexibilização do
horário de entrada e de saída.
O programa foca na empregabilidade das
mulheres, especialmente aquelas que sofrem impacto direto da maternidade - até
os cinco anos de idade dos filhos - no que se refere à capacidade de inserção,
permanência e progressão no mercado de trabalho. Também institui o "Selo
Emprega + Mulher", para promover nas empresas a adoção de boas práticas na
contratação, ocupação de postos de liderança e a ascensão profissional de
mulheres.
Para os jovens, o programa busca aumentar as
oportunidades de formação e de inclusão produtiva do adolescente e do jovem por
meio da aprendizagem profissional. Foram criadas 100 mil novas vagas de
aprendiz e foi instituído o Projeto Nacional de Incentivo à Contratação de
Aprendizes, por meio do qual as empresas participantes terão benefícios para
regularizarem o cumprimento da cota de aprendizagem, com uma estimativa de
contratação de 250 mil adolescentes e jovens ainda este ano.
Também foram estabelecidas medidas para
incluir mais adolescentes e jovens vulneráveis na aprendizagem, com prioridade
para o público do Auxílio Brasil, adolescentes em acolhimento institucional,
aqueles provenientes do trabalho infantil, entre outros. A MP e o Decreto
trazem ainda medidas para melhorar a formação do aprendiz e para integrar a
aprendizagem profissional ao novo ensino médio da rede pública de ensino,
contribuindo para que os adolescentes e jovens permaneçam na escola enquanto
são qualificados e ingressam no mercado de trabalho. A MP amplia também o prazo
máximo da aprendizagem de dois para três anos e cria incentivos para que as
empresas efetivem os aprendizes em contratos de trabalho por tempo
indeterminado após a conclusão do programa de aprendizagem.
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência
Social
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Dispensa do trabalho para acompanhar consultas médicas da esposa grávida - Alteração na CLT
Publicado em
05/05/2022
às
08:00
Está
dispensado do horário de trabalho pelo tempo necessário para acompanhar sua
esposa ou companheira em até seis consultas médicas, ou exames complementares,
durante o período de gravidez.
Esta
alteração foi promovida pela Medida Provisória 1.116/2022. A referida MP deverá passar pelo Congresso para que seja convertida em
Lei no prazo de 60 dias, prorrogável por igual período.
Conforme o novo texto do inciso X do artigo 473 da
CLT que entra em vigor na data de hoje (05 maio de 2022), o empregado fica
dispensado do horário de trabalho pelo tempo necessário para acompanhar sua
esposa ou companheira em até seis consultas médicas, ou exames complementares,
durante o período de gravidez.
Base Legal: Inciso X do artigo 473 da CLT, com redação dada pela Medida Provisória 1.116/2022. Texto elaborado pela M&M Assessoria
Contábil
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Pagamentos "por fora" e os reflexos nas verbas trabalhistas
Publicado em
02/05/2022
às
14:00
Decisão Judicial
A Primeira Turma do Tribunal
Superior do Trabalho recusou o exame de um recurso da empresa com sede em São
Paulo (SP), além de uma emprega terceira pertencente ao grupo contra a
condenação ao pagamento de diferenças salariais a uma gerente relativas a
comissões "por fora". Segundo o colegiado, as empresas não conseguiram
comprovar que os valores eram decorrentes de empréstimos pessoais, como alegado
pela defesa.
Dinheiro e cheques
Contratada em 2011 para a
função de gerente de táxi aéreo, porém com registro em carteira de assistente
de vendas, a profissional, dispensada em dezembro de 2016, contou que recebia
salário fixo de R$ 3 mil e comissão de 5% sobre as vendas de táxi aéreo, que
era paga "por fora", em dinheiro ou em cheques de clientes, conforme extratos
bancários apresentados. Ela requereu que esses valores fossem reconhecidos como
parte da sua remuneração mensal, repercutindo, assim, nas demais verbas
salariais.
Empréstimos pessoais
Em contestação, as empregadoras
alegaram que a gerente não recebia comissões e tinha outras fontes de renda,
pois prestava serviços, também, para sua própria empresa. De acordo com a
Sales, alguns depósitos efetuados por suas sócias se referiam a empréstimos
pessoais à empregada.
Condenação
A tese dos empréstimos foi
rejeitada pelo juízo de primeiro grau, por não ter sido solidamente confirmada
por nenhuma testemunha nem por documentos. Com isso, as empresas foram
condenadas ao pagamento das diferenças decorrentes da integração das comissões
nas demais parcelas, como descansos semanais remunerados, 13º Salário,
férias e FGTS. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) manteve a
sentença.
Comissões
O relator do agravo com o qual
as empresas buscavam rediscutir o caso no TST, ministro Amaury Rodrigues Pinto
Junior, assinalou que não foram apresentados documentos para comprovar as
alegações de empréstimo, enquanto, por outro lado, a testemunha da trabalhadora
afirmou que recebia salário fixo, horas de voo e comissões que não eram
discriminadas em holerite, mas depositadas diretamente em conta. De acordo com
essa testemunha, a venda de voos era feita principalmente pela gerente, que
recebia comissão de 5%.
Para o relator, ao contrário do
alegado pelas empresas, não houve má aplicação das regras do ônus da prova. Ao
defender que os depósitos diziam respeito a empréstimos pessoais, elas atraíram
para si o ônus de comprovar esse fato, e não o fizeram. Por outro lado, a
gerente se desincumbiu do seu ônus de comprovar o recebimento das comissões.
Para alterar a conclusão do TRT, seria necessária a reanálise do conjunto
fático-probatório, mas esse procedimento é vedado pela Súmula 126 do TST.
A decisão foi unânime.
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste
processo específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças.
Porém, situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TST, 12/04/2022,
Processo: AIRR-1001089-96.2017.5.02.0088, com "nota" da M&M Assessoria
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Justiça mantém penhora de veículo de namorada de devedor trabalhista
Publicado em
05/04/2022
às
10:00
A 3ª Turma do TRT de Goiás
rejeitou embargos de uma mulher contra a penhora de veículo registrado em seu
nome para pagar dívida trabalhista de namorado. O colegiado aplicou ao caso a
teoria da aparência, ao considerar a existência de provas de que o executado
exerce a posse do bem e dele faz uso em ocultação patrimonial.
A mulher acionou a Justiça por
meio de embargos de terceiro em processo em trâmite na 2ª Vara do Trabalho de
Aparecida de Goiânia. Ela argumentou que o documento que comprova a
titularidade do automóvel é o Certificado de Registro do Veículo (CRV),
conforme art. 121 do Código de Trânsito Brasileiro. Alegou que, embora tenha
emitido procuração para o ex-namorado, tal documento já foi revogado e, ainda
assim, não tem condão de comprovar titularidade ou posse. Segundo ela, a
procuração não autorizava a transferência do bem, mas apenas o responsabilizava
por eventuais multas.
O relator do recurso,
desembargador Elvecio Moura, considerou correta a decisão de primeiro grau e
adotou os mesmos fundamentos. Ele considerou não ser razoável a versão da
embargante de que a procuração pública foi outorgada ao reclamado (seu então
namorado) para que ele pudesse pegar o veículo emprestado. "Trata-se de
formalismo exacerbado que não se coaduna com a relação de fidúcia que envolve a
proximidade de relacionamentos amorosos", entendeu.
Além disso, o relator levou em
consideração que a procuração é expressa ao conferir ao executado amplos e
gerais poderes para "comprar, vender, ceder, alienar, transferir para o
seu nome ou a quem este indicar pelo preço e condições que convencionar" o
veículo objeto da controvérsia.
Por fim, apesar de o veículo
estar registrado no nome da mulher, Elvecio Moura observou que a oficiala de
Justiça constatou que é o executado quem exerce a posse ostensiva do veículo
objeto da constrição judicial, uma vez que é de conhecimento geral da
vizinhança que o namorado visitava a mulher no veículo. "O acervo
probatório constante nos autos leva à conclusão de que o executado exerce a
posse de bem registrado em nome de terceiros, indicando, assim, a prática de
conduta voltada à ocultação de seu patrimônio", concluiu. A decisão foi
unânime em manter a constrição judicial do referido veículo.
Nota
M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo
específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças. Porém,
situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: Tribunal Regional do
Trabalho da 18ª Região, Processo: 0010920-23.2021.5.18.0082, com "nota" da M&M Assessoria
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Novo Golpe pelo WhatsApp: Assistente virtual do INSS
Publicado em
31/03/2022
às
16:00
As abordagens têm ocorrido por
mensagem de celular (WhatsApp)
Novo golpe na praça. Golpistas estão se passando por uma
suposta "central de atendimento" e se aproveitando da imagem da Helô, assistente virtual do INSS, para tentar obter dados pessoais dos beneficiários. As abordagens têm ocorrido por mensagem de celular (WhatsApp).
Os criminosos têm algumas informações dos segurados e
ainda fornecem número de protocolo para passarem credibilidade e obterem mais
dados.
O Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) orienta
a todos para que, caso recebam esse tipo de contato, bloqueiem imediatamente e não forneçam nenhuma informação como
dados pessoais, fotos ou documentos.
A Helô é
um plantão de dúvidas que pode ser acessada apenas pelo Meu INSS e nunca busca o segurado pelo WhatsApp para
"conversar".
Para evitar cair nesse tipo de golpe, é importante manter
sempre atualizados os seus dados de contato, como telefone, e-mail e endereço.
Isso deve ser feito pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.
Fique atento
O INSS nunca entra em contato
direto com a pessoa para solicitar dados,
nem pede o envio de fotos de documentos. Caso alguém faça qualquer comunicação
pedindo dados ou fotos em nome do INSS, não atenda a solicitação, desligue a
ligação e bloqueie o contato.
O número do SMS usado pelo INSS para informar os
cidadãos é 280-41. O INSS nunca manda links nem pede
documentos pelo SMS.
Sempre que o INSS convoca o cidadão para apresentar
documentos, essa convocação fica registrada no Meu INSS e pode ser verificada
também pelo telefone 135.
Utilize apenas os canais oficiais
de atendimento (aplicativo/site Meu INSS ou agência da
Previdência Social) para cumprir qualquer solicitação do INSS, seja para
agendar um serviço ou para entregar algum documento.
Em caso de tentativa
de golpe, faça denúncia para a Ouvidoria
pela internet ou pelo telefone 135.
Caso tenha sofrido um golpe, registre um boletim de
ocorrência na Polícia Civil e comunique aos órgãos envolvidos (por exemplo, o
próprio INSS e o banco em que recebe o benefício, se for o caso).
Fonte: Folha de Pernambuco
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Etarismo: como o mercado de trabalho trata quem tem mais de 50 anos?
Publicado em
17/03/2022
às
16:00
O
preconceito ainda é grande, mas é preciso rever conceitos porque a população
está envelhecendo
Atire a primeira pedra quem tem mais de 50 anos e não
passou por situação constrangedora devido a idade. Etarismo, idadismo ou
ageísmo são sinônimos para o preconceito baseado na faixa etária do indivíduo,
mais comumente destinado a idosos. A categoria sofre discriminação em várias
escalas e dentre elas, o mercado de trabalho. Ao disputar uma vaga de
emprego, muitas já se viram desclassificadas por terem idade superior aos seus
concorrentes.
Infelizmente, este tipo de preconceito é muito mais comum
e danoso do que se possa imaginar. Para se ter uma ideia, uma em cada duas
pessoas no mundo já apresentou ações consideradas discriminatórias, que
impactam diretamente no bem-estar da pessoa madura.
Ter idade madura é sinônimo de incapacidade?
O etarismo é sustentado pela ideia de que a idade está
ligada diretamente à capacidade do ser humano em tomar decisões, exercer
atividades profissionais e, inclusive, executar tarefas simples do cotidiano.
Além da prerrogativa das limitações físicas, existe,
portanto, a ideia de que essa faixa da população também deixa de ter vontades,
desejos, racionalidade e autonomia.
A pessoa madura é tão capaz de viver, se atualizar e
atuar como qualquer outro cidadão adulto. Os entraves causados pelo etarismo,
portanto, são muito mais externos que internos, baseados em prerrogativas
ultrapassadas e injustas.
Como o etarismo se manifesta no trabalho?
Algumas situações que são exemplos de um discriminação
por causa da idade ocorrem diariamente em uma empresa. Alguns exemplo são:
· Políticas de recrutamento
que colocam limites de idade na elegibilidade de trabalho de uma pessoa (como
restringir para aqueles que têm menos de 20 anos de experiência) ;
· Ser rejeitado em uma
promoção e a posição ser dada a alguém mais jovem fora da empresa, porque seu
empregador deseja que a empresa tenha uma imagem mais jovem ;
· Demitir principalmente
trabalhadores mais velhos durante as demissões da empresa;
· Ser chamado de velho antes
de ser despedido ;
· Demitir funcionários mais
velhos e mais experientes em favor de manter os trabalhadores mais jovens, que
recebem menos ;
· Dar aos trabalhadores mais
jovens oportunidades ou condições de trabalho mais favoráveis, como
oferecer-lhes projetos ou equipamentos melhores do que os trabalhadores mais
velhos ;
· Assédio, como ser xingado
ou outras formas de hostilidade, como colegas e superiores fazerem piadas com
base na sua idade;
· Não ser contratado porque o
empregador estava procurando alguém que parecesse mais jovem.
Para que as pessoas com mais de 50 anos sejam valorizadas
no mercado corporativo brasileiro, é essencial entender que cada faixa etária
tem suas virtudes e decorrências.
Então será requerido aos líderes e empregadores que façam
a gestão de possíveis conflitos intergeracionais, analisem o grupo de trabalho
e cuidem das práticas e educação.
Dicas para aumentar a empregabilidade após os 50
As demandas profissionais já não são as mesmas de anos e
décadas atrás. Com as modificações no modo de trabalhar, no foco em inovação e
na digitalização dos negócios, surgiu uma grande busca por
profissionais com capacidades técnicas e comportamentais para lidar com as
novidades.
Portanto, se você é um profissional com mais de 50 anos
que busca competir de igual pra igual e sente que está por fora das novidades
tecnológicas e metodologias atuais, busque se qualificar e ambientar.
Você não precisa ser nenhum expert em aparelhos digitais,
softwares e conceitos tão novos que ainda são pouco conhecidos. Mas buscar
conhecer as práticas mais comuns e as atualidades da sua profissão é fundamental,
além de buscar estar antenado ao segmento que a empresa que você atua ou quer
passar a trabalhar.
Conclusão
Uma das melhores práticas para evitar o etarismo e
minimizar seus efeitos é incluir a pessoa mais velha em todos os setores da
sociedade. Pode ser um processo lento, mas a inserção da pessoa idosa nos meios
de comunicação, publicidade, mercado de trabalho e convívio social é
emergencial.
De acordo com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), em 2030 o Brasil terá uma configuração etária parecida com o Japão e a
Europa, que já ocupam as primeiras posições no ranking de envelhecimento
populacional. Até lá, o país estará entre os cinco com maior percentual de
população acima de 60 anos. Portanto, já passamos da hora de rever nossos
conceitos a respeito deste assunto.
Fonte: Jornal Contábil
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Instituição deve indenizar professora por uso de videoaulas após fim de contrato?
Publicado em
22/02/2022
às
16:00
Uma instituição
de ensino com sede em Curitiba (PR), não terá de indenizar uma professora por
ter veiculado, depois do fim do contrato, videoaulas produzidas por ela. De
acordo com a Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho, havia cláusula
contratual expressa que dava cessão total e definitiva dos direitos autorais e
do uso de imagem à instituição de ensino.
Material desatualizado
A professora disse, na reclamação
trabalhista, que ajustara coma empresa contrato de cessão de edição, de
direitos autorais e de uso de imagem para a gravação de videoaulas da
disciplina Psicologia Educacional e a elaboração de uma apostila para um Curso
Normal a Distância (CND), composto de 100 aulas. Mas, segundo ela, o contrato
acabara em dezembro de 2002, e o material foi reutilizado em julho de 2008 sem
sua autorização. Ela disse, ainda, que o uso de conteúdo desatualizado
causaria lesão à sua imagem e à sua honra.
Limitação no tempo
Ao julgar o caso, em janeiro de
2012, o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) absolveu a instituição,
por entender que a cessão dos direitos fora feita pela docente sem qualquer
limitação no tempo. "O contrato não faz restrição alguma, e, por isso, não é
devida indenização material pelo uso das videoaulas e da apostila elaboradas
pela professora", disse o TRT.
A professora recorreu ao TST
insistindo no pedido de indenização por danos morais e materiais,
que, na época da ação, em 2010, foi estimada por ela 500 salários mínimos.
Direitos autorais
O relator do recurso de
revista, desembargador convocado Marcelo Pertence, lembrou que, de acordo com a
Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998), a professora seria detentora dos
direitos de exploração do material didático e das videoaulas que produzira.
Contudo, a mesma norma determina que os direitos de uso e exploração da obra
podem ser cedidos de forma parcial ou total.
Cessão definitiva
No caso, o relator destacou
que, segundo registrou o TRT, havia cláusula contratual expressa por meio da
qual a professora cedia, em caráter definitivo, todos os direitos patrimoniais
relativos ao material didático, com anuência de divulgação a qualquer tempo,
sem depender de pagamento.
A decisão foi unânime.
(RR/CF)
Nota M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste
processo específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças.
Porém, situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TST,
Processo: RR-796-38.2010.5.09.0010, com edição e "nota" da M&M Assessoria
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Prova de Pagamento de Salário
Publicado em
21/02/2022
às
10:00
A prova
de pagamento de salário do trabalhador (art. 464 da CLT) é feita,
tradicionalmente, pela assinatura do empregado no recibo correspondente (também
chamado de "holerite" e "contracheque").
Em se
tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital.
Observe-se
que é ônus do empregador comprovar, documentalmente, o pagamento tempestivo da
remuneração devida.
Também é
aceito como comprovante de pagamento, não necessitando de assinatura do
empregado, o depósito (ou TED, PIX, DOC) na conta bancária do empregado (neste
caso, o CPF do titular deve ser o mesmo do trabalhador contratado).
Fonte:
Guia Trabalhista Online
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Novas regras da aprendizagem profissional entram em vigor
Publicado em
14/02/2022
às
12:00
A regulamentação
promove o aumento da qualidade e a redução da concentração dos cursos de aprendizagem
profissional em ocupações de baixa produtividade
O capítulo XVIII da Portaria MTP nº 671, de novembro de
2021, entraram em vigor em 10/2/2022 trazendo novas regras para a aprendizagem
profissional no Brasil. As regras editadas pelo Ministério do Trabalho e
Previdência resultam de atualizações da Portaria nº723, de 2012. A
regulamentação promove o aumento da qualidade e a redução da concentração dos
cursos de aprendizagem profissional em ocupações de baixa produtividade,
oferece mais segurança jurídica e desburocratiza o instituto da
aprendizagem profissional no Brasil.
Uma das mudanças é o alinhamento da
aprendizagem profissional ao itinerário de formação técnico profissional
(Itinerário V), do Novo Ensino Médio, instituído pela Lei nº 13.415 de 2017,
assim como o alinhamento da educação profissional técnica de nível médio. As
medidas reforçam a aprendizagem profissional como política indissociável da
educação básica, ou seja, da escola. A nova portaria permite que esses cursos
possam ser contabilizados como atividades teóricas no âmbito dos contratos de
aprendizagem.
Outra inovação é o desenvolvimento de cursos voltados
para a economia 4.0 e de competências socioemocionais dos adolescentes e
jovens. Assim, os cursos que desenvolvam competências em tecnologias digitais,
tais como programação, internet, big data,
inteligência artificial, automação, robótica, computação em nuvens, ou que
promovam o aumento da produtividade e a redução dos custos pela transformação
digital, terão tratamento diferenciado pela norma, facilitando a sua oferta.
Para a implementação das novas regras da
aprendizagem profissional, as entidades qualificadas em formação técnico
profissional metódica devem se cadastrar no novo serviço "Habilitar Entidades
na Aprendizagem Profissional" e, posteriormente, cadastrar os novos programas
no serviço "Solicitar Novo Programa de Aprendizagem Profissional" pelos links:
Habilitar Entidades na Aprendizagem Profissional - https://www.gov.br/pt-br/servicos/habilitar-entidades-na-aprendizagem-profissional
Solicitar Novo Programa de Aprendizagem Profissional - https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-novo-programa-de-aprendizagem-profissional
Fonte: Ministério do
Trabalho e Previdência Social
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Assessor de Imprensa e o Enquadramento como jornalista
Publicado em
30/01/2022
às
14:00
A Oitava
Turma do Tribunal Superior do Trabalho afastou o enquadramento como jornalista
de um profissional que trabalhava como terceirizado em uma órgão de comunicação
do Rio de Janeiro. Para o colegiado, a atividade de repasse de informações da
corporação aos veículos de comunicação seria de assessor de imprensa, e não de
jornalista, cuja jornada diária é de cinco horas.
Vínculo
Na reclamação
trabalhista, ajuizada em 2015, o profissional requereu vínculo com o órgão na
função de jornalista, alegando que, embora tivesse sido incluído como sócio
cotista da empresa, recebia salário para prestar serviços no órgão publico.
O pedido
foi julgado procedente pelo juízo da 39ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro
(RJ), mas como assessor de imprensa. De acordo com a sentença, o trabalhador
repassava as informações e notícias aos veículos de comunicação, e o contrato
entre as instituições era de assessoria de imprensa.
Para o
juízo de primeiro grau, jornalista é o trabalhador intelectual cuja função
abrange desde a busca de informações até a redação de notícias e artigos, além
da organização, da orientação e da direção desse trabalho, nos termos do artigo
302 da CLT. Por outro lado, o assessor de imprensa trabalha intermediando
informações dadas pelo empregador ou pela empresa contratante.
Ao
examinar a questão, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ)
reconheceu que as tarefas desempenhadas pelo empregado se enquadram na função
de jornalista, conforme o artigo 2º do Decreto-Lei 972/1969, que dispõe
sobre o exercício da profissão.
Jornalista x assessor de imprensa
O
relator do recurso de revista da empresa, ministro Emmanoel Pereira, listou, em
sua fundamentação, as atividades de jornalista incluídas nos artigos 302
da CLT e 2º e 6º do Decreto-Lei 972/1969, que definem as funções de
jornalista. Por outro lado, destacou que o assessor de imprensa é o profissional
que aconselha o cliente sobre como lidar com a mídia e o ajuda a manter uma
imagem pública positiva e evitar cobertura negativa.
Segundo
o ministro, o Tribunal Regional foi categórico ao declarar que as atividades do
trabalhador eram limitadas e tinham a única finalidade de proporcionar efetiva
comunicação corporativa/institucional com os veículos de comunicação. Por isso,
concluiu ser necessário novo enquadramento jurídico dos fatos.
A
decisão foi unânime.
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste
processo específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças.
Porém, situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TST, com "nota" da M&M Assessoria
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Trabalhador sujeito a teste de bafômetro diante de colegas - Indenização
Publicado em
18/01/2022
às
16:00
A
Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o exame do recurso da
empresa contra a condenação ao o pagamento de indenização a um estivador que
era submetido à inspeção do teste de bafômetro diante de outros colegas. Para o
colegiado, a conduta apresenta descompasso com a dignidade da pessoa humana.
Bafômetro
Na reclamação trabalhista,
o estivador disse que, desde dezembro de 2016, a empresa aplicava, diariamente,
o teste de etilometria (bafômetro) nos trabalhadores portuários avulsos, na
maioria das vezes em frente aos colegas. Segundo ele, apenas alguns eram
submetidos ao exame, que não tinha momento certo para ser aplicado, e os
resultados não eram informados.
Sorteio
Na contestação, o órgão gestor
sustentou que a medida faz parte do cumprimento de normas de saúde e segurança
do trabalho e de prevenção do uso de entorpecentes e bebidas alcoólicas. Disse
que o teste é feito por sorteio e faz parte de programa realizado desde 2008.
Ainda de acordo com a empresa, havia previsão em norma coletiva para a
realização do exame e para o afastamento do trabalho sem remuneração, em caso
de recusa.
Chacota
O juízo da 4ª Vara do Trabalho
de Rio Grande indeferiu o pedido de indenização, por entender que a atitude da
empresa não fora desmedida e que os testes seriam benéficos para todos os
envolvidos. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), contudo,
destacou que o teste de bafômetro "não era efetuado reservadamente, como deveria",
expondo o trabalhador à chacota dos colegas.
Para o Tribunal Regional do
Trabalho, as provas apresentadas demonstraram que, caso se negasse a fazer o
exame, o estivador teria seu ponto cortado, como forma de pressão. Por isso,
condenou a empresa ao pagamento de indenização de R$ 10 mil.
Ambiente nocivo
A relatora do agravo do órgão
gestor, ministra Maria Helena Mallmann, explicou que a possibilidade cotidiana
de inspeção do teste de bafômetro, diante de outros trabalhadores e sob ameaça
de ter que suportar chacotas, além da pressão do corte de ponto, em caso de
recusa, evidencia um ambiente de trabalho nocivo, em descompasso com a
dignidade da pessoa humana. A adoção de entendimento contrário ao do Tribunal
Regional do Trabalho, para concluir que o empregador teria agido nos limites
autorizados pela norma coletiva, dependeria necessariamente do reexame da
prova, procedimento vedado pela Súmula 126 do TST.
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Porém, situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
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Fonte: TST, 04/01/2022. Processo: Ag-AIRR-20383-89.2017.5.04.0123,
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Instituído o Domicílio Eletrônico Trabalhista
Publicado em
17/12/2021
às
10:00
A Medida
Provisória nº 1.058/2021, que criou o Ministério do Trabalho e Previdência, foi
convertida na Lei nº 14.261/2021, que por sua vez
instituiu o Domicílio Eletrônico Trabalhista, devendo ser regulamentado pelo
novo ministério.
O objetivo é ser um novo canal de comunicação
entre o empregador e os órgãos competentes no que se refere a ciência do
empregador de atos administrativos, ações fiscais, intimações e avisos em
geral.
A plataforma também poderá receber do
empregador a documentação eletrônica exigida no curso das ações fiscais ou
apresentação de defesa e recurso no âmbito de processos administrativos.
Acesso ao novo sistema
O acesso ao domicílio eletrônico trabalhista
se dará por meio eletrônico, com utilização de certificação digital ou de
código de acesso com os requisitos de validade. O link para acesso ao sistema
ainda será disponibilizado, mediante regulamentação futura.
Fonte: Guia Trabalhista Online.
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Diarista e Empresa - Falta de cuidados podem gerar vínculo empregatício
Publicado em
16/11/2021
às
16:00
Considera-se
diarista a pessoa que presta serviço doméstico de forma eventual, sendo
considerada pela legislação previdenciária como autônoma e não empregada
doméstica.
Antes de
publicação da LC 150/2015 havia uma grande discussão jurisprudencial
em torno do que se considerava Diarista e o que se considerava Empregado
Doméstico, o que desencadeava uma infinidade de processos trabalhistas.
Com a
publicação da citada lei, esta discussão está encerrada, pois trabalhou 3
(três) ou mais dias por semana nos termos da lei, é considerado empregado
doméstico. Trabalhou até 2 (dois)
dias por semana, é considerado diarista.
Entretanto,
quando se trata de diarista que trabalha para uma empresa ou escritório, o
entendimento dominante nos tribunais é outro - e aqui se aplica a segunda
expressão-chave da LC 150/2015, a "finalidade não lucrativa" que
diferencia uma residência de um escritório comercial, por exemplo.
Em
processo julgado pelo TRT/DF, a faxineira que trabalhava efetuando a
limpeza e outros serviços gerais na reclamada, escritório de advocacia, teve
o vínculo de emprego reconhecido, e ainda que trabalhasse de forma
intermitente, a prestação de serviços ocorria toda semana, conforme abaixo:
EMENTA: DIARISTA. EXECUÇÃO DE SERVIÇOS
GERAIS EM ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. NATUREZA DOMÉSTICA DESCARACTERIZADA. NÃO
EVENTUALIDADE. VÍNCULO DE EMPREGO RECONHECIDO. Admitida a prestação de
serviços, mas negado o vínculo empregatício, incumbe à ré o ônus de comprovar a
existência de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito
postulado (CPC, artigo 333, inciso II, e CLT, artigo 818). Todavia, ficou
incontroverso nos autos que a autora prestou serviços entre 2003 a 2010,
efetuando a limpeza e outros serviços gerais na reclamada, escritório de
advocacia, de forma não eventual, pois tal labor, embora fosse de forma
intermitente, ocorria toda semana. Assim, não tendo a demandada se desincumbido
de seu mister, não enseja reforma a decisão originária que reconheceu o
vínculo de emprego entre as partes. 2. Recurso conhecido e provido em
parte.É este o relatório e voto da lavra do Exmo. Desembargador Relator, à
exceção da matéria meritória atinente ao reconhecimento do vínculo de emprego,
na qual prevaleceu a divergência aberta por este Desembargador Revisor e
Redator Designado. DISPOSITIVO: ACORDAM os
integrantes da Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10.ª Região,
conforme certidão de julgamento a fls. retro, aprovar o relatório, conhecer do
recurso e, no mérito, dar-lhe provimento parcial para determinar que, na
liquidação, seja observada a variação salarial da empregada, nos termos do voto
do Desembargador Revisor e Redator Designado. BRASILINO SANTOS RAMOS.
Desembargador Revisor e Redator Designado. Processo
0000188-54.2012.5.10.0006. Brasília (DF), 30 de janeiro 2013(data do
julgamento).
Assim,
se o serviço é efetuado dentro das necessidades da empresa ou escritório, com
subordinação e dependência econômica, pouco importa se a sua prestação se dá em
período alternado ou descontínuo.
Os
critérios que prevalecem, no caso, são os definidos no artigo 3º da CLT,
que considera empregado "toda pessoa física que presta serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário". A natureza
não eventual se define pela relação entre o trabalho prestado e a atividade da
empresa.
Em se
tratando de serviço de limpeza exercido no âmbito da empresa, este deve ser
considerado parte integrante dos fins da atividade econômica (e, por
conseguinte, não eventual), pois qualquer estabelecimento comercial deve ser
apresentado em boas condições higiênicas.
Cuidados Adicionais
O
empregador doméstico precisa tomar alguns cuidados adicionais em relação à
prestação de serviços da diarista, para que não esteja sujeito à reclamação na
Justiça. O importante é que a atividade da diarista não seja caracterizada como
periódica e habitual.
Para não
caracterizar atividade habitual, recomenda-se:
· Que o
serviço da diarista seja realizado uma ou duas vezes por semana (no máximo);
· Evitar
o pagamento mensal dos serviços. Faça pagamentos diários;
· Solicitar
a assinatura de todos os recibos (como autônomo) referentes aos pagamentos que
efetuar;
· Verificar
se ela presta serviços em outros locais diferentes;
· Não
estabelecer horários fixos de trabalho, ainda que em dias alternados.
A
diarista para ser considerada autônoma, deverá estar inscrita na Previdência
Social como contribuinte individual, devendo efetuar seu próprio recolhimento
da contribuição previdenciária, mês a mês, de acordo com os seus rendimentos.
Fonte: Obra Manual do Empregador Doméstico / Guia Trabalhista
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Segurança e saúde dos motoristas do transporte de cargas e de passageiros
Publicado em
16/11/2021
às
08:00
Portaria disciplina regras quanto a
segurança e saúde dos motoristas profissionais do transporte de cargas e
coletivo de passageiros.
Locais de espera e de repouso
A seguir, as condições mínimas de
segurança, sanitárias e de conforto nos locais de espera, de repouso e de
descanso dos motoristas profissionais de transporte rodoviário de passageiros e
de cargas.
Instalações sanitárias
As instalações sanitárias devem:
I - ser separadas por sexo;
II - possuir gabinetes sanitários
privativos, dotados de portas de acesso que impeçam o devassamento, com
dispositivo de fechamento, além de cesta de lixo e papel higiênico;
III - dispor de lavatórios dotados de
materiais para higienização e secagem das mãos;
IV - ser dotadas de chuveiros com água fria
e quente;
V - seguir a proporção mínima de um
gabinete sanitário, um chuveiro e um lavatório, por sexo, para cada vinte vagas
ou fração, considerando a quantidade de vagas no estacionamento destinadas ao
atendimento dos motoristas profissionais de transporte;
VI - ser providos de rede de iluminação; e
VII - ser mantidas em adequadas condições
de higiene, conservação, funcionamento e organização.
Os vasos sanitários devem possuir assento
com tampa.
O local dos chuveiros pode ser separado
daquele destinado às instalações com gabinetes sanitários e lavatórios.
Nas instalações sanitárias masculinas é
permitida a instalação adicional de mictórios.
As instalações sanitárias femininas podem
ser reduzidas em até setenta por cento da proporção prevista no item V, acima,
nos locais em que houver baixa demanda de usuárias, desde que assegurada a
existência de pelo menos uma instalação sanitária feminina.
Não é permitida a utilização de banheiros
químicos.
Os compartimentos destinados aos chuveiros
devem:
I - ser individuais;
II - ser dotados de portas de acesso que
impeçam o devassamento, com dispositivo de fechamento;
III - possuir ralos sifonados com sistema
de escoamento que impeça a comunicação das águas servidas entre os
compartimentos e que escoe toda a água do piso; e
IV - dispor de suporte para sabonete e
cabide para toalha.
Medidas adequadas devem ser adotadas para
garantir que o esgotamento das águas utilizadas não seja fonte de contaminação.
Os ambientes para refeições, quando
existirem, podem ser de uso exclusivo ou compartilhado com o público em geral,
devendo sempre:
I - ser dotados de mesas e assentos;
II - ser mantidos em adequadas condições de
higiene, limpeza e conforto; e
III - permitir acesso fácil às instalações
sanitárias e às fontes de água potável.
Poderá ser permitido que os usuários dos
locais de espera, de repouso e de descanso utilizem a própria caixa de cozinha
ou equipamento similar para preparo de suas refeições, desde que em local que
não comprometa as condições de segurança do estabelecimento.
Deve ser disponibilizada, gratuitamente,
água potável em quantidade suficiente, por meio de copos individuais, bebedouro
ou outro equipamento similar que garanta as mesmas condições.
Todo local de espera, de repouso e de
descanso deve conter sinalização informando as áreas destinadas ao
estacionamento de veículos, bem como a indicação da localização das instalações
sanitárias e, quando existirem, dos ambientes de refeição.
Todo local de espera, de repouso e de
descanso deve possuir vigilância ou monitoramento eletrônico.
O local de espera, de repouso e de descanso
que exigir dos usuários pagamento de taxa para permanência do veículo deve ser
cercado e possuir controle de acesso.
A venda, o fornecimento e o consumo de
bebidas alcoólicas nos locais de espera, de repouso e de descanso deve
respeitar o disposto na legislação específica (Lei n° 11.705, de 19 de junho de
2008).
É vedado o ingresso e a permanência de
crianças e adolescentes nos locais de espera, de repouso e de descanso, salvo
quando acompanhados pelos responsáveis ou por eles autorizados.
Aos estabelecimentos de propriedade do
transportador, do embarcador ou do consignatário de cargas, bem como nos casos
em que esses mantiverem com os proprietários destes locais contratos que os
obriguem a disponibilizar locais de espera, de repouso e de descanso aos
motoristas profissionais, aplicam-se as normas regulamentadoras de segurança e
saúde no trabalho.
Exames toxicológicos
A realização dos exames toxicológicos
previstos na legislação específica (§ 6º e § 7º do art. 168 da CLT), por
motoristas profissionais do transporte rodoviário coletivo de passageiros e do
transporte rodoviário de cargas é regulamentada abaixo:
Os exames toxicológicos serão realizados
previamente à admissão e por ocasião do desligamento.
Os exames toxicológicos devem:
I - ter janela de detecção para consumo de
substâncias psicoativas, com análise retrospectiva mínima de noventa dias, para
substâncias que causem dependência ou, comprovadamente, comprometam a
capacidade de direção, podendo ser utilizado, para essa finalidade, o exame
toxicológico previsto no Código de Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos
últimos sessenta dias; e
II - ser realizados e avaliados em
conformidade com os parâmetros estabelecidos pelo Conselho Nacional de
Trânsito, em especial a Resolução CONTRAN nº 691, de 27 de setembro de 2017, ou
norma posterior que a venha substituir.
Os exames toxicológicos não devem:
I - ser parte integrante do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
II - constar de atestados de saúde
ocupacional; e
III - estar vinculados à definição de
aptidão do trabalhador.
A validade do exame toxicológico será de
sessenta dias, a partir da data da coleta da amostra, podendo seu resultado ser
utilizado neste período para todos os fins tratados anteriormente.
O exame toxicológico previsto no Código de
Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos últimos sessenta dias, poderá ser utilizado.
É assegurado ao trabalhador que realiza
exame toxicológico o direito à contraprova e à confidencialidade dos resultados
dos exames.
Os laboratórios devem entregar ao
trabalhador laudo laboratorial detalhado em que conste a relação de substâncias
testadas, bem como seus respectivos resultados.
Os laboratórios devem disponibilizar médico
revisor para proceder à interpretação do laudo laboratorial e emissão do
relatório médico, sendo facultado ao empregador optar por outro médico revisor
de sua escolha.
Cabe ao médico revisor emitir relatório
médico, concluindo pelo uso indevido, ou não, de substância psicoativa.
O médico revisor deve considerar, dentre
outras situações, além dos níveis da substância detectada no exame, o uso de
medicamento prescrito, devidamente comprovado.
O médico revisor deve possuir conhecimentos
para interpretação dos resultados laboratoriais.
O relatório médico emitido pelo médico
revisor deve conter:
I - nome e CPF do trabalhador;
II - data da coleta da amostra;
III - número de identificação do exame;
IV - identificação do laboratório que
realizou o exame;
V - data da emissão do laudo laboratorial;
VI - data da emissão do relatório; e
VII - assinatura e número de inscrição no
Conselho Regional de Medicina - CRM.
O relatório médico deve concluir pelo uso
indevido, ou não, de substância psicoativa, sem indicação de níveis ou tipo de
substância.
O trabalhador deve entregar ao empregador o
relatório médico emitido pelo médico revisor em até quinze dias corridos após o
recebimento.
Fonte:
Art. 47 à 64 da Portaria MTP 672/2021, com edição do texto pela M&M Assessoria
Contábil.
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Empresas não poderão exigir comprovante de vacinação dos empregados
Publicado em
03/11/2021
às
11:00
Foi publicada em 01/11/2021 a Portaria do Ministério do Trabalho em
Previdência estabelecendo que ao empregador é proibido, na contratação ou na
manutenção do emprego do trabalhador, exigir quaisquer documentos
discriminatórios ou obstativos para a contratação, especialmente comprovante de
vacinação, certidão negativa de reclamatória trabalhista, teste, exame,
perícia, laudo, atestado ou declaração relativos à esterilização ou a estado de
gravidez.
Considera-se prática discriminatória a obrigatoriedade de certificado de
vacinação em processos seletivos de admissão de trabalhadores, assim como a
demissão por justa causa de empregado em razão da não apresentação de
certificado de vacinação.
A seguir o texto completo da referida portaria, com as demais disposições.
PORTARIA MTP Nº 620, DE 1º DE NOVEMBRO DE 2021
O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA, no uso das atribuições
que lhes conferem o Decreto nº 10.761, de 2 de agosto de 2021, e o inciso II do
parágrafo único do art. 87 da Constituição.
Considerando que o Art. 1º da Constituição Federal estabelece que a
República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito
e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da
pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Considerando que o Art. 3º da Constituição Federal estabelece que
constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir
uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento
nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Considerando que o Art. 5º da Constituição Federal estabelece que todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes: II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei; XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais;
Considerando que o Art. 6º da Constituição Federal estabelece que são
direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
Considerando que o Art. 7º da Constituição Federal estabelece que são
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra
despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que
preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
Considerando que o Art. 170 da Constituição Federal estabelece que a
ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional;
II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre
concorrência; V - defesa do consumidor; VII - redução das desigualdades regionais
e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua
sede e administração no País.
Considerando que o Art. 193 da Constituição Federal estabelece que a
ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e
a justiça sociais.
Considerando que a não apresentação de cartão de vacinação contra
qualquer enfermidade não está inscrita como motivo de justa causa para rescisão
do contrato de trabalho pelo empregador, nos termos do art. 482 da Consolidação
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, resolve:
Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e
limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção,
por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar,
deficiência, reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas, nesse
caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente previstas no inciso
XXXIII do art. 7º da Constituição Federal, nos termos da Lei nº 9029, de 13 de
abril de 1995.
§ 1º Ao empregador é proibido, na contratação ou na manutenção do
emprego do trabalhador, exigir quaisquer documentos discriminatórios ou
obstativos para a contratação, especialmente comprovante de vacinação, certidão
negativa de reclamatória trabalhista, teste, exame, perícia, laudo, atestado ou
declaração relativos à esterilização ou a estado de gravidez.
§ 2º Considera-se prática discriminatória a obrigatoriedade de
certificado de vacinação em processos seletivos de admissão de trabalhadores,
assim como a demissão por justa causa de empregado em razão da não apresentação
de certificado de vacinação.
Art. 2º O empregador deve estabelecer e divulgar orientações ou
protocolos com a indicação das medidas necessárias para prevenção, controle e
mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 nos ambientes de trabalho,
incluindo a respeito da política nacional de vacinação e promoção dos efeitos
da vacinação para redução do contágio da COVID-19.
Parágrafo único. Os empregadores poderão estabelecer políticas de
incentivo à vacinação de seus trabalhadores.
Art. 3º Com a finalidade de assegurar a preservação das condições
sanitárias no ambiente de trabalho, os empregadores poderão oferecer aos seus
trabalhadores a testagem periódica que comprove a não contaminação pela
Covid-19 ficando os trabalhadores, neste caso, obrigados à realização de
testagem ou a apresentação de cartão de vacinação.
Parágrafo único. Aplicam-se os demais normativos e orientações do
Ministério da Saúde e do Trabalho e Previdência quanto à prevenção, controle e
mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 nos ambientes de trabalho.
Art. 4º O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos
termos do art. 1º da presente Portaria e da Lei nº 9029, de 13 de abril de
1995, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar
entre:
I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento,
mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e
acrescidas de juros legais;
II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento,
corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ONYX DORNELLES LORENZONI
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Treinamento longo sem registro na CTPS é considerado contratação fraudulenta
Publicado em
02/11/2021
às
16:00
O juiz
titular da 4ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora (MG) reconheceu a relação de
emprego entre uma trabalhadora, em período de treinamento, e uma empresa de
telemarketing, com unidade instalada na cidade de Juiz de Fora. Para o magistrado,
ficou demonstrada a fraude realizada pela empresa, que se aproveitou do período
de experiência, que convenientemente chamou de "processo de seleção", para se
eximir de registrar a empregada.
A trabalhadora pretendeu o
reconhecimento do vínculo empregatício e percepção de salário de
12/12/2018 a 11/1/2019, período não anotado na CTPS. Em defesa, a empregadora
continuou afirmando que, nesse período, houve apenas treinamento, sem
atendimento ao público, tampouco cumprimento de metas.
Mas, ao decidir o caso, o juiz
reconheceu que o reiterado comportamento da empresa já era de conhecimento
judicial, haja vista as centenas de ações análogas, envolvendo a mesma empresa.
O magistrado mencionou na sentença quatro outros processos similares julgados
por ele.
Em um deles, o juiz destacou a
seguinte declaração da empregadora: "disse a preposta que tanto no período
de treinamento, quanto após a contratação, continuou o reclamante realizando as
mesmas atividades". Já em outro processo, revelou que uma testemunha
disse: "que havia controle de horário pelo instrutor durante o curso,
esclarecendo que, embora fosse possível o interessado na vaga sair antes do
horário previsto, é certo que esse não seria contratado caso assim fizesse".
Para o juiz, ficou provada a
fraude perpetrada pela empresa de telemarketing. "Ela se eximia de
registrar a empregada, aproveitando-se do período de experiência, que
convenientemente chamou de processo de seleção, para verificar qual empregado
lhe atendia melhor, descartando os demais sem ônus", concluiu.
Na visão do julgador, o tempo
em que o trabalhador está à disposição é considerado como de
serviço. "Desse modo, a autora era sua empregada quando da participação no
suposto processo de seleção. Ela poderia e deveria ajustar contrato de prova
com a profissional durante o período de seleção e, ao fim, caso não fosse
aproveitada, o pacto laboratício teria sua extinção normal", pontuou.
Para o juiz, não há como
admitir o procedimento adotado pela ré ao suprimir do contrato de trabalho o
período descrito pela profissional. "Efetivamente, a integração do
empregado na dinâmica empresarial deve ser aquilatada dentro do que preconiza o
artigo 445 da CLT, ou seja, mediante contrato de experiência".
Dessa forma, o juiz reconheceu
o período pretendido como integrante do contrato de trabalho e
deferiu o pagamento do salário do referido período, com reflexos em férias +
1/3, natalinas e FGTS. Determinou ainda a retificação da admissão na CTPS para
12/12/2018. A empresa já cumpriu as obrigações e pagou a dívida trabalhista. O
processo foi arquivado definitivamente.
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste
processo específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças.
Porém, situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TRT da 3ª Região (MG), com "nota" da M&M Assessoria
Contábil.
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Curso sobre Ergonomia na modalidade à distância
Publicado em
01/09/2021
às
16:00
Curso, com 16
horas de duração, aborda questões para o cotidiano das pessoas no trabalho
A Escola Nacional da Inspeção do Trabalho
(ENIT), vinculada à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério
do Trabalho e Previdência disponibilizou, nesta quinta-feira (26/08/2021), o
curso "Conceitos Fundamentais em Ergonomia", na modalidade de Ensino
a Distância (EaD), ao público externo.
O objetivo do curso é que os participantes
sejam capazes de identificar, nos locais de trabalho, as situações que estão em
desacordo com os pontos fundamentais da ergonomia.
As atividades propostas no curso são todas auto
instrucionais, ou seja, sem tutoria, podendo os interessados escolherem o
horário mais adequado para acesso às 16 horas de videoaulas.
Após assistirem a todo o conteúdo, os
alunos deverão realizar a atividade de Avaliação do Aprendizado com aprovação e
responder à Pesquisa de Avaliação do Curso para emissão de certificado de
conclusão.
Faça sua inscrição.
Conteúdo Programático do Curso
"Conceitos Fundamentais em Ergonomia"
Ergonomia: Conceitos e
histórico
Ergonomia e Fatores de risco à saúde e
segurança
"Escolas" da Ergonomia e Classificação
Macroergonomia e Possibilidades de
intervenção
Características psicofisiológicas
Trabalho PRESCRITO X Trabalho REAL
Variabilidade
Estratégia
Grandes Temas da Ergonomia: Biomecânica,
Aspectos Cognitivos e Psicossociais e Organização do Trabalho
Mobiliário e
Equipamentos
Transporte Manual de Cargas
Condições Ambientais
Análise Ergonômica do Trabalho
Fonte:
Ministério do Trabalho e Previdência Social
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Trabalhadores em empregos simultâneos podem gerar riscos para o empregador
Publicado em
16/08/2021
às
16:00
A
legislação trabalhista não se manifesta sobre a exclusividade para o
reconhecimento do liame empregatício, ou seja, não há norma legal que
estabeleça que o empregado deva prestar serviço somente a um único empregador
para que a Justiça reconheça o vínculo empregatício.
Assim, ainda que o empregado já
tenha sido contratado por um empregador, nada obsta que outro empregador também
o contrate para prestação de serviços, seja na mesma função ou função diversa
da prestada ao primeiro.
Ambos os vínculos são
reconhecidos pela Justiça do Trabalho e o empregado fará jus a todos os
direitos trabalhistas e previdenciários devidos por cada emprego.
Portanto, salvo aquelas
atividades específicas que demandam segredos industriais e impedimentos do
exercício da mesma atividade em empresas concorrentes, desde que previstas em
contrato de trabalho (veja jurisprudência), a empresa não poderá proibir que o
empregado, utilizando de seu horário livre, possa manter vínculo empregatício
com outro empregador, já que a proibição constituiria violência ao princípio
constitucional de liberdade individual do cidadão como ser humano e
trabalhador.
Jurisprudência - Segredo Industrial
SEGREDO
INDUSTRIAL. COMPROMISSO DE NÃO DIVULGAR. LEGALIDADE 1. É vedado ao empregado
divulgar o segredo da empresa (a lei não estabelece prazo para essa vedação);
se o empregado divulgar comete falta grave. A proibição alcança o ex-empregado,
visto que a rescisão do contrato de trabalho não transfere a este o direito de
divulgar, explorar ou comercializar a fórmula industrial de que teve
conhecimento, ainda que passe a trabalhar para empresa concorrente. 2. O ajuste
consistente no compromisso firmado pelo reclamante de não divulgar, não
explorar e não utilizar o segredo da fórmula do produto industrial de que tem
conhecimento guarda perfeita sintonia com o disposto no art. 195, inc. XI, da
Lei 9.279/1996. Recurso de Revista de que se conhece e a que se dá provimento.
(TST - RR: 1533002120015150093 153300-21.2001.5.15.0093, Relator: Emmanoel
Pereira, Data de Julgamento: 24/09/2008, 5ª Turma,, Data de Publicação: DJ
12/12/2008.)
Embora a legislação trabalhista
não trate diretamente sobre a simultaneidade de empregos, indiretamente as
normas acabam limitando abusos que eventualmente possam ocorrer, como por
exemplo, a limitação da jornada diária ou semanal, o intervalo
intrajornada e o intervalo interjornada, bem como o repouso semanal
remunerado a que o empregado tem direito.
Neste sentido, é importante que
o empregador tenha conhecimento e, se assim entender, exija em contrato ou
procedimento interno, que seu empregado faça a comunicação formal de que está atuando
paralelamente para outra empresa, pois dependendo das atividades desenvolvidas
e da carga horária, problemas de saúde ocupacional podem surgir.
É preciso que o empregador
tenha conhecimento desta segunda atividade e mais que isso, saiba exatamente se
esta atividade gera riscos ao empregado de ser acometido de alguma moléstia
ocupacional que comprometa sua aptidão laborativa.
As doenças profissionais
(produzidas ou desencadeadas pelo exercício profissional) ou ocupacionais
(produzidas ou desencadeadas em razão das condições especiais em que o trabalho
é realizado), podem ser potencializadas para trabalhadores que possuem empregos
simultâneos, gerando assim um risco para um ou outro empregador.
O ambiente interno de cada
empresa como a jornada de trabalho, pressão por produtividade, falta de
equipamento adequado para o desempenho da função, intervalo não respeitado,
excesso de horas extras, o estresse enfrentado na atividade dentre outros
fatores, podem influenciar negativamente a saúde deste empregado.
As empresas que possuem
empregados que exercem funções sujeitas a estas doenças e que, concomitantemente,
exercem as mesmas funções ou funções equivalentes em outro emprego, devem se
precaver em relação à comprovação de medidas de medicina, saúde e segurança no
trabalho.
Isto porque, se o empregado for
acometido de qualquer doença profissional ou ocupacional decorrente do
exercício do trabalho, a responsabilidade pelos danos causados à sua saúde
poderá ser atribuída para ambas as empresas, já que estas possuem relação de
emprego com este trabalhador, salvo se houver comprovação por parte de uma
delas de que seu ambiente de trabalho ou sua atividade não deu causa a doença.
Por isso, cabe ao empregador
comprovar (formalmente) todos os recursos que foram utilizados para a
minimização dos riscos ambientais ou para o exercício da atividade, de forma
que, no caso de dano, possa se eximir de qualquer responsabilidade perante a
Justiça do Trabalho ou a Previdência Social.
Fonte: Guia Trabalhista
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Gestão por estresse pode gerar dano moral
Publicado em
26/07/2021
às
16:00
Cobranças de metas desarrazoadas, ameaças de demissão, xingamentos e
coações contra empregadas gestantes
A Terceira Turma do
Tribunal Superior do Trabalho decidiu manter condenação imposta a uma
instituição bancária por dano moral coletivo, em processo apresentado
pelo Ministério Público do Trabalho da 21ª Região, em Natal (RN). Para o
colegiado de ministros, ficou provado que o banco adotava uma espécie de gestão
por estresse, que gerou adoecimento de diversos empregados, acometidos por
síndrome do pânico e depressão.
Ao julgar a ação civil pública movida
contra o banco, o Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (RN) condenou o
banco ao pagamento de danos morais coletivos no importe de R$ 1
milhão. O banco recorreu, então, para o Tribunal Superior do Trabalho.
Saúde mental e higidez
No TST, coube à Terceira Turma decidir
sobre o recurso de revista, a partir da conclusão do TRT, com base nas provas
apresentadas, de que o banco praticava cobranças de metas desarrazoadas e que
as exigências ocorriam, também, fora do horário de expediente e mesmo em
períodos de greve. Ficaram comprovadas, ainda, ameaças de demissão,
xingamentos, coações contra empregadas gestantes, obstáculos criados para que
os empregados não aderissem às greves, entre outras condutas por parte dos
gerentes do banco.
O relator do recurso, ministro Alexandre
Agra Belmonte, votou no sentido de não prover o apelo. "O bem jurídico tutelado
nos autos é o valor atribuído pela coletividade à saúde mental de todo e
qualquer trabalhador, bem como à higidez de todo e qualquer ambiente do
trabalho", registrou o ministro.
Valores
De acordo com o relator, os valores
arbitrados para as reparações por danos morais só devem ser
modificados no TST se forem desprovidos de qualquer sentido de razoabilidade e proporcionalidade,
para mais ou para menos. Diante disso, o ministro afirmou que "o montante de R$
1 milhão demonstra ser adequado à reparação do prejuízo perpetrado pelo réu,
notadamente diante da intensidade de sua conduta antijurídica", concluiu.
Por unanimidade, a Terceira Turma
acompanhou o voto do relator. No entanto, o banco apresentou recurso
extraordinário com o intuito de que o caso seja julgado pelo Supremo Tribunal
Federal.
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste
processo específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças.
Porém, situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte:
Tribunal Superior do Trabalho, Processo: AIRR-969-96.2014.5.21.0007, com edição
do texto e "nota" da M&M Assessoria Contábil
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Alerta: Previsão de exigência de vacina no ato de contratação pode caracterizar discriminação
Publicado em
13/07/2021
às
17:00
Muitos
empregadores, ao contratarem empregados, exigem a comprovação de vacinação,
incluindo a imunização contra a Covid-19.
Em nosso
entendimento, trata-se de ato discriminatório, pelos mesmos motivos que não é
obrigatório, pela legislação trabalhista, que o trabalhador se submeta à
vacinação contra o vírus da Covid-19.
No
momento não há qualquer previsão legal, em termos de normas trabalhistas, para
esta exigência no ato de contratação.
Se
considerar a validade e a prevalência da convenção coletiva, havendo previsão em convenção, é possível entender que o
interesse coletivo poderia sobrepor ao individual, mas isto certamente causaria
litígio individual daquele que foi obstado ao emprego por não ter vacinado.
Entendemos
que tal imposição necessitada de estrita legalidade para ser exigido na contratação,
pois conforme preconiza a Constituição (art. 5º, II), "ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei".
Tal
exigência viola, inclusive, o fundamento estabelecido no art. 1º, inciso IV da
CF (os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa).
A
exigência impositiva, pelo empregador, do atestado de vacina pode caracterizar
discriminação no ato de contratação, sujeita a pleito individual (ou até
coletivo) de danos
morais.
O artigo
15 da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), estipula que
"Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento
médico ou a intervenção cirúrgica". A Lei 13.979/2020 especifica, no seu artigo 3º, apenas a possibilidade
da vacinação ser obrigatória, sem ser autoaplicável ou extensiva às normas
trabalhistas.
Desta
forma, na ausência de uma Lei Federal determinando explicitamente a
obrigatoriedade da vacina para os trabalhadores, os empregadores que coagirem
seus candidatos ao emprego e funcionários já contratados a serem vacinados
violarão os princípios constitucionais e o artigo 15 da Lei 10.406/2002.
Portanto,
recomenda-se aos empregadores que EVITEM colocar obstáculos na contratação
devido à ausência de certificado de vacinação dos novos colaboradores, para não
criarem contra si contingências trabalhistas.
Fonte: Guia Trabalhista
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Trabalhadores desempregados do setor de alojamento, alimentação e eventos terão Benefício do Governo Gaúcho
Publicado em
07/06/2021
às
10:00
Valor do benefício: R$ 800 (em avaliação se
em duas parcelas mensais ou parcela única)
O que diz o Auxílio Emergencial Gaúcho
sobre este grupo:
1) Homens ou mulheres que, entre 19 de
março de 2020 e 31 de março de 2021, tenham perdido o vínculo formal de emprego
com os setores de alojamento (CNAE 55) ou alimentação (CNAE 56), que não
tenham, em março de 2021, recebido seguro-desemprego, e que não tenham, na data
da publicação da lei (12/4/2021), vínculo ativo de emprego segundo o Novo Caged
e que não estejam, na data da publicação desta lei (12/4/2021), cadastrados
como microempreendedor individual (MEI) ou como empresa enquadrada no Simples
Nacional.
2) Homens ou mulheres que, entre 19 de
março de 2020 e 31 de março de 2021, tenham perdido o vínculo formal de emprego
com a atividade principal (CNAE) de um dos itens do setor de eventos, como
discotecas, danceterias, salões de dança e similares (CNAE 9329801); design
(CNAE 7410201); aluguel de móveis, utensílios e aparelhos de uso doméstico e
pessoal, instrumentos musicais (CNAE 7729202); aluguel de palcos, coberturas e
outras estruturas de uso temporário, exceto andaimes (CNAE 7739003); casas de festas
e eventos (CNAE 8230002); serviços de organização de feiras, congressos,
exposições e festas (CNAE 8230001); artes cênicas, espetáculos e atividades
complementares (CNAE 90019); gestão de espaços para artes cênicas, espetáculos
e outras atividades artísticas (CNAE 9003500) e produção e promoção de eventos
esportivos (CNAE 9319101) e que não tenham, na data da publicação da lei
(12/4/2021), vínculo ativo de emprego segundo o Novo Caged e que não estejam,
na data da publicação desta lei, cadastrados como microempreendedor individual
(MEI) ou como empresa enquadrada no Simples Nacional.
O Valor do benefício será de R$ 800,00.
Ainda está em avaliação se em duas parcelas mensais ou parcela única.
Em breve, mais informações sobre a
operacionalização do pagamento a esses beneficiários.
Fonte: Governo do RS, com edição do texto pela M&M Assessoria
Contábil
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Trabalhador receberá indenização por revista abusiva em seu armário pessoal
Publicado em
20/04/2021
às
12:00
O empregador
revistava diariamente as bolsas dos empregados.
Um comerciário que
trabalhou por 12 anos numa rede de supermercados, tem direito a receber
indenização por revista abusiva em seus armários. A Sexta Turma do Tribunal
Superior do Trabalho negou provimento a agravo de instrumento da empresa, que
buscava rediscutir a condenação no TST.
Duvidando da
honestidade
Na ação trabalhista,
o comerciário, cuja última função foi de operador de perecíveis, afirmou que
todos os dias, ao término do expediente, era pessoalmente revistado por um
fiscal de prevenção de perdas do supermercado, que inspecionava seus pertences
dentro da bolsa, "na frente da loja, perante os demais funcionários e
clientes". Segundo ele, a empresa "punha em dúvida sua honestidade" e a
dos demais empregados ao também revistar, indistintamente, seus armários, sem prévia
autorização, com a intenção de localizar mercadorias da loja possivelmente
desviadas.
Extensão da
intimidade
O juízo de primeiro
grau julgou procedente o pedido de indenização, e o Tribunal Regional do
Trabalho da 1ª Região (RJ) confirmou a sentença. Para o TRT, as revistas na
saída da loja, meramente visuais, não eram abusivas, pois o próprio empregado
abria sua bolsa ou mochila. O motivo da condenação, fixada em R$ 5 mil, foi a
inspeção dos armários, considerado uma "extensão da intimidade do empregado".
Ao tentar rediscutir
o caso no TST, a empresa sustentou que as revistas eram realizadas "sem contato
físico e sem discriminação entre os funcionários" e que o procedimento não
gerava situações vexatórias ou humilhantes.
Pincelando trechos
favoráveis
A relatora do agravo,
ministra Kátia Arruda, assinalou que a empresa "tentou pincelar trechos da
decisão" do TRT que, "supostamente", poderiam favorecê-la, mas não transcreveu
a parte "juridicamente relevante" do acórdão para a análise da abusividade das
revistas. Com isso, inviabilizou o trâmite do recurso.
A decisão foi
unânime.
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste
processo específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças.
Porém, situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TST, Processo: RRAg -
101068-68.2016.5.01.0037 / Guia Trabalhista, com "nota" da M&M Assessoria
Contábil.
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Conta-salário no Pix pode revolucionar gestão de folha de pagamentos
Publicado em
11/02/2021
às
09:34
Banco Central
anunciou o ingresso de contas-salário no novo sistema de pagamentos brasileiro
(Pix) para o primeiro trimestre de 2021
A
gestão de folhas de pagamentos é parte importante do relacionamento entre
empresa e banco, com processos complexos e caros. O ingresso de contas-salário
no novo sistema de pagamentos brasileiro (Pix), anunciada pelo Banco Central
para o primeiro trimestre deste ano, pode mudar completamente essa dinâmica,
baratear custos para o empregador e dar mais liberdade ao empregado.
Atualmente, a modalidade é uma das poucas que ainda não podem operar no Pix,
porque precisa de mudanças de regulamentação. Em reunião com o mercado em 28 de
janeiro, a autoridade monetária informou que fará ajustes nas normas para
acomodar a inovação.
Esse tipo de conta existe desde 2006, mas ganhou visibilidade em 2018, quando o
BC publicou regra que permite que o trabalhador escolha onde prefere receber,
por meio da portabilidade.
Para isso, o patrão precisa abrir uma conta-salário e, dela, os recursos vão
diretamente para a conta escolhida pelo trabalhador por meio de transferência
eletrônica, sem tarifas. Só no ano passado, foram feitos 3,54 milhões de
pedidos de portabilidade, de acordo com dados divulgados pela autoridade
monetária.
Antes,
era comum que o trabalhador tivesse que abrir conta em um novo banco a cada
mudança de emprego para se adequar à instituição financeira escolhida pela
empresa.
Para executivos do setor, a longo prazo é possível que a modalidade deixe de
existir, porque perderia o sentido.
"Com o Pix, o empregado poderia escolher o banco em que quer receber, e a
empresa não teria ônus para enviar os recursos, o que dá liberdade ao trabalhador
e reduz custos ao empregado. Nesse contexto, não faria sentido existir
conta-salário, que foi criada justamente para dar esse poder de escolha",
diz Carlos Netto, presidente da Matera, empresa de tecnologia para o mercado
financeiro.
Além disso, ele vislumbra a possibilidade de realizar pagamentos pelo CPF do
trabalhador. A mudança traria liberdade para a escolha o banco em que deseja
receber, inclusive com a possibilidade de mudar a qualquer momento via
portabilidade de chaves.
"Nesse caso, o funcionário só precisaria cadastrar seu CPF como chave Pix
e ele poderia mudar a qualquer momento, pois a portabilidade de chaves é muito
simples. Se ele quisesse mudar de banco, não precisaria nem informar à
empresa", afirma o executivo.
O especialista diz ainda que a forma como a regulação de portabilidade é
desenhada hoje não dá total liberdade para que o trabalhador escolha a conta
pela qual quer receber.
"Como o dinheiro é enviado por meio de TED [Transferência Eletrônica
Disponível], algumas contas de fintechs são excluídas. Se essa transferência
pudesse ser feita pelo Pix, muitas delas poderiam ser escolhidas para
portabilidade de salário", argumenta.
Segundo Netto, os empresários ainda não começaram a pagar aos funcionários com
Pix - mesmo aqueles que não possuem conta-salário- por insegurança jurídica.
"Nós, por exemplo, pretendemos adotar o novo sistema, mas, como a relação
entre empregador e trabalhador tem regulamentação rigorosa, não ficou claro se
é permitido."
A mudança na regra, proposta pelo BC, abre caminho para que companhias realizem
pagamentos pelo Pix e que empresas de contabilidade e de gestão de folha
ofereçam o serviço. "Facilita inclusive para autônomos e freelancers, que
não possuem vínculo", destaca Netto.
O vice-presidente de serviços financeiros da Contabilizei (empresa de
contabilidade online), Heitor Barcellos, concorda que, se o Pix fosse adotado
para pagamento de funcionários, a conta-salário perderia sentido.
Além disso, ele diz acreditar que, além da insegurança jurídica, os bancos e as
empresas também precisam adequar seus sistemas. "Na nossa empresa
oferecemos gestão de folha de pagamentos, mas ainda não começamos a fazer por
Pix. Estamos esperando para ver qual realmente vai ser a demanda do cliente
porque a operacionalização exige investimento."
Barcellos pontua que o modelo também abre espaço para novas empresas, que
poderão oferecer folhas feitas exclusivamente com o novo sistema de pagamentos.
"Embora o BC ainda não tenha liberado o Pix agendado [que permite escolher
que a transferência seja feita em data futura], o mercado pode criar essas
soluções por si", avalia.
Charles Gularte, vice-presidente de operações da empresa, salienta que o modelo
pode favorecer especialmente o pequeno empresário.
"Toda essa adequação de sistemas precisa ser feita por grandes empresas,
que têm um número grande de funcionários e conseguem barganhar com o banco. Nas
menores, a gestão pode ser feita pelo próprio empresário, e o Pix facilita
muito", diz.
Alexandre de Carvalho, presidente da Easymei (aplicativo que presta auxílio ao
microempreendedor individual), diz que o pequeno empresário é beneficiado mesmo
sem a integração da conta-salário ao Pix.
"O MEI pode contratar apenas um funcionário e na prática dificilmente abre
conta-salário para o seu empregado, ou seja, efetua o pagamento por meio de
transferência bancária, com cobrança de tarifa. Dessa forma, o Pix pode ser uma
boa alternativa", frisa.
Para Natalia Lima, diretora do Xerpay, aplicativo especializado em antecipação
de salário, é preciso esperar a nova regulamentação para mensurar impactos.
"O novo anúncio do BC ainda não trouxe clareza sobre o impacto dessas
mudanças para as empresas e seus colaboradores. Mas seria positivo se a mudança
na norma permitisse que contas-salário recebessem Pix de qualquer CPF ou CNPJ
[Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica]. Isso traria mais competitividade e mais
flexibilidade aos funcionários."
Em nota, o BC diz que "estuda a ampliação do uso do Pix, incluindo a
possibilidade de usá-lo para transferir recursos já creditados na conta-salário
para outra instituição".
"Quando for possível transferir recursos da conta-salário por Pix, todos
os participantes autorizados a funcionar pelo BC poderão receber portabilidade
de valores de conta-salário, incluindo as fintechs que hoje não recebem
TED."
Fonte: Folha de
Pernambuco
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Carnaval não é feriado - É dia normal de trabalho
Publicado em
02/02/2021
às
14:00
Existem os feriados nacionais (onde o
carnaval não está incluso como feriado), os feriados estaduais (no RS, é 20 de
setembro) e os feriados municipais.
Na maioria dos municípios brasileiros o
carnaval não é feriado. Portanto, incialmente, dia normal de trabalho.
Porém, é comum muitas empresas não ter
expediente na terça-feira de carnaval, ou até mesmo na véspera
(segunda-feira) e na manhã da quarta-feira de cinzas.
Destaca-se que o fato de não ter expediente
nesses dias e o empregado não ter prejuízos salariais, poderá se dar por:
a) Mera liberalidade da
empresa;
b) Acordo entre a
empresa e o empregado para que esses dias não trabalhados sejam compensados com
acréscimos de horários em outros dias;
c) Utilização de banco
de horas;
d) Força de
acordo/convenção /dissídio coletivo;
Obs. A questão do ponto facultativo se
aplica, como regra, aos funcionários públicos, quando assim a lei o dispuser.
Fonte:
M&M Assessoria
Contábil
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Aprendizagem: prazo de atividades à distância é autorizada até 30.06.2021
Publicado em
09/12/2020
às
16:00
Através da Portaria SEPEC 24.471/2020 foi
autorizada, de forma excepcional, a execução das atividades teóricas e práticas
dos programas de aprendizagem profissional, conforme
disposto no art. 428 da CLT, na modalidade à
distância, até 30 de junho de 2021.
Lembrando que, de acordo com o art. 429 da CLT os estabelecimentos de qualquer
natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços
Nacionais de Aprendizagem (SESI, SENAI, SENAC, etc.), considerando o número
de trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções
demandem formação profissional, número de aprendizes equivalente a:
· 5% (cinco por cento), no mínimo, e
· 15% (quinze por cento), no máximo.
Fonte:
Portal Tributário
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Programa Descomplica Trabalhista torna o ambiente de negócios mais favorável a empregados e empregadores
Publicado em
23/10/2020
às
10:00
Lançado nesta quinta-feira (22/10/2020), em
cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o Programa Descomplica Trabalhista foi
criado para eliminar burocracias e propiciar um ambiente de negócios mais
favorável à geração de empregos e oportunidades.
De acordo com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, mais de dois mil documentos do antigo Ministério do Trabalho estão
sendo revisados para facilitar a vida de trabalhadores e empregadores e
contribuir para a diminuição do chamado Custo Brasil.
"O espírito de ajudar a produção e
transformar a economia com uma base produtiva forte, buscado pelo presidente
Jair Bolsonaro, inspirou a equipe, que persegue diariamente a simplificação dos
processos produtivos brasileiros", disse o ministro Paulo Guedes, durante
a cerimônia.
Na visão do ministro, os investimentos que
estão sendo abertos em petróleo, gás natural, água, setor elétrico - juntos à
retomada das reformas - abre um horizonte positivo para o país em 2021. "Tudo
preparado para que o Brasil faça a retomada da Economia", destacou Paulo
Guedes.
Revisão
Segundo o secretário especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, o acervo
normativo está sendo revisado para facilitar a vida do empreendedor brasileiro
e gerar mais oportunidades, "sempre com respeito aos direitos dos
trabalhadores com ampla transparência e com participação da sociedade",
explicou.
Bianco assinou a nova redação da Norma
Regulamentadora 31 (NR 31), que trata especificamente da saúde e segurança do
trabalhador na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e
aquicultura. As mudanças no documento foram aprovadas em consenso entre
trabalhadores e empregadores na Comissão Tripartite Paritária Permanente
(CTPP).
"A nova NR 31 simplifica um complexo
ambiente laboral e traz segurança jurídica para as relações de trabalho, especialmente
do agronegócio. O setor do agro vai economizar R$ 4 bilhões/ano com menos
burocracia, menos multa, menos obrigações, mais trabalho e mais emprego",
ressaltou o secretário especial.
As mudanças devem-se, principalmente, à
evolução nos processos produtivos, inovações tecnológicas e novos riscos
gerados à segurança e à saúde dos trabalhadores no meio ambiente rural.
eSocial.
Também foram anunciadas mudanças no Sistema
Simplificado de Escrituração Digital de Obrigações Previdenciárias, Trabalhistas
e Fiscais (eSocial). Os leiautes serão simplificados, com redução de 50% da
quantidade de campos informativos, sendo obrigatórias apenas as informações
exigidas por lei e necessárias para a oferta dos serviços públicos essenciais.
Com a integração dos bancos de dados, apenas as informações não disponíveis em
outras plataformas serão necessárias.
Fonte:
Governo Brasil
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Piada gordofóbica pode ensejar em indenização trabalhista
Publicado em
21/10/2020
às
12:00
Um residencial para idosos deve pagar R$ 2
mil de indenização por danos morais a uma enfermeira que foi vítima de uma
piada gordofóbica. O chefe disse a ela que não testasse uma balança para evitar
que o equipamento quebrasse. Para os desembargadores da 4ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), a conduta extrapolou os limites de
uma simples brincadeira e provocou sentimento de humilhação perante colegas. A
decisão reforma, nesse aspecto, sentença da 20ª Vara do Trabalho de Porto
Alegre. Este é apenas um item do processo, que envolve outros pedidos.
A enfermeira atuou no condomínio para idosos
entre fevereiro e julho de 2019. A piada do chefe ocorreu, segundo ela, após
uma balança apresentar problemas durante a pesagem de um morador. Ao levar o
equipamento para que as pilhas fossem trocadas, o chefe disse que era para
outro colega testar a balança, para que ela não quebrasse.
A relatora do recurso na 4ª Turma do TRT-RS,
desembargadora Maria Silvana Rotta Tedesco, observou que uma testemunha ouvida
no processo confirmou a ocorrência da piada sobre o peso da autora, feita
diante de outras pessoas. "Entende-se que a 'piada' gordofóbica proferida
pelo superior hierárquico da reclamante, na frente de outros colegas, tem
potencial danoso à esfera íntima da trabalhadora, certamente tendo-lhe causado
sentimento de humilhação, e não apenas um aborrecimento isolado",
argumentou a magistrada.
Conforme a desembargadora, é sabido que
pessoas acima do peso são vítimas de preconceitos por parte da sociedade, e o
ato do preposto da empregadora não contribui para que essa situação seja
combatida. "A conduta do preposto da reclamada extrapola os limites da
mera brincadeira, devendo a empresa ser condenada pelo ato, como forma de
evitar-se a repetição de condutas desta natureza", concluiu a relatora.
O entendimento foi unânime no colegiado.
Também participaram do julgamento a desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse e o
desembargador João Paulo Lucena. Cabe recurso do acórdão ao Tribunal Superior
do Trabalho (TST).
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste
processo específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças.
Porém, situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: Secom/TRT-RS, com "nota" da M&M
Assessoria Contábil.
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Acordos de suspensão de contrato ou de redução de jornada podem ser feitos por até 180 dias
Publicado em
09/10/2020
às
14:00
O
prazo anterior para cada modalidade era de até 120 dias e foi ampliado para o
máximo de 180 dias. Os acordos só podem ser feitos até o fim de 2020.
O Decreto nº 10.470/20, publicado em
24/08/2020, prorrogou os prazos para a celebração de acordos de redução
proporcional de jornada e de salário e de suspensão temporária do contrato de
trabalho com o pagamento dos benefícios emergenciais. O decreto regulamenta a
Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020, conversão da Medida Provisória nº
936/2020 - que instituiu o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da
Renda - BEm.
O prazo de prorrogação foi unificado para
até 180 dias, conforme detalhado no quadro abaixo:
Modalidade
|
Prazo máximo anterior
|
Possibilidade de prorrogação
|
Limite máximo
|
Redução
|
120 dias
|
60 dias
|
180 dias
|
Suspensão
|
120 dias
|
60 dias
|
180 dias
|
Os períodos de redução proporcional de
jornada e de salário ou de suspensão temporária do contrato de trabalho já
utilizados antes da publicação do Decreto são computados para fins de contagem
dos limites citados no quadro.
Os prazos são cumulativos independentemente
da modalidade, ou seja, caso o empregador tenha feito acordo de 90 dias de
redução de jornada e salário só poderá fazer acordo para mais 90 dias, seja de
suspensão de contrato ou de nova redução de jornada e salários. O prazo máximo
de benefício emergencial é limitado a 180 dias desde que termine até
31/12/2020, prazo final do período do estado de calamidade pública.
Os procedimentos para informação da
suspensão e redução de jornada e salários permanecem os mesmos, lembrando que,
além de informar a suspensão/redução no eSocial é necessário fazer o
cadastramento do trabalhador no portal https://servicos.mte.gov.br
para solicitar o pagamento do benefício.
Para mais detalhes e um passo a passo sobre
como solicitar o benefício e como informar a suspensão ou redução no eSocial, clique
aqui.
Fonte:
Portal Gov.br / Contábeis
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O trabalho nas eleições - Folga compensatória ou pagamento de horas extras?
Publicado em
02/10/2020
às
12:00
O trabalho em dias de feriados, civis e
religiosos é vedado de acordo com a Lei 605/1949, regulamentada pelo Decreto
27.048/1949, exceto nos casos em que seja necessária a execução dos serviços
decorrentes da necessidade da empresa em função de sua atividade econômica.
O art. 380 do Código Eleitoral (Lei
4.737/1965) estabelece que na data da realização das eleições seja considerado
feriado nacional, consoante abaixo:
"Art. 380. Será feriado nacional o dia
em que se realizarem eleições de data fixada pela Constituição Federal; nos
demais casos, serão as eleições marcadas para um domingo ou dia já considerado
feriado por lei anterior."
Ainda que existam correntes doutrinárias
com entendimentos distintos sobre o referido artigo, ou seja, de que o dia das
eleições seja feriado ou não, o fato é que a própria Constituição estabeleceu
que a data para sua realização fosse em um domingo, tanto no primeiro quanto no
segundo turno.
É o que dispõem os artigos 28, 29, inciso
II e 77 da Constituição Federal ao estabelecerem que o primeiro turno das
eleições será realizado no primeiro domingo do mês de outubro e caso seja
necessário segundo turno, este se realizará no último domingo de outubro do
respectivo ano eleitoral.
Nota: diante das condições apresentadas
pela pandemia da Covid-19, excepcionalmente em 2020 as eleições municipais
ocorrerão nos dias 15/11/2020 (domingo) e, havendo segundo turno, no dia
29/11/2020 (domingo), nos termos da Emenda Constitucional 107 de 02 de julho de
2020.
O código eleitoral ainda dispõe que, além
da obrigatoriedade do voto, o eleitor, a partir de 18 anos em situação regular,
pode ser convocado para trabalhar no dia da votação, através de um comunicado
oficial da Justiça Eleitoral publicado no Diário Oficial.
Havendo a convocação do trabalhador para
compor a mesa eleitoral, a legislação prevê uma folga compensatória (em dobro)
pelo trabalho no dia das eleições, a qual, sob o aspecto trabalhista, deve ser
respeitado pela empresa.
O serviço eleitoral é obrigatório, tendo
preferência sobre qualquer outro, ou seja, quando um empregado trabalha no dia
da eleição, cumprindo as exigências da Justiça Eleitoral, a empresa não poderá
propor que o mesmo deixe de prestar o serviço eleitoral para trabalhar na
empresa e, tampouco, compense (como folga) somente o dia trabalhado.
É o entendimento que se extrai do art. 98
da Lei 9.504/97 que assim estabelece:
"Art. 98. Os eleitores nomeados para
compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar
seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela
Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra
vantagem, pelo dobro dos dias de convocação."
Para fazer jus a este benefício, o
empregado deverá apresentar ao empregador o documento, expedida pela Justiça
Eleitoral, atestando seu comparecimento e o efetivo trabalho nas eleições, a
fim de que lhe seja concedido, após a eleição, um descanso remunerado
equivalente ao dobro dos dias de convocação.
Podemos observar que a lei não faz qualquer
menção sobre o pagamento do dia trabalhado (horas extras), mas sim sobre a
dispensa do serviço, o que deve ser concedida em dobro. Assim, se o empregado
trabalha no primeiro e no segundo turno, terá direito a 4 dias de folga.
Como também não há qualquer manifestação
sobre quem deve requerer a data da compensação pelo dia trabalhado nas eleições
- se empregado ou empregador - e considerando ainda que a Justiça Eleitoral não
estabelece em declaração a referida data, há que se ater ao que estabelece a
legislação trabalhista no âmbito geral.
Neste viés, poderia se entender que,
havendo acordo de banco de horas, seja por acordo individual ou coletivo, a
compensação pudesse ser concedida até o último dia da vigência do acordo, pois
como a obrigação à concessão da folga decorreu de fato alheio ao contrato entre
empregado e empregador (pela Justiça Eleitoral), caberia então ao empregador a
prerrogativa de conceder a folga no tempo que melhor lhe convier dentro do
período do vencimento do banco.
Se o empregado prestou serviço à Justiça
Eleitoral nas eleições, ainda que se considere o entendimento do parágrafo
anterior, é recomendável ao empregador que conceda os 2 dias de folga durante a
semana seguinte ou, no máximo, durante o mês do dia da eleição, sem que esta
folga coincida com um domingo ou sábado que já tenha sido compreendido no
direito ao empregado pelo trabalho durante a semana.
Além do trabalho no domingo das eleições, o
trabalhador também poderá ser convocado para participar de treinamento
oferecido pela Justiça Eleitoral, oportunidade em que o mesmo também gozará do
dobro de dias de folga pelos dias de treinamento realizado.
Trabalho na Empresa no dia das Eleições -
Escala de Revezamento
Situação peculiar poderá ocorrer caso o
empregado, que trabalha em escala de revezamento, seja escalado para trabalhar
na empresa no próprio domingo (dia das eleições). Esta situação traz à tona as
divergências doutrinárias apontadas anteriormente.
A primeira corrente doutrinária entende que
mesmo sendo domingo, este dia é considerado feriado nacional (por conta do que
dispõe o art. 380 da Lei 4.737/65) e, neste caso, o empregado teria direito a:
a) Dois dias de folga durante a semana
sendo, um dia correspondente ao descanso semanal remunerado (domingo) e outro
correspondente ao feriado trabalhado; ou
b) Efetuar o pagamento em dobro do feriado
trabalhado e ainda conceder um dia de folga durante a semana correspondente ao
descanso semanal remunerado trabalhado, consoante o que dispõe a Súmula 146 do
TST:
"Nº 146 - TRABALHO EM DOMINGOS E
FERIADOS, NÃO COMPENSADO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 93 da
SBDI-1) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O trabalho prestado em
domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da
remuneração relativa ao repouso semanal".
A segunda corrente entende que a parte
final do art. 380 da referida lei estabelece que "...nos demais
casos..." as eleições serão realizadas em domingos ou em dia já
considerado feriado estabelecido por lei anterior, condição que não reflete o
mesmo entendimento da primeira parte do referido dispositivo.
Neste sentido, esta corrente entende (o que
parece ser mais razoável) que o empregado escalado para trabalhar na empresa no
domingo de eleição, teria somente o direito a uma folga durante a semana, em
razão do trabalho realizado no dia do descanso semanal remunerado (não
feriado).
Nota: Considerando que o eleitor convocado
pela Justiça Eleitoral para trabalhar no dia das eleições é notificado com 60
dias de antecedência, é importante que a empresa que trabalha em escala de
revezamento, já antecipe sua programação para escalar somente os empregados que
não tenham sido convocados para trabalhar das eleições.
Ausência ao Trabalho para o Exercício do
Voto
Conforme dispõe o art. 234 e 297 do Código
Eleitoral, o empregado tem o direito de se ausentar do trabalho no domingo para
votar, sem prejuízo de qualquer valor descontado do seu salário. Assim, o
empregador não poderá impedir que o empregado exerça este direito, sob pena,
inclusive, de responder por crime eleitoral, punível com detenção de até seis
meses e multa, salvo se este comprovar condição de força maior por conta do
trabalho desenvolvido pela empresa.
Considerando que o empregado tenha sido
escalado para trabalhar na empresa no dia das eleições, esta ausência ao
trabalho para cumprimento do voto é justificada, ou seja, não pode o empregador
exigir que o empregado a compense em outro dia.
O tempo concedido para que o empregado (que
esteja trabalhando na empresa no dia das eleições) cumpra com a obrigação do
voto, deve ser o suficiente para o seu deslocamento (ida e volta), considerando
ainda eventuais filas enfrentadas na cabine de votação.
Como o horário de votação das eleições de
2020 é das 7h às 17h (em razão da pandemia), caso o horário de trabalho a ser
cumprido pelo empregado não seja coincidente ao da votação, cabe ao mesmo
cumprir sua obrigação eleitoral antes ou depois da sua jornada de trabalho.
Fonte:
Blog Trabalhista / Sergio Ferreira Pantaleão
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O uso de máscara pelos empregados nas empresas em atividade é obrigatório
Publicado em
12/09/2020
às
16:00
A Lei 14.019/2020
foi publicada em 03.07.2020 para tratar da obrigatoriedade do uso de máscaras
de proteção individual para circulação em espaços públicos e privados, sobre a
adoção de medidas de assepsia de locais de acesso público e sobre a
disponibilização de produtos saneantes aos usuários durante a pandemia.
Na promulgação da
referida lei, alguns artigos e parágrafos haviam sido vetados pelo Presidente
da República.
Entretanto,
rejeitando os vetos do Presidente, na data de 08.09.2020 o Senado Federal
promulgou a referida lei, fazendo constar alguns artigos e parágrafos que
haviam sido vetados, os quais passam a valer como norma, tanto para as empresas
quanto para os empregados.
Com as novas
disposições promulgadas pelo Senado Federal, passa a ser obrigatório manter
boca e nariz cobertos por máscara de proteção individual, além de outros, nos
seguintes locais:
· Estabelecimentos comerciais e industriais;
· Templos religiosos;
· Estabelecimentos de ensino; e
· Demais locais fechados em que haja reunião de pessoas.
Os estabelecimentos em funcionamento
durante a pandemia da Covid-19 são
obrigados a fornecer gratuitamente a seus funcionários e colaboradores,
máscaras de proteção individual, ainda que de fabricação
artesanal, sem prejuízo de outros equipamentos de proteção individual
estabelecidos pelas normas de segurança e saúde do trabalho.
Multas Pelo
Descumprimento
O descumprimento da
obrigação acima acarretará a imposição de multa definida e regulamentada pelos
entes federados, observadas na gradação da penalidade:
· a reincidência do infrator;
· a ocorrência da infração em ambiente fechado, hipótese que
será considerada como circunstância agravante;
· a capacidade econômica do infrator.
Fonte: Lei 14.019/2020 - Adaptado pelo Guia Trabalhista.
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Não se presume como doença do trabalho o empregado infectado pelo Coronavírus
Publicado em
11/09/2020
às
16:00
O Ministério da
Saúde havia publicado a Portaria MS/GM 2.309/2020, atualizando a
Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT), a ser adotada como referência
das doenças e agravos oriundos do processo de trabalho.
A referida portaria
inseriu o coronavírus (Covid-19) como sendo doença relacionada ao trabalho,
ensejando que todo empregado que fosse infectado, teria direito à estabilidade
prevista no art. 118 da Lei 8.213/1991, nos termos do art. 20 da referida
lei.
Entretanto, a citada
portaria foi tornada sem efeito já no dia seguinte à sua publicação,
através da Portaria GM/MS 2.345/2020. Assim, a Portaria MS/GM
2.309/2020 não produziu qualquer efeito no mundo jurídico.
Não obstante,
conforme já prevê o art. 20, II, § 1º, alínea "d" da Lei 8.213/1991, não é considerada como doença do
trabalho a doença endêmica (como é o caso da
Covid-19), salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.
Na prática, é
bastante controverso que a contaminação pelo Coronavírus possa ser considerado
como doença do trabalho, uma vez que, por se tratar de uma pandemia, são
inúmeras as possibilidades do empregado ser contaminado fora do ambiente da
empresa, tais como:
· Na própria residência da família;
· Transporte público entre residência-trabalho e vice-versa;
· Nos supermercados;
· Em bares e lanchonetes;
· Nas igrejas;
· Nas confraternizações entre amigos e familiares;
· Nas farmácias;
· Dentre outros.
Por certo que, como já mencionado acima,
considerando a natureza do trabalho (como é o caso de hospitais), é
indiscutível que o empregado trabalha exposto a este tipo de contaminação, mas
ainda assim, os riscos destes empregados serem contaminados em ambientes
externos ao da empresa, não deixam existir.
Rege o art. 337 do
Decreto 3.048/1999 (RPS) que o acidente do trabalho será
caracterizado tecnicamente pela Perícia Médica Federal, por meio da identificação do nexo causal entre o
trabalho e o agravo.
O § 3º do mesmo
diploma legal dispõe que considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o
agravo, quando se verificar nexo técnico epidemiológico (NTEP) entre a
atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, conforme
lista C do Anexo II do Regulamento da Previdência Social (RPS).
Como a empresa não
tem o controle sobre a vida do empregado fora do seu ambiente laboral, não se
pode presumir que a contaminação pela Covid-19 seja decorrente do trabalho e,
portanto, foi oportuna a publicação da Portaria GM/MS 2.345/2020, que
tornou sem efeito a Portaria MS/GM 2.309/2020.
Ainda assim, é
prudente que as empresas mantenham os registros de todos os procedimentos
adotados para a prevenção ao Coronavírus, de modo que possam demonstrar que
todas as medidas para preservar a saúde de seus empregados foram adotadas,
conforme estabelecido pelas normas que regulam a matéria.
Fonte: Blog
Trabalhista / Sergio Ferreira Pantaleão, Advogado, Administrador, responsável
técnico do Guia Trabalhista e autor de obras na área trabalhista e
Previdenciária.
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Atividades autorizadas para o trabalho aos domingos e feriados
Publicado em
04/09/2020
às
12:00
Foi alterada a
Portaria SEPRT n. 604 de 18/06/2019 que trata das atividades que são
autorizadas de forma permanente para o trabalho aos domingos e feriados.
Então, essa
alteração foi publicada em 28/08/2020 pela Portaria
SEPRT n.9.809 de 24/08/2020.
E a SEPRT é a Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho que substituiu o nosso velho conhecido Ministério do Trabalho.
Essa Portaria dá
autorização, em caráter permanente, para que as atividades nela elencadas
possam trabalhar aos domingos e feriados.
Então, é importante a gente relembrar alguns conceitos!
Direito a descanso semanal:
Todo empregado tem
direito a um descanso semanal de
24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos e, de
acordo com as exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos
de acordo com a tradição local.
Periodicidade do descanso:
O empregado tem
direito a pelo menos 1 dia de folga, no máximo, após 6 dias trabalhados.
Trabalho aos domingos e feriados:
O trabalho aos
domingos e feriados é permitido é permitido:
a) em caráter permanente
para as atividades da Portaria SEPRT n. 604/2019; e
b) em caráter transitório,
mediante autorização, nos casos em que a empresa alegue motivo de força maior
ou para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja
inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.
E vamos tratar aqui das atividades que tem a autorização em
caráter permanente para trabalho aos domingos e feriados civis ou religiosos!
Vamos apresentar as atividades que são autorizadas para
trabalho aos domingos e feriados da Portaria SEPRT 604 de 18/06/2019, com
destaque "em vermelho" do que mudou com a Portaria
SEPRT n.9.809 de 24/08/2020.
As novas atividades autorizadas já está liberadas para trabalhar aos domingos e feriados a partir do dia 28 de agosto de 2020.
I - INDÚSTRIA:
1)
Laticínios; excluídos os serviços de escritório.
2)
Frio industrial, fabricação e distribuição de gelo; excluídos os serviços de
escritório.
3)
Purificação e distribuição de água (usinas e filtros); excluídos os serviços de
escritório.
4)
Produção e distribuição de energia elétrica; excluídos os serviços de
escritório.
5)
Produção e distribuição de gás; excluídos os serviços de escritório.
6)
Serviços de esgotos, excluídos os serviços de escritórios.
7)
Confecção de coroas de flores naturais.
8)
Pastelaria, confeitaria e panificação em geral.
9)
Indústria do malte; excluídos os serviços de escritório.
10)
Indústria do cobre eletrolítico, de ferro (metalúrgica), de alumínio e do vidro; excluídos os serviços de escritório.
11)
Turmas de emergência nas empresas industriais, instaladoras e conservadoras de
elevadores e cabos aéreos.
12)
Trabalhos em curtumes; excluídos os serviços de escritório.
13)
Alimentação de animais destinados à realização de pesquisas para preparo de
soro e outros produtos farmacêuticos.
14)
Siderurgia, fundição, forjaria, usinagem (fornos acesos permanentemente);
excluídos os serviços de escritório.
15)
Lubrificação e reparos do aparelhamento industrial (turma de emergência).
16)
Indústria moageira; excluídos os serviços escritório.
17)
Usinas de açúcar e de álcool; excluídos oficinas e escritório.
18)
Indústria do papel de imprensa; excluídos os serviços de escritório.
19)
Indústria de cimento em geral, excluídos os serviços de escritório.
20)Indústria
de acumuladores elétricos, porém unicamente nos setores referentes a carga de
baterias, moinho e cabine elétrica; excluídos todos os demais serviços.
21) Indústria
da cerveja; excluídos os serviços de escritório.
22)
Indústria do refino do petróleo.
23)
Indústria Petroquímica; excluídos os serviços de escritório.
24)
Indústria de extração de óleos vegetais comestíveis; excluídos os serviços de
escritório.
25)
processamento de hortaliças, legumes e frutas.
26)
indústria de extração de óleos vegetais e indústria de biodiesel, excluídos os
serviços de escritório.
27) Indústria do
Vinho, do Mosto de Uva, dos Vinagres e Bebidas Derivados da Uva e do Vinho,
excluídos os serviços de escritório;
28)
Indústria aeroespacial.
29)
Indústria de beneficiamento de grãos e cereais.
30)
Indústria de artigos e equipamentos médicos, odontológicos, hospitalares e de
laboratórios.
31)
Indústria de carnes e seus derivados (abate, processamento, armazenamento,
manutenção, higienização, carga, descarga, transporte e conservação
frigorífica), excluídos os serviços de escritório.
II - COMÉRCIO
1)
Varejistas de peixe.
2)
Varejistas de carnes frescas e caça.
3)
Venda de pão e biscoitos.
4)
Varejistas de frutas e verduras.
5)
Varejistas de aves e ovos.
6)
Varejistas de produtos farmacêuticos (farmácias, inclusive manipulação de
receituário).
7)
Flores e coroas.
8)
Barbearias, quando funcionando em recinto fechado ou fazendo parte do complexo
do estabelecimento ou atividade, mediante acordo expresso com os empregados.
9)
Entrepostos de combustíveis, lubrificantes e acessórios para automóveis (postos
de gasolina).
10)
Locadores de bicicletas e similares.
11)
Hotéis e similares (restaurantes, pensões, bares, cafés, confeitarias,
leiterias, sorveterias e bombonerias).
12) Casas
de diversões; inclusive estabelecimentos esportivos em que o ingresso seja
pago.
13)
Limpeza e alimentação de animais em estabelecimentos de avicultura.
14)
Feiras-livres e mercados, comércio varejista de supermercados e de
hipermercados, cuja atividade preponderante seja a venda de alimentos,
inclusive os transportes a eles inerentes.
15)
Porteiros e cabineiros de edifícios residenciais.
16)
Serviços de propaganda dominical.
17)
Comércio de artigos regionais nas estâncias hidrominerais.
18)
Comércio em portos, aeroportos, estradas, estações rodoviárias e ferroviárias.
19)
Comércio em hotéis.
20)
Agências de turismo, locadoras de veículos e embarcações.
21)
Comércio em postos de combustíveis.
22)
Comércio em feiras e exposições.
23)
Comércio em geral.
24)
Estabelecimentos destinados ao turismo em geral.
25)
Atacadistas e distribuidores de produtos industrializados
26)
Lavanderias e lavanderias hospitalares
III - TRANSPORTES
1)
Serviços portuários.
2)
Navegação, inclusive escritório, unicamente para atender a serviço de navios.
3)
Trânsito marítimo de passageiros; excluídos os serviços de escritório.
4)
Serviço propriamente de transportes; excluídos os transportes de carga urbanos
e os escritórios e oficinas, salvo as de emergência.
5)
Serviço de transportes aéreos; excluídos os departamentos não ligados
diretamente ao tráfego aéreo.
6)
Transporte interestadual rodoviário, inclusive limpeza e lubrificação dos
veículos.
7)
Transporte de passageiros por elevadores e cabos aéreos.
8)
Serviços de manutenção aeroespacial.
IV - COMUNICAÇÕES E PUBLICIDADE
1)
Empresa de comunicação telegráficas, radiotelegráficas e telefônicas; excluídos
os serviços de escritório e oficinas, salvos as de emergência.
2)
Empresas de radiodifusão, televisão, de jornais e revistas; excluídos os
serviços de escritório.
3)
Distribuidores e vendedores de jornais e revistas (bancas e ambulantes).
4)
Anúncios em bondes e outros veículos (turma de emergência).
V - EDUCAÇÃO E CULTURA
1)
Estabelecimentos de ensino (internatos); excluídos os serviços de escritório e
magistério.
2)
Empresas teatrais; excluídos os serviços de escritório.
3)
Biblioteca; excluídos os serviços de escritório.
4)
Museu; excluídos de serviços de escritório.
5)
Empresas exibidoras cinematográficas; excluídos de serviços de escritório.
6)
Empresa de orquestras.
7)
Cultura física; excluídos de serviços de escritório.
8)
Instituições de culto religioso.
VI - SERVIÇOS FUNERÁRIOS
1)
Estabelecimentos e entidades que executem serviços funerários.
VII - AGRICULTURA E PECUÁRIA
1)
Limpeza e alimentação de animais em propriedades agropecuárias.
2) Produção, colheita, beneficiamento, lavagem e transporte de
hortaliças, legumes, frutas, grãos e cereais.
3) Plantio, tratos culturais, corte, carregamento, transbordo e
transporte de cana de açúcar.
VIII - SAÚDE E SERVIÇOS SOCIAIS
1) Hospitais,
clínicas, casas de saúde e ambulatórios.
2) Hotelaria hospitalar, incluídos os serviços de
lavanderias, camareira, limpeza
e higienização, alimentação, gerenciamento de resíduos,
central telefônica.
IX - ATIVIDADES FINANCEIRAS E SERVIÇOS
RELACIONADOS
1)
Atividades envolvidas no processo de automação bancária.
2) Teleatendimento e telemarketing.
3) Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e
ouvidoria.
4) Serviços por canais digitais, incluídos serviços de suporte
a esses canais.
5) Áreas de tecnologia, de segurança e de administração
patrimonial.
6) Atividades bancárias de caráter excepcional ou
eventual.
7) Atividades bancárias em áreas de funcionamento
diferenciado, como feiras,
exposições, shopping centers, aeroportos e terminais de
ônibus, de trem e de metrô.
X -
SETORES ESSENCIAIS
Estes serviços
essenciais são aqueles serviços que foram eleitos como essenciais e que deviam
continuar funcionando durante o estado de calamidade pública em razão da
Covid-19.
Fonte: Escritório Dreher
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Financiamento da Folha de Salários
Publicado em
25/08/2020
às
13:00
Financiamento de até
4 meses de folha de salários, juros de 3,75% a.a., com prazo de 36 meses, sendo
seis meses de carência
Foi publicada a
Resolução CMN 4.846 de 24/08/2020 sobre o financiamento da folha de salários.
Esperamos que em breve os bancos já
ofereçam esses serviços.
A seguir, o texto completo da Resolução que
disciplina a matéria.
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.846, DE 24 DE AGOSTO DE 2020
Dispõe sobre as operações de crédito para financiamento da folha
salarial ou do pagamento de verbas trabalhistas no âmbito do Programa
Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), instituído pela Lei nº 14.043, de 19
de agosto de 2020.
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de
dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão
extraordinária realizada em 24 de agosto de 2020, com base nos arts. 4º,
incisos VI e VIII, da referida Lei, e 16 da Lei nº 14.043, de 19 de agosto de
2020, resolveu:
Art. 1º As instituições financeiras poderão participar do Programa
Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), nos termos da Lei nº 14.043, de 19 de
agosto de 2020, e desta Resolução.
Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º que participarem do Pese
poderão financiar a folha salarial ou o pagamento das verbas trabalhistas de
que trata o art. 3º da Lei nº 14.043, de 2020, de responsabilidade de:
I - empresários;
II - sociedades simples;
III - sociedades empresárias;
IV - sociedades cooperativas, exceto de sociedades de crédito;
V - organizações da sociedade civil definidas no art. 2º, inciso I, da
Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, e no art. 44, inciso IV, da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002; e
VI - empregadores rurais definidos no art. 3º da Lei nº 5.889, de 8 de
junho de 1973.
Parágrafo único. A receita bruta anual das pessoas financiadas no âmbito
do Pese deve ser superior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e
igual ou inferior a R$50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), calculada com
base no exercício de 2019.
Art. 3º Para fins da concessão de operações de crédito no âmbito do
Pese, devem ser observadas as seguintes condições:
I - o prazo total deverá ser de 36 (trinta e seis) meses, dos quais os 6
(seis) primeiros serão de carência;
II - a taxa de juros deverá ser de 3,75% a.a. (três inteiros e setenta e
cinco centésimos por cento ao ano);
III - a contratação deve ocorrer até 31 de outubro de 2020; e
IV - o saldo devedor e as parcelas devidas da operação de crédito
deverão ser apurados conforme:
a) o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price) mensal, com base de
cálculo anual de 360 (trezentos e sessenta) dias; ou
b) o Sistema de Amortização Constante (SAC) mensal, com base de cálculo
anual de 252 (duzentos e cinquenta e dois), 360 (trezentos e sessenta) ou 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias.
§ 1º As operações de crédito de que trata o caput poderão ser
formalizadas pelas instituições financeiras por meio de instrumentos assinados
digital ou eletronicamente.
§ 2º Os instrumentos contratuais firmados pelas instituições financeiras
devem discriminar as obrigações assumidas pelas pessoas financiadas nos termos
do § 3º do art. 2º e do § 10 do art. 3º da Lei nº 14.043, de 2020.
Art. 4º Nas operações de crédito destinadas ao financiamento da folha
salarial:
I - o valor a ser financiado abrangerá até 100% (cem por cento) da folha
de pagamento das pessoas mencionadas no art. 2º, pelo período de 4 (quatro)
meses, limitado ao valor equivalente a até 2 (duas) vezes o salário-mínimo por
empregado em cada folha de pagamento; e
II - a instituição financeira que processar a folha de pagamento da
pessoa financiada deverá observar as regras da Resolução nº 3.402, de 6 de
setembro de 2006, para crédito dos recursos na conta-salário do empregado.
Art. 5º O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
mediante instrumento contratual de adesão prévio com a instituição financeira
participante, poderá repassar a esse participante os recursos da União
relativos às operações de crédito contratadas com recursos próprios
anteriormente à realização do protocolo da operação no BNDES.
§ 1º No instrumento contratual de adesão de que trata o caput, o BNDES
deverá prever valores máximos que poderão ser repassados à instituição
financeira participante, observado o limite global dos recursos efetivamente
transferidos ao BNDES pela União e disponíveis à execução do Pese.
§ 2º As operações de crédito de que trata o caput deverão:
I - estar aderentes a todas as condições estabelecidas na Lei nº 14.043,
de 2020, e nesta Resolução; e
II - ser formalizadas em data posterior à de entrada em vigor desta
Resolução.
§ 3º Desde que observado o disposto no § 1º, a operação de crédito
protocolizada no BNDES seguirá a disciplina estabelecida para as operações
concedidas no âmbito do Pese, inclusive no que se refere à constituição de
provisão para fazer face à perda provável, de que trata o art. 6º desta
Resolução.
§ 4º O BNDES repassará os recursos da União às instituições financeiras
participantes remunerados pela taxa fixa de 3,75% a.a. (três inteiros e setenta
e cinco centésimos por cento ao ano), considerando como termo inicial a data da
formalização da contratação da operação de crédito.
§ 5º Caso a operação não atenda o disposto neste artigo, não será
considerada realizada no âmbito do Pese e deverá observar toda a regulamentação
em vigor aplicável às operações de crédito.
Art. 6º As instituições mencionadas no art. 1º deverão aplicar os
percentuais definidos no art. 6º da Resolução nº 2.682, de 21 de dezembro de
1999, para a constituição da provisão para fazer face à perda provável das
operações realizadas ao amparo do Pese, somente sobre a parcela do crédito cujo
risco de crédito é assumido pela instituição.
Art. 7º As instituições mencionadas no art. 1º deverão divulgar em nota
explicativa a classificação por nível de risco das operações de que trata o
art. 6º, acompanhada do montante da provisão constituída para cada nível.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se somente a partir das
demonstrações financeiras anuais relativas ao ano de 2020.
Art. 8º As instituições mencionadas no art. 1º deverão incluir as operações
de crédito realizadas no âmbito do Pese no escopo do plano anual de auditoria
interna e no relatório anual de auditoria interna, elaborados conforme a
regulamentação em vigor.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se, inclusive, ao plano e ao
relatório relativos ao exercício de 2020.
Art. 9º Fica revogada a Resolução nº 4.800, de 6 de abril de 2020.
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS NETO
Presidente do Banco Central do Brasil
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Aumentado o prazo para empresa comunicar modificações dos acordos do Benefício Emergencial (Bem)
Publicado em
05/08/2020
às
16:00
Portaria dá publicidade ainda a outras medidas que já estavam em vigor
Foi publicada, na edição desta quarta-feira (5/8)
do Diário Oficial da União, a Portaria nº 18.560 que
aumenta, de dois para cinco dias, o prazo para que os empregadores informem ao
Ministério da Economia modificação de acordos do Benefício Emergencial de
Preservação do Emprego e da Renda (BEm) realizados com os trabalhadores. A
medida visa dar mais flexibilidade para que sejam encaminhadas alterações
acordadas entre trabalhadores e empregadores.
A norma também
dá publicidade a outras medidas que já estavam em vigor, como, por exemplo,
sobre a forma de acompanhar os requerimentos do benefício, que pode ser feita
por meio da Carteira de Trabalho Digital ou por acesso ao portal gov.br.
Também foi confirmada a interposição de recursos
diretamente pelos empregados quando entenderem ser necessário. A interposição
de recursos está disponível para empregadores e empregados desde o dia 26 de
junho e ambos podem encaminhá-los, mesmo sobre matérias diferentes,
relacionados a um mesmo acordo.
Outras atualizações tratam de notificações, prazos
recursais e competências para o julgamento dos recursos. Ficou estabelecido,
por exemplo, que empregados e empregadores serão notificados pelo governo das
decisões proferidas sobre os acordos enviados em até 15 dias e que poderão
encaminhar recursos em até trinta dias após a data prevista para o pagamento do
benefício. Estes prazos passam a valer a partir da publicação da portaria.
Mais
informações
O BEm oferece medidas trabalhistas para enfrentar o
estado de calamidade pública decorrente da pandemia da covid-19, com duração
definida até 31 de dezembro de 2020. O benefício é concedido em casos de
acordos entre trabalhadores e empregadores nas situações de redução
proporcional de jornada de trabalho e de salário, e de suspensão temporária do
contrato de trabalho.
O programa foi
instituído pela Medida Provisória 936 que foi substituída pela Lei nº 14.020,
sancionada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro. Dados atualizados sobre os
acordos (por tipos, setores econômicos, estados e municípios) estão disponíveis
no painel de informações.
Fonte: Governo Federal, com adequações no texto pela M&M Assessoria
Contábil.
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Quais são as obrigações do empregador quanto ao trabalho em domicílio?
Publicado em
29/07/2020
às
16:00
O
trabalho em domicílio é aquele prestado em favor do empregador, com subordinação,
sob a dependência deste, mediante salário, mas fora do
ambiente da empresa, ou seja, na casa do próprio empregado.
O art. 6º da CLT
estabelece que em nada difere o trabalho realizado no estabelecimento da
empresa e o realizado na residência do empregado.
Além da previsão na
CLT, considerando este período de pandemia e havendo esta possibilidade, o
trabalho em domicílio pode ser uma alternativa para que o empregador possa
manter suas atividades, assegurar a sobrevivência da empresa e a manutenção do
emprego.
Assim, o empregado
que trabalha em seu domicílio também terá direito ao que prevê as normas
trabalhistas e previdenciárias, tais como:
· jornada de trabalho semanal;
· intervalo intrajornada;
· salário compatível com a função exercida;
· horas extras realizadas além da jornada normal;
· FGTS;
· 13º salário;
· repouso semanal remunerado;
· aviso prévio;
· equiparação salarial,
entre outros direitos assegurados.
Fonte:
Blog Trabalhista
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Empresa pagará salários a empregado considerado inapto após alta previdenciária
Publicado em
23/07/2020
às
14:00
A
Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso de uma empresa
de transportes de Vitória (ES), contra decisão que a condenou ao pagamento
dos salários de um motorista que, após receber alta da
Previdência Social, foi considerado inapto para retornar a suas funções e não
foi reintegrado. Segundo a Turma, a decisão está de acordo com a jurisprudência
do TST sobre a matéria.
Inaptidão
O motorista narrou,
na reclamação trabalhista, que ficara afastado por auxílio
previdenciário por cerca de cinco anos, em razão de problemas de saúde.
Após receber alta do
INSS e se apresentar para trabalhar, a empresa impediu seu retorno, com a
alegação de que o exame médico realizado teria atestado sua inaptidão para o
trabalho.
Ainda de acordo com
seu relato, após várias tentativas de voltar a trabalhar, foi dispensado. Ele
pedia o reconhecimento da rescisão indireta do contrato (por falta grave da
empregadora) e o pagamento dos salários desde a
alta previdenciária até seu afastamento, além de indenização por dano moral.
A empresa, em sua
defesa, sustentou que não era responsável pela situação em que se encontrava o
trabalhador. Afirmou que, após a alta, ofereceu a função de porteiro, mas ele
teria alegado que, por ainda estar em tratamento e em uso de medicação controlada,
estaria incapacitado para exercer qualquer função.
Comprovação
O Tribunal Regional
do Trabalho da 17ª Região (ES) condenou a empresa ao pagamento dos salários referentes ao período de afastamento até a
data da rescisão indireta do contrato de trabalho e
fixou a reparação por danos morais em R$
3 mil.
Segundo o TRT, a
transportadora não havia comprovado a sua versão sobre a recusa do motorista de
voltar ao trabalho. Com isso, presumiu que teria negado o retorno e incorrido
em falta grave, devendo ser reconhecida, portanto, a rescisão indireta.
Limbo
O relator do recurso
de revista da empresa, ministro Walmir Oliveira da Costa, destacou que, de
acordo com a jurisprudência do TST, é do empregador a responsabilidade pelo
pagamento dos salários do empregado a partir da
alta previdenciária, ainda que ele seja considerado inapto pela junta médica da
empresa, pois, com a cessação do benefício previdenciário,
o contrato de trabalho voltou a gerar os seus efeitos.
Assim, o TRT, ao
concluir que a empresa não poderia ter deixado o empregado em um "limbo
jurídico-trabalhista-previdenciário", decidiu em consonância com o entendimento
do TST.
A decisão foi
unânime.
Fonte: TST - Processo: RR-502-88.2015.5.17.0009 -
Adaptado pelo Guia Trabalhista
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Empregadores de profissionais essenciais no controle da Covid-19 devem adotar medidas especiais de trabalho
Publicado em
15/07/2020
às
16:00
A Lei 14.023/2020, que incluiu o art. 3º-J na Lei 13.979/2020, estabeleceu que durante a emergência de
saúde pública decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, o poder
público e os empregadores ou contratantes adotarão, imediatamente, medidas para
preservar a saúde e a vida de todos os profissionais considerados essenciais ao
controle de doenças e à manutenção da ordem pública.
De acordo com a nova
lei são considerados profissionais essenciais:
· Médicos;
· enfermeiros;
· fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e
profissionais envolvidos nos processos de habilitação e reabilitação;
· psicólogos;
· assistentes sociais;
· policiais federais, civis, militares, penais, rodoviários e
ferroviários e membros das Forças Armadas;
· agentes socioeducativos, agentes de segurança de trânsito e
agentes de segurança privada;
· brigadistas e bombeiros civis e militares;
· vigilantes que trabalham em unidades públicas e privadas de
saúde;
· assistentes administrativos que atuam no cadastro de
pacientes em unidades de saúde;
· agentes de fiscalização;
· agentes comunitários de saúde;
· agentes de combate às endemias;
· técnicos e auxiliares de enfermagem;
· técnicos, tecnólogos e auxiliares em radiologia e operadores
de aparelhos de tomografia computadorizada e de ressonância nuclear magnética;
· maqueiros, maqueiros de ambulância e padioleiros;
· cuidadores e atendentes de pessoas com
deficiência, de pessoas idosas ou de pessoas com doenças raras;
· biólogos, biomédicos e técnicos em análises clínicas;
· médicos-veterinários;
· coveiros, atendentes funerários, motoristas funerários,
auxiliares funerários e demais trabalhadores de serviços funerários e de
autópsias;
· profissionais de limpeza;
· profissionais que trabalham na cadeia de produção de
alimentos e bebidas, incluídos os insumos;
· farmacêuticos, bioquímicos e técnicos em farmácia;
· cirurgiões-dentistas, técnicos em saúde bucal e auxiliares
em saúde bucal;
· aeronautas, aeroviários e controladores de voo;
· motoristas de ambulância;
· guardas municipais;
· profissionais dos Centros de Referência de Assistência
Social (Cras) e dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social
(Creas);
· servidores públicos que trabalham na área da saúde,
inclusive em funções administrativas;
· outros profissionais que trabalhem ou sejam convocados a
trabalhar nas unidades de saúde durante o período de isolamento social ou que
tenham contato com pessoas ou com materiais que ofereçam risco de contaminação
pelo novo coronavírus.
O
poder público e os empregadores ou contratantes fornecerão, gratuitamente,
os equipamentos de proteção individual (EPIs)
recomendados pela Anvisa aos profissionais acima relacionados que estiverem em
atividade e em contato direto com portadores ou possíveis portadores do novo
coronavírus, considerados os protocolos indicados para cada situação.
Os profissionais
essenciais ao controle de doenças e à manutenção da ordem pública que estiverem
em contato direto com portadores ou possíveis portadores do novo coronavírus
terão prioridade para fazer testes de diagnóstico da Covid-19 e serão
tempestivamente tratados e orientados sobre sua condição de saúde e sobre sua
aptidão para retornar ao trabalho.
Fonte: Lei 14.023/2020 -
Adaptado pelo Guia Trabalhista
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Durante a Pandemia a demissão seguida de recontratação não se considera fraudulenta
Publicado em
15/07/2020
às
08:00
A Portaria MTB 384/1992 dispõe que é considerada
fraudulenta a rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, por parte do empregador,
que se opera formalmente, mas cujo empregado permanece em serviço ou é
recontratado no prazo de 90 (noventa) dias da data da rescisão contratual.
Entretanto, de
acordo com a Portaria SEPRT 16.655/2020 (publicada
ontem), durante o estado de calamidade pública, não se presumirá fraudulenta
a rescisão de contrato de trabalho sem justa causa seguida de
recontratação dentro dos 90 dias subsequentes à data em
que formalmente a rescisão se operou.
Contudo, a nova
portaria estabelece que na recontratação, o empregador deverá manter os mesmos
termos do contrato rescindido como o mesmo salário, benefícios, percentual de
comissões, etc.
A recontratação só poderá se dar em termos diversos do contrato rescindido se
houver previsão nesse sentido em instrumento decorrente de negociação coletiva.
Fonte: Portaria SEPRT 16.655/2020 -
Adaptado pelo Guia Trabalhista.
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Alteração de Regime de Turnos de Revezamento Para Fixos é Válida
Publicado em
03/07/2020
às
14:00
A
Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou válida a mudança
do regime de revezamento para horário fixo de empregados
de uma refinaria de petróleo em Duque de Caxias (RJ).
Para a Turma, trata-se de alteração
temporária lícita, por ser benéfica aos trabalhadores.
Revezamento x turno fixo
Os
empregados trabalhavam em turnos de revezamento, com limite de 168 horas
mensais, em escala 3×2 (três dias de trabalho por dois de descanso), conforme
estabelecido por norma coletiva.
Com a alteração, promovida unilateralmente
pela empresa, passaram a ter turnos fixos, em escala 5×2 (cinco dias de
trabalho por dois dias de folga, com a venda de um dia de folga), sujeitos à
duração mensal do trabalho de 200 horas.
Manutenção programada
Na reclamação trabalhista, o Sindicato dos Trabalhadores na
Indústria de Destilação e Refinação de Petróleo de Duque Caxias pretendia o
pagamento das horas extras excedentes
da 168ª hora mensal entre 9/2 e 6/3/2015.
Esse período corresponde a uma "parada de
manutenção programada", em que os equipamentos são desligados para manutenção,
conforme programação anual prévia realizada da empresa.
Ato unilateral
O juízo de primeiro
grau julgou improcedente a demanda, por entender que a "parada de manutenção"
se enquadra na hipótese excepcional prevista no artigo 61 da CLT.
De acordo com esse dispositivo, a duração
do trabalho pode exceder a duração normal em caso de força maior ou para a
conclusão ou a realização de serviços inadiáveis.
O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª
Região (RJ), no entanto, reformou a sentença, por considerar que a alteração
havia se dado por ato unilateral da empresa. Segundo o TRT, as paradas de
manutenção não são evento de força maior ou imprevisíveis.
Alteração benéfica
O relator do recurso
de revista da empresa, ministro Agra Belmonte, assinalou que, de acordo com o
artigo 468 da CLT, a alteração do contrato individual
de trabalho só é lícita por mútuo consentimento e desde que não
resultem prejuízos ao empregado.
Na sua avaliação, o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento é prejudicial à saúde do trabalhador, tanto
que se desenvolve em jornada de seis horas.
Para o ministro, a mudança da jornada se
insere nas faculdades do empregador, que detém o comando do empreendimento. "A
questão sobrepuja o mero interesse econômico, prevalecendo o direito indisponível
do trabalhador à saúde e à qualidade de vida", frisou.
A decisão foi unânime. Processo:
RR-11181-94.2015.5.01.0203.
Fonte: TST - Adaptado pelo Guia
Trabalhista.
-
Empregado admitido após 01/04/2020 não recebe o Benefício Emergencial com a redução de salário ou suspensão do contrato
Publicado em
10/06/2020
às
12:00
A Portaria SEPRT 10.486/2020 estabeleceu os critérios e
procedimentos relativos ao recebimento de informações, concessão e pagamento do
Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), de acordo com
a Medida Provisória 936/2020.
Dentre
os critérios estabelecidos pela citada portaria está a limitação de data para a
celebração de acordo individual de redução de jornada de trabalho e
de salário ou de suspensão temporária do contrato de trabalho com
o empregado.
De
acordo com o art. 4º da Portaria SEPRT 10.486/2020,
o BEm não será devido ao empregado com redução proporcional de
jornada e de salário ou suspensão do contrato de trabalho que:
I -
também esteja ocupando cargo ou emprego público, cargo em comissão de livre
nomeação e exoneração ou seja titular de mandato eletivo;
II -
tiver o contrato de trabalho celebrado após a data de entrada
em vigor da Medida Provisória 936/2020 (01/04/2020);
III
- estiver em gozo de:
a) benefício de prestação continuada do regime geral de previdência social ou dos Regimes
Próprios de Previdência Social, ressalvados os benefícios de pensão por morte
e auxílio acidente.
b)
seguro-desemprego, em qualquer de suas modalidades; ou
c)
bolsa de qualificação profissional de que trata o art. 2º-A da Lei nº
7.998/1990.
A
limitação para a concessão do BEm está justamente no §1º do art. 4º da Portaria SEPRT 10.486/2020 (alterado pela Portaria SEPRT 13.699/2020 de 05/06/2020), o qual
dispõe que considera-se contrato de trabalho celebrado,
para fins de aplicação do disposto no inciso II acima, o contrato de
trabalho iniciado até 1º de abril de 2020 e informado no e-social ou
constante na base do CNIS até 2 de abril de 2020.
Empregador - Impossibilidade de
Redução de Jornada e Salário ou Suspensão do Contrato aos Admitidos após
01/04/2020
Outra
limitação imposta pela citada portaria (art. 4º, § 2º) é de que é vedada ao
empregador a celebração de acordo individual para redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou para suspensão
temporária do contrato de trabalho com empregado
que se enquadre em alguma das vedações à percepção do BEm previstas nos incisos
I a III acima listadas.
Como
a norma prevê que o empregado admitido após a entrada em vigor da MP 936/2020
(01/04/2020) não tem direito a receber o benefício emergencial, a própria norma
veda que o empregador possa firmar acordo de redução de jornada de trabalho e
salário, bem como de suspensão de contrato de trabalho para com estes
trabalhadores.
Nestes
casos, o empregador deverá se valer de outras medidas que estão previstas
na MP 927/2020, como as mencionadas aqui.
Fonte: Portaria SEPRT 10.486/2020 e Portaria SEPRT 13.699/2020 - Adaptado pelo Guia Trabalhista.
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Ferramenta digital permite autoavaliação trabalhista de empresas brasileiras
Publicado em
10/05/2020
às
14:00
Primeira análise disponível no sistema é de orientações gerais sobre a
covid-19 nos ambientes de trabalho
Ferramenta digital
elaborada pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), da Secretaria de
Trabalho (Strab), órgão da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia (Seprt), permite que as empresas avaliem o cumprimento
da legislação trabalhista em suas instituições. No ar desde terça-feira (5/5/2020),
o serviço, gratuito e opcional, traz como primeiro autodiagnóstico disponível a
prevenção e combate à Covid-19 nos ambientes de trabalho.
Pela ferramenta, o usuário terá acesso a uma série de perguntas,
permitindo avaliar a conformidade da empresa com a legislação trabalhista em
geral (CLT, leis e portarias trabalhistas) e com aquelas publicadas durante o
estado de calamidade pública, com destaque para as medidas provisórias 927/2020
e 936/2020.
Além de orientar as instituições sobre a observação da legislação do
trabalho, o objetivo do Autodiagnostico Trabalhista é contribuir para promoção
de ambientes mais saudáveis e seguros aos empregadores e, sobretudo, aos
trabalhadores.
Como e quem
Não é necessário ter uma conta no gov.br para realizar o autodiagnóstico. Basta
acessar a ferramenta digital, responder aos questionamentos e utilizar os
arquivos que o sistema produzir. O tempo de preenchimento da autoavaliação é de
20 a 30 minutos, sendo que, ao final, a ferramenta permite a criação de um
plano de melhorias para a empresa.
O autodiagnóstico foi desenvolvido para os empregadores, especialmente
pequenos empresários. Entretanto, médias e grandes empresas, além de
trabalhadores e profissionais autônomos, também podem usar livremente a
ferramenta.
Novos autodiagnósticos
Ainda em maio, a ferramenta terá novos autodiagnósticos para setores
específicos, como telesserviços, frigoríficos, construção civil, rural,
revendedores de combustíveis, farmácias e drogarias, supermercados e serviços
de saúde.
Desenvolvido no âmbito do programa de transformação digital do governo
federal, o serviço conta com a parceria da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), escritório do Brasil, e com o apoio da Escola Nacional da
Inspeção do Trabalho (Enit).
Fonte:
Secretaria do Trabalho
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Empregados já podem verificar sobre pagamento do BEm na Carteira de Trabalho Digital
Publicado em
08/05/2020
às
14:00
Quase 5,5 milhões de
empregos já foram preservados com o programa do governo federal
Já é possível aos
empregados verificar na Carteira de Trabalho Digital as informações sobre o pagamento
do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), criado
para enfrentar os efeitos econômicos da pandemia da covid-19. Para ter acesso
aos dados, os trabalhadores devem consultar a aba de benefícios, em que haverá
um quadro acima das respectivas áreas para seguro-desemprego e abono salarial.
O benefício é
concedido a trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso e
ainda auxílio emergencial para trabalhadores intermitentes com contrato de
trabalho formalizado, nos termos da Medida Provisória 936/2020.
O BEm é custeado com
recursos da União e pago aos trabalhadores independentemente do cumprimento de
período aquisitivo, do tempo de vínculo empregatício ou do número de salários
recebidos. O investimento do programa pode chegar a R$ 51,2 bilhões.
Empregos
preservados
Em extração de informações realizada nesta segunda-feira (4/5), às 16h30, pela
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (Seprt) do Ministério da
Economia, os dados mostravam que 5.447.937 empregos já haviam sido preservados,
com valores a serem pagos pelo governo totalizando R$ 9.923.067.639,72. Até o
momento a parcela mensal média é de R$ 752,44, a mínima, de R$ 261,25, e a
máxima, conforme definida pela medida provisória, de R$ 1.813,00. O valor total
médio pago somando as parcelas mensais corresponde a R$ 1.821,44.
Deste total de
benefícios, 56% (3.037.193) ocorreram a partir dos acordos entre trabalhadores
e empresas com receita bruta anual menor que R$ 4,8 milhões, 39% (2.141.884)
nos casos de empresas com receita bruta anual maior que este valor, e 5%
(268.860) nos casos de empregados domésticos e de trabalhadores intermitentes.
Acordos relacionados
à suspensão de contratos representavam 58% (3.157.680) do total. Nos casos de
redução de jornada, 16% (886.809) eram para 50%, 12% (681.427) para 70%, e 10%
(554.952) para 25%. Nos casos dos trabalhadores intermitentes, os benefícios
correspondiam a 3% (167.069).
Os estados que
registraram o maior número de benefícios eram São Paulo (31,7%), Rio de Janeiro
(10,4%), Minas Gerais (9,9%), Rio Grande do Sul (5,5%) e Paraná (5,4%),
conforme pode ser verificado no quadro a seguir.

Por faixa etária, a
maior quantidade de beneficiários está na idade entre 30 e 39 anos (30,6%),
seguidos por aqueles de idade entre 40 e 49 anos (20,5%), 18 e 24 anos (18%),
25 e 29 anos (16,7%), 50 e 64 anos (12,5%), 14 (aprendizes) e 17 anos (1%) e
mais de 65 anos (0,8%).
O número total de empregos beneficiados pode ser verificado em tempo real no
site https://servicos.mte.gov.br/bem/.
Fonte:
Secretaria do Trabalho
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Medida Provisória 959/2020 dispõe sobre o pagamento do BEm/Benefício Emergencial Mensal
Publicado em
04/05/2020
às
14:00
A Medida
Provisória 959/2020 estabelece a operacionalização do pagamento dos
seguintes benefícios de que trata a MP 936/2020:
· Benefício Emergencial de
Preservação do Emprego e da Renda (BEm); e
· Benefício emergencial mensal devido ao empregado com contrato de
trabalho intermitente no valor de R$ 600,00.
De
acordo com a MP 959/2020, serão adotadas as seguintes medidas:
· Dispensa de
licitação para a contratação da CAIXA e do Banco do Brasil para a
operacionalização do pagamento do BEm e do benefício emergencial mensal;
· O pagamento do
benefício poderá ser feito na instituição financeira em que o beneficiário
possuir conta poupança ou conta de depósito à vista, exceto conta-salário,
desde que autorize ao empregador a informar os seus dados bancários;
· Caso não seja
localizada conta poupança de titularidade do beneficiário, poderá ser
realizado o pagamento do benefício emergencial por meio de conta digital, de
abertura automática, em nome do beneficiário, com as seguintes características:
ü
dispensa da apresentação de documentos pelo
beneficiário;
ü
isenção de cobrança de tarifas de manutenção;
ü
no mínimo uma transferência eletrônica de valores ao
mês, sem custo para o beneficiário, para conta bancária mantida em qualquer
instituição financeira habilitada a operar pelo Banco Central do Brasil; e
ü
vedação de emissão de cartão físico ou de cheque.
Nota: Os recursos das contas digitais não
movimentadas no prazo de 90 dias retornarão
para a União.
Desconto de Débitos Para
Saldar Dívidas Existentes - Vedação
Independentemente da
modalidade de conta utilizada para pagamento dos benefícios, é vedado às instituições financeiras efetuar descontos,
compensações ou pagamentos de débitos de qualquer natureza, mesmo a pretexto de recompor saldo negativo
ou saldar dívidas preexistentes, que impliquem a redução do valor do
benefício, exceto se houver autorização prévia do beneficiário.
Fonte:
Blog Tributário
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Acordos do Benefício Emergencial firmados até 24 de abril de 2020 precisam ser informados até 4 de maio de 2020
Publicado em
29/04/2020
às
14:00
Empregadores
que não comunicarem sobre acordos terão que arcar com o pagamento da
remuneração normal e dos encargos relacionados.
Os empregadores que
firmaram acordos com os trabalhadores relativos ao Benefício Emergencial de
Preservação do Emprego e da Renda (BEm) até o dia 24 de abril de 2020 e ainda
não prestaram as informações ao governo têm até o próximo dia 4 de maio para o
fazer.
Os empregadores que
não prestarem essas informações no prazo estabelecido deverão arcar com a
remuneração normal dos trabalhadores e ainda com todos os encargos devidos até
a data em que as informações sobre os acordos forem efetivamente prestadas.
O prazo foi
estabelecido pela Portaria nº 10.486, que tratou das normas relativas ao
processamento e pagamento do BEm, previsto na Medida Provisória 936/2020.
O objetivo de conceder o prazo foi garantir que, nos dez dias subsequentes à
publicação da portaria, os empregadores que ainda não tivessem comunicado sobre
os acordos não fossem prejudicados.
Como funciona
O BEm é concedido
quando houver acordos entre trabalhadores e empregadores, em casos de redução
proporcional de jornada de trabalho ou suspensão temporária do contrato de
trabalho.
Pelo site,
empregadores e trabalhadores têm acesso a informações sobre o programa e sobre
como proceder para formalizar os acordos e comunicar as condições ao Ministério
da Economia.
Para os empregadores
domésticos ou empregadores pessoa física, como profissionais autônomos que contratam
assistentes e auxiliares, o caminho será uma página de serviços no
portal gov.br. Já as empresas devem usar o Empregador Web. Para
orientar e esclarecer dúvidas sobre o encaminhamento das informações, o
Ministério da Economia elaborou um manual.
Durante o estado de
calamidade pública, estabelecido até 31 de dezembro de 2020, empregador e
trabalhador poderão acordar, individual ou coletivamente, a reduzir
proporcionalmente a jornada de trabalho e do salário por até 90 dias, ou a
suspensão contratual, por até 60 dias. Quando o acordo for realizado, o
empregador deverá comunicar as condições ao Ministério da Economia em até dez
dias corridos.
Se o empregador não
informar neste prazo, o acordo somente terá validade a partir da data que for
informado. Então, o trabalhador vai receber o salário normal até a data em que
a informação sobre o acordo foi efetivamente prestada.
A primeira parcela
do BEm será paga ao trabalhador no prazo de 30 dias, contados a partir da data
da celebração do acordo, desde que o empregador informe ao ministério em até
dez dias. Caso contrário, o benefício somente será pago ao trabalhador em 30
dias após a data da informação, ficando o empregador responsável pelo pagamento
da remuneração até a data em que efetivada a informação, de forma que o
trabalhador não seja prejudicado.
Os acordos também
deverão ser comunicados aos sindicatos em até dez dias corridos, contado da
data de sua celebração. Para isso, o empregador deverá entrar em contato com o
sindicato da categoria dos seus empregados para verificar como enviar os
acordos individuais que vier a estabelecer.
Fonte: site
Ministério da Economia
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Financiamento para a folha de salário em tempo de pandemia
Publicado em
15/04/2020
às
16:00
Se sua empresa
faturou mais de R$ 360.000,00 no ano passado e menos do que R$ 10 milhões, você
pode financiar a sua folha de pagamento.
Mas para isso você
precisa ir ao banco que trabalha e firmar um convênio de pagamento de salários
pelo banco em contas salários.
Esse financiamento
da folha terá o valor depositado direto na conta dos seus funcionários, por
isso, é necessário firmar com o banco este convênio. Seus empregados precisarão ter conta salário.
Esse é um processo
demorado que exige cadastros e testes do departamento pessoal com o arquivo do
banco.
Aproveite este financiamento e corra para o banco
fazer os cadastros!
Não adianta pedir no dia do
pagamento!!!
Fonte:
Escritório Dreher, com adaptações da M&M
Assessoria Contábil
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Empregadores já podem prestar informações sobre acordos do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda
Publicado em
09/04/2020
às
11:11
Site orienta
categorias de empregador doméstico, empregador pessoa física e empregador
pessoa jurídica
O governo federal
colocou no ar um site que permite aos empregadores
acessarem os sistemas nos quais podem comunicar os acordos que fizerem com seus
trabalhadores no Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda,
instituído por meio da Medida Provisória 936
de 1º de abril de 2020.
Integram o programa
medidas trabalhistas para preservar o emprego e a renda, garantir a
continuidade das atividades laborais e empresariais e reduzir o impacto social
decorrente das consequências do estado de calamidade pública e de emergência de
saúde pública decorrentes do covid-19.
Saiba mais sobre o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
A principal medida
para o trabalhador é o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da
Renda (BEm), concedido quando houver acordos entre trabalhadores e
empregadores, em casos de redução proporcional de jornada de trabalho ou
suspensão temporária do contrato de trabalho.
No site,
empregadores e trabalhadores têm acesso a informações sobre o programa e sobre
como proceder para formalizar os acordos e comunicar as condições ao Ministério
da Economia.
Para os empregadores
domésticos ou empregadores pessoa física, como profissionais autônomos que
contratam assistentes e auxiliares, o caminho será uma página de serviços no
portal gov.br. Já as empresas devem usar o Empregador Web. Para
orientar e esclarecer dúvidas sobre o encaminhamento das informações, o
Ministério da Economia elaborou um manual.
Como vai
funcionar
Durante o estado de calamidade pública, estabelecido até 31 de dezembro de
2020, empregador e trabalhador poderão acordar, individual ou coletivamente, a
reduzir proporcionalmente a jornada de trabalho e do salário por até 90 dias,
ou a suspensão contratual, por até 60 dias. Quando o acordo for realizado, o
empregador deverá comunicar as condições ao Ministério da Economia em até 10
dias corridos.
Se o empregador não
informar neste prazo, o acordo somente terá validade a partir da data que for
informado. Então, o trabalhador vai receber o salário normal até a data em que
a informação sobre o acordo foi efetivamente prestada.
A primeira parcela
do BEm será paga ao trabalhador no prazo de 30 dias, contados a partir da data
da celebração do acordo, desde que o empregador informe ao ministério em até 10
dias. Caso contrário, o benefício somente será pago ao trabalhador em 30 dias
após a data da informação.
Os acordos também
deverão ser comunicados aos sindicatos em até 10 dias corridos, contado da data
de sua celebração. Para isso, o empregador deverá entrar em contato com o
sindicato da categoria dos seus empregados para verificar como enviar os
acordos individuais que vier a estabelecer.
Pagamento
do benefício
Para receber o benefício, o trabalhador deverá indicar ao empregador uma conta
de sua titularidade, seja corrente ou poupança. É importante destacar que o BEm
não será pago em contas de terceiros.
Caso o trabalhador
não informe uma conta, ou haja erros na conta informada pelo empregador, o
pagamento será feito em uma conta digital especialmente aberta, em nome do
trabalhador, para ele receber o BEm, junto ao Banco do Brasil, ou à Caixa
Econômica.
No caso dos
trabalhadores intermitentes, os empregadores não precisarão informar nenhum
acordo ao governo. O BEm será pago a todo empregado cadastrado no Cadastro
Nacional de Informações Sociais (CNIS) até 1º de abril, por meio de uma conta
digital aberta em seu nome no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica.
Para saber detalhes
do pagamento, todos os trabalhadores, independente da forma de contratação,
poderão, em breve, obter informações pelo aplicativo Carteira de Trabalho
Digital, no endereço https://servicos.mte.gov.br, ou no portal gov.br.
Trabalho
Doméstico
A suspensão ou a redução de jornada acordada entre empregador e trabalhador
doméstico deverá ser registrada no site do Programa Emergencial no endereço https://servicos.mte.gov.br/bem.
Lá, ele obtém as informações necessárias e abre o link para a página no portal gov.br,
em que poderá informar os acordos.
O trabalhador
doméstico receberá o BEm tendo por base a média últimos três salários que tiver
recebido, conforme registrado pelo empregador no sistema e-Social.
Está com dúvidas sobre a MP
936/2020? Confira aqui o manual.
Fonte:
Secretaria do Trabalho
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Resumo - Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda - Medidas Trabalhistas
Publicado em
07/04/2020
às
15:00
A Medida
Provisória 936/2020 (publicada em 01/04/2020) institui o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas
trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública.
De
acordo com o art. 3º da MP 936/2020, são medidas do Programa Emergencial
de Manutenção do Emprego e da Renda:
I - o
pagamento de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda;
II - a
redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; e
III - a
suspensão temporária do contrato de trabalho.
1) Limitação do
Acordo Individual - Faixa Salarial
As
medidas do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda serão
implementadas por meio de acordo individual ou de negociação coletiva aos
empregados:
I - com
salário igual ou inferior a R$ 3.135,00; ou
II -
portadores de diploma de nível superior e que percebam salário mensal igual ou
superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social (R$ 12.202,12).
Para os
empregados não enquadrados nas condições acima, as medidas somente poderão ser
estabelecidas por convenção ou acordo coletivo, ressalvada a redução
de jornada de trabalho e de salário de vinte e cinco por cento, que
poderá ser pactuada por acordo individual.
2) Redução da
Jornada e Suspensão Temporária do Contrato de Trabalho
O Benefício
Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, custeado com recursos da
União, será pago nas hipóteses:
I - de
redução proporcional de jornada de trabalho e de salário; e
II -
suspensão temporária do contrato de trabalho.
3) Da Forma e Prazo
Para a Redução Proporcional de Jornada de Trabalho
Durante o estado de calamidade, o empregador poderá acordar a
redução proporcional da jornada de trabalho e de salário de seus
empregados, por até 90 dias, observados os seguintes requisitos:
I - preservação do valor do salário-hora de trabalho;
II - pactuação por acordo individual escrito entre empregador
e empregado, que será encaminhado ao empregado com antecedência de, no mínimo,
2 dias corridos; e
III - redução da jornada de trabalho e de salário,
exclusivamente, nos seguintes percentuais:
25% ou 50%; ou 75%.
4) Do Prazo de
Fracionamento da Suspensão Temporária do Contrato de Trabalho
Durante o
estado de calamidade pública, o empregador poderá acordar, mediante contrato
individual encaminhado com 2 dias de antecedência, a suspensão temporária do
contrato de trabalho de seus empregados, pelo prazo máximo de 60 dias, que
poderá ser fracionado em até dois períodos de 30 dias.
Durante o
período de suspensão temporária do contrato, o empregado
fará jus
a todos os benefícios concedidos pelo empregador aos seus empregados.
5)
Término da redução salarial ou suspensão de contrato
A jornada de trabalho, contrato de trabalho e o
salário pago anteriormente serão restabelecidos no prazo de 2 dias corridos,
contado:
I - da
cessação do estado de calamidade pública;
II - da
data estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do período e
redução pactuado; ou
III - da
data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua decisão
de antecipar o fim do período de redução pactuado.
6) Redução da
Jornada ou Suspensão do Contrato Mediante Negociação Coletiva
As
medidas de redução de jornada de trabalho e de salário ou de
suspensão temporária de contrato de trabalho poderão ser celebradas
por meio de negociação coletiva, as quais poderão estabelecer
percentuais de redução de jornada de trabalho e de salário diversos
dos previstos dos apontados anteriormente. Os acordos individuais deverão ser
comunicados pelos empregadores ao respectivo sindicato laboral, no prazo de até
10 dias corridos, contado da data de sua celebração.
7) Faturamento
Anual em 2019 - Ajuda de Custo Pelo Empregador - Natureza Indenizatória
A empresa que
tiver auferido, no ano-calendário de 2019, receita bruta superior a
R$ 4.800.000,00, somente poderá suspender o contrato de trabalho de
seus empregados mediante o pagamento de ajuda compensatória mensal no valor de
30% do valor do salário do empregado, durante o período da suspensão temporária
de trabalho pactuado.
8) Garantia de Emprego
- Consequências em Caso de Demissão sem Justa Causa
Fica reconhecida a garantia provisória no emprego ao empregado
nos seguintes termos:
I -
durante o período acordado de redução da jornada de trabalho e de
salário ou de suspensão temporária do contrato de trabalho; e
II -
após o restabelecimento da jornada de trabalho e de salário ou do
encerramento da suspensão temporária do contrato de trabalho, por período
equivalente ao acordado para a redução ou a suspensão.
A dispensa sem justa causa que ocorrer durante o
período de garantia provisória no emprego sujeitará o empregador ao pagamento,
além das parcelas rescisórias previstas na legislação em vigor, de indenização
no valor do salário que o empregado teria direito no período de estabilidade,
proporcionalmente a redução de jornada, ou integralmente no caso de suspensão
do contrato.
Não se aplicam
essas regras no caso de pedido de demissão do empregado.
9) Descaracterização da
Suspensão Temporária do Contrato - Consequências
Se durante o período de suspensão temporária do contrato
de trabalho o empregado mantiver as atividades de trabalho, ainda que
parcialmente, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho à
distância, ficará descaracterizada a suspensão temporária do contrato de
trabalho, e o empregador estará sujeito:
ao pagamento imediato da
remuneração e dos encargos sociais referentes a todo o período; às penalidades
previstas na legislação em vigor; e às sanções previstas em convenção ou
em acordo coletivo.
10) Prazo para
Comunicação das Medidas e Para o Recebimento das Parcelas Mensais
O
benefício será de prestação mensal (vide itens 10.1 e 10.2 desta
correspondência) e devido a partir da data do início da redução da jornada
de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de
trabalho, observadas as seguintes disposições:
I
- o empregador informará ao Ministério da Economia a redução da jornada de
trabalho e de salário ou a suspensão temporária do contrato de
trabalho, no prazo de 10 dias, contado da data da celebração do acordo;
II - a
primeira parcela será paga no prazo de 30 dias, contado da data da celebração
do acordo, desde que a celebração do acordo seja informada no prazo de 10 dias;
e
III - o
Benefício Emergencial será pago exclusivamente enquanto durar a redução
proporcional da jornada de trabalho e de salário ou a suspensão
temporária do contrato de trabalho.
10.1) Base de
Cálculo do Valor do Benefício
O valor
do Benefício terá como base de cálculo o valor mensal do
seguro-desemprego a que o empregado teria direito, nos termos do art. 5º da Lei
7.998/1990, observadas as seguintes disposições:
I - na
hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será
calculado aplicando-se sobre a base de cálculo o percentual da
redução; e
II - na
hipótese de suspensão temporária do contrato de trabalho, terá valor
mensal:
a)
equivalente a 100% do valor do seguro-desemprego a que o empregado teria
direito;
b)
equivalente a 70% do seguro-desemprego a que o empregado teria direito.
O
benefício será pago ao empregado independentemente do: cumprimento de
qualquer período aquisitivo; tempo de vínculo empregatício; e número
de salários recebidos.
10.2) Condições
em que o Benefício NÃO Será Devido
O
Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda NÃO será
devido ao empregado que esteja:
I -
ocupando cargo ou emprego público, cargo em comissão de livre nomeação e
exoneração ou titular de mandato eletivo; ou
II - em
gozo:
a)
de benefício de prestação continuada do RGPS ou dos RPPS,
ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 124 da Lei nº 8.213, de 24 de
julho de 1991;
b) do
seguro-desemprego, em qualquer de suas modalidades; e
c) da bolsa de qualificação profissional de que trata o art. 2º-A da Lei
7.998/1990.
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Medidas Trabalhistas - Auxílio emergencial de R$ 600,00 é aprovado em função do Coronavírus
Publicado em
03/04/2020
às
10:00
A Lei 13.982/2020 estabeleceu que, a partir de 02/04/2020,
será concedido auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 mensais ao trabalhador
que cumpra cumulativamente os
seguintes requisitos (ou seja, para receber o benefício deverá atender a todas
condições citadas adiante):
I -
seja maior de 18 (dezoito) anos de idade;
II - não tenha
emprego formal ativo;
III - não seja
titular de benefício previdenciário ou assistencial ou beneficiário
do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal,
ressalvado o Bolsa Família;
IV - cuja renda
familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio) salário-mínimo ou a renda
familiar mensal total seja de até 3 salários mínimos;
V - que, no ano de
2018, não tenha recebido rendimentos tributáveis acima
de R$ 28.559,70; e
VI - que exerça
atividade na condição de:
· Microempreendedor Individual (MEI);
· contribuinte
individual do RGPS que contribua com 20% sobre o
salário-de-contribuição;
· contribuinte
individual do RGPS que trabalhe por conta
própria (sem relação de trabalho) com empresa ou equiparada e que contribua com
11% sobre o salário-de-contribuição; ou
· trabalhador
informal, seja empregado, autônomo ou desempregado, de
qualquer natureza, inclusive o intermitente inativo, inscrito no Cadastro Único
para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 20 de março de 2020, ou que, nos termos
de autodeclaração, cumpra o requisito do inciso IV.
Renda Familiar e Renda Per Capita
A
renda familiar é a soma dos rendimentos brutos auferidos por todos os membros
da unidade nuclear composta por um ou mais indivíduos, eventualmente ampliada
por outros indivíduos que contribuam para o rendimento ou que tenham suas
despesas atendidas por aquela unidade familiar, todos moradores em um mesmo
domicílio.
A renda familiar per
capita é a razão entre a renda familiar mensal e o total de indivíduos na
família (total da renda dividido pelo número de membros da família).
As condições de
renda familiar mensal per capita e total serão verificadas por meio do CadÚnico, para os trabalhadores inscritos, e por meio
de autodeclaração, para os não inscritos, por meio de plataforma digital.
Auxílio Emergencial - Substituição do Bolsa Família
O
recebimento do auxílio emergencial (que substituirá o benefício do Bolsa
Família nas situações em que for mais vantajoso) está limitado a 2 (dois)
membros da mesma família.
Não serão incluídos
no cálculo da renda familiar mensal, os rendimentos percebidos de programas do
Bolsa Família.
A mulher provedora
de família monoparental receberá 2 (duas) cotas do auxílio.
Auxílio Emergencial -
Total de Parcelas
O
auxílio emergencial será pago em 3 (três) prestações mensais, por instituições financeiras
públicas federais, que ficam autorizadas a realizar o seu pagamento por meio de
conta do tipo poupança social digital, de abertura automática em nome dos
beneficiários, a qual possuirá as seguintes características:
I - dispensa da
apresentação de documentos;
II - isenção de
cobrança de tarifas de manutenção, observada a regulamentação específica
estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional;
III - ao menos uma
transferência eletrônica de valores ao mês, sem custos, para conta bancária
mantida em qualquer instituição financeira habilitada a operar pelo Banco
Central do Brasil;
IV - não passível de
emissão de cartão físico, cheques ou ordens de pagamento para sua movimentação.
Nota: o período de 3
meses poderá ser prorrogado por ato do Poder Executivo durante o período de
enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional da
Covid-19.
Os órgãos federais
disponibilizarão as informações necessárias à verificação dos requisitos para
concessão do auxílio emergencial, constantes das bases de dados de que sejam
detentores.
INSS - BPC e
Auxílio-Doença de 1 Salário-Mínimo
O
INSS está autorizado a antecipar o valor do auxílio emergencial para os
requerentes do benefício de prestação continuada - BPC durante
o período de 3 meses, a contar de 02/04/2020, ou até a aplicação pelo INSS do
instrumento de avaliação da pessoa com deficiência, o que ocorrer primeiro.
Reconhecido
o direito da pessoa com deficiência ou idoso ao benefício de prestação
continuada, seu valor será devido a partir da data do requerimento,
deduzindo-se os pagamentos efetuados de acordo com o parágrafo anterior.
Fica
o INSS autorizado a antecipar 1 salário-mínimo mensal para os requerentes do
benefício de auxílio-doença, durante o período de 3
meses a contar 02/04/2020, ou até a realização de perícia pela Perícia Médica
Federal, o que ocorrer primeiro, sob as seguintes condições:
· Ao cumprimento da carência exigida para a concessão do
benefício de auxílio-doença;
· À apresentação de atestado médico, cujos
requisitos e forma de análise serão estabelecidos em ato conjunto da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e do INSS.
Fonte: Lei 13.982/2020 -
Adaptado pelo Guia Trabalhista.
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Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda - Medidas Trabalhistas
Publicado em
02/04/2020
às
12:00
A Medida
Provisória 936/2020 (publicada em 01/04/2020), institui o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas
trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública,
com os seguintes objetivos:
·
Preservar
o emprego e a renda;
·
Garantir
a continuidade das atividades laborais e empresariais; e
·
Reduzir
o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade pública e
de emergência de saúde pública.
De
acordo com o art. 3º da MP 936/2020, são medidas do Programa Emergencial
de Manutenção do Emprego e da Renda:
I - o
pagamento de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda;
II - a
redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; e
III - a
suspensão temporária do contrato de trabalho.
O
disposto acima se aplica aos contratos de trabalho de aprendizagem e de
jornada parcial.
Nota
: as medidas acima não se aplicam, no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos órgãos
da administração pública direta e indireta, às empresas públicas e sociedades
de economia mista, inclusive às suas subsidiárias, e aos organismos
internacionais.
Limitação do
Acordo Individual - Faixa Salarial
As medidas do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da
Renda serão implementadas por meio de acordo individual ou de negociação
coletiva aos empregados:
I - com
salário igual ou inferior a R$ 3.135,00 (três mil cento e trinta e cinco
reais); ou
II -
portadores de diploma de nível superior e que percebam salário mensal igual ou
superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
Para os
empregados não enquadrados nas condições acima, as medidas somente poderão ser
estabelecidas por convenção ou acordo coletivo, ressalvada a redução
de jornada de trabalho e de salário de vinte e cinco por cento, que
poderá ser pactuada por acordo individual.
Redução da
Jornada e Suspensão Temporária do Contrato de Trabalho
O Benefício
Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, custeado com recursos da
União, será pago nas seguintes hipóteses:
·
redução
proporcional de jornada de trabalho e de salário; e
·
suspensão
temporária do contrato de trabalho.
Da Forma e Prazo Para a Redução Proporcional de Jornada de Trabalho
Durante o estado de calamidade, o empregador poderá acordar a
redução proporcional da jornada de trabalho e de salário de seus
empregados, por até 90 dias, observados os seguintes requisitos:
I - preservação do valor do salário-hora de trabalho;
II - pactuação por acordo individual escrito entre empregador
e empregado, que será encaminhado ao empregado com antecedência de, no mínimo,
2 dias corridos; e
III - redução da jornada de trabalho e de salário,
exclusivamente, nos seguintes percentuais:
a) 25%;
b) 50%;
ou
c) 75%.
A jornada de trabalho e o salário pago
anteriormente serão restabelecidos no prazo de 2 dias corridos, contado:
I - da
cessação do estado de calamidade pública;
II - da
data estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do período e
redução pactuado; ou
III - da
data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua decisão
de antecipar o fim do período de redução pactuado.
Do Prazo de
Fracionamento da Suspensão Temporária do Contrato de Trabalho
Durante o
estado de calamidade pública, o empregador poderá acordar, mediante contrato
individual encaminhado com 2 dias de antecedência, a suspensão temporária do
contrato de trabalho de seus empregados, pelo prazo máximo de 60 dias, que
poderá ser fracionado em até dois períodos de 30 dias.
Durante o período de suspensão temporária do contrato, o
empregado:
I - fará
jus a todos os benefícios concedidos pelo empregador aos seus empregados; e
II -
ficará autorizado a recolher para o regime geral de previdência social na
qualidade de segurado facultativo.
O contrato de trabalho será restabelecido no prazo
de dois dias corridos, contado:
I - da
cessação do estado de calamidade pública;
II - da
data estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do período e
suspensão pactuado; ou
III - da
data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua decisão
de antecipar o fim do período de suspensão pactuado.
Redução da
Jornada ou Suspensão do Contrato Mediante Negociação Coletiva
As
medidas de redução de jornada de trabalho e de salário ou de
suspensão temporária de contrato de trabalho poderão ser celebradas
por meio de negociação coletiva, as quais poderão estabelecer
percentuais de redução de jornada de trabalho e de salário diversos
dos previstos dos apontados acima.
Neste
caso, o benefício será devido nos seguintes termos:
I
- sem percepção do Benefício Emergencial para a redução de jornada e de salário
inferior a 25%;
II - de
25% sobre a base de cálculo mencionada abaixo para a redução de
jornada e de salário igual ou superior a 25% e inferior a 50%;
III - de
50% sobre a base de cálculo mencionada abaixo para a redução de
jornada e de salário igual ou superior a 50% e inferior a 70%; e
IV - de
70% sobre a base de cálculo mencionada abaixo para a redução de
jornada e de salário superior a 70%.
As
convenções ou os acordos coletivos de trabalho celebrados anteriormente poderão
ser renegociados para adequação de seus termos, no prazo de dez dias corridos,
contado da data de publicação desta Medida Provisória.
Os
acordos individuais de redução de jornada de trabalho e de salário ou
de suspensão temporária do contrato de trabalho, deverão ser comunicados
pelos empregadores ao respectivo sindicato laboral, no prazo de até 10 dias
corridos, contado da data de sua celebração.
Faturamento Anual
em 2019 - Ajuda de Custo Pelo Empregador - Natureza Indenizatória
A empresa que
tiver auferido, no ano-calendário de 2019, receita bruta superior a
R$ 4.800.000,00, somente poderá suspender o contrato de trabalho de
seus empregados mediante o pagamento de ajuda compensatória mensal no valor de
30% do valor do salário do empregado, durante o período da suspensão temporária
de trabalho pactuado.
O benefício
poderá ser acumulado com o pagamento, pelo empregador, de ajuda compensatória
mensal, em decorrência da redução de jornada de trabalho e de salário
ou da suspensão temporária de contrato de trabalho.
A ajuda
compensatória mensal dever observar os seguintes requisitos:
I -
deverá ter o valor definido no acordo individual pactuado ou em negociação
coletiva;
II -
terá natureza indenizatória;
III -
não integrará a base de cálculo do imposto sobre a renda retido na
fonte ou da declaração de ajuste anual do imposto sobre a renda da pessoa
física do empregado;
IV - não
integrará a base de cálculo da contribuição previdenciária e
dos demais tributos incidentes sobre a folha de salários;
V - não
integrará a base de cálculo do valor devido ao FGTS; e
VI -
poderá ser excluída do lucro líquido para fins de determinação do imposto sobre
a renda da pessoa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das
pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Real.
Garantia de Emprego -
Consequências em Caso de Demissão sem Justa Causa
Fica reconhecida a garantia provisória no emprego ao
empregado nos seguintes termos:
I -
durante o período acordado de redução da jornada de trabalho e de salário
ou de suspensão temporária do contrato de trabalho; e
II -
após o restabelecimento da jornada de trabalho e de salário ou do
encerramento da suspensão temporária do contrato de trabalho, por período
equivalente ao acordado para a redução ou a suspensão.
A dispensa sem justa causa que ocorrer durante o
período de garantia provisória no emprego sujeitará o empregador ao pagamento,
além das parcelas rescisórias previstas na legislação em vigor, de indenização
no valor de:
I - 50%
do salário a que o empregado teria direito no período de garantia provisória no
emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário
igual ou superior a 25% e inferior a 50%;
II - 75%
do salário a que o empregado teria direito no período de garantia provisória no
emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário igual ou
superior a 50% e inferior a 75%; ou
III -
100% do salário a que o empregado teria direito no período de garantia
provisória no emprego, nas hipóteses de redução de jornada de trabalho e
de salário em percentual superior a 75% ou de suspensão temporária do contrato
de trabalho.
Não se aplicam
as regras acima no caso de pedido de demissão do empregado.
Descaracterização da
Suspensão Temporária do Contrato - Consequências
Se durante o período de suspensão temporária do contrato
de trabalho o empregado mantiver as atividades de trabalho, ainda que
parcialmente, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho à
distância, ficará descaracterizada a suspensão temporária do contrato de
trabalho, e o empregador estará sujeito:
I - ao
pagamento imediato da remuneração e dos encargos sociais referentes a todo o
período;
II - às
penalidades previstas na legislação em vigor; e
III - às
sanções previstas em convenção ou em acordo coletivo.
Prazo para
Comunicação das Medidas e Para o Recebimento das Parcelas Mensais
O
benefício será de prestação mensal e devido a partir da data do início da
redução da jornada de trabalho e de salário ou da suspensão
temporária do contrato de trabalho, observadas as seguintes disposições:
I - o
empregador informará ao Ministério da Economia a redução da jornada de
trabalho e de salário ou a suspensão temporária do contrato de
trabalho, no prazo de 10 dias, contado da data da celebração do acordo;
II - a
primeira parcela será paga no prazo de 30 dias, contado da data da celebração
do acordo, desde que a celebração do acordo seja informada no prazo de 10 dias;
e
III - o
Benefício Emergencial será pago exclusivamente enquanto durar a redução
proporcional da jornada de trabalho e de salário ou a suspensão
temporária do contrato de trabalho.
A transmissão
das informações e comunicações pelo empregador, bem como a concessão e
pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da
Renda serão disciplinados pelo Ministério da Economia.
O
recebimento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda não
impede a concessão e não altera o valor do seguro-desemprego a que o empregado
vier a ter direito, desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei
7.998/1990, no momento de eventual dispensa.
Base de Cálculo do
Valor do Benefício
O valor
do Benefício terá como base de cálculo o valor mensal do
seguro-desemprego a que o empregado teria direito, nos termos do art. 5º da Lei
7.998/1990, observadas as seguintes disposições:
I - na
hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será
calculado aplicando-se sobre a base de cálculo o percentual da
redução; e
II - na
hipótese de suspensão temporária do contrato de trabalho, terá valor
mensal:
a)
equivalente a 100% do valor do seguro-desemprego a que o empregado teria
direito;
b)
equivalente a 70% do seguro-desemprego a que o empregado teria direito.
O
benefício será pago ao empregado independentemente do:
·
cumprimento
de qualquer período aquisitivo;
·
tempo
de vínculo empregatício; e
·
número
de salários recebidos.
Contrato
Intermitente - Valor do Benefício
O empregado
com contrato de trabalho intermitente formalizado até a data de
publicação da MP 939/2020, nos termos do disposto no § 3º do art. 443 da CLT,
fará jus ao benefício emergencial mensal no valor de R$ 600,00, pelo período de
três meses.
A
existência de mais de um contrato de trabalho nos termos do disposto
no § 3º do art. 443 da CLT, não gerará direito à concessão de mais de um
benefício emergencial mensal. Tais condições serão disciplinadas pelo
Ministério da Economia.
Condições em que o Benefício NÃO Será Devido
O
Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda NÃO será devido ao empregado que
esteja:
I -
ocupando cargo ou emprego público, cargo em comissão de livre nomeação e
exoneração ou titular de mandato eletivo; ou
II - em
gozo:
a)
de benefício de prestação continuada do RGPS ou dos RPPS,
ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 124 da Lei nº 8.213, de 24 de
julho de 1991;
b) do
seguro-desemprego, em qualquer de suas modalidades; e
c) da
bolsa de qualificação profissional de que trata o art. 2º-A da Lei 7.998/1990.
Responsabilidade
do Empregador por Falta da Comunicação ao Ministério da Economia
Caso o
empregador não preste a informação dentro do prazo de 10 dias, ficará
responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à redução da jornada
de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de
trabalho do empregado, inclusive dos respectivos encargos sociais, até a
que informação seja prestada.
O Benefício
Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será devido somente a partir
da data em que a informação tenha sido efetivamente prestada. Neste caso, a
primeira parcela será paga no prazo de 30 dias contados da data da informação,
perdurando pelo restante do período pactuado.
Curso de
Qualificação Profissional
Durante
o estado de calamidade pública, o empregador poderá oferecer o curso ou o
programa de qualificação profissional de que trata o art. 476-A da CLT,
exclusivamente na modalidade não presencial, e terá duração não inferior a um
mês e nem superior a três meses.
Poderão
ser utilizados meios eletrônicos para atendimento dos requisitos formais,
inclusive para convocação, deliberação, decisão, formalização e publicidade de
convenção ou de acordo coletivo de trabalho.
Fonte: Medida Provisória 936/2020 -
Adaptado pelo Guia Trabalhista.
A seguir, o
texto completo da Medida Provisória 936/2020:
MEDIDA
PROVISÓRIA Nº 936, DE
1º
DE ABRIL DE 2020
|
Institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego
e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para
enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de
importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19), de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de
2020, e dá outras providências.
|
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da
Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Medida Provisória institui o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas
complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido
pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde
pública de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19) de que trata a Lei
nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.
CAPÍTULO II
DO PROGRAMA EMERGENCIAL DE MANUTENÇÃO DO EMPREGO E DA RENDA
Seção I
Da instituição, dos objetivos e das
medidas do Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda
Art. 2º Fica instituído o Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda, com aplicação durante o estado de calamidade pública a
que se refere o art. 1º e com os seguintes objetivos:
I -
preservar o emprego e a renda;
II -
garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e
III
- reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade
pública e de emergência de saúde pública.
Art. 3º São medidas do Programa Emergencial de Manutenção do
Emprego e da Renda:
I -
o pagamento de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda;
II -
a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; e
III
- a suspensão temporária do contrato de trabalho.
Parágrafo
único. O disposto no caput não
se aplica, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, aos órgãos da administração pública direta e indireta, às empresas
públicas e sociedades de economia mista, inclusive às suas subsidiárias, e aos
organismos internacionais.
Art. 4º Compete ao Ministério da Economia coordenar,
executar, monitorar e avaliar o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e
da Renda e editar normas complementares necessárias à sua execução.
Seção II
Do Benefício Emergencial de
Preservação do Emprego e da Renda
Art. 5º Fica criado o Benefício Emergencial de Preservação
do Emprego e da Renda, a ser pago nas seguintes hipóteses:
I -
redução proporcional de jornada de trabalho e de salário; e
II -
suspensão temporária do contrato de trabalho.
§ 1º
O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será custeado com
recursos da União.
§ 2º
O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será de prestação
mensal e devido a partir da data do início da redução da jornada de trabalho e
de salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho, observadas as
seguintes disposições:
I -
o empregador informará ao Ministério da Economia a redução da jornada de
trabalho e de salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho, no
prazo de dez dias, contado da data da celebração do acordo;
II -
a primeira parcela será paga no prazo de trinta dias, contado da data da
celebração do acordo, desde que a celebração do acordo seja informada no prazo
a que se refere o inciso I; e
III
- o Benefício Emergencial será pago exclusivamente enquanto durar a redução
proporcional da jornada de trabalho e de salário ou a suspensão temporária do
contrato de trabalho.
§ 3º
Caso o empregador não preste a informação dentro do prazo previsto no inciso I
do § 2º:
I -
ficará responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à redução da
jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de
trabalho do empregado, inclusive dos respectivos encargos sociais, até a que
informação seja prestada;
II -
a data de início do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda
será fixada na data em que a informação tenha sido efetivamente prestada e o
benefício será devido pelo restante do período pactuado; e
III
- a primeira parcela, observado o disposto no inciso II, será paga no prazo de
trinta dias, contado da data em que a informação tenha sido efetivamente
prestada.
§ 4º
Ato do Ministério da Economia disciplinará a forma de:
I -
transmissão das informações e comunicações pelo empregador; e
II -
concessão e pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da
Renda.
§
5º O recebimento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da
Renda não impede a concessão e não altera o valor do seguro-desemprego a que o
empregado vier a ter direito, desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei
nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, no momento de eventual dispensa.
§ 6º
O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será
operacionalizado e pago pelo Ministério da Economia.
§ 7º
Serão inscritos em dívida ativa da União os créditos constituídos em decorrência
de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda pago
indevidamente ou além do devido, hipótese em que se aplica o disposto na Lei nº
6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução judicial.
Art. 6º O valor do Benefício Emergencial de Preservação do
Emprego e da Renda terá como base de cálculo o valor mensal do
seguro-desemprego a que o empregado teria direito, nos termos do art. 5º da Lei
nº 7.998, de 1990, observadas as seguintes disposições:
I -
na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será calculado
aplicando-se sobre a base de cálculo o percentual da redução; e
II -
na hipótese de suspensão temporária do contrato de trabalho, terá valor mensal:
a)
equivalente a cem por cento do valor do seguro-desemprego a que o empregado
teria direito, na hipótese prevista no caput
do art. 8º; ou
b)
equivalente a setenta por cento do seguro-desemprego a que o empregado teria direito,
na hipótese prevista no § 5º do art. 8º.
§ 1º
O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será pago ao
empregado independentemente do:
I -
cumprimento de qualquer período aquisitivo;
II -
tempo de vínculo empregatício; e
III
- número de salários recebidos.
§
2º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda não será
devido ao empregado que esteja:
I -
ocupando cargo ou emprego público, cargo em comissão de livre nomeação e
exoneração ou titular de mandato eletivo; ou
II -
em gozo:
a)
de benefício de prestação continuada do Regime Geral de Previdência Social ou
dos Regimes Próprios de Previdência Social, ressalvado o disposto no parágrafo
único do art. 124 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991;
b)
do seguro-desemprego, em qualquer de suas modalidades; e
c)
da bolsa de qualificação profissional de que trata o art. 2º-A da Lei n° 7.998,
de 1990.
§
3º O empregado com mais de um vínculo formal de emprego poderá receber
cumulativamente um Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda
para cada vínculo com redução proporcional de jornada de trabalho e de salário
ou com suspensão temporária do contrato de trabalho, observado o valor previsto
no caput do art. 18 e a condição
prevista no § 3º do art. 18, se houver vínculo na modalidade de contrato
intermitente, nos termos do disposto no §
3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei
nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
§
4º Nos casos em que o cálculo do benefício emergencial resultar em
valores decimais, o valor a ser pago deverá ser arredondado para a unidade
inteira imediatamente superior.
Seção III
Da redução proporcional de jornada
de trabalho e de salário
Art. 7º Durante o estado de calamidade pública a que se
refere o art. 1º, o empregador poderá acordar a redução proporcional da jornada
de trabalho e de salário de seus empregados, por até noventa dias, observados
os seguintes requisitos:
I -
preservação do valor do salário-hora de trabalho;
II -
pactuação por acordo individual escrito entre empregador e empregado, que será
encaminhado ao empregado com antecedência de, no mínimo, dois dias corridos; e
III
- redução da jornada de trabalho e de salário, exclusivamente, nos seguintes
percentuais:
a) vinte
e cinco por cento;
b)
cinquenta por cento; ou
c)
setenta por cento.
Parágrafo
único. A jornada de trabalho e o salário pago anteriormente serão
restabelecidos no prazo de dois dias corridos, contado:
I - da cessação
do estado de calamidade pública;
II - da data
estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do período e
redução pactuado; ou
III - da data de
comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua decisão de
antecipar o fim do período de redução pactuado.
Seção IV
Da suspensão temporária do
contrato de trabalho
Art. 8º Durante o estado de calamidade pública a que se
refere o art. 1º, o empregador poderá acordar a suspensão temporária do
contrato de trabalho de seus empregados, pelo prazo máximo de sessenta dias,
que poderá ser fracionado em até dois períodos de trinta dias.
§ 1º
A suspensão temporária do contrato de trabalho será pactuada por acordo
individual escrito entre empregador e empregado, que será encaminhado ao
empregado com antecedência de, no mínimo, dois dias corridos.
§ 2º
Durante o período de suspensão temporária do contrato, o empregado:
I -
fará jus a todos os benefícios concedidos pelo empregador aos seus empregados;
e
II -
ficará autorizado a recolher para o Regime Geral de Previdência Social na qualidade
de segurado facultativo.
§ 3º O contrato
de trabalho será restabelecido no prazo de dois dias corridos, contado:
I - da cessação
do estado de calamidade pública;
II - da data
estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do período e suspensão
pactuado; ou
III - da data de
comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua decisão de
antecipar o fim do período de suspensão pactuado.
§ 4º
Se durante o período de suspensão temporária do contrato de trabalho o
empregado mantiver as atividades de trabalho, ainda que parcialmente, por meio
de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho à distância, ficará
descaracterizada a suspensão temporária do contrato de trabalho, e o empregador
estará sujeito:
I -
ao pagamento imediato da remuneração e dos encargos sociais referentes a todo o
período;
II -
às penalidades previstas na legislação em vigor; e
III
- às sanções previstas em convenção ou em acordo coletivo.
§
5º A empresa que tiver auferido, no ano-calendário de 2019, receita bruta
superior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), somente
poderá suspender o contrato de trabalho de seus empregados mediante o pagamento
de ajuda compensatória mensal no valor de trinta por cento do valor do salário
do empregado, durante o período da suspensão temporária de trabalho pactuado,
observado o disposto no caput e
no art. 9º.
Seção V
Das disposições comuns às medidas
do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda
Art. 9º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e
da Renda poderá ser acumulado com o pagamento, pelo empregador, de ajuda
compensatória mensal, em decorrência da redução de jornada de trabalho e de
salário ou da suspensão temporária de contrato de trabalho de que trata esta
Medida Provisória.
§ 1º
A ajuda compensatória mensal de que trata o caput:
I -
deverá ter o valor definido no acordo individual pactuado ou em negociação
coletiva;
II -
terá natureza indenizatória;
III
- não integrará a base de cálculo do imposto sobre a renda retido na fonte ou
da declaração de ajuste anual do imposto sobre a renda da pessoa física do
empregado;
IV -
não integrará a base de cálculo da contribuição previdenciária e dos demais
tributos incidentes sobre a folha de salários;
V -
não integrará a base de cálculo do valor devido ao Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, instituído pela Lei nº 8.036, de 11 de
maio de 1990, e pela Lei
Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015; e
VI -
poderá ser excluída do lucro líquido para fins de determinação do imposto sobre
a renda da pessoa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das
pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real.
§
2º Na hipótese de redução proporcional de jornada e de salário, a ajuda
compensatória prevista no caput
não integrará o salário devido pelo empregador e observará o disposto no § 1º.
Art. 10. Fica reconhecida a garantia provisória no
emprego ao empregado que receber o Benefício Emergencial de Preservação do
Emprego e da Renda, de que trata o art. 5º, em decorrência da redução da
jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de
trabalho de que trata esta Medida Provisória, nos seguintes termos:
I -
durante o período acordado de redução da jornada de trabalho e de salário ou de
suspensão temporária do contrato de trabalho; e
II -
após o restabelecimento da jornada de trabalho e de salário ou do encerramento
da suspensão temporária do contrato de trabalho, por período equivalente ao
acordado para a redução ou a suspensão.
§ 1º
A dispensa sem justa causa que ocorrer durante o período de garantia provisória
no emprego previsto no caput
sujeitará o empregador ao pagamento, além das parcelas rescisórias previstas na
legislação em vigor, de indenização no valor de:
I -
cinquenta por cento do salário a que o empregado teria direito no período de
garantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e
de salário igual ou superior a vinte e cinco por cento e inferior a cinquenta
por cento;
II -
setenta e cinco por cento do salário a que o empregado teria direito no período
de garantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de
trabalho e de salário igual ou superior a cinquenta por cento e inferior a
setenta por cento; ou
III
- cem por cento do salário a que o empregado teria direito no período de
garantia provisória no emprego, nas hipóteses de redução de jornada de trabalho
e de salário em percentual superior a setenta por cento ou de suspensão
temporária do contrato de trabalho.
§ 2º
O disposto neste artigo não se aplica às hipóteses de dispensa a pedido ou por
justa causa do empregado.
Art. 11. As medidas de redução de jornada de trabalho
e de salário ou de suspensão temporária de contrato de trabalho de que trata
esta Medida Provisória poderão ser celebradas por meio de negociação coletiva,
observado o disposto no art. 7º, no art. 8º e no § 1º deste artigo.
§ 1º
A convenção ou o acordo coletivo de trabalho poderão estabelecer percentuais de
redução de jornada de trabalho e de salário diversos dos previstos no inciso
III do caput do art. 7º.
§ 2º
Na hipótese de que trata o § 1º, o Benefício Emergencial de Preservação do
Emprego e da Renda de que trata os art. 5º e art. 6º será devido nos seguintes
termos:
I -
sem percepção do Benefício Emergencial para a redução de jornada e de salário
inferior a vinte e cinco por cento;
II -
de vinte e cinco por cento sobre a base de cálculo prevista no art. 6º para a
redução de jornada e de salário igual ou superior a vinte e cinco por cento e
inferior a cinquenta por cento;
III
- de cinquenta por cento sobre a base de cálculo prevista no art. 6º para a
redução de jornada e de salário igual ou superior a cinquenta por cento e
inferior a setenta por cento; e
IV -
de setenta por cento sobre a base de cálculo prevista no art. 6º para a redução
de jornada e de salário superior a setenta por cento.
§ 3º
As convenções ou os acordos coletivos de trabalho celebrados anteriormente
poderão ser renegociados para adequação de seus termos, no prazo de dez dias
corridos, contado da data de publicação desta Medida Provisória.
§ 4º
Os acordos individuais de redução de jornada de trabalho e de salário ou de
suspensão temporária do contrato de trabalho, pactuados nos termos desta Medida
Provisória, deverão ser comunicados pelos empregadores ao respectivo sindicato
laboral, no prazo de até dez dias corridos, contado da data de sua celebração.
Art. 12. As medidas de que trata o art. 3º serão
implementadas por meio de acordo individual ou de negociação coletiva aos
empregados:
I -
com salário igual ou inferior a R$ 3.135,00 (três mil cento e trinta e cinco
reais); ou
II -
portadores de diploma de nível superior e que percebam salário mensal igual ou
superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
Parágrafo
único. Para os empregados não enquadrados no caput, as medidas previstas no art. 3º somente poderão ser
estabelecidas por convenção ou acordo coletivo, ressalvada a redução de jornada
de trabalho e de salário de vinte e cinco por cento, prevista na alínea "a" do
inciso III do caput do art. 7º,
que poderá ser pactuada por acordo individual.
Art. 13. A redução proporcional de jornada de trabalho
e de salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho, quando
adotadas, deverão resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços
públicos e das atividades essenciais de que tratam a Lei nº 7.783, de 28 de
junho de 1989, e a Lei
nº 13.979, de 2020.
Art. 14. As irregularidades constatadas pela Auditoria
Fiscal do Trabalho quanto aos acordos de redução de jornada de trabalho e de
salário ou de suspensão temporária do contrato de trabalho previstos nesta
Medida Provisória sujeitam os infratores à multa prevista no art. 25 da Lei nº
7.998, de 1990.
Parágrafo
único. O processo de fiscalização, de notificação, de autuação e de
imposição de multas decorrente desta Medida Provisória observarão o disposto no
Título
VII da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1943, não aplicado o critério da dupla visita e o disposto no art.
31 da Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020.
Art. 15. O disposto nesta Medida Provisória se aplica
aos contratos de trabalho de aprendizagem e de jornada parcial.
Art. 16. O tempo máximo de redução proporcional de
jornada e de salário e de suspensão temporária do contrato de trabalho, ainda
que sucessivos, não poderá ser superior a noventa dias, respeitado o prazo
máximo de que trata o art. 8º.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 17. Durante o estado de calamidade pública de que
trata o art. 1º:
I -
o curso ou o programa de qualificação profissional de que trata o art.
476-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1943, poderá ser oferecido pelo empregador exclusivamente na modalidade
não presencial, e terá duração não inferior a um mês e nem superior a três
meses;
II -
poderão ser utilizados meios eletrônicos para atendimento dos requisitos
formais previstos no Título
VI da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1943, inclusive para convocação, deliberação, decisão, formalização e
publicidade de convenção ou de acordo coletivo de trabalho; e
III
- os prazos previstos no Título VI da Consolidação das Leis do Trabalho
aprovada pelo Decreto-Lei
nº 5.452, de 1943, ficam reduzidos pela metade.
Art. 18. O empregado com contrato de trabalho
intermitente formalizado até a data de publicação desta Medida Provisória, nos
termos do disposto no §
3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei
nº 5.452, de 1943, fará jus ao benefício emergencial mensal no valor de R$
600,00 (seiscentos reais), pelo período de três meses.
§ 1º
O benefício emergencial mensal será devido a partir da data de publicação desta
Medida Provisória e será pago em até trinta dias.
§ 2º
Aplica-se ao benefício previsto no caput
o disposto nos § 1º, § 6º e § 7º do art. 5º e nos § 1º e § 2º do art. 6º
§ 3º
A existência de mais de um contrato de trabalho nos termos do disposto no §
3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei
nº 5.452, de 1943, não gerará direito à concessão de mais de um benefício
emergencial mensal.
§ 4º
Ato do Ministério da Economia disciplinará a concessão e o pagamento do
benefício emergencial de que trata este artigo.
§
5º O benefício emergencial mensal de que trata o caput não poderá ser acumulado com o pagamento de outro auxílio
emergencial.
Art. 19. O disposto no Capítulo
VII da Medida Provisória nº 927, de 2020, não autoriza o descumprimento das
normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho pelo empregador, e
aplicando-se as ressalvas ali previstas apenas nas hipóteses excepcionadas.
Art. 20. Esta Medida Provisória entra em vigor na data
de sua publicação.
Brasília,
1º de abril de 2020; 199º da Independência e 132º da República.
JAIR
MESSIAS BOLSONARO
Paulo
Guedes
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Governo anuncia R$ 40 bi para financiar salário do trabalhador de pequenas e médias empresas
Publicado em
27/03/2020
às
17:00
Governo anuncia
crédito emergencial a pequenas e médias empresas
Empréstimo
cobrirá dois meses de folha e será limitado a dois salários mínimos por
funcionário, informou o presidente do BC. Empresas não poderão demitir no
período.
O governo federal anunciou nesta
sexta-feira (27/3/2020) uma linha de crédito emergencial para pequenas e médias
empresas e que vai ajudá-las a pagar os salários de seus funcionários pelo
período de dois meses.
Anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro e
pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o programa vai
disponibilizar no máximo R$ 20 bilhões por mês, ou seja, R$ 40 bilhões em dois
meses.
Feito no Palácio do Planalto, o anúncio
ocorre após o aumento da pressão sobre Bolsonaro para que adote medidas
semelhantes às vistas em outros países para facilitar medidas como o isolamento
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para reduzir o crescimento
no número de doentes pela covid-19.
Bolsonaro tem dado declarações diminuindo
os riscos do coronavírus e defendendo a redução das restrições ao movimento de
pessoas e a volta ao trabalho devido aos prejuízos econômicos das medidas de
isolamento.
Economistas criticam posicionamento do governo
Bolsonaro frente à pandemia do coronavírus
Na quinta (26/3/2020), depois de acordo com
o governo federal, a Câmara aprovou projeto que fixa pagamento de auxílio de R$
600 para trabalhadores informais por um período de três meses.
Tanto o auxílio aos informais quanto a
medida desta sexta visam aliviar a pressão financeira sobre pessoas e empresas
durante a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.
Pouco depois do anúncio, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a linha de crédito "não é
ruim", mas é "tímida" e "não vai resolver nada".
Dois mínimos por
trabalhador
De acordo com Campos Neto, porém, o
dinheiro para pequenas e médias empresas vai financiar, no máximo, dois
salários mínimos por trabalhador.
Isso significa que quem já tem salário de
até dois salários mínimos continuará a ter o mesmo rendimento. Entretanto, para
os funcionários que ganham acima de dois salários, o financiamento ficará
limitado a dois salários mínimos.
No caso de um funcionário que ganhe, por
exemplo, R$ 5 mil por mês, vai ficar a critério da empresa complementar o valor
acima de dois salários mínimos.
Ainda de acordo com o presidente do BC:
- o financiamento estará disponível para
empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano;
- o dinheiro será exclusivo para folha de
pagamento;
- a empresa terá 6 meses de carência e 36
meses para pagar o empréstimo;
- os juros serão de 3,75% ao ano.
Além disso, informou o presidente do Banco
Central, as empresas que contratarem essa linha de crédito não poderão demitir
funcionários pelo período de dois meses.
"O dinheiro vai direto para a folha de
pagamento. A empresa fecha o contrato com o banco, mas o dinheiro vai direto
para o funcionário, cai direto no cpf do funcionário. A empresa fica só com a
dívida", disse Campos Neto.
De acordo como presidente, a previsão é que
sejam beneficiadas pela medida 1,4 milhão de pequenas e médias empresas do
país, num total de 12,2 milhões de pessoas.
Campos Neto afirmou que o 1,4 milhão
equivale ao total de pequenas e médias empresas do país com faturamento entre
R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano.
Participação de bancos privados
A operação do programa será feita em
parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
bancos privados.
De acordo com o presidente do BNDES,
Gustavo Montezano, do total de R$ 40 bilhões que serão ofertados, 85% virão do
Tesouro Nacional e outros R$ 15% de bancos privados, que também serão os
responsáveis por assinar os contratos com as empresas e repassar o dinheiro do
financiamento direto para as contas dos trabalhadores.
Microempresas
Questionado sobre a dificuldade que
pequenos empresários para obter crédito com juros mais baixos, Campos Neto
afirmou que a linha anunciada nesta sexta tem o objetivo de contemplar empresas
que sofrem para obter financiamento em momentos de crise.
"Queremos estabilizar o custo de
crédito para essas empresas que são as mais penalizadas no momento de liquidez
menor no sistema", afirmou.
Ele adicionou, porém, que o Banco Central
estuda medidas voltadas a trabalhadores informais e empresas que faturam menos
do que R$ 360 mil por ano.
"Vamos ter alguma coisa em breve para
as microempresas. As medidas adotadas atendem bastante o setor informal e
estamos estudando algumas medidas para o setor informal", disse.
Fonte. G1.com
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Home Office - 10 dicas para se manter produtivo mesmo fora do escritório
Publicado em
24/03/2020
às
15:00
Quando a gente trabalha fora, não tem muito
mistério, né? Acordamos cedo, tomamos banho, nos vestimos, comemos alguma coisa
e bora pro escritório!
Lá, a
gente encontra um espaço de trabalho super adequado nos esperando: nossos
colegas de equipe, nossa mesa, cadeira, computador, telefone. Todo esse
ambiente remete a uma única coisa: trabalho! A partir do momento em que nos
sentamos ali, já sabemos exatamente o que fazer.
Já quando
falamos em "home office"
a coisa muda um pouco de figura. Afinal, ao contrário do ambiente do
escritório, nossa casa não remete a trabalho! Ela remete a descanso, sossego,
entretenimento.
Fora que,
quando trabalhamos de casa, a gente não costuma seguir esse ritual de acordar
cedo e se arrumar, não mesmo? E isso já faz toda a diferença, porque nosso
cérebro pode "não entender" que temos que trabalhar nessas condições.
Pode acreditar amigo leitor,
nosso cérebro é como um "ratinho de laboratório"! Ele reage a rotinas e
estímulos e se algo estiver fora do lugar, ele pode entrar em parafuso e querer
dar aquela famosa procrastinada.
Mesmo não
sendo uma novidade, muita gente ainda está tentando descobrir como permanecer
produtiva e focada em um ambiente cheio de distrações como a nossa casa.
Mas calma,
isso não significa que trabalhar em casa não seja possível! Essa alternativa
também é muito proveitosa e pode ser útil quando a ocasião exigir.
Inclusive
a gente até já até falou sobre isso neste outro artigo aqui do blog: Home Office em escritórios contábeis. Funciona?
Mas para
isso, nós precisamos criar certos hábitos e por em prática algumas dicas para
mostrar ao nosso cérebro que, mesmo estando em casa, temos que trabalhar sim!
Eu tive
que reavaliar meu espaço de home office para
entender o que realmente funcionava. Neste processo, selecionei 11 dicas que me
ajudaram bastante e é por isso que decidi compartilhá-las com vocês!
Vamos lá?
10 dicas
para ser mais produtivo no home office
1 - Monte um escritório home office que emane produtividade
Não seria incrível ter um escritório de home office com
portas que imitam madeira, uma mesa enorme com vista para um lago tranquilo com
pássaros cantando? Seria sim, pena que querer não é poder, não mesmo? ?? Mas calma! Para quem não
tem esse privilégio, ainda é possível criar um espaço para home office na
sua casa que emane gatilhos produtivos!
Primeiro de tudo:
Como falei
antes, a casa é um ambiente que remete a descanso. Por isso, a primeira dica
para ser mais produtivo no home office,
é separar um cantinho só para trabalhar. Desta forma, você educa seu cérebro
de, quando você está naquela área, é hora de trabalhar.
Então,
nada de ficar no sofá, ou na cama, com o computador no colo. Primeiro porque
isso vai acabar com a sua coluna e segundo porque, esses ambientes são
propícios para distração e sono.
Se você
tiver uma escrivaninha na sua casa, é melhor ainda! Mas se não, arrume suas
coisas na mesa da cozinha ou da sala de jantar. Sente-se e bora trabalhar!
Segunda
dica: tente ficar fora de áreas transitáveis. Encontre um cantinho tranquilo na
sua casa, onde você não irá atrapalhar ninguém, nem será atrapalhado.
Uma boa
recomendação também é tentar manter tudo o que você vai precisar ao
alcance das mãos. Assim você não fica levantando a todo momento.
Acredite isso vai te ajudar a manter o foco.
Por fim, fique
confortável!
Ok, não a
ponto de pegar no sono, mas sabemos o quão difícil é focar quando não se está
confortável, não é mesmo?
Procure
aquela cadeira que você adora. Pode ser da mesa de jantar, de cozinha ou a do
próprio computador. Tente manter uma boa postura, improvise um apoio para os
pés e quem sabe uma base para o seu notebook. E mantenha a tela do computador a
um nível que não te proporcione problemas no pescoço.
Pequenas
coisas podem aumentar o seu nível de conforto e permite que você se mantenha
concentrado.
2 - Respeite seu horário de expediente
Quando você vai trabalhar no escritório, você entra
num horário X, almoçar num horário X e vai pra casa num horário X, certo? Então
por que no home office deveria ser diferente?
A regra mais absoluta de todas para ser produtivo trabalhando em casa é:
tente manter a mesma rotina que você teria se estivesse trabalhando no escritório.
Se você
começar a pegar no serviço mais tarde, isso já vai começar a deixar o seu
cérebro confuso sobre qual é a hora de trabalhar e qual é a hora de
descansar.
Além
disso, um dos aspectos que julgo muito importante para uma rotina saudável de
trabalho em casa, é saber quando parar!
Pensou em
uma ideia de última hora, anote e volte amanhã.
Não é por
que você está home office que
vai ficar conectado 24 horas por dia. Permita-se ter um tempo de inatividade
para criar equilíbrio entre sua vida profissional e pessoal.
Todos nós
precisamos disso, não importa se estamos home office ou não.
Então, tente manter
os seus horários organizados.
3 - Música pode sim!
Sei que o trabalho contábil exige concentração e
pode parecer que música não ajuda nessa tarefa, mas quero te mostrar o
contrário!
Ouvir alguma coisa
durante o trabalho pode te ajudar a se concentrar. Isso porque o som ajuda a bloquear ruídos externos como conversas ou a
televisão ligada na sua casa.
Inclusive,
existem playlists específicas para concentração que você
pode encontrar no Spotify, Youtube,
ou qualquer que seja a plataforma que você utiliza.
Pode ser
um som ambiente, barulho de chuva, de trem, ou até mesmo sons e batidas
instrumentais. O que quero dizer é que, com um bom fone de ouvido e a música
certa, é possível elevar a sua concentração e produtividade. e, claro, te
manter longe de qualquer outra distração.
4 - Faça uma pausa
Com as dicas que dei até agora talvez você já
esteja achando que é pra virar um robô maluco por trabalho, mas não! Calma aí!
Assim como
no escritório você fazia suas pausas pro cafezinho ou para dar aquela
socializada na copa com os colegas, é preciso dar um jeito de fazer isso
enquanto estiver trabalhando em casa também!
Levante, faça um
alongamento, coma alguma coisa, saia lá fora tomar um ar, brinque com seu pet! Isso vai te ajudar oxigenar o cérebro e circular o sangue, o que é
ótimo pra sua concentração e também para a sua saúde.
Além disso, tente descansar sua
visão ao longo do dia! Quando você expõe seus olhos vistas por
muito tempo a tela do celular ou do computador, a longo prazo isso pode trazer
sérios problemas a sua retina.
Então siga
essa dica: A cada 20 minutos pare de olhar para a tela e olha para algo que
está a 20 metros por 20 segundos. Parece uma atitude boba, mas você ficaria
surpreso com a diferença que isso pode fazer.
É difícil
lembrar de fazer de forma regular, mas faça esse esforço e veja como funciona..
Seus olhos irão agradecer esta pequena atitude.
5 - Eduque sua família
Se você mora com mais alguém: pais, irmãos, marido,
etc, talvez seja necessário conscientizá-los de que, embora você esteja em
casa, está a trabalho e não pode ser interrompido toda hora.
Monstra a
eles de forma educada, mas com firmeza, que você está trabalhando e que prazos
e metas precisam ser cumpridos. Também evite atender ao telefone e a porta e
informe a todos sobre o seu horário de disponibilidade.
É bom ter
essa conversa porque, se eles não sabem disso, podem acabar te atrapalhando. Ás
vezes até na boa intenção, querendo de chamar pra bater papo, ou ver um filme,
por exemplo.
Mas tudo
bem, com um pouquinho de conversa e compreensão, tenho certeza que você vai
conseguir educar a todos e ser produtivo trabalhando em casa.
6 - Não, não é legal ficar de pijama rs
Claro, não é necessário se arrumar colocar um salto
ou um terno (ao menos que isso seja confortável para você) para trabalhar home office, mas
o pijama pode tirar a sua vontade de fazer seu trabalho.
Essa dica
pode parecer bobagem, mas ficar trabalhando de pijama e cabelo bagunçado, pode
dar ao seu cérebro a impressão de que esse dia de trabalho será meio "café com
leite", e não é! Você precisa ser tão
produtivo em casa, quanto seria no escritório, é um dia como qualquer outro!
Então
mesmo que forçado, levante-se tome um banho e prepare-se para um dia normal de
trabalho. Se deixar essa ação para depois, você pode se distrair e entrar em
pânico quando, de repente, precisar entrar em uma reunião online.
7 - Dê um chega pra lá nas distrações!
Se trabalhando no escritório já tem um monte de
distração que pode tirar nosso foco, imagine em casa, onde não tem ninguém
olhando? É por isso que, trabalhando home office, nossa resistência às distrações tem que ser
ainda maior!
Uma boa dica é não
deixar o celular, que é uma baita fonte de distração, perto de você. Assim, quando se sentir tentado em dar aquela espiada nas redes
sociais, você vai acabar desistindo, porque vai ter que levantar pra pegar.
Também existem
algumas extensões e aplicativos que podem te ajudar com isso.
No Chrome,
por exemplo, temos extensões como a Block & Focus. Você instala em seu navegador,
informa por quanto tempo quer trabalhar sem distrações, e ela te faz o favor de
bloquear os sites que te distraem. Se você tentar entrar em qualquer um deles
antes do tempo determinado, não irá conseguir.
Já para
celular, temos apps como o AppBlock que te impede de acessar aplicativos de
rede social, por exemplo, pelo tempo que você determinar.
Eliminando essas
distrações já fica bem mais fácil focar e ser mais produtivo no home office.
8 - Continue em contato com sua equipe
Não se esqueça você está home office, mas
a interação com a sua equipe pode e deve continuar a mesma. Em um escritório de
contabilidade, ninguém trabalha sozinho. Você provavelmente tem um gerente, ou
pessoas a quem você gerencia e demais colegas que precisa compartilhar alguma
coisa vez ou outra. E trabalhar em casa,
não significa se isolar da sua equipe.
Existem
muitos aplicativos que te ajudam a interagir com toda a sua equipe durante o
dia a dia. O Slack, Hangouts,
e claro o WhatsApp, por exemplo, mantém essa proximidade mesmo que online.
Então
lembre-se: converse com a sua equipe, participe das reuniões. E avise seus
colegas caso você precise ficar ausente por algumas horas. Eles não estão ao
seu lado, como na empresa, então é legal informá-los quando sair para almoçar
ou durante uma pausa que necessite fazer.
Manter
essa comunicação viva, também ajuda a produtividade. Nada como dividir com sua
equipe um problema, uma descoberta, ou uma conquista.
9 - Trabalhe em nuvem
Nada de ficar criando arquivos aí no seu
computador! Depois você vai voltar pro escritório e precisar deles! E aí?
Manter as coisas
salvas no seu computador é coisa do passado! A onda agora é estar tudo
conectado!
Existem
vários sistemas em nuvem que você pode utilizar e isso nos leva a 10ª e última
dica deste conteúdo, que sintetiza algumas das coisas que já falei até
aqui:
10 - Ter um sistema de gestão online
Se ter um
sistema de gestão no escritório já é essencial quando toda a equipe está
trabalhando na empresa, imagina quando um funcionário ou mais precisa trabalhar
fora desse ambiente? Aí sim que é fundamental!
Isso
porque, quando todos estão logados no mesmo sistema, a equipe continua
conectada mesmo estando longe!
Os
gerentes de departamento conseguem ter uma visão clara de todas das demandas,
prazos e do que cada um está fazendo e cada colaborador também pode acessar
facilmente suas tarefas do dia, o que minimiza a procrastinação.
Além
disso, um sistema online já é em nuvem, como mencionei no tópico anterior.
Então, trabalhando dentro do sistema, todas as ações realizadas e documentos
upados, ficarão disponíveis para todos de qualquer lugar.
Outro
benefício é a comunicação com o cliente que, quando feita por meio de um
sistema como esse, fica muito mais centralizada e a prova de erros e
desencontros.
Resumindo, trabalhar com um sistema online de gestão para contadores, permite que
você consiga levar para qualquer lugar a mesma produtividade que você teria no
escritório! Não é demais?
Agora você está preparado para o
home office!
Trabalhar home office pode
ser incrível, basta estar preparado para ele. Seguindo nossas dicas, e mantendo
sua rotina, eu tenho certeza que seu home office será super produtivo!
Bônus
Como uma
última dica, eu te convido a conhecer o Gestta, a ferramenta online de gestão e
atendimento exclusiva para contadores mais completa do mercado.
Existe um
tabu bem grande sobre trabalho home office para
escritórios contábeis: se é possível, se isso atrapalha o andamento do trabalho
etc.
Mas com o
Gestta, trabalhar home office não
precisa ser um problema.
O Gestta proporciona ao seu
escritório, o controle remoto de suas tarefas.
Com ele
você pode:
·
Acessar sua área de trabalho de qualquer
lugar;
·
Transferir uma tarefa para outro colaborador com
apenas um clique;
·
Enviar documentos para os seus clientes por email
sem precisar sair da tarefa;
·
Notificar o cliente quando uma tarefa foi concluída
ou solicitar documentos pendentes de forma automática;
·
Disponibilizar uma área do cliente super intuitiva
para que ele possa acompanhar o andamento do seu pedido, enviar documentos e
fazer novas solicitações;
·
E muito mais!
Sem contar que toda documentação que sua equipe
precisa para fazer seu trabalho, pode estar armazenada em nuvem de mais de 1
terabite do Gestta.
Autora: Nashila Santos
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Governo Federal anuncia medidas para proteger empregos e distribuir renda em época de Coronavírus
Publicado em
19/03/2020
às
12:00
Entre elas, está o
auxílio emergencial para trabalhadores informais e de baixa renda e a tornar
flexíveis as negociações individuais entre empresas e empregados
Medidas ainda
necessitam de aprovação do Congresso Nacional
O
governo federal anunciou nesta quarta-feira (18/03/2019) uma série de medidas
para proteger o emprego e as pessoas de baixa renda no país. Entre as
propostas, estão a criação de um auxílio emergencial de R$ 200 e a
simplificação temporária de regras trabalhistas. Elas serão enviadas ao
Congresso Nacional para apreciação de deputados e senadores.
Trabalhadores
informais, microempreendedores individuais e desempregados que estejam dentro
dos critérios do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(Cadastro Único) e tenham mais de 18 anos vão receber o auxílio emergencial por
três meses. Com impacto previsto de R$ 15 bilhões por 90 dias, o benefício vai
auxiliar no atendimento das necessidades essenciais de alimentação e higiene.
"Nosso
objetivo com essa medida é fechar o ciclo de pessoas no Brasil que precisam de
benefícios nesse momento de crise. Nenhum brasileiro ficará desguarnecido nessa
crise", explicou o secretário especial de Previdência e Trabalho, do Ministério
da Economia, Bruno Bianco. Não será possível, porém, acumular com outros
benefícios, como Bolsa Família, seguro-desemprego e Benefício de Prestação
Continuada (BPC).
Emprego e trabalho
Para
evitar aumento no desemprego e manter os empregos formais, também foram
anunciadas medidas trabalhistas temporárias. Durante o estado de emergência,
trabalhador e empregador vão poder celebrar acordos individuais com
preponderância à lei, respeitados os limites previstos na Constituição Federal.
Com
isso, o governo quer criar regras para simplificar a adoção do teletrabalho;
antecipação das férias individuais; férias coletivas; uso do banco de horas;
redução proporcional de salários e jornada de trabalho; e antecipação de
feriados não religiosos. O objetivo é tornar as negociações mais flexíveis para
preservar os empregos.
Confira as
alterações temporárias:
Teletrabalho -
permitir que a empresa determine a transferência para o sistema remoto
diretamente com o trabalhador com um prazo de notificação de 48 horas. As
questões relativas à infraestrutura devem estar no contrato individual de
trabalho.
Antecipação
de férias - simplificar o procedimento para que seja acordado com o
trabalhador também com notificação de 48 horas. Abre também a possibilidade
para que se conceda um tempo proporcional de férias para trabalhadores que
ainda não tenham o período aquisitivo de 12 meses.
Férias
coletivas - as empresas podem antecipar o período de férias coletivas
notificando o trabalhador com o mínimo de 48 horas, sem a necessidade de
notificar os sindicatos e o Ministério da Economia.
Banco
de horas - tornar o uso do banco de horas mais dinâmico para permitir que
o trabalhador fique em casa neste momento. Os dias não trabalhados como banco
de horas serão usados em favor da empresa no futuro.
Redução
de jornada e salário - abre-se a possibilidade para que haja a redução
proporcional de salários e jornada de trabalho no limite de 50% mediante acordo
individual, com a garantia de remuneração mínima de um salário mínimo e a
irredutibilidade do salário hora.
Antecipação
de feriados - feriados não religiosos podem ser antecipados, sem prejuízo
financeiro, para que o trabalhador fique em casa neste momento.
Além
disso, a obrigatoriedade dos exames médicos ocupacionais, com exceção dos
admissionais, ficará suspensa para evitar a sobrecarregar dos sistemas de saúde
público e privado. Também fica suspensa a obrigatoriedade dos treinamentos
periódicos.
Outras medidas
Essas
medidas complementam outras já anunciadas, como a antecipação do início do
pagamento do abono salarial deste ano para junho e o do ano passado, que iria
até junho, para abril, disponibilizando R$ 12 bilhões para os trabalhadores; e
o adiamento do prazo de pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) por até três meses.
Fonte: Secretaria do Trabalho
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Coronavírus - Influência da suspensão das aulas dos filhos nas atividades dos empregados e da empresa
Publicado em
17/03/2020
às
17:00
Por
conta das medidas de prevenção ao Coronavírus, vários estados do país
decretaram a suspensão das aulas nas escolas municipais e estaduais, bem como
nas escolas particulares.
Além das aulas, a
maioria dos decretos estaduais suspenderam as seguintes atividades coletivas:
· Visitas a teatros, cinemas, bibliotecas, museus e outros eventos
artísticos e culturais;
· Visitas a hospitais, penitenciárias e centro de socioeducação;
· Eventos públicos ou particulares, de qualquer natureza, com
reunião de público acima de determinado número de pessoas.
Com
a suspensão das aulas, grande parte dos trabalhadores que deixam seus filhos
menores em creches municipais ou estaduais para poder trabalhar, acabam ficando
numa encruzilhada, tendo em vista que não possuem condições de acolher seus
filhos em casa e manter sua frequência no trabalho durante a suspensão das
atividades escolares.
Sem
ter com quem deixar seus filhos, os trabalhadores precisariam faltar ao
trabalho até que as aulas voltem ao normal.
As
empresas, por outro lado, também possuem responsabilidade sobre as medidas de
prevenção, principalmente em relação aos próprios empregados, conforme já
publicado aqui, nos casos em que o empregado for diagnosticado com o
Coronavírus.
Entretanto,
os decretos estaduais não influenciaram nas atividades das empresas, porquanto
a suspensão das atividades laborais (em razão da suspensão das aulas) irá
depender da necessidade e possibilidade das empresas.
Medidas Alternativas a Serem
Tomadas Pelas Empresas
Para que a atividade
da empresa não seja comprometida, algumas medidas poderão ser tomadas de modo
que os serviços ou a produção sejam mantidos, sem que o empregado sofra prejuízos
salariais, por ter que ficar em casa para abrigar seus filhos menores que estão
sem aula.
Dentre as medidas
podemos citar:
· Banco de horas: caso o empregado tenha saldo positivo de banco de horas suficiente,
a empresa poderá determinar que o mesmo fique em casa até que o saldo seja
compensado. Ainda que o total de dias que o empregado ficar em casa ultrapasse
o saldo positivo, poderá o empregador conceder um período maior, de modo que o
empregado possa compensar o saldo de horas negativo quando do seu retorno,
conforme dispõe o §§ 2º e 5º do art. 59 da CLT.
· Teletrabalho
(trabalho remoto): havendo esta possibilidade,
poderá o empregador determinar que o empregado possa desenvolver suas
atividades da sua própria residência através da internet (art. 75-B da CLT), ou
mesmo levar atividades manuais para serem realizadas em casa (caso seja
possível). Para tanto, deverá o empregado cumprir com a jornada normal de
trabalho, com o respectivo período de descanso para alimentação, mantendo ainda
a mesma produtividade e metas já estabelecidas;
· Férias Coletivas: poderá o empregador conceder férias coletivas (art.
139 da CLT) para os empregados pelo prazo previsto da suspensão das aulas
escolares, ficando o saldo restante das férias para serem quitadas em outra oportunidade (sejam elas
coletivas ou individuais);
· Férias Individuais: caso o empregado tenha completado o período aquisitivo de férias, poderá acordar com a empresa a concessão
das férias individuais (art. 130 da CLT) por 15 dias, ficando 15 dias
restante para outra data que melhor lhes convir.
Outras
medidas poderão ser objeto de acordos individuais ou coletivos (como licença
remunerada ou sem remuneração, por exemplo), de modo a evitar que as atividades
das empresas sejam prejudicadas, ou que haja desligamento do empregado ou a
suspensão do pagamento dos salários durante este período de pandemia
da doença.
As
medidas acima poderão ser adotadas apenas aos empregados que não tem com quem
deixar seus filhos, de modo que os demais empregados possam manter as
atividades da empresa.
Fonte: Guia Trabalhista Online
/ Sergio Ferreira Pantaleão
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Secretaria de Previdência Social alerta sobre golpe aplicado por telefone
Publicado em
29/02/2020
às
16:00
Estelionatários estão
usando o nome do Conselho Nacional de Previdência para oferecer falsos
benefícios e extorquir segurados
A Secretaria de
Previdência do Ministério da Fazenda alerta a população sobre um tipo de fraude
cada vez mais comum: estelionatários entram em contato com segurados da
Previdência, por telefone, fingindo ser integrantes do Conselho Nacional de
Previdência (CNP). O objetivo é extorquir as vítimas.
Em geral, os criminosos
dizem ser do CNP, órgão vinculado à Secretaria de Previdência. Sob a falsa
alegação de que o cidadão teria direito a receber valores atrasados de
benefícios pagos pela Previdência Social, eles solicitam o depósito de
determinada quantia em uma conta bancária, afirmando que essa "taxa" seria
necessária para a liberação de um suposto pagamento que, na verdade, não
existe.
A Secretaria de
Previdência esclarece que todos os serviços e valores a receber, quando
realmente existentes, são disponibilizados de forma gratuita aos segurados. Além
disso, em nenhuma hipótese, membros de Conselhos ligados à Secretaria de
Previdência entram em contato com segurados da Previdência Social.
Dados pessoais - A
Secretaria de Previdência reforça que não solicita dados pessoais dos seus
segurados por e-mail ou telefone e tampouco
faz qualquer tipo de cobrança para prestar atendimento ou para realizar seus
serviços. A recomendação aos segurados é de que não recorram a intermediários
para entrar em contato com a Previdência Social e, em hipótese alguma, depositem
qualquer quantia para ter direito a algum benefício.
A Secretaria também
orienta os segurados a não fornecer seus dados pessoais a terceiros, já que
essas informações podem ser utilizadas para fins ilícitos.
As vítimas desse tipo de
abordagem devem registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil e comunicar o
fato à Ouvidoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para entrar em
contato com a Ouvidoria, basta ligar 135 ou acessar a página do INSS na
internet (www.inss.gov.br).
Fonte: Secretaria de Previdência
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Secretaria do Trabalho revoga diversas normas do extinto Ministério do Trabalho
Publicado em
02/01/2020
às
12:00
Através da Portaria SEPRT 1.417/2019, a Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho (SEPRT) do Ministério da Economia revogou 117 atos
(portarias, instruções normativas e despachos) do extinto Ministério do
Trabalho.
As normas revogadas não
são mais aplicáveis em função, principalmente, da informatização de
procedimentos, da publicação de novas normas que superam as normas antigas,
pela reforma trabalhista e pelo eSocial.
A título
exemplificativo, dentre as normas revogadas está a Portaria
MTB 945/2017, que tratava da prestação de informação relativa à
realização de exames toxicológicos para o CAGED. Como o CAGED será substituído pelo eSocial a partir de janeiro/2020,
a alteração não terá qualquer impacto prático.
Importante ressaltar que
a revogação da citada portaria não
revoga a obrigatoriedade de realização dos exames toxicológicos (prevista
no art. 235-B, VII da CLT), mas apenas a não obrigatoriedade na prestação da
informação por meio do CAGED.
Fonte: Portaria SEPRT 1.417/2019 -
Adaptado pelo Guia Trabalhista.
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Casal que trabalha na mesma empresa pode ter lançado em folha um mesmo dependente?
Publicado em
11/12/2019
às
16:00
De acordo com o art. 16
da Lei 8.213/91, são beneficiários do regime geral de previdência
social (RGPS), na condição de dependentes do
segurado, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado
de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido.
De acordo com o art.
359 e 360 da Instrução Normativa INSS 77/2015,
o salário-família é o benefício devido na proporção do
respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer condição até a idade de
14 anos, ou inválido de qualquer idade, que será pago mensalmente ao
empregado, pela empresa, com o respectivo salário, e ao trabalhador avulso,
pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra.
No caso do nascimento do
filho, por exemplo, em que o casal seja empregado de uma mesma empresa, ambos
terão direito ao cadastro do filho para fins de recebimento de salário-família. O direito ao benefício irá depender
da remuneração que cada um receber mensalmente, de acordo
com a tabela do salário família.
Já em relação à dedução
do dependente para fins de Imposto de Renda, o
casal terá que optar quem irá incluir o filho para fins de abatimento do
desconto do referido imposto.
Isto porque a Receita
Federal não permite que um dependente comum seja utilizado concomitantemente na
declaração anual do casal (Lei 9.250/1995 e IN RFB 1.500/2014), caso a declaração seja separada, salvo
se a declaração de um seja no modo simplificado (em que não se utiliza o
dependente) e a declaração do outro seja a completa (em que se pode utilizar o
dependente).
Assim, caso seja
cadastrado em folha de pagamento o mesmo filho
(dependente) para abatimento mensal de Imposto de Renda do
casal que trabalha na mesma empresa, quando o casal for fazer a declaração
anual, somente um poderá optar por utilizar o filho em sua declaração, podendo
ocasionar, dependendo do rendimento recebido durante o ano, o pagamento de
imposto não descontado em folha para aquele que não pode utilizá-lo como
dependente.
Assim, a empresa poderá
cadastrar o mesmo dependente para o casal (para fins de recebimento de salário família), mas não poderá fazê-lo para fins de
abatimento de Imposto de Renda.
Neste caso, é prudente
que o empregador solicite um documento para ambos os empregados (declaração
para fins de Imposto de Renda), de modo que o casal
possa optar por quem irá fazer constar o filho como dependente.
Fonte: Lei 9.250/1995 e IN RFB 1.500/2014 - Adaptado pelo Guia Trabalhista Online
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Motorista Profissional - Exigências de segurança e saúde sanitárias do local de espera e descanso
Publicado em
05/12/2019
às
12:00
De
acordo com a
Portaria SEPRT 1.343/2019
, todo local
de espera, de repouso e de descanso deve conter sinalização informando as áreas
destinadas ao estacionamento de veículos, bem como a indicação da localização
das instalações sanitárias e, quando existirem, dos ambientes de refeição.
Além disso, estes
locais devem possuir vigilância ou monitoramento eletrônico.
As instalações devem
ser separadas por sexo, os compartimentos destinados a chuveiros devem ser
individualizados e os ambientes para refeições pode ser de uso exclusivo aos
motoristas ou compartilhado com o público em geral.
Fonte: Blog Trabalhista
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Novos valores de multa por infração à legislação trabalhista a partir de 2020
Publicado em
21/11/2019
às
16:00
A Medida Provisória 905/2019 (publicada em 12/11/2019)
incluiu o art. 634-A na CLT, alterando
os valores das multas por infrações à legislação trabalhista.
As infrações foram
divididas de acordo com a classificação (variável ou per capita), o porte
econômico do infrator e natureza da infração (leve, média, grave ou
gravíssima).
De acordo com o art. 53,
I da MP 905/2019, os novos valores de
multa serão aplicados a partir de 10/02/2020, ou seja, a partir de 90
dias a contar da publicação da referida MP.
O descumprimento das
normas trabalhistas será punido com a multa estabelecida no art. 634-A da CLT, conforme tabela abaixo:

Os valores serão
atualizados anualmente em 1º de fevereiro de cada ano pela variação do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E, ou por índice que
venha substituí-lo, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística- IBGE.
Fonte: Reforma Trabalhista na Prática -
Guia Trabalhista Online
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Trabalho aos domingos foi liberado para empresas em geral
Publicado em
13/11/2019
às
15:00
O
trabalho aos domingos e feriados era regulamentado pela
Lei 605/49
, pelo
Decreto 27.048/49
e
pela
Lei 11.603/2007
.
O art. 68, §
único da CLT, estabelece que a concessão do trabalho aos domingos será
permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública,
devem ser exercidas aos domingos, sendo sempre subordinado à
permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.
Entretanto, com a
publicação da Medida Provisória nº 905/2019 (publicada
em 12/11/2019), que alterou o art. 28 da CLT, foi autorizado o trabalho aos
domingos e aos feriados para as empresas em geral, sendo:
· Setores de comércio e
serviços: nestes setores o repouso semanal
remunerado deverá coincidir com o domingo, no mínimo, uma vez no período máximo
de 4 semanas;
Nota: Para os
estabelecimentos de comércio, deverá ser observada a legislação local sobre o
trabalho aos domingos.
· Setor industrial: neste setor, o repouso semanal remunerado deverá coincidir
com o domingo, no mínimo, uma vez no período máximo de 7 semanas.
A
folga compensatória para o trabalho aos domingos corresponderá ao repouso
semanal remunerado.
Se não houver folga
compensatória, o trabalho aos domingos e aos feriados será remunerado em
dobro.
De acordo com o art.
53, inciso III da MP 905/2019, esta nova regra já está em
vigor a partir de sua publicação.
Acesse o texto da Medida
Provisória 905/2019, clicando aqui
Fonte: Medida Provisória nº 905/2019 -
Adaptado pelo Guia Trabalhista e M&M Assessoria
Contábil
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Baratear a Folha de Pagamento sem critérios pode sair caro
Publicado em
24/10/2019
às
12:00
De acordo com a Lei 13.467/2017 (que alterou o art. 58-A da CLT) o trabalho em regime de tempo parcial passou a ser válido nas
seguintes hipóteses:
a) Aquele cuja duração não exceda a 30
(trinta) horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares
semanais, ou
b) Aquele cuja duração não exceda a 26
(vinte e seis) horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até
seis horas suplementares semanais.
O salário a ser pago aos
empregados submetidos ao regime de tempo parcial será proporcional à sua
jornada semanal, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções,
jornada de tempo integral, conforme dispõe a Orientação Jurisprudencial 358
do TST, nos termos da jurisprudência abaixo:
TRABALHO EM REGIME DE
TEMPO PARCIAL. O trabalho em regime de tempo parcial é aquele cuja duração não
exceda a 25 horas semanais, sendo, neste caso, devido o salário pago à
proporção da jornada praticada, em relação aos empregados que, nas mesmas
funções, laboram em tempo integral.
Ilação proveniente do
art. 58-A da CLT e da Orientação Jurisprudencial n. 358 da SDI-1 do TST.
(TRT-12 - RO: 00042949320145120051 SC 0004294-93.2014.5.12.0051, Relator:
NIVALDO STANKIEWICZ, SECRETARIA DA 3A TURMA, Data de Publicação: 16/03/2016).
As horas suplementares à
duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
Conforme já mencionado
anteriormente, os empregados submetidos ao regime de tempo parcial devem seguir
os seguintes critérios para prestação de horas extras, a saber:
a) Não poderão prestar horas extras:
se a jornada normal semanal for de até 30 horas semanais;
b) Poderão prestar horas extras: se
a jornada normal semanal for inferior ou até 26 horas semanais, limitada a 6
horas extras por semana.
Aos empregados
contratados a tempo parcial são aplicáveis as normas da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, naquilo que não conflitem com as disposições das
regras específicas.
Assim, os trabalhadores
contratados sob regime de tempo parcial fazem jus aos demais direitos trabalhistas e previdenciários estendidos aos
empregados, tais como: aviso prévio, descanso
semanal remunerado (DSR), recebimento de adicionais
(noturno, periculosidade e Insalubridade), auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros.
Fonte: Guia Trabalhista
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Emprego formal chega a 46,63 milhões em 2018
Publicado em
22/10/2019
às
10:00
Dados da Relação Anual de Informações Sociais mostram crescimento no
emprego celetista no país
Dados
da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados
em 17/10/2019, mostram o crescimento do emprego formal em 2018. O ano passado
fechou com 46, 63 milhões de vínculos, 349,52 mil a mais do que em 2017, o que
corresponde a um aumento de 0,8% nos postos com carteira assinada no país.
Nos 12 meses de 2018, o emprego celetista registrou crescimento de
371.392 mil postos, 1,02% a mais do que em 2017. Houve crescimento em quatro
das cinco regiões do país, sendo que o Nordeste teve o maior aumento relativo
na oferta de vagas. Das 27 unidades da federação, 19 fecharam com desempenho
positivo no emprego formal - principalmente Maranhão, Mato Grosso, Amapá, Santa
Catarina e Amazonas.
O aumento no emprego foi maior na faixa de trabalhadores com idades
entre 40 e 49 anos. Em relação à escolaridade, a maior variação positiva foi no
grupo dos empregados com ensino superior completo. E a diferença entre homens e
mulheres diminuiu, sendo que o emprego feminino foi o que mais cresceu.
Confira abaixo os principais resultados:
Setores
Dos oito setores econômicos, o maior crescimento absoluto em 2018 foi nos
Serviços, que abriu 456 mil novas vagas em todo o país, um aumento de 2,72%. Se
for considerado o tamanho do setor, os Serviços Industriais de Utilidade
Pública registraram melhor desempenho, com uma expansão de 2,97% referentes ao
acréscimo de 13 mil vagas.
Construção Civil abriu 23 mil novas vagas, apresentando crescimento de
1,24%, e Extrativa Mineral ficou estável com a contratação de aproximadamente
300 pessoas e crescimento de 0,14%.
Desempenho
regional
Quatro das cinco regiões tiveram desempenho positivo em 2018. O emprego formal
cresceu 1,21% no Nordeste; 1,10% no Sul; 0,96% no Norte e 0,67% no Sudeste. Na
região Centro-Oeste houve queda de - 0,52%.
Em números absolutos, a concentração do emprego foi maior no Sudeste,
que abriu 153,02 mil vagas no último ano. Já o estado com o maior crescimento
relativo no emprego em 2018 foi o Maranhão, com aumento de 4,78% no estoque de
empregos formais.
Considerando as vagas abertas, o principal empregador formal foi o
estado de São Paulo, onde foram criadas 119,18 mil oportunidades de emprego.
Minas Gerais, aparece em segundo lugar, com 49,91 mil; seguido de Paraná (42,21
mil) e Bahia (37,78 mil).
Homens
e mulheres
Houve crescimento tanto no emprego masculino quanto no feminino. As mulheres
passaram de 20,36 milhões em 2017 para 20,54 milhões em 2018. A presença dos
homens no mercado subiu de 25,91 milhões para 26,08 milhões no mesmo período.
A representatividade do emprego feminino, em relação ao total de vagas
formais do mercado cresceu levemente. Passou de 40% em 2017 para 40,1% em 2018.
Faixa
etária
Em 2018, as faixas etárias que apresentaram maior crescimento foram as de
trabalhadores com mais de 30 anos. A maior parte das vagas que surgiram no
último ano foi ocupada por empregados que tinham entre 40 e 49 anos - foram 258
mil postos a mais, um crescimento de 2,47% em relação a 2017. A faixa de quem
tinha mais de 50 anos aumentou em 183 mil vagas, aumento de 2,19%, e a dos
trabalhadores com idades entre 30 e 39 anos teve acréscimo de 83 mil vagas,
variação de 0,57%.
A maioria dos trabalhadores formais brasileiros possui entre 30 e 39
anos. Eles são os responsáveis por 31% de toda a força de trabalho no país. Em
seguida, vêm a faixa de 40 a 49 anos (23%) e dos 50 anos ou mais (18,3%). Os
trabalhadores de até 24 anos e os que têm entre 25 e 29 anos respondem por
13,9% do mercado cada.
Escolaridade
Vagas destinadas a trabalhadores com maior escolaridade foram as que mais
cresceram em 2018. Os postos destinados a quem tinha ensino superior completo
tiveram um acréscimo de 458 mil, 4,46% a mais do que em 2017. Para superior
incompleto, o incremento foi de 69 mil vagas, crescimento de 3,87%. No ensino
médio completo, o aumento foi de 367 mil vagas, variação de 1,64% em relação ao
ano anterior. As demais escolaridades tiveram fechamento de vagas.
Ensino médio completo é a escolaridade com maior presença no mercado
formal de trabalho. Quase metade dos vínculos com carteira assinada no país são
destinadas a trabalhadores que concluíram o ensino médio, mas não chegaram a
entrar em uma faculdade. Em 2018, pessoas com este perfil preencheram 48,8% do
total dos vínculos empregatícios.
Raça e
cor
O emprego aumentou em 2018 para os trabalhadores que se autodeclararam pretos,
pardos e indígenas e diminuiu para aqueles que se dizem brancos ou amarelos.
Este cálculo não leva em conta aqueles trabalhadores que não tiveram a raça/cor
informada pelos empregadores - o universo de empregados que tiveram essa
informação incluída na Rais foi de 33,7 milhões (72,3% do estoque).
Pessoas
com deficiência
A participação de pessoas com
deficiência no mercado formal cresceu no último ano. Em 2017, elas ocupavam
0,95% das vagas formais. Em 2018, passaram a ocupar 1,04%. O número de vínculos
cresceu de 441,33 mil para 486,75 mil. O aumento foi maior para os
trabalhadores com deficiência múltipla (19,66%), visual (19,60%) e intelectual
(18,09%). Mas a maior parte das pessoas com deficiência no mercado formal
possui deficiência física, que representa 47,3% do total.
Imigrantes
Entre os imigrantes, os trabalhadores com maior presença no mercado
formal em 2018 foram os haitianos, que ocuparam 46.820 vagas. A segunda
nacionalidade com maior presença no mercado brasileiro foi a paraguaia (8.715),
seguida da portuguesa (7.438) e da venezuelana (7.353). Esta última, embora
apareça em quarto lugar no número de vagas, foi a que mais cresceu. Em 2017, os
venezuelanos eram 2.711, o que significa que a expansão foi de 171,23%.
Estabelecimentos
Cerca de 8,08 milhões de estabelecimentos entregaram a Rais 2018, uma queda de
-1,28% em relação a 2017, quando o número de estabelecimentos era de 8,18
milhões. Do total do último ano, 3,9 milhões, o que corresponde a 47,8%, tinham
empregados e 4,2 milhões, 52,2%, não possuíam funcionários (Rais negativa).
A maior parte dos empreendimentos que entregaram a Rais é do setor de
Serviços, que também concentra a maior parte das empresas sem funcionário - são
1.495 pessoas jurídicas que empregam trabalhadores e 2.254 que entregaram a
Rais negativa.
Mais da metade dos empreendimentos com funcionários, 2,17 milhões, tinha
em 31 de dezembro de 2018 entre 1 e 4 empregados. No entanto, os principais
empregadores foram as empresas com mais de 1000 funcionários. Enquanto o grupo
de até 4 trabalhadores empregou 4,15 milhões de pessoas, o de mais de 1000
empregou 11,82 milhões.
Fonte: Ministério do Trabalho
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Renda média no Rio Grande do Sul sobe 0,6% em 2018
Publicado em
19/10/2019
às
16:00
Os
rendimentos dos gaúchos (incluindo todos os trabalhos) cresceram bem menos do
que a média brasileira entre 2017 e 2018, conforme dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem, pelo IBGE.
Enquanto os moradores do Rio Grande do Sul registraram ganhos mensais médios de
R$ 2.444,00 no ano passado (alta de 0,6% sobre 2017), o brasileiro, em geral,
recebeu R$ 2.234,00 - um incremento de 2,3% em 2018 sobre o ano anterior.
Ao todo, os ganhos somados de cerca de 5,3 milhões de trabalhadores no Estado
representaram uma massa salarial mensal de R$ 13 bilhões no ano passado.
Um
dado aparentemente positivo divulgado pela Pnad, a redução da desigualdade
salarial no Rio Grande do Sul esconde, na verdade, o achatamento de ganhos no
Estado. De acordo com a pesquisa do IBGE, enquanto a desigualdade de renda no
País alcançou, em 2019, o maior patamar dentro da série histórica da Pnad
Contínua, iniciada em 2012, o índice gaúcho melhorou - mais em razão da queda
nos maiores rendimentos do que por aumento da renda em geral.
Coordenador
da pesquisa no Estado, Valter Rodrigues explica que os rendimentos do 1% dos
gaúchos mais ricos caiu 12% entre 2012 e 2018, passando de uma média de R$
27.896,00 para R$ 24.424,00.
Por
outro lado, a média brasileira, nessa mesma faixa, subiu de R$ 25.993,00
para R$ 27.744,00, uma alta de 6,7%. "Já na renda dos 5% da população mais
pobre ocorreu o inverso. Ainda que dentro de uma base muito baixa, subiu 16% no
Rio Grande do Sul, de R$ 257,00 para R$ 298,00. Com isso, o índice de Gini que
mede a desigualdade no Estado melhorou, e a brasileira piorou", explica
Rodrigues.
Com
essa redução, nas diferenças entre maiores e menores ganhos, o índice de Gini
referente aos rendimentos de todos os tipos de trabalho e renda no Rio Grande
do Sul passou de 0,486 em 2012 para 0,462 em 2018 (quando mais perto de 1, pior
é a classificação). No Brasil, o índice que mede a desigualdade seguiu na
direção contrária e subiu de 0,494 para 0,509, de acordo com Rodrigues.
"Mas
vale destacar que se, na média dos rendimentos, o Rio Grande do Sul é menos
desigual, não estamos tão bem quando o assunto são as diferenças entre homens e
mulheres, e no ranking por raças. Aqui, as disparidades são maiores do que as
nacionais nesses dois itens", lamenta o coordenador da Pnad Contínua no
Estado.
No
Brasil, o índice de Gini para comparar as diferenças entre ganhos de brancos e
negros, por exemplo, é de 0,65, e, no Rio Grande Sul, é de 0,67, relata
Rodrigues. No caso das diferentes remunerações médias entre homens e mulheres,
a situação ao menos melhorou um pouco. A pesquisa mostra que, em 2012, enquanto
os ganhos médios dos gaúchos eram de R$ 2.741,00, as gaúchas recebiam R$
1.922,00 (cerca de 41,4% a menos). "Em 2018, a diferença permanece, mas é
de R$ 2.745,00 para os homens e de R$ 2.056,00 para as mulheres (33,5% a
menos)", segundo Rodrigues.
Economista
do Departamento de Economia e Estatística da Secretaria Estadual de
Planejamento, Orçamento e Gestão, Raul Bastos também chama a atenção para o
aumento menor na variação do rendimento médio da população residente no Estado
frente ao número nacional entre 2017 e 2018. "Pode ser um reflexo, sim, da
crise pela qual passa o Estado, mas para fazer uma análise mais detalhada e
entender as razões do crescimento menor precisaríamos avaliar como foi esse
movimento separadamente em outros estados", informa Bastos.

Metade dos
brasileiros vive com R$ 413,00 mensais; desigualdade atinge nível recorde
A
desigualdade de renda no País alcançou patamar recorde em 2018, dentro da série
histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). A metade mais pobre da população, quase 104 milhões de
brasileiros, vivia com apenas R$ 413,00 mensais, considerando todas as
fontes de renda.
No
outro extremo, o 1% mais rico - somente 2,1 milhões de pessoas - tinha renda
per capita média por residência de R$ 16.297,00 por pessoa. Ou seja, essa
pequena fatia mais abastada da população ganhava quase 40 vezes mais que a
metade da base da pirâmide populacional. Em todo o País, 10,4 milhões de
pessoas (5% da população) sobrevivem com R$ 51,00 mensais, em média. Se considerados
os 30% mais pobres, o equivalente a 60,4 milhões de pessoas, a renda média per
capita subiria a apenas R$ 269,00.
Mesmo
passada a crise econômica, a desigualdade se agravou. A renda domiciliar per
capita dos 5% mais pobres caiu 3,8% na passagem de 2017 para 2018. Ao mesmo
tempo, a renda da fatia mais rica (1% da população) cresceu 8,2%.
O
Índice de Gini da renda domiciliar per capita - medida de desigualdade de renda
numa escala de 0 a 1, em que, quanto mais perto de 1, maior é a desigualdade - subiu
de 0,538, em 2017, para 0,545 em 2018, patamar auge na pesquisa.
"Os
mais pobres ficaram mais pobres, os mais ricos ficaram mais ricos",
confirmou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad. Para a pesquisadora, o fenômeno
tem relação com a crise no mercado de trabalho, que afetou especialmente o
extrato de trabalhadores com menor qualificação e menor remuneração. Com mais
pessoas trabalhando, a massa de renda de todas as fontes cresceu de R$ 264,9
bilhões, em 2017, para R$ 277,7 bilhões em 2018. Como a concentração de renda
aumentou, os 10% mais pobres detinham apenas 0,8% da massa de rendimentos,
enquanto que os 10% mais ricos concentravam 43,1% desse bolo.
Fonte: Jornal do
Comércio (RS)/Thiago Copetti
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Brasil criou mais de 157 mil empregos formais em setembro/2019
Publicado em
19/10/2019
às
14:00
Todas unidades da federação apresentaram resultado positivo, com
destaque para SP, PE e AL
O Brasil gerou 157.213 vagas de empregos formais em
setembro. É o melhor setembro desde 2013, quando foi registrado resultado
positivo de 211.068 vagas. Pela primeira vez no ano, todas as 27 unidades da
federação apresentaram resultado positivo na oferta de vagas formais de
trabalho. Os dados são da mais recente edição do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (17) pela Secretaria de
Trabalho do Ministério da Economia.
Acesse os dados aqui.
Confira a apresentação aqui.
No acumulado dos nove primeiros meses de 2019, o
país tem a geração de 761.776 empregos, o que representa elevação de 1,98% no
estoque total (que atingiu 39.172.204 empregos formais ao final de setembro
deste ano). Nos nove primeiros meses do ano passado, o Brasil tinha gerado
719.089 novos empregos. O resultado acumulado entre janeiro e setembro deste
ano, portanto, é 6% melhor que o de igual período do ano passado.
O emprego formal teve resultados positivos em sete
setores econômicos em setembro e saldo negativo em apenas um setor. Os setores
com números positivos foram Serviços (+64.533 vagas); Indústria da
Transformação (+42.179); Comércio (+26.918); Construção Civil (+18.331);
Agropecuária (+4.463); Extrativa Mineral (+745) e Administração Pública (+492).
O único setor com resultado negativo foi o de Serviços Industriais de Utilidade
Pública (-448 vagas).
Por regiões, o Nordeste apresentou o maior saldo
positivo em setembro, com a oferta de 57.035 postos. Em segundo lugar ficou o
Sudeste (+56.833 vagas) e em terceiro, o Sul (+23.870). O Centro-Oeste ficou em
quarto lugar em setembro (+10.073 vagas) e o Norte, em quinto (+9.352). Os
Estados que mais geraram empregos em setembro foram São Paulo (+36.156 postos),
Pernambuco (+17.630) e Alagoas (+16.529).
Modernização Trabalhista
O Caged aponta que em setembro houve 18.395
desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, em um universo de 12.105
empresas, o que representa 1,5% do total de desligamentos do mês. Considerando
os setores econômicos, os desligamentos por acordo foram registrados
principalmente em Serviços (9.335), Comércio (4.303) e Indústria de
Transformação (2.833). Um total de 28 empregados realizou mais de um
desligamento mediante acordo com o empregador.
Na modalidade de trabalho intermitente, foram
registradas em setembro 12.169 admissões e 6.154 desligamentos, o que gerou um
saldo positivo de 6.015 empregos, em um universo de 2.495 empresas
contratantes. Um total de 57 empregados celebrou mais de um contrato na
condição de trabalhador intermitente no mês passado. Por setores, os principais
saldos na modalidade de trabalho intermitente foram apurados em Serviços
(3.029), Indústria da Transformação (1.043) e Comércio (944).
O trabalho em regime de tempo parcial teve 6.609
admissões e 4.802 desligamentos em setembro, gerando um saldo positivo de 1.807
empregos, com 3.254 empresas contratantes. Um total de 46 empregados celebrou
mais de um contrato em regime de tempo parcial no mês passado. Por setores, os
principais resultados nas contratações em regime de tempo parcial foram
apurados em Serviços (1.001 postos), Comércio (471) e Indústria da
Transformação (200).
Fonte: Ministério do
Trabalho
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Brasil gera 43 mil vagas de empregos em julho/2019: é o quarto mês seguido com saldo positivo
Publicado em
31/08/2019
às
14:00
No acumulado do ano de 2019, houve abertura de
461.411 postos de trabalho com carteira assinada
Pelo quarto mês
consecutivo, o emprego formal cresceu no Brasil. Dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) mostram a abertura de 43.820 vagas de
trabalho com carteira assinada em julho/2019, um crescimento de 0,11% em
relação ao estoque de junho/2019.
Também houve crescimento
no emprego se considerados os resultados dos sete primeiros meses deste ano. De
janeiro a julho foram abertas 461.411 vagas formais, variação de 1,20% sobre o
estoque. Em 2018, no mesmo período, as novas vagas tinham somado 448.263.
Nos últimos 12 meses, o
saldo ficou positivo em 521.542 empregos, variação de +1,36%. Assim como no
acumulado do ano, os últimos 12 meses tiveram crescimento maior do que no
período anterior. Em 2018, o saldo tinha ficado positivo em 286.121
vagas.
O secretário de Trabalho
do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, destaca que os dados do Caged
revelam que houve crescimento do emprego formal nos sete primeiros meses do
ano, superior ao mesmo período do ano anterior. No mês, o destaque foi para o
setor da construção civil, que apresentou resultados melhores que nos meses
anteriores, reflexo de investimentos recentes no setor, especialmente no estado
de Minas Gerais.
"Consideramos que o
mercado de trabalho tem apresentado sinais de recuperação gradual, em
consonância com o desempenho da economia. O governo vem adotando medidas de
impacto estrutural e esperamos reflexos positivos no mercado de trabalho, na
medida do aprofundamento das reformas", disse Dalcolmo.
Setores
Dos oito setores
econômicos, sete contrataram mais do que demitiram em julho. O saldo ficou
positivo na Construção Civil, Serviços, Indústria de Transformação, Comércio,
Agropecuária, Extrativa Mineral e Serviços Industriais de Utilidade Pública.
Apenas Administração Pública descreveu saldo negativo.
Principal destaque do
mês, a Construção Civil teve saldo de 18.721 novos postos de trabalho. Os
subsetores de construção de rodovias e ferrovias, principalmente em Minas
Gerais e Pará; construção de edifícios, especialmente em São Paulo e Pará; e
obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações,
sobretudo em Minas Gerais e Bahia, foram os maiores contribuidores para o
resultado.
O setor de Serviços
fechou o mês com saldo de 8.948 postos de trabalho, principalmente devido à
comercialização e administração de imóveis; serviços médicos, odontológicos e
veterinários; e instituições de crédito, seguros e capitalização.
Indústria de
Transformação, que teve acréscimo de 5.391 vagas formais, deve esse resultado
principalmente à indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico;
indústria mecânica; e indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários
e perfumaria.
Desempenho regional
Todas as regiões do
Brasil tiveram crescimento no mercado formal de trabalho em julho. O maior
saldo foi na região Sudeste, com 23.851 vagas de emprego com carteira assinada,
crescimento de 0,12%. Em seguida, vêm Centro-Oeste (9.940 postos, 0,30%); Norte
(7.091 postos, 0,39%); Nordeste (2.582 postos, 0,04%) e Sul (356 postos,
0,00%).
Das 27 unidades da
federação, 20 terminaram julho com saldo positivo no emprego. A maior parte das
vagas foi aberta em São Paulo, onde foram criados 20.204 postos de trabalho;
Minas Gerais, com 10.609 novas vagas, e Mato Grosso, que teve saldo positivo de
4.169 postos.
Os piores resultados
foram Espírito Santo, onde foram fechadas 4.117 vagas, Rio Grande do Sul, com
3.648 postos a menos e Rio de Janeiro, que fechou julho com saldo negativo de
2.845 postos.
Fonte: Secretaria do
Trabalho
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Perdeu a senha do Meu INSS? Pega pelo e-mail ou SMS!
Publicado em
28/08/2019
às
14:00
Agora,
caso o cidadão se esqueça da senha do
Meu INSS
, ele pode
recuperá-la por e-mail ou SMS (mensagem de celular).
Ou seja, não precisa
novo cadastro nem ir à Agência para retirar uma nova senha.
Basta clicar em
"Esqueci minha senha".
Daí o cidadão vai receber um link pelo e-mail ou celular cadastrado. Por isso é importante informar o
celular correto e do próprio segurado titular, no ato do primeiro
cadastramento.
É possível acessar o
Meu INSS pelo site na internet ou pelo
aplicativo que pode ser baixado para celular android ou iphone.
Dúvida? Ligue 135.
Fonte: INSS / Adaptado pelo Guia Trabalhista.
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Com 48,4 mil vagas formais, emprego tem melhor resultado do mês de junho desde 2013
Publicado em
01/08/2019
às
15:00
Balanço do primeiro semestre de 2019 aponta a
oferta de novos 408,5 mil postos de trabalho
O Brasil gerou
48.436 empregos formais em junho/2019, o melhor resultado
registrado para o mês desde 2013. Divulgados nesta quinta-feira (25/7/2019),
os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) representam
uma alta de 0,13% em relação ao estoque do mês anterior.
No consolidado do
semestre, os números de junho são os melhores desde 2014.
Foram 408.500 novas vagas formais nos primeiros seis meses de 2019,
resultado superior ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados
392.461 empregos.
No acumulado dos últimos
12 meses, em período encerrado em junho de 2019, o saldo entre
admissões e desligamentos ficou positivo em 524.931 novos postos formais, que
representa melhoria em relação ao mesmo período do ano passado, quando
foram gerados 280.093 novos empregos.
As informações do Caged
de junho de 2019 foram apresentadas pelo secretário de Trabalho do
Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, e pelo subsecretário de Políticas
Públicas e Relações do Trabalho, Matheus Stivali.
Junho/2019
Considerando números
referentes apenas a junho deste ano, seis setores da economia tiveram
resultado positivo em junho: Serviços (23.020 postos), Agropecuária
(22.702 postos), Construção Civil (13.136 postos), Serviços Industriais de
Utilidade Pública (2.525), Extrativa Mineral (565) e Administração Pública
(483). Dois setores apresentaram resultado negativo no mês: Comércio
(-3.007 postos) e Indústria de Transformação (-10.988 postos).
Destaque do mês, o setor
de Serviços registrou 531.137 admissões e 508.117 desligamentos. Cinco dos seus
seis subsetores apresentaram saldo positivo, com destaque para Comercialização
e Administração de Imóveis (14.766 novos postos) e Serviços Médicos,
Odontológicos e Veterinários (7.883 postos).
Regiões
Quatro das cinco regiões
brasileiras tiveram saldo positivo em junho. Em números absolutos, o melhor
resultado é do Sudeste, com 31.054 postos de trabalho criados. No
período, o Centro-Oeste registrou 10.952 novas vagas, o Nordeste criou
5.142 postos formais no período e o Norte, 4.002. Apenas no Sul houve mais
demissões que admissões, com saldo negativo de 2.714 postos.
Das 27 unidades da
federação, 19 alcançaram variação positiva. Os estados de São Paulo, Minas
Gerais e Mato Grosso se destacaram, anotando respectivamente 18.262, 11.603 e
7.367 postos de trabalho gerados. Já Rio Grande do Sul e Espírito Santo tiveram
os menores saldos.
Modernização trabalhista
A modalidade de trabalho
intermitente, prevista na modernização trabalhista em vigor desde 2017,
teve saldo positivo de 10.177 empregos no mês passado. Foram 15.520
admissões e 5.343 desligamentos na modalidade, envolvendo 2.691
estabelecimentos e 1.999 empresas contratantes. Um total de 417 empregados
celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Na modalidade de
trabalho em regime de tempo parcial, houve em junho 5.922
admissões e 4.495 desligamentos em 3.411 estabelecimentos e 2.846 empresas
contratantes. No mês, 38 empregados celebraram mais de um contrato em regime
de tempo parcial.
No que se refere ao
desligamento mediante acordo entre empregador e empregado, em junho de
2019 foram registrados 17.951 desligamentos, o que representa 1,5% do total de
desligamentos no mês.
Fonte: Secretaria do
Trabalho
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Efeitos da suspensão disciplinar no contrato individual de trabalho
Publicado em
14/07/2019
às
16:00
Para
se manter a ordem e a disciplina no
ambiente de trabalho
o
empregador possui a faculdade de aplicar determinadas penalidades, mas dentro
de um senso justo e moderado, uma vez que a
CLT
protege o
trabalhador contra as arbitrariedades que possam extrapolar o poder diretivo do
empregador.
As penalidades normais aplicadas aos
empregados durante o contrato de trabalho podem ser através de advertência ou suspensão, além da pena extrema que extingue
o vínculo empregatício, ou seja, a justa causa.
A advertência é um aviso ao empregado para
que ele tome conhecimento de que seu comportamento está em desacordo com as
normas e procedimentos estabelecidos pela empresa em relação às suas
atribuições e obrigações como empregado.
A suspensão
disciplinar, por sua vez, é uma penalidade dada ao empregado com caráter mais
enérgico. Visa disciplinar, resgatar o comportamento do empregado conforme as
exigências da empresa.
A suspensão
disciplinar pode acarretar a interrupção ou a suspensão do contrato individual
de trabalho. Se após cometer uma falta de maior relevância o empregado é
suspenso por 3 dias, este período é considerado como suspensão do contrato, e o
empregado sofrerá prejuízos nos salários pelo período de suspensão.
Fonte: Blog Trabalhista
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Trabalho em casa: bem-estar para quem está remoto, segurança para o empresário
Publicado em
11/07/2019
às
16:00
Quem trabalha de casa está longe do empregador mas, ainda assim, sob a
responsabilidade dele. A segurança e a saúde no trabalho de profissionais em
home office é motivo de atenção.
Antes da reforma
trabalhista, que entrou em vigor em 11 de novembro passado e atualizou a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), não havia regras específicas para a
modalidade de teletrabalho. A reforma esclareceu parâmetros para o também
conhecido home office, mas o
texto ainda gera dúvidas, algumas delas envolvendo a saúde física e mental do
colaborador. Afinal, como garantir o bem-estar do profissional remoto e, por
consequência, evitar passivos trabalhistas?
O texto da legislação
vigente descreve o teletrabalho como a "prestação de serviços preponderantemente
fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de
informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como
trabalho externo". Trata-se da atividade que acontece a maior parte do tempo de
forma remota, mas que pode demandar o comparecimento esporádico na empresa,
para reuniões ou treinamentos, por exemplo.
A advogada e sócia da
Silveiro Advogados, Karine Carneiro, explica que os funcionários em home
office, por lei, têm os mesmos direitos de quem trabalha presencialmente. Ou
seja, salários iguais, direito a férias, 13º salário, Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, aviso prévio, verbas rescisórias, licenças maternidade e
paternidade, entre outras. As regras determinadas em convenções coletivas (como
piso e reajuste salarial) também são válidas para o trabalhador remoto.
É recomendável que a empresa ofereça a quem trabalha a distância um ambiente
saudável, tal como deve ocorrer com o trabalhador que está dentro da empresa.
"Permanece a responsabilidade do empregador sobre a segurança, ele deve atentar
se o ambiente em que o colaborador atua a maior parte do tempo está de acordo
com a legislação que rege a saúde e a medicina do trabalho e orientar
expressamente o funcionário a tomar precauções para evitar o adoecimento",
explica Carneiro. Quem está fora da estrutura física da empresa deve ter acesso
aos mesmos equipamentos disponibilizados para quem cumpre o expediente dentro
dela. Para funções administrativas, por exemplo, cadeira adequada, apoio para
os pés e mousepad com apoio de
pulso são recursos indispensáveis. "Eles devem ser utilizados com o devido zelo
pelo trabalhador e devolvidos à empresa no caso de rescisão contratual",
acrescenta Carneiro.
A lei, porém, não diz
se e como deve ser feita a fiscalização do uso de equipamentos pelo empregado
em home office, deixando o assunto a critério das partes. A questão, segundo o
médico e advogado especialista em direito e processo do trabalho e em direito
médico, Rodrigo Tadeu de Puy e Souza, da Pimenta Porto e Coelho Sociedade de
Advogados, fica num limbo jurídico. "No direito português, o empregador visita
o posto de trabalho e realiza efetivamente essa fiscalização, o que seria o
correto. O termo de assinatura de que o funcionário foi instruído é importante,
todavia, não retira a obrigação do empregador de fiscalizar", comenta.
A saúde mental do empregado também precisa ser
preservada e a jornada excessiva de trabalho, evitada.
Embora a reforma dispense o controle das horas trabalhadas - o que vale
são as entregas -, jornadas ilimitadas não são permitidas. Para a maior parte dos
trabalhadores, o limite é de 44 horas semanais de trabalho, com duração máxima
de oito horas diárias. Em tese, o trabalhador remoto não tem direito a hora
extra, mas, se for exigido que ele trabalhe mais do que oito horas, a CLT estabelece que o máximo de horas extras
permitidas é de até duas horas por dia. A jornada poderá chegar a 12 horas
diárias para os trabalhadores submetidos ao regime 12x36 (12 horas de trabalho
seguidas de 36 horas de descanso).
"A
jornada ajustada e a forma de compensação de eventuais horas excedentes ao
pactuado devem constar no contrato de trabalho", diz a advogada. Não há como
garantir que o colaborador, eventualmente, extrapole o limite de horas diárias,
mas ele deve ser orientado a manter a mesma rotina de trabalho realizada nas
dependências da empresa e a atuar, preferencialmente, no horário comercial. Se
o contrato não pedir exclusividade, ele pode trabalhar para mais de uma
empresa, desde que não haja incompatibilidade entre as cargas horárias e que as
empresas não sejam concorrentes.
A importância do contrato de trabalho
É imprescindível
elaborar um contrato individual (ou coletivo) de trabalho nessa modalidade,
para estabelecer direitos e obrigações entre empresa e empregado, conforme
explica Souza. As atividades que serão realizadas pelo empregado devem constar
do documento, assim como a indicação do responsável pelo custeio de materiais e
infraestrutura necessários ao trabalho, como notebook, energia, internet e
telefone.
Fonte: Contas em Revista
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Ex-Empregado e sua testemunha podem ser condenados por litigância de má-fé na área trabalhista?
Publicado em
09/07/2019
às
16:00
O juiz
Fernando Gonçalves Fontes Lima, em exercício na 6ª Vara do Trabalho de
Brasília, condenou uma bancária a indenizar a União e um banco em valores
correspondentes a 10% e 20% sobre o valor da causa, respectivamente, por
litigância de má-fé.
De acordo com o
magistrado, a trabalhadora acionou a Justiça do Trabalho em busca de
enriquecimento sem causa, provocando, com mentiras, uma demanda desnecessária e
que sobrecarrega inutilmente o Poder Judiciário.
A testemunha da
bancária, que depôs em juízo confirmando as alegações inverídicas da bancária,
também foi condenada por litigância de má-fé.
A trabalhadora
ajuizou reclamação trabalhista para questionar a jornada de 8
horas a que era submetida, e não de 6 horas, como prevê o artigo 224 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para os bancários, e também as horas extras realizadas além da 8ª hora de trabalho.
Questionou, ainda, a
não concessão de intervalo antes do início de
período extraordinário de trabalho. A autora deu à causa o valor de R$ 300 mil.
Após analisar a lista
de atribuições da autora, o magistrado frisou que ela não pode ser considerada
uma bancária do nível hierárquico mais baixo possível.
A bancária tinha senha
para fazer liberação de contratos e contas, e também era responsável pela
tesouraria, algo que exige uma fidúcia pouco acima daquela básica depositada em
qualquer bancário, explicou o juiz.
Inspeção
O juiz salientou que
inspeção judicial realizada na agência bancária onde a autora da reclamação
trabalhava deixou claro que a jornada indicada por ela na petição inicial era
impraticável e que os registros de ponto eram feitos corretamente, conforme
afirmado por uma testemunha do banco.
Esses registros, ainda
de acordo com o magistrado, revelam que era concedido intervalo para refeição e descanso de uma hora.
Segundo o magistrado, o depoimento da testemunha da bancária, que tentou
confirmar a tese da defesa, "não possui a menor credibilidade e não pode ser
aceita como prova da supressão".
Ainda segundo o juiz,
a prática de horas extras após a 8ª hora,
conforme o controle de jornada, era algo que acontecia eventualmente.
Assim, por analogia, o
magistrado aplicou ao caso o entendimento da Súmula 437 (inciso IV) do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), adotando o entendimento de que nestas situações
esporádicas não é necessária a concessão de intervalo de 15
minutos antes da prorrogação da jornada.
Com esses fundamentos,
o magistrado negou todos os pedidos feitos pela trabalhadora na reclamação.
Má-fé
Conforme inspeção
judicial e prova oral, salientou o magistrado na sentença, a autora da
reclamação acionou a Justiça do Trabalho "inventando fatos a fim de obter um
ganho financeiro indevido, de buscar enriquecimento sem causa.
Mentiu,
propositalmente, não apenas quanto à jornada praticada, como também em relação
à higidez dos controles de ponto, provocando uma demanda totalmente
desnecessária e que sobrecarrega inutilmente o judiciário".
Por entender que o
comportamento da trabalhadora se amolda ao que prevê o artigo 80 (incisos II,
III e V) do Código de Processo Civil (CPC), o juiz condenou a bancária a pagar
multa de 10% sobre o valor da causa, para a União, e ainda a indenizar a
instituição financeira em valor correspondente a 20%, também sobre o valor da
causa.
CPC - Art. 80.
Considera-se litigante de má-fé aquele que:
.
II - alterar a verdade
dos fatos;
III - usar do processo
para conseguir objetivo ilegal;
.
V - proceder de modo
temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
Testemunha
Segundo magistrado, a
testemunha da trabalhadora, ouvida em juízo, prestou depoimento não para
esclarecer os fatos, "mas apenas para corroborar a inverídica tese inicial".
Assim, com base no
artigo 793-D da CLT, vigente à época do depoimento, o
juiz também condenou a testemunha a pagar multa, arbitrada em 10% do valor da
causa, em favor da União.
Art. 793-D.
Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha
que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao
julgamento da causa. (Incluído pela Lei 13.467/2017)
Cabe recurso contra a
sentença.
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo
específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças. Porém,
situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TRT/DF - Processo nº 0001319-88.2017.5.10.0006
(PJe). - Adaptado pelo Guia Trabalhista.
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Jeito de trabalhar mudou
Publicado em
06/07/2019
às
14:00
Cinco mantras de carreira não valem mais nada
O mercado de trabalho já não é mais o mesmo. Com
uma presença relevante de jovens com outra formação nas empresas, os objetivos
e ideais de vida desses trabalhadores são diferentes da geração que os
antecedeu.
Além disso, o avanço da tecnologia e a internet vêm
revolucionando a maneira como as empresas atuam no mercado, de acordo a
especialista em gestão estratégica de pessoas e coach executiva Cláudia Santos.
"Antes, os produtos e processos eram mais
padronizados, estáveis e constantes. Hoje, eles passaram a ser mais complexos e
voláteis, o que trouxe mudanças na conduta e no comportamento do empregador e
dos funcionários", diz.
Diante desse cenário, alguns mantras da vida
profissional ficaram ultrapassados. Veja a seguir cinco conselhos de carreira
que já não se aplicam ao mercado atual, segundo a especialista Cláudia Santos e
o coach e consultor de carreira Emerson Weslei Dias.
1. Faça carreira em uma só empresa
Até meados dos anos 2000, as empresas eram as
principais responsáveis por guiar a carreira de seus funcionários. Por isso era
mais comum ficar vários anos em uma mesma companhia. Atualmente, o profissional
assumiu o controle sobre sua carreira e observa mais as possibilidades do
mercado. Assim, trocar de empresa e testar novas funções não é mais visto como
falta de comprometimento, mas sim como uma busca por conhecimento e por
diferentes experiências.
2. Obedeça a seu chefe sem questionar
No passado, era comum as empresas serem mais
formais, concentradoras e com uma hierarquia rígida, na qual o chefe mandava e
o empregado obedecia sem questionar. Hoje, as empresas têm dado mais valor a
profissionais com iniciativa, que sugerem mudanças, contribuem com novas ideias
e se sintam parte do negócio.
3. Seja temido para ser respeitado
A liderança do passado tinha uma postura distante e
tentava incitar o medo para ser respeitada. O líder atual deve ser um parceiro
de sua equipe e construir uma relação com base na confiança. Porém é importante
deixar claro quais são os limites dessa parceria, o que ajudará a identificar
quando houver algum tipo de abuso causado pelo excesso de intimidade.
4. Ignore suas emoções
Embora continue sendo importante tomar decisões
racionais, o componente emocional não deve ser ignorado. Algumas vezes é
preciso correr riscos para atingir um objetivo, e o excesso de racionalidade
pode atrapalhar. Esses riscos, porém, devem ser calculados e é necessário ter
um plano de ação para o caso de algo dar errado.
5. Apresente resultados, independentemente dos meios
Antes, as empresas não se preocupavam tanto com a
imagem e até estimulavam abertamente práticas predatórias e antiéticas entre
seus funcionários. Hoje, essas atitudes são consideradas tóxicas no ambiente de
trabalho. O profissional deve ter uma visão voltada para a reputação da
empresa. Se ela polui, desmata ou ofende minorias, pode perder público e
credibilidade no mercado.
Fonte: UOL -
Afonso Ferreira/CRC-SP
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Jeito de trabalhar mudou
-
Empresas podem usar as redes sociais para impedir favorecimentos de testemunhas
Publicado em
13/06/2019
às
14:00
Com o
advento das redes sociais as empresas podem, havendo suspeita de amizade
intima, se valer destas informações para comprovar tal situação perante a
Justiça do Trabalho, de modo a impedir que a testemunha preste depoimento.
Considerando esta
facilidade em fazer "amigos" virtuais, muitos profissionais acabam adicionando
novos amigos por este já pertencer à lista de outro, mesmo nunca o tendo visto
pessoalmente.
Não bastasse o ciclo
de amizades criadas, a princípio, virtualmente, é comum as pessoas postarem
fotos compartilhando momentos juntos com amigos em eventos, festas,
aniversários, viagens ou outros momentos que desejam registrar.
Comprovação de fotos
em que a testemunha e reclamante aparecem em festas, viagens, eventos e etc.,
ou mensagens em que ambos pactuam agendas em finais de semana ou que
confessam a condição de amigos próximos, podem ser objetos de prova.
Como se sabe, as
testemunhas têm o compromisso de dizer a verdade, consoante o disposto no art.
829 da CLT:
"Art.
829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento
valerá como simples informação."
Se
houver qualquer ligação entre a testemunha e as partes (seja empregado ou
empregador) conforme indicado acima, a oitiva da mesma poderá ser contraditada
(impugnada/rejeitada), ocasião em que sequer será ouvida ou ainda que seja,
apenas como informante.
Fonte: Blog Trabalhista
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-
Escala de trabalho 12 X 36 e as indefinições decorrentes da Reforma Trabalhista
Publicado em
04/06/2019
às
12:00
A
escala de trabalho 12 x 36 (doze horas de trabalho por trinta e seis de
descanso) vem sendo utilizada há um bom tempo, escala esta que só era permitida
ser contratada,
quando prevista em acordo
ou convenção coletiva de trabalho
, já que não havia
lei específica disciplinando a matéria.
Observamos que
diversas decisões judiciais têm sinalizado que esta escala de trabalho é mais
benéfica ao trabalhador, sendo indeferido na maioria das ações, nos diversos
Tribunas Regionais, o pagamento como hora extra a partir da 8ª hora diária ou
44ª semanal, costumeiramente pleiteadas pelos reclamantes, dependendo de cada
caso concreto.
Entretanto, a partir
de nov/2017, a Lei 13.467/2017 (lei da Reforma
Trabalhista) inseriu o art. 59-A da CLT, estabelecendo que a
adoção deste tipo de jornada seria válida, também, por meio de acordo individual escrito.
Ocorre que três dias
contados do início da entrada em vigor da nova lei, foi publicada a Medida Provisória 808/2017 (que entrou em vigor em
14/11/2017, retirando a autonomia das partes (empregado e empregador), ou seja,
a partir do dia 14/11/2017, o empregador não mais poderia estabelecer a jornada
12 x 36 mediante contrato individual de trabalho.
O despreparo e o
descaso do poder legislativo e executivo com estas alterações são
lamentáveis, pois as incertezas geradas por leis aprovadas de uma hora para
outra, a insegurança jurídica desencadeada por normas que hoje devem ser
cumpridas e amanhã já não valem mais, é algo de se lamentar, de se repudiar.
Fonte:
Blog Trabalhista
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-
O que fazer para evitar indenizações pela divulgação de informações negativas de ex-empregado
Publicado em
30/05/2019
às
12:00
A
relação entre empregado e empregador nem sempre é de amizade, de
comprometimento, de respeito mútuo e dignidade. Em alguns momentos e dependendo
dos fatos que ocorrem no dia a dia, esta relação pode ser bastante
desrespeitosa, desgastante e até agressiva.
Assim como numa
relação pessoal, as divergências ocorridas durante esta relação (vigência
do contrato de trabalho) deveria ficar apenas entre as partes,
sem externar a terceiros as insatisfações de uma ou outra parte.
Ainda que as
consequências destas insatisfações sejam resolvidas somente diante da Justiça
do Trabalho, o fato é que depois de encerrada a discussão entre as partes,
ambas possam ter aprendido com o desgaste, para redirecionar a forma com que
estabelecem a organização do trabalho e das pessoas (por parte da empresa), bem
como a forma de agir para se adequar às normas, à visão e à missão da nova
empresa (por parte do empregado).
É comum que o novo
empregador busque referências sobre o candidato que está sendo selecionado,
oportunidade em que solicita ao(s) antigo(s) empregador(es), informações sobre
o histórico profissional do candidato.
Estas informações
geralmente são passadas pela área de recursos humanos do
antigo empregador, ou pelo gerente da área da qual o ex-empregado era
subordinado. Por isso o ex-empregador deve estar atento sobre como estas
informações estão sendo repassadas.
Estabelecer quem é o
responsável por informar sobre histórico de ex-empregados é muito importante,
bem como alertar estas pessoas sobre como estas informações são repassadas.
Não são raros os casos
de ex-empregados que, diante de um atrito no rompimento do emprego, busca
recolher provas das informações sobre seu histórico profissional, repassadas
pelos ex-empregadores.
Por isso, quando for repassar
informações sobre histórico profissional de ex-empregados, evite externar
eventuais divergências ocorridas tais como:
·
Mal desempenho profissional;
·
Reclamação Trabalhista impetrada
contra a empresa;
·
Expor eventuais conflitos
internos;
·
Acusar o ex-empregado por furto ou
roubo;
·
Acusar de prática de assédio moral
ou sexual;
·
Desabonar ou denegrir a imagem
do ex-empregado.
Isto
porque o §4º do art. 29 da CLT estabelece que é vedado ao
empregador, efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
Da mesma forma é o
entendimento quanto às informações desabonadoras que são repassadas via e-mail,
telefone, redes sociais ou mesmo pessoalmente.
Uma vez comprovado que
o empregador repassou informações negativas sobre o ex-empregado, este poderá
pleitear na Justiça do Trabalho a reparação por danos morais, conforme
julgamento recente do TRT do Rio Grande do Sul, abaixo transcrito:
EMPRESA É CONDENADA
POR DISSEMINAR INFORMAÇÕES NEGATIVAS SOBRE EX-EMPREGADO
Fonte: TRT/RS -
29.05.2019 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
A 2ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) condenou uma empresa
de reparos e pinturas a indenizar em R$ 6 mil, por danos
morais, um ex-auxiliar de serviços gerais.
Para o colegiado, foi
comprovado que a empresa passava informações desabonadoras sobre o ex-empregado
a quem perguntasse sobre seu histórico profissional. A decisão confirma
sentença do juiz titular da 1ª Vara do Trabalho de Gramado, Artur Peixoto San
Martin.
Áudios apresentados no
processo mostram duas ligações de pessoas que telefonaram para a reclamada em
busca de informações sobre o histórico profissional do autor.
Em ambos os
telefonemas, empregados do estabelecimento disseram que o reclamante não fazia
o trabalho que lhe competia e que, após ser despedido, ajuizou uma ação
trabalhista contra a empresa.
Nesse primeiro
processo, o auxiliar de serviços gerais fez um acordo com o ex-empregador. Mas,
alegando que a empresa passou a difamá-lo depois disso, ajuizou esta outra
ação, pedindo indenização por danos morais e
alegando que estava tendo dificuldade de obter um novo emprego por causa dessa
postura da empresa.
No primeiro grau, o
juiz Artur San Martin acolheu o pedido. Para o magistrado, ainda que o
trabalhador tenha admitido que os autores das ligações eram conhecidos seus, e
não potenciais empregadores, a prova é lícita, "uma vez que as gravações foram
realizadas pelos interlocutores das conversas, a fim de comprovar o direito do
empregado".
Ao ouvir o conteúdo
dos diálogos, o juiz considerou ilícita a atitude dos empregados do
estabelecimento, que gerou dano moral presumível
ao reclamante. O magistrado fixou a indenização em R$ 6 mil.
A empresa recorreu ao
TRT-RS, justificando que não foi a proprietária quem passou as informações, e
sim empregados. A 2ª Turma julgadora não acolheu o argumento e confirmou a
decisão de primeira instância.
Conforme a relatora do
acórdão, desembargadora Tânia Regina Silva Reckziegel, o fato de os empregados
da reclamada que prestaram informações desabonadoras sobre o autor não
possuírem poder diretivo não desqualifica a ilicitude do ato.
"Isso porque a
reclamada é responsável pelo ato de seus empregados, quando estes atuam em tal
qualidade. Portanto, assim como a origem, considero demonstrado que a
ex-empregadora do autor, por meio de seus funcionários, prestou informações
desabonadoras acerca de conduta obreira e de existência de reclamatória
trabalhista por ele ingressada, a fim de dificultar o seu reingresso no mercado de trabalho", concluiu a magistrada.
A decisão foi unânime.
Também participaram do julgamento as desembargadoras Tânia Rosa Maciel de
Oliveira e Brígida Joaquina Charão Barcelos. A empresa não recorreu do acórdão.
Fonte:
Blog Guia Trabalhista
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O que fazer para evitar indenizações pela divulgação de informações negativas
de ex-empregado
-
Empresa pode ser condenada a pagar danos morais por ofensas de empregados?
Publicado em
28/05/2019
às
10:00
A
Justiça do Trabalho de São Paulo (TRT-2) condenou uma empresa do ramo da
construção civil a pagar R$ 390 mil por
danos morais
a uma
arquiteta (reclamante no processo), devido a ofensas sexistas e de conteúdo
sexual e por ter tido sua imagem associada ao personagem Fofão.
No canteiro de obras
onde trabalhava, havia pichações com desenhos obscenos e ameaçadores, sendo que
nenhuma providência foi tomada pela empregadora para coibir as agressões e o
assédio sofridos pela empregada.
A empresa também terá
de pagar R$ 10 mil de horas extras e seus
reflexos. A decisão, da 14ª Turma do TRT-2, foi unânime.
Nas paredes da
construção na qual a arquiteta trabalhava, havia desenhos com ofensas sexistas
à reclamante. Tudo foi registrado por fotografias que foram anexadas aos autos.
O ato foi considerado
gravíssimo pelo TRT-2. "A arquiteta se encontrava em um ambiente de trabalho
agressivo, inóspito e sem a menor segurança. A empregadora, por sua vez, não
demonstrou nenhum ato em mitigar as ofensas ou de punir os ofensores", destacou
o juiz convocado Marcos Neves Fava, relator do acórdão.
Além disso, durante
evento festivo e público patrocinado pela empresa, a empregada teve sua imagem
associada à do personagem Fofão.
Segundo o relator, "a
questão não está sequer na qualidade da personagem, mas no direito de o
empregador patrocinar a aplicação de um apelido à reclamante. O nome é parte da
personalidade e se encontra protegidíssimo pelo Código Civil (.).
Desrespeitou-a o empregador e ainda incentivou o desrespeito dos demais".
O fato aconteceu em
2010 e, por isso, a empresa recorreu da decisão, com pedido de nulidade da
decisão judicial alegando prescrição da "suposta ofensa" e desproporcionalidade
da indenização.
O juízo de 1º grau
havia condenado a empresa em R$ 40 mil, decisão reformada pelo Tribunal. E,
sobre a prescrição, o magistrado explica: "O ato gerou projeções para o
restante do período contratual. De um lado pela associação da imagem da
reclamante ao 'Fofão', personagem caricato e, por isso, ao humano, pejorativo.
De outro lado, porque o desrespeito à integridade da reclamante patrocinou,
como se comprovou depois, a manutenção do desrespeito à integridade da autora".
Ainda cabe recurso.
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo
específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças. Porém,
situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TRT/SP - (Processo nº 10005308820185020029).-
Adaptado pelo Guia Trabalhista, com "nota da M&M Assessoria Contábil.
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-
Revista de bolsas e pertences sem contato físico caracteriza ofensa?
Publicado em
15/05/2019
às
16:00
A
Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta a
uma rede de lojas o pagamento de indenização por
dano moral
em razão
da revista de bolsas e pertences de uma operadora de caixa de uma de suas lojas
em Senhor do Bonfim (BA).
A Turma seguiu o
entendimento da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) de
que a fiscalização sem contato físico não caracteriza ofensa à honra ou à
intimidade física do empregado.
Fiscalização
A empregada afirmou,
na reclamação trabalhista, que a revista era realizada
diariamente na frente de clientes.
O preposto da empresa,
em depoimento, confirmou que eram revistados os pertences dos empregados e
gerentes na presença de clientes e pessoas que circulavam próximos ao local.
Acrescentou que todos os empregados que compravam produtos na loja tinham de
mostrar os recibos e as sacolas aos seguranças.
O juízo condenou a
empresa ao pagamento de R$ 10 mil de indenização por danos morais. Embora reduzindo à metade esse valor, o
Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) manteve o entendimento de que a
conduta da empresa era ilícita.
Para o TRT, o fato de
a revista não ser feita nos clientes demonstra a desconfiança do empregador em
relação a seus empregados.
Ofensa não caracterizada
No exame do recurso de
revista da empresa, o relator, ministro Emmanoel Pereira, destacou que a SDI-1
pacificou o entendimento de que a fiscalização do conteúdo de bolsas, mochilas
e pertences pessoais dos empregados de forma indiscriminada e sem qualquer
contato físico não caracteriza ofensa à honra ou à intimidade do trabalhador
capaz de gerar dano moral passível de reparação.
No caso, segundo o
relator, não se verificou conduta abusiva, ilícita ou excessiva praticada pela
empresa, mas ato que decorre do seu próprio poder diretivo e fiscalizador.
Por unanimidade, a
Turma deu provimento ao recurso para excluir da condenação o pagamento da
indenização.
Nota M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo específico, e pode
servir como um norteador para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes
poderão ter decisões diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e
segundo graus.
Fonte: TST -
Processo: RR-76-42.2016.5.05.0311. Adaptado pelo Guia Trabalhista, com "nota" da M&M Assessoria Contábil.
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-
Conheça os serviços da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho para o trabalhador
Publicado em
12/05/2019
às
12:00
Conheça alguns dos serviços importantes para
os trabalhadores que são coordenados pela secretaria:
Carteira de
Trabalho - A Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS) é o documento obrigatório para toda pessoa que venha
a prestar algum tipo de serviço, seja na indústria, no comércio, na
agricultura, na pecuária ou mesmo de natureza doméstica.
Pode ser
feita em todo o país em superintendências e agências credenciadas. Os
documentos necessários podem ser encontrados aqui: http://www.trabalho.gov.br/carteira-de-trabalho-e-previdencia-social-ctps/documentacao-obrigatoria
Carteira de
Trabalho Digital - Além da versão em papel,
os trabalhadores podem baixar no celular (Android e iOS) o aplicativo do
documento. Ela pode ser encontrada gratuitamente nas lojas de aplicativos com o
nome CTPS Digital. Embora ele ainda não valha como documento oficial, é
importante porque nela está todo o histórico laboral do trabalhador.
Seguro-Desemprego
- O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da
seguridade social, garantido pelo art.7º dos Direitos Sociais da Constituição
Federal e tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao
trabalhador dispensado involuntariamente. O acesso ao benefício, o valor e
quantidade de parcelas a receber segue uma série de critérios, descritos
aqui: http://www.trabalho.gov.br/seguro-desemprego.
O
Seguro-Desemprego pode ser solicitado pessoalmente ou pela internet, por meio
do link https://empregabrasil.mte.gov.br/
Normas
Regulamentadoras - As Normas
Regulamentadoras (NRs) são um conjunto de requisitos e procedimentos relativos
à segurança e medicina do trabalho. Regulamentadas pela Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho, as NRs tratam de temas como prevenção de acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho e levam em conta a natureza e os riscos dos
trabalhadores nas diferentes áreas da economia. As normas podem ser conhecidas aqui.
Fiscalização - É
função da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho fiscalizar o
cumprimento da legislação trabalhista em todo país, com base na Constituição,
na CLT, em leis complementares e nas Normas Regulamentadoras em vigor. A
fiscalização também organiza operações especiais como combate ao trabalho
infantil e ao trabalho escravo. Os trabalhadores que tiverem dúvidas sobre o
cumprimento da lei nas empresas onde prestam serviço ou que quiserem denunciar
práticas ilegais podem procurar pela fiscalização nas agências e
superintendências da secretaria especial em todo o país.
Fonte: Ministério
da Economia/Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho/Assessoria de Imprensa
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Empresa que não recolheu INSS de empregado falecido deve pagar indenização equivalente a pensão por morte
Publicado em
10/05/2019
às
16:00
A
Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul condenou uma loja de móveis a pagar, a
duas filhas de um
trabalhador falecido
, os valores da
pensão por morte que elas teriam direito caso a empresa tivesse recolhido
regularmente o INSS do pai.
A
empresa manteve o empregado na informalidade por quase quatro anos, sem
assinar carteira de trabalho e sem recolher contribuições
previdenciárias.
Com
isso, o trabalhador perdeu a qualidade de segurado e, após seu falecimento, as herdeiras tiveram a pensão negada pela
Previdência Social.
A
condenação foi imposta pelo juiz Adair João Magnaguagno, titular da 2ª Vara do
Trabalho de Gramado, e confirmada pela 2ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (RS).
A empresa deverá
pagar, na forma de indenização por dano material, o valor
da pensão por morte até que as filhas obtenham o benefício no INSS - a
partir do recolhimento retroativo das contribuições do empregado por parte da
loja - ou até que elas completem 21 anos de idade.
Nesse último caso,
quando a primeira atingir essa idade-limite, a outra passará a receber o valor
integral da indenização até os 21 anos.
Prejuízo Reconhecido
O pai das reclamantes
trabalhou para a loja de móveis entre 15 de abril de 2011 e 11 de janeiro de
2014, dia do seu falecimento. Em outro processo trabalhista, foi
reconhecida a relação de emprego entre as partes.
Em 1º de abril de
2016, as duas filhas postularam pensão por morte perante o INSS, mas o pedido
foi indeferido porque a última contribuição previdenciária do
seu pai ocorreu em 15 de outubro de 2010 - antes, portanto, de ele começar a
trabalhar para a loja.
Conforme a legislação
previdenciária, a pessoa perde a qualidade de segurada do INSS após um ano da
última contribuição. Sentindo-se prejudicadas, as dependentes ajuizaram a ação
trabalhista.
A relatora do acórdão
na 2ª Turma do TRT-RS, desembargadora Tânia Regina Silva Reckziegel, observou
que a postura da empresa de usufruir de mão de obra do trabalhador sem
formalizar a relação de emprego prejudicou o cômputo dos salários de contribuição do período, causando dano
aos dependentes do ex-empregado, que não tiveram reconhecido
o direito à pensão.
Assim,
a magistrada reconheceu os requisitos necessários para a responsabilização da
empresa: o ato ilícito do não recolhimento das contribuições previdenciárias e
o dano material sofrido pelas reclamantes em razão dessa conduta ilícita da
loja.
Também participaram do
julgamento os desembargadores Marcelo José Ferlin D'Ambroso e Brígida Joaquina
Charão Barcelos. A empresa recorreu da decisão ao Tribunal Superior do Trabalho
(TST).
Fonte: TRT/RS - 08.05.2019 - Adaptado pelo Guia
Trabalhista.
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Os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada não inscritos no CadÚnico podem ter seu benefício suspenso
Publicado em
17/04/2019
às
08:00
Os
beneficiários do
benefício de prestação continuada
da
Assistência Social - BPC terão seu benefício suspenso quando não realizarem a
inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal -
CadÚnico no prazo previsto na legislação.
O
benefício será suspenso quando:
I
- houver prova inequívoca da ciência da notificação e o beneficiário não
estiver inscrito no CadÚnico até a data da suspensão;
II
- o interessado não entrar em contato com o INSS em até 30 dias após a data do
bloqueio do benefício.
O
cronograma de suspensão que havia sido publicado pela Portaria MDS 2.651/2018 foi alterado pela Portaria MC 631/2019, conforme quadro abaixo:

Os
interessados poderão interpor recurso contra a suspensão do benefício nos
canais de atendimento disponibilizados em até 30 (trinta) dias a partir da data
da suspensão.
Para
não ter seu benefício suspenso, o beneficiário poderá realizar a inscrição
no Cadastro Único até o final do prazo do lote da tabela acima ao qual está
vinculado, sem que haja prejuízo no pagamento do benefício.
Caso
não haja a inscrição, a suspensão terá efeitos a partir do pagamento do
mês subsequente ao final do prazo estabelecido para cada lote, de acordo com o
cronograma.
O
benefício poderá ser reativado quando identificada a inscrição no Cadastro
Único mediante solicitação ao INSS, oportunidade em que haverá o pagamento
de todos os valores devidos durante o período em que a emissão do crédito
esteve suspensa.
O
benefício será cessado:
I
- quando o interessado não interpuser recurso ao Conselho de Recursos do Seguro
Social (CRSS) no prazo de trinta dias, contado da suspensão do benefício; e
II
- quando o recurso ao CRSS não for provido.
Fonte: Portaria MDS
2.651/2018 e Portaria MC 631/2019 - Adaptado pelo Guia
Trabalhista.
-
Rio Grande do Sul abriu 22.463 novas vagas de empregos formais em fevereiro/2019
Publicado em
30/03/2019
às
12:00
Setores
com melhor desempenho foram os de Serviços, Agropecuária e Comércio
O
estado do Rio Grande do Sul terminou o mês de fevereiro/2019 com saldo positivo
de 22.463 empregos formais, aponta o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged). Os dados foram divulgados pela Secretaria de Previdência
e Trabalho do Ministério da Economia, nesta segunda-feira 25/03/2019. O número
representa crescimento de 0,89%, em relação a janeiro. Foram 114.853 admissões
e 92.390 desligamentos durante o período.
O setor com melhor desempenho no mês foi o da Indústria de Transformação, que
teve geração de 11.408 novos postos de trabalho. Serviços, com 5.521, e agropecuária,
com 4.715 novos empregos, aparecem na sequência.
Desempenho
nacional - O Brasil
registrou a abertura de 173.139 novos postos de trabalho com carteira assinada
em fevereiro deste ano, mais do que o dobro do registrado no mesmo período de
2018 (quando foram gerados 61.188 postos). O saldo desse mês é o sexto melhor
da série histórica do cadastro, desde 1992.
O saldo representa aumento de 0,45% em relação a janeiro. Foram 1.453.284
admissões e 1.280.145 desligamentos em fevereiro. Nos dois meses de 2019 já são
2.797.412 admissões e 2.585.938 desligamentos - saldo de 211.474 postos de
trabalho e alta de 0,55%.
Este é o terceiro ano consecutivo de saldos positivos e crescentes após os anos
de recessão, o que se reflete na recuperação do contingente de empregos
celetistas desde 2017. Em fevereiro, o estoque de empregos alcançou 38,6
milhões de postos de trabalho formais, um aumento de 0,45% em relação ao mês
anterior e de 1,51% em relação ao mesmo período do ano passado.
O
melhor desempenho em fevereiro foi no setor de Serviços, com saldo de 112.412
postos de trabalho (+0,65%). O segundo setor com resultado mais expressivo foi
o de Indústria de Transformação, com geração de 33.472 empregos formais. O
segmento teve crescimento de 0,46% em relação ao mês anterior.
O setor de Administração Pública foi o terceiro em desempenho em fevereiro, com
saldo de 11.395 postos de trabalho. O número corresponde a aumento de 1,34% em
relação a janeiro.
Também apresentaram crescimento os setores de Construção Civil (11.097
empregos), Comércio (5.990 vínculos), Extrativa Mineral (985) e Serviços
Industriais de Utilidade Pública - SIUP (865). Apenas o setor de Agropecuária
apresentou queda (-3.077 postos).
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Rebaixar a função e manter o nível salarial - É legal?
Publicado em
20/03/2019
às
10:00
A
legislação trabalhista engloba uma série de princípios de proteção ao
trabalhador, este que é considerado, via de regra, como o hipossuficiente (o
mais frágil) na relação contratual.
Visando a limitação da
arbitrariedade do empregador ao exercer este poder de mando, o legislador
buscou equilibrar esta desigualdade ao estabelecer no art. 468 da CLT que:
"Nos contratos individuais de
trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo
consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente,
prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
"
Rebaixar um empregado em
decorrência de extinção de cargos, por extinção de áreas, setores ou atividades
específicas, por motivo de punição disciplinar ou
qualquer outro motivo que afronta o dispositivo legal, não é admitida pela
Legislação Trabalhista. Extrai-se, portanto, o entendimento de que qualquer
alteração contratual prejudicial ao empregado é nula.
Neste viés, o
rebaixamento de função em razão de reestruturação de cargos e salários da empresa, ainda que seja mantida a
sua remuneração, traz um prejuízo moral evidente ao empregado, não sendo
admitido nem mesmo por mútuo consentimento.
Por outro lado, não se
estará falando em rebaixamento quando o empregado é elevado a um cargo
superior, e que sua permanência nesta nova função dependa de seu desempenho
durante um período de experiência, devidamente acordado entre as
partes, ou seja, a manutenção do cargo novo dependerá do desempenho do
empregado de acordo com as expectativas da empresa.
Fonte:
Blog Trabalhista
-
Tribunal do Trabalho do RS determinou que a empresa deve entregar os documentos para empregada para que ela possa ajuizar ação trabalhista contra a própria empresa
Publicado em
13/03/2019
às
12:00
A 6ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) cassou a sentença que
extinguiu uma ação de produção antecipada de provas ajuizada por uma
trabalhadora em Erechim, na região norte gaúcha.
A autora acionou a
Justiça do Trabalho para que fosse determinada à ex-empregadora - uma cooperativa do setor de alimentação - a liberação de
documentos relacionados a controle de jornada, folha de pagamento,
exames médicos e relatório de advertências ou
suspensões aplicadas durante o contrato.
As informações a
auxiliariam a calcular os valores dos direitos que seriam postulados na ação
principal. Ela alegou que já havia notificado extrajudicialmente
a cooperativa para que apresentasse os documentos, mas não teve resposta.
O juízo da 1ª Vara do
Trabalho de Erechim indeferiu o pleito, extinguindo a ação sem análise de
mérito. A sentença destaca que o artigo 840 da CLT exige que os
pedidos sejam certos, determinados e com indicação de seu valor, e que a lei
não prevê exceções à norma.
A julgadora entendeu
que se o empregado necessita de algum documento de posse da reclamada para
melhor especificar o valor ele deve requerê-lo na petição inicial, já
justificando a não apresentação do respectivo pedido líquido.
Acrescentou que o
artigo 291 do CPC prevê a fixação do valor da causa como um todo. "Todavia,
essa mera exigência de uma estimativa global dos valores não justifica, por si
só, a tutela para exibição antecipada de documentos", cita a sentença.
Inconformada, a
trabalhadora recorreu ao TRT-RS. O relator do acórdão na 6ª Turma,
desembargador Fernando Luiz de Moura Cassal, deu razão à autora.
O magistrado destacou
que o artigo 840, parágrafo primeiro, da CLT, com a redação dada
pela Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), estabelece os requisitos da petição
inicial para a reclamação escrita, dentre eles a indicação do valor do pedido.
Também citou que o
artigo 791-A da CLT, igualmente incluído pela Reforma,
instituiu os honorários de sucumbência no
processo do trabalho, a incidir "sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre
o valor atualizado da causa", inclusive na hipótese de sucumbência recíproca e
mesmo havendo concessão do benefício da justiça gratuita.
"Considerando o
conteúdo de tais dispositivos legais, bem ainda o cenário de incertezas na sua
aplicação, tenho por evidente o interesse processual da empregada no
requerimento de exibição prévia dos documentos do seu contrato de trabalho, a fim de viabilizar o ajuizamento da
ação trabalhista atendendo os requisitos exigidos no artigo 840, § 1º, da CLT", afirmou o desembargador.
O magistrado explicou
que, embora entenda não ser imprescindível a exibição prévia dos documentos do
contrato para a indicação do valor do pedido, sendo suficiente a mera
estimativa das quantias pretendidas, não se pode tolher o direito da parte que
pretenda utilizar este remédio legal para dimensionar o valor a ser atribuído a
cada um dos pedidos que venham a ser formulados, principalmente diante do novo instituto
da sucumbência inserido no processo do trabalho.
"Assim, com fulcro no
art. 381, II e III, do CPC/2015, entendo que a requerente possui interesse de
agir, e que esta medida se mostra útil para instruir ou prevenir uma
futura reclamação trabalhista", concluiu Cassal.
O relator votou pela
cassação da sentença que extinguiu a ação, determinando o retorno do processo
ao primeiro grau para o normal prosseguimento da reclamatória.
As demais
participantes do julgamento, desembargadoras Maria Cristina Schaan Ferreira e
Beatriz Renck, acompanharam o voto. O processo já retornou à 1ª VT de Erechim
para ter continuidade.
Nota M&M: Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo
específico, e pode servir como um norteador para futuras sentenças. Porém,
situações semelhantes poderão ter decisões diferentes, especialmente nas
esferas de primeiro e segundo graus.
Fonte: TRT/RS- Adaptado pelo Guia
Trabalhista, com Nota da M&M
Assessoria Contábil.
-
Participação obrigatória em danças motivacionais expõe empregados ao ridículo?
Publicado em
03/03/2019
às
16:00
A
imposição da participação em danças e cânticos motivacionais expõe o empregado
a situação vexatória e caracteriza
dano moral
.
Com esse entendimento,
a Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou uma grande rede de
supermercados a pagar indenização por danos morais de R$
3 mil a uma fiscal de prevenção de perdas que era obrigada a entoar gritos de
guerra e a rebolar na frente dos colegas, prática conhecida na empresa
como cheers.
Técnica
motivacional
A empresa foi
condenada pelo juízo de primeiro grau ao pagamento da indenização,
mas o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) julgou improcedente o
pedido.
Ainda que as
testemunhas tivessem afirmado que a participação no cheers era
obrigatória, as técnicas motivacionais, na avaliação do TRT, não
configuram qualquer ofensa aos empregados.
Exposição ao ridículo
Na análise do recurso
de revista da fiscal, o relator, ministro Augusto César Leite de Carvalho,
assinalou que, de acordo com a jurisprudência do TST, a imposição de danças e
cânticos motivacionais expõe o empregado ao ridículo, "principalmente quando se
verifica que tais danças eram obrigatórias e envolviam a prática de prendas
para os empregados que não cantassem".
Ele citou diversas
decisões do TST no mesmo sentido em processos envolvendo a mesma empregadora.
Abuso de poder diretivo
Para o relator, embora
a dança, "denominada cheers em razão da origem norte-americana
da empresa", seja apresentada como supostamente motivacional, tal conduta não
se amolda às funções dos empregados de um supermercado.
A situação, a seu ver,
caracteriza abuso do poder diretivo do empregador e ofende a dignidade, a
intimidade, a imagem e a honra do empregado.
Por unanimidade, a
Turma deu provimento ao recurso e restabeleceu a sentença.
Nota
M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo específico, e pode
servir como um norteador para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes
poderão ter decisões diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e
segundo graus.
Fonte: TST - Processo: RR-302-97.2013.5.04.0305. -
Adaptado pelo Guia Trabalhista e pela M&M
Assessoria Contábil.
-
O Tempo de Espera do Motorista Profissional é Acrescido ao Salário?
Publicado em
27/02/2019
às
10:00
Conforme
dispõe a Lei 13.103/2015, são considerados tempo de espera:
· As horas em que o motorista profissional empregado ficar
aguardando carga ou descarga do veículo nas dependências do embarcador ou do
destinatário;
· O período gasto com a fiscalização da mercadoria
transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias.
O
tempo de espera não será computado como jornada de trabalho e
nem como horas extraordinárias.
As
horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na proporção de 30%
(trinta por cento) do salário-hora normal.
Quando
a espera for superior a 2 horas ininterruptas e for exigida a permanência do
motorista empregado junto ao veículo, caso o local ofereça condições adequadas,
o tempo será considerado como de repouso para os fins do intervalo intrajornada e interjornada, sendo
devidas o adicional de 30%.
Em
nenhuma hipótese, o tempo de espera do motorista empregado prejudicará o
direito ao recebimento da remuneração correspondente ao
salário-base diário.
Durante
o tempo de espera, o motorista poderá realizar movimentações necessárias do
veículo, as quais não serão consideradas como parte da jornada
de trabalho, ficando garantido, porém, o gozo do descanso de 8 horas ininterruptas.
Nota: O tempo de reserva - tempo em que o
motorista estiver em repouso (no veículo em movimento) nos casos de revezamento
de motoristas trabalhando em dupla no mesmo veículo - previsto pelo § 6º do
art. 235-E da CLT, foi revogado pela Lei 13.103/2015 e
não deve ser computado e nem remunerado como tempo de espera.
Fonte: Blog Trabalhista, com adaptações da M&M
Assessoria Contábil
-
Pernoite em Caminhão é Considerado Tempo à Disposição do Empregador?
Publicado em
21/02/2019
às
16:00
A
Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho julgou improcedente o pedido de
um motorista de Minas Gerais de recebimento das horas noturnas em que
permanecia na cabine do caminhão. A decisão segue o entendimento do TST de que
o período de pernoite nessas condições não caracteriza tempo à disposição do
empregador.
Riscos de assalto
O
motorista foi contratado em março de 2011 por uma empresa de medicamentos e
dispensado em janeiro de 2013.
Na reclamação trabalhista, ele afirmou que transportava
medicamentos e matérias-primas para produzir remédios por todo país sem nenhuma
escolta e que se via obrigado a dormir dentro do caminhão para evitar possíveis
roubos ou assaltos à carga, que possui valor alto de venda.
Por
isso, a defesa pedia o pagamento relativo a esse período, em que considerava
estar à disposição do empregador "vigiando", pois tanto a mercadoria quanto o
veículo eram de sua "inteira responsabilidade".
Estado de alerta
O
juízo da 2ª Vara do Trabalho de Pouso Alegre (MG) indeferiu o pedido de
pagamento de horas extras porque o empregado
não conseguiu comprovar que a empresa o obrigava a ficar durante a noite dentro
do caminhão.
Mas o
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) acolheu os argumentos de que a
empresa não fornecia escolta durante as viagens e também não pagava diárias
para que o motorista dormisse em pousada ou pensão.
Segundo
o TRT, ao pernoitar na cabine, o motorista exerce a defesa da carga transportada
com maior prontidão e presteza para evitar ou inibir a atuação de criminosos.
No
entanto, os desembargadores enquadraram a situação como horas de espera, e não
como tempo à disposição do empregador, pois o motorista não ficava aguardando
ordens.
Segundo
o acórdão, o período de descanso era prejudicado porque ele tinha de permanecer
em estado de alerta, o que resultava numa qualidade de sono ruim.
Incompatibilidade
Para o
relator do recurso de revista da empresa, ministro José Freire Pimenta, o período
de pernoite do motorista de caminhão não caracteriza tempo à disposição, uma
vez que as funções de vigiar e de descansar são naturalmente incompatíveis.
"Trata-se unicamente de circunstância inerente ao trabalho desenvolvido",
enfatizou.
O
ministro citou diversos precedentes de Turmas e da Subseção 1 Especializada em
Dissídios Individuais (SDI-1) para demonstrar que o TRT decidiu em desacordo
com a jurisprudência do TST. A decisão foi unânime.
Nota
M&M:
A decisão acima refere-se a uma situação específica e foi tomada por um grupo
de juízes específicos. Portanto, poderá ocorrer que em situações semelhantes os
juízes do processo tomarem decisões diferentes desta aqui apresentada.
Fonte: TST --
Processo: RR-832-74.2013.5.03.0129 - Adaptado pelo Guia Trabalhista e por M&M Assessoria
Contábil.
-
Trabalhador Readaptado para Função Interna Continuará a Receber Adicional Relativo à Atividade Externa
Publicado em
06/02/2019
às
16:00
A
Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a empresa de correios a
restabelecer o pagamento do adicional de atividade de distribuição e/ou coleta
externa (AADC) a um carteiro readaptado para a função de atendente comercial em
razão de doença ocupacional.
Em sua decisão, a
Turma seguiu o entendimento do TST de que a readaptação não pode implicar
redução salarial.
Na reclamação trabalhista, o empregado argumentou que, mesmo
não exercendo mais atividade externa, a retirada do adicional era indevida.
No entanto, o Tribunal
Regional do Trabalho da 22ª Região (PI) confirmou a sentença, em que o juízo de
primeiro grau havia indeferido a parcela.
Para o TRT, o
adicional está previsto apenas para os empregados que exerçam atividades em
ambiente externo.
Jurisprudência
Segundo o relator do
recurso de revista do ex-carteiro, ministro Breno Medeiro, a jurisprudência do
Tribunal vem se posicionando no sentido de que o empregado que exercia funções
externas e foi readaptado para funções internas em decorrência de acidente de
trabalho tem direito à manutenção da parcela adicional, pois a readaptação não
pode implicar redução salarial.
Em seu voto, o relator
citou diversos precedentes de Turmas do TST nesse sentido.
A decisão foi unânime.
Após a publicação do acórdão, foram opostos embargos de declaração, ainda não
julgados.
Fonte:
TST - Processo: RR-2226-73.2016.5.22.0003. - Adaptado pelo Guia Trabalhista
-
Perda auditiva por exposição a ruído é um dos maiores riscos no trabalho
Publicado em
23/01/2019
às
15:00
Perigo
de surdez no ambiente ocupacional afeta principalmente quem atua em indústrias;
medidas de prevenção ajudam a evitar o problema
Lembrado
sempre pelo incentivo ao diagnóstico precoce do câncer de próstata, o mês de
novembro também é marcado pela prevenção e o combate à surdez. A perda auditiva
por exposição ao ruído é um dos mais frequentes riscos ocupacionais. Por isso,
é importante tomar alguns cuidados para evitar esse problema no ambiente de
trabalho.
A
perda é lenta e geralmente não leva à surdez total, mas ocorre uma redução
significativa e irreversível da capacidade auditiva. As fontes mais frequentes
de ruído nos ambientes de trabalho são as máquinas. As indústrias, portanto,
são ambientes potencialmente perigosos, em especial a da construção, a
metalmecânica e a da madeira (veja abaixo quadro das 12 principais ocupações
com casos de perda auditiva).
Outros
ambientes que podem elevar o risco de perda auditiva são os aeroportos, por
causa das turbinas dos aviões, e restaurantes, boates e estabelecimentos de
entretenimento com música e sistemas de som em alto volume.
O
trabalhador com perda auditiva pode receber auxílio-doença caso fique afastado
por período superior a 15 dias. Nessas condições, ele tem estabilidade de um
ano após o retorno ao trabalho.
Prevenção - De
acordo com o assistente técnico do Departamento de Segurança e Saúde no
Trabalho, Jeferson Seidler, o uso do protetor auditivo, como Equipamento de
Proteção Individual (EPI), é indispensável em muitas situações, mas não é a
melhor maneira de prevenir o problema e não pode ser a única.
"O
empregador tem que identificar as fontes de ruído e procurar atenuar o barulho
- se possível, isolar completamente - na fonte e na trajetória. Somente
enquanto está implantando essas medidas de proteção coletiva, ou naquelas
situações em que esse isolamento é inviável, é que o EPI deve ser utilizado. É
possível também usar o EPI como uma proteção a mais em exposições de curta
duração", diz Seidler.
A
Norma Regulamentadora nº 07 (NR-07) determina que todos os trabalhadores com
exposição a ruídos acima de 85 decibéis (dB) devem ser submetidos a exame de
audiometria no momento da admissão. O teste deve ser refeito seis meses após a
entrada no emprego e, anualmente, a partir de então.
É
importante que trabalhadores e empregadores estejam atentos também a sintomas
como zumbidos, dificuldade para compreensão da fala durante conversas, dificuldade
para saber a origem da fonte sonora, dificuldade de atenção e concentração na
execução das tarefas, dores de cabeça frequentes, tonturas, irritação e
ansiedade, entre outros.
Redução -
Os registros de perda auditiva relacionada ao trabalho têm diminuído nos
últimos anos. Em 2017, foram 366 casos em todo o Brasil, sendo 344 com
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e 22 sem CAT. No ano anterior, foram
440 casos (399 com CAT e 41 sem CAT).
A
queda é ainda mais significativa quando se incluem os dados de 2015. Naquele
ano, houve 690 afastamentos por perda auditiva (639 com CAT e 51 sem CAT). Nos
últimos cinco anos, o Brasil teve 2.838 casos - sendo 2.3617 com CAT e 221 sem
CAT.
É
importante lembrar que os números não refletem a realidade. Como a perda
auditiva não costuma gerar afastamento do trabalho e pode ser adquirida ou
agravada fora do ambiente laboral, a emissão da CAT nem sempre é realizada.
"Ocorre que a comunicação deve ser feita também nos casos suspeitos, ou seja,
sempre que um trabalhador exposto a ruído apresentar a chamada perda auditiva
neurossensorial, ou tiver perda agravada de acordo com os critérios da NR-07, a
CAT deve ser registrada e a exposição ao ruído no trabalho e fora dele,
controlada", declara Seidler.
Publicações - A
Fundacentro, instituição ligada ao Ministério do Trabalho voltada para o estudo
e pesquisa das condições dos ambientes de trabalho, disponibiliza publicações
sobre saúde auditiva e normas para as empresas. Você pode baixar os materiais
gratuitamente pela internet.
Entre
elas, estão o Guia de Diretrizes e Parâmetros Mínimos para a Elaboração de
Gestão do Programa de Conservação Auditiva (PCA) e a Norma de Higiene
Ocupacional (NHO) 01-Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional
ao Ruído.
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de imprensa
-
OS RISCOS DO PAGAMENTO DE SALÁRIO "POR FORA"
Publicado em
14/01/2019
às
14:00
O principal motivo que leva o empregador a efetuar
esses pagamentos "extrafolha" é a alta carga tributária
O principal motivo que leva o empregador a efetuar
esses pagamentos "extrafolha" é a alta carga tributária sobre a folha de
pagamento, uma vez que os valores pagos informalmente não são considerados na
base de cálculo das horas extras, 13º salário, férias, aviso indenizado, médias
sobre descanso semanal remunerado, entre outras.
O salário "por fora" não deve ser confundido com o
salário in natura ou salário utilidade. O Salário in natura ou salário
utilidade é uma parcela do salário, paga em forma de alimentação, habitação,
bens ou utilidades diversas, conforme a CLT, no seu artigo 82. A Lei não proíbe
esse tipo de pagamento, desde que seja limitado a 70% do salário, os valores
sejam indicados em recibos de pagamento e os mesmos sofram todas as incidências
trabalhistas e previdenciárias. Ocorre que muitas empresas fazem esses
desembolsos sem transitar pela folha de pagamento, não efetuando o recolhimento
dos impostos devidos sobre essa quantia.
Diante disto, os empregadores pecam nas duas
situações, realizando o pagamento extrafolha de salário, horas extras ou até
mesmo do salário in natura.
Quando a empresa age dessa forma, o empregado
embora receba um salário líquido maior, é prejudicado em relação ao valor do
depósito do FGTS, multa de 40% em caso de rescisão, adicionais de horas extras
noturnas, periculosidade, entre outros, cujos valores seriam maiores se
constassem na folha de pagamento. O trabalhador perde também porque o reajuste
anual do salário é feito com base no valor do registro na carteira de trabalho
e não sobre seu rendimento total.
Caso ele tenha interesse em fazer um empréstimo, ou
financiamento terá dificuldades para comprovar sua renda total. É importante
salientar que independente de o funcionário aceitar ou não essa condição, a
responsabilidade e risco é sempre do empregador.
Essa prática por parte da empresa constitui
sonegação fiscal e crime contra a ordem tributária, conforme o artigo 1º e 2º
da Lei 8.137 de 1990 e também infringe a legislação trabalhista pois prejudica
o empregado, que pode ingressar com ação trabalhista.
Para a sociedade também acarreta reflexos negativos, quando o empregador deixa
de recolher contribuições sociais e imposto de renda sobre parte do salário,
diminui os recursos disponibilizados para a melhoria de vida da sociedade,
investimentos no desenvolvimento sócio-econômico. A arrecadação do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) financia programas sociais de habitação.
Em relação ao financiamento da seguridade social, a
previdência deixa de arrecadar, aumentando o seu déficit atual,
consequentemente o governo realiza reformas previdenciárias e trabalhistas,
para tentar diluir tais ações.
Em tempos de crise, toda medida preventiva e de
segurança é válida.
Fonte: Jornal Contábil
-
Guia orienta sobre prevenção e combate à discriminação no trabalho
Publicado em
03/01/2019
às
15:00
Documento
do Ministério do Trabalho ajuda a identificar casos de discriminação e explica
como se deve agir nessas situações
A
Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho está
lançando um guia com perguntas e respostas sobre prevenção e combate à
discriminação no trabalho. A publicação é destinada a trabalhadores,
empregadores, sindicatos, agências de emprego, profissionais de recursos
humanos e demais agentes das relações de trabalho.
O
intuito é esclarecer sobre como identificar questões de discriminação no
trabalho e como agir para impedir ou lidar com situações desse tipo. O
documento foi elaborado por um grupo formado exclusivamente para o estudo do
tema. Os participantes pertencem à Divisão de Fiscalização para Inclusão de
Pessoas com Deficiência e Combate à Discriminação no Trabalho da SIT.
A cartilha foi elaborada para responder às perguntas de forma prática. O
conteúdo da publicação também pode ser útil para orientar pessoas que atuam no
ramo jurídico.
Orientações
- Entre as questões abordadas estão as formas
de discriminação que podem ocorrer no trabalho, como o empregador deve proceder
em caso de denúncia, quais as exigências possíveis em currículos e formulários
de inscrição para emprego e quando uma dispensa é considerada discriminatória.
O guia é lançado em meio às comemorações pelos 70 anos da Declaração Universal
dos Direitos Humano e pelos 50 anos do decreto que promulgava a Convenção nº
111 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre discriminação em
matéria de emprego e profissão.
O guia está disponível no portal do Ministério do Trabalho.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria
de imprensa
-
Porto Alegre (RS) - Sine tem mais de 200 vagas de empregos abertas
Publicado em
27/12/2018
às
14:00
Interessados
devem comparecer ao Sine Municipal, na avenida Sepúlveda com Mauá, das 8h às
17h
Mais de 200 vagas estão abertas no Sine da Capital
| Foto: Marcello Casal Jr / ABr / Divulgação / CP
Nesta última semana do ano, o Sine Porto Alegre
está com 201 vagas de emprego abertas. As maiores ofertas são para operador de
máquinas fixas em geral, com 20 vagas, e mecânico de manutenção de máquinas
industriais, com 15. Há também 15 oportunidades para porteiro e 12 para
motorista particular.
Os interessados devem comparecer ao Sine Municipal,
na avenida Sepúlveda com Mauá, a partir desta quarta-feira, das 8h às 17h, com
carteira de trabalho e comprovante de residência. Para algumas funções, pode
ser exigida comprovação de experiência.
Confira as vagas:
Açougueiro 1
Ajudante de polimento 5
Ajudante de serralheiro 1
Analista de recursos humanos 1
Armador de estrutura de concreto 1
Atendente balconista 7
Atendente de balcão 3
Auxiliar de cozinha 3
Auxiliar de inventário 1
Auxiliar de manutenção elétrica e hidráulica 4
Auxiliar de manutenção predial 1
Auxiliar de marceneiro 2
Auxiliar de pessoal 1
Auxiliar mecânico de refrigeração 2
Bordador à máquina 1
Borracheiro 1
Caldeireiro de manutenção 5
Caldeireiro montador 5
Carpinteiro 1
Chefe de serviço de limpeza 1
Cilindrista de borracha 1
Cozinheiro de restaurante 1
Cozinheiro geral 5
Desenhista projetista mecânico 1
Eletricista 7
Eletricista de manutenção de linhas elétricas 1
Empregado doméstico - nos serviços gerais 1
Encarregado de construção civil 1
Estoquista 1
Fiscal de obras 1
Funileiro soldador 1
Garçom 1
Gesseiro montador 1
Inspetor de qualidade - nas indústrias 1
Instalador hidráulico 4
Instrumentista de laboratório (manutenção) 3
Isolador térmico 1
Mantenedor de sistemas eletroeletrônicos de segurança 1
Marceneiro 8
Mecânico 1
Mecânico de automóvel 1
Mecânico de manutenção de caminhão a diesel 3
Mecânico de manutenção de máquinas industriais 15
Mecânico de manutenção de máquinas, em geral 5
Mecânico de refrigeração 1
Mestre de obras 1
Montador de móveis de madeira 1
Montador de vidros 2
Motorista carreteiro 4
Motorista particular 12
Operador de escavadeira 1
Operador de máquinas fixas, em geral 20
Operador de retro-escavadeira 2
Operador de telemarketing ativo 2
Patroleiro 1
Pedreiro de acabamento 2
Pintor de automóveis 2
Polidor de metais 5
Porteiro 15
Programador de máquinas - ferramenta com comando numérico 1
Serralheiro 5
Servente de limpeza 1
Soldador 5
Supervisor (indústria de calçados e artefatos de couro) 1
Técnico de contabilidade 1
Técnico de manutenção eletrônica 1
Técnico de processos (plástico) 1
Técnico eletrônico 1
Vendedor interno 1
Vendedor porta a porta 1
Vendedor pracista 1
Zelador 1
Fonte: Rádio Guaíba
-
Algumas Precauções do Empregador Referente ao Contrato de Obra Certa
Publicado em
26/12/2018
às
14:00
Diferentemente
dos demais contratos individuais de trabalho, neste somente justifica sua
utilização pelo empregador em situações consideradas excepcionais à regra, uma
vez que sua vigência depende do tempo de execução de serviços especificados.
Recomenda-se que o
prazo indicado para conclusão de cada tipo de serviço a ser executado conste em
memorial descritivo, especificando cada fase da obra, como serviços de
pedreiros, carpinteiros, azulejistas, eletricistas, encanadores, entre outros.
Se o empregado
trabalha em várias obras ao mesmo tempo ou se trabalha alguns dias em uma obra
e outros dias em outra, haverá um desvirtuamento deste instituto e, portanto,
se caracterizará um contrato por prazo indeterminado e não de obra certa.
Fonte:
Blog Trabalhista, com adaptações da M&M Assessoria
Contábil.
-
País tem saldo positivo de 58.664 empregos formais em novembro/2018
Publicado em
23/12/2018
às
11:00
Esse
foi o melhor saldo do mês de novembro desde 2010; no acumulado do ano houve
crescimento de 858.415 empregos
O
emprego formal no Brasil manteve a tendência de crescimento em novembro de
2018, registrando saldo de +58.664 postos de trabalho, equivalente à variação
de +0,15% em relação ao mês anterior. Esse resultado decorreu de 1.189.414
admissões e de 1.130.750 desligamentos. Foi o melhor saldo do mês de novembro
desde 2010. No acumulado do ano houve crescimento de 858.415 empregos, uma
variação de +2,27%. O acréscimo, nos últimos 12 meses, é de 517.733 postos
de trabalho, correspondente à variação de +1,36%. As informações são do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta
quinta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.
Desempenho
setorial - Em termos setoriais ocorreu crescimento em
dois dos oito setores econômicos. Os dados registram expansão no nível de
emprego nos setores de Comércio (88.587 postos), Serviços (34.319 postos).
Houve queda no nível de emprego nos setores da Indústria de Transformação
(-24.287 postos), Agropecuária (-23.692 postos), Construção Civil (-13.854
postos), Administração Pública (-1.122 postos), Extrativa Mineral (-744 postos)
e Serviços Industriais de Utilidade Pública - Siup (-543 postos).
O
setor do Comércio foi o principal destaque de novembro. Foram registradas
361.866 admissões e 273.279 desligamentos, resultando em um saldo de 88.587
postos de trabalho, o que corresponde a um crescimento de +0,99% sobre o mês
anterior. Esse resultado foi impulsionado tanto pelo subsetor do Comércio
Varejista (82.747 postos formais, +1,12%) quanto pelo subsetor do Comércio
Atacadista (5.840 empregos, +0,36%).
O
setor de Serviços apresentou o segundo saldo positivo mais expressivo no mês.
Foram registradas 488.559 admissões e 454.240 desligamentos, gerando saldo de
34.319 postos, um crescimento de +0,20% sobre o mês anterior. Entre os
subsetores houve saldo negativo apenas em uma atividade econômica: Serviços de
alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (13.895 postos,
+0,24%); Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviço
técnico (12.447 postos, +0,26%); Serviços médicos, odontológicos e veterinários
(8.278 postos, +0,39%); Transportes e comunicações (3.024 postos, +0,14%);
Instituições de crédito, seguros e capitalização (769 postos, +0,12%); e Ensino
(-4.094 postos, -0,23%).
Desempenho
regional - Em novembro, três regiões apresentaram
saldo de emprego positivo e duas, saldo negativo: Sudeste (35.069 postos,
+0,17%); Sul (24.763 postos, +0,34%); Nordeste (7.031 postos, +0,12%); Norte
(-932 postos, -0,05%); Centro-Oeste (-7.537 postos, -0,23%).
Dezenove
Unidades Federativas (UFs) registraram variação positiva no saldo de emprego e
oito, negativa. Os maiores saldos de emprego ocorreram em São Paulo, com saldo
de 17.754 postos (+0,15%); Rio de Janeiro, com 13.700 postos (+0,41%); Rio
Grande do Sul, com 10.121 postos (+0,40%); Santa Catarina, com 9.192 postos
(+0,46%); Paraná, com 5.450 postos (+0,21%); Espírito Santo, com 3.248 postos
(+0,45%); e Ceará, com 2.249 postos (+0,20%).
Os
menores saldos de emprego foram verificados em Goiás, com -6.160 postos
(-0,50%); Mato Grosso, com -3.427 postos (-0,49%), Tocantins, com -1.135 postos
(-0,62%); Rondônia, com -640 postos (-0,27%); Acre, com -304 empregos (-0,39%);
Piauí, com -286 empregos (-0,10%); e Maranhão, com -280 postos (-0,06%).
Salário -
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em novembro
foi de R$ 1.527,41 e o salário médio de desligamento, de R$ 1.688,71. Em termos
reais, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), houve
crescimento de R$ 3,20 (+0,21%) no salário de admissão e aumento de R$ 22,44
(+1,35%) no salário de desligamento, em comparação ao mês anterior.
Modernização
Trabalhista - A distribuição do emprego entre as
modalidades criadas a partir da Modernização Trabalhista (Lei 13.467/2017)
ficou assim:
Desligamento
mediante acordo entre empregador e empregado - Em
novembro de 2018 houve 13.532 desligamentos mediante acordo entre empregador e
empregado, envolvendo 10.262 estabelecimentos, em um universo de
9.386 empresas. Um total de 17 empregados realizou mais de um desligamento
mediante acordo com o empregador. São Paulo registrou a maior quantidade de
desligamentos (4.022), seguido por Paraná (1.460), Minas Gerais (1.307), Santa
Catarina (1.194), Rio Grande do Sul (1.117). Os desligamentos por acordo
distribuíram-se pelos Serviços (6.399 desligamentos), Comércio (3.495),
Indústria de Transformação (2.161), Construção Civil (735), Agropecuária (501),
Siup (156), Extrativa Mineral (53) e Administração Pública (32). As 10
principais ocupações foram as de vendedor de comércio varejista (665
desligamentos), faxineiro (538), auxiliar de escritório, em Geral (446),
operador de caixa (425), assistente administrativo (405), motorista de caminhão
(rotas regionais e internacionais) (376), vigilante (360), alimentador de linha
de produção (314), porteiro de edifícios (259) e frentista (207).
Trabalho
intermitente - Em novembro de 2018 ocorreram 10.446
admissões e 2.597 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando
saldo de 7.849 empregos, envolvendo 2.413 estabelecimentos, em um
universo de 1.484 empresas. Um total de 46 empregados celebrou mais de um
contrato na condição de trabalhador intermitente. As UFs com maior saldo de
emprego nessa modalidade foram São Paulo (2.817 postos), Rio de Janeiro (949),
Minas Gerais (829), Paraná (711) e Pernambuco (430). Do ponto de vista
setorial, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente
distribuiu-se por Serviços (2.765 postos), Comércio (2.722 postos), Construção
Civil (1.552 postos), Indústria de Transformação (774 postos), Agropecuária (39
postos), Extrativa Mineral (-19 postos) e Siup (16). O setor da Administração
Pública não registrou admissões ou desligamentos.
As
10 principais ocupações segundo o saldo de empregos foram assistente de vendas
(1.049), atendente de lojas e mercados (639), operador de telemarketing ativo e
receptivo (397), soldador (343), servente de obras (284), alimentador de linha
de produção (242), recepcionista, em geral (241), mecânico de manutenção de máquinas
cortadoras de grama, roçadeiras (237), faxineiro (228) e vendedor de comércio
varejista (213).
Trabalho
em Regime de Tempo Parcial - Foram registrados 5.498
admissões em regime de tempo parcial e 3.764 desligamentos, gerando saldo de
1.734 empregos. O número de estabelecimentos envolvidos foi de 3.036
estabelecimentos, em um universo de 2.556 empresas. Um total de 30
empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial. As
UFs com maior saldo de emprego em regime de tempo parcial foram Rio de Janeiro
(580 postos), São Paulo (260), Paraná (236), Ceará (197), Minas Gerais (142) e
Rio Grande do Norte (129). O saldo de emprego nessa modalidade
distribuiu-se por Serviços (834 postos), Comércio (823), Indústria de
Transformação (62), Construção Civil (4), Agropecuária (3), Administração
Pública (15), Extrativa Mineral (0) e Siup (-7). As 10 principais ocupações de
acordo com o saldo de emprego em regime de tempo parcial foram operador de
caixa (652), repositor de mercadorias (365), faxineiro (364), atendente de
lojas e mercados (223), vendedor de comércio varejista (207), vendedor
ambulante (205), atendente de lanchonete (201), operador de atendimento
aeroviário (148), motorista de ônibus urbano (137) e auxiliar de escritório, em
geral (134).
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Conheça as profissões que mais avançaram no Brasil
Publicado em
16/12/2018
às
14:00
Entre 2007 e 2017, as ocupações que mais ganharam
espaço no mercado de trabalho estão relacionadas à saúde, educação infantil,
agroindústria e tecnologia da informação
Algumas profissões apresentaram um crescimento
significativo nos últimos anos, segundo os dados da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho. As 20 ocupações que mais
tiveram acréscimo na quantidade de profissionais entre 2007 e 2017 estão
ligadas à saúde, educação infantil, agroindústria e tecnologia da
informação.
A ocupação que mais cresceu no período
analisado está relacionada ao envelhecimento da população. Os cuidadores de
idosos tiveram um aumento de 547%, passando de 5.263 profissionais em 2007 para
34.051 em 2017, dos quais 85% são mulheres com o ensino médio completo. Os
estados onde a atividade mais expandiu foram São Paulo, com 11.397 postos de
trabalho criados no período; Minas Gerais, com 4.475 postos, e Rio Grande do
Sul, com 2.288.
Segundo o ministro do Trabalho, Caio Vieira
de Mello, o mercado de trabalho é muito dinâmico e os trabalhadores precisam de
qualificação profissional para acompanhar as constantes mudanças provocadas
pelas demandas da sociedade. "Focados nas necessidades do mercado, lançamos
cursos como o Cuidando de Pessoas Idosas, que está entre os 10 cursos mais
procurados na Escola do Trabalhador", destacou o ministro. "O trabalhador
qualificado é aquele que será empregado. Dado o desenvolvimento do mundo, todos
precisam estar preparados para ter um futuro assegurado", acrescentou.
O professor de nível superior na educação
infantil é a segunda profissão com maior avanço nos últimos anos e registrou um
aumento de 398%, saindo de 8.513 em 2007 para 42.391 trabalhadores em 2017. O
maior acréscimo foi de profissionais do sexo masculino, entre 30 e 49
anos.
Os preparadores físicos ocupam a terceira
posição no ranking das profissões que mais avançaram. Com um crescimento de
327%, saltou de 6.932 trabalhadores em 2007, para 20.952 em 2017. A ocupação
tem maior participação masculina, na faixa etária de 25 a 39 anos. O
maior crescimento desses profissionais foram registrados em estados da região
sudeste: São Paulo registrou o aumento 6.149 postos de trabalho; Rio de
Janeiro, 3.374, e Minas Gerais, 2.618 postos.
Na Agroindústria, os operadores de
colheitadeira cresceram cerca de 253%, um aumento de 4.282 operadores em 2007
para 15.110 em 2017. A maior parte desses trabalhadores são homens entre 25 e
49 anos, com o ensino médio completo. Dos 10.828 postos criados no período,
5.552 foram em São Paulo, 1.158 em Goiás, e 1.158 no Paraná.
Na quinta posição aparecem os analistas de
informações (pesquisadores de informações de rede), com um aumento de 224%.
Foram 8.991 vagas de emprego criadas 2007 e 2017. A maioria dos analistas
são homens com ensino superior completo.
Futuro do Trabalho - Em 2018, o Ministério do Trabalho
criou o Comitê de Estudos Avançados sobre o Futuro do Trabalho, dedicado a
estudar e propor formas de preservação do emprego diante dos desafios dos novos
tempos. Profissões com tendência de extinção e áreas de trabalho em expansão
estão entre os temas discutidos pelo grupo, que conta com representantes do
governo, do judiciário, das entidades representativas de classe e sindicais e do
meio acadêmico. O comitê realizou, ao longo deste ano, reuniões em Brasília,
audiências públicas em capitais do país e a coleta de sugestões em uma consulta
pública realizada pela internet. Os resultados desse trabalho serão
apresentados pelo ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, em Brasília, no
dia 20 de dezembro.
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Fonte: Ministério do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Rio Grande do Sul tem saldo positivo de 9.319 empregos formais em outubro/2018
Publicado em
01/12/2018
às
12:00
Setores
com mais expansão foram Comércio, Serviços e Agropecuária
O
Rio Grande do Sul terminou o mês de outubro/2018 com saldo positivo de 9.319
empregos formais, aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho na quarta-feira (21). O número
representa crescimento de 0,37% em relação a setembro. Foram 92.278 admissões e
82.959 desligamentos durante o período.
O
setor com melhor desempenho no mês foi o de Comércio, que teve geração de 4.279
novos postos de trabalho. Os segmentos de Serviços, com 3.380 vagas, e
Agropecuária, com 800 novos empregos, aparecem em seguida.
Desempenho
nacional - Mantendo a tendência de crescimento, o mês
de outubro foi de alta em número de empregos formais no Brasil, de acordo com o
Caged. O país fechou o período com saldo positivo de 57.733 postos de trabalho
formais, o que representa um acréscimo de 0,15%, em relação a setembro.
Foram 1.279.502 admissões e 1.221.769 desligamentos. Entre janeiro e outubro,
houve crescimento de 790.579 empregos - uma variação positiva de 2,09%. O saldo
acumulado deste ano é o melhor desde 2015. Nos últimos 12 meses, foram gerados
mais 444.483 postos de trabalho (alta de 1,16%).
Houve
aumento no número de empregos em 23 das 27 unidades federativas, em quatro das
cinco regiões - com estabilidade no Centro-Oeste. O crescimento foi registrado
em seis dos oito setores econômicos.
O
melhor desempenho foi em Comércio, com saldo de 34.133 postos de trabalho
(+0,38%). O segundo setor com resultado mais expressivo foi o de Serviços, com
geração de 28.759 empregos formais. O segmento teve aumento de 0,17% em relação
ao mês anterior.
O
setor de Indústria de Transformação, com 7.048 vínculos, foi o terceiro em
desempenho em outubro. O número corresponde a aumento de +0,10% em relação a
setembro.
Também
apresentaram crescimento no número de postos de trabalho os setores de
Construção Civil (560 empregos); Extrativa Mineral (377 vínculos); e Serviços
Industriais de Utilidade Pública - SIUP (268). Apenas os setores de
Agropecuária e Administração Pública tiveram queda (-13.059 e -353 postos,
respectivamente).
Pela
série histórica do Caged, a Agropecuária apresenta saldo menor em outubro
devido à sazonalidade. Especificamente em 2018, houve uma antecipação da safra
de cana-de-açúcar, levando o setor a contratar mais nos meses de agosto e
setembro.
Quando
somados os dados deste bimestre, o resultado deste ano é bem superior ao de
2017. No ano passado, o período entre setembro e outubro teve 110.991
contratações no setor. Em 2018, foram 195.069 empregos a mais (+75,75%).
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de imprensa
-
Tribunal do Trabalho Determina Suspensão de CNH de Sócios Executados
Publicado em
28/11/2018
às
14:00
Por maioria de votos, a 2ª Turma do TRT de
Minas deu provimento ao recurso apresentado pelo trabalhador para determinar a
suspensão da Carteira Nacional de Habilitação - CNH dos sócios executados.
Para o juiz convocado Eduardo Aurélio Pereira Ferri, a medida é possível
quando esgotadas todas as tentativas de pagamento da dívida e a decisão não
afeta o direito de ir e vir dos sócios.
A ação trabalhista foi ajuizada em 21/02/2014 e a execução
teve início em 22/10/2015. Várias foram as tentativas de satisfação da dívida: Renajud, Infojud, BacenJud, expedição de
ofícios, entre outras. Mas nada deu certo.
Ao analisar o caso, o relator lembrou que o artigo 139, IV, do CPC prevê
medidas coercitivas atípicas como forma de pressão psicológica para que o
devedor cumpra voluntariamente a execução, em prestígio ao princípio do
resultado na execução, voltado para a necessidade satisfação do crédito.
No seu modo de entender, a suspensão da CNH dos sócios não configura
coação ilegal ou arbitrária do direito de locomoção ou do direito de ir e vir.
Isso porque é perfeitamente possível ao devedor exercer esses direitos por
outros meios de transporte que não condução de veículo automotor.
Ainda segundo o julgador, não se trata de pena restritiva de direitos,
na medida em que a permissão para dirigir CNH é ato administrativo, passível de
ser revisto até mesmo administrativamente em caso do descumprimento dos deveres
de condução, quanto mais se tratando de decisão judicial.
"É claro que tal medida não deve ser realizada sem qualquer parâmetro,
mas apenas quando esgotados os meios previstos para o cumprimento da
obrigação", ponderou, avaliando que as medidas restritivas de direito devem ser
analisadas em sintonia com o princípio constitucional da duração razoável do
processo.
Além disso, pontuou que a execução deve ser
processada no interesse do credor (art. 797 do CPC), já que nenhum direito ou
liberdade individual é absoluto, mas deve ser sopesado com outros princípios de
igual ou maior importância como o da duração razoável do processo e do
cumprimento das decisões judiciais.
O julgador não enxergou no caso elementos indicando que os sócios
necessitassem da CNH para exercer atividade profissional,
já que são empresários, que atuam no ramo da construção civil.
Na decisão, foi citado julgado do STJ envolvendo caso em que todas as
medidas executivas típicas já haviam sido adotadas, possuindo o executado alto
padrão de vida, incompatível com a alegada ausência de patrimônio para arcar
com o pagamento da dívida.
Também foi mencionada decisão monocrática do ministro Luís Felipe
Salomão, do STJ, na qual se chamou a atenção para o fato de ninguém poder se
considerar privado de ir a qualquer lugar por não ser habilitado à condução de
veículo.
Com esses fundamentos, a Turma deu provimento ao recurso para determinar
a suspensão da CNH dos executados, com a expedição de ofícios aos órgãos
competentes.
Fonte: TRT/MG -
Processo PJe: 0010274-45.2014.5.03.0027 (AP) - Adaptado pelo Guia
Trabalhista
-
Dor nas costas é a quinta maior causa de afastamento do trabalho
Publicado em
16/11/2018
às
16:00
Conhecido
como dorsalgia, o problema é a maior motivação para ausência no emprego em sete
estados
As
dores nas costas são a quinta maior causa de afastamento no trabalho por mais
de 15 dias no país, atrás apenas de casos de fraturas. No ano passado, foram
12.073 casos de dorsalgia, como são conhecidas as dores nas costas - 6,13% de
um total de 196.754 afastamentos.
Em
2017, os casos de afastamento por dorsalgia só ficaram atrás das fraturas de
punho e mão (22.668 ocorrências), de pernas, incluindo tornozelo (16.911), de
pé (12.873) e de antebraço (12.327).
Em
sete estados, porém, a dorsalgia é a primeira causa de afastamento, incluindo
lesões por acidentes de trabalho - Acre, Alagoas, Maranhão, Pará, Pernambuco,
Piauí e Rondônia (veja quadro ao fim da reportagem).
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É
considerada dorsalgia qualquer tipo de dor nas costas. A mais comum é a lombar,
segundo o auditor-fiscal do Trabalho Jeferson Seidler. "O problema geralmente
tem origem muscular ou nos ligamentos, mas as hérnias de disco intervertebral
também têm impacto importante", diz.
O
auditor afirma que as atividades que envolvem movimentação manual de cargas
estão entre as que mais oferecem risco. Em seguida aparecem as funções em que o
trabalhador permanece por longos períodos na mesma posição.
Entre
as ocupações que geram mais afastamentos por dores nas costas, entre aquelas
com mais de 50 mil vínculos empregatícios, estão as de entrega de
correspondências, transporte rodoviário de longas distâncias, fabricação de
automóveis, frigoríficos, comércio atacadista de bebidas, coletas de resíduos,
construção civil e atividades de atendimento hospitalar.
"A
área hospitalar, por exemplo, sempre é citada em estudos sobre dorsalgias
ocupacionais, devido principalmente às movimentações de pacientes acamados",
afirma Jeferson Seidler.
Prevenção
Para diminuir os riscos de trabalhadores com dores nas costas, o ambiente de
trabalho deve ser organizado de maneira a oferecer as melhores condições
possíveis, levando em conta itens como as normas de produção, ritmo de
trabalho, tempo em que o funcionário permanece naquele espaço e conteúdo das
tarefas.
Os
parâmetros para um ambiente de trabalho considerado saudável constam na Norma
Regulamentadora 17, que diz respeito à ergonomia. De acordo com o documento, a
organização do local deve permitir "a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um
máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente".
Entre
as medidas adicionais e complementares para reduzir os riscos de dorsalgia
estão fazer pausas para descanso e exercícios de alongamento e aquecimento ou
ginástica laboral. Especialmente as ocupações que exigem esforço físico ou
longos períodos em uma mesma posição, os alongamentos devem ser realizados
antes e depois do trabalho.

Fonte: Ministério do Trabalho/Assessoria
de imprensa
-
NOVEMBRO AZUL - Direitos dos trabalhadores com câncer de próstata
Publicado em
10/11/2018
às
17:00
Em
2017, 6.149 trabalhadores foram afastados do trabalho em decorrência do
desenvolvimento da doença, o segundo tipo de câncer mais frequente entre os
homens
No
Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando
atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Em 2017, 6.149trabalhadores foram
afastados do trabalho em decorrência do desenvolvimento da doença. Estimativa
do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta para o registro de 68.220 novos
casos em 2018.
Em
valores absolutos e considerando ambos os sexos, esse tipo de câncer é o quarto
tipo mais comum. O Ministério do Trabalho adere à campanha Novembro Azul,
dedicado à prevenção e tratamento do câncer de próstata, e esclarece sobre
os direitos dos trabalhadores diagnosticados.
Durante
o tratamento, o trabalhador celetista poderá fazer o saque do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS), como previsto na Lei 8.036/90 (Artigo 20). O
PIS/Pasep também poderá ser sacado (Resolução 01/96 do Conselho Diretor do
Fundo de Participação do PIS/Pasep) no valor de do saldo da conta,
respectivamente, em agências da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.
O
trabalhador também tem direito ao auxílio-doença, quando o médico indicar o
afastamento do trabalho, e, em episódios mais avançados, pode requerer a
aposentadoria por invalidez. Nos casos em que o trabalhador necessite de cuidados
permanentes de outra pessoa, além da aposentadoria por invalidez ele também tem
o direito a um acréscimo de 25% no valor do benefício, conhecido por Auxílio
Acompanhante, conforme previsto na Lei nº 8.213/91. O valor
adicional é pago pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de forma
vitalícia.
Para
ter acesso a esses tipos de benefícios é necessário estar na condição de
segurado da Previdência Social e passar pela perícia médica do INSS, para
comprovação da incapacidade de trabalho. Nesta cartilha é possível
ter acesso aos demais benefícios concedidos, como os referentes ao Imposto de
Renda da Pessoa Física (IRPF).
Segundo
o INCA, o câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que
cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O
aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente
justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade
dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
O
diagnóstico precoce é o grande aliado para o tratamento da doença. Mesmo na
ausência de sintomas, é recomendado que homens a partir dos 45 anos visitem o
médico urologista para uma avaliação clínica.
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria de imprensa
-
Distinção de Almoço Entre Empregados Pode Gerar Dano Moral?
Publicado em
08/11/2018
às
16:00
Uma empresa do ramo de locação de
equipamentos para a construção foi condenada pela Vara do Trabalho de Pedro
Leopoldo, em Minas Gerais, ao pagamento de indenização a um ex-empregado, que
era tratado de forma discriminada na hora do almoço. A empresa servia para o
setor administrativo refeição de melhor qualidade do que aquela fornecida aos
que prestavam serviço na linha de produção. Além disso, havia distinção de
cadeiras e mesas para as duas categorias.
Testemunha ouvida no processo confirmou a situação discriminatória. "No
refeitório há lugar específico para o pessoal da produção e para o do
administrativo, havendo diferença na comida servida; não havia advertência
verbal se sentassem no espaço destinado ao pessoal do administrativo, mas, ao
chegarem ao local, já percebiam a diferença", disse a testemunha em seu
depoimento.
Para a juíza Maria Irene Silva de Castro Coelho, a atitude da empresa é
claramente discriminatória. "Denota-se absoluto preconceito e distinção entre
as categorias de trabalhadores no que tange à alimentação fornecida, o que deve
ser veementemente repudiado, sobretudo no âmbito jurídico laborista".
Segundo a juíza, modernamente, nas relações contratuais, as partes
adquiriram a natureza de colaboradores. "Elas possuem o dever recíproco de
honestidade, lealdade e cooperação, tornando-se idênticos titulares de direitos
e obrigações". De acordo com a magistrada, esse entendimento se deve ao
princípio da boa-fé objetiva, que veda a deslealdade contratual e o abuso no
exercício de qualquer direito. No caso, ela entendeu que ficou claro o ato
danoso, por ato exclusivo da empresa, que agiu com culpa, ao proceder ao
tratamento discriminatório, segregando os empregados de trabalho intelectual do
pessoal que exerce trabalho manual. "A empresa atentou contra o patrimônio
moral de tais trabalhadores, em franco abuso de direito, fazendo jus o
ex-empregado à correspondente reparação pelos danos morais decorrentes".
Assim, considerando a gravidade da conduta, a capacidade econômica das
partes e, ainda, que a reparação possui finalidade pedagógica, a juíza fixou a
indenização por danos marais em R$ 8 mil, que deverão ser acrescidos de juros e
correção monetária até a data do efetivo pagamento. Há nesse caso recurso
pendente de decisão no Tribunal.
Fonte: TRT
3ª Região, em 05/11/2018 - PJe: 0011204-91.2016.5.03.0092 - Guia Trabalhista
Online
-
É Possível a Cobrança de Metas por WhatsApp Fora do Expediente?
Publicado em
29/10/2018
às
12:00
A
Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou uma companhia
telefônica por cobrar metas de um vendedor fora do horário de trabalho por meio
do aplicativo WhatsApp. Para a Turma, a conduta da empresa extrapolou os
limites aceitáveis no exercício do poder diretivo do empregador.
Pressão
Na reclamação trabalhista, o vendedor afirmou que sofria
assédio moral da empresa, com pressões excessivas por resultados e ameaças de
demissão se não atingisse as metas. A situação, conforme alegou, afetou sua
vida privada, sua imagem pessoal e sua integridade psicológica.
WhatsApp
As testemunhas ouvidas
no processo afirmaram que os empregados sofriam cobranças durante e depois do
expediente pelo WhatsApp e que os números de cada vendedor eram expostos
tanto nas mensagens pelo aplicativo quanto no mural da empresa. Segundo uma
depoente, se alguém não respondesse às mensagens enviadas fora do horário de
trabalho, o gerente perguntava o motivo.
Metas
O juízo da 48ª Vara do
Trabalho de Belo Horizonte (MG) julgou improcedente o pedido de indenização.
Segundo a sentença, os depoimentos das testemunhas não demonstraram que havia
pressão excessiva.
"A pressão por
cumprimento de metas é inerente à função de vendedor, e a conduta da empresa
neste sentido, por si só, não caracteriza assédio moral, mais ainda quando não
comprovado de forma cabal eventual abuso", afirmou o juízo.
Ao manter a sentença,
o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) registrou que o WhatsApp
"está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, inclusive em ambientes
corporativos".
Para o TRT, o uso do
aplicativo "pode até ser benéfico", e o que deve ser combatido é o "uso
pernicioso decorrente do excesso de trabalho", o que não ficou
demonstrado no caso. "Se o empregado não quisesse responder ou até mesmo ler a
mensagem, poderia assim proceder", registrou na decisão.
Invasão
Para o relator do
recurso de revista do vendedor, ministro Alexandre Agra Belmonte, "há o uso e
há o abuso", e, no exercício do direito, há uma limitação.
"Se não era para
responder, por que enviar a mensagem por WhatsApp? Mandou a mensagem para qual
finalidade? Se não era para responder, deixasse para o dia seguinte. Para
que mandar mensagem fora do horário de trabalho?", questionou.
Para o ministro, a
conduta invade a privacidade da pessoa, "que tem outras coisas para fazer e vai
ficar se preocupando com situações de trabalho fora do seu horário".
Limites
Segundo o relator,
condutas como essa "fazem com que a pessoa fique aflita, agoniada e queira
resolver naquele mesmo instante situações de trabalho" e extrapolam os limites
aceitáveis no exercício do poder diretivo do trabalho dos empregados pelo
empregador, "gerando ao trabalhador apreensão, insegurança e angústia".
No seu entendimento, a
Justiça do Trabalho, em todos esses anos que vem julgando essas questões,
"humaniza as relações de trabalho ao impor os limites necessários".
O relator explicou
que, uma vez evidenciado na decisão do TRT que havia cobrança de metas fora do horário de trabalho, "a conclusão não pode ser a de que não
há reparação por dano moral". Por unanimidade, a Turma
deu provimento ao recurso e fixou o valor da indenização em R$ 3.500,00.
Fonte: TST - Processo
RR-10377-55.2017.5.03.0186 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
-
Rio Grande do Sul tem 1.359 empregos formais de saldo em setembro/2018
Publicado em
28/10/2018
às
12:00
Setor
de Serviço teve melhor desempenho; em seguida vieram os do Comércio e da
Agropecuária
Rio
Grande do Sul encerrou o mês de setembro/2018 com saldo positivo de 1.359
empregos formais, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (22). O
número representa uma alta de 0,05%, em relação a agosto. Foram 77.376
admissões e 76.017 desligamentos no período.
O setor que mais contribuiu para este resultado foi o de Serviços, com a
criação de 2.603 novos postos de trabalho. Em seguida aparecem os segmentos do
Comércio, com 1.644 vagas, e da Agropecuária, com 538 novos empregos.

Desempenho
nacional
O
emprego formal no país apresentou crescimento durante o mês de setembro, de
acordo com o Caged. O saldo positivo de 137.336 novas vagas representou um
acréscimo de 0,36%, em relação a agosto.
Foram 1.234.591 admissões e 1.097.255 desligamentos no último mês em todo o
país. O estoque de empregos no período alcançou 38.507.474 vínculos. Houve alta
de postos de trabalho em 26 das 27 unidades federativas.
O
Caged aponta que o saldo de janeiro a setembro teve um acréscimo de 719.089
vagas, o que representa alta de 1,9%. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 459.217
postos - variação positiva de 1,2%.
O crescimento foi registrado em sete dos oito setores econômicos. Foram 60.961
novos postos apenas em Serviços, o setor de melhor desempenho em setembro.
O segundo melhor saldo ocorreu no setor da Indústria de Transformação, que
fechou o mês com saldo positivo de 37.449 vagas. Comércio veio em seguida, com
a criação de 26.685 postos.
Também
tiveram saldos positivos Construção Civil (12.481 postos), Serviços Industriais
de Utilidade Pública - Siup (1.091 postos), Administração Pública (954 postos)
e Extrativa Mineral (403 postos). Apenas o setor da Agropecuária
apresentou queda (-2.688 postos).
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de imprensa
-
Direito a Folgas Para Quem Trabalha na Eleição Vale Também Para o Segundo Turno?
Publicado em
26/10/2018
às
16:00
Os
trabalhadores convocados para atuar nas seções eleitorais no segundo turno
continuam com o direito a dois dias de folga para cada dia em
que ficaram à disposição da Justiça Eleitoral.
Assim, quem participou
de um dia de treinamento e comparecer no dia de votação pode tirar quatro dias
de descanso, sem prejuízo do salário.
Quem tem direito
Todo trabalhador que
for convocado pela Justiça Eleitoral e atuar durante a eleição tem direito ao
descanso pelo dobro do tempo à disposição. Isso vale para mesários,
secretários, presidentes de seção e também para quem exercer função durante
apuração dos votos.
Como comunicar a
empresa
Os dias de folga devem
ser definidos de comum acordo entre o empregado e o empregador. A empresa não
pode negar o descanso ao empregado. Caso ocorra algum impasse sobre a concessão
do período de descanso, o trabalhador deve procurar o cartório eleitoral.
A comunicação ao
empregador deve ocorrer assim que o trabalhador receber a convocação. A entrega
da declaração expedida pelo juiz eleitoral deve ser enviada imediatamente após
o pleito.
Quando folgar
A Justiça Eleitoral
orienta que as datas sejam definidas para um período logo após a eleição, mas
não existe obrigatoriedade para que isso ocorra nos dias imediatamente
seguintes ao turno de votação. Também não há prazo legal para que o direito à
dispensa seja extinto.
Folga antes da eleição
O descanso é concedido
mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, comprovando o
comparecimento ao treinamento ou à seção eleitoral. Por isso não é possível
tirar a folga antes das atividades desempenhadas (treinamento ou votação).
Folga x remuneração
A lei prevê apenas o
direito às folgas, mas não existe impedimento legal para conversão do descanso
em remuneração, caso ambas as partes concordem. O mesmo vale
para casos em que o empregado se desligar da empresa após a atividade
(treinamento ou trabalho na eleição) e não tiver gozado as folgas.
Mais de um emprego
Empregados em mais de
um emprego têm direito ao descanso, pelo dobro dos dias à disposição da Justiça
Eleitoral, em cada um dos lugares onde trabalhar.
Férias, feriados ou
folgas
O empregado tem
direito às folgas mesmo que esteja de férias durante o
período de votação ou que tenha descanso previsto para os dias de treinamento
ou da eleição.
Convocação
Quem for chamado pela
Justiça Eleitoral para trabalhar na eleição tem até cinco dias - a contar da
data do envio da convocação - para pedir dispensa ao juiz da zona eleitoral
onde estiver inscrito.
A solicitação deve ser
entregue com a comprovação sobre o impedimento para que atue no pleito. O
pedido é avaliado pelo juiz, que poderá aceitar ou não a justificativa.
Votação x ausência
Mesmo que o mesário
não compareça ao trabalho durante a eleição, ele tem direito a votar. A
ausência durante o pleito implica penalidade específica, não impedindo a
participação como eleitor.
Caso a pessoa
convocada tenha impedimento para ir a um treinamento, ela deve procurar o
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para se informar sobre novas turmas.
Informações sobre o
trabalho
A data e o horário em
que o mesário deverá se apresentar para reunião sobre a atuação na eleição constam
no documento de convocação. Para mais detalhes, é possível entrar em contato
com o cartório eleitoral.
Fonte: MTB- Adaptado pelo Guia Trabalhista.
-
"Raio X" dos empregos formais no RS
Publicado em
18/10/2018
às
16:00
Setor de Serviços teve mais postos de trabalho,
seguido por Indústria de Transformação e Comércio
O
Rio Grande do Sul chegou a 2.902.373 vínculos de empregos formais em 2017,
aponta a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do
Trabalho. Os setores com mais postos de trabalho foram o de Serviços, com
984.160 vínculos; Indústria de Transformação, com 633.345 empregos; e Comércio
(616.598). Em comparação com 2016, o estado perdeu 8.510 vagas (decréscimo de
0,29%).
A Rais é a base de dados mais completa sobre empregadores e trabalhadores
formais no Brasil. O documento é um dos mais importantes para as estatísticas
brasileiras porque traz informações sobre todos os empreendimentos formais do
país, desde aqueles sem nenhum funcionário até empresas com milhares de
empregados.
A partir dos dados da Rais é obtido o perfil das empresas e dos trabalhadores
brasileiros, que serve para a elaboração de políticas públicas de emprego do
governo e para o pagamento de benefícios.

Desempenho
Nacional
O número de empregos formais no Brasil cresceu em 2017 e alcançou 46.281.590
vínculos. Isso representa aumento de 0,5% em relação a 2016 - foram 221.392
postos de trabalho a mais.
A remuneração média do brasileiro teve alta de 2,1% em 2017, chegando a R$
2.973,23. O salário das mulheres cresceu mais do que dos homens, passando para
R$ 2.708,71 (elevação de 2,6%). O salário médio masculino cresceu 1,8%,
alcançando média de R$ 3.181,87.
Pessoas com deficiência
O Brasil teve crescimento no estoque de empregos formais para pessoas com
deficiência. Foram 22.818 novos postos de trabalho para este grupo, um saldo
positivo de 5,5%. Houve aumento para trabalhadores com os cinco tipos de
deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e múltipla) e também para
reabilitados.
A maior alta foi registrada para deficientes visuais, com crescimento de 16,3%,
em relação a 2016 (+8.697 novas vagas). Trabalhadores com deficiência
intelectual (mental) tiveram 2.493 empregos a mais (+7,3%). Pessoas com
deficiência múltipla obtiveram 370 novos postos de emprego formal - alta de 5,1%.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de imprensa
-
Primeiros Socorros - Professores e Funcionários são Obrigados a se Capacitar
Publicado em
10/10/2018
às
14:00
De
acordo com a Lei 13.722/2018, os estabelecimentos de ensino de educação
básica da rede pública e os de ensino de educação básica e de recreação
infantil da rede privada, deverão capacitar professores e funcionários em
noções de primeiros socorros.
A responsabilidade
pela capacitação dos professores e funcionários dos estabelecimentos públicos
caberá aos respectivos sistemas ou redes de ensino.
O curso deverá ser
ofertado anualmente e destinar-se-á à capacitação e/ou à reciclagem de parte
dos professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino e
recreação, guardada a proporção com o tamanho do corpo de professores e
funcionários ou com o fluxo de atendimento de crianças e adolescentes no
estabelecimento, que será definida em regulamento.
Os cursos de primeiros
socorros serão ministrados:
·
Nos estabelecimentos públicos: por entidades municipais ou estaduais especializadas
em práticas de auxílio imediato e emergencial à população;
·
Nos estabelecimentos privados: por profissionais habilitados.
Os
cursos têm por objetivo capacitar os professores e funcionários para
identificar e agir preventivamente em situações de emergência e urgência
médicas, até que o suporte médico especializado, local ou remoto, se torne
possível.
Os estabelecimentos
que descumprirem a citada lei estarão sujeitos às seguintes penalidades:
·
Notificação de descumprimento da
Lei;
·
Multa, aplicada em dobro em caso de
reincidência; ou
·
Em caso de nova
reincidência, a cassação do alvará de funcionamento ou da
autorização concedida pelo órgão de educação, quando se tratar de creche ou
estabelecimento particular de ensino ou de recreação, ou a responsabilização
patrimonial do agente público, quando se tratar de creche ou estabelecimento
público.
De
acordo com a lei, os estabelecimentos estarão obrigados a cumprir a nova obrigação
após decorridos 180 dias de sua publicação, ou seja, a contar de 03 de abril de
2019.
Fonte: Lei 13.722/2018 -
Adaptado pelo Guia Trabalhista
-
Outubro Rosa - Conheça os direitos das trabalhadoras diagnosticadas com câncer de mama
Publicado em
06/10/2018
às
12:00
Saque
do FGTS e do PIS/Pasep, auxílio-doença, acompanhante e isenção do Imposto de
Renda estão entre as medidas de apoio às mulheres com a doença
O
câncer de mama causou o afastamento de mais de 21 mil mulheres do trabalho no
ano passado. A doença é o tipo de câncer de maior incidência na população
feminina brasileira, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de
29% dos novos casos a cada ano. Somente em 2018, a estimativa é de que 59,7 mil
novos casos sejam detectados, segundo o Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva (Inca).
Neste
mês dedicado à prevenção e tratamento da doença, mais uma vez o Ministério do
Trabalho adere à campanha Outubro Rosa e esclarece sobre os direitos das
trabalhadoras diagnosticadas com neoplasia maligna de mama.
Na
fase sintomática da doença, toda trabalhadora celetista poderá fazer o saque do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), assim como do benefício
PIS/Pasep, este no valor de um salário mínimo e que poderá ser retirado em
agências da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil. A trabalhadora também
tem direito ao auxílio-doença e, em casos mais avançados, pode requerer a
aposentadoria por invalidez.
Acompanhante -
Caso a trabalhadora necessite de cuidados permanentes de outra pessoa, além da
aposentadoria por invalidez, também tem o direito a um acréscimo de 25% no
valor do benefício, conhecido por Auxílio Acompanhante, conforme previsto
na Lei nº 8.213/91. O valor adicional é pago pelo Instituto Nacional de
Seguro Social (INSS) de forma vitalícia. Além disso, pode-se requerer na
Receita Federal a isenção total do Imposto de Renda de Pessoa Física.
Para
ter acesso a esses tipos de benefícios é necessário estar na qualidade de
segurada da Previdência Social e passar pela perícia médica do INSS para
comprovação da incapacidade de trabalho.
Redução
da Mortalidade - Iniciado na década de 1990, o movimento
Outubro Rosa tem o objetivo de estimular a população feminina brasileira no
controle do câncer de mama. Realizada todos os anos, a campanha é utilizada
para compartilhar informações sobre o câncer, promover esclarecimentos,
proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, a fim de
contribuir para a redução da mortalidade.
Uma
das estratégias é incentivar a realização do autoexame, um importante aliado no
tratamento do câncer de mama em mulheres de todas as idades. Quando a doença é
detectada nas fases iniciais, são maiores as chances de tratamento e cura.
O
Inca recomenda que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de
rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame
pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Convocados para trabalhar na eleição têm direito a duas folgas por dia à disposição da Justiça Eleitoral
Publicado em
05/10/2018
às
12:00
Empregador
e funcionário devem definir datas de descanso em comum acordo; saiba como isso
ocorre
Os
trabalhadores que forem convocados para atuar nas seções eleitorais durante o
pleito têm direito a dois dias de folga por cada dia à disposição da Justiça
Eleitoral. Assim, se uma pessoa participa de um dia de treinamento e comparece
no dia de votação em um turno, ela pode tirar quatro dias de descanso, sem
prejuízo do salário. Se houver segundo turno, e o cidadão tiver de comparecer à
Justiça Eleitoral por mais dois dias, por exemplo, ele tem direito a oito dias
de folga.
Quem
tem direito
Todo trabalhador que for convocado pela Justiça Eleitoral e atuar durante a
eleição tem direito ao descanso pelo dobro do tempo à disposição. Isso vale
para mesários, secretários, presidentes de seção e também para quem exercer
função durante apuração dos votos.
Como
comunicar a empresa
Os dias de folga devem ser definidos de comum acordo entre o funcionário e o
empregador. A empresa não pode negar o descanso ao empregado. Caso ocorra algum
impasse sobre a concessão do período de descanso, o trabalhador deve procurar o
cartório eleitoral.
A
comunicação ao empregador deve ocorrer assim que o trabalhador receber a
convocação. A entrega da declaração expedida pelo juiz eleitoral deve ser
enviada imediatamente após o pleito.
Quando
folgar
A Justiça Eleitoral orienta que as datas sejam definidas para um período logo após
a eleição, mas não existe obrigatoriedade para que isso ocorra nos dias
imediatamente seguintes a um dos dois turnos. Também não há prazo legal para
que o direito à dispensa seja extinto.
Folga
antes da eleição
O descanso é concedido mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral,
comprovando o comparecimento ao treinamento ou à seção eleitoral. Por isso não
é possível tirar a folga antes das atividades desempenhadas (treinamento ou
votação)
Folga
x remuneração
A lei prevê apenas o direito às folgas, mas não existe impedimento legal para
conversão do descanso em remuneração, caso ambas as partes concordem. O mesmo
vale para casos em que o funcionário se desligar da empresa após a atividade
(treinamento ou trabalho na eleição) e não tiver gozado as folgas.
Mais
de um emprego
Funcionários em mais de um emprego têm direito ao descanso, pelo dobro dos dias
à disposição da Justiça Eleitoral, em cada um dos lugares onde trabalhar.
Férias,
feriados ou folgas
O empregado tem direito às folgas mesmo que esteja de férias durante o período
de votação ou que tenha descanso previsto para os dias de treinamento ou da
eleição.
Convocação
Quem for chamado pela Justiça Eleitoral para trabalhar na eleição tem até cinco
dias - a contar da data do envio da convocação - para pedir dispensa ao juiz da
zona eleitoral onde estiver inscrito. A solicitação deve ser entregue com a
comprovação sobre o impedimento para que atue no pleito. O pedido é avaliado
pelo juiz, que poderá aceitar ou não a justificativa.
Votação
x ausência
Mesmo que o mesário não compareça ao trabalho durante a eleição, ele tem
direito a votar. A ausência durante o pleito implica penalidade específica, não
impedindo a participação como eleitor. Caso a pessoa convocada tenha
impedimento para ir a um treinamento, ele deve procurar o Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) para se informar sobre novas turmas.
Informações
sobre o trabalho
A data e o horário em que o mesário deverá se apresentar para a primeira
reunião sobre a atuação na eleição constam no documento de convocação. Para
mais detalhes, é possível entrar em contato com o cartório eleitoral.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Lucas
Nanini/Assessoria de Imprensa
-
RELAÇÃO DAS ATIVIDADES QUE É PERMITIDO O TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS
Publicado em
04/10/2018
às
16:00
I - INDÚSTRIA
1) Laticínios
(excluídos os serviços de escritório).
2) Frio industrial,
fabricação e distribuição de gelo (excluídos os serviços de escritório).
3) Purificação e
distribuição de água (usinas e filtros) (excluídos os serviços de escritório).
4) Produção e
distribuição de energia elétrica (excluídos os serviços de escritório).
5) Produção e
distribuição de gás (excluídos os serviços de escritório).
6) Serviços de esgotos
(excluídos os serviços de escritório).
7) Confecção de coroas
de flores naturais.
8) Pastelaria,
confeitaria e panificação em geral.
9) Indústria do malte
(excluídos os serviços de escritório).
10) Indústria do cobre
eletrolítico, de ferro (metalúrgica) e do vidro (excluídos os serviços de
escritório).
11) Turmas de
emergência nas empresas industriais, instaladoras e conservadoras de elevadores
e cabos aéreos.
12) Trabalhos em
curtumes (excluídos os serviços de escritório).
13) Alimentação de
animais destinados à realização de pesquisas para preparo de soro e outros
produtos farmacêuticos.
14) Siderurgia,
fundição, forjaria, usinagem (fornos acesos permanente) - (exclusive pessoal de
escritório) (Redação dada pelo Decreto nº 60.591, de 1967)
15) Lubrificação e
reparos do aparelhamento industrial (turma de emergência).
16) Indústria moajeira
(excluídas os serviços escritório).
17) Usinas de açúcar e
de álcool (com exclusão de oficinas e escritórios).
18) Indústria do papel
de imprensa (excluídos os serviços de escritórios).
19) Indústria de vidro
(excluído o serviço de escritório).
20) Indústria de
cimento em geral, excluídos os serviços de escritório. (Incluído pelo Decreto
nº 29.553, de 1951) (Vide Decreto do Conselho de Ministros nº 1.993, de 1963)
21) Indústria de
acumuladores elétricos, porém ùnicamente nos setores referentes a carga de
baterias, moinho e cabine elétrica, excluídos todos os demais serviços.
(Incluído pelo Decreto nº 56.533, de 1965)
22) Indústria da
cerveja, excluídos os serviços de escritório. (Incluído pelo Decreto nº 57.349,
de 1965)
23) Indústria do
refino do petróleo. (Incluído pelo Decreto nº 61.146, de 1967)
24) Indústria
Petroquímica, excluídos os serviços de escritório. (Incluído pelo Decreto nº
94.709, de 1987)
25) Indústria de
extração de óleos vegetais comestíveis, excluídos os serviços de escritórios.
(Incluído pelo Decreto nº 97.052, de 1988)
26) processamento de
hortaliças, legumes e frutas. (Incluído pelo Decreto nº 9.513, de 2018)
II - COMÉRCIO
1) Varejistas de
peixe.
2) Varejistas de
carnes frescas e caça.
3) Venda de pão e
biscoitos.
4) Varejistas de
frutas e verduras.
5) Varejistas de aves
e ovos.
6) Varejistas de
produtos farmacêuticos (farmácias, inclusive manipulação de receituário).
7) Flores e coroas.
8) Barbearias (quando
funcionando em recinto fechado ou fazendo parte do complexo do estabelecimento
ou atividade, mediante acordo expresso com os empregados).
9) Entrepostos de
combustíveis, lubrificantes e acessórios para automóveis (postos de gasolina).
10) Locadores de
bicicletas e similares.
11) Hotéis e similares
(restaurantes, pensões, bares, cafés, confeitarias, leiterias, sorveterias e
bombonerias).
12) Hospitais,
clínicas, casas de saúde e ambulatórios.
13) Casas de diversões
(inclusive estabelecimentos esportivos em que o ingresso seja pago).
14) Limpeza e
alimentação de animais em estabelecimentos de avicultura.
15) Feiras-livres e
mercados, comércio varejista de supermercados e de hipermercados, cuja
atividade preponderante seja a venda de alimentos, inclusive os transportes a
eles inerentes. (Redação dada pelo Decreto nº 9.127, de 2017)
16) Porteiros e
cabineiros de edifícios residenciais.
17) Serviços de
propaganda dominical.
18) Comércio de
artigos regionais nas estâncias hidrominerais. (Incluído pelo Decreto nº
88.341, de 1983)
19) Comércio em
portos, aeroportos, estradas, estações rodoviárias e ferroviárias. (Redação
dada pelo Decreto nº 94.591, de 1987)
20) Comércio em
hotéis. (Incluído pelo Decreto nº 94.591, de 1987)
21) Agências de
turismo, locadoras de veículos e embarcações. (Incluído pelo Decreto nº 94.591,
de 1987)
22) Comércio em postos
de combustíveis. (Incluído pelo Decreto nº 94.591, de 1987)
23) Comércio em feiras
e exposições.(Incluído pelo Decreto nº 94.591, de 1987)
III - TRANSPORTES
1) Serviços
portuários.
2) Navegação
(inclusive escritório, unicamente para atender a serviço de navios).
3) Trânsito marítimo
de passageiros (exceto de escritório).
4) Serviço
propriamente de transportes (excluídos os transportes de carga urbanos e os
escritórios e oficinas, salvo as de emergência).
5) Serviço de
transportes aéreos (excluídos os departamentos não ligados diretamente ao
tráfego aéreo).
6) Transporte
interestadual (rodoviário), inclusive limpeza e lubrificação dos veículos.
7) Transporte de
passageiros por elevadores e cabos aéreos.
IV - COMUNICAÇÕES E
PUBLICIDADE
1) Empresa de
comunicação telegráficas, radiotelegráficas e telefônicas (excluídos os
serviços de escritório e oficinas, salvos as emergência).
2) Empresas de
radiodifusão, televisão, de jornais e revistas (excluídos os escritórios).
(Redação dada pelo Decreto nº 94.591, de 1987)
3) Distribuidores e
vendedores de jornais e revistas (bancas e ambulantes).
4) Anúncios em bondes
e outros veículos (turma de emergência).
V - EDUCAÇÃO E CULTURA
1) Estabelecimentos de
ensino (internatos, excluídos os serviços de escritório e magistério).
2) Empresas teatrais
(excluídos os serviços de escritório).
3) Biblioteca
(excluídos os serviços de escritório).
4) Museu (excluídos de
serviços de escritório)
5) Empresas exibidoras
cinematográficas (excluídos de serviços de escritório)
6) Empresa de orquestras
7) Cultura física
(excluídos de serviços de escritório)
8) Instituições de
culto religioso.
VI - SERVIÇOS
FUNERÁRIOS
1) Estabelecimentos e
entidades que executem serviços funerários.
VII - AGRICULTURA E
PECUÁRIA
1) Limpeza e
alimentação de animais em propriedades agropecuárias.
2) Execução de
serviços especificados nos itens anteriores desta relação.
3) Colheita,
beneficiamento, lavagem e transporte de hortaliças, legumes e frutas.(Decreto
nº 7.421 de 31.12.2010)
Base
Legal: Decreto 27048/1949, adaptado pela M&M
Assessoria Contábil
-
Convocados para trabalhar na eleição têm direito a duas folgas por dia à disposição da Justiça Eleitoral
Publicado em
27/09/2018
às
15:00
Empregador e funcionário devem definir datas de
descanso em comum acordo; saiba como isso ocorre
Os trabalhadores que forem convocados para
atuar nas seções eleitorais durante o pleito têm direito a dois dias de folga
por cada dia à disposição da Justiça Eleitoral. Assim, se uma pessoa participa
de um dia de treinamento e comparece no dia de votação em um turno, ela pode
tirar quatro dias de descanso, sem prejuízo do salário. Se houver segundo
turno, e o cidadão tiver de comparecer à Justiça Eleitoral por mais dois dias,
por exemplo, ele tem direito a oito dias de folga.
Quem tem direito
Todo trabalhador que for convocado pela Justiça Eleitoral e atuar durante a
eleição tem direito ao descanso pelo dobro do tempo à disposição. Isso vale
para mesários, secretários, presidentes de seção e também para quem exercer
função durante apuração dos votos.
Como comunicar a empresa
Os dias de folga devem ser definidos de comum acordo entre o funcionário e o
empregador. A empresa não pode negar o descanso ao empregado. Caso ocorra algum
impasse sobre a concessão do período de descanso, o trabalhador deve procurar o
cartório eleitoral.
A comunicação ao empregador deve ocorrer
assim que o trabalhador receber a convocação. A entrega da declaração expedida
pelo juiz eleitoral deve ser enviada imediatamente após o pleito.
Quando folgar
A Justiça Eleitoral orienta que as datas sejam definidas para um período logo
após a eleição, mas não existe obrigatoriedade para que isso ocorra nos dias
imediatamente seguintes a um dos dois turnos.
Também não há prazo legal para que o direito
à dispensa seja extinto.
Folga antes da eleição
O descanso é
concedido mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, comprovando o
comparecimento ao treinamento ou à seção eleitoral. Por isso não é possível
tirar a folga antes das atividades desempenhadas (treinamento ou votação)
Folga x remuneração
A lei prevê apenas o direito às folgas, mas não existe impedimento legal para
conversão do descanso em remuneração, caso ambas as partes concordem. O mesmo
vale para casos em que o funcionário se desligar da empresa após a atividade
(treinamento ou trabalho na eleição) e não tiver gozado as folgas.
Mais de um emprego
Funcionários em mais de um emprego têm direito ao descanso, pelo dobro dos dias
à disposição da Justiça Eleitoral, em cada um dos lugares onde trabalhar.
Férias, feriados ou folgas
O empregado tem direito às folgas mesmo que esteja de férias durante o período
de votação ou que tenha descanso previsto para os dias de treinamento ou da
eleição.
Convocação
Quem for chamado
pela Justiça Eleitoral para trabalhar na eleição tem até cinco dias - a contar
da data do envio da convocação - para pedir dispensa ao juiz da zona eleitoral
onde estiver inscrito. A solicitação deve ser entregue com a comprovação sobre o
impedimento para que atue no pleito. O pedido é avaliado pelo juiz, que poderá
aceitar ou não a justificativa.
Votação x ausência
Mesmo que o
mesário não compareça ao trabalho durante a eleição, ele tem direito a votar. A
ausência durante o pleito implica penalidade específica, não impedindo a
participação como eleitor. Caso a pessoa convocada tenha impedimento para ir a
um treinamento, ele deve procurar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para se
informar sobre novas turmas.
Informações sobre o trabalho
A data e o horário em que o mesário deverá se apresentar para a primeira
reunião sobre a atuação na eleição constam no documento de convocação. Para
mais detalhes, é possível entrar em contato com o cartório eleitoral.
Fonte: Ministério do Trabalho/Lucas
Nanini
-
Portaria Obriga Empresas Que Forneçam ao Governo a Contratar Detentos e Ex-Detentos
Publicado em
25/09/2018
às
14:00
A Portaria Interministerial 3/2018 estabelece que as
empresas vencedoras de licitações, cujos contratos anuais com os órgãos e
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional
sejam superiores a R$ 330 mil, sejam obrigadas a empregar presos ou
egressos do sistema prisional, nos termos disposto no § 5º do art. 40 da Lei 8.666/1993.
A Política
Nacional de Trabalho no âmbito do Sistema Prisional - Pnat, instituída
pelo Decreto 9.450/2018, destina-se aos presos provisórios, às
pessoas privadas de liberdade em cumprimento de pena no regime fechado,
semiaberto e aberto e às pessoas egressas do sistema prisional.
A empresa deverá
contratar, para cada contrato que firmar, pessoas nas seguintes proporções:

A
efetiva contratação dos respectivos percentuais acima indicados será exigida da
proponente vencedora da licitação quando da assinatura do contrato.
Além dos limites
estabelecidos na tabela acima, tanto o Decreto 9.540/2018 quanto o art. 36 § 1º
da Lei 7.210/84, estabelecem um limite máximo de 10% do número presos a serem
contratados para prestação de serviços.
O trabalho do
preso não está sujeito ao regime da CLT, mas, sim, pela Lei
de Execuções Penais (LEP), conforme dispõe o § 2º do art. 28 da Lei 7.210/84
(LEP), que estabelece as condições dessa prestação de serviços, vinculada à
autorização do Juízo da Execução Penal, já que, para cada três dias de
trabalho, o preso cumprirá um dia a menos de pena, conforme estabelece o § 1º
do art. 126 da LEP.
Fonte: Guia Trabalhista Online
-
Entenda na Prática as Consequências das Ações do Preposto da Empresa
Publicado em
20/09/2018
às
16:00
O
empregado da empresa que é convocado para representá-la em uma audiência trabalhista é chamado de preposto.
Naquele ato o preposto
representa a empresa e o que ele disser ou não disser (quando deveria)
caracteriza confissão, ou seja, as declarações do preposto comprometem e
responsabilizam a empresa, pois conforme dispõe o termo final do § 1º do art.
843 da CLT, as declarações "obrigarão o proponente".
O preposto pode ser um
diretor, um gerente, um encarregado ou qualquer empregado que esteja atuando em
nome da empresa em determinado ato ou ambiente para o qual foi designado.
Como o preposto é
escolhido pela empresa, esta possui responsabilidade sobre as ações ou omissões
que o mesmo vier a cometer, de forma que qualquer dano ou prejuízo que venha
causar, as consequências serão transferidas para a empresa, salvo nos casos de
prova em contrário.
Para ilustrar, na
prática, as consequências sofridas pela empresa, destacamos um julgamento do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em que a empresa (uma funerária) foi
condenada em segunda instância no pagamento de R$ 48 mil em razão de um ato
grave e infeliz do seu empregado, que postou fotos no WhatsApp enquanto
realizava seu trabalho.
Mesmo a empresa tendo
demitido o empregado, a Justiça a condenou pelas consequências de seu preposto,
uma vez que causou danos à família da pessoa falecida. Veja abaixo a íntegra da
notícia.
Ainda que a situação
não seja exatamente uma audiência, traduz na realidade a necessidade que a
empresa tem em manter informados seus empregados (prepostos), alertando-os
sobre o regulamento interno, sob pena de advertência, suspensão ou demissão por justa causa, inclusive sobre uma
possível ação de regresso em desfavor dos mesmos, a fim de assegurar o
ressarcimento de eventuais pagamentos de danos morais ou materiais decorrentes
de seus atos.
FAMILIARES SERÃO INDENIZADOS
POR SELFIE DE EMPREGADO DE FUNERÁRIA JUNTO A CORPO
".a fotografia estilo
selfie foi feita mostrando o corpo da falecida nua, sobre uma mesa (.). Algo
extremamente estarrecedor e sem nenhum fundamento e justificativa plausível,
que, sem sobra de dúvidas, atingiu os autores, em momento muito delicado da
vida."
Sob essa análise, a 9ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça, por unanimidade, confirmou condenação de
funerária e aumentou a indenização a ser paga a filhos de falecida. A imagem
dela foi exposta em grupo de Whatsapp quando seu corpo estava sendo preparado
para o velório.
Fato
Os quatro autores da
ação narraram que, em decorrência do falecimento da mãe, contrataram uma
funerária na cidade de Venâncio Aires/RS, para realizar os preparativos do
sepultamento.
No dia do velório,
enquanto participavam dos atos fúnebres, os filhos receberam a notícia -
por intermédio de pessoas do círculo de convivência - de que estava
circulando, no WhatsApp, fotos da matriarca nua e passando por procedimentos
que antecediam a preparação do corpo.
Verificaram que a
fotografia havia sido feita por funcionário da funerária em
formato selfie, com a frase: "Se o trabalho de vocês está ruim, imagina o
meu aqui." O empregado enviou a foto para grupo do aplicativo, integrado
também por um dos filhos da falecida.
Perplexos e revoltados
com a situação, além da consternação e abalo pela morte da mãe, ajuizaram ação.
Os autores destacaram
que o funcionário (preposto da empresa naquele ato) em nenhum momento
preocupou-se em manter sigilo da sua profissão e, tampouco, a funerária manteve
a vigilância e fiscalização devida. Mencionaram que as publicações feitas
tiveram forte repercussão na comunidade de Venâncio Aires.
O dono da funerária se
defendeu alegando que o local possui placas de advertência de uso
de celular, que
não
tinha como cuidar de todos os funcionários e que já havia demitido o empregado
que fez a selfie.
Já o funcionário que
fez o registro alegou que um dos filhos da falecida ligou para a funerária
querendo saber dos procedimentos efetuados com a mãe.
Sentença
O Juiz João Francisco
Goulart Borges, da Comarca de Venâncio Aires, fixou os danos morais em R$ 7 mil reais a cada um dos quatro
autores, a serem pagos, solidariamente, pela empresa e pelo funcionário que fez
a selfie.
Para o
magistrado,"perfeitamente passível de ressarcimento o dano moral causado no caso em exame, decorrente da
repercussão da inclusão da imagem do corpo da falecida mãe dos autores em grupo
de WhatsApp, o que por certo causou aos filhos e também aos demais familiares,
grande abalo psicológico na ocasião".
Apelação Cível
Os autores da ação
apelaram, pedindo o aumento do valor da indenização devido à gravidade
dos fatos. A funerária também recorreu, sustentando não haver cometido conduta
ilícita, mas sim o funcionário (preposto da empresa) que efetivamente tirou a
fotografia e a difundiu.
O relator do apelo no
Tribunal de Justiça, Desembargador Tasso Caubi Soares Delabary, considerou
configurado o dever de reparar os danos sofridos pelos familiares: "Certa
a violação dos direitos da personalidade da falecida, mesmo após sua morte, o
que resulta no dever de reparar os danos sofridos pelos seus
filhos", destacou o magistrado.
Acrescentou que a
versão de que não houve intenção pejorativa derruiu pela frase que acompanhava
a foto, sobre a natureza do trabalho exercido na funerária.
Por fim, diante da
conduta grave, entendeu - como uma forma justa de compensar os danos
sofridos - por majorar a indenização, de R$ 7 mil para R$ 12 mil para cada um
dos quatro filhos.
Participaram do
julgamento os Desembargadores Eugênio Facchini Neto e Eduardo Kraemer, votando
com o relator.
Número do processo não
divulgado pelo TJ/RS.
Fonte: TJ/RS - 17.09.2018 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
-
Promessa de Salário não Cumprida Gera Indenização a Trabalhador
Publicado em
17/09/2018
às
14:00
A 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte deu
ganho de causa a uma empregada de uma cooperativa crédito de servidores do
Estado de Minas Gerais que se sentiu lesada com a promessa não cumprida de um
salário superior ao antigo emprego dela.
O presidente da empresa propôs um salário de
R$ 1.800,00. E solicitou que a profissional pedisse demissão imediata do antigo
emprego. Mas, no seu primeiro dia de trabalho, em 01 de julho de 2011, o
próprio presidente informou que não poderia cumprir com o valor do salário
acertado. A alegação foi de que havia um empregado que recebia R$700,00 e não
era justo ela já começar ganhando um valor maior.
O salário dela foi fixado, então, em R$
1.097,98. Como já havia pedido demissão do emprego anterior e não poderia ficar
desempregada, a trabalhadora aceitou as novas condições da empresa. A
Cooperativa negou as afirmações e ressaltou que o salário da autora em seu
trabalho anterior era inferior à metade do salário que passou a receber.
Segundo o juiz titular da Vara, Erdman
Ferreira da Cunha, a promessa não cumprida não se equipara aos efeitos de uma
alteração contratual unilateral e lesiva. Para o juiz, "houve, de fato, uma
contratação, que também se mostrou favorável à reclamante". Assim, de acordo
com o magistrado, "não procede o pedido inicial de pagamento de diferença
salarial".
Por outo lado, o julgador reconheceu que
"havia espaço para a compensação decorrente dos danos morais advindos da
promessa, cumprida em patamar inferior ao prometido, por força da confissão
aplicada em desfavor da reclamada". Assim, determinou indenização, à luz dos
artigos 186 e 927 do Código Civil, no valor R$ 9.000,00, como compensação pelo
dano sofrido, "porquanto impossível aferir-se a efetiva reparação, levando-se
em conta as finalidades ressarcitória e pedagógica da reparação", completou.
Diante da acusação de ter sido perseguida de
forma reiterada pelo diretor-geral da cooperativa, a empregada ganhou ainda, no
mesmo processo, outra indenização por danos morais. A determinação do juiz foi
o pagamento de mais R$ 4.500,00, em função de abuso do poder diretivo e pelo assédio moral praticado contra a profissional.
Há recurso contra essa decisão em trâmite do
TRT-MG.
Fonte: TRT
3/Blog Trabalhista
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Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF) substituirá o CEI - Cadastro Específico do INSS
Publicado em
14/09/2018
às
15:00
Foi
publicada no Diário Oficial da União a Instrução Normativa RFB nº
1828/2018, que regula o Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física
(CAEPF).
O
CAEPF tem por escopo a atividade econômica da pessoa física desobrigada da
inscrição no CNPJ. O cadastro entrará em produção de forma facultativa para o
contribuinte em 1º de outubro de 2018 e de forma obrigatória em 2019. O CAEPF
substituirá o Cadastro Específico do INSS (CEI) em relação às matrículas
emitidas para pessoas físicas, visando o controle das contribuições
previdenciárias resultado da atividade econômica. As pessoas físicas obrigadas
à inscrição no CAEPF, conforme normatizado nesta Instrução Normativa, estão
previstas na lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 como contribuintes da
seguridade social.
Fonte: Receita Federal
do Brasil
-
Licenças previstas na CLT: Saiba quais são e o que diz a lei
Publicado em
12/09/2018
às
15:00
As
licenças previstas na CLT são um direito do colaborador de se ausentar das suas
funções, por períodos determinados, sem que haja prejuízos em sua remuneração.
O profissional pode se
ausentar em vários casos, previstos em lei, e a empresa precisa manter seu pagamento por inteiro. Com ausências abonadas e justificadas, essas
licenças previstas na CLT podem ser remuneradas e não remuneradas, dependendo
do caso.
Diante da complexidade da lei
da CLT os gestores precisam sempre estar atentos aos direitos do
colaborador.
Descumprir uma das licenças previstas na CLT pode acarretar em processos
trabalhistas e grandes multas. Prejudicando até a imagem da empresa
no mercado, por não respeitar os direitos do colaborador.
E quando se fala de licenças previstas na CLT a atenção precisa ser redobrada já que cada
ação tem sua particularidade. Por isso, montamos um guia com as licenças
previstas na CLT e suas particularidades.
Licença Remunerada
A licença remunerada
está ligada a ausência do colaborador sem que haja prejuízos ou suspensões da
sua remuneração mensal e benefícios.
Em casos específicos, de
licenças previstas na CLT, há uma justificativa para a ausência o que impede
que sejam feitos cortes de salário durante a ausência. Essa redução
salarial só pode ocorrer caso tenha havido algum acordo coletivo
anterior sobre o tema.
Entre as licenças
previstas na CLT mais comuns estão:
·
licença maternidade;
·
licença paternidade;
·
serviço militar;
·
licença de óbito;
·
casamento.
Licença maternidade
A licença
maternidade é uma das licenças previstas na CLT que dá a
mulher o direito de tirar um período de afastamento após o nascimento do bebê.
O período é variável entre 4 e 6 meses.
Durante esse período, a
funcionária tem o direito de continuar recebendo seus vencimentos, como se
estivesse trabalhando. Vale ressaltar que o afastamento pode se iniciar
28 dias ou 1 dia antes do nascimento.
Período que pode variar
conforme a cultura da empresa e a individualidade de cada gravidez.
Licença paternidade
Os pais também entram no
direito a licenças previstas na CLT, com a licença paternidade. Há
anos atrás a lei estipulava que ele poderia se ausentar por 1 dia, na semana de
nascimento do filho.
Porém, o artigo sétimo
da constituição de 1988 prevê um afastamento de até 5 dias. Se a empresa fizer
parte do Programa Empresa Cidadã esse período pode se estender
em até 20 dias.
Contudo, algumas regras
precisam ser seguidas nesse caso. Primeiramente a empresa precisa fazer parte
do programa o que lhe renderá isenção de impostos.
E no caso do colaborador
ele não pode exercer atividade remunerada no período. Além disso, o pai precisa
participar de algum programa de paternidade responsável, como os
cursos oferecidos nos próprios hospitais.
Serviço militar
Funcionários que são
convocados para o serviço militar têm direito a um afastamento de até
90 dias, tendo a garantia de que seu cargo estará disponível no retorno.
Nesse caso, o
colaborador pode optar por receber os benefícios do serviço militar ou
continuar recebendo seus vencimentos da empresa. A organização também pode ter
que complementar a remuneração se ele optar pelos direitos do serviço militar.
Das licenças previstas
na CLT, essa está prevista no artigo 472 da lei trabalhista.
Confira alguns dos detalhes da lei no § 1º e § 5º.
Art.
472 DA CLT
O
afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar ou de
outro encargo público, não constituirá motivo para a alteração ou rescisão do
contrato de trabalho por parte do empregador.
1º.
Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se
afastou em virtude de exigência do serviço militar ou de encargo público, é
indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta
registrada, dentro do prazo máximo de trinta dias, contados da data em que se
verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.
(Revogado parcialmente pelos artigos 60 e 61 da Lei nº 4.375, de 17.08.1964).
5º.
Durante os primeiros 90 (noventa) dias desse afastamento, o empregado
continuará percebendo sua remuneração. (Parágrafos 3º, 4º e 5º acrescentados
pelo artigo 10 do Decreto-Lei nº 3, de 27.01.1966).
Licença
Casamento
Entre as licenças
previstas na CLT está a licença casamento. Perante a lei, os trabalhadores
que se casarem têm direito a três dias de ausência do trabalho. Esse
período será contado após a oficialização do casamento e assinatura dos papéis.
Essa obrigatoriedade por
parte da empresa com seu colaborador está prevista no artigo 473,
no inciso 2.
Art.
473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
II -
até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (Inciso incluído pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
Licença óbito
A licença óbito
ou licença nojo, como é conhecida, também é citada entre as licenças
previstas na CLT. O artigo 473 em seu inciso I fala sobre a
permissão de uma ausência de até dois dias em caso do falecimento de um
cônjuge ou familiares, sem prejuízo ao salário.
Confira abaixo os
detalhes da lei da CLT referente a esse assunto.
Art.
473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
I -
até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e
previdência social, viva sob sua dependência econômica; (Inciso incluído pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
Licença não remunerada
A licença não remunerada
se refere a um período de ausência de um colaborador por um grande período de
tempo, sem que haja remuneração e sem que o contrato seja
cancelado.
Existem vários motivos
que levam a licença não remunerada, como por exemplo, um curso de
capacitação no exterior de um colaborador ou problemas pessoais.
Empresa e colaborador
precisam entrar em um acordo e o contrato fica temporariamente suspenso, de
dois a cinco meses normalmente.
O pedido é feito através
de um documento produzido pelo colaborador, em duas vias, assinado pela empresa
e pelo próprio profissional.
Durante o período de
afastamento a empresa não precisa arcar com salários e também suspende os benefícios
no qual o profissional tem direito. Férias e 13º salário são
pagos proporcionalmente aos meses trabalhados.
O artigo 476 é
que detalha essa possibilidade de suspensão de contrato. Portanto, essa também
é uma das licenças previstas na CLT.
Art.
476-A. O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a
cinco meses, para participação do empregado em curso ou programa de
qualificação profissional oferecido pelo empregador, com duração equivalente à
suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de
trabalho e aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art. 471
desta Consolidação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001).
Fique atento as licenças
previstas na CLT
As licenças previstas na
CLT permitem e asseguram um direito ao colaborador de não sofrer prejuízos ao
se ausentar em casos específicos.
Conhecer os direitos que
sua equipe possui perante a lei é um dos passos para evitar processos
trabalhistas.
Estar por dentro de
todos os detalhes das licenças previstas na CLT pode resguardar a empresa
quando ela se depara com faltas do profissional. Assim, é possível que gestores cobrem
seus colaboradores, caso as ausências não sejam justificadas.
Fonte: Xerpa/Rede
Jornal Contabil
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LEI DAS GORJETAS (Lei n° 13.419/2017)
Publicado em
05/09/2018
às
14:00
1. INTRODUÇÃO
Incialmente, cabe esclarecer que a lei das
gorjetas trouxe alterações consideráveis na CLT,
para disciplinar o rateio, entre empregados, da cobrança adicional sobre as
despesas em bares, restaurantes, e outros estabelecimentos similares
(gorjetas).
Podemos compreender como gorjeta, o valor pago ao
trabalhador, em separado do seu salário.
Anteriormente, a CLT não
determinava, de forma específica, os procedimentos para a cobrança e
recebimento de gorjetas.
2. ESPÉCIES DE GORJETA
Quanto às formas da concessão de gorjeta, podemos observar
as seguintes:
- as gorjetas espontâneas (quando o cliente paga diretamente
ao empregado por algum serviço que este lhe prestou, por sua mera
liberalidade); e
- as consideradas obrigatórias
(valor será cobrado pela empresa, como um adicional do consumo, que deverá,
obrigatoriamente, ser repassada ao empregado).
3. RATEIO
A lei da
gorjeta trouxe uma novidade quanto à distribuição dos valores concedidos a
título de gorjeta.
De acordo com esta alteração, os valores arrecadados, seja
de forma espontânea ou não, deverá ser distribuída em forma de rateio para o
empregado, que deverá ser definido em convenção coletiva e, na falta desta,
poderá ser definida por assembleia geral dos trabalhadores.
4. OBRIGAÇÕES DAS EMPRESAS QUE COBRAM GORJETAS
4.1. Inscritas no SIMPLES NACIONAL
Pelo novo texto da CLT,
para as empresas inscritas no Simples Nacional, a gorjeta deve ser lançada na
respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% (vinte por cento)
da arrecadação correspondente, mediante previsão em convenção, dissídio ou
acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários
e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados,
devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em favor do
trabalhador.
4.2. Não Inscritas no Simples Nacional
Para as empresas não inscritas no Simples Nacional o valor
da gorjeta deve ser lançado na respectiva nota de consumo, facultada a retenção
de até 33% (trinta e três por cento) da arrecadação correspondente, mediante
previsão em convenção, dissídio ou acordo coletivo de trabalho, para custear os
encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à
remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido
integralmente em favor do trabalhador.
4.3. Anotação em CTPS e em Contracheque
As empresas que cobrarem a gorjeta deverão anotar em
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e bem como em contracheque de
seus empregados os valores a título de gorjeta, ou seja, deverá informar o
percentual percebido.
4.4. Reflexos Trabalhistas
As importâncias pagas a título de gorjetas refletem em
outras verbas trabalhistas como 13º salário, férias e nos cálculos das verbas
rescisórias.
4.5. Incidências Tributárias
As importâncias pagas a título de gorjetas sofrem incidência
de Contribuição Previdenciária (INSS), FGTS e Imposto de Renda na Fonte (IRF).
5. EFEITOS DA CESSAÇÃO DA COBRANÇA DA GORJETA
Quando a empresa cessar a cobrança da gorjeta, desde que
cobrada por mais de doze meses, esses valores ficam incorporados ao salário do
empregado, utilizando como base para cálculo a média dos últimos doze meses,
salvo o estabelecido em convenção, dissídio ou acordo coletivo de
trabalho.
6. PENALIDADES
Quando descumprido pelo empregador as condições determinadas
para a cobrança da gorjeta, pagará ao trabalhador prejudicado, a título de
multa, o valor correspondente a 1/30 (uns trinta avos) da média da gorjeta por
dia de atraso, limitada ao piso da categoria, assegurados em qualquer hipótese
o contraditório e a ampla defesa, observadas as seguintes regras:
I - a limitação prevista acima será triplicada caso o
empregador seja reincidente;
II - considera-se reincidente o empregador que, durante o
período de doze meses, descumpre os prazos de pagamentos por mais de
sessenta dias.
Fundamentação Legal: artigo 457 da CLT; Lei n° 13.419/2017; inciso XXVI, do artigo 7°, da Constituição
Federal/1988.
Fonte: Econet Editora, adaptado pela M&M Assessoria
Contábil.
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Possibilidade de Demissão de Empregado Soropositivo
Publicado em
22/08/2018
às
14:00
O
empregador em nenhum momento pode exigir, seja de forma direta ou indireta, nos
exames médicos por ocasião da admissão, mudança de função,
avaliação periódica, retorno, demissão ou outros ligados à relação de emprego,
a testagem do trabalhador quanto ao HIV.
A
exigência do exame soropositivo viola as normas éticas, legais e
constitucionais, afrontando o direito à intimidade e à igualdade, podendo
caracterizar a restrição ou discriminação.
Somente
o fato de o empregado ser portador ou doente do vírus da AIDS não justifica sua
demissão por parte do empregador, situação esta que, uma vez ocorrendo, caracterizará
a atitude discriminatória.
Se
caracterizado o ato discriminatório na demissão, o empregado tem direito à
reintegração no emprego, conforme Súmula nº 443 do TST.
Quando
o empregado apresentar um estágio avançado da doença ao ponto em que não tenha
a possibilidade de desenvolver a sua atividade normalmente, deverá ser
concedido à ele o auxílio-doença, ou até mesmo a aposentadoria por invalidez, mas jamais a sua demissão por
essa causa.
Entretanto,
se o desligamento não tiver qualquer relação com o estado de saúde do
empregado, ainda que este seja portador de HIV, o empregador não estará
obrigado a reintegrar o empregado demitido, como é o caso da justa causa,
conforme motivos elencados no art. 482 da CLT.
Importante
ressaltar que cabe ao empregador comprovar que:
a) Não
tinha conhecimento de que o empregado era portador do vírus HIV;
b)
Mesmo tendo conhecimento que o empregado era soropositivo, o fundamento da
demissão se deu por fato diverso que não a doença.
Este é
o entendimento do TST, conforme jurisprudência abaixo:
(.)
DANO MORAL. EMPREGADO PORTADOR DO VÍRUS HIV. DISPENSA DISCRIMINATÓRIA.
PRESUNÇÃO AFASTADA. COMPROVAÇÃO DO CONHECIMENTO DA DOENÇA PELO EMPREGADOR
APENAS QUANDO DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DA DISPENSA. INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO
A ENSEJAR O DIREITO À INDENIZAÇÃO. 1. A Corte local registrou que há presunção
relativa de que a dispensa sem justa causa de empregado portador de vírus HIV
possua motivação discriminatória que, contudo, pode ser desconstituída por
provas em sentido contrário, como as produzidas neste feito, que amparam a tese
defensiva. Consignou que os documentos das fls. 237/238 demonstram que a 1°
reclamada reduziu drasticamente o número de empregados, que era de 615
trabalhadores em agosto de 2004 e passou a ser de 422 em julho de 2006, e que
os documentos das fls. 504/542, por sua vez, comprovam que a empresa dispensou
sem justa causa outros 39 funcionários durante o mês de junho de 2006, época da
demissão do reclamante. Ressaltou que não há qualquer prova que permita
concluir que a doença do autor tenha sido a causa do seu desligamento, bem
como que a empregadora tenha divulgado a terceiros que o empregado era
soropositivo. Assentou que o fato de ser soropositivo veio à tona por
iniciativa do próprio reclamante, que enviou uma carta à 1ª reclamada, contando
que era portador do vírus HIV, no intuito de sensibilizar a empresa a
reconsiderar a sua demissão. Concluiu, assim, que não restou demonstrado
que as reclamadas tenham divulgado indevidamente a terceiros a doença do autor,
salvo em razão de atos iniciados e/ou autorizados pelo próprio reclamante. 2.
Com a edição da Súmula 443 desta Corte, uniformizou-se a jurisprudência deste
Tribunal Superior - com fundamento em princípios constitucionais como o da dignidade
da pessoa humana e do valor social do trabalho - no sentido de que se presume
discriminatória a dispensa arbitrária de trabalhador portador de doença grave
que suscite estigma ou preconceito. No entanto, a referida presunção, a que
alude a Súmula 443/TST, pode ser afastada por prova em contrário, recaindo
sobre o empregador o ônus de provar que o ato de dispensa decorreu de outra
motivação lícita que não a condição de saúde do trabalhador ou que o ato de
dispensa se deu em desconhecimento do estado em que se encontrava o empregado.
3. A decisão regional, consubstanciada na análise do contexto fático-probatório
existente nos autos, particularmente na constatação de que a causa da
dispensa foi a redução drástica no número de empregados e que o fato de ser
soropositivo foi informado à 1ª reclamada pelo próprio reclamante após a
dispensa arbitrária - cujo reexame é vedado em sede extraordinária a teor
da Súmula 126/TST -, está em harmonia com o entendimento desta Corte Superior,
de que não caracteriza ato ilícito do empregador a dispensa de empregado
portador de doença grave ou estigmatizante quando esta, comprovadamente, não
guarda qualquer relação com a condição de saúde do trabalhador. Precedentes.
Agravo de instrumento conhecido e não provido. (AIRR-10251-95.2010.5.04.0000,
Relator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, 1ª Turma, DEJT 18/12/2015).
Fonte: Guia Trabalhista on Line
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Trabalhador Autônomo x Empregado - Saiba as Diferenças
Publicado em
20/08/2018
às
10:00
Trabalhador
Autônomo
é todo
aquele que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício,
por conta própria e com assunção de seus próprios riscos. A prestação de serviços
é de forma eventual e não habitual.
Empregado é o trabalhador subordinado, que recebe
ordens, é pessoa física que trabalha todos os dias ou periodicamente, ou seja,
não é um trabalhador que presta seus serviços apenas de vez em quando
(esporadicamente) e é assalariado.
Quadro
Comparativo Autônomo X Empregado
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Fonte: Blog Guia
Trabalhista
-
Orientações Para o Fechamento da Folha de Pagamento de Agosto/2018
Publicado em
16/08/2018
às
16:00
O início da DCTFWeb
- Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e
de Outras Entidades e Fundos marcará o recebimento dos eventos de fechamento de
folha no eSocial (S-1299) para a competência agosto/2018. A previsão é de que
entre em operação no próximo dia 27 de agosto. A DCTFWeb é o sistema integrado
ao eSocial responsável pela geração das guias de pagamento das contribuições
previdenciárias.
Para que haja a
integração com a DCTFWeb, as empresas deverão aguardar
até o dia 27/08 para enviar o evento de encerramento da folha
da competência agosto/2018.
A medida não altera
qualquer prazo de envio de eventos do eSocial, uma vez que apenas os encerramentos antecipados da competência
agosto/2018 seriam impactados. O prazo permanece até o dia 7 do mês seguinte,
ou seja, 07/09/2018. Caso o empregador envie o S-1299 antes da DCTFWeb entrar
em operação, ou seja, antes de 27/08, não haverá a integração com aquele
sistema e, nesse caso, deverá reabrir e encerrar a folha novamente após a entrada
da DCTFWeb.
O recebimento do evento
S-1299 para outras competências não é atingido pela restrição. Empregadores
domésticos também não terão qualquer restrição e poderão encerrar a folha de
agosto/2018 normalmente.
Fonte: Portal do eSocial/Blog Guia Trabalhista
-
Impor Medidas Disciplinares Durante o Café Caracteriza Tempo à Disposição
Publicado em
13/08/2018
às
14:00
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
restabeleceu sentença em que uma empresa do ramo automotivo em
Catalão (GO), havia sido condenada a pagar como horas extras o tempo dispendido por um auxiliar de
produção com o café da manhã.
Como ficou demonstrado que, nesse período, estava sujeito a medidas
disciplinares, a Turma considerou que se tratava de tempo à disposição do
empregador.
Na reclamação trabalhista, o empregado
afirmou que chegava à fábrica por volta de 6h40 e ia para o restaurante tomar o
café da manhã. Somente cerca de 30 minutos depois seguia para o posto de
trabalho e, por determinação da empresa, registrava o ponto às 7h10.
O juízo da Vara do Trabalho de Catalão (GO) considerou os minutos
entre a chegada do empregado, em ônibus da empresa, e o registro de ponto como
tempo à disposição do empregador.
A decisão levou em conta a confissão do preposto da empresa ao
afirmar, em seu depoimento, que mesmo no período de café da manhã, o empregado
estaria sujeito a punições caso se envolvesse em algum problema disciplinar.
O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), no entanto,
entendeu que a declaração do preposto não seria suficiente para caracterizar
aqueles minutos como tempo à disposição do empregador, sobretudo porque o
auxiliar não estaria submetido, contra sua vontade, à dinâmica da empresa.
A relatora do recurso de revista do empregado, desembargadora
convocada Cilene Ferreira Amaro dos Santos, observou que, diante do contexto
registrado pelo TRT em relação à possibilidade de sanções disciplinares no
período do café, não há como afastar a conclusão de que ele estava à disposição
da empresa.
A decisão fundamentou-se na Súmula 366 do TST,
segundo a qual, nos casos em que os minutos que antecedem ou sucedem a jornada
ultrapassem o limite de cinco minutos, fica configurado o tempo à disposição, não importando as atividades
desenvolvidas (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal,
etc). Processo: RR-10656-62.2017.5.18.0141.
Fonte: TST - 03.08.2018 - Adaptado pelo Guia Trabalhista.
-
Brasil e Suíça assinam ajuste do acordo previdenciário
Publicado em
04/08/2018
às
16:00
Etapa é necessária para
futura operacionalização da contagem de tempo de contribuição nos dois países
Os governos do Brasil e
da Suíça assinaram em 25/07/2018, em Brasília, o ajuste administrativo do
acordo previdenciário entre os dois países. O ajuste é a etapa indispensável
para a futura operacionalização do acordo, que ainda precisa ser aprovado pelo
Congresso Nacional brasileiro, antes de entrar em vigor. Atualmente 57,5 mil
brasileiros moram na Suíça, e 7,2 mil suíços vivem no Brasil.
O acordo previdenciário
entre Brasil e Suíça foi assinado em 2014. O objetivo é assegurar os direitos
de seguridade social previstos nas legislações de ambos os países, de maneira
que o tempo de contribuição de brasileiros na Suíça e de suíços no Brasil possa
ser contabilizado para fins previdenciários.
O documento assinado em
25/07/2018 estabelece os procedimentos para a concessão de benefícios. Caberá
ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a futura análise de pedidos.
Fonte: ascom.mps
-
Portaria regulamenta contratos da Lei do Salão Parceiro
Publicado em
06/07/2018
às
13:00
Documento define
cláusulas necessárias para a homologação de contrato entre salões, barbeiros,
cabeleireiros e demais profissionais do ramo
Uma portaria
assinada pelo ministro do Trabalho, Helton Yomura, nesta terça-feira (3/7/2018),
em Brasília, regulamenta a análise e homologação dos contratos entre salões de
beleza e profissionais que atuam como parceiros desses estabelecimentos -
cabeleireiros, barbeiros, esteticistas, manicures, pedicures, depiladores e
maquiadores. O texto define cláusulas obrigatórias para a validação dos
contratos, que deverão passar pela análise e homologação do superintendente
regional do Trabalho no estado onde o serviço será prestado.
A Lei do Salão
Parceiro (Lei nº 13.352/2016) entrou em vigor em janeiro de 2017, permitindo
que barbearias, salões e clínicas de estética contratem profissionais como parceiros,
sem assinar Carteira de Trabalho. Assim, a parceria entre o salão e o
profissional não resultará em relação de emprego ou de sociedade entre os
envolvidos. A iniciativa beneficia mais de 450 mil profissionais de todo o
Brasil.
Requisitos -
A portaria define requisitos para a validação dos contratos, que deverão ser
assinados com a presença de duas testemunhas. A regulamentação determina que o
contrato contenha informações sobre os percentuais de valores destinados a cada
uma das partes, a retenção e o recolhimento de tributos pelo salão-parceiro em
relação aos valores recebidos, além da condição e periodicidade dos pagamentos
pelos serviços dos profissionais.
Os contratos também
deverão estabelecer as normas para uso, manutenção e higiene dos materiais para
a realização dos serviços, funcionamento do negócio e atendimento aos clientes,
entre outras cláusulas.
Assistência -
De acordo com a portaria, no caso de ausência do sindicato da categoria
profissional, a Superintendência Regional do Trabalho dará assistência ao
profissional-parceiro, com auxílio do Setor de Fiscalização do Trabalho ou da
Seção de Relações do Trabalho.
PORTARIA
Nº 496, DE 4 DE JULHO DE 2018
Estabelece regras
para fins de regulamentação do disposto nos §§8º e §9º, do Art. 1º-A da Lei n.°
13.352, de 27 de outubro de 2016.
O MINISTRO DE
ESTADO DO TRABALHO, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos IV e VI,
alínea "a", do art. 87 da Constituição Federal, tendo em vista o
disposto no Decreto N.º 8.894, de 3 de novembro de 2016, e considerando o
disposto na lei N.º 12.592, de 18 de janeiro de 2012 e 13.352, de 27 de outubro
de 2016, resolve:
Art. 1º Compete
aos Superintendentes Regionais do Trabalho, na hipótese legal, a análise e
homologação dos contratos de parceria entre os salões de beleza e os
profissionais que desempenham as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro,
Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador.
§1º A homologação
a que se refere o caput deve ser feita, perante duas testemunhas, pelo
Superintendente Regional do Trabalho da unidade da Federação na qual se dará a
execução do contrato de parceria, após a verificação do cumprimento dos
requisitos estabelecidos no Art. 2º.
§2º A análise e
homologação dos contratos de parceira de que trata o caput do presente artigo
poderá ser objeto de delegação, observado o disposto no §1º.
Art. 2º Para fins
de homologação, os contratos de parceria deverão conter as seguintes cláusulas:
I - percentual das
retenções pelo salão-parceiro dos valores recebidos por cada serviço prestado
pelo profissional-parceiro;
II - obrigação,
por parte do salão-parceiro, de retenção e de recolhimento dos tributos e
contribuições sociais e previdenciárias devidos pelo profissional-parceiro em
decorrência da atividade deste na parceria;
III - condições e
periodicidade do pagamento do profissional-parceiro, por tipo de serviço
oferecido;
IV - direitos do
profissional-parceiro quanto ao uso de bens materiais necessários ao desempenho
das atividades profissionais, bem como sobre o acesso e circulação nas
dependências do estabelecimento;
V - possibilidade
de rescisão unilateral do contrato, no caso de não subsistir interesse na sua
continuidade, mediante aviso prévio de, no mínimo, trinta dias;
VI -
responsabilidades de ambas as partes com a manutenção e higiene de materiais e
equipamentos, das condições de funcionamento do negócio e do bom atendimento
dos clientes;
VII - obrigação,
por parte do profissional-parceiro, de manutenção da regularidade de sua
inscrição perante as autoridades fazendárias.
Art. 3º O
Superintendente Regional do Trabalho, em caso de ausência de sindicato da
categoria profissional, prestará assistência ao profissional-parceiro, com
auxílio do Setor de Fiscalização do Trabalho - SEFIT e, na impossibilidade
deste, da Seção de Relações do Trabalho - SERET, localizados no âmbito da
Superintendência Regional do Trabalho.
Art. 4º Esta
Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HELTON YOMURA
Fonte: Ministério do
Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Acordo previdenciário entre Brasil e EUA vigora a partir de 1º de outubro de 2018
Publicado em
01/07/2018
às
16:00
Instrumento facilitará concessão de
benefícios para brasileiros que trabalham nos EUA e vice-e-versa
A partir do dia 1º de
outubro de 2018, mais de 1,3 milhão de brasileiros que vivem nos Estados
Unidos poderão solicitar a totalização do tempo de contribuição que
possuem tanto no país norte-americano quanto no Brasil. Também serão
beneficiados mais de 35 mil norte-americanos que vivem em solo brasileiro e
poderão requerer aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez e pensão
por morte. O decreto
presidencial foi publicado na manhã desta terça-feira (26/06/2018),
no Diário Oficial da União.
O acordo permite a
contagem de tempo para aquisição de direito ao benefício, mas cada país é
responsável pelo pagamento dos benefícios em sua própria moeda, de acordo com o
período de contribuição nele realizado pelo trabalhador. O documento representa
45% do total de 88,52% de cobertura previdenciária no exterior.
Segundo o secretário de
Previdência, Marcelo Caetano, a entrada em vigor do acordo traz ganhos também
para o país, pois evitará a dupla tributação na Previdência Social de pessoas
que trabalharam nos dois países, favorecendo também os investimentos no Brasil.
Sobre os acordos - Os
acordos internacionais de Previdência permitem a contagem do tempo de
contribuição dos trabalhadores aos sistemas de Previdência Social dos países
para a obtenção de benefícios previdenciários como aposentadoria por idade,
pensão por morte e aposentadoria por invalidez, além de evitar a bitributação
em caso de deslocamento temporário.O Brasil já tem os seguintes acordos
bilaterais em vigência: Alemanha, Bélgica, Cabo Verde, Canadá, Chile, Coreia do
Sul, Espanha, França, Grécia, Itália, Japão, Luxemburgo, Portugal e Quebec. Já
os multilaterais são estabelecidos com países do Mercosul (Argentina,
Paraguai e Uruguai) e países da península ibero-americana (Argentina, Bolívia,
Brasil, Chile, El Salvador, Equador, Espanha, Paraguai, Peru, Portugal e
Uruguai).
Saiba mais sobre Acordos
Internacionais de Previdência.
Veja também: Acordos
de Previdência ampliam proteção social a brasileiros no exterior
Fonte: Ascon
Previdência Social
-
Estudo revela novo perfil de imigrantes no mercado brasileiro
Publicado em
18/06/2018
às
14:00
Pesquisa
apresentada durante o Seminário da Rede de Observatórios do Trabalho ajudará na
formulação de políticas públicas para migrantes
O
perfil dos imigrantes que estão inseridos no mercado de trabalho brasileiro
está mudando, revela um estudo do Observatório das Migrações Internacionais
(OBMigra), divulgado durante o 3º Seminário da Rede de Observatórios do
Trabalho, que começou na segunda (11/06/2018) e terminou nesta terça-feira (12/06/2018), na
sede do Ministério do Trabalho, em Brasília. "A pesquisa mostra mudança no
perfil dos imigrantes internacionais no mercado de trabalho brasileiro a partir
de 2010. Houve uma nova composição de imigrantes, que agora vêm principalmente
do chamado Sul Global, mas não de países de fronteira, como os bolivianos ou
paraguaios, nem do Norte Global, como espanhóis, italianos e portugueses",
comenta o diretor do OBMigra, Leonardo Cavalcanti.
Hoje,
os haitianos compõem o maior coletivo de imigrantes no mercado de trabalho
brasileiro. Eles eram "algumas dezenas em 2010", mas o número aumentou a partir
daquele ano e, em 2013, já formavam o grupo mais numeroso, situação que se
mantém até hoje, com cerca de 30 mil a 40 mil haitianos no mercado de trabalho
formal brasileiro. Além deles, o estudo mostrou a presença de senegaleses e
bengalis, assim como dos tradicionais portugueses, bolivianos e paraguaios.
Agronegócio
- Segundo o OBMigra, o Brasil tem hoje em torno
de 130 mil imigrantes no mercado de trabalho formal. Eles atuam sobretudo no
final da cadeia produtiva do agronegócio, principalmente no Brasil meridional,
abrangendo São Paulo e os três estados do Sul do País - Santa Catarina, Paraná
e Rio Grande do Sul. "Estão atuando em abate de frangos e de suínos, ou no corte
de frango halal (produzido conforme os princípios do islã) para exportação. Foi
essa indústria que absorveu esse novo fluxo dos imigrantes", diz Cavalcanti.
Ele
explica que esses estudos são essenciais porque permitem definir o perfil do
trabalhador, revelando itens como sexo, país de origem, incorporação no mercado
de trabalho, salário e possíveis inconsistências, o que ajuda a elaborar
políticas públicas voltadas para esses trabalhadores. "Existem alguns
profissionais com formação de engenheiro, de arquiteto, de médico, trabalhando
em construção, em abate de aves e em outras situações de inconsistência de
status", salienta o diretor da organização. "Então, é fundamental ter esse
conhecimento profundo do campo e da realidade para construir políticas públicas
que permitam a inserção dos imigrantes no mercado de trabalho e na sociedade
brasileira."
Venezuelanos
- Já a situação dos venezuelanos aponta para um
perfil diferenciado, porque eles estão concentrados na porta de entrada, que é
Boa Vista. Os que estão se interiorizando, indo para São Paulo e Cuiabá, estão
trabalhando no setor de serviços e no atendimento ao público, como em bares e
restaurantes. "Mas eles não se misturaram, nem substituíram os imigrantes
haitianos. É outro perfil, outra realidade migratória", enfatiza Cavalcanti.
A
diferença principal é que os haitianos vieram depois de um terremoto no país de
origem, enquanto os venezuelanos chegaram devido a questões políticas e
econômicas. Muitos deles ainda resistem à interiorização e ficam em Boa Vista
porque têm a expectativa de que a situação vai melhorar no país de origem e
poderão voltar.
O
mais importante, de acordo com o diretor do OBMigra, é que ambos os perfis têm
um monitoramento estatístico, com dados sobre inserção no mercado de trabalho,
admissão, demissão e estoque dos imigrantes, enquanto estão entrando e saindo
do país. Esse levantamento é publicado pelo Conselho Nacional de Imigração
(CNIg), ligado ao Ministério do Trabalho. Os dados permitem que o CNIg defina
resoluções normativas para os imigrantes, aplicando políticas específicas e
normatizando questões relevantes para o Brasil.
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Ministério do trabalho esclarece sobre trabalho autônomo e intermitente
Publicado em
12/06/2018
às
14:00
Sobre
a Portaria nº 349, de 23 de maio de 2018, publicada na edição de 24/5/2018 do
Diário Oficial da União (DOU), o Ministério do Trabalho esclarece:
1)
Os contratos de trabalho para trabalhadores autônomos e no modelo intermitente
formatados pela Lei n 13.467/2017 (Modernização Trabalhista) receberam
esclarecimentos normativos por intermédio da Portaria nº 349, de 23 de maio de
2018, assinada pelo ministro do Trabalho, Helton Yomura, e publicada na edição
de 24/5/2018 no Diário Oficial da União.
2)
Essa portaria é fundamentada no poder regulamentar dos ministros de Estado,
conforme regra estabelecida pelo artigo 87, II da Constituição Federal, que
permite a expedição de instruções para a execução das leis, decretos e
regulamentos.
3)
O Ministério do Trabalho oferece, com a edição desta portaria e com a aprovação
ministerial do parecer Jurídico da Advocacia Geral da União nº 00248/2-018,
publicado na edição do DOU do dia 15 deste mês, a segurança jurídica necessária
para a fiel execução da legítima manifestação legislativa do Congresso
Nacional, que produziu a exitosa Modernização Trabalhista.
4)
Por fim, cabe enfatizar que a regulamentação de pontos da Modernização
Trabalhista possibilitada pela Portaria nº 349 confere mais segurança jurídica,
sobretudo aos contratos que envolvem o trabalho autônomo e o intermitente.
A seguir, o texto
completo da referida portaria
Portaria MTB Nº
349 DE 23/05/2018
Estabelece regras
voltadas à execução da Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, no âmbito das
competências normativas do Ministério do Trabalho.
O Ministro de
Estado do Trabalho, no uso das suas atribuições legais e tendo em vista o
disposto no art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal,
Resolve:
Art. 1º A
contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com
ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado
prevista no art. 3º do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova
a Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 1º Não
caracteriza a qualidade de empregado prevista no art. 3º da Consolidação das
Leis do Trabalho o fato de o autônomo prestar serviços a apenas um tomador de
serviços.
§ 2º O autônomo
poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviços que
exerçam ou não a mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de contrato
de trabalho, inclusive como autônomo.
§ 3º Fica
garantida ao autônomo a possibilidade de recusa de realizar atividade demandada
pelo contratante, garantida a aplicação de cláusula de penalidade, caso
prevista em contrato.
§ 4º Motoristas,
representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de
outras categorias profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a
atividades compatíveis com o contrato autônomo, desde que cumpridos os
requisitos do caput, não possuirão a qualidade de empregado prevista o art. 3º
da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 5º Presente a
subordinação jurídica, será reconhecido o vínculo empregatício.
Art. 2º O contrato
de trabalho intermitente será celebrado por escrito e registrado na Carteira de
Trabalho e Previdência Social, ainda que previsto em acordo coletivo de
trabalho ou convenção coletiva, e conterá:
I - identificação,
assinatura e domicílio ou sede das partes;
II - valor da hora
ou do dia de trabalho, que não poderá ser inferior ao valor horário ou diário
do salário mínimo, nem inferior àquele devido aos demais empregados do
estabelecimento que exerçam a mesma função, assegurada a remuneração do
trabalho noturno superior à do diurno;
III - o local e o
prazo para o pagamento da remuneração.
§ 1º O empregado,
mediante prévio acordo com o empregador, poderá usufruir suas férias em até
três períodos, nos termos dos §§ 1º e 3º do art. 134 da Consolidação das Leis
do Trabalho.
§ 2º Na hipótese
de o período de convocação exceder um mês, o pagamento das parcelas a que se
referem o § 6º do Art. 452-A da Consolidação das Leis do Trabalho não poderá
ser estipulado por período superior a um mês, devendo ser pagas até o quinto
dia útil do mês seguinte ao trabalhado, de acordo com o previsto no § 1º do
art. 459 da CLT.
§ 3º Dadas as
características especiais do contrato de trabalho intermitente, não constitui
descumprimento do inciso II do caput ou discriminação salarial pagar ao
trabalhador intermitente remuneração horária ou diária superior à paga aos
demais trabalhadores da empresa contratados a prazo indeterminado.
§ 4º Constatada a
prestação dos serviços pelo empregado, estarão satisfeitos os prazos previstos
nos §§ 1º e 2º do art. 452-A da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 3º É
facultado às partes convencionar por meio do contrato de trabalho intermitente:
I - locais de
prestação de serviços;
II - turnos para
os quais o empregado será convocado para prestar serviços; e
III - formas e
instrumentos de convocação e de resposta para a prestação de serviços.
Art. 4º Para fins
do disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho,
considera-se período de inatividade o intervalo temporal distinto daquele para
o qual o empregado intermitente haja sido convocado e tenha prestado serviços
nos termos do § 1º do art. 452-A da referida lei.
§ 1º Durante o
período de inatividade, o empregado poderá prestar serviços de qualquer
natureza a outros tomadores de serviço, que exerçam ou não a mesma atividade
econômica, utilizando contrato de trabalho intermitente ou outra modalidade de
contrato de trabalho.
§ 2º No contrato
de trabalho intermitente, o período de inatividade não será considerado tempo à
disposição do empregador e não será remunerado, hipótese em que restará
descaracterizado o contrato de trabalho intermitente caso haja remuneração por
tempo à disposição no período de inatividade.
Art. 5º As verbas
rescisórias e o aviso prévio serão calculados com base na média dos valores
recebidos pelo empregado no curso do contrato de trabalho intermitente.
Parágrafo único.
No cálculo da média a que se refere o caput, serão considerados apenas os meses
durante os quais o empregado tenha recebido parcelas remuneratórias no
intervalo dos últimos doze meses ou o período de vigência do contrato de
trabalho intermitente, se este for inferior.
Art. 6º No
contrato de trabalho intermitente, o empregador efetuará o recolhimento das
contribuições previdenciárias próprias e do empregado e o depósito do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço com base nos valores pagos no período mensal e
fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.
Art. 7º As
empresas anotarão na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus
empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos
últimos doze meses.
Art. 8º A comissão
de representantes dos empregados a que se refere o Título IV -A da Consolidação
das Leis do Trabalho não substituirá a função do sindicato de defender os
direitos e os interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em
questões judiciais ou administrativas, hipótese em que será obrigatória a
participação dos sindicatos em negociações coletivas de trabalho, nos termos do
incisos III e VI do caput do art. 8º da Constituição Federal.
Art. 9º Esta
portaria entra em vigor na data da sua publicação.
HELTON YOMURA
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Folga nos jogos do Brasil pode ser compensada mediante acordo entre empresas e trabalhadores
Publicado em
08/06/2018
às
16:00
Modernização
trabalhista prevê acordo verbal para compensação de horas dentro do próprio mês
Se
tudo der certo para o Brasil na Copa do Mundo da Rússia e a seleção for até a
final, pelo menos quatro jogos deverão ocorrer em dias úteis, no meio do
expediente da maioria dos trabalhadores brasileiros. A boa notícia é que a
modernização trabalhista, que flexibilizou várias regras, também facilitou a
negociação entre empregadores e empregados para folgas e compensação de horas.
A
auditora-fiscal do Trabalho da Coordenação Geral de Fiscalização do Ministério
do Trabalho, Erika Medina Stancioli, explica que, como os dias de jogos não
serão considerados feriado no Brasil, será prerrogativa das empresas decidirem
se liberam ou não seus empregados para assistirem às partidas. No caso de
liberação com compensação posterior de horas, empresas e trabalhadores devem
chegar a acordo sobre a questão.
"De
acordo com o parágrafo 6º do artigo 59 da CLT [Consolidação das Leis do
Trabalho], a partir da reforma trabalhista, se a compensação ocorrer no mesmo
mês da liberação para os jogos, esse acordo poderá ser tácito e individual, sem
necessidade de documento escrito ou de validação do sindicato", explica.
Se
a compensação de horas ocorrer em outro mês, as regras mudam. Caso a
compensação ocorra em até seis meses, o acordo deve ser feito por escrito. Se
for em um ano, precisa passar pelo sindicato de trabalhadores da categoria.
Os
acordos também devem garantir que o trabalhador não tenha prejuízo financeiro.
Ou seja, se a folga nos horários de jogos, previamente acertada com a empresa,
for compensada conforme o combinado, o trabalhador não terá a ausência descontada
do salário.
"Mas
é importante deixar claro que esse acordo entre a empresa e os seus
funcionários precisa ocorrer. Se o trabalhador decidir faltar para assistir aos
jogos deliberadamente, a empresa poderá considerar falta e descontar, além
desse dia, também os dias de feriado e de repouso", esclarece Erika.
O
QUE DIZ A LEI
Lei
Nº 13.467, de 13 de julho de 2017.
Art.
59 - A duração diária do trabalho poderá ser
acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo
individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§
5º - O banco de horas de que trata o § 2o deste
artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a
compensação ocorra no período máximo de seis meses.
§
6º - É lícito o regime de compensação de jornada
estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no
mesmo mês. (NR)
Art.
59-A - Em exceção ao disposto no art. 59 desta
Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito,
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de
trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso,
observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
Parágrafo
único - A remuneração mensal pactuada pelo horário
previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso
semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados
compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver,
de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.
Art.
59-B - O não atendimento das exigências legais
para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo
tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada
normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas
o respectivo adicional.
Parágrafo
único - A prestação de horas extras habituais não
descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Ministério do Trabalho intensifica combate a negociações sobre redução de cotas de PcDs e aprendizes
Publicado em
06/06/2018
às
16:00
Protocolo
de ação conjunta entre a Pasta e o Ministério Público do Trabalho aponta
ilegalidade de negociações coletivas para diminuir base de cálculo das cotas
A
redução das cotas de pessoas com deficiência (PcDs) e aprendizes por meio de
negociações coletivas entre sindicatos de trabalhadores e empresas e/ou
sindicatos patronais é ilegal e está na mira das equipes de fiscalização do
Ministério do Trabalho. O alerta em 15/5/2018, na sede do órgão, em Brasília,
após assinatura de protocolo de atuação conjunta com o Ministério Público do
Trabalho (MPT), que poderá adotar medidas judiciais para anular as cláusulas de
convenções que reduzam a base de cálculo das cotas. "O objetivo do protocolo de
ação é combater a redução da base de cálculo das cotas por meio de negociação
coletiva. O artigo 611-B da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), incluído
nas recentes alterações legislativas, deixa expresso que esses pontos não devem
ser negociados", explicou o coordenador-geral de Fiscalização do Trabalho, João
Paulo Reis Ribeiro Teixeira.
O
protocolo começou a ser preparado a partir de um levantamento do Ministério do
Trabalho, que revelou alterações na base de cálculo das cotas em algumas
convenções coletivas. A Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) informou a
situação às Superintendências Regionais do Trabalho (SRTs), que comunicaram os
casos às Procuradorias Regionais do MPT.
O
entendimento dos dois órgãos ministeriais foi de que a redução é ilegal. "Este
protocolo de ação conjunta reforça o que está no Artigo 611-B da CLT, inserido
pela modernização trabalhista, e que não vem sendo respeitado por alguns
sindicatos, tanto de empregadores quanto de empregados", salientou o
coordenador nacional de Aprendizagem do Ministério do Trabalho, Antônio Alves
Mendonça Júnior.
Ação
coordenada - Com a pauta em comum, o Ministério do Trabalho e o MPT decidiram
tratar a matéria de forma coordenada e integrada, e não apenas em ações
pontuais. "Não adianta resolver o problema numa convenção e ele permanecer em
outra. Precisamos ter uma definição que se aplique irrestritamente", justificou
a responsável pela Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho
da Criança e do Adolescente (Coordinfância) do MPT, Patrícia de Melo Sanfelice.
"O entendimento comum vai fortalecer tanto o Ministério do Trabalho, em sua
fiscalização, quanto o Ministério Público do Trabalho, quando chegarem denúncias
a respeito do tema."
Segundo
a chefe da Divisão de Fiscalização para Inclusão de Pessoas com Deficiência e
Combate à Discriminação no Trabalho do Ministério do Trabalho, Fernanda Maria
Pessoa Di Cavalcanti, cláusulas que diminuem a base de cálculo, excluindo a
possibilidade de uma pessoa com deficiência fazer trabalhos perigosos e
insalubres, estão entre as principais irregularidades. "Geralmente é essa a
justificativa. Só que a pessoa com deficiência não tem que ser tutelada pelo
sindicato. Ela tem que demonstrar capacidade para o trabalho trabalhando",
afirmou. "Essa cláusula é ilegal, inconstitucional e criminosa, porque está
barrando o acesso ao trabalho da pessoa com deficiência."
Discriminação
- O protocolo será enviado a todos os sindicatos e federações de empregados e
empregadores, com o objetivo de orientar as entidades a respeito do tema e de
possíveis consequências da redução da base de cálculo das cotas por meio de
negociação coletiva. "A Secretaria de Inspeção do Trabalho mantém uma vigilância
ativa, tanto nas fiscalizações quanto por meio da análise de acordos e
convenções coletivas registrados no Ministério", ressalta João Paulo Teixeira.
Quando
é detectado esse tipo de redução, além da orientação aos sindicatos, o
Ministério do Trabalho está comunicando o fato ao MPT, que pode questionar
judicialmente a validade dessas cláusulas. A fiscalização também é orientada a
não levar essas cláusulas em consideração. "Fiscalizamos a cota como um todo e,
se a empresa deixar de contratar com base nessa cláusula, ela poderá ser
autuada por discriminação no trabalho, porque está usando uma cláusula
discriminatória em relação à pessoa com deficiência", afirma Fernanda
Cavalcanti.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Geração Z muda as relações de trabalho no mundo
Publicado em
29/05/2018
às
14:00
No
Brasil, a regulamentação do teletrabalho, trazida pela modernização
trabalhista, é um destaque nesse contexto, ao possibilitar que o profissional
trabalhe em casa e defina o próprio horário
O
mercado de trabalho é dinâmico e passa por mudanças contínuas que envolvem os
profissionais que o compõem e as relações trabalhistas que mantêm entre si.
Essas modificações acontecem nos cenários econômico, social e principalmente
tecnológico, e hoje têm como grande protagonista a geração Z, formada por
pessoas que nasceram e cresceram em um período marcado pelo uso frequente da
tecnologia e que vêm provocando transformações e novos padrões de atuação no
mercado.
Um
exemplo é o web designer Deivison Amorim, 25 anos, que há seis meses mudou-se para
a cidade de Chiang Mai, na Tailândia, conhecida como a capital dos nômades
digitais - pessoas que trabalham remotamente. Deivison continua atendendo
empresas brasileiras virtualmente. "Todo o meu networking é do Brasil.
Atendo empresas de Brasília e São Paulo e sempre aviso sobre a questão do fuso
horário por causa das reuniões, mas isso não é uma barreira", explica.
Recentemente,
a modernização trabalhista regulamentou o teletrabalho, conhecido como trabalho
à distância ou home office, realizado longe do estabelecimento do empregador,
por meio da utilização de tecnologia. Com essa opção é possível trabalhar de
casa e definir o próprio horário.
"Essa
forma de trabalho já era realidade para muitos brasileiros, mas não contava com
uma regulamentação adequada. A nova legislação trabalhista regulamentou o
teletrabalho, trouxe segurança jurídica e vai abrir novas oportunidade de
emprego", explica o ministro do Trabalho, Helton Yomura.
Para
o especialista em gestão empresarial e coordenador do curso de gestão de RH da
Faculdade Unyleya Vilson Sérgio de Carvalho, a Geração Z é "antenada,
pensa rápido e possui habilidades tecnológicas que dão a eles uma competência
diferenciada no mercado de trabalho, mas, em contrapartida, é uma geração
silenciosa, que tem dificuldade de relacionamento social". Ele
ressalta: "Hoje temos mudanças no mercado de trabalho que são
interessantes para esses profissionais, como o trabalho home office, que lhes
possibilita desenvolverem seu trabalho individualmente, cumprirem suas atividades
com rapidez, sem precisarem se relacionar. Mas é uma geração que precisa de
muito aprendizado no que diz respeito às habilidades interpessoais e ao
trabalho em equipe".
Deivison
Amorim argumenta que a sua geração não quer apenas trabalhar para uma empresa
que tem determinada visão do mundo, mas trabalhar com significado e colocar sua
personalidade no trabalho e na forma de se relacionar. Além de disso, ele
acredita que as pessoas têm a necessidade de investir em algo pessoal não
apenas por necessidade financeira, mas ideológica também. "Quando
você começa a trabalhar online percebe que existem muitas maneiras de
empreender online, e descobre que existe uma infinidade de oportunidade nesse
mundo virtual. Eu sinto que há espaço e que posso imprimir minha personalidade
e levar minha forma de pensar para o mundo, assim como outras empresas
fizeram".
De
acordo com a nova legislação, a prestação de serviços no formato home office
deverá constar expressamente no contrato individual de trabalho, que
especificará as atividades a serem realizadas pelo empregado. As disposições
relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos
equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação
do trabalho remoto, bem como o reembolso com despesas arcadas pelo empregado,
serão obrigatoriamente prevista em contrato escrito.
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
APRENDIZAGEM PROFISSIONAL - Saldo de contratações cresce nos últimos três anos
Publicado em
27/05/2018
às
14:00
Até
março de 2018, havia mais de 422 mil aprendizes no mercado de trabalho
brasileiro
Nota M&M: Toda empresa enquadrada como Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte, que mantenha 7 ou mais empregados, deverão contratar menor aprendiz. A fiscalização tem sido rígida neste sentido, nos últimos meses.
O
saldo de contratações de aprendizes cresceu 41,66% nos últimos três anos. Os
dados são do primeiro trimestre de cada ano, quando o Brasil registrou abertura
de 14.647 novos postos de trabalho em 2016 e 35.155 em 2018. Até março de 2018,
o país tinha 422.147 aprendizes em seu mercado de trabalho.
Segundo
o coordenador-geral de Aprendizagem do Ministério do Trabalho, Lucas Honorato,
a retomada do crescimento econômico faz com que as empresas aumentem o seu
potencial de contratação, inclusive de aprendizes. "Os números mostram que as
empresas estão entendendo que contratar aprendizes é um investimento
vantajoso", explica Honorato. Ele acrescenta: "É uma oportunidade para os
empregadores formarem sua própria mão de obra desde o início e moldá-la
conforme a sua necessidade".
No total, o Brasil já contabiliza mais de 3,3 milhões aprendizes contratados
desde 2005, quando a lei foi regulamentada pelo Decreto 5598. De acordo com a
legislação brasileira, todas as empresas de médio e grande portes devem manter
em seus quadros de funcionários adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos, na
modalidade de Aprendiz, com cotas que variam de 5% a 15% por estabelecimento.
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Leonardo Arantes,
investir na qualificação e colocação dos jovens no mercado de trabalho é
garantir profissionais qualificados no futuro. "Ao ser contratado por uma
empresa o aprendiz é preparado por meio de aulas teóricas e práticas
simultâneas às atividades desenvolvidas nas empresas".
Entre os setores que mais contrataram aprendizes durante esses períodos estão a
Indústria da Transformação e o Comércio. As ocupações nas quais os jovens
tiveram mais oportunidades foram as de auxiliar de escritório e assistente
administrativo. Quando divididos por gênero, o sexo masculino prevalece na Aprendizagem
Profissional.
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Brasil cria 115.898 novos postos de trabalho em abril/2018, aponta Caged
Publicado em
26/05/2018
às
18:00
País
encerra primeiro quadrimestre com saldo positivo de 336.855 empregos formais
O
saldo de empregos ficou positivo pelo quarto mês consecutivo no país. O mês de
abril/2018 fechou com 115.898 postos de trabalho a mais do que em março, que já
há havia apresentado números positivos. O resultado é decorrente de 1.305.225
admissões e 1.189.327 desligamentos. Com isso, 2018 chega ao final do primeiro
quadrimestre com saldo de 336.855 empregos criados.
O
quadro também é otimista se avaliados os últimos 12 meses. Entre maio de 2017 e
abril de 2018 houve um crescimento de 283.118 postos de trabalho, um aumento de
+0,75%. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
apresentados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (18).
Outro
dado apresentado pelo Caged que reforça o quadro de otimismo para o emprego foi
o fato de que os oito setores econômicos apresentaram crescimento. Ou seja,
todas as áreas tiveram expansão.
Setores
O
melhor desempenho foi do setor de Serviços, que abriu 64.237 vagas, 0,38% a
mais do que em março. Os principais responsáveis por esse resultado foram o
comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos
(+16.461 postos); transportes e comunicações (+14.837) e serviços de
alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (+11.495).
A
segunda melhor performance de abril ficou por conta da Indústria de
Transformação, que abriu 24.108 postos, puxada pela indústria química de produtos
farmacêuticos, veterinários e perfumaria (+8.763 postos) e a indústria de
produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (+7.820 postos). Em seguida,
vieram a Construção Civil (+14.394), Comércio (+9.287), Agropecuária (+1.591),
Administração Pública (+980), Extrativa Mineral (+720), Serviços Industriais de
Utilidade Pública (+581).
Desempenho regional
As
cinco regiões do país apresentaram saldo de emprego positivo, começando pelo
Sudeste, que fechou o mês de abril com 78.074 vagas de trabalho a mais do que
em março. No Centro-Oeste, o crescimento foi de 15.769 postos, no Sul, de
13.298, no Nordeste, 4.447 postos e no Norte, 4.310.
Das
27 unidades federativas, 22 tiveram saldo positivo. Os maiores saldos de
emprego ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro e
Santa Catarina. O saldo foi negativo apenas em Alagoas, Rio Grande do Sul,
Pernambuco, Amazonas e Rio Grande do Norte.
Salário
O
salário de admissão dos trabalhadores também subiu. O valor ficou em R$
1.532,73 em abril, +1,22% a mais do que em março. Houve aumento real de R$
18,47. O salário de desligamento também subiu. Passou para R$ 1.688,34, R$
24,92 a mais do que no mês anterior, que representou um crescimento de +1,50%.
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA
A
distribuição do emprego entre as modalidades criadas a partir da Modernização
Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) ficou assim:
Desligamento
mediante acordo entre empregador e empregado
Em
abril de 2018, houve 12.256 desligamentos mediante acordo entre empregador e
empregado, envolvendo 9.456 estabelecimentos, em um universo de 9.044 empresas.
Um total de 14 empregados realizou mais de um desligamento. São Paulo registrou
a maior quantidade de desligamentos (3.636), seguido por Paraná (1.333), Minas
Gerais (1150), Rio de Janeiro (1078), Santa Catarina (966) e Rio Grande do Sul
(949).
Os
desligamentos por acordo distribuíram-se por Serviços (5691), Comércio (3.066),
Indústria de Transformação (2.160), Construção Civil (737), Agropecuária (479),
Serviços Industriais de Utilidade Pública (73), Extrativa Mineral (29) e
Administração Pública (21).
As
dez principais ocupações envolvidas foram vendedor de comércio varejista (730),
auxiliar de escritório em geral (478), assistente administrativo (405),
faxineiro (404), alimentador de linha de produção (363), operador de caixa
(330), motorista de caminhão - rotas regionais e internacionais (283),
vigilante (270), porteiro de edifícios (267) e cozinheiro geral (202).
Trabalho Intermitente
Na
modalidade de trabalho intermitente, ocorreram 4.523 admissões e 922
desligamentos, gerando saldo de 3.601 empregos, envolvendo 1.166
estabelecimentos, em um universo de 1.013 empresas. Um total de 17 empregados
celebrou mais de um contrato desse tipo.
Os
estados com maior saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente foram
São Paulo (1.062), Minas Gerais (687), Rio de Janeiro (519), Espírito Santo (208),
Goiás (178) e Paraná (130).
Os
principais saldos nessa modalidade ficaram nos setores de Serviços (1.580
postos), Construção Civil (879), Comércio (564), Indústria de Transformação
(500) e Agropecuária (68).
As
dez principais ocupações segundo saldo de emprego foram atendente de lojas e
mercados (313 postos), servente de obras (202), vigilante (126), faxineiro
(124), mecânico de manutenção de equipamentos de mineração (124), alimentador
de linha de produção (113), garçom (108), soldador (99), vendedor de comércio
varejista (92) e pedreiro (80).
Trabalho
em Regime de Tempo Parcial
Foram
registradas 5.762 admissões em regime de tempo parcial e 3.208 desligamentos,
gerando saldo de 2.554 empregos, envolvendo 3.533 estabelecimentos, em um
universo de 3.243 empresas. Um total de 49 empregados celebrou mais de um
contrato em regime de tempo parcial, sendo 32 empregados com jornada até 24
horas e 17 empregados com jornada acima de 24 horas.
Os
estados com maior saldo de emprego em regime de tempo parcial foram São Paulo
(390 postos), Ceará (388), Santa Catarina (286), Minas Gerais (207), Rio de
Janeiro (165) e Rio Grande do Norte (163).
Os
setores que mais apresentaram esse tipo de regime foram os Serviços (1.665
postos), o Comércio (547), a Indústria da Transformação (204), a Construção
Civil (95), a Administração Pública (21) e a Agropecuária (20).
As
dez principais ocupações foram professor de ensino superior na área de didática
(182), vendedor de comércio varejista (152), auxiliar de escritório em geral (125),
faxineiro (103), operador de caixa (91), repositor de mercadorias (75), agente
de pátio (65), professor de educação de jovens e adultos do ensino fundamental
- 1ª a 4ª séries (57), empregada doméstica nos serviços gerais (55) e vigilante
(50).
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Esteticistas - Profissão é regulamentada
Publicado em
07/04/2018
às
14:00
Quase
11 mil esteticistas, cosmetólogo e técnico em estética, serão impactados pela
nova lei
Esteticistas
e cosmetólogos e técnicos em estética agora são profissões regulamentadas. No
Brasil são 10.949 trabalhadores nesse segmento. As mulheres ocupam a maioria
das vagas. São 10.512 mulheres e apenas 437 homens de acordo com a Relação
Anual de Informações Sociais de 2016 (Rais). A Lei nº 13.643 foi publicada no
Diário Oficial da União, na terça (3).
Dados
da Rais mostram que o profissional do sexo masculino ganha em média R$
1.646,29. Enquanto, o do feminino R$ 1.513,22. E a remuneração média nacional é
R$ 1.518,19.
São
Paulo se destaca como estado que mais gera postos de trabalho com 3.684
trabalhadores na área. Em seguida vem Rio de Janeiro com 2.052 e Minas Gerais,
900 profissionais.
"A
regulamentação das profissões vai estabelecer mais segurança nas relações
comerciais entre profissional e consumidor. E valorizar o trabalhador
esteticista", afirmou o ministro do Trabalho interino, Helton Yomura.
Uma
das exigências imposta pela lei é a obrigatoriedade do curso técnico ou de
nível superior se esteticista e cosmetólogo, em instituição de ensino no Brasil
reconhecida pelo Ministério da Educação. No caso do técnico, o profissional
também pode exercer a profissão com a comprovação do exercício da atividade há
pelo menos três anos.
A
lei delimita as competências de cada profissional da estética. O técnico só
poderá executar determinados procedimentos como aplicação estéticos faciais,
corporais e capilares com produtos cosméticos registrados na Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Enquanto,
o esteticista de nível superior terá a responsabilidade técnica pelos centros
de estética, pelos pareceres técnico-científicos, estudos e pesquisa
mercadológicas ou experimentais relativos à estética e à cosmetologia em sua
área de atuação. Também pela auditoria, consultoria e assessoria sobre cosméticos
e equipamentos específicos de estética com registro da Anvisa entre outros.
Os
profissionais terão de observar princípios éticos, relação de transparência
entre profissional e cliente, atendimento adequado, prestação de informações
sobre técnicas, produtos utilizados e orçamentos dos serviços.
Exige ainda o cumprimento de normas relativas à biossegurança e à legislação sanitária para evitar exposição à riscos e potenciais danos que possam comprometer a segurança de clientes e demais pessoas envolvidas no atendimento.
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Inclusão: Estudo mostra avanços na inserção das mulheres no mercado de trabalho
Publicado em
30/03/2018
às
14:00
Apesar de desfavorável, a situação da
mulher brasileira no mercado de trabalho ainda é muito melhor se comparada a
outros países da América Latina
Estudo elaborado pela
Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda mostra que houve um grande
avanço nos indicadores, ao longo do tempo, com uma maior inclusão da mulher no
mercado de trabalho. Intitulado "Políticas de proteção e inclusão de gênero",
os dados tiveram como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
(PNAD/IBGE) de 2015.
"Embora a situação da
mulher brasileira no mercado de trabalho ainda seja desfavorável quando
comparada à dos homens, essa é uma realidade em todo o mundo, mas os dados do
Brasil ainda são melhores do que de muitos países da América Latina, tanto em
relação a mercado de trabalho quanto a políticas de conciliação da vida
familiar e laboral", explica a analista técnica de Políticas Sociais da
Secretaria de Previdência, Avelina Alves, responsável pelo estudo sobre a
situação da mulher no mercado de trabalho.
A analista cita como
exemplo a licença-maternidade. Enquanto no Brasil esse benefício tem duração de
120 dias, podendo ainda ser estendido para 180 dias, por meio do "Programa
Empresa Cidadã", a maioria dos países iberoamericanos têm um tempo máximo de 90
dias.
Os números revelam ainda
que a população feminina ocupada trabalha, principalmente, nas áreas de
educação, saúde, serviços sociais e, majoritariamente, no trabalho doméstico.
Já os homens são maioria na construção e em atividades industriais. Eles também
são maioria nos cargos de chefia, gerência e direção.
Alguns dos desafios que
ainda precisam ser enfrentados pela mulher brasileira também são apresentados
pelo levantamento da Secretaria de Previdência. A quantidade de homens ainda é
ligeiramente maior que a de mulheres dentro da população ocupada. Os homens
também são maioria no mercado de trabalho formal e, apesar de serem mais
qualificadas, mulheres ganham, em média, 72% do salário dos homens, mesmo
exercendo a mesma função que eles.
Além disso, mulheres
também têm uma jornada de trabalho maior que a dos homens. Enquanto elas
trabalham cerca de 55 horas por semana, eles trabalham 50 horas. Isso se deve
ao fato de as mulheres terem o dobro da jornada de horas dedicadas ao trabalho
doméstico em relação aos homens: enquanto eles dedicam, em média, 10 horas
semanais nos afazeres domésticos, mulheres gastam 20,5 horas nessas atividades.
"Hoje, como exemplos de
boas práticas, temos o Plano Nacional de Políticas para a Mulher, o
Observatório Brasil de Igualdade de Gênero e o Comitê de Gênero da Escola
Nacional de Administração Pública (Enap), dentre outras tantas. Então, apesar
dos desafios que ainda temos, o Brasil já avançou bastante no campo de
políticas afirmativas de equidade de gênero", afirmou Avelina Alves.
O estudo "Políticas de
proteção e inclusão de gênero" foi apresentado durante um curso sobre Planos de
igualdade e oportunidades entre homens e mulheres nas instituições de
Seguridade Social na Iberoamérica, promovido pela Organização Iberoamericana de
Seguridade Social (OISS), no Uruguai.
Previdência -
O número de mulheres que contribuem para a Previdência Social costuma ser menor
do que o dos homens. No entanto, o número de beneficiárias é bem maior. Em
dezembro de 2016, eram 17,6 milhões de mulheres contra 13,9 milhões de homens.
Elas também são maioria na emissão de aposentadorias rurais e pensões por
morte.
Fonte: ascom.mps
-
SAÚDE DO TRABALHADOR: Dor nas costas foi doença que mais afastou trabalhadores em 2017
Publicado em
22/03/2018
às
14:00
Transtornos mentais
e comportamentais, como episódios depressivos, também afastam do trabalho
Em 2017, a
dorsalgia (nome técnico para dor nas costas) foi a doença que mais afastou os
brasileiros dos postos de trabalho. Foram 83,8 mil casos. Nos últimos dez anos,
a enfermidade tem liderado a lista de doenças mais frequentes entre os
auxílios-doença concedidos pelo INSS.
Em segundo
lugar está fratura de perna, incluindo tornozelo, com 79,5 mil casos, seguido
por fratura ao nível do punho e da mão, com registro de 60,3 mil casos.
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Os
transtornos mentais e comportamentais também têm afastado muitos trabalhadores.
Episódios depressivos, por exemplo, geraram 43,3 mil auxílios-doença em 2017 -
foi a 10ª doença com mais afastamentos. Mesma posição de 2016. Enfermidades
classificadas como outros transtornos ansiosos também apareceram entre as que
mais afastaram em 2017 (15ª posição). Foram 28,9 mil casos. O transtorno depressivo
recorrente apareceu na 21ª posição entre as doenças que mais afastaram. Foram
20,7 mil auxílios.
A neoplasia
maligna mamária (câncer de mama) apareceu pela primeira vez nos últimos três
anos entre as enfermidades mais incidentes. Foi a 20ª doença que mais gerou
auxílio-doença em 2017: 21 mil casos.
Os dados
acima são relativos aos auxílios-doença previdenciários (sem relação com
acidente ou doença do trabalho).
Acidentários
- Considerando-se apenas os auxílios acidentários, ou
seja, decorrentes de acidente ou doença do trabalho, foram as fraturas as que
mais afastaram os trabalhadores no ano passado. Somando-se fraturas de
punho e mão, perna, pé e antebraço são quase 63 mil casos.
Entre os
benefícios acidentários, a dor nas costas também aparece entre as doenças que
mais afastaram no ano passado. Foi a quinta com maior número de auxílios - 11,8
mil. Em 2016, havia sido a terceira que mais afastou. Outros transtornos
ansiosos geraram 2,2 mil auxílios-doença acidentários e foi a 20ª enfermidade
que mais afastou. Episódios depressivos acometeram 2,1 mil trabalhadores e
ficou na 21ª posição entre os afastamentos.

Na página da
Previdência Social estão disponíveis informações completas sobre os
afastamentos. É possível verificar a quantidade de auxílios-doença concedidos
mensalmente, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID 10) e
separados em previdenciários e acidentários.
Fonte: ascom.mps
-
Ministério do Trabalho reconhece 19 novas ocupações
Publicado em
13/03/2018
às
16:00
Atualizações foram realizadas após estudos das
atividades e perfis de cada categoria
O Ministério do Trabalho atualizou, nesta
segunda-feira (19), a lista da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Foram incluídas 19 novas atividades profissionais (veja tabela abaixo). Com as
inserções, o número de ocupações reconhecidas no Brasil chega a 2.685.
A CBO é um documento que retrata a realidade
das profissões no mercado de trabalho. Sua atualização acompanha o dinamismo
das ocupações, levando em conta mudanças nos cenários tecnológico, econômico,
cultural e social do país. Seus dados alimentam as bases estáticas de trabalho
e servem de subsídio para a formulação de políticas públicas de emprego.
O reconhecimento de uma ocupação é feito após
um estudo das atividades e do perfil da categoria. Durante o processo, são
realizadas oficinas com os trabalhadores. A coordenadora da CBO no Ministério
do Trabalho, Cláudia Maria Virgílio de Carvalho, explica que o reconhecimento
da ocupação é uma construção entre o governo e a sociedade. Ela destaca a
importância de ouvir todos os envolvidos, inclusive os trabalhadores. "Quem
melhor pode falar sobre uma ocupação é quem desempenha a função",
pondera.
As atualizações da CBO atendem a demandas da
sociedade, entidades governamentais, conselhos federais, associações,
sindicatos, empresas, instituições de ensino e trabalhadores autônomos. A
solicitação de inclusão pode ser feita a partir de mobilização coletiva ou por
e-mail (cbo.sppe@mte.gov.br). Nos dois casos, é necessário o envio de
documentos com informações referentes à ocupação.
Também foi publicada nesta segunda-feira uma
atualização de conteúdo das ocupações da família de porteiros e vigias. O
objetivo foi readequar o texto de acordo com as atividades desses
profissionais.
Confira as novas ocupações reconhecidas pela
CBO
Nova Ocupação
|
Família da Ocupação
|
Engenheiro de Logística
|
Profissionais de produção, qualidade segurança e afins.
|
Registrador de Câncer
|
Trabalhadores em registro e informações em saúde.
|
Amarrador e Desamarrador de Embarcações
|
Trabalhadores de carga e descarga de mercadoria.
|
Polícia Legislativa
|
Policiais, guardas-civis municipais e agentes de trânsito.
|
Instalador de Sistemas Fotovoltaicos
|
Instaladores e reparadores de linhas de cabos elétricos, telefônicos e
de comunicação de dados.
|
Rejuntador Cerâmico
|
Aplicadores de revestimentos cerâmicos, pastilhas, pedras e madeiras.
|
Profissionais de Relações Governamentais e Institucionais
|
Gerentes de comunicação, marketing e comunicação.
|
Assistente de direção (TV)
|
Profissionais de produção de rádio e televisão.
|
Continuísta
|
Diretores de Programação
|
Diretores de espetáculos e afins.
|
Diretores de Produção
|
Diretor artístico
|
Coordenador de programação
|
Técnicos de operações de registros sonoro/audiovisuais.
|
Assistente de operações
|
Supervisor de operações (mídias audiovisuais)
|
Supervisores operacionais e técnicos em mídias audiovisuais.
|
Supervisor técnico (mídias audiovisuais)
|
Sonoplasta
|
Técnicos em áudio.
|
Analista musical
|
Diretor de imagem (TV)
|
Técnicos em montagem, edição e finalização de mídia audiovisual.
|
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Em dez anos, cai diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho
Publicado em
10/03/2018
às
14:00
Dados
da Rais apontam maior participação feminina e redução na desigualdade de renda
A
participação das mulheres no mercado formal de trabalho passou de 40,85% em
2007 para 44% em 2016, segundo os dados mais recentes da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho. No mesmo período, as
trabalhadoras reduziram de 17% para 15% a diferença salarial em relação aos
homens.
Dos
46,1 milhões de empregos formais registrados na Rais em 2016, os homens somavam
25,8 milhões de vínculos empregatícios (56% do estoque de empregos no ano), e
as mulheres, 20,3 milhões (44%). Dez anos antes, em 2007, os homens respondiam
por 59,15%, e as mulheres, por 40,85% dos 37,6 milhões de postos de trabalho.
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Apesar
de ainda significativa, a diferença salarial também diminuiu nos dez anos
analisados. Em 2007, o rendimento dos homens era R$ 1.458,51 e das mulheres R$
1.207,36, uma diferença de 17%. Em 2016, a diferença de remuneração média entre
homens e mulheres era de 15%. A média salarial masculina era de R$ 3.063,33 e a
feminina, R$ 2.585,44.
Para
o ministro do Trabalho substituto, Helton Yomura, os dados mostram uma
tendência na redução das desigualdades no mercado de trabalho. "Apesar de
ainda existir diferença na participação e na remuneração entre homens e
mulheres, as mulheres vêm conquistando um espaço cada vez maior na economia
formal do país", afirma.
Escolaridade
- As mulheres são maioria entre os trabalhadores com ensino superior
completo no país. Elas representavam 59% dos 9,8 milhões
profissionais com vínculo empregatício ativo em 2016. Apesar de ter maior
escolaridade, as mulheres ainda continuavam ganhando menos. A remuneração média
das mulheres com ensino superior completo, em 2016, era de R$ 4.803,77,
enquanto a dos homens era de R$ 7.537,27.
Para
a analista de Políticas Sociais do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho
do Ministério do Trabalho, Mariana Eugênio, ainda há muitos desafios que
precisam ser enfrentados com políticas públicas adequadas, especialmente no que
se refere à remuneração.
"Na
média, as mulheres continuam ganhando menos que os homens. Esta situação pode
ser explicada pelo fato de que a participação feminina no mercado de trabalho
formal está concentrada em ocupações que apresentam remuneração mais baixa.
Além disso, as mulheres ocupam menos os cargos de chefia e ainda há fatores
discriminatórios no ambiente de trabalho, que precisam ser combatidos",
afirma.
Setores - No
setor de Serviços, a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho
formal é equilibrada - 48,8% feminina e 52,2% masculina. A maior diferença de
participação por gênero ocorre entre os setores produtivos considerados mais
masculinos, onde se destacam a construção civil e o extrativista mineral. Em
2016, 9,9% do total de 1,9 milhão de trabalhadores da construção civil eram
mulheres.
O
único setor econômico em que as mulheres são maioria é o da Administração
Pública. Dos 8,8 milhões de postos de trabalho, 59% são de mulheres. De acordo
com a Rais, as principais ocupações femininas são de auxiliar de escritório,
assistente administrativo e vendedora de comércio varejista.
Regiões
- Os estados com menor disparidade de participação no mercado de trabalho são
Roraima, com 49,3% dos postos de trabalho ocupados por mulheres, Amapá (47%) e
Acre (46,7%). As unidades da federação com maior percentual de homens em
atividades formais são o Distrito Federal, com 62%, Mato Grosso (60,4%) e
Alagoas (59,9%).
O
Distrito Federal é a única unidade da federação onde o rendimento das mulheres
é maior do que o dos homens. Os estados com menor desigualdade salarial são
Alagoas e Pará, onde as mulheres ganhavam o equivalente a 96,7% e 96,2% dos
salários pagos aos homens, respectivamente.
São
Paulo é o estado com a maior diferença salarial entre gêneros. Em 2016, as
mulheres recebiam, em média, 80,2% da remuneração masculina. Depois de São
Paulo, Santa Catarina, com 80,7%, e Espírito Santo, 80,8%, são os estados com a
maior diferença salarial média entre homens e mulheres.
Participação
feminina no mercado de trabalho
|
As
20 primeiras ocupações (CBO 2002)
|
Vínculos
|
Auxiliar de
escritório, em geral
|
1.294.071
|
Assistente
administrativo
|
1.291.933
|
Vendedor de
comercio varejista
|
1.186.850
|
Faxineiro
|
984.401
|
Operador de
caixa
|
712.180
|
Professor de
nível médio no ensino fundamental
|
612.124
|
Técnico de
enfermagem
|
475.286
|
Recepcionista,
em geral
|
435.107
|
Cozinheiro geral
|
414.997
|
Professor de
nível superior do ensino fundamental (primeira a quarta serie)
|
345.574
|
Trabalhador de
serviços de limpeza e conservação de áreas públicas
|
341.821
|
Professor da
educação de jovens e adultos do ensino fundamental (primeira a quarta serie)
|
302.112
|
Alimentador de
linha de produção
|
296.693
|
Atendente de
lanchonete
|
260.104
|
Auxiliar de
enfermagem
|
241.254
|
Enfermeiro
|
221.904
|
Supervisor
administrativo
|
215.808
|
Professor de
disciplinas pedagógicas no ensino médio
|
213.975
|
Operador de
telemarketing ativo e receptivo
|
211.982
|
Agente
comunitário de saúde
|
200.950
|
Participação
masculina no mercado de trabalho
|
As
20 primeiras ocupações (CBO 2002)
|
Vínculos
|
Motorista de
caminhão (rotas regionais e internacionais)
|
869.052
|
Vendedor de
comercio varejista
|
820.192
|
Assistente
administrativo
|
790.006
|
Auxiliar de
escritório, em geral
|
742.500
|
Vigilante
|
569.503
|
Alimentador de
linha de produção
|
564.047
|
Servente de
obras
|
529.488
|
Porteiro de
edifícios
|
513.886
|
Faxineiro
|
360.538
|
Almoxarife
|
354.999
|
Pedreiro
|
334.472
|
Repositor de
mercadorias
|
318.762
|
Trabalhador
agropecuário em geral
|
311.371
|
Vigia
|
279.954
|
Ajudante de
motorista
|
259.632
|
Motorista de
ônibus urbano
|
254.126
|
Motorista de
furgão ou veiculo similar
|
250.086
|
Motorista de
carro de passeio
|
243.748
|
Trabalhador de
serviços de limpeza e conservação de áreas publicas
|
228.967
|
Frentista
|
218.775
|
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Acordos Internacionais de Previdência ampliam proteção social a brasileiros no exterior
Publicado em
06/03/2018
às
14:00
Previdência vem intensificando também a
cooperação técnica internacional com outros países
A Previdência Social brasileira,
ao completar 95 anos, comemora também o estabelecimento de 14 acordos
bilaterais e dois multilaterais, beneficiando mais de um milhão de brasileiros
residentes nos países signatários dos acordos internacionais.
"Os acordos são instrumentos de proteção
social. Buscamos com isso ampliar a cobertura previdenciária aos trabalhadores
brasileiros que residem no exterior e também aos estrangeiros que atuam no
Brasil para permitir o acesso aos benefícios previdenciários. Além disso, o
Brasil também vem estreitando os laços por meio de cooperação técnica para
intensificar o compartilhamento de experiências entre os países, na área
previdenciária", afirma o Secretário de Previdência Marcelo Caetano.
Os acordos
internacionais de Previdência permitem a contagem do tempo de contribuição
dos trabalhadores aos sistemas de Previdência Social dos países para a obtenção
de benefícios previdenciários como aposentadoria por idade, pensão
por morte e aposentadoria por invalidez, além de evitar a bitributação em caso
de deslocamento temporário.
"Além da proteção
social, os Acordos de Previdência também exercem um papel importante na
formalização do trabalhador perante os sistemas de seguridade vigentes.
Conforme relatos de representantes das comunidades de brasileiros no exterior,
o simples fato de divulgar a negociação do acordo reflete no aumento do
quantitativo de trabalhadores que procuram a seguridade social para se
formalizarem, garantindo assim seus direitos sociais e trabalhistas", explica o
coordenador-geral de Cooperação e Acordos Internacionais da Secretaria de
Previdência, Eduardo Basso.
O Brasil já tem os
seguintes acordos bilaterais em vigência: Alemanha, Bélgica, Cabo Verde,
Canadá, Chile, Coreia do Sul, Espanha, França, Grécia, Itália, Japão,
Luxemburgo, Portugal e Quebec. Já os multilaterais são estabelecidos com países
do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) e países da península
ibero-americana (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, El Salvador, Equador,
Espanha, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai).
Dois países se destacam
pelo volume de remessa de pagamentos mensais, Portugal e Espanha, respondendo
por 8.000 e 4.000 benefícios, respectivamente. Em relação aos
deslocamentos temporários, destaca-se o acordo com o Japão que em 2016 já
contava com 3.270 trabalhadores japoneses no Brasil.
Existem outros acordos
que se encontram em fase de negociação e aprovação, é o caso, por exemplo,
dos Estados Unidos, Suíça, Moçambique, Bulgária e da Convenção
Multilateral de Segurança Social da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) que já estão em processo de ratificação. Acordos com Israel, Áustria e
Índia aguardam assinatura.
Além disso, a
Previdência brasileira está em fase de negociação com Suécia e República
Tcheca, cuja elaboração dos textos dos Acordos e Ajustes Administrativos
deverão ser concluídos ainda em 2018. Também já foi feito contato com
Austrália, Reino Unido, Holanda, Angola, Irlanda, Líbano, China, Síria,
Ucrânia, Senegal e Noruega, com vistas à iniciação de novas negociações de
acordos bilaterais.
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Cooperação Técnica - Além
dos acordos internacionais, a Secretaria de Previdência, em parceria com o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), vem intensificando a cooperação
técnica com outros países na área previdenciária. No ano passado, foram
estabelecidos projetos de cooperação técnica internacional entre o Brasil e a
França, a República Dominicana e Moçambique.
O projeto de
Modernização da Previdência de Moçambique tem como principal objetivo
substituir no país africano os processos manuais e formulários por sistemas de
informações. Recentemente passou por avaliação final, com execução de 90% das
atividades previstas e, pelo desempenho alcançado, foi renovado para mais uma
fase. O projeto, que é um esforço conjunto entre SPREV, INSS e DATAPREV,
permitiu a capacitação de gestores nas áreas de sistemas, comunicação,
auditoria e trabalho em equipe. O sucesso alcançado com o desempenho do projeto
rendeu à SPREV menção honrosa no Prêmio de Boas Práticas da Associação
Internacional de Seguridade Social (AISS).
Em setembro de 2017,
técnicos da previdência brasileira cooperaram com técnicos dominicanos para
estabelecer um processo de planejamento estratégico no país caribenho. Além
disso, um novo projeto de fortalecimento do sistema de cadastro dominicano que
inclui a inteligência previdenciária como forma de fortalecer e manter o
cadastro foi negociado e, recentemente aprovado, em janeiro deste ano.
Em outubro de 2017, foi assinada também
uma convenção de parceria tripartite que inclui a França por meio da Escola
Nacional de Seguridade Social de Saint-Éttiene, o INSS e a Secretaria de
Previdência para o estabelecimento de parcerias educativas entre as três
instituições, visando especialmente a educação previdenciária.
Fonte:
ASCOM/Previdência Social
-
Saúde Mental - Os cuidados que podem ajudar a prevenir o adoecimento do trabalhador
Publicado em
05/03/2018
às
16:00
O Ministério
do Trabalho elenca uma série de ações importantes para tornar o ambiente
laboral cada vez mais saudável
Cargas
de trabalho excessivas, exigências contraditórias, falta de clareza na
definição das funções; falta de participação do trabalhador na tomada de
decisões que lhe afetam diretamente e de controle sobre a forma como ele
executa o trabalho; má gestão de mudanças organizacionais; insegurança laboral;
comunicação ineficaz; falta de apoio da parte de chefias e colegas, e, por fim,
assédio psicológico ou sexual e violência de terceiros. Essas são as causas
mais frequentes do adoecimento mental do trabalhador. Entre as causas que mais
comumente motivam o afastamento dos profissionais de suas atividades estão os
transtornos ansiosos e depressão.
De
2012 a 2016, foram registrados 55.387 mil casos de trabalhadores que se
licenciaram das atividades por algum tipo de transtorno psicológico. No
período, a depressão e os transtornos gerais, como ansiedade, representaram
27.619 mil casos. Os números fazem parte do Observatório Digital, uma
iniciativa de cooperação internacional entre o Ministério Público do Trabalho e
a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Entre as principais doenças
mentais que motivam afastamento do funcionário do trabalho estão, além da
depressão e a ansiedade, a esquizofrenia, os transtornos psicóticos não orgânicos
e os transtornos mentais e comportamentais resultantes do uso de drogas e
álcool.
O
auditor-fiscal Jeferson Seidler, assistente técnico do Departamento de Saúde e
Segurança no Trabalho (DSST) do Ministério do Trabalho, salienta que o
empregador precisa se envolver para que o ambiente de trabalho não represente
um risco permanente de adoecimento para o profissional. "Depende do
empregador fazer uma análise completa e minuciosa e adotar medidas de controle,
em especial aquelas pertinentes ao ritmo de trabalho e às metas adequadas, ou
seja, alcançáveis", observa.
Seidler
afirma que seria importante investir em treinamento de lideranças e
trabalhadores para a melhora contínua da comunicação e das relações
interpessoais, em iniciativas de redução de estresse (como pausas, ginástica
laboral e outras atividades de relaxamento), alimentação saudável, lazer e
cultura nos períodos de folga, além do oferecimento de equipe de apoio para
orientação, diagnóstico e tratamento precoces. "O adoecimento mental é
menos frequente quando o trabalhador se sente respeitado como ser humano,
quando percebe que o trabalho é bem organizado, as metas são justas e os
relacionamentos, respeitosos, enfim, quando se convence de que os esforços para
a melhora contínua do ambiente do trabalho são sinceros e efetivos e não apenas
retórica", enfatiza o auditor-fiscal.
Por
outro lado, o trabalhador também pode contribuir para ter uma rotina mais
saudável. Seidler recomenda que o profissional observe se os fatores de risco
citados estão presentes em sua rotina e se existem casos de transtorno mental
acometendo os colegas. "O trabalhador deve relatar essas observações ao
empregador ou preposto, se possível por meio da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (Cipa), por escrito, solicitando análise dos fatores de risco,
verificar se o empregador disponibiliza ações preventivas e, em caso
afirmativo, a aderir às atividades propostas. Caso ache que alguma coisa pode
estar errada com seu estado mental, não retardar a busca por ajuda profissional,
ou seja, não esperar que os sintomas piorem para procurar ajuda", orienta.
O auditor-fiscal, além disso, reforça que manter atividades físicas regulares,
alimentação balanceada, atividades de relaxamento (como alongamentos e
exercícios respiratórios diários), algum tipo de lazer e relacionamentos
saudáveis com familiares e amigos fazem parte de um conjunto de ações para
manter a saúde mental em dia.
Mulheres -
Dos 55.387 mil trabalhadores afastados do trabalho por doenças mentais entre
2012 a 2016, 56,99% (ou 31.566) foram mulheres. "Os homens, em geral, têm
mais resistência em assumir o problema, que muitas vezes é estigmatizado como
fraqueza. Por isso, não há como saber com certeza se eles são de fato menos
acometidos ou se o diagnóstico ocorre em menor número porque não procuram
ajuda", ressalva Jeferson Seidler.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Rio Grande do Sul tem o segundo melhor desempenho do país na geração de empregos em janeiro de 2018
Publicado em
04/03/2018
às
14:00
Saldo
do primeiro mês do ano foi de 17.769 vagas
O
mês de janeiro de 2018 fechou com saldo positivo de empregos no Rio Grande do
Sul. Foram criadas 17.769 vagas no estado, uma variação de +0,71%. O resultado
foi o melhor da região Sul e o segundo melhor do país. Os principais setores
responsáveis pelo bom desempenho foram a Agropecuária, com a geração de 7.447
vagas, e a Indústria de Transformação, com 7.382 novos postos. Os dados estão
no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do
Trabalho, divulgado nesta sexta-feira (2).
Setores
de Atividade Econômica
|
Saldo
de Janeiro de 2018
|
Variação
Absoluta
|
Variação
Relativa (%)
|
Extrativa
Mineral
|
-21
|
-0,37
|
Indústria de
Transformação
|
7.382
|
1,15
|
Serviços
Industriais de Utilidade Pública - SIUP
|
126
|
0,55
|
Construção Civil
|
1.429
|
1,29
|
Comércio
|
-916
|
-0,15
|
Serviços
|
2.675
|
0,27
|
Administração
Pública
|
-353
|
-0,67
|
Agropecuária
|
7.447
|
8,55
|
Total
|
17.769
|
0,71
|
Desempenho
nacional - no Brasil, o saldo do mês de janeiro ficou
positivo em 77.822 vagas, um aumento de 0,21% em relação ao estoque de dezembro
de 2017. Esse resultado decorreu de 1.284.498 admissões e de 1.206.676
desligamentos.
Nos
últimos 12 meses, também houve aumento de empregos. O acréscimo foi de 83.539
vagas, que representam um crescimento de 0,22% em relação ao estoque que havia
em janeiro de 2017.
"Os
dados do Caged mostram que as medidas tomadas pelo governo para recuperação da
economia e dos empregos foram acertadas e estamos no caminho certo", avalia o
ministro do Trabalho em exercício, Helton Yomura.
Fonte: Ministério
do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Ano de 2018 começa com aumento de empregos no Brasil
Publicado em
03/03/2018
às
14:00
Em
janeiro de 2018 foram criadas 77.822 vagas de trabalho formal no país
O
ano de 2018 começou com boas notícias para o emprego no Brasil. No primeiro mês
do ano, foram abertas 77.822 vagas de trabalho formal, um aumento de 0,21% em
relação ao estoque de dezembro de 2017. Esse resultado decorreu de 1.284.498
admissões e de 1.206.676 desligamentos. Os dados estão no Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho divulgado nesta
sexta-feira (2).
E
o Caged de janeiro traz ainda mais dados positivos. Nos últimos 12 meses, houve
acréscimo de 83.539 empregos, que representam um crescimento de 0,22% em
relação ao estoque que havia em janeiro de 2017. Ou seja, apesar dos últimos
meses de 2017 terem apresentado resultados negativos, eles foram insuficientes
para frear o ritmo de recuperação dos empregos.
"Os
dados do Caged mostram que as medidas tomadas pelo governo para recuperação da
economia e dos empregos foram acertadas e estamos no caminho certo", avalia o
ministro do Trabalho em exercício, Helton Yomura.
Setores -
Dos oito setores da economia, cinco tiveram saldos positivos. O principal deles
foi o da Indústria de Transformação, que apresentou acréscimo de 49.500 postos,
um acréscimo de 0,69% sobre o mês anterior. O desempenho foi positivo em todos
seus subsetores, com destaque para Indústria de Calçados (+11.138 postos),
Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos (+8.271 postos) e
Indústria metalúrgica (+5.561 postos).
Os
Serviços foram o segundo setor com melhores resultados. Em janeiro, foram
acrescidas 46.544 vagas formais à área, 0,28% a mais do que em dezembro. O
subsetor de maior destaque foi o de Comércio e administração de imóveis,
valores mobiliários, serviço técnico, que apresentou saldo positivo em 22.926
postos.
Tiveram aumento de vagas ainda a Agropecuária (+15.633 postos) a
Construção Civil (+14.987 postos) e os Serviços Industriais de Utilidade
Pública (+1.058 postos). Os resultados negativos foram registrados no Comércio
(-48.747 postos), Administração Pública (-802 postos) e Extrativa Mineral (-351
postos).
Território - Das cinco regiões, três
apresentaram saldos positivos no emprego. O melhor desempenho foi no Sul, que
teve acréscimo de 46.754 postos. O Sudeste teve aumento de 21.924 vagas formais
e o Centro-Oeste, 20.421. Os desempenhos negativos foram no Nordeste (-6.035
postos) e no Norte (-5.242 postos).
Entre os estados 14 registraram variação positiva no saldo de empregos e
treze, variação negativa. Os maiores saldos de emprego ocorreram em São Paulo
(+20.278 empregos), Rio Grande do Sul (+17.769), Santa Catarina (+17.348),
Paraná (11.637) e Mato Grosso (+10.269).
Os menores saldos de emprego ocorreram no Rio de Janeiro (-9.830 empregos),
Pernambuco (-4.837), Pará (-4.081), Paraíba (-3.255) e Alagoas (-2.189).
Modernização Trabalhista -
A Lei 13.467/2017, que promoveu a Modernização Trabalhista, já pode ser
identificada nas estatísticas do mercado de trabalho. Em dezembro, foram realizados
9.356 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo
7.200 estabelecimentos. O estado de São Paulo apresentou a maior quantidade de
registros (2.776), seguido por Paraná (1.047) e Minas Gerais (754).
Foram realizadas 2.860 admissões e 399 desligamentos na modalidade de
trabalho intermitente. As admissões concentraram-se no Comércio (1.003) e nos
Serviços (879). A maior quantidade de admissões foi registrada em São Paulo
(849) e Minas Gerais (372). As principais ocupações com admissões em regime de
trabalho intermitente foram Assistente de Vendas (504), Servente de Obras
(162), Embalador a Mão (154) e Alimentador de Linha de Produção (118).
Foram registradas ainda 4.982 admissões em regime de trabalho parcial e
3.485 desligamentos, gerando saldo positivo de 1.497 empregos. A maior
quantidade de admissões foi registrada em São Paulo (978), Ceará (627) e Minas
Gerais (432). Do ponto de vista setorial, as admissões concentraram-se nos
Serviços (3.230) e no Comércio (1.096). As ocupações mais demandadas foram
Assistente Administrativo (143 vagas), Auxiliar de Escritório (114), Atendente
de Agência (108) e Professor de Nível Superior do Ensino Fundamental (70).
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Ministério do Trabalho fiscaliza postos de combustíveis e alerta sobre riscos da exposição ao benzeno
Publicado em
27/02/2018
às
16:00
Agente
encontrado na gasolina pode causar problemas de saúde, inclusive câncer, em
frentistas e outros trabalhadores
Uma
prática comum em postos revendedores de combustíveis no Brasil está chamando a
atenção para um problema que entrou na mira dos auditores-fiscais do Ministério
do Trabalho (MTb). Frentistas que continuam enchendo o tanque dos veículos após
o travamento automático da bomba estão expostos a grandes quantidades de vapor
de gasolina, que contém benzeno - líquido incolor e cancerígeno. Mas completar
o tanque "até a boca" é apenas uma das atividades que causam essa exposição.
Por isso, em 2017, auditores fiscais do MTb realizaram 1.796 ações, verificando
o cumprimento de medidas para diminuir os riscos ocupacionais relacionados ao
benzeno nos postos.
As
medidas estão previstas no Anexo 2 da Norma Regulamentadora nº 09 (NR-09), de
setembro de 2016, que estabeleceu exigências relacionadas aos procedimentos, ao
treinamento dos trabalhadores e ao controle ambiental nos postos, entre
outras. Segundo o auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e coordenador
da Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz), Carlos Eduardo
Ferreira Domingues, a exposição ocupacional ao benzeno acontece por via aérea
ou por contato da gasolina com a pele. Um dos momentos de grande exposição
ocorre durante o abastecimento dos veículos, quando grande
quantidade de vapor de gasolina é liberada pelo bocal do tanque, atingindo
diretamente o frentista.
O
problema se agrava quando o trabalhador continua enchendo o tanque "até a
boca", após o travamento automático da bomba. "Nesse caso, ele precisa se
aproximar do bocal de abastecimento do tanque e a exposição ao vapor de
gasolina contendo benzeno é muito maior", explica Carlos Eduardo. "No
abastecimento normal, o sistema automático permite que o frentista se afaste do
bocal, mas ainda assim o benzeno continua no ar."
Flanela
- Outro risco para os frentistas é o uso de
flanela ou estopa para impedir respingos, ou para a limpeza após
extravasamentos de gasolina na lataria dos veículos. O tecido absorve o vapor
com benzeno, que chega ao trabalhador quando há contato com a pele.
Seu
uso já é proibido pela NR-09. A limpeza, nesses casos, deve ser feita com
tolhas de papel absorvente, desde que o trabalhador esteja com luvas
impermeáveis apropriadas. Para a proteção contra respingos, deve-se utilizar um
dispositivo desenhado para esse fim e adaptado ao bico de abastecimento.
O
Anexo 2 da NR-09 também diz que os empregadores são responsáveis pela
higienização semanal dos uniformes usados pelos trabalhadores. O
descumprimento desse item, no entanto, foi o maior motivo de autuações aos
postos nas fiscalizações do ano passado.
Tanques
- Outra atividade que causa grande exposição ao
benzeno é o descarregamento dos caminhões-tanque de combustível. Como o tanque
do posto está praticamente vazio nesse momento, os vapores de gasolina se
acumulam naquele espaço, saindo pelos respiros no momento em que ele é
preenchido com combustível. "Quando se enche o tanque de gasolina de um posto
revendedor de combustíveis, há uma grande emanação de vapores e a exposição ao
benzeno no ambiente é maior, porque o vapor de gasolina é mais pesado que o ar
e, mesmo lançado através dos respiros, retorna ao nível do solo", alerta Carlos
Eduardo.
Os
trabalhadores que realizam essa operação de descarga devem utilizar máscaras de
proteção respiratória de face inteira, com filtro para vapores orgânicos, além
de equipamentos de proteção para a pele. No entanto, os auditores-fiscais do
MTb constataram o descumprimento dessa norma em vários postos.
Recuperação
- Segundo Carlos Eduardo, a principal preocupação
dos donos de postos deve estar em impedir a emanação dos vapores emitidos pela
gasolina no ambiente de trabalho. A NR-09 prevê a instalação de um sistema de
recuperação nas bombas de abastecimento de gasolina, para captar o vapor e
devolvê-lo ao tanque do posto.
Depois
de uma negociação tripartite, foi estabelecido um prazo de seis anos a partir
de setembro 2016, para a substituição ou adaptação das bombas de gasolina mais
antigas e um escalonamento para as mais novas, chegando a até 15 anos para as
bombas instaladas entre 2016 e 2019. "O próximo passo será iniciar a discussão
sobre a recuperação de vapores de gasolina durante o descarregamento dos
caminhões-tanque nos postos", conta o coordenador da CNPBz.
Ele
explica que, além dos frentistas, outros trabalhadores, como os funcionários de
lojas de conveniência, também podem estar expostos aos vapores de
gasolina contendo benzeno. Já no caso dos usuários dos postos, segundo
ele, o risco é menor, pois eles ficam menos tempo em contato com o problema.
Saiba
mais:
Risco
de câncer
-
O benzeno é classificado na Categoria 1 (cancerígenos para humanos) pela
Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês)
da Organização Mundial da Saúde (OMS);
-
O combustível que tem benzeno na composição é a gasolina.
Maior
risco de exposição ao benzeno em postos de combustíveis*
-
Descarga dos caminhões-tanque;
-
Abastecimento de veículos;
-
Limpeza e manutenção das bombas de combustíveis, canaletas, sumps e outros
equipamentos e dispositivos dos postos;
-
Armazenamento irregular de amostras de gasolina em locais com trabalhadores;
-
Aparelhos de ar-condicionado com captação de ar em local inadequado.
*
A exposição a outros hidrocarbonetos ocorre também em outras atividades,
especialmente na troca de óleo.
Fiscalização
Em
2017, a fiscalização do Ministério do Trabalho autuou postos que não estavam
cumprindo medidas do Anexo 2 da Portaria 1.109. Os principais itens não
cumpridos foram:
-
A higienização dos uniformes será feita pelo empregador com frequência mínima
semanal;
-
Os trabalhadores com risco de exposição ao benzeno devem realizar, com
frequência mínima semestral, hemograma completo com contagem de plaquetas e
reticulócitos;
-
O empregador deve proibir a utilização de flanela, estopa e tecidos similares
para a contenção de respingos e extravasamentos. Só podem ser utilizados
materiais que tenham sido projetados para esta finalidade;
-
Os postos devem manter sinalização, na altura das bombas, indicando os riscos
do benzeno;
-
Os trabalhadores envolvidos na descarga de combustíveis de caminhões-tanque
devem utilizar equipamento de proteção respiratória de face inteira, com filtro
para vapores orgânicos, além de equipamentos de proteção para a pele.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Melhora do mercado de trabalho em 2017
Publicado em
21/02/2018
às
12:00
Depois
de dois anos de quedas fortes no saldo acumulado, 2017 fecha com estabilidade e
confirma tendência de recuperação do emprego formal
O
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2017 confirmou a
melhora do mercado de trabalho formal brasileiro. Segundo números apresentados pelo
Ministério do Trabalho, o resultado acumulado do ano - equivalente aos últimos
12 meses -, indicou o fechamento de 20.832 vagas, uma redução de apenas 0,05%
em relação ao estoque de dezembro de 2016. "Para os padrões do Caged, esta
redução em 2017 é equivalente à estabilidade do nível de emprego, confirmando
os bons números do mercado na maioria dos meses do ano passado e apontando para
um cenário otimista neste ano que está começando", afirmou o ministro do
Trabalho substituto, Helton Yomura.
O
otimismo é justificado pela comparação do saldo acumulado de 2017 com o
fechamento de 2016, que apresentou um saldo negativo de 1.326.558 vagas, e de
2015, quando houve queda de 1.534.989 postos de trabalho no País, na série
ajustada. "Aqueles foram os piores resultados da série histórica do Caged, mas
em 2017 o impacto positivo das medidas do governo já foi sentido, revertendo a
tendência de retração do mercado de trabalho formal", disse Yomura.
De
acordo com o Caged, em dezembro o estoque de emprego formal no Brasil teve
retração - situação historicamente normal para o período -, com o fechamento de
328.539 postos de trabalho, uma queda de 0,85% em relação ao estoque do mês
anterior. Foram 910.586 admissões e 1.239.125 desligamentos no mês. "O
resultado de dezembro veio dentro das expectativas de mercado, que já esperava
um saldo consolidado do ano próximo da estabilidade", disse o coordenador de
Estatísticas do Trabalho do MTb, Mário Magalhães.
Destaques
do ano - Conforme o Caged, no ano passado a geração de
empregos formais foi liderada pelo Comércio, com saldo positivo de 40.087
postos de trabalho formais. Resultado bem superior aos de 2016, quando foram
registradas perdas de 197.495 vagas, e de 2015, quando foram fechados 212.756
postos.
Também
houve saldo positivo na Agropecuária, que abriu 37.004 postos em 2017,
revertendo a queda de 2016 (-14.193 vagas); e em Serviços, com 36.945 novos
postos, interrompendo as quedas de 2016 e 2015 (-392.574 e -267.927,
respectivamente).
Já
a Construção Civil e a Indústria de Transformação tiveram as maiores reduções
em 2017 (-103.968 e -19.900 postos, respectivamente). Ainda assim, os
resultados foram melhores do que em 2016 (-361.874 na Construção Civil e
-324.150 vagas na Indústria de Transformação) e 2015 (-416.689 na Construção
Civil e -612.219 na Indústria de Transformação).
Entre
as regiões do País, houve saldo positivo na geração de empregos no
Centro-Oeste, com saldo positivo de 36.823 postos, e no Sul, onde foram geradas
33.395 novas vagas. Os números confirmam a reversão da queda verificada nessas
regiões em 2016 (-66.410 vagas no Centro-Oeste e -147.191 no Sul) e em 2015
(-64.887 no Centro-Oeste e -229.042 no Sul).
No
Norte, por sua vez, houve estabilidade, com o fechamento de apenas 26 postos no
acumulado do ano, enquanto no Sudeste (-76.600 postos) e no Nordeste (-14.424
postos) o Caged registrou quedas na geração de emprego. Nos anos de 2016 e
2015, porém, os saldos negativos nessas regiões foram bem mais expressivos:
Norte (-78.989 vagas e -97.111, respectivamente); Sudeste (-791.309 e
-892.689); e Nordeste (-242.659 e -251.260).
O
ano também foi positivo para o mercado de trabalho de 15 Unidades Federativas.
O destaque foi para Santa Catarina (29.441 postos), Goiás (25.370 postos),
Minas Gerais (24.296 postos), Mato Grosso (15.985 postos) e Paraná (12.127
postos).
Dentre
os estados que tiveram redução no número de vagas formais, Rio de Janeiro
(-92.192 postos), Alagoas (-8.255 postos), Rio Grande do Sul (-8.173 postos),
Pará (-7.412 postos) e São Paulo (-6.651 postos) tiveram os resultados mais
expressivos. "São estados que, nos dois anos anteriores, tiveram resultados bem
piores. No Rio de Janeiro, por exemplo, as perdas foram de -238.528 em 2016 e
-183.151 em 2015", destacou Helton Yomura.
Destaques
de dezembro - Considerando apenas o mês de dezembro do
ano passado, o Comércio também se destacou, com saldo positivo de 6.285
empregos. Mais uma vez, o resultado confirma a melhora do mercado, já que em
dezembro de 2016 e de 2015 os saldos no Comércio foram negativos (-18.973 e
-38.697 postos, respectivamente).
Por
outro lado, Indústria de Transformação (-110.255 postos), Serviços (-107.535
postos), Construção Civil (-52.157 postos), Agropecuária (-44.339 postos),
Administração Pública (-16.400 postos), Extrativa Mineral (-2.330 postos) e
Serviços Industriais de Utilidade Pública (-1.808 postos) apresentaram quedas
no saldo de emprego formal. "Mas também nesses setores os resultados são
melhores do que os de dezembro de 2016 e 2015, quando as quedas foram bem
maiores", pontua o ministro do Trabalho substituto.
O
saldo das cinco regiões do País refletiu os resultados setoriais. O Sudeste
(-174.396 postos), Sul (-72.740 postos), Centro-Oeste (-34.808 postos),
Nordeste (-34.332 postos) e Norte (-12.263 postos) tiveram redução do saldo no
último mês do ano. O mesmo aconteceu com as 27 Unidades Federativas,
principalmente São Paulo (-116.391 empregos), Minas Gerais (-36.446 vagas), Rio
Grande do Sul (-25.459 vagas), Paraná (-25.003 vagas), Santa Catarina (-22.278
vagas) e Rio de Janeiro (-15.578 vagas). "Mais uma vez, nota-se que em dezembro
de 2016 e 2015 os saldos também foram negativos, mas com maior intensidade",
lembra Yomura.
Novas
modalidades - O Caged registrou 5.841 desligamentos por
acordo em dezembro. Houve 2.851 admissões para trabalho intermitente no mês,
contra 277 desligamentos. Para trabalho parcial, dezembro teve 2.328 admissões
no último mês do ano, com 3.332 desligamentos, um saldo de -1.004 empregos.
Salário -
Já a remuneração média em todo o País fechou 2017 com crescimento. Segundo o
Caged, o salário médio de admissão em dezembro de 2017 foi de R$ 1.476,35 e o
de demissão, de R$ 1.701,51. Com ajuste pela inflação medida pelo Índice
Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC), os ganhos reais foram de R$ 45,41
(+3,17%) para o salário de admissão e R$ 26,29 (-1,52%) para o salário de
desligamento, em relação a dezembro de 2016. Já na comparação com novembro de
2017, houve crescimento de R$ 4,99 (+0,34%) no salário de admissão e redução de
R$ 25,16 (+1,50%) no salário de desligamento.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
O Rio Grande do Sul fechou 2017 com criação de vagas no Comércio e no setor de Serviços
Publicado em
15/02/2018
às
10:00
Mas
saldo final foi negativo devido ao desempenho na Indústria da Transformação e
na Construção Civil
O
estado do Rio Grande do Sul encerrou 2017 com saldo de -8.173 vagas de emprego
formal, o que representou uma variação de -0,32% em relação ao ano anterior. O
dado é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do
Trabalho.
O
fechamento de vagas no Rio Grande do Sul no ano passado se concentrou
principalmente na Indústria de Transformação, que perdeu 6.385 postos formais
de trabalho. Na Construção Civil, foram 3.371 postos a menos.
Por
outro lado, o Comércio abriu 5.950 vagas e os serviços de administração de
imóveis, valores imobiliários e serviços técnicos geraram 3.166 postos de
trabalho, o que ajudou a diminuir o impacto negativo.
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Desempenho
Regional
A
região Sul fechou o ano de 2017 com saldo positivo no emprego. Foram criadas
33.395 vagas nos últimos 12 meses nos três estados. Santa Catarina foi o que
mais gerou novos postos. Além de ter tido melhor resultado da região, também
teve o melhor desempenho do Brasil no período.
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Outra
região que fechou com saldo positivo foi a Centro-Oeste, que chegou ao final de
2017 com 36.823 novos postos de trabalho formal. No Norte, houve estabilidade,
com o fechamento de apenas 26 postos no acumulado do ano, enquanto no Sudeste
(-76.600 postos) e no Nordeste (-14.424 postos) o Caged registrou quedas na
geração de emprego.
Desempenho Nacional
No
Brasil, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2017
confirmou a melhora do mercado de trabalho formal brasileiro. O resultado
acumulado do ano - equivalente aos últimos 12 meses -, indicou o fechamento de
20.832 vagas, uma redução de apenas 0,05% em relação ao estoque de dezembro de
2016. "É um dado considerado de estabilidade, que confirma os bons números
apresentados pelo mercado durante a maioria dos meses de 2017 e aponta para um
cenário otimista neste ano que está começando", afirma o ministro do Trabalho
substituto, Helton Yomura.
O
otimismo é justificado pela comparação do saldo acumulado de 2017 com o
fechamento de 2016, que apresentou um saldo negativo de -1.321.994 de vagas, e
de 2015, quando houve queda de -1.542.371 nos postos de trabalho no País.
"Aqueles foram os piores resultados da série histórica do Caged, mas em 2017 os
impactos positivos das medidas implantadas pelo governo já foram sentidos,
mostrando que a tendência é de retomada do emprego", diz Yomura.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Afinal, Carnaval é feriado?
Publicado em
09/02/2018
às
14:00
Ministério do Trabalho esclarece dúvidas sobre o
período
O Carnaval é a uma festividade
reconhecidamente importante no Brasil, tanto culturalmente quanto
economicamente, uma vez que movimenta um grande número de turistas pelo país.
Embora muitos acreditem que o período seja um feriado prolongado, ele não está
elencado como feriado nacional. O período pode até ser considerado feriado
estadual ou municipal em alguns locais, mas, para isso, necessita de amparo
legal.
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento
e Gestão editou uma portaria (Portaria n° 468, de 22 de dezembro de 2017) para
tratar do trabalho durante as festividades, para os órgãos públicos federais, na qual considera ponto facultativo
os dias 12 e 13 de fevereiro (segunda e terça-feira de Carnaval) e dia 14
(Quarta-feira de Cinzas) até às 14h. O documento é válido para os órgãos e
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional do
Poder Executivo. Mas pode ser referência para as empresas em geral.
Para que o trabalhador não tenha problemas, é
necessário verificar a lei estadual e municipal de cada localidade, e
certificar-se se há ou não indicação do Carnaval como feriado. Além disso,
outro fator importante é checar se há indicação de feriado ou autorização de
trabalho em feriado na convenção coletiva da categoria.
Já para as cidades em que o Carnaval for
feriado local, os empregados que trabalharem nestes dias deverão ter folga
compensatória em outro dia da semana. Se isso não ocorrer, deverão receber a
remuneração do dia em dobro.
Em locais onde o período de Carnaval não é
feriado, é ainda facultado a empregadores e empregados realizarem acordos para
folgas e posterior reposição da carga horária correspondente. Nesses casos, o
trabalhador pode repor até no máximo duas horas por dia.
Veja abaixo um resumo de como as empresas
podem proceder no Carnaval:
Não sendo feriado em seu estado:
- trabalha-se normalmente;
- a empresa dispensa o empregado por mera liberalidade;
- o empregado fica dispensado do trabalho neste dia devendo compensar essas
horas (até o limite de 2 horas diárias) em outros dias da semana - mediante
acordo escrito;
Sendo feriado:
- o empregado não trabalha;
- o empregado trabalha e recebe remuneração em dobro;
- tendo a empresa autorização para funcionar em feriados, o empregado trabalha
e recebe como negociado na convenção coletiva (normalmente como hora extra ou
folga).
Fonte: Ministério do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Rio Grande do Sul é o estado que mais criou vagas de emprego no país em novembro/2017
Publicado em
04/01/2018
às
12:00
O
saldo positivo foi de 8.753 postos, um crescimento de 0,35% em relação a
outubro
O
Rio Grande do Sul liderou a criação de empregos formais entre os estados brasileiros
em novembro. No mês, o estado teve saldo positivo de 8.753 empregos, segundo
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta
quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.
O
saldo positivo foi gerado pela diferença entre 86.723 contratações e 77.970
demissões, representando um crescimento de 0,35% em relação ao mês de outubro.
O resultado foi motivado pela expansão do Comércio (+4.567 postos),
Agropecuária (+3.973) e Serviços (+2.031).
Desempenho
regional
- No recorte geográfico, as regiões Sul e
Nordeste apresentaram crescimento do nível de emprego em novembro. O Sul
novamente foi destaque, com 15.181 postos de trabalho, com saldo positivo de
0,21% e o Nordeste com 3.758 vagas (+0,06%). As demais regiões registraram
saldo negativo de vagas Sudeste, com -16.421postos, o que corresponde a -0,08%;
Centro Oeste, com -14.412 postos (-0,45%); e Norte, com -398 postos (-0,02%).
Dados
nacionais
- O Brasil registrou resultado negativo de
empregos em novembro, com uma redução de 12.292 vagas, o equivalente à variação
negativa de 0,03% em relação ao estoque do mês anterior. Segundo o Caged, foram
registradas 1.111.798 admissões e 1.124.090 demissões no mês passado.
"Esse
saldo negativo não significa uma interrupção do processo de retomada do
crescimento econômico do país", destaca o ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira.
O
saldo negativo de novembro é o menor para o mês nos últimos dois anos. Em novembro
de 2015 e em novembro de 2016 foram registrados, respectivamente, saldos de
-130.629 e -116.747.
O
ministro Ronaldo Nogueira, lembra que com a modernização da legislação
trabalhista, o Brasil tem potencial para gerar dois milhões de novas vagas nos
próximos dois anos.
Fonte:
Ministério do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Programa Qualificar insere jovens no mercado de trabalho
Publicado em
28/12/2017
às
16:00
Iniciativa
desenvolvida em Caxias do Sul (RS) proporciona mais de 300 vagas a aprendizes e
foi apresentada aos representantes dos sete países que realizam treinamento em
Inspeção do Trabalho em Porto Alegre
Representantes dos sete países que
participam, em Porto Alegre, do treinamento em Inspeção do Trabalho promovido
pelo Ministério do Trabalho, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a
Agência Brasileira de Cooperação visitaram o Programa Qualificar, uma
iniciativa da empresa Randon e do Senai, em Caxias do Sul (RS). O programa
formou 315 aprendizes, de 16 a 18 anos, em cursos de Mecânico de Usinagem,
Montador de Componentes Automotivos e Implementos Rodoviários e Mecânico de
Manutenção. Boa parte desses aprendizes foram contratados pela própria empresa.
Instalado nas dependências da empresa, o Qualificar conta com uma área física
de 1.650 m², com seis salas de aula, biblioteca, oficina, sala de informática e
oficina. Além da formação técnica, o programa oferece atividades como
Complementação para Educação Profissional, Programa de Segurança e Saúde
Ocupacional e Programa Meio Ambiente.
A Aprendizagem Profissional vem se
consolidando como uma alternativa para o afastamento de jovens do Trabalho
Infantil. O Ministério do Trabalho tem intensificado a fiscalização da Lei
10.097, que possibilita o trabalho de crianças acima de 14 anos, na condição de
aprendiz, e incentivado a criação de programas pelas empresas que possam
promover a inserção de jovens nesses programas de Aprendizagem. "Estamos
aprimorando cada vez mais o que já existe em termos de legislação para alcançar
um número maior de aprendizes, de modo que os resultados sejam ainda mais
efetivos, oferecendo mais oportunidades", afirma o ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira.
A Aprendizagem é um contrato de trabalho
especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se
compromete a assegurar ao maior de 14 anos e ao menor de 24 anos, inscrito em
programa de Aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível
com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a
executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação. Esse
limite de idade não é aplicável a pessoas com alguma deficiência. Somente este
ano, mais de 200 mil jovens foram inseridos em programas de Aprendizagem. O
estado que mais contratou foi São Paulo, seguido de Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.
"A lei determina que todas as empresas de
médio e grande porte devem manter em seus quadros jovens de 14 a 24 anos, na
modalidade Aprendiz, com cotas que variam de 5% a 15% por estabelecimento. A
Inspeção do Trabalho atua para que essas inserções sigam o que determina a
Lei", explica a auditora-fiscal do Trabalho, Tais Arruti, coordenadora nacional
do Programa na Secretaria de Inspeção do Trabalho. Ela participa do treinamento
em Porto Alegre, cujo objetivo é compartilhar o conhecimento da
auditoria-fiscal do Trabalho no Brasil com os países do Programa Cooperação
Sul-Sul OIT-Brasil.
O Programa Cooperação Sul-Sul iniciou-se em
2005 com uma troca de notas entre a OIT e o Governo brasileiro para apoiar a
prevenção e eliminação do trabalho infantil nos países africanos de língua
portuguesa. Nessa etapa, está em execução o projeto Algodão com Trabalho
Decente, que tem foco na promoção do trabalho decente na cadeia do algodão,
produzido por todas as nações do projeto: Mali, Moçambique e Tanzânia, na
África, e Paraguai e Peru, na América do Sul. Além disso, outros projetos de
Cooperação Sul-Sul possibilitam a participação de Jamaica (América Central) e
Mianmar (Ásia) como convidados nesta semana em Porto Alegre.
Essa parceria no tema do algodão começou em
2015, quando ocorreu a assinatura do projeto global, e, a partir de então,
foram realizados diagnósticos dos déficits de trabalho decente na cadeia
produtiva do algodão de cada país. Na sequência foram selecionadas experiências
da Inspeção do Trabalho no Brasil relacionadas aos problemas identificados.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Estudo mostra que mulheres recebem 30% a menos que homens no mercado de trabalho formal
Publicado em
25/12/2017
às
16:00
Apesar de serem mais qualificadas,
mulheres ganham, em média, 72% do salário dos homens
Políticas de proteção
social e igualdade de gênero foi um dos temas abordados durante reunião do Conselho
Nacional de Previdência (CNP), na manhã desta terça-feira (5), em Brasília.
Acesse o estudo Políticas de proteção e inclusão de gênero.
Com base nos dados de
2015, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/IBGE), os números
mostram que a quantidade de homens ainda é ligeiramente maior que a de mulheres
dentro da população ocupada. Os homens também são maioria no mercado de
trabalho formal e, apesar de serem mais qualificadas, mulheres ganham, em
média, 72% do salário dos homens, mesmo exercendo a mesma função que eles.
Mulheres também têm uma
jornada de trabalho maior que a dos homens. Enquanto elas trabalham cerca de 55
horas por semana, eles trabalham 50. Isso se deve ao fato de as mulheres terem
o dobro da jornada de horas dedicadas ao trabalho doméstico em relação aos
homens: enquanto eles dedicam, em média, 10 horas semanais nos afazeres
domésticos, mulheres gastam 20,5 horas nessas atividades.
A população feminina
ocupada trabalha, principalmente, nas áreas de educação, saúde, serviços
sociais e, majoritariamente, no trabalho doméstico. Já os homens são maioria na
construção e em atividades industriais. Eles também são maioria nos cargos de
chefia, gerência e direção.
O estudo mostrado aos
conselheiros foi elaborado e apresentado pela Analista Técnica de Políticas
Sociais da Secretaria de Previdência, Avelina Alves, durante um curso sobre
Planos de igualdade e oportunidades entre homens e mulheres nas instituições de
Seguridade Social na Iberoamérica, promovido pela Organização Iberoamericana de
Seguridade Social (OISS), no Uruguai.
Avelina ressalta, no
entanto, que houve um grande avanço nos indicadores, ao longo do tempo,
com uma maior inclusão da mulher no mercado de trabalho. "Embora a situação da
mulher brasileira no mercado de trabalho ainda seja desfavorável quando
comparada a dos homens, essa é uma realidade em todo o mundo, mas os dados do
Brasil ainda são melhores do que de muitos países da América Latina, tanto em
relação a mercado de trabalho quanto a políticas de conciliação da vida
familiar e laboral", comentou. Ela citou como exemplo a licença-maternidade.
Enquanto no Brasil esse benefício tem duração de 120 dias, podendo ainda ser
estendido para 180 dias, através do "Programa Empresa Cidadã" a maioria dos
países iberoamericanos têm um tempo máximo de 90 dias.
"Hoje, como exemplos de
boas práticas, temos o Plano Nacional de Políticas para a Mulher, o
Observatório Brasil de Igualdade de Gênero e o Comitê de Gênero da Escola
Nacional de Administração Pública (Enap), dentre outras tantas, então, apesar
dos desafios que ainda temos, o Brasil já avançou bastante no campo de
políticas afirmativas de equidade de gênero" afirmou Avelina.
A Compensação
Previdenciária (Comprev) e o novo site do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) também foram temas da reunião do CNP.
Fonte: ascom.mps
-
Aprovadas resoluções sobre autorização de residência para fins de trabalho no Brasil
Publicado em
19/12/2017
às
16:00
Regras
foram publicadas no Diário Oficial da União desta sexta-feira (8/12/2017)
O
Conselho Nacional de Imigração publicou no Diário Oficial da União desta
sexta-feira (8) 12 resoluções que tratam das autorizações de residência para
fins de trabalho para imigrantes no Brasil. Elas foram aprovadas no último dia
1º em reunião extraordinária do Conselho, que tem se reunido para regulamentar
as normas da nova Lei de Migração brasileira, em vigor desde 21 de novembro.
Ainda
há itens para serem regulamentados, mas o coordenador substituto da Coordenação
Geral de Imigração do Ministério do Trabalho, Luiz Alberto Matos dos Santos,
acredita que com as resoluções publicadas nesta sexta 70% das situações já
serão resolvidas.
"A
Resolução Normativa nº 1 alcança todas as resoluções, pois ela trata dos
documentos gerais e procedimentos que a administração e os interessados deverão
observar em todos os casos de pedidos de autorização de trabalho", explica.
As
demais resoluções tratam de temas como as concessões de autorização de
residência para fins de trabalho com vínculo empregatício no Brasil e em algumas
situações específicas, como assistência técnica, transferência de tecnologia e
embarcações.
"Se
o problema era trazer um empregado, a partir de hoje, não tem mais. Se era
trazer um diretor com poderes de gestão, está resolvido. Se era trazer técnicos
para consertar uma máquina, está solucionado. Se era trazer um trabalhador
marítimo, também não tem mais problema", esclarece.
Na
próxima semana, o Conselho Nacional de Imigração se reunirá novamente para
aprovar mais um conjunto de resoluções. Com isso, a maior parte dos casos
estará resolvida.
Leia aqui as resoluções.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Dezembro Laranja - Trabalhador, cuidado com a exposição solar em excesso
Publicado em
09/12/2017
às
14:00
O tipo
não melanoma é o mais comum entre os trabalhadores expostos continuamente ao
sol, aponta estudo sobre dermatologia ocupacional da Fundacentro
Profissionais
da jardinagem, da construção civil, da agricultura, da pecuária e da pesca,
preparadores físicos, salva-vidas, cuidado! Devido à exposição diária e
contínua à radiação ultravioleta (UV), esses grupos têm maior chance de
desenvolver o câncer de pele não melanoma, o mais comum entre esses
trabalhadores, representando 90% dos cânceres de pele e 25% dos tumores
registrados no Brasil. Esses dados constam em estudo elaborado pela
Fundacentro, publicado no livro clássico de dermatologia ocupacional da
fundação.
"O
Brasil precisa desenvolver uma mentalidade de prevenção", enfatiza o ministro
do Trabalho, Ronaldo Nogueira. "O Ministério do Trabalho, por meio da atuação
de seus auditores-fiscais, está vigilante e empenhado em contribuir da maneira
mais efetiva possível para que essa mentalidade se instale e se perpetue em
nosso país", acrescenta.
O
assistente técnico do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do
Ministério do Trabalho, auditor-fiscal Jeferson Seidler, explica que, para
reduzir os riscos dessa doença, o empregador deve analisar detalhadamente os
riscos das atividades desenvolvidas na empresa, priorizando medidas de controle
abrangentes e coletivas. O trabalhador também precisa se informar e participar
ativamente da prevenção.
"Todos
os trabalhadores têm direito de conhecer os riscos das suas atividades e o
empregador tem o dever legal de informá-los sobre os riscos e a forma de
controle. A primeira coisa a fazer é solicitar essas informações, por escrito,
ao empregador. E seguir minuciosamente as orientações para prevenção: procedimentos
de trabalho, uso de equipamento de proteção individual (EPI), etc. Além disso,
importante trabalhar com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) ou
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT), no sentido de buscar melhoria contínua, se possível com controle de
risco na fonte, de forma que o EPI seja uma barreira a mais, nunca a
única", recomenda Jeferson Seidler.
O
Ministério do Trabalho atua na fiscalização de acordo as Normas
Regulamentadoras 9, 7 e 6. A primeira identifica e controla riscos, com
prioridade para a redução dos riscos por meio de seu controle na fonte e de
proteções coletivas, além de medidas administrativas como a redução do tempo de
exposição. A NR-7, o Programa de Controle Médico Ocupacional, tem como foco a
atenção especial aos riscos a que o trabalhador está exposto; o médico deve
fazer um exame de pele cuidadoso e, sempre que necessário, encaminhar o
paciente ao dermatologista. Por fim, a NR-6 estabelece a escolha dos EPIs adequados
para evitar o contato direto da pele com substâncias químicas ou exposição a
radiações, de acordo com a avaliação dos riscos na situação real de trabalho. O
uso de EPIs é uma medida adicional, complementar.
Na
escolha dos EPIs, destaca Seidler, é necessário ter atenção especial para o
risco específico a ser evitado. Por exemplo, para a proteção do contato da pele
com agentes cancerígenos, pode-se listar os seguintes equipamentos: capuz para
proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos; protetor facial
para proteção da face contra radiação ultravioleta; vestimentas para proteção
do tronco contra agentes químicos; creme protetor de segurança para proteção
dos membros superiores contra agentes químicos; manga para proteção do braço e
do antebraço contra agentes químicos; e luvas para proteção das mãos contra
agentes químicos. Embora o creme protetor solar não seja considerado EPI, seu
uso é recomendado em trabalhos com exposição ao sol, bem como roupas adequadas
incluindo chapéus ou bonés.
Caráter
epidêmico
- O câncer de pele é a neoplasia maligna mais
comum em todo o mundo e sua incidência tem atingido caráter epidêmico. Pode ser
classificado em câncer de pele melanoma (CPM) e em câncer de pele não melanoma
(CPNM). O CPM, apesar da elevada mortalidade, representa apenas 4% dos cânceres
da pele; e o CPNM, de baixa letalidade, corresponde a 90% dos cânceres de pele
e 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil.
Em
2014, foram registrados 182 mil novos casos, conforme estudos da Fundacentro.
Entre os CPNM, estão o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular
(CEC). A exposição a raios ultravioleta (UV) A e B é o principal fator de
risco.
Os
estudos pesquisados mostraram que há ocupações mais propensas a desenvolver
CPNM devido à exposição diária e contínua, sendo que a exposição ocupacional
iniciada em idade mais precoce (inferior aos 30 anos) é aquela considerada de
maior risco.
A
luz solar não é a única inimiga dos trabalhadores na luta para evitar o câncer
de pele. Há outras exposições à radiação ultravioleta (UVA e UVB), como os
trabalhos com solda, que podem causar a doença caso não observadas as regras de
segurança. As substâncias químicas estão relacionadas na lista de Doenças
Ocupacionais: são exemplos o arsênio e seus compostos arsenicais, o alcatrão, o
breu, o betume, a hulha mineral, a parafina e produtos de resíduos dessas
substâncias causadores de epiteliomas da pele; as radiações ionizantes; e as
radiações ultravioletas.
Saiba
mais sobre o estudo da Fundacentro aqui.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Saiba mais sobre a Escola do Trabalhador
Publicado em
28/11/2017
às
14:00
Plataforma
desenvolvida com a UnB vai oferecer 50 cursos gratuitos
A Escola do Trabalhador é um projeto que
levará qualificação profissional aos trabalhadores por meio de cursos feitos
pela internet. Ela nasceu da constatação de que muitos trabalhadores
desempregados não estavam conseguindo se colocar no mercado por falta de
qualificação. Foi feita, então, uma parceria com a Universidade de Brasília
(UnB), que está realizando pesquisas para definir quais serão os cursos oferecidos.
Os cursos
serão gratuitos e poderão ser acessados de qualquer computador do Brasil por
qualquer trabalhador no endereço http://escola.trabalho.gov.br.
Não haverá
pré-requisitos para cursá-los. Não existe escolaridade mínima exigida.
A
qualificação será informada aos trabalhadores no momento em que eles forem
encaminhar o Seguro-Desemprego, mas ficarão disponíveis no site para todas as
pessoas que desejarem se qualificar, mesmo que estejam empregadas.
Os cursos
Serão
disponibilizados na Escola do Trabalhador 50 cursos (divididos por eixos
temáticos) definidos a partir do estudo do mercado de trabalho levando em conta
as áreas onde há maior necessidade desses profissionais e falta qualificação.
Os 12 primeiros estarão disponíveis a partir de 21 de novembro:
1.
Agenciamento de Viagens
2. Criando um negócio de Sucesso
3. Higiene na Indústria de Alimentos
4. Introdução ao Excel
5. Português Básico para o Mundo do Trabalho
6. Demonstrações Contábeis e sua Análise
7. Conhecendo o Perfil do Agente Comunitário de Saúde e seu Processo de
Trabalho
8. Fundamentos e Processos de Gestão de Recursos Humanos
9. Segurança da Informação
10. Edição e Tratamento de Imagens
11. Inglês Aplicado ao Mundo do Trabalho
12. Cuidando de Pessoas Idosas
Os demais
cursos serão disponibilizados gradualmente até o final de 2018 de acordo com os
dados levantados nas pesquisas sobre as áreas de maior carência de
qualificação.
Como vai funcionar
Os cursos
serão formados por módulos de aproximadamente 40 horas cada (o número de
módulos vai depender da necessidade de cada curso). Cada módulo estará
disponível por dois meses, tempo estimado para a conclusão com tranquilidade de
todas as atividades. Ao final de cada módulo, o trabalhador fará uma avaliação
que servirá como base para que ele receba o certificado de conclusão daquela
fase. Ao concluir todas as etapas, ele será certificado pela UnB.
Os conteúdos
serão compostos de textos, vídeos e jogos. A linguagem será simples e a
navegação no site, intuitiva para que seja acessível a todos os trabalhadores.
Os cursos
são autoinstrucionais, sem a intermediação de tutor. Mas haverá canais de
comunicação via portal para o feedback dos alunos e os ajustes necessários.
Como acessar
. Os cursos
estarão disponíveis no site http://escola.trabalho.gov.br/.
. Após acessar o site, o trabalhador
precisará localizar o eixo temático do curso que ele deseja fazer. O nome dos
eixos é simples e intuitivo:

. Depois de escolher o eixo, basta escolher o
curso que ele deseja fazer.

. Aí, é só fazer a inscrição e iniciar as
atividades.
Alcance
Serão disponibilizadas
seis milhões de vagas para que os trabalhadores se qualifiquem na Escola do
Trabalhador.
Acompanhamento
A UnB também
fará o acompanhamento da trilha formativa dos trabalhadores que fizerem os
cursos na plataforma. Com base nos dados da Rais e do Caged, a universidade vai
avaliar se os trabalhadores que se qualificaram pela Escola do Trabalhador
conseguiram se colocar no mercado e se estão atuando na área em que se
qualificaram pela plataforma.
As
informações obtidas pelos cruzamentos dos dados das bases do Ministério do
Trabalho e outras bases subsidiarão a tomada de decisões dos gestores e o
devido direcionamento das políticas públicas.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Rio Grande do Sul abre 8.084 novos postos de trabalho em outubro/2017
Publicado em
26/11/2017
às
16:00
Geração
de empregos no mercado gaúcho foi puxada pelo crescimento dos setores do
Comércio, Indústria de Transformação, Serviços e Agropecuária
O
Rio Grande do Sul fechou o mês de outubro com saldo positivo de 8.084 novos
postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Ministério do
Trabalho (MTb). O resultado foi o quinto melhor do País e representa um
crescimento foi de 0,32% em relação ao estoque de empregos no estado no mês de
setembro. "Os números do Caged de outubro mostram que as ações que adotamos
estão trazendo resultados positivos para a economia do País, e o Rio Grande do
Sul está recuperando o seu papel de protagonista nesta retomada do
crescimento", comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Esse
foi o melhor saldo do Caged gaúcho no mês de outubro desde 2013, quando foram
abertas 9.544 novas vagas. A expansão do mês passado resultou da diferença
entre 84.447 admissões e 76.363 desligamentos. Com o resultado de outubro, o
cumulado de 2017 no Rio Grande do Sul fica positivo e chega a 7.496 novas vagas
abertas.
A
retomada do mercado de trabalho gaúcho em outubro se deve à expansão do
Comércio (+4.705 postos), Indústria de Transformação (+1.906 postos), Serviços
(+1.534 postos) e Agropecuária (+974 postos).
Entre
os municípios gaúchos, os melhores saldos de emprego foram registrados em
Caxias do Sul, que teve saldo positivo de 687 novos postos com carteira
assinada; Pelotas, com 547 novas vagas; e Canoas, com 348 vínculos
empregatícios gerados. Cruz Alta (+317 novos postos) e Passo Fundo (+310)
também se destacaram.
Nacional
-
O saldo de empregos formais no Brasil em outubro atingiu o melhor resultado
deste ano, com a abertura de 76.599 novas vagas. Segundo o Caged, foram
registradas 1.187.819 admissões e 1.111.220 demissões no mês passado.
Este
foi o oitavo saldo positivo de 2017 e o sétimo consecutivo no ano, elevando o
acumulado desde janeiro para 302.189 novos postos de trabalho. Também foi o
melhor resultado do mês de outubro desde 2013, quando o Caged registrou saldo
de 94,8 mil empregos. "São números que nos dão ainda mais certeza de que as
medidas adotadas pelo governo colocaram o Brasil de volta nos trilhos do
crescimento econômico", afirmou o ministro do Trabalho.
O
saldo de outubro representa um crescimento de 0,20% em relação ao estoque de
empregos celetistas do mês anterior. No acumulado de janeiro a setembro, a alta
é de 0,79% sobre o estoque de dezembro de 2016.
O
saldo de outubro também teve impacto positivo sobre o acumulado dos últimos 12
meses, que ainda ficou em -294.305, mas já indica uma forte recuperação na
comparação com o acumulado até setembro, que foi de -466.654.
Setores
-
O crescimento do mercado formal brasileiro em outubro foi puxado por três
setores - Comércio, Indústria da Transformação e Serviços. "São setores que já
vinham registrando números positivos. O crescimento destacado do Comércio já
reflete, também, o otimismo e o aumento da produção da Indústria verificados em
meses anteriores", lembrou Ronaldo Nogueira.
Regiões
-
Quatro das cinco regiões tiveram crescimento do nível de emprego em outubro,
com o Nordeste mantendo-se na frente, a exemplo do que já acontecera em
setembro. Foram 37.801 novos postos na região, alta de 0,60% em relação ao
estoque do mês anterior.
A
Região Sul também voltou a aparecer entre os destaques, com a abertura de
21.444 postos (+0,30%), acima do Sudeste, que registrou a abertura de 13.552
novas vagas (+0,07%) e do Norte, com 4.210 postos de trabalho (+0,24%). Apenas
na Região Centro-Oeste houve uma leve retração (-0,01% sobre o mês anterior),
equivalente a 408 postos formais fechados.
Fonte: Ministério
do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Ministério do Trabalho lança plataforma de serviços digitais para os trabalhadores
Publicado em
25/11/2017
às
16:00
Conjunto
de quatro ações foi anunciado nesta terça-feira (21/11/2017), em cerimônia no
Palácio do Planalto
Uma
"nova e revolucionária plataforma à disposição dos trabalhadores brasileiros".
Foi assim que o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, resumiu o conjunto de
quatro novos serviços do Ministério do Trabalho, lançado nesta terça-feira (21/11/2017),
no Palácio do Planalto, na presença do presidente Michel Temer. A partir de
hoje, os trabalhadores poderão fazer cursos de qualificação profissional
gratuitamente pela internet, de todo o Brasil, encaminhar o Seguro-Desemprego
sem sair de casa, instalar a versão eletrônica da Carteira de Trabalho no
smartphone e usar esse mesmo telefone para procurar vagas de emprego.
Confira
o passo a passo para fazer a Carteira de Trabalho Digital.
Veja a nova versão do aplicativo Sine Fácil.
Saiba mais sobre a Escola do Trabalhador.
Veja como requerer o Seguro-Desemprego pela internet.
"Vivemos
na era da revolução digital, que mudou radicalmente a forma das pessoas
viverem, agirem e consumirem serviços. Estamos conectando o governo federal a
essa realidade, colocando esses serviços importantes acessíveis à palma da
mão", afirmou o ministro na cerimônia.
O
presidente Michel Temer classificou o lançamento desses serviços como mais uma
iniciativa importante do Ministério do Trabalho no atendimento aos
trabalhadores brasileiros, processo iniciado pela modernização das leis
trabalhistas. "Esse instante segue a regra do nosso governo, que é colocar o
Brasil no século 21", afirmou o presidente.
O
ministro calcula que a Escola do Trabalhador conseguirá qualificar
profissionalmente cerca de 6 milhões de trabalhadores de todo o país. O
projeto, que ele chamou de "conhecimento sem fronteiras", poderá ser acessado
por qualquer pessoa de um computador conectado à internet. Basta acessar o
site e se inscrever em algum dos 50 cursos que serão disponibilizados até
o fim de 2018, todos gratuitos, sem pré-requisitos para cursá-los nem
escolaridade mínima exigida.
O
Seguro-Desemprego pela internet permitirá ao trabalhador solicitar o benefício
assim que receber os documentos demissionais pelo site do portal de Serviços do
Ministério do Trabalho Emprega Brasil. O prazo de 30 dias para receber o
benefício começará a contar no momento em que ele preencher o cadastro no
Emprega Brasil, e não após o atendimento presencial, como ocorria. Isso
agilizará o recebimento do benefício, diminuirá as filas e o tempo de atendimento
nos postos do Sine, além de aumentar a capacidade desses postos de atender mais
trabalhadores.
A
Carteira de Trabalho Digital permitirá que os trabalhadores tenham, em mãos,
sempre que precisarem, todas as informações que constam no documento físico
atual. Nesse primeiro momento, ele ainda não substituirá a carteira de papel,
mas facilitará as consultas. "Estimamos que até 70 milhões de pessoas possam
baixar o aplicativo, que permitirá ao trabalhador ter consigo a Carteira de
Trabalho, por onde for, permitindo que ele consulte instantaneamente suas
informações pessoais e de contratos de trabalho diretamente pelo seu telefone
celular", disse o ministro.
Essa
mesma facilidade também será acessível na hora de procurar uma vaga de emprego.
Na cerimônia desta terça, o ministro Ronaldo Nogueira também lançou o Sine
Fácil 2.0, uma evolução do aplicativo atual que permitirá ao trabalhador
encontrar de forma rápida e prática vagas de emprego disponibilizadas na rede
Sine de todo o Brasil, candidatar-se às vagas, agendar entrevistas com
empregadores e acompanhar a situação do benefício do Seguro-Desemprego.
"Este
é um dos projetos mais audaciosos da área de empregabilidade do país", resumiu
o ministro ao falar do pacote de serviços lançados nesta terça-feira, declaração
que recebeu o apoio do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives
Gandra da Silva Martins Filho. "Isso é um progresso fantástico para o nosso
país. Nos coloca integralmente na era digital e dá continuidade ao projeto
iniciado pelas mudanças na lei trabalhista, que modernizam as relações de
trabalho no Brasil", acrescentou Gandra.
Fonte: Ministério
do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Sine abre mais de 2,5 mil vagas temporárias para fim de ano em todo o país
Publicado em
23/11/2017
às
16:00
Rio
Grande do Sul é o estado com maior número de vagas disponíveis
As
festas de fim de ano estão chegando e com elas milhares de vagas de emprego
temporário, aquele prestado por pessoa física a uma empresa para atender à
necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda
complementar de serviços. O Sistema Nacional de Emprego (Sine) está com 2.586
vagas abertas em diversas áreas em todo país. Porém, uma pesquisa realizada
pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima
que 73,8 mil pessoas poderão ser contratadas no Comércio, um dos setores que
mais empregam nesta época, 10% a mais que o mesmo período do ano passado.
O
aumento na demanda por trabalhadores temporários deve-se à melhora na
expectativa de vendas. Segundo a pesquisa da CNC, a previsão é que o Natal
deste ano movimente R$ 34,7 bilhões na economia do país, o que representa um
avanço de 4,8% na comparação com 2016. "Isso mostra que o país está no rumo
certo e que o governo federal está tomando as medidas necessárias para colocar
novamente o Brasil no rumo do crescimento econômico e da recuperação do
emprego", afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Para
o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, os impactos positivos sobre
o emprego, decorrentes da reforma trabalhista, e a retomada gradual da
atividade econômica e do consumo devem contribuir para o aumento na efetivação
dos trabalhadores temporários. "Muitas empresas apostam na continuidade da
recuperação do consumo e isso traz um cenário mais favorável para as
contratações", afirma.
Vagas
no Sine
- Das 2.586 vagas temporárias abertas no
Sine, 1.240 são no setor de Serviços, 757 no Comércio, 149 vagas na
Agropecuária e 146 na Construção civil. O estado com maior número de vagas
disponíveis é o Rio Grande do Sul com 780 vagas disponíveis. São 479 posto de
trabalho no setor de Serviços, 146 na Indústria e 103 no Comércio. São Paulo
tem 609 vagas temporárias abertas, sendo 536 apenas no setor de Serviços. Rio
de Janeiro têm 350 vagas, todas no Comércio.
Entre
as ocupações, o maior número de vagas abertas é para vendedor do comércio varejista
(508), seguido do atendente de lojas e mercados (228), operador de caixa (189),
trabalhador no cultivo de árvores frutíferas (148) e operador de triagem e
transbordo (140).
Como
se efetivar
- As vagas temporárias são uma boa
oportunidade para se colocar ou recolocar no mercado de trabalho. A CNC estima
que 30% dos trabalhadores contratados de forma temporária devem ser efetivados
após o período de festas de 2017. É o que ocorreu com Douglas Henrique dos
Santos, 34 anos, foi contratado por uma empresa fabricante de bebidas para
trabalhar como promotor de merchadinsing, por um período de dois meses e foi
efetivado. "O segredo é agarrar a oportunidade e desenvolver as atividades
com desempenho e força de vontade", disse.
De
acordo com a diretora de certificação da Associação Brasileira de Recursos
Humanos, Andrea Huggard, as chances de efetivação são para aqueles que se
destacarem. "É importante tratar o emprego temporário com excelência. Os
empregadores estão observando, e, caso o prestador de serviço não seja
aproveitado pela empresa, ele poderá ser recomendado para outra vaga".
Andrea Huggard elencou algumas dicas para quem deseja ser efetivado. Confira:
Seja
proativo
- faça o trabalho bem feito, tenha atitude e
colabore com o grupo, sempre procurando agregar algo a mais.
Motivação - trabalhe com um sorriso no rosto, esteja disposto a
apreender e ajudar os outros.
Assiduidade - seja pontual, cumpra seus compromissos com zelo e
dedicação. Além disso, vista-se adequadamente ao ambiente de trabalho.
Direitos
-
O empregado temporário tem praticamente os mesmo direitos do efetivo. Isso
inclui o registro em carteira de trabalho, remuneração equivalente à percebida
pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora, jornada de oito horas,
horas-extras e repouso semanal remunerado, entre outros. Quanto às verbas
rescisórias, devem ser pagos o saldo de salário, 13º salário proporcional ao
tempo de serviço e férias, também proporcionais ao período trabalhado.
Há
uma legislação específica para esse tipo de contrato, que precisa ser seguida
pelas empresas e observada pelos empregados. Pelas novas regras aprovadas na
Lei 13.429 em março deste ano, as empresas podem contratar trabalhadores
temporários por um período de seis meses (180 dias). Antes, o prazo inicial era
de três meses (90 dias). Além desse prazo inicial, poderá haver uma prorrogação
por mais 90 dias.
Fonte: Ministério
do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Secretárias estão com mais escolaridade
Publicado em
12/11/2017
às
14:00
Para garantir uma vaga no mercado de trabalho
de secretariado era primordial, há alguns anos, que o profissional soubesse
datilografia. A realidade hoje é muito diferente. Cresceu o número de
secretárias e secretários com graus mais elevados de escolaridade e
qualificação. Dados da última Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2015)
mostram que o número de secretárias (os) com ensino superior completo, mestrado
e doutorado passou de 57.223 mil, registrados em 2013, para 61.437, em 2015. Já
o número de pessoas que atuam na área e têm apenas o ensino fundamental caiu de
16.850 para 14.132 no período de três anos.
Com mais
estudo, a secretária tem salários melhores. A Rais 2015 mostra que os ganhos de
uma secretária executiva chegam a ser 37,5% superiores que o técnico do ramo. A
executiva ganhou em média R$ 2.463,73; a técnica, R$1.791,61.
Fonte:
Ministério do Trabalho
/
Assessoria de Imprensa/Joana Dantas
-
Micro e pequenas empresas empregam quase 14 milhões de trabalhadores com carteira
Publicado em
14/10/2017
às
16:00
Segundo
a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2015, micro e pequenos
empreendimentos responderam por 13.997.569 trabalhadores formais
As
pequenas e microempresas são responsáveis por 13,9 milhões de trabalhadores com
carteira assinada no Brasil, de acordo com a Relação Anual de Informações
Sociais (Rais) 2015. O número demonstra a importância desses empreendimentos na
geração de empregos e arrecadação.
"Os
empreendedores vêm crescendo no país, não só em quantidade, mas em qualidade.
Ações do governo contribuíram para esse resultado, com políticas que fomentaram
o fortalecimento dos pequenos empreendedores do país, a exemplo de medidas como
a criação do Supersimples, que reduziu os impostos e unificou oito tributos em
um único boleto, a Lei Crescer sem Medo, que amplia o limite do faturamento
anual para que as empresas entrem no lucro presumido, e, mais recentemente, a
Medida Provisória 806/2017, que amplia fontes de financiamento de microcrédito
com objetivo de aumentar financiamento mais barato no mercado", explica o
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Nesta
quarta-feira (4), o presidente da República, Michel Temer, anunciou, em
cerimônia no Palácio do Planalto, três novidades para os micro e pequenos
empreendedores, que celebram seu dia neste 5 de outubro: o novo Portal do
Empreendedor, a Semana Nacional do Crédito, que vai movimentar R$ 9 bilhões, e
a ampliação do programa Instituição Amiga do Empreendedor.
"Temos
que prestigiar aqueles que são os campeões nacionais do emprego, os micro e
pequenos empreendedores", disse Michel Temer. "Os dados revelam uma
atuação extraordinária não só no plano econômico, porque quando o empreendedor
- seja grande ou pequeno - empreende, ele está praticando um gesto social na
medida em que gera emprego", acrescentou o presidente.
Regiões
e setores
- Apesar de uma inferioridade quantitativa,
os estados da região Norte do Brasil são os mais empreendedores em termos
proporcionais, segundo a Rais 2015. O Amapá está no topo desse ranking, com
78,7% de participação no estado. Lá são 9.290 micros; 1.585 pequenos; e 2.938
estabelecimentos de outros portes. É seguido pelo Maranhão (76,7%), por Roraima
(74,8%) e pelo Amazonas (74,5%). O Maranhão possui 73.748 micros, 10.303
pequenos, e 25.571 outros. Já em Roraima são respectivamente 7.182, 895 e
2.720, enquanto no Amazonas estão 36.233 microempreendimentos.
O
Sudeste é a região mais empreendedora. São Paulo está em primeiro lugar, com
2.506.384 empresas, das quais 1.382.899 são micro; 223.870, pequenas; e 899.615
de outros portes, totalizando 2.506.384 estabelecimentos. Depois vem Minas
Gerais, com 573.255 micros, 61.306 pequenas e 314.159 de outros portes,
totalizando 948.720 empresas.
O
comércio é, disparado, o setor de maior número de micros e pequenos
empreendimentos. São, no total, 2.578.631 empresas desses portes, sendo
2.282.734 micros e 295.897 pequenos negócios. Em seguida, serviços, com
2.035.667 empreendimentos, dos quais 1.744.804 são micros e 290.863 pequenos
negócios.
Novidades
-
Conforme as leis complementares 123/2006 e 139/2011, considera-se microempresa
a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário que auferirem, em cada ano-calendário,
receita bruta igual ou inferior a R$ 360 mil. Caracterizam-se como empresas de
pequeno porte aquelas com receita bruta superior a R$ 360 mil e igual ou
inferior a R$ 3,6 milhões.
A
partir de 2018, entra em vigor a lei Crescer sem Medo que tem como uma de suas
principais novidades a alteração do limite de R$ 3,6 milhões de faturamento
anual para que uma micro e pequena empresa saia do Simples e entre o lucro
presumido. A medida cria uma faixa de transição de até R$ 4,8 milhões para as
empresas que ultrapassarem o teto atual. Dessa forma, haverá a redução de seis
para cinco tabelas e de 20 para seis faixas, com progressão de alíquota. Assim,
quando uma empresa exceder o limite de faturamento da sua faixa, a nova
alíquota será aplicada somente no montante ultrapassado.
Já
em relação ao microempreendedor individual (MEI) também há mudanças no teto
anual de faturamento. A partir de 2018, o limite passará dos R$ 60 mil atuais
para R$ 81 mil. Outra importante medida do Crescer sem Medo foi a ampliação do
prazo de parcelamento de dívidas tributárias de micro e pequenas empresas de 60
para 120 meses. Cerca de 600 mil micro e pequenas empresas, que devem R$ 21,3
bilhões para a Receita Federal, foram notificadas a quitar os débitos até 31 de
dezembro sob pena de exclusão do Simples a partir de janeiro de 2017.
Fonte: Ministério
do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Lançado programa que prevê qualificação profissional e crédito para famílias de baixa renda no Brasil
Publicado em
12/10/2017
às
16:00
Ministro
do Trabalho participou do lançamento da iniciativa chamada de Progredir,
baseada em qualificação profissional, emprego e crédito
O
governo federal lançou, nesta terça-feira (26), o programa Progredir, que tem
como objetivo melhorar a renda e a vida dos brasileiros inscritos no Cadastro
Único, principalmente os que dependem do Bolsa Família. Atualmente, 28,2
milhões de pessoas constam no Cadastro Único por terem renda familiar de menos
de meio salário mínimo per capita. Destas, 13,5 milhões recebem o Bolsa
Família. A meta é dar autonomia a pelo menos um milhão de famílias nos próximos
dois anos, com medidas coordenadas de qualificação profissional, emprego e
crédito.
Na
cerimônia de lançamento do programa, o presidente da República Michel
Temer destacou a importância da área social para seu governo, garantiu que o
Progredir não acabará com o Bolsa Família, e disse esperar que as novas medidas
ajudem os brasileiros a deixarem de ser dependentes dos programas de
transferência de renda. "Qual é o meu sonho: que daqui a um tempo nós venhamos
aqui para comemorar a desnecessidade de qualquer benefício individual",
afirmou.
O
ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, anunciou o lançamento de
um portal, onde estão todas as informações do Progredir, com
orientações aos beneficiários sobre como e onde acessar o novo programa. Além
disso, lembrou que os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), que
já atendem a esse público, estarão preparados para fazer os
encaminhamentos.
Terra
garante que a inclusão no Progredir não irá excluir os beneficiários do Bolsa
Família, que continuarão recebendo o benefício enquanto houver necessidade. Mas
ele espera que a saída do programa seja um processo natural para essas pessoas
que agora terão uma nova oportunidade. "Estamos dando um passo além
no combate à pobreza. Estamos lançando o maior programa de inclusão produtiva
da história do Brasil", afirmou o ministro.
Atuação
do Ministério do Trabalho
O
Ministério do Trabalho terá papel fundamental no Progredir, porque um dos
principais eixos desse novo programa é o emprego. O ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira, explica que poderão ser feitos cruzamentos entre as
informações profissionais dos beneficiários do Bolsa Famílias e as vagas
disponibilizadas no Sistema Nacional de Emprego (Sine). "Nós vamos ajudar essas
pessoas a encontrarem um emprego dentro das vagas disponíveis, porque
acreditamos que muitos trabalhadores não estão empregados porque não estão
conseguindo identificar onde estão os empregos", explica.
Além
disso, serão firmadas parcerias com entidades de classe que representam
empregadores e com grandes empresas para que elas reservem vagas a
beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único. "O governo está
fazendo um grande esforço para envolver o maior número de pessoas nesse
programa que vai ajudar a população mais pobre e beneficiar todo o Brasil",
afirma.
Qualificação
profissional
Paralelamente
ao emprego, o Progredir prevê investimentos em qualificação profissional.
Os beneficiários do Bolsa Família serão incluídos no Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) , gerido pelo Ministério da
Educação, e em outros cursos profissionalizantes. Serão abertas um milhão de
vagas em cursos do Pronatec Oferta Voluntária, mais 400 mil vagas em oficinas
de preparo profissional.
Os
cursos serão organizados conforme as necessidades do mercado em cada região.
Inicialmente, será disponibilizado um milhão de vagas, e as matrículas para as
primeiras turmas serão abertas anda este ano.
Crédito
O
governo federal também vai disponibilizar crédito para aqueles trabalhadores
inscritos no Cadastro Único que não possuem um emprego formal, mas têm
qualificação para gerir pequenos negócios. É o caso de, por exemplo,
costureiras, pedreiros, doceiras, que trabalham de maneira autônoma. Para esse
público, serão ofertados R$ 3 bilhões por ano em microcrédito.
Para
garantir que as pessoas tenham condições de pagar os empréstimos, foram
lançadas linhas de crédito com juros em torno de 1% ao mês. E serão oferecidas
oficinas de educação financeira para que as pessoas também saibam como
administrar o crédito tomado.
Prêmio
O
Ministério do Desenvolvimento Social também lançou nesta terça-feira o Prêmio
Progredir. Ele será concedido a prefeituras que apresentarem as melhores
propostas de inclusão produtiva para geração de emprego e renda nas suas
cidades. O prêmio será regionalizado e cada prefeitura poderá inscrever até
três projetos no concurso.
Fonte:
Ministério do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Ministro do Trabalho participa de solenidade de abertura do Dia D no RS
Publicado em
29/09/2017
às
15:00
Expectativa
é encaminhar pelo menos 8 mil pessoas com deficiência em todo o país
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, participou, na manhã desta sexta (29/9/2017),
da solenidade de abertura do Dia D de Inclusão de Pessoas com Deficiência e
Reabilitados do INSS, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. "Essas ações são
importantes para incentivarmos as empresas a contratarem esse público e
cumprirem a Lei de Cotas", destacou o ministro durante a cerimônia.
A
abertura também contou com a presença do diretor-presidente da Fundação Gaúcha
do Trabalho e Ação Social, Gilberto Francisco Baldasso, da secretária de
Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena
Sartori, e do superintendente regional do Trabalho do Rio Grande do Sul,
Christian Mattos.
No
Rio Grande do Sul, estão sendo oferecidas 1.179 vagas para PcDs e beneficiários
reabilitados do INSS, em 71 agências Fundação Gaúcha de Trabalho e Ação Social
(FGTAS). A ação, no estado, segue até as 17 horas, na capital gaúcha (Rua José
Montaury, 31). Para participar, o candidato precisa apresentar carteira de
trabalho, cartão com o número do PIS, CPF e RG e laudo caracterizador da
deficiência.
Outras
ações do Dia D de Inclusão estão sendo realizadas, simultaneamente em 15
estados: Pernambuco, Sergipe, Ceará, Maranhão, Bahia, Piauí, Tocantins, Goiás,
São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina
e Distrito Federal.
No
Maranhão, comércio concentra a maioria das contratações de pessoas com
deficiência. Veja aqui.
Minas
Gerais reúne trabalhadores e empregadores para incentivar contratações.
Veja aqui.
Mais
de 1,1 mil empresas precisam cumprir cotas no Ceará. Veja aqui.
Ministério
ajuda a inserir mais de 1,2 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho
da Bahia. Veja aqui.
São
Paulo vai disponibilizar mais de 1,2 mil vagas para PcDs e reabilitados.
Veja aqui.
Piauí
promove Dia D nesta sexta. Veja aqui.
Mato
Grosso do Sul dispõe de 6,1 mil vagas para pessoas com deficiência. Veja aqui.
Em
Brasília, Agência do Trabalhador oferece vagas para pessoas com deficiência.
Veja aqui.
Mais
sobre o Dia D
O
Dia D envolve um conjunto de eventos que ocorrem em diversas cidades de todo o
país, proporcionando espaços para o encontro entre pessoas com deficiência e
reabilitados do INSS, que têm interesse em ingressar no mercado de trabalho, e
as empresas que precisam cumprir as cotas de inclusão desse público prevista em
lei.
Em
todo o país, 6,2% da população brasileira possuem pelo menos um tipo de
deficiência severa, entre pessoas de 15 a 64 anos, de acordo com a Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e do Ministério da Saúde, que indica que 23% da população brasileira possuem
algum tipo de deficiência, seja física, intelectual, auditiva ou visual. Para
garantir a inserção desses milhões de brasileiros no mercado de trabalho, há 26
anos, foi criada a Lei N°8.213/91, conhecida como a Lei de Cotas.
Segundo
a legislação, todas as empresas privadas com mais de 100 funcionários devem
preencher entre 2 e 5% de suas vagas com trabalhadores que tenham algum tipo de
deficiência. As empresas que têm de 100 a 200 funcionários devem reservar,
obrigatoriamente, 2% de suas vagas para pessoas com deficiência; entre 201 e
500 funcionários, 3%; entre 501 e 1000 funcionários, 4%; empresas com mais de
1001 funcionários, 5% das suas vagas.
Quase
20 mil trabalhadores encaminhados
Nos
três últimos anos, ações do Dia D, promovidas pelo Ministério do Trabalho,
encaminharam 19.980 pessoas com deficiência para o mercado de trabalho. A
expectativa para este ano é de encaminhar pelo menos 8 mil deficientes, segundo
a Coordenação do Dia D.
Fonte: Ministério do Trabalho/Assessoria
de Imprensa
-
Ministério do Trabalho alerta para o perigo de trombose e doenças relacionadas
Publicado em
24/09/2017
às
17:00
Em
2016, 10.732 trabalhadores foram afastados das atividades laborais em razão da
trombose e de doenças a ela relacionadas, conforme a Previdência Social
Passar
horas parado em pé ou sentado faz parte da rotina de muitos trabalhadores. Esse
fator aumenta o risco de doenças como a trombose, que tem no seu Dia Nacional
de Combate à Prevenção em 16 de setembro. Em 2016, 10.732 profissionais
solicitaram auxílio-doença de origem previdenciária e acidentária, conforme os
dados mais recentes da Previdência Social.
De
acordo com a coordenadora-geral de Fiscalização e Projetos do Departamento de
Segurança e Saúde do Trabalhador (DSST), Viviane Forte, nas fiscalizações
realizadas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do
Trabalho, as irregularidades mais comuns identificadas nas empresas são falta
de assento e de espaço adequados para que o profissional exerça sua atividade
sem comprometer a saúde em longo prazo.
Entre
as atividades que mais exigem atenção estão as de caixa de supermercado, lojas,
farmácias, bancos e outros estabelecimentos comerciais, motoristas de ônibus e
caminhão, vigilantes e fabricantes de vestuário.
"Existe
uma cultura prejudicial de que o trabalhador é mais produtivo se ficar em pé. A
Norma Regulamentadora nº 17 determina alternância de posições, seja lá qual for
a atividade. Um exemplo é o caixa de supermercado, que, se não alternar entre
ficar em pé e passar um tempo sentado, poderá ter problemas como a trombose
", observa Viviane Forte.
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirma que o Ministério atua durante
fiscalização também para criar a consciência de que o problema é sério e não
pode ser negligenciado. "É fundamental que funcionários e o empregadores
tenham consciência de que medidas simples podem evitar riscos para saúde, e é
ruim para todo mundo que isso ocorra. O trabalhador adoece, o empregador fica
sem o funcionário, e, se a licença médica for superior a 15 dias, o governo vai
ter de garantir o auxílio-doença", adverte o ministro.
O
assistente técnico do DSST, auditor-fiscal Jeferson Seidler, aponta uma medida
simples que pode ser adotada pelo trabalhador: movimentar-se durante a jornada,
mexer os membros inferiores. "Trombose, de maneira simplificada, é o
entupimento parcial ou total de veias por sangue coagulado. As consequências
são inflamação das veias, com dor e inchaço da região, geralmente as pernas, na
área abaixo do joelho. O pior, no entanto, é o risco de uma parte desse sangue
coagulado se desprender e 'viajar' pelo organismo, entupindo vasos sanguíneos
no cérebro, pulmão e coração, causando, respectivamente, AVC (Acidente Vascular
Cerebral), embolia (tromboembolismo) pulmonar e infarto agudo do miocárdio
(enfarte cardíaco), situações gravíssimas e muitas vezes fatais", alerta
Seidler. Ele faz um alerta: "Se já tiver varizes ou se houver casos de
trombose na família, é importante que a pessoa procure um médico angiologista
para avaliar a necessidade de medidas adicionais de proteção, como uso de meias
compressivas e medicamentos".
Fonte: Ministério
do Trabalho/
Assessoria
de Imprensa
-
País abre 35,4 mil novas vagas em agosto/2017, quinto mês consecutivo de saldo positivo de emprego
Publicado em
23/09/2017
às
17:00
Resultado
foi puxado por Serviços, Indústria e Comércio; no acumulado do ano, saldo é de
163,4 mil novos postos de trabalho
O
Brasil fechou o mês de agosto/2017 com um saldo positivo de 35.457 novos postos
de trabalho, com crescimento de 0,09% em relação ao estoque do mês anterior.
Esse foi o quinto mês consecutivo e o sexto do ano em que o Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) registrou um número maior de contratações do
que demissões.
O
resultado positivo de agosto reflete a diferença entre 1.254.951 admissões e
1.219.494 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de 163.417
postos de trabalho, uma expansão de 0,43% em relação ao estoque de dezembro de
2016.
"Os
números do Caged em agosto confirmam o processo de retomada gradual, mas firme
e consistente da nossa economia, como resultado das medidas adotadas pelo
governo para o País voltar aos trilhos do crescimento", afirmou o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O
saldo do mês passado é o maior desde agosto de 2014, quando foram abertas
130.904 novas vagas. Depois, houve dois anos seguidos de redução, com saldos
negativos em agosto de 2015 (-77.320 postos) e agosto de 2016 (-22.261 postos),
na série ajustada.
Em
2017, o Caged já havia registrado saldos positivos em fevereiro (+46.105),
abril (+71.198), maio (+41.269), junho (+12.431) e julho (+35.900). Apenas em
janeiro (-34.585) e março (-59.738) houve reduções. No acumulado dos últimos 12
meses, o saldo ainda é negativo, com o fechamento de 544.658 postos de
trabalho, uma redução de 1,40% no contingente de empregados celetistas do
País.
Setores
Cinco
dos oito setores de atividade econômica tiveram crescimento no nível de emprego
em agosto. Destacaram-se:
·
Serviços: +23.299 postos (+0,14%);
·
Indústria de Transformação: +12.873 postos
(+0,18%);
·
Comércio: +10.721 postos (+0,12%);
·
Construção Civil: +1.017 postos (+0,05%);
·
Administração Pública: +528 postos (+0,06%).
Apenas
três setores tiveram reduções:
·
Agricultura: -12.412 postos (-0,75%);
·
Serviços Industriais de Utilidade Pública: -434
postos (-0,11%);
·
Indústria Extrativa Mineral: -135 postos (-0,07%).
O
crescimento no setor de serviços foi puxado pelos subsetores de Ensino;
Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários; Administração de Imóveis,
Valores Mobiliários e Serviços Técnicos Profissionais.
Na
Indústria de Transformação, 8 dos 12 subsetores apresentaram resultados
positivos, com destaque para a Indústria de Produtos Alimentícios e Bebidas;
Têxtil e de Vestuário; Metalúrgica; a Materiais de Transporte; e Madeira e
Mobiliários.
O
bom desempenho do Comércio é explicado pelo crescimento do Comércio Varejista,
com destaque para as áreas de Comércio Varejista de Mercadorias em Geral,
principalmente Produtos Alimentícios - Hipermercados e Supermercados; Comércio
Varejista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário; e Comércio
de Peças e Acessórios para Veículos Automotores.
Na
Construção Civil, o saldo positivo foi impulsionado por Construção de Rodovias
e Ferrovias; Instalações Elétricas; e Obras de Terraplenagem.
Já
a Agricultura teve uma redução em agosto, devido às quedas nos subsetores de
Cultivo de Café e Atividades de Apoio à Agricultura. Por outro lado, houve
crescimento no número de novas vagas nos cultivos de Plantas de Lavoura Temporária
não Especificadas; Frutas de Lavoura Permanente, exceto Laranja e Uva; e
Cana-de-Açúcar.
Regiões
e Estados
Segundo
os dados do Caged, todas as regiões apresentaram crescimento do nível de
emprego em agosto, com destaque para o Nordeste, que registrou 19.964 novos
postos (+0,32%). Na Região Sul, foram 5.935 novas vagas (+0,08%), um pouco
acima do saldo do Centro-Oeste, com 4.655 vagas abertas (+0,15%). As regiões
Norte, com 3.275 novos postos (+0,19%) e Sudeste, com 1.628 postos (+0,01%)
também tiveram crescimento no emprego formal. "Os números mostram que o
crescimento do emprego e a recuperação da economia já ocorre em todo o País",
pontuou o ministro
Entre
os 26 estados e o Distrito Federal, 19 tiveram saldo positivo. Os maiores
crescimentos ocorreram em São Paulo, Santa Catarina, Ceará, Pernambuco e
Paraíba.
Confira
os dados completos
aqui
.
Fonte:
Ministério do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
NR 33 - Trabalho em Espaços Confinados
Publicado em
15/09/2017
às
17:00
A Norma Regulamentadora 33
tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de
espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos
riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos
trabalhadores que atuam direta ou indiretamente nesses espaços.
Fonte:
Ministério do Trabalho
/Assessoria de Imprensa
-
Exigência de informar exame toxicológico no Caged começa hoje
Publicado em
13/09/2017
às
15:00
Portaria
nº 945 do Ministério do Trabalho exige que os exames sejam realizados
previamente à admissão e por ocasião do desligamento
A
partir desta quarta-feira (13/9/2017), as empresas terão de informar ao Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged) a realização de exame toxicológico
nos motoristas admitidos e demitidos. A Portaria nº 945, do Ministério do
Trabalho, exige exames toxicológicos, realizados previamente à admissão e por ocasião
do desligamento, quando se tratar de motorista profissional, assegurados o
direito à contraprova em caso de resultado positivo e à confidencialidade dos
resultados dos respectivos exames.
Os
exames são custeados pelas empresas e a regra vale para motoristas
profissionais de veículos de pequeno e médio portes, de ônibus urbanos,
metropolitanos e rodoviários e de cargas em geral.
Além
do número do exame toxicológico, o empregador deverá informar ao Caged a data
do exame, o CNPJ do laboratório, a unidade federativa do Conselho Regional de
Medicina e o número do CRM do médico.
O
exame toxicológico de que trata a portaria somente poderá ser realizado por
laboratórios acreditados pelo CAP-FDT (acreditação forense para exames
toxicológicos de larga janela de detecção do Colégio Americano de Patologia) ou
por acreditação concedida pelo Inmetro, de acordo com a Norma ABNT NBR ISO/IEC
17025, com requisitos específicos que incluam integralmente as "Diretrizes
sobre o Exame de Drogas em Cabelos e Pelos: Coleta e Análise", da
Sociedade Brasileira de Toxicologia, além de requisitos adicionais de
toxicologia forense reconhecidos internacionalmente.
A
exigência, segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, tem como objetivo
conferir mais efetividade ao cumprimento dos §§6º e 7º, do art. 168 da CLT, bem
como de sua regulamentação pela Portaria MTb nº 116/2015.
"Estamos
reforçando o apoio ao combate ao uso de drogas nas rodovias, protegendo o
trabalhador de excesso de jornadas e promovendo mais segurança nas nossas
estradas. É um reforço ao combate ao uso de drogas nas rodovias e uma proteção
ao trabalhador de excesso de jornadas. A sociedade toda é beneficiada com mais
segurança nas nossas rodovias", destaca o ministro.
As
empresas começaram a ser notificadas das mudanças no Caged no dia 6 de julho,
de modo que tivessem mais tempo para se adequar às novas regras. A empresa que
não declarar as informações exigidas no Caged fica inadimplente com o
Ministério do Trabalho e poderá sofrer multas previstas em lei.
O
coordenador Geral do Caged, Mario Magalhães, afirma que todos os recursos
necessários foram implementados para que as empresas não tenham dificuldades em
operar o sistema. "Contudo, é só a partir de agora que poderemos aferir os
resultados com precisão. Por enquanto, fomos procurados apenas para esclarecer
dúvidas das empresas", ressalta Magalhães.
Veja
as orientações do Ministério do Trabalho no
link
.
Fonte:
Ministério do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Tentativa de burlar lei trabalhista será penalizada
Publicado em
02/09/2017
às
15:00
Durante
palestra a entidades empresariais e sociais, em Lajeado (RS), Ronaldo Nogueira
assegurou que todos os direitos dos trabalhadores estão garantidos na
modernização da CLT
O
ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, voltou a sustentar, que os direitos dos
trabalhadores estão assegurados na modernização da legislação trabalhista e fez
um alerta: ninguém poderá usar as novas normas como justificativa para
descumprir a lei e desrespeitar os direitos dos trabalhadores. "Quem tentar
burlar a lei será notificado, será multado, será penalizado", advertiu, depois
de palestrar em reunião-almoço do Fórum das Entidades Empresariais e Sociais de
Lajeado (RS), no salão de eventos da Associação Comercial e Industrial do
município (Acil).
Durante
a palestra, Ronaldo Nogueira destacou que a modernização trará segurança
jurídica às empresas, na gestão dos relacionamentos com os trabalhadores.
"Não tem como manter a contribuição de impostos se não houver empreendedores.
Não haverá empregos se não houver empresas. A modernização da legislação
trabalhista foi construída com muito diálogo. O Brasil não podia esperar mais.
Nós precisamos unir o Brasil", falou o ministro, para um público de cerca
de 150 líderes empresariais, comunitários e políticos.
Ele
previu melhoras no mercado de trabalho, com geração de empregos. "O trabalhador
vai continuar com os mesmos direitos, sem nenhum prejuízo. Pelo contrário, nós
teremos segurança jurídica e, por consequência, mais geração de empregos, o que
é fundamental", ressaltou.
Segundo
o ministro, dos 39 milhões de empregos formais no Brasil, 85% são
proporcionados por micro e pequenos empresários. "Às vezes, são micro e
pequenas empresas que geram cinco empregos. É o pequeno empreendedor que paga
aluguel, pois não tem casa própria para morar, cujos filhos estudam em escola
pública, que está gerando emprego", comentou.
Modernidade
-
Segundo o ministro, quem disse que a
modernização eliminaria direitos é que vai ter de se manifestar, quando os
trabalhadores constatarem que continuarão usufruindo dos mesmos direitos que
tinham antes da reforma. A diferença é que a legislação aprovada vai
oportunizar a modernidade e as condições de ajustar o mercado conforme as
oportunidades que a própria modernidade oferece. "Precisamos oferecer trabalhos
conforme a realidade de hoje", declarou.
Um
dos objetivos da modernização, acrescentou o ministro, é tirar os trabalhadores
da informalidade, para que todos possam usufruir dos mesmos direitos daqueles
que têm carteira assinada. Nesse sentido, ele citou os profissionais de
Tecnologia da Informação (TI). "Muitos que trabalham principalmente na área de TI,
que vai ser contemplada pelo trabalho em casa, sairão da informalidade e
poderão ser contratados pela CLT para trabalhar na sua própria casa, por
produtividade", comentou.
Convenção
coletiva -
Ele também corrigiu a informação de que a
modernização promoverá a vigência do "acordado sobre o legislado". Segundo
Ronaldo Nogueira, esse foi um conceito amplamente propagado, mas não é isso que
diz a lei. "A lei vai prestigiar a convenção coletiva, dando força de lei à
convenção coletiva, para deliberar sobre determinados itens. São itens que
possibilitam ao trabalhador usufruir de uma forma mais vantajosa de seus
direitos", afirmou.
No
entanto, de acordo com o ministro, a convenção coletiva não poderá
desconstituir ou revogar direitos. "Ela possibilita que o trabalhador escolha a
forma mais vantajosa, mas somente sobre aqueles itens especificados na lei",
salientou.
A
convenção coletiva não poderá, por exemplo, deliberar sobre qualquer situação
que comprometa a saúde e a segurança do trabalhador, pois esses casos não são
definidos por acordos entre empresas e trabalhadores. "O ambiente insalubre
quem define, tecnicamente, é o próprio Ministério do Trabalho", destacou
Ronaldo Nogueira. "Algo que coloca em risco ou comprometa a saúde do
trabalhador não pode ser definido por uma convenção coletiva. Já existem
estudos técnicos que definem o que é ou o que não é uma atividade
insalubre."
A
modernização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi aprovada pelo
Senado Federal no último dia 11 de julho e sancionada pelo presidente Michel
Temer dois dias depois. A lei entrará em vigor na data da sua publicação, que
deve ocorrer até 120 dias após a sanção, valendo para todos os contratos de
trabalho no Brasil.
Fonte: Ministério
do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Alguns direitos dos empregados quanto a folgas no trabalho
Publicado em
21/08/2017
às
17:00
O empregado poderá
deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
I - até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de
trabalho e previdência social, viva sob sua dependência
econômica;
II - até três dias consecutivos, em virtude de
casamento;
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no
decorrer da primeira semana;
IV - por um dia, em cada doze meses de trabalho, em
caso de doação voluntária de sangue, devidamente comprovada;
V - até 2 dois dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar
eleitor, nos termos da lei respectiva
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do
Serviço Militar referidas na Lei do Serviço Militar.
VII - nos dias em que estiver comprovadamente
realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de
ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando
tiver que comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na
qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de
reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja
membro.
X - até dois dias para acompanhar consultas médicas
e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou
companheira;
XI - por 1 um dia por ano para acompanhar filho de
até seis anos em consulta médica.
Nota M&M:
Além das folgas acima,
previstas na CLT, poderá o acordo/convenção/dissídio coletivo da categoria
profissional prever outras folgas sem descontos salariais.
Fonte: M&M Assessoria
Contábil, com base no art. 473 da CLT
-
Lei da gorjeta regulamenta relação entre trabalhadores e empregadores
Publicado em
14/08/2017
às
17:00
Três meses após entrar em vigor, Lei da Gorjeta
reduz ações trabalhistas e beneficia quase 200 mil garçons
Apenas três meses após entrar em vigor, a lei
da gorjeta (3.419/2017) já provocou mudanças positivas na relação entre
profissionais e empregadores de bar, restaurantes, hotéis e similares. É o que
afirmam o presidente do Sindicato patronal de Brasília (Sindhobar), Jael
Antonio da Silva, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de São Paulo
(Sinsthoresp) e vice-presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores em
Turismo e Hospitalidade (Contratuh), Francisco Calasans Lacerda.
Para Jael Silva, desde a implantação da lei, no dia
12/05, houve uma queda significativa nas demandas trabalhistas na justiça em
razão de questionamentos sobre os repasses desses recursos aos trabalhadores.
"Percebemos que diminuíram as reclamações trabalhistas quanto ao pagamento
das gorjetas", ele comenta.
Já Francisco Lacerda destaca, sobretudo, os
benefícios para cálculos de aposentadoria. "A lei da gorjeta foi uma luta
de longa data da nossa categoria. Conseguimos melhorar a remuneração mensal do
trabalhador, pois os salários fixos costumam ser irrisórios, e garantimos uma
aposentadoria mais justa conforme nossa renda real em atividade".
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ressalta
que a lei deixou as regras definidas e claras tanto para trabalhador quanto
empregador, e que o consumidor também se beneficiou, uma vez que o pagamento
continuou sendo opcional. "O mais importante foi que a lei pacificou a
relação entre o dono do estabelecimento e o funcionário ao regulamentar a
gorjeta. Uma situação que existia de forma precária e gerava mais conflito do
que benefício. Hoje o consumidor paga se estiver satisfeito, os profissionais têm
os valores registrados na folha de pagamento e a sociedade ganha com o
recolhimento dos tributos", destaca o ministro.
Existem no Brasil 196.271 garçons, conforme a
última Relação Anual de Informações Anuais (Rais), de 2015. Destes, 53.834
estão em São Paulo; 25.578, Rio de Janeiro; 16.268, Minas Gerais; 12.526, Rio
Grande do Sul; 11.445, Bahia; 11.003, Paraná; 10.403, Santa Catarina; e 6.677
em Brasília.
A lei não definiu percentual da gorjeta. O comum é
ficar entre 10% a 15%. O valor recolhido é distribuído entre os profissionais
depois de descontados os encargos sociais. Para os estabelecimentos inscritos
no Simples Nacional, 20% dos recolhimentos em gorjetas são destinados para
encargos fiscais e 33% para empresas no regime de tributação padrão. O restante
da arrecadação é integralmente repassado aos funcionários. Exemplo: se o
funcionário receber R$ 1.000,00 mensais de gorjeta, os encargos incidirão sobre
R$ 800,00 (no caso da empresa enquadrada no Simples) e sobre R$ 670,00 (no caso
da empresa fora do Simples).
Antes de entrar em vigor a Lei nº 13.419/2017, as
gorjetas recebidas em bares e restaurantes não tinham destino definido e podiam
ser incorporadas ao faturamento das empresas. A lei deixa claro que a gorjeta
cobrada com o serviço ou dada de forma espontânea pelo consumidor pelos
serviços deve fazer parte da remuneração dos profissionais.
"A regulamentação da gorjeta promoveu clima
mais harmonioso dentro dos estabelecimentos. Todos trabalham mais e melhor. E a
empresa ganha com a eficiência nos serviços e no atendimento ao cliente",
pondera Lacerda.
Vale lembrar que, caso haja descumprimento das
normas, a empresa terá de pagar multa de 1/30 da média da gorjeta por dia de
atraso.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Saiba quais são os direitos trabalhistas dos pais no mercado de trabalho
Publicado em
13/08/2017
às
16:00
Eles
têm cinco dias de licença-paternidade, que pode ser estendida para 20 dias,
caso a empresa participe do Programa Empresa Cidadã
Poder
ficar com o filho recém-nascido nos primeiros dias de vida e levar o filho ao
médico até os seis anos de idade, no horário de trabalho. Esses são alguns dos
direitos dos trabalhadores previstos na legislação brasileira. E neste Dia dos
Pais, saiba mais sobre esses e outros direitos conquistados pelos
trabalhadores.
Licença-paternidade
É
o principal direito trabalhista previsto na legislação. De acordo com a Lei
13.257/16, os pais têm direito a até 20 dias de licença se trabalhar para
empresa que participe do Programa Empresa Cidadã. Para quem é servidor público
federal, vale o Decreto 8.737/16, que instituiu o Programa de Prorrogação da
Licença-Paternidade para servidores regidos pela Lei 8.112/90, que ampliou para
15 dias, além dos cinco já previstos.
Algumas
categorias profissionais já conquistaram o direito ampliado de
licença-paternidade a partir de acordos e dissídios. Por isso, é importante que
o trabalhador consulte seu sindicato para obter mais informações.
Afastamento
para acompanhar consultas
Para
acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de
gravidez da esposa ou companheira, o futuro pai tem direito a até dois dias de
afastamento remunerado, segundo a Lei 13.257/16. Além disso, pode faltar um dia
de trabalho por ano para acompanhar o filho até seis anos de idade.
Licença-maternidade
para pais
Na
da Adoção e também no caso de filho natural, concede licença-maternidade a
apenas um dos adotantes. Também em caso de morte da mãe é assegurado ao pai
empregado o gozo de licença por todo o período de licença-maternidade e pelo
tempo restante que a mãe teria, direito exceto em caso de morte ou abandono do
filho.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Dados de exame toxicológico de motoristas profissionais serão exigidos a partir de 13/9/2017
Publicado em
11/08/2017
às
17:00
Ao elaborar o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) a partir de 13 de setembro de 2017, a empresa que contratou ou dispensou
motoristas profissionais terá de preencher mais alguns campos para informar os
dados dos exames toxicológicos realizados por esses empregados. A avaliação é
obrigatória no País há pouco mais de um ano.
Instituídas pela Portaria nº 945/17, do
Ministério do Trabalho, as novas regras determinam que sejam informados o
código e a data do exame, o CNPJ do laboratório e o número de inscrição do
médico encarregado no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Ainda de acordo com a norma, a exigência aplica-se a
motoristas de veículos de pequeno e médio porte, de ônibus urbanos,
metropolitanos e rodoviários e de veículos de carga em geral, que integram,
respectivamente, as famílias 7823, 7824 e 7825 da Classificação Brasileira de
Ocupações.
Fonte:
Contas em Revista
-
Quanto maior a escolaridade, menor o desemprego
Publicado em
08/08/2017
às
18:00
Dados
mostram que trabalhadores com ensino médio e superior sofrem menos com o
fechamento de vagas
Os
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) confirmam: quem
tem mais escolaridade sofre menos com o desemprego. De janeiro a maio deste
ano, quando o emprego formal começou a apresentar saldos positivos, apenas os
trabalhadores que tinham até o ensino fundamental (completo ou incompleto) não
acompanharam esse crescimento. Entre as pessoas com ensino médio e ensino
superior, mesmo incompleto, o saldo de vagas foi positivo.
O
melhor desempenho foi entre trabalhadores com ensino superior. Nos primeiros
cinco meses de 2017, eles acumularam 84,65 mil novos postos. Aqueles com ensino
médio fecharam o período com um saldo positivo de 43,1 mil vagas. E os
trabalhadores que tinham até o ensino fundamental registraram um resultado
negativo de 102,5 mil colocações formais.
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, diz que os números confirmam o que o
governo já vem trabalhando para resolver. "Por isso que o Ministério do
Trabalho investe cada vez mais na qualificação dos trabalhadores. Nós sabemos
que essa é uma das dificuldades e estamos trabalhando para levar esse
equilíbrio ao mercado de trabalho", afirma o ministro.
Se
for considerado apenas o mês de maio, quando trabalhadores de todas as faixas
etárias tiveram desempenho positivo, os trabalhadores com escolaridade superior
apresentaram melhor desempenho. O saldo de empregos dos trabalhadores com
ensino superior (completo ou incompleto) correspondeu a 4,5% das admissões,
enquanto que para os empregados com até o ensino fundamental completo foi equivalente
a 3,7% das contratações e para os empregados com ensino médio (completo ou
incompleto), 2,0% das admissões.
No
acumulado dos últimos 12 meses, quando todos os trabalhadores sofreram com os
saldos negativos de emprego formal, os que tinham escolaridade maior, foram os
menos prejudicados, com o encerramento de 54,36 mil postos. Entre os
trabalhadores com ensino médio o saldo ficou negativo em 249,97 mil, e os que
tinham ensino fundamental sofreram com o fechamento de 583,28 mil vagas, o
maior número entre as três classificações.
Setores
Se observados os resultados dos setores de atividade econômica também há
diferença entre os graus de escolaridade. Em maio, trabalhadores com ensino
superior tiveram um resultado melhor na área de Serviços, onde foram criados
6,4 mil empregos formais para esses trabalhadores. No Comércio, foram abertas
1,4 mil vagas e na Administração Pública, 954.
Para
os trabalhadores com ensino médio, os saldos mais positivos foram registrados
na Agropecuária (9,9 mil), nos Serviços (5,7 mil), na Indústria da
Transformação (3,1 mil postos) e Construção Civil (1,4 mil postos). E as
pessoas sem escolaridade ou com ensino fundamental apresentaram desempenho
positivo apenas na Agropecuária, que abriu 36 mil postos para esses
trabalhadores, e nos Serviços Industriais de Utilidade Pública (apenas 141
postos).
Recorte
Regional
Os estados que abriram o maior número de vagas para trabalhadores que estudaram
até o ensino fundamental, em maio, foram Minas Gerais (13,21 mil), São Paulo
(7,46 mil), Espírito Santo (3,26 mil) e Bahia (2,66 mil). Esse resultado pode
ser em função das contratações do setor Agropecuário, que atingem especialmente
essa faixa de trabalhadores e teve desempenho positivo no último mês devido às
culturas do café, laranja e cana-de-açúcar, que são fortes nesses
estados.
Os estados com maior saldo de vagas para trabalhadores com ensino médio foram
Minas Gerais (8,52 mil), São Paulo (7,10 mil), Goiás (4,42 mil), Mato Grosso
(1,88 mil), Paraná (1,87 mil) e Santa Catarina (869). Os melhores saldos de
trabalhadores com ensino superior foram registrados em São Paulo (2,70 mil),
Paraná (1,28 mil), Minas Gerais (1,20 mil), Santa Catarina (1,12 mil), Goiás
(595) e Rio Grande do Sul (363).
Saldo
do Emprego por Grau de Instrução - Brasil
|
MAIO/2017
|
ACUMULADO
DO ANO
|
|
ADMITIDOS
|
DESLIGADOS
|
SALDO
|
ADMITIDOS
|
DESLIGADOS
|
SALDO
|
Até
Fundamental Completo[1]
|
289.896
|
-279.223
|
10.673
|
1.332.670
|
-1.435.153
|
-102.483
|
Ensino
Médio[2]
|
788.952
|
-773.406
|
15.546
|
3.908.834
|
-3.865.765
|
43.069
|
Ensino
Superior[3]
|
163.585
|
-155.551
|
8.034
|
880.204
|
-795.557
|
84.647
|
Total
|
1.242.433
|
-1.208.180
|
34.253
|
6.121.708
|
-6.096.475
|
25.233
|
[1]
Agregação das categorias "analfabeto", "Até 5a. Incompleto", "5a. Completo
Fundamental", "6a. a 9a. Fundamental" e "Fundamental Completo".
[2]
Agregação das categorias"ensino médio completo" e"ensino médio incompleto".
[3]
Agregação das categorias "ensino superior completo" e "ensino superior
incompleto".
Fonte: Ministério
do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
País tem terceiro mês seguido de saldo positivo na criação de empregos
Publicado em
29/07/2017
às
17:00
Expansão
foi de 9.821 novos postos de trabalho em junho, segundo dados do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados divulgado pelo Ministério do Trabalho
O
Brasil fechou o mês de junho/2017 com novo saldo positivo na criação de
empregos. Foram abertos 9.821 postos de trabalho, em todo o país - uma variação
de +0,03% em relação ao estoque do mês anterior. Esta foi a terceira expansão
consecutiva e a quarta registrada este ano, segundo dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (17) pelo
Ministério do Trabalho, em Brasília. Confira aqui. "Este resultado confirma,
mais uma vez, a tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho do
Brasil", comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O
resultado de junho reflete a diferença entre 1.181.930 admissões e 1.172.109
desligamentos. No acumulado do ano, o crescimento chega a 67.358 vagas abertas,
representando expansão de 0,18% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Em
igual período de 2016, o saldo foi negativo em -531.765.
No
acumulado dos últimos 12 meses, o Caged ainda aponta uma redução de 749.060
postos de trabalho, mas na comparação entre o saldo positivo de junho de 2017
(+9.821 postos) com o mesmo mês do ano passado (-91.032 postos) e de 2015
(-11.199 postos), a recuperação do mercado de trabalho se mostra significativa.
"São números que nos dão a certeza de que, depois de dois anos de saldos
negativos, o Brasil está voltando aos trilhos do crescimento, com a abertura de
novas vagas para os trabalhadores", disse o ministro.
Setorial
-
O saldo positivo de junho foi impulsionado por dois setores. A Agropecuária
fechou o mês com 36.827 novos postos (+2,29%), repetindo o bom desempenho de
maio, quando já havia registrado saldo positivo de 46.049 novos postos de
trabalho. Mais uma vez, o cultivo de café foi o carro-chefe do crescimento, com
10.804 postos criados, principalmente em Minas Gerais.
Também se destacaram os subsetores de atividades de apoio à agricultura, que
teve 10.645 vagas abertas, concentrado em São Paulo; cultivo de laranja, que
abriu 7.409 postos, também concentrado em São Paulo; e o cultivo de soja, que
teve 2.480 novas vagas, principalmente em Mato Grosso.
O
outro destaque setorial foi a Administração Pública, que fechou o mês com a
criação de 704 novas vagas de emprego (+0,08%). Já os demais setores
apresentaram redução: Construção Civil, com -8.963 postos (-0,40%), Indústria
de Transformação, com -7.887 postos (-0,11%), Serviços, com -7.273 postos
(-0,04%), e Comércio, com -2.747 postos (-0,03%).
Na
Indústria de Transformação, no entanto, três subsetores se destacaram com
saldos positivos. O número de contratações foi maior que o de desligamentos na
indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com +3.772 postos
(+0,20%); indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos, com +1.376
postos (+0,16%); e indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários,
perfumaria, com +735 postos (+0,08%).
No
setor de serviços, também houve criação de novas vagas no subsetor de serviços
médicos, odontológicos e veterinários, que teve 7.266 novos postos abertos.
Regiões
e Estados
- O desempenho regional do emprego com
carteira, em junho, mostra que o Sudeste liderou a criação de vagas, com 9.273
novos postos (+0,05%). O desempenho da região foi puxado por Minas Gerais, que
teve saldo positivo de 15.445 postos, graças à expansão dos setores de
Agropecuária (+17.161 postos) e Serviços (+901 postos).
Outro
destaque entre as regiões foi o Centro-Oeste, que abriu 8.340 vagas (+0,26%).
Nesse caso, o saldo positivo foi impulsionado pelo Mato Grosso, com 5.779 vagas
abertas, principalmente nos setores de Agropecuária (+2.614), Comércio
(+1.070), Serviços (+761), Construção Civil (+757) e Indústria de Transformação
(+531). Goiás também teve forte expansão, com 4.795 novos postos, refletindo o
desempenho de Indústria de Transformação (+2.117), Serviços (+1.486) e
Construção Civil (+628).
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Entender o empregado é saída para eliminar a baixa produtividade
Publicado em
26/07/2017
às
17:00
O que sentimentos
como inveja, orgulho e medo tem a ver com produtividade? Segundo o empresário
contábil e máster coach Juliano Francisco, tudo. E é a partir deste olhar que é
possível entender a complexidade do assunto. Pensar a produtividade como horas
de trabalho a mais ou cursos de especialização oferecidos pelas empresas é, no
mínimo, simplista. O ser humano é complexo e torná-lo altamente produtivo,
também.
"Todos temos sentimentos que, num primeiro momento, podemos enxergá-los
como negativos e transmitimos isso no ambiente de trabalho. Então cabe ao
gestor potencializar o lado bom de um sentimento que seria ruim", explica
Francisco. A teimosia, por exemplo, faz com que um determinado profissional se
imagine o "dono da razão", mas potencializada de forma correta se
exprime em ações de determinação torna a pessoa mais envolvida no ambiente
profissional e ela "faz chover no deserto".
Mas atingir isso demanda esforço por parte do empregador. O especialista ouvido
pelo Sescap-Ldr salienta que "a empresa precisa ter metas e objetivos
bastante claros e alinhar isso com o colaborador. Isso cria envolvimento do
empregado com o local de trabalho e torna a equipe mais engajada". Uma das
formas que a empresa tem de se conseguir isso é compreender as dificuldades de
seus colaboradores que corroboram para a queda de produtividade. "Se o
local de trabalho será reformado ou a empresa passará por mudanças, avise-os
com antecedência, se passam por dificuldades financeiras, ofereça um curso de
finanças pessoais; para os dias mais tensos, dê uma sessão com um
massoterapeuta no próprio ambiente de trabalho", enumera.
Nelson Barizon, diretor administrativo do Sescap-Ldr, utiliza como exemplo o
atual cenário de crise em que muitas empresas passam por dificuldades que afetam
diretamente sua saúde financeira, o que reflete no alto índice de desemprego
que já atinge 14,2 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). "Talvez seja o momento de ver as coisas e
ao invés de dizer 'por quê?', talvez possamos dizer 'por que não?'. E isto vale
para cada indivíduo, indagar-se, avaliar e se reinventar.
Para a empresa não é
diferente. Olhar para dentro de sua equipe e avaliar os potenciais existentes e
explorar estas habilidades em busca de resultados. Faça um planejamento real de
suas potencialidades em parceria com seus colaboradores, capacitando-os,
incentivando-os para o protagonismo desta virada de situação, com as variáveis
e realidade que estão sobre o domínio de sua organização".
Saindo do campo subjetivo e indo aos números, Francisco afirma que quatro
trabalhadores brasileiros produzem o mesmo que um trabalhador americano. A
informação é referendada pelo Conference Board, uma organização americana que
reúne aproximadamente 1200 empresas públicas e privadas de 60 países e
pesquisadores. O máster coach acredita que, entre os fatores, que deixam o
Brasil comendo poeira está a flexibilidade das leis trabalhistas dos EUA em
relação às nossas. Mas não é só isso, é também comportamental. "O americano
é focado em resultado, em metas. O brasileiro é focado em direitos e
bem-estar".
Isso significa que não só o empregador tem responsabilidade em tornar o
ambiente de trabalho mais produtivo, como o empregado também tem sua fatia de
culpa para a baixa produtividade. Tendo em vista isso, é preciso atentar-se a
comportamentos considerado tóxicos e que apontam para a baixa autoestima no
meio corporativo.
"O uso excessivo de redes sociais, dentro e fora do expediente, e a
ingestão descontrolada de alimentos e bebidas alcoólicas são sinais desse
descontrole emocional que está ligado, em muitos casos, ao ambiente de trabalho",
conclui Francisco.
Fonte: Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações,
Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (Sescap-Ldr)/Folha de
Londrina
-
Sine Fácil
Publicado em
18/07/2017
às
17:00
O Sine Fácil é um aplicativo mobile,
disponível para dispositivos Android e futuramente para sistemas iOS.
O Sine Fácil pode ser instalado em celulares e tablets
(disponível para o sistema Android e futuramente para iOS), permitindo que as
pessoas acessem vagas de emprego, busquem informações sobre Abono Salarial,
acompanhem os pagamentos de parcelas do Seguro-Desemprego e visualizem os
vínculos empregatícios.
Para utilizar o aplicativo pela primeira vez, o trabalhador
precisa de um código de acesso (QR Code), que é fornecido em qualquer unidade
do Sine, nas agências próprias do Ministério do Trabalho ou então pelo site
Emprega Brasil (empregabrasil.mte.gov.br) - caso o trabalhador tenha sido
atendido no Sine em algum momento e já tenha cadastro na rede.
- Veja
aqui o passo a passo para baixar o aplicativo
- Veja
aqui as dúvidas mais frequentes sobre o aplicativo
50 mil vagas diárias
Com o acesso liberado, o trabalhador pode consultar as cerca de 50 mil vagas
diárias, de todo o país, que o Sine disponibiliza no aplicativo. A inserção das
vagas pode ser acompanhada em tempo real. Com o uso do aplicativo pelos
trabalhadores, as filas dos postos do Sine devem ser reduzidas, desafogando o
atendimento, já que os cadastrados no sistema são alcançados via internet, com
a possibilidade de acesso em qualquer hora e em qualquer lugar.
Vantagens
1- O trabalhador tem acesso às vagas de emprego de acordo com o seu perfil
profissional, sem precisar ir até um posto de atendimento do Sine;
2- O trabalhador pode agendar entrevistas diretamente com o empregador;
3- É possível receber pelo aplicativo as notificações sobre Seguro-Desemprego e
demais comunicados do Ministério do Trabalho;
4- Trabalhador tem acesso às informações do Abono Salarial;
5- Trabalhador também acesso ao histórico de vínculos empregatícios que podem
auxiliar nas informações
para o saque do FGTS.
PORTAL EMPREGA BRASIL
O Emprega Brasil é um portal com o conceito de autosserviços, que aproxima os
cidadãos dos serviços do Sistema Nacional de Emprego (Sine).
Endereço: https://empregabrasil.mte.gov.br/
Fonte: Ministério do Trabalho / Assessoria
de Imprensa. Adaptado por www.MMcontabilidade.com.br
-
Redes sociais, uma extensão do currículo
Publicado em
17/07/2017
às
17:00
A utilização das redes
em processos de seleção e recrutamento tem se tornado cada vez mais comum.
Especialistas recomendam cuidado com a imagem e cautela com posts
As fotos daquela última
festa que foram parar nas redes sociais podem custar seu próximo emprego. É
cada vez mais comum a utilização das redes nos processos de recrutamento e
seleção de profissionais, seja na divulgação de oportunidades ou em consultas
ao perfil dos candidatos. Especialistas garantem que, esteja você procurando
emprego ou não, zelar pela imagem nas redes sociais é tão importante quanto ter
um bom currículo.
Uma pesquisa feita pelo CareerBuilder, site norte-americano de carreiras, com
mais de 5 mil empregadores, mostrou que 60% deles usam as redes sociais para
pesquisar candidatos nos Estados Unidos. E, muitas vezes, eles não gostam nada
do que encontram por lá: entre os que pesquisam a vida dos candidatos online,
49% dizem ter encontrado ali informações para desistir da contratação.
Mesmo que você não esteja planejando trocar de emprego, cautela e canja de
galinha não fazem mal a ninguém: 41% dos entrevistados dizem usar as redes
sociais para pesquisar os atuais funcionários - e 26% dizem já ter encontrado
conteúdo que os levou a repreender ou demitir um empregado.
Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, Youtube, Google+, Snapchat, Tumbrl,
Pinterest. O rol de redes sociais é cada vez mais extenso, mas, algumas delas
são mais utilizadas pelos recrutadores. "Facebook e LinkedIn acabam
centralizando esse processo porque estão entre as mais utilizadas. Instagram e
Twitter, por exemplo, são redes menos personalizadas pelas pessoas",
explica Juliana Palermo, coordenadora de marketing da Randstad.
A Randstad, uma das maiores companhias de Recursos Humanos no mundo, não tem,
segundo Palermo, a prática de "investigar" comportamentos de candidatos
nas redes, mas ela garante que isso é bastante comum em outras consultorias.
"Nós utilizamos as redes muito mais para captação de candidatos e
divulgação de vagas do que para pesquisa de perfil do candidato. Mas muitas
empresas fazem isso: utilizam essas ferramentas para analisar se o candidato é
adequado ou não", explica.
Por isso, apesar de muita gente pensar as redes sociais apenas como ferramenta
de descontração, é preciso ter ali os mesmos cuidados que se teria diante de um
chefe ou potencial empregador. "Tem que ter cuidado com o comportamento e
até o tipo de foto que se coloca no perfil. Pelo menos no LinkedIn, que é uma
rede profissional, tem que ser uma foto mais corporativa, com roupa de
trabalho, em um ambiente adequado", sugere Palermo.
Outra sugestão da coordenadora é preencher o perfil de forma estratégica.
"Eu vejo muito no LinkedIn pessoas colocando 'desempregado' na ocupação.
Isso não posiciona esse profissional. Quando eu vou fazer uma busca de
candidato, eu procuro, por exemplo, por um profissional de marketing, esteja
ele empregado ou não. Não procuro por um desempregado", pondera.
Mesmo no Facebook, que é uma rede mais pessoal, é preciso ter cuidado com o
tipo de exposição. "As fotos postadas muitas vezes colocam as pessoas em
situações ridículas, fotos em que a pessoa aparece embriagada, por
exemplo", afirma.
O conteúdo postado nas redes também revela muito sobre a personalidade das
pessoas e, por isso, também deve passar pelo filtro da cautela. Posts com viés
preconceituoso, racista, intolerante não são bem vistos. "Não quero dizer
que as pessoas não podem revelar suas opiniões nas redes, mas que isso não seja
de forma preconceituosa. No LinkedIn, tenho minhas ressalvas: opiniões sobre
assuntos que não sejam profissionais devem ficar fora dali", argumenta.
Fonte: Folha de Londrina/Juliana
Gonçalves
-
A contratação de pessoas com deficiência é uma grande oportunidade para empresas e organizações
Publicado em
16/07/2017
às
17:00
A
contratação de pessoas com deficiência (PcD) no mercado de trabalho pode trazer
muitos benefícios à equipe, mas até hoje é um desafio mesmo sendo uma exigência
legal. Como toda medida afirmativa, a lei ainda não é uma realidade para a
maior parte das empresas. Apesar disso, dados da Relação Anual de Informações
Sociais (Rais) de 2015 apontam que 403.255 novas vagas foram criadas para PCDs.
Desde 1991 existe a Lei 8.213, conhecida como lei de cotas, que obriga as
empresas com mais de 100 funcionários a contratarem pessoas portadoras de
deficiências. A lei prevê que uma determinada quantidade de vagas, que varia de
2% a 5% do número total de funcionários, deve ser reservada para pessoas com
deficiência. O objetivo é dar oportunidade para que estas pessoas voltem a
fazer parte da sociedade.
Mesmo realizando diversas ações para fazer com que as empresas cumpram a
legislação, o Ministério do Trabalho revela que, se todas obedecessem o que
determina a lei, pelo menos 764 mil postos de trabalho estariam disponíveis
para pessoas com deficiência.
Segundo o coordenador-geral da Secretaria de Relações do Trabalho (SRT),
Antonio Artequilino, a questão da inclusão de PcDs é uma oportunidade incrível
para as empresas e organizações. Estudos mostram que promover a diversidade no
mercado de trabalho traz muitos benefícios. A heterogeneidade enriquece a
dinâmica grupal. "As pessoas são diferentes, seja como pensam, reagem ou por
suas limitações. Mas existe uma barreira promovida pelo preconceito que só será
superada por meio da educação", revelou.
Para receber uma pessoa com deficiência, a empresa precisa fazer algumas
adaptações, como instalações de rampas, de banheiros adaptados para cadeiras de
rodas, de sinais sonoros e instruções em braille para deficientes visuais,
entre outras. As maiores adaptações, no entanto, estão relacionadas a questões
comportamentais. Os empregados não sabem lidar com as diferenças, a maioria não
tiveram oportunidades de conviver com pessoas com deficiência. Por isso, a
sensibilização de gestores e funcionários é fundamental.
A pessoa com deficiência pode trazer muitos benefícios para a organização. Seu
potencial de produtividade pode ser igual ou superior à média dos outros
trabalhadores. Além disso, a equipe terá muitos aprendizados sobre inclusão e
cooperação. "É importante deixar claro que a pessoa com deficiência tem de ser
vista como um ser humano capaz de desempenhar funções, desenvolver suas
habilidades. A aceitação das limitações nos humaniza", disse Artequilino.
Do
ponto de vista de desempenho profissional, os funcionários deficientes deverão
ser avaliados da mesma maneira que qualquer outro funcionário. O que será
preciso avaliar permanentemente é o programa de inclusão em si: devem ser
revistas periodicamente as fontes de recrutamento, os métodos de seleção e
treinamento e as ações de sensibilização e integração, visando melhorar
continuamente o programa. De acordo com Artequilino, é importante saber que a
experiência exigida de um empregado "dito normal" não pode ser a mesma exigida
de um trabalhador com deficiência.
Ano após ano, as políticas de inclusão procuram eliminar preconceitos,
estereótipos e atitudes de gestores, entrevistadores ou colegas de trabalho que
desvalorizam o direito das pessoas com deficiência de terem um trabalho de
igual importância com os demais trabalhadores sem deficiência. Investir em
informações que desmitifiquem tais preconceitos ainda é um ponto fundamental
para garantir a existência de um ambiente de trabalho justo e inclusivo para os
profissionais com deficiência ou usuários reabilitados pela Previdência Social.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Em cinco anos, aumenta participação de idosos no mercado formal de trabalho
Publicado em
11/07/2017
às
14:00
Entre
50 e 64 anos, aumento foi de 30% entre 2010 e 2015; acima dos 65 anos,
crescimento foi de 58,8% no mesmo período
O
número de pessoas entre 50 e 64 anos no mercado formal de trabalho cresceu
quase 30% entre 2010 e 2015, de acordo com dados da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais). Em 2010, havia 5.899.157 trabalhadores com carteira
assinada nessa faixa etária; em 2015, eram 7.660.482. Também houve aumento na
faixa etária acima de 65 anos. Em 2010, 361.387 trabalhadores ocupavam vagas
formais de trabalho. O número subiu para 574.102, um aumento de 58,8%.
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que a inserção das pessoas de
mais idade ao mercado de trabalho é boa porque permite aos profissionais com
mais experiência e em idade produtiva contribuírem para o crescimento do país.
"Estamos envolvidos nessa causa contra a discriminação no mercado de trabalho,
sobretudo em relação ao idoso trabalhador", disse Nogueira.
Continuar
trabalhando depois de aposentado, seja para aumentar a renda familiar, seja
para dar um novo sentido ao tempo livre, pode trazer benefícios a todos os
envolvidos, afirma o coordenador de Relações do Trabalho, Antônio Artequilino
da Silva.
"A
empresa que contrata um aposentado se beneficia com o aporte de conhecimento
que essa pessoa acumulou durante toda uma vida. Além da maturidade,
responsabilidade, confiança, pontualidade entre outras vantagens. E a
integração e a interação entre diferentes gerações fortalece a equipe de
trabalho", diz.
Retornar
à ativa, porém, nem sempre é uma situação simples para as pessoas acima dos 50
anos ou aposentados. Um dos problemas recorrentes para o
trabalhador é o preconceito. "Pagar salário menor por questão de
idade é um tipo de violência contra a pessoa idosa que precisamos mudar",
adverte o coordenador-geral de Relações do Trabalho.
Outra
situação é de legislação. É obrigatória a contribuição previdenciária mesmo
para quem já conquistou a aposentadoria. Quanto à possibilidade de
desaposentação, o coordenador-geral de Fiscalização, Thiago Laporte, lembra que
esse recurso foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal
(STF).
A
legislação trabalhista, no entanto, assegura ao aposentado que volta ao mercado
de trabalho todos os direitos dos demais trabalhadores: férias, 13º e
salário-família. Porém, ele não tem acesso ao auxílio-acidente e
auxílio-doença.
Nova
divisão
Já
está em andamento na Coordenadoria Geral de Fiscalização do MTb a criação de
uma nova divisão para cuidar de questões de discriminação, entre elas a contra
idosos no mercado de trabalho.
O
coordenador-geral de Fiscalização informa que a expectativa é ter uma atenção
maior do MTb no combate ao preconceito no ambiente de trabalho. "A divisão
de combate às discriminações já foi criada e só aguarda a publicação da
portaria para começar a funcionar", explica Laporte.
Setores
que mais empregam
Dados
da Rais mostram que o setor de serviço tem mais receptividade aos mais
experientes. Quase 2,6 milhões de trabalhadores de 50 a 64 anos estavam
empregadas com carteira de trabalho no segmento em 2015. Outros 200.481
trabalhadores tinham mais de 65 anos.
No
mesmo ano, a administração pública empregava 2,5 milhões de pessoas entre 50 e
64 anos (outros 209.851 com mais de 65 anos), seguido da indústria de
transformação (923 mil empregados entre 50 e 64 anos e mais 50,5 mil acima de
65 anos) e do comércio (864 mil dos 50 aos 64 anos e 52 mil com mais de 65
anos).
Desemprego
Apesar
do crescimento na participação no mercado de trabalho entre 2010 e 2015, a
faixa acima dos 50 anos foi uma das mais atingida pelo desemprego no acumulado
nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregado e
Desempregado (Caged). Mais de 2 milhões de pessoas de 50 a 64 anos perderam o
emprego nesse período e 99,2 mil acima de 65 anos foram desligados. No mesmo
período, houve 931.413 mil contratações de pessoas nas duas faixas
etárias.
Fonte: Ministério do Trabalho
/Assessoria de Imprensa
Entre
50 e 64 anos, aumento foi de 30% entre 2010 e 2015; acima dos 65 anos,
crescimento foi de 58,8% no mesmo período
O
número de pessoas entre 50 e 64 anos no mercado formal de trabalho cresceu
quase 30% entre 2010 e 2015, de acordo com dados da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais). Em 2010, havia 5.899.157 trabalhadores com carteira
assinada nessa faixa etária; em 2015, eram 7.660.482. Também houve aumento na
faixa etária acima de 65 anos. Em 2010, 361.387 trabalhadores ocupavam vagas
formais de trabalho. O número subiu para 574.102, um aumento de 58,8%.
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que a inserção das pessoas de
mais idade ao mercado de trabalho é boa porque permite aos profissionais com
mais experiência e em idade produtiva contribuírem para o crescimento do país.
"Estamos envolvidos nessa causa contra a discriminação no mercado de trabalho,
sobretudo em relação ao idoso trabalhador", disse Nogueira.
Continuar
trabalhando depois de aposentado, seja para aumentar a renda familiar, seja
para dar um novo sentido ao tempo livre, pode trazer benefícios a todos os
envolvidos, afirma o coordenador de Relações do Trabalho, Antônio Artequilino
da Silva.
"A
empresa que contrata um aposentado se beneficia com o aporte de conhecimento
que essa pessoa acumulou durante toda uma vida. Além da maturidade,
responsabilidade, confiança, pontualidade entre outras vantagens. E a
integração e a interação entre diferentes gerações fortalece a equipe de
trabalho", diz.
Retornar
à ativa, porém, nem sempre é uma situação simples para as pessoas acima dos 50
anos ou aposentados. Um dos problemas recorrentes para o
trabalhador é o preconceito. "Pagar salário menor por questão de
idade é um tipo de violência contra a pessoa idosa que precisamos mudar",
adverte o coordenador-geral de Relações do Trabalho.
Outra
situação é de legislação. É obrigatória a contribuição previdenciária mesmo
para quem já conquistou a aposentadoria. Quanto à possibilidade de
desaposentação, o coordenador-geral de Fiscalização, Thiago Laporte, lembra que
esse recurso foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal
(STF).
A
legislação trabalhista, no entanto, assegura ao aposentado que volta ao mercado
de trabalho todos os direitos dos demais trabalhadores: férias, 13º e
salário-família. Porém, ele não tem acesso ao auxílio-acidente e
auxílio-doença.
Nova
divisão
Já
está em andamento na Coordenadoria Geral de Fiscalização do MTb a criação de
uma nova divisão para cuidar de questões de discriminação, entre elas a contra
idosos no mercado de trabalho.
O
coordenador-geral de Fiscalização informa que a expectativa é ter uma atenção
maior do MTb no combate ao preconceito no ambiente de trabalho. "A divisão
de combate às discriminações já foi criada e só aguarda a publicação da
portaria para começar a funcionar", explica Laporte.
Setores
que mais empregam
Dados
da Rais mostram que o setor de serviço tem mais receptividade aos mais
experientes. Quase 2,6 milhões de trabalhadores de 50 a 64 anos estavam
empregadas com carteira de trabalho no segmento em 2015. Outros 200.481
trabalhadores tinham mais de 65 anos.
No
mesmo ano, a administração pública empregava 2,5 milhões de pessoas entre 50 e
64 anos (outros 209.851 com mais de 65 anos), seguido da indústria de
transformação (923 mil empregados entre 50 e 64 anos e mais 50,5 mil acima de
65 anos) e do comércio (864 mil dos 50 aos 64 anos e 52 mil com mais de 65
anos).
Desemprego
Apesar
do crescimento na participação no mercado de trabalho entre 2010 e 2015, a
faixa acima dos 50 anos foi uma das mais atingida pelo desemprego no acumulado
nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregado e
Desempregado (Caged). Mais de 2 milhões de pessoas de 50 a 64 anos perderam o
emprego nesse período e 99,2 mil acima de 65 anos foram desligados. No mesmo
período, houve 931.413 mil contratações de pessoas nas duas faixas
etárias.
Fonte: Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Pelo 2º mês consecutivo, Brasil tem desempenho positivo na geração de empregos
Publicado em
24/06/2017
às
17:00
Em
maio de 2017, 34.253 novos postos de trabalho formal foram criados no país
Pelo
segundo mês consecutivo, e pela terceira vez este ano, o Brasil teve saldo
positivo na geração de empregos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério do
Trabalho, 34.253 novos postos de trabalho formal foram abertos em maio, um
aumento de 0,09% em relação a abril. O resultado também foi positivo se
considerados os números de janeiro a maio. No acumulado do ano, houve um
crescimento de 48.543 postos de trabalho, representando uma expansão de 0,13%
em relação ao estoque de empregos que havia em dezembro de 2016.
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, avalia que, aos poucos, o país vem
recuperando os empregos fechados nos últimos anos devido às crises econômica e
política registradas no país. "O governo federal tem feito um esforço grande e
constante para adotar medidas que incentivem a geração de empregos. E o
resultado nós temos visto no desempenho do Caged desde o ano passado, mas,
sobretudo, nos últimos meses", afirma.
Setores
Dos
oito principais setores da economia, quatro tiveram desempenho positivo. O
principal foi a Agropecuária, que gerou 46.049 novos postos de trabalho, um
crescimento de 2,95%. As culturas responsáveis por esse resultado foram o café,
sobretudo em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo; e a cana-de-açúcar, em São
Paulo e no Rio de Janeiro.
Os
outros setores com performance positiva foram os Serviços, que
tiveram acréscimo de 1.989 postos (+0,01%); a Indústria de Transformação, com
1.433 vagas a mais (+0,02%); e a Administração Pública, que gerou 955 vagas
formais (+0,11%). Tiveram saldo negativo os setores do Comércio, que fechou
11.254 postos (-0,13%); da Construção Civil, com 4.021 vagas a menos (-0,18%);
da Indústria Extrativa Mineral, com resultado negativo de 510 postos (-0,26%);
e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública, que fecharam 387 vagas
(-0,09%).
Desempenho
regional
A
região que mais gerou empregos em maio foi o Sudeste, com a criação de 38.691
postos de trabalho formal. Os estados que se destacaram foram Minas Gerais, que
teve saldo positivo de 22.931 postos, e São Paulo, que gerou 17.226 novas
vagas. Esses resultados se devem principalmente ao aumento na oferta de vagas
formais na Agropecuária, Serviços e Indústria.
A
segunda região com maior crescimento no nível de emprego foi o Centro-Oeste,
com acréscimo de 6.809 postos, seguida do Nordeste, com saldo positivo de 372
vagas. Em contrapartida, houve retração nas regiões Norte (-1.024 postos) e Sul
(-10.595).
Fonte: Ministério do
Trabalho/ Assessoria de Imprensa
-
Justiça do Trabalho penhora sede de empresa
Publicado em
19/06/2017
às
13:00
Especialistas mostram
preocupação com precedente criado, já que a manutenção do valor social da
companhia foi considerado menos importante do que o pagamento de dívida com
empregado
O imóvel
que abriga uma empresa não poderia ser penhorado devido ao sua função social,
dizem especialistas. No entanto, não foi esse o entendimento Tribunal Regional
do Trabalho da 3ª Região (TRT3).
De acordo com o
diretor do Instituto Mundo do Trabalho, Antonio Carlos Aguiar, o caso já seria
complexo se só houvesse uma conflito de direitos fundamentais dos trabalhadores
e da empresa, mas vai além disso.
"Se fosse
apenas um imóvel que a empresa usa para investir, a decisão seria perfeita.
Porém, é a própria sede do negócio, que tem um valor social, porque é o local
onde as pessoas trabalham e os sócios tiram seu sustento", explica o
advogado.
Aguiar observa que a
juíza responsável pela decisão acabou inviabilizando a atividade econômica e de
geração de emprego, o que é muito grave. "Não pode haver abuso. A execução
se torna forçada demais", defende o advogado.
O processo foi
movido pelos administradores da companhia, que opuseram embargos contra a
penhora do imóvel. A juíza Adriana Farnesi e Silva entendeu que a constrição
era constitucional, já que ao mesmo tempo em que a Constituição protege a
propriedade privada, a Carta Magna também coloca o trabalho humano como
fundamental.
"Não há dúvida,
portanto, de que o princípio da valorização social do trabalho humano deve
prevalecer sobre o da propriedade, ainda que revestida de sua função social,
não sendo por acaso que o constituinte conferiu ao primeiro precedência tópica
em relação à iniciativa privada no artigo 170 da Constituição Federal de 1988",
apontou a juíza.
Segundo o sócio da
área trabalhista do Barbosa, Müssnich, Aragão Advogados (BMA), Luiz Marcelo
Góis, a decisão foi exagerada e é um precedente perigoso para a economia
brasileira. "Essa sentença pode ser atacada, porque é um precedente perigoso.
Ainda cabe recurso, mas se ficar do jeito que está, é preocupante e demonstra
que o trabalho para melhorar a segurança jurídica é mais importante do que
nunca", afirma o especialista.
Na avaliação do
advogado, ao penhorar a sede de uma empresa, a magistrada impede a companhia de
ganhar dinheiro. O efeito, na opinião de Góis, é nocivo para os próprios
empregados. "É melhor preservar todos os empregos do que apenas um",
pondera.
Ele acredita que o
caso poderia ser resolvido por meio do dispositivo da desconsideração da
personalidade jurídica, previsto no novo Código de Processo Civil (CPC) e que
permite a utilização de bens dos sócios para garantir o pagamento de uma
dívida.
O acórdão mostra,
entretanto, que isso chegou a ser tentado. A juíza registrou ainda que a
execução foi "arrastada por vários anos" e que "inúmeras
diligências" foram levadas a termo para localizar os bens dos devedores.
Mas essa busca teria se mostrado infrutífera.
Possibilidade
Outra solução, para
Aguiar, seria fazer uma penhora do faturamento da empresa, com bloqueio do
pagamento de dividendos para os sócios. "O crédito dos trabalhos deve ser
privilegiado sobre todas as outras dívidas", complementa.
No entanto, mesmo
essa solução se aplicaria somente a casos extremos, nos quais não pudesse
encontrar outra maneira de garantir o pagamento do trabalhador. "Tem que
ser verificado caso a caso. Essa é uma análise que é melhor realizada
individualmente."
Já Góis sustenta que
apenas a sensatez dos juízes pode impedir abusos nessas situações.
Fonte: Fenacon
-
Nova lei não acaba com questionamentos sobre a gorjeta
Publicado em
05/06/2017
às
13:00
Gorjeta, taxa de serviços, gratificação ou 10%: independentemente de como
é designado, o adicional nas contas de bares e restaurantes agora deve ser
incorporado ao salário dos trabalhadores
Em vigor desde o dia 13 de maio de 2017, a Lei nº 13.419/17 trata
das normas da partilha de gorjetas e taxas de serviço em bares, hotéis,
restaurantes, pousadas e estabelecimentos correlatos, conforme descritos na
Consolidação das Leis do Trabalho.
Na prática, a chamada "lei da gorjeta" pretende acabar com uma
desavença histórica entre empregadores e empregados desses locais. A falta de
regulamentação do assunto permitia tanto que os 10% coletados não fossem
repassados pelos empregadores quanto que os trabalhadores, ao se desligarem da
empresa, acionassem-na judicialmente cobrando gratificações não recebidas ou
pagas sem a devida comprovação.
Sócia da Benhame Sociedade de Advogados, Maria Lucia Benhame,
esclarece que, a partir de agora, todos os valores pagos pelos clientes como
gorjeta serão computados no salário dos empregados, seja a quantia oferecida
voluntariamente, seja ela incluída na conta do cliente. "A divisão será
efetuada conforme estabelecido em acordos coletivos negociados entre os
sindicatos patronais e profissionais ou entre empresa e sindicato dos
empregados". Ela explica ainda que os 10% da conta não são receita do
empregador, e sim dos empregados. "Dessa forma, salvo os descontos autorizados
por lei, todo o restante deve ser rateado entre os trabalhadores, terminando
assim com a disputa pelo valor", diz.
Novidades
Como principais pontos da nova lei, Benhame destaca a incorporação
da gorjeta ao salário, a previsão de um percentual de desconto para fazer
frente aos encargos do empregador e a elucidação de que, exceto por esse
abatimento, a gratificação pertence ao trabalhador. Segundo a advogada, a lei
obriga que o salário fixo e o percentual de gorjeta a que o empregado faz jus,
bem como a média de gratificações dos últimos doze meses sejam anotados em
carteira. Também exige a criação, em estabelecimentos com mais de 60
funcionários, de uma comissão de empregados para coordenar a divisão da taxa de
serviços e fiscalizar seu recebimento e partilha. Outra determinação refere-se
à incorporação da média das gratificações no salário fixo caso a empresa deixe
de cobrar gorjeta, "a qual não incidirá sobre aviso prévio, adicional noturno,
horas extra e descanso semanal remunerado, por força da sumula 354 do Tribunal
Superior do Trabalho", afirma.
Como todo valor de gorjeta é salário, indiretamente haverá cobrança
de encargos sociais (contribuição previdenciária e Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço) e salariais (13º salário, férias e terço constitucional).
Falhas
Entre as falhas da medida, a especialista aponta o fato de gerar
mais encargos para os empregadores e tirar deles a possibilidade de uso da
verba da taxa de serviços para fazer frente aos reflexos desse pagamento.
Ao comentar a Lei nº 13.419/17, o gerente do Terraço Itália (São
Paulo), Christiano Nasser, comenta que as companhias de cartão de crédito
poderiam se modernizar, como no exterior, para adotar a possibilidade da
gorjeta ser creditada separadamente no momento do pagamento da conta. Ele
considera o tema contraditório, pois impacta os ganhos de ambas as partes.
"Inclusive, já existe um movimento dos restaurantes que visa elevar a taxa de
serviço para 13%, a fim de cobrir os custos excedentes, o que é um erro, porque
vai provocar total insatisfação nos clientes", conta.
Por ser um modelo de negócio extremamente sólido em nível mundial,
Nasser entende que nenhuma empresa deixará de cobrar a gratificação. A seu ver,
porém, a legislação deveria desonerar a gorjeta de alguns impostos, para não
prejudicar os empresários. "A lei não acaba com a disputa entre empregadores e
empregados, uma vez que sempre haverá uma brecha para questionamentos na
Justiça do valor repassado. Além disso, as empresas optantes pelo Simples
Nacional já disseram não ter recursos para cobrir a incorporação dos custos e prometem
trabalhar em acordo com as comissões internas e distribuir apenas parte do
valor legalmente", conclui.
Fonte: Contas em Revista
-
Brasil e Moçambique assinam acordo de Previdência Social
Publicado em
16/05/2017
às
11:00
Cerca de 1.500 brasileiros serão
beneficiados com a assinatura
Brasil e Moçambique
assinaram, nesta quinta-feira (11/5/2017), na cidade moçambicana de Maputo,
acordo bilateral de Previdência Social. O ministro das Relações Exteriores
brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, foi quem assinou o acordo que irá
beneficiar aproximadamente 1.500 brasileiros que moram no país africano.
Desde 2010, os dois
países mantêm negociações para garantir proteção social aos cidadãos
brasileiros e moçambicanos. O acordo permitirá a contagem do tempo de
contribuição aos sistemas de Previdência Social tanto do Brasil, como de
Moçambique para a obtenção de benefícios - como aposentadoria por idade, pensão
por morte e aposentadoria por invalidez - e ainda evitará a bitributação em
caso de deslocamento temporário de até 24 meses.
No Brasil, para que
possa entrar em vigor, o acordo será ainda enviado ao Congresso Nacional, que,
por meio de Decreto Legislativo, autoriza a ratificação, etapa final que é
feita pelo chefe do Poder Executivo Federal. Em seguida, o acordo é promulgado
e publicado no Diário Oficial da União.
Acordos
O
Brasil possui acordos bilaterais de Previdência Social em vigência com 14
países e dois multilaterais (Mercosul e com a comunidade ibero-americana). Já
foram assinados e aguardam ratificação pelo Congresso Nacional, os acordos
firmados com Moçambique, Estados Unidos, Suíça e Bulgária. Estão em fase final,
prontos para serem assinados, os acordos de reciprocidade com Israel e Índia,
em processo de negociação, com a Áustria, República Tcheca e Ucrânia.
Também depende de
ratificação para entrar em vigor a Convenção Multilateral de Segurança Social
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O sistema de proteção
social da comunidade lusófona será um dos quatro maiores do mundo, juntamente
com os sistemas europeu, ibero-americano e do Mercosul.
Conheça os Acordos
Internacionais de Previdência Social, multilaterais e bilaterais, firmados pelo
Brasil já em vigor ou em processo de ratificação.
Fonte: Secretaria de Comunicação da Previdência
-
eSocial passa adotar o padrão IDG do Governo Federal de fácil navegação e com acessibilidade
Publicado em
14/05/2017
às
11:00
O IDG é um conjunto de diretrizes,
orientações, padrões e modelos recomendados para adoção pelos sites
governamentais.
O portal
do eSocial está mais moderno. A partir de agora, passou a adotar o padrão IDG
- Identidade Padrão de Comunicação Digital do Governo Federal, desenvolvido
pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
O IDG
é um conjunto de diretrizes, orientações, padrões e modelos recomendados para
adoção pelos sites governamentais. Para o usuário, significa encontrar um
portal pensado e produzido para atender o público em geral, mais fácil de
navegar e encontrar o conteúdo que procura. O novo portal traz conteúdo
acessível, informação, serviços e notícias.
Você
vai encontrar informações sobre acesso ao eSocial, documentação técnica,
legislação trabalhista, previdenciária e tributária, as novidades do sistema,
além de orientações, manuais e seção de perguntas frequentes, para solucionar
as principais dúvidas. Além disso, será implantado um canal de comunicação com
o usuário, para resolução de dúvidas.
O
portal é compatível com todos os dispositivos móveis de acesso à internet, além
de estar de acordo com as diretrizes de acessibilidade para pessoas com
deficiência.
Veja
as novidades:
§
Menu lateral com acesso rápido aos principais temas
e conteúdos do site
§
Conteúdo multimídia, com possibilidade de inclusão
de imagens, vídeos e áudios
§
Acessibilidade para pessoas com deficiência
§
Notícias e atualizações com destaque para temas de
interesse do usuário
§
Padronização com os outros sites do Governo
Federal, tornando a navegação mais lógica e coerente
§
Facilidade de busca de informações
Fonte: Receita Federal
do Brasil
-
Dor nas costas é a principal causa de afastamento do trabalho
Publicado em
04/05/2017
às
15:00
Problema causou afastamento por mais de 15 dias de
116 mil trabalhadores no ano passado
Dor nas costas é a doença que mais afasta
trabalhadores no Brasil por mais de 15 dias. No ranking de auxílios-doença
concedidos pelo INSS, ela aparece em primeiro lugar. Em 2016, 116.371
pessoas tiveram que se ausentar do emprego por no mínimo duas semanas por essa
razão. Isso representa 4,71% de todos os afastamentos. O segundo motivo que
mais afastou trabalhadores no ano passado foram fraturas de perna e tornozelo,
seguidas das de punho e mão.
Os dados
apontam que não são as atividades pesadas que mais afastam trabalhadores com
dores nas costas e sim o serviço público, onde há um grande número de pessoas
realizando funções repetitivas. Em segundo lugar estão as atividades
relacionadas ao comércio varejista, em especial supermercados, seguidos dos
ramos hospitalar, de construção de edifícios e transporte rodoviário de cargas.
A
coordenadora-geral de Fiscalização e Projetos do Ministério do Trabalho,
Viviane Forte, diz que que nessas atividades consideradas mais leves, as dores
nas costas são menos evidentes do que na construção civil, por exemplo, porém
também são graves. "No comércio, a dorsalgia é comum nas pessoas que trabalham
como estoquistas, porque elas levantam caixas, fazem movimentos de agachar e
levantar e acabam não prestando atenção na postura. Esse mesmo descuido ocorre
com quem trabalha em escritório por muito tempo sentado na mesma posição",
explica.
Assim como
ocorre com doenças como estresse e depressão, é difícil diagnosticar se as
dores nas costas são causadas pela atividade profissional ou por algum outro
problema externo. Mas Viviane entende que, independentemente da causa original,
a postura no trabalho influencia no adoecimento. "As pessoas passam muito tempo
do seu dia no trabalho. Se não tiverem o devido cuidado na maneira de se sentarem
e realizarem suas atividades, ou se não respeitarem as pausas necessárias ao
longo da jornada de trabalho, vão adoecer, independentemente de como e onde
tenha surgido a dor", alerta.
Principais motivos de afastamento
Categoria
|
Frequência
|
Dorsalgia
|
116.371
|
Fratura da perna, incluindo tornozelo
|
108.727
|
Fratura ao nível do punho e da mão
|
93.507
|
Fratura do antebraço
|
74.322
|
Fratura do pé (exceto do tornozelo)
|
70.383
|
Outros transtornos de discos
intervertebrais
|
68.515
|
Lesões do ombro
|
64.491
|
Leiomioma do útero
|
62.220
|
Episódios depressivos
|
52.308
|
Colelitíase
|
51.802
|
Fratura do ombro e do braço
|
51.717
|
Hérnia inguinal
|
50.307
|
Transtornos internos dos joelhos
|
48.029
|
Varizes dos membros inferiores
|
43.694
|
Luxação, entorse e distensão das articulações
e dos ligamentos do joelho
|
35.432
|
Outros transtornos ansiosos
|
32.972
|
Apendicite aguda
|
29.895
|
Sinovite e tenossinovite
|
28.349
|
Hérnia umbilical
|
27.020
|
Mononeuropatias dos membros superiores
|
25.449
|
Outros
|
1.334.285
|
Total
|
2.469.795
|
Fonte:
Sistema Único de Benefícios
Ramos de atividade onde mais ocorrem
afastamentos por dorsalgia
Classe
|
Frequência
|
Administração pública em geral
|
5.145
|
Comércio varejista de mercadorias em geral,
com predominância de produtos alimentícios - hipermercados e supermercados
|
2.852
|
Atividades de atendimento hospitalar
|
2.751
|
Construção de edifícios
|
2.487
|
Transporte rodoviário de carga
|
2.276
|
Restaurantes e outros estabelecimentos de
serviços de alimentação e bebidas
|
1.769
|
Limpeza em prédios e em domicílios
|
1.769
|
Transporte rodoviário coletivo de
passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região metropolitana
|
1.496
|
Comércio varejista de ferragens, madeira e
materiais de construção
|
1.413
|
Confecção de peças do vestuário, exceto
roupas íntimas
|
1.144
|
Atividades de associações de defesa de
direitos sociais
|
1.023
|
Atividades de teleatendimento
|
952
|
Comércio varejista de artigos do vestuário
e acessórios
|
934
|
Abate de suínos, aves e outros pequenos
animais
|
896
|
Serviços de catering, bufê e outros
serviços de comida preparada
|
835
|
Fabricação de açúcar em bruto
|
815
|
Atividades de serviços prestados principalmente
às empresas não especificadas anteriormente
|
815
|
Hotéis e similares
|
780
|
Atividades de Correio
|
733
|
Comércio varejista de outros produtos novos
não especificados anteriormente
|
715
|
Condomínios prediais
|
710
|
Atividades de vigilância e segurança
privada
|
682
|
Comércio de peças e acessórios para
veículos automotores
|
611
|
Comércio varejista de mercadorias em geral,
com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e
armazéns
|
587
|
Serviços de engenharia
|
513
|
Locação de mão-de-obra temporária
|
482
|
Fabricação de móveis com predominância de
madeira
|
472
|
Comércio varejista de produtos de padaria,
laticínio, doces, balas e semelhantes
|
460
|
Comércio varejista de produtos
farmacêuticos para uso humano e veterinário
|
457
|
Obras para geração e distribuição de
energia elétrica e para telecomunicações
|
451
|
Construção de rodovias e ferrovias
|
449
|
Comércio varejista de combustíveis para
veículos automotores
|
447
|
Comércio varejista especializado de
eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo
|
445
|
Fabricação de álcool
|
417
|
Abate de reses, exceto suínos
|
416
|
Fabricação de produtos cerâmicos
não-refratários para uso estrutural na construção
|
399
|
Coleta de resíduos não-perigosos
|
398
|
Bancos múltiplos, com carteira comercial
|
392
|
Obras de engenharia civil não especificadas
anteriormente
|
386
|
Transporte rodoviário coletivo de
passageiros, com itinerário fixo, intermunicipal, interestadual e internacional
|
384
|
Comércio varejista especializado de móveis,
colchoaria e artigos de iluminação
|
377
|
Comércio atacadista de bebidas
|
368
|
Incorporação de empreendimentos
imobiliários
|
355
|
Serviços combinados de escritório e apoio
administrativo
|
349
|
Fabricação de artefatos de material
plástico não especificados anteriormente
|
343
|
Serviços especializados para construção não
especificados anteriormente
|
333
|
Montagem de instalações industriais e de
estruturas metálicas
|
328
|
Atividades de organizações religiosas
|
322
|
Fabricação de artefatos de concreto,
cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes
|
320
|
Comércio a varejo e por atacado de veículos
automotores
|
315
|
Outros
|
71.803
|
Total
|
116.371
|
Fonte:
Sistema Único de Benefícios
/Ministério do
Trabalho
-
Setor de transporte é prioridade em campanha de prevenção a acidentes de trabalho
Publicado em
02/05/2017
às
11:00
Em 2014, transporte rodoviário lidera em acidentes
com mortes e causa 15,6 mil afastamentos por ano
Dados do Anuário Estatístico da
Previdência Social, média (2010-2014), demonstram que o setor de transporte foi
líder em acidentes com mortes entre 2010 e 2014 (376 ao ano), o segundo em
incapacidades permanentes (1.050 ao ano) e o quarto em afastamentos com mais de
15 dias (15.600). Por conta disso, a Secretaria de Inspeção do Trabalho do
Ministério do Trabalho priorizou as atividades do setor na Campanha Nacional de
Prevenção de Acidentes do Trabalho (Canpat) deste ano.
A Canpat é uma ação
desenvolvida pelo Ministério do Trabalho em parceria com diversos órgãos com a
finalidade de alertar e sensibilizar a sociedade sobre a importância de uma
cultura de prevenção de acidentes no trabalho. O ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira, disse que a campanha é importante porque ajuda na conscientização
contra os acidentes. "É uma batalha permanente do ministério melhorar a
segurança dos trabalhadores. E essa é uma iniciativa que deve ser incorporada
pelo poder público, pelos empregadores e pelos trabalhadores", disse.
Segundo a secretária de
Inspeção do Trabalho, Maria Teresa Pacheco Jensen, os acidentes no setor de
transporte representam grave problema no Brasil. No entanto, ela destaca que a
relação desses acidentes com o trabalho vinha sendo pouco reconhecida.
"Considerando o tema geral da
Canpat - conhecer para prevenir - o setor dos transportes terrestres foi
escolhido principalmente para dar maior visibilidade a essa relação com o
trabalho, para que a população participe ativamente na prevenção desses
acidentes e doenças", avaliou.
O setor, no conjunto de dados
analisados, se sobressai nos acidentes gravíssimos e fatais. "É preciso
destacar, ainda, que muitos acidentes do trabalho no transporte terrestre
vitimam também ocupantes de outros veículos, gerando mortes e mutilações que
não são registrados como do trabalho", ressalta a secretária.
Transporte de cargas
O setor rodoviário de cargas é o maior destaque dentro dos transportes, sendo
que, em média, 15% dos óbitos em acidentes do trabalho típicos (excluídos os acidentes
de trajeto) ocorrem com motoristas de caminhão - considerando aqueles que
trabalham em empresas de transporte propriamente ditas e os que trabalham no
transporte de mercadorias para empresas de outras atividades econômicas.
No transporte rodoviário de
passageiros, sobressai o transporte coletivo urbano. Nesse setor, os principais
motivos de afastamento do trabalho estão relacionados a dores lombares,
tromboses nos membros inferiores, agravos à coluna e dores nas articulações. As
causas desses agravos podem se relacionar a vários aspectos da organização do
trabalho e dos postos de trabalho observados, com problemas relacionados a
ergonomia, vibrações, jornadas e escalas de trabalho inadequadas, problemas
frequentemente identificados na fiscalização.
Fiscalização
Para reduzir essas
estatísticas, foi deflagrada pelo ministério em 12 de abril, no início da
campanha, uma operação nacional nas rodovias do país para que seja fiscalizado
pelos auditores irregularidades no setor, com foco nas longas jornadas, que
contribuem para a fadiga e expõem os motoristas a acidentes graves.
Somente nos últimos cinco anos
morreram aproximadamente 2.780 trabalhadores do transporte terrestre e 5.400
sofreram acidentes com sequelas permanentes.
Fonte: Ministério do
Trabalho
/Assessoria de Imprensa
-
Transtorno mental está entre as três maiores causas de incapacitação para o trabalho
Publicado em
29/04/2017
às
13:00
Por
ano, 17,5 mil casos novos reconhecidamente relacionados ao trabalho geram
cerca de 2,4 milhões dias de trabalho perdidos
No
Brasil, os transtornos mentais e comportamentais foram a terceira causa de
incapacidade para o trabalho, considerando a concessão de auxílio-doença e
aposentadoria por invalidez, no período de 2012 a 2016. As duas primeiras são
lesões por envenenamento e doenças do sistema osteomuscular e do tecido
conjuntivo.
Estão
relacionados a riscos emergentes - os fatores psicossociais -, crescentes em
nossa época de mudanças velozes nos modos de viver e trabalhar. Com
aproximadamente 17,5 mil casos novos, reconhecidamente relacionados ao
trabalho, geram cerca de 2,4 milhões de dias de trabalho perdidos por ano.
Segundo
a Organização Internacional do Trabalho (OIT), "apesar de não consistir em
doença, o estresse é o primeiro sinal de um problema; se o corpo experimenta
uma tensão continua, o estresse pode causar alterações agudas e crônicas, o que
pode provocar danos de longo prazo a sistemas e órgãos, particularmente se o
corpo não consegue descansar e se recuperar".
Para
a OIT, evidências demonstram que os riscos psicossociais (como insegurança no
emprego, baixo controle sobre a atividade, altas demandas e desequilíbrio entre
esforço e recompensa), assim como o estresse relacionado ao trabalho, estão
associados a riscos comportamentais afetos à saúde, incluindo consumo exagerado
de bebida alcoólica, fumo e abuso de drogas. Ainda segundo a OIT, na Europa, o
estresse ocupa a segunda posição entre os problemas de saúde relacionados ao
trabalho, afetando cerca de 40 milhões de pessoas e que entre 50 e 60% de
todos os dias de trabalho perdidos no continente estariam ligados a esta
condição.
Os
dados constam do Boletim Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade,
produzido pela secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda e pelo
Ministério do Trabalho, que trata do adoecimento mental e trabalho: a concessão
de benefícios por incapacidade relacionados a transtornos mentais e
comportamentais entre 2012 e 2016. Nos dados apresentados na pesquisa, os
benefícios concedidos por incapacidade temporária para o trabalho, os
auxílios-doença, alcançaram 7.168.633 de concessões no período entre 2012 e
2016 para o segurado empregado, enquanto as aposentadorias por invalidez, que
retiram o trabalhador definitivamente da vida laboral, totalizaram 283.423 casos.
"Esses
indicadores têm sido observados nas diversas atividades da Inspeção do
Trabalho, sendo uma preocupação e um desafio para a fiscalização em Segurança e
Saúde do Ministério", afirma o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
A
publicação do Ministério e da Previdência cita um estudo sobre o estresse
relacionado ao trabalho, publicado pela OIT no ano de 2016, segundo o
qual "trabalhadores de todo o mundo enfrentam mudanças significativas na
organização e nas relações de trabalho; eles estão sob grande pressão para
atender às demandas da vida laboral moderna. Com a velocidade do trabalho
ditada por comunicações instantâneas e altos níveis de competição global, as
linhas que separam trabalho e vida pessoal estão se tornando cada vez mais
difícil de identificar".
Contribuem
ainda para o cenário de agravamento do adoecimento mental no âmbito do
trabalho, "as situações de banalização da violência, como o assédio moral
institucionalizado, as relações interpessoais norteadas por autoritarismo e
competitividade, a demanda constante por produtividade e a desvalorização das
potencialidades e subjetividades dos trabalhadores".
De
acordo com o Boletim, a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho
apresenta abordagem semelhante e cita algumas características das condições de
trabalho que conduzem a riscos psicossociais como cargas de trabalho
excessivas; exigências contraditórias e falta de clareza na definição das
funções; falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador e
falta de controle sobre a forma como executa o trabalho; má gestão de mudanças
organizacionais, insegurança laboral; comunicação ineficaz, falta de apoio da
parte de chefias e colegas; e assédio psicológico ou sexual, violência de
terceiros.
Contribuem
ainda para o cenário de agravamento do adoecimento mental no âmbito do
trabalho, "as situações de banalização da violência, como o assédio moral
institucionalizado, as relações interpessoais norteadas por autoritarismo e
competitividade, a demanda constante por produtividade e a desvalorização das
potencialidades e subjetividades dos trabalhadores".
De
acordo com o estudo da OIT, a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no
Trabalho apresenta abordagem semelhante e cita algumas características das
condições de trabalho que conduzem a riscos psicossociais como cargas de
trabalho excessivas; exigências contraditórias e falta de clareza na definição
das funções; falta de participação na tomada de decisões que afetam o
trabalhador e falta de controlo sobre a forma como executa o trabalho; má
gestão de mudanças organizacionais, insegurança laboral; comunicação ineficaz,
falta de apoio da parte de chefias e colegas; e assédio psicológico ou sexual,
violência de terceiros.
A
Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, introduzida pelo Decreto
nº7.602/2011, destaca o ministro, "é pautada pela promoção da saúde e a
melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de acidentes e de
danos à saúde advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele,
por meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes de trabalho".
Canpat
2017
- A Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes do Trabalho foi instituída em 1971, com o objetivo de divulgar
conhecimentos técnicos e ministrar ensinamentos práticos de prevenção de
acidentes, de segurança, higiene e medicina do trabalho, promovendo uma cultura
de prevenção em acidentes e doenças ocupacionais.
Para
2017, o tema "Acidentes do Trabalho - Conhecer para Prevenir" enfatiza a
importância do conhecimento e a análise dos dados relacionados a acidentes de
trabalho, buscando descobrir suas prováveis causas e abrangência, com vistas à
implantação de medidas prevencionistas eficazes, com destaque para o setor de
transporte rodoviário e para os transtornos mentais no trabalho.
Fonte: Ministério
do Trabalho
/Assessoria
de Imprensa
-
Rio Grande do Sul e mais quatro estados brasileiros apresentam saldo positivo de empregos em março/2017
Publicado em
28/04/2017
às
17:30
Juntos
estados abriram 12.035 novos postos de trabalho
Os
estados do Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Tocantins
apresentaram saldo positivo de emprego em março, conforme dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho,
divulgados nesta quinta-feira (20/04/2017).
O
Rio Grande do Sul foi o estado com o maior número de empregos formais criados
em março, com 5.236 novos postos de trabalho. Em fevereiro, o estado ocupava a
terceira posição no ranking.
Goiás
ficou em segundo lugar na geração de empregos entre todos os estados, com 4.304
vagas, sendo 1.328 vagas na Indústria de Transformação e 2.449 na Agropecuária.
Os dois setores tiveram bom desempenho em todos os estados da região.
O
Paraná ocupa o quarto lugar, com a geração de 1.126 novos postos de trabalho,
seguido de Tocantins, que gerou 124 vagas de emprego.
No
Mato Grosso do Sul, o saldo também foi positivo, com 1.245 vagas, resultado
puxado pelos setores da Indústria de Transformação, com 770 vagas e da
Construção Civil, com 465 vagas.
"O
governo segue trabalhando firmemente com o propósito de colocar o país nos
trilhos para que cresça e dê oportunidades de emprego e renda para os seus
trabalhadores e trabalhadoras. Tenho a convicção de que o objetivo será
alcançado com o esforço de todos: governo, empresários e trabalhadores",
afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Rio Grande do Sul tem saldo
positivo de empregos em março 2017
O
Rio Grande do Sul foi o estado com o maior número de empregos formais criados
em março, apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta quinta (20). No mês, o
saldo positivo foi de 5.236 postos de trabalho. Em fevereiro, o estado ocupava
a terceira posição no ranking.
As
áreas com melhor desempenho foram a indústria de transformação, com 5.214 vagas
criadas, seguida do comércio, com 1.454 novos postos de trabalho, e
Administração Pública, com 150 novas vagas. O desempenho do estado mostra uma
clara tendência de recuperação da atividade econômica.
Rio
Grande do Sul
- Comportamento do emprego segundo Setores de
Atividade Econômica
Setores de Atividade Econômica Saldo de Março de 2017
Rio
Grande do Sul - Comportamento do emprego segundo Setores de Atividade Econômica
Setores
de Atividade Econômica
|
Saldo
de Março de 2017
|
Variação
Absoluta
|
Variação
Relativa (%)
|
Extrativa
Mineral
|
-14
|
-0,23
|
Indústria de
Transformação
|
5.214
|
0,78
|
Serviços
Industriais de Utilidade Pública - SIUP
|
-103
|
-0,41
|
Construção Civil
|
-522
|
-0,44
|
Comércio
|
1.454
|
0,24
|
Serviços
|
-50
|
-0,01
|
Administração
Pública
|
150
|
0,27
|
Agropecuária
|
-893
|
-0,93
|
Total
|
5.236
|
0,21
|
Fonte:
Caged, Lei 4.923/65
"O
governo segue trabalhando firmemente com o propósito de colocar o país nos
trilhos para que cresça e dê oportunidades de emprego e renda para os seus
trabalhadores e trabalhadoras. Tenho a convicção de que o objetivo será
alcançado com o esforço de todos: governo, empresários e trabalhadores",
afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Nas
cidades com mais de 30 mil habitantes, os destaques foram Santa Cruz do Sul,
que teve um saldo positivo de 2.920 vagas de emprego, e Venâncio Aires, com
1.099.
DADOS
NACIONAIS
O
número de empregos formais no Brasil teve saldo negativo de 63.624 vagas em
março. Apesar da queda, a redução no mesmo mês do ano passado foi quase dobro,
quando registrou retração de 118 mil postos de trabalho. No mês passado, o
resultado havia sido positivo em 35.612 vagas formais de emprego.
Março
apresentou uma variação negativa de -0,17% em relação ao estoque do mês
anterior. Foram registradas 1.261.332 admissões contra 1.324.956 desligamentos.
No acumulado do ano, a queda foi de 64.378 postos de trabalho, equivalente a
-0,17%, em relação ao estoque de dezembro de 2016, e, nos últimos 12 meses,
houve a redução de 1.090.429 postos de trabalho, correspondendo a uma retração
de -2,77% no total de empregados com carteira assinada do país.
"Os
dados de março do Caged mostram que fatores sazonais e conjunturais
influenciaram negativamente o mercado de trabalho. O governo esperava uma
trajetória ascendente, positiva, no número de vagas formais de trabalho, em
razão do bom desempenho verificado em fevereiro, mas os resultados gerais foram
negativos. Se não foi possível aumentar o número de postos de trabalho no mês,
pelo menos indicadores apontam uma diminuição significativa no ritmo de redução
do emprego", explica o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O
comércio foi o setor que mais apresentou retração, com -33.909 postos, seguido
do setor de Serviços (-17.086 postos), Construção Civil (-9.059 postos),
Indústria de Transformação (-3.499 postos) e Agricultura (-3.471 postos).
Apesar das quedas, a Administração Pública apresentou desempenho positivo
(+4.574 postos), com expressiva participação do estado de São Paulo (+2.756).
Tradicionalmente,
os resultados de março sofrem forte influência de fatores sazonais negativos.
Um exemplo é o comércio varejista, que se apresenta negativo no mês de março,
mesmo em anos de forte crescimento econômico. A indústria de alimentos, a
construção civil e os serviços de alojamento e alimentação também sofrem uma
sazonalidade negativa marcante, pelas características dessas atividades.
Apesar
da redução geral, alguns estados registraram bom desempenho. O maior saldo
positivo de março foi apresentado pelo estado do Rio Grande do Sul (+5.236
postos), puxado pelos setores da Indústria de Transformação (+5.214 postos) e
do Comércio (+1.454 postos), seguido de Goiás (+4.304 postos), devido à
expansão do setor da Agropecuária (+2.449 postos).
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Ética no trabalho: Como lidar com uso de celular, redes sociais e vestimentas
Publicado em
25/04/2017
às
13:00
O uso do computador ou do celular, no ambiente
de trabalho, para navegar em redes sociais ou em sites de interesse
pessoal pode caracterizar desídia, uma das justificativas mais comuns para a
dispensa por justa causa. A desídia e a consequente possibilidade de dispensa
por justa causa está descrita na alínea "e" do artigo 482 da CLT. De acordo com
o Dicionário Michaelis, "desídia" significa "falta de disposição para agir em
qualquer circunstância; indolência, ociosidade."
Em época de Olimpíadas, Paraolimpíadas e de caça a pokémons, cabe ao
empresário alertar os funcionários sobre tais práticas que infringem a ética e
a produtividade profissional. As tarefas cotidianas no trabalho não podem
sofrer interferências de assuntos particulares por parte de quem está a serviço
da empresa. E o empresário deve fazer valer esse seu direito.
Para que ninguém possa alegar surpresa diante de
uma aplicação legal como essa, o ideal é que a empresa regulamente a utilização
do celular e do computador durante o horário de trabalho e isso seja
afixado em mural à vista dos funcionários. Também devem constar no que se pode
chamar "Regulamento Interno" outras normas de comportamento, como o uso de
vestimenta, por exemplo.
É preciso tomar cuidado, entretanto, para não se
exagerar nesse tipo de exigência, que pode acabar caracterizando preconceito
por parte da empresa. Mas é perfeitamente natural que um escritório de
advocacia solicite trajes formais, enquanto um lojista de perfumaria requeira
vendedoras maquiadas e um restaurante não aceite cozinheiros sem gorro.
Em quaisquer casos, o empresário precisa guiar-se
pelo bom senso e, mais importante, deixar essas regras transparentes para os
funcionários. Do contrário, se a lei for aplicada sem aviso prévio, poderá
incitar um clima de revolta na equipe e isso não será bom para nenhuma das
partes.
Fonte: Jornal Contábil
-
Depressão e ansiedade são as principais causas de adoecimento e afastamento do trabalho
Publicado em
23/04/2017
às
11:00
Por
esse motivo, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho do Abril
Verde deste ano decidiu dar ênfase ao problema, um dos principais motivos de
afastamento do emprego
Depressão
e ansiedade são a segunda maior causa de adoecimento relacionado ao trabalho no
Brasil - perdem apenas para os casos de LER/DORT (Lesão por Esforço
Repetitivo/Distúrbio Osteo Muscular Relacionado ao Trabalho). Somadas, as duas
doenças, representam 49% de todos os casos classificados como transtornos
mentais que surgiram ou se agravaram nos ambientes de trabalho. Por esse
motivo, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho do Abril
Verde deste ano decidiu dar ênfase ao problema, que é também um dos principais
motivos de afastamento do emprego.
Para se ter uma ideia da gravidade do quadro, em um ranking da Secretaria de
Previdência do Ministério da Fazenda reunindo todos os motivos que provocam o
afastamento do trabalhador da empresa, a depressão aparece na vigésima posição.
Ou seja, ela está entre os motivos que mais geram concessão de auxílio-doença
acidentário - quando a pessoa é afastada da atividade por mais de 15 dias. Em
2016, 3.393 benefícios foram concedidos por causa de depressão.
O número ainda é menor do que o das fraturas nos punhos, mãos, pernas e
tornozelos, que aparecem nas duas primeiras colocações, e também é inferior ao
das dores nas costas, a terceira principal causa de afastamento no Brasil. Mas,
nem por isso, menos grave, como alerta a diretora do Departamento de Segurança
e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho, Eva Gonçalves Pires. "O tempo de
afastamento por depressão e ansiedade costumam ser muito maior do nos casos de
acidentes, porque o tratamento é mais prolongado e a recuperação mais demorada",
lembra.
Além
disso, o assistente técnico do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho,
Jeferson Seidler, lembra que ainda existe uma dificuldade em diagnosticar
corretamente a depressão e em fazer o nexo da doença com o trabalho, o que faz
com que haja uma subnotificação dos casos. "No acidente típico, por exemplo,
com máquinas, a lesão é evidente e compatível com o relato da vítima, e
dificilmente há dúvida quanto à caracterização da ocorrência como acidente de
trabalho. Nos transtornos mentais, inclusive as depressões, não. Primeiro,
porque o diagnóstico é mais subjetivo, e, segundo, porque, além de fazer essa
análise clínica, é preciso observar se o trabalho teve ou não influência no
desencadeamento ou agravamento dos sintomas", explica.
Somado a isso, existe o fato de que as organizações o Brasil, no geral, não se
preocupam em promover ambientes de trabalho que levem em conta a saúde mental
dos seus trabalhadores, já que a legislação do país não trata desse aspecto. A
auditora fiscal do Trabalho, Luciana Veloso, que tem doutorado em direito com
foco na saúde mental do trabalhador, diz que o problema tem se agravado,
sobretudo, nos últimos 30 anos.
"As empresas, preocupadas em lucrar cada vez mais, foram adotando modelos de
gestão que colocam metas muitas vezes abusivas aos trabalhadores, utilizam
sistemas de avaliações individuais que estimulam a competitividade entre eles e
cobram resultados o tempo todo. As pessoas trabalham muito, sob pressão e na
cultura do "cada um por si". Isso acabou com a solidariedade entre os colegas
nas empresas, e o trabalhador foi ficando fragilizado e mais vulnerável a
abusos psicológicos, como assédio moral, por exemplo", explica.
Luciana lembra que, ao contrário dos acidentes de trabalho, que dependem apenas
do conteúdo das tarefas do trabalhador, no adoecimento mental o contexto do
trabalho também conta. É mais comum ocorrerem problemas em empresas onde a
comunicação é ineficaz ou inexistente; a remuneração é baixa; as tarefas são
incompatíveis com a qualificação do trabalhador (normalmente trabalhadores
qualificados executando tarefas menos importantes); as ameaças de demissão são
constantes; e os casos de discriminação e assédio moral e sexual são mais
comuns.
"Em países mais desenvolvidos, já existe uma preocupação com a saúde mental dos
trabalhadores. No Brasil, infelizmente, o que vemos é um atraso. E as pessoas
estão ficando doentes e indo trabalhar doentes, a base de remédios. Enquanto
não nos preocuparmos como o problema, ele continuará ocorrendo", constata.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa
-
Carreira: Como trabalhar com um chefe mais novo? Veja dicas
Publicado em
21/04/2017
às
13:00
Você recentemente assumiu uma posição em que o
membro sênior da equipe na verdade é júnior? Você está tendo problemas com a
liderança por causa da diferença de idade? Esse cenário está se tornando comum
nas empresas em que profissionais mais jovens assumem a liderança em busca de
inovação e melhores resultados.
Segundo uma pesquisa do CareerBuilder, 34% dos
adultos americanos no mercado de trabalho têm um chefe mais jovem. E
como isso afeta o dia a dia no ambiente de trabalho? As diferentes gerações
conseguem falar a mesma língua no escritório?
De acordo com o PayScale, site de carreiras
norte-americano, os profissionais possuem conhecimentos diferentes para
oferecer e por isso, em alguns casos, pessoas mais novas podem liderar equipes
com trabalhadores mais velhos.
O profissional mais jovem e que está em um ponto
mais alto no organograma não necessariamente tem um conhecimento mais universal
que outro profissional mais velho. Isso significa que cada um tem sua
habilidade para oferecer, de acordo com o seu papel na empresa.
Conforme mostrou um estudo de caso da Harvard
Business Review, um trabalhador mais velho em uma empresa de social media foi
capaz de trazer a sua experiência com fusões e aquisições para facilitar
algumas transições em departamentos. Os chefes, por outro lado, foram
mostrando as melhores práticas nas mídias sociais e o ajudaram a se relacionar
com os seus respectivos mercados.
Foco no desenvolvimento pessoal
Na maioria das casos, o profissional não é contrato porque é jovem e conhece
todas as referências da cultura pop. Isso não é o que a maioria dos empregos
exige. Então, por que focar os esforços em descobrir por que uma pessoa mais
jovem foi contratada?
O profissional deve entender que sua função é
produzir soluções para a empresa e não ficar especulando sobre a contratação de
pessoas mais jovens ou de jovens na chefia.
O foco em soluções ajuda o profissional a melhorar
seu desempenho, além de deixar o trabalhador mais confiante, promovendo o
pensamento positivo e reduzindo a negatividade.
Conflitos e discussões vão existir, como em todo
ambiente de trabalho, mas os profissionais devem manter a educação e a boa
convivência. Brigas e xingamentos não devem fazer parte da conversa por mais
que os ânimos fiquem exaltados.
As diferenças entre as gerações podem trazer
debates e ideias invoadoras para as soluções de determinados problemas ou
situações, mas isso deve ser deixado de lado se for atrapalhar o andamento do
trabalho.
A pesquisa do CareerBuilder também mostrou que o
tempo em que um chefe mais jovem lidera uma equipe mai sênior caiu.
Na faixa etária de 25 a 34 anos, o percentual de chefes mais jovens foi de
16%, entre 35 e 44 anos a taxa foi de 13%, e para os trabalhadores com 55 anos
ou mais, o percentual foi de 7%.
Fonte: Jornal Contábil/Portal G1
-
Entenda mais como funciona o salário substituição
Publicado em
20/04/2017
às
13:00
Provavelmente sua empresa já vivenciou alguma
situação em que um colaborador, por motivos diversos (como falta, férias ou
licenças), foi solicitado para substituir outro funcionário. Essa
troca pode ser de alguns dias ou semanas, mas você sabe quando essa permuta dá
direito ao salário substituição?
São muitas as dúvidas a respeito desse tema que
sempre gera controvérsias. Leia este artigo e entenda tudo sobre esse tipo
de remuneração!
O que
é o salário substituição
Consiste em pagar ao trabalhador substituto,
que assume o cargo de trabalho de outro, salário igual ao que
era pago àquele que exercia a função antes da substituição. Ou seja,
qualquer empregado que for chamado a substituir outro funcionário de
padrão salarial mais elevado tem o direito de receber o mesmo salário do
empregado substituído enquanto durar a substituição.
Existem algumas exigências para a caracterização do
direito ao salário que veremos mais adiante.
O direito do funcionário substituto receber o mesmo
salário do empregado substituído encontra suporte na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), em seu art. 5º: "a todo trabalho de igual
valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo".
E ainda no art. 450: "Ao empregado chamado
a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual
ou temporária cargo diverso do que exercer na empresa, serão
garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como a volta ao cargo
anterior".
Caracterização
do salário substituição
Em razão dos termos utilizados na CLT, muitas
dúvidas surgem em relação ao que pode ser definido como "substituição
eventual ou temporária".
Por isso, o Tribunal Superior do Trabalho (TST),
visando pacificar a discussão sobre o tema, proferiu a Súmula nº 159, que serve
de base em casos de demandas trabalhistas, para decisões da Justiça do
Trabalho: "Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter
eventual, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do empregado
substituído".
"Eventual" deve ser entendido como um acontecimento
inesperado ou casual.
Substituições de caráter eventual acontecem quando
o substituído entra em férias, licença maternidade, licença prêmio,
afastamento para tratamento de saúde ou para participar de cursos de
aprimoramento profissional.
Assim, todo empregado que substituir outro
trabalhador provisoriamente em suas ausências, afastamentos regulares
(como em férias e licenças) ou em outras situações que são periódicas e
previsíveis tem o direito ao salário do substituído.
Nesses casos, o colaborador deve receber a
diferença entre o seu salário e o salário do outro, desde que o
trabalhador que substituiu retorne às suas atividades ao final.
Deste modo, o salário do empregado substituído só
deve ser pago ao funcionário substituto no caso de substituições que
não tenham caráter meramente eventual, caso o empregado passe a ocupar
o cargo definitivamente, ele não será considerado substituto e sim sucessor,
não gerando o direito.
Situações
que não fazem jus ao plus salarial
Como já mencionado, o caráter não eventual é o que
caracteriza o salário substituição. A substituição que não garante o direito
de o empregado substituto reivindicar a diferença salarial é somente
aquela que depende de um acontecimento incerto, casual, fortuito ou acidental.
Esse é o caso das hipóteses disciplinadas pelo art.
473 da CLT: "O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço
sem prejuízo do salário, I, até dois dias consecutivos, em caso de
falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, viva sob
sua dependência econômica. II, até três dias, em virtude de casamento; III, por
um dia, em caso de nascimento de filho; IV, por um dia, em caso de doação de
sangue; V, até dois dias, para alistamento; VI, para prestação de serviço
militar".
Esses exemplos, apesar de previstos em lei, não são
acontecimentos previsíveis e certos, porque podem ou não ocorrer. Dessa
forma, não garantem direito ao salário substituição. Já
casos de férias e licença maternidade, por exemplo, que são acontecimentos
certos, previstos e regulamentados por lei, fazem jus à remuneração
extra.
Como
calcular a diferença no salário
Para exemplificar de maneira simplificada como o salário
substituição é calculado, vamos utilizar uma situação hipotética. Em uma
empresa, o gerente do departamento de TI tirou 20 dias de férias e, para
substituí-lo, é convidado o supervisor de TI.
Mesmo que a substituição se dê no período de férias
inferior a 30 dias, ou seja, por 20 dias ou nos períodos de férias fracionados
do colaborador substituído, é devido ao empregado substituto o salário
contratual do substituído.
Considerando que o gerente tem o salário de R$2 mil
e o supervisor de R$1500, o cálculo a ser feito é basicamente, o seguinte:
Salário do substituído (gerente de TI): R$ 2 mil
2000 / 30 (dias) = R$ 66,66
66,66 x 20 (dias de férias) = R$ 1333,20
Salário do substituto (supervisor de TI): R$ 1500
1500 / 30 (dias) = R$ 50
50 x 20 (dias de férias) = R$ 1000
Conforme demonstrado acima, o supervisor de TI
teria direito à diferença entre seu salário e o salário do substituído na
proporção do período em que durou a substituição. No caso, a diferença na
remuneração é de R$ 333,20 pela troca ocorrida referente ao período de 20 dias
trabalhando na função de gerente.
Período
de recebimento
O recebimento do salário substituição termina
no momento em que o empregado substituto volta a exercer a antiga função. Nesse
contexto, ele não pode reivindicar a incorporação da diferença salarial
na sua remuneração.
Por outro lado, como proferido no inciso II da
Súmula 159 do TST, caso o empregado passe a ocupar o cargo por
definitivo, ele não tem direito a salário igual ao do antecessor.
Dessa forma, um colaborador que passa a ocupar o
lugar de outro na empresa e o substituído vem a ser transferido de
local ou de função, por exemplo, não é substituto - é sucessor e,
portanto, não faz jus ao salário substituição.
Bem, como vimos, o salário substituição é
devido ao trabalhador quando ocorre uma situação de substituição interina e
provisória. Fique atento a todas as condições citadas e aplique essa
regra da forma correta sempre que necessário em sua empresa!
Fonte: Jornal Contábil
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O que fazer quando uma pessoa não gosta de você?
Publicado em
16/04/2017
às
11:00
Algumas
pessoas se percebem inseguras e imaturas para seguir adiante. Qual é o seu
caso?
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Você sabe que não vai agradar a
todos, mas mesmo assim, se sente mal com a não aceitação de algumas pessoas -
seja na paquera, no trabalho, na relação pessoal ou familiar. O que está por
trás desse seu sentimento? O que vem à sua mente quando pensa nisso?
Peço que se concentre agora por
alguns instantes e avalie o que você sente. Algumas pessoas se percebem
inseguras e imaturas para seguir a diante. Qual é o seu caso? Você abre mão
da tentativa de influenciar o outro e querer provocar uma mudança ou acaba usando
sua energia para conquistar e fazer com o que outro goste de você sem medir
esforços, até mesmo passando do seu limite?
Para alguns é muito difícil lidar
com a reprovação. De fato, ninguém gosta muito de não ser aceito.
É um feedback que pode ser entendido
como: se não agrado é porque estou fazendo algo errado.
Esse sentimento é um tempero perigoso nas
relações, pois quanto mais essas pessoas são rejeitadas, mais são capazes de
se empenhar para chamar atenção. Esse tipo de comportamento pode ser negativo,
uma vez que as atitudes tomadas na ideia de agradar podem sufocar a outra
pessoa. Ações como ficar muito próximo, insistir, querer agradar
excessivamente, cobrar atitudes, reclamar da não aceitação, querer explicação
e exagerar nas ações são alguns exemplos desse exagero. As pessoas geralmente
gostam de equilíbrio, e ao perceber esse descontrole do outro, acabam se
afastando ainda mais.
Isso acontece, de modo geral,
quando as pessoas perdem o foco do que é importante para elas. Com isso, as
pessoas se perdem na avaliação alheia, que nesse caso é a rejeição.
Indivíduos com baixa autoestima tendem a sofrer mais com isso. Pessoas
inseguras, que não sabem bem como agir e se confundem no que é certo e errado
em suas ações, são mais suscetíveis a lidarem mal com essa situação.
Quem não aceita que uma pessoa
possa não gostar dela acaba demonstrando desequilíbrio na relação, pois quer
controlar inclusive a opinião dos outros, muitas vezes, impondo o seu jeito
de ser ou fazendo o oposto (que também não vai bem) sendo extremamente
submissa, aceitando tudo que não se deve aceitar em nenhuma relação somente
com a esperança (errônea) de aceitação. O respeito e o amor a si próprio
devem prevalecer sempre.
Pessoas com essa dificuldade podem
tentar se adequar ao outro ou ao grupo em que se encontram exagerando suas
ações. Com isso perdem a espontaneidade, que é uma das chaves para o bom
relacionamento, e vivem à sombra de ações copiadas dos outros. A ideia é
agradar, mas não é o que acontece.
Para contornar essa situação, o
mais adequado é:
·
Analisar a situação e a relação
·
Entender se você pode fazer melhor
·
Se você fez algo que desagradou a
outra pessoa, por exemplo, avalie se pode agir diferente, se deve desculpas
ou se pode corrigir de alguma maneira sua ação.
Tenha em mente que você deve fazer
a sua parte e somente isso. O outro tem a responsabilidade de igual obrigação
de fazer a parte dele. Faça a sua. De resto, não há nada a se fazer. Não há
como agir pelo outro sem que ele peça sua ajuda. Pense sobre igualdade de
reciprocidade.
Fonte:
http://www.psicologiasdobrasil.com.br
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Hacker Aprendiz entra em fase de expansão nacional
Publicado em
28/02/2017
às
11:00
Programa
de qualificação com foco no mundo digital vai beneficiar jovens entre 15 e 23
anos
Surge
uma alternativa para que as empresas tenham mais possibilidades de contratação
de jovens em todo o País. É o Programa Hacker Aprendiz, que entra agora em fase
de expansão nacional.
O programa foi criado para ser um canal de investimento na formação de jovens
aprendizes. Eles recebem uma oportunidade de qualificação profissional,
conhecimento e domínio de tecnologia como foco no mundo digital. O programa
beneficia jovens que estejam cursando o ensino médio ou que já concluíram. Quem
tem entre 15 e 23 anos e quer trabalhar com informática pode se candidatar. O
projeto será mapeado e fomentado sem o custo da qualificação para as empresas.
Os recursos vêm do Pronatec. "Toda a concepção do programa foi baseada no
objetivo de unir a empatia dos jovens com o mundo da tecnologia e a demanda
crescente de mão de obra qualificada desse setor produtivo que, mesmo em tempos
de crise, é deficitária", explica Higino Brito Vieira, diretor do Departamento
de Políticas de Trabalho e Emprego para a Juventude do Ministério do Trabalho.
De acordo com o diretor, o próximo passo do programa será mapear a demanda
nacional, fomentar parcerias regionais e conversar com empresários, buscando o
apoio necessário. "Queremos que esse público tenha a visão de que a
aprendizagem realizada na área de sua atividade-fim é um investimento",
explica. "Toda a concepção do programa foi baseada no objetivo de unir a
empatia dos jovens com o mundo da tecnologia e a demanda crescente de mão de
obra qualificada desse setor produtivo que, mesmo em tempos de crise, é
deficitária",
Neste momento, o MTb analisa todos os aspectos da implementação do piloto
realizado em Recife. A ideia é aprimorar e expandir o programa para os demais
estados.
Cursos oferecidos - Os cursos oferecidos no programa são de programador
de sistemas, programador de dispositivos móveis e programador web (todos
combinados com capacitação em administração de banco de dados). A carga horária
de aulas teóricas é 400 horas, ministradas pela instituição qualificadora, e,
além disso, os jovens têm a possibilidade de contratação via Aprendizagem
Profissional, e depois passam a receber aulas práticas.
Contratação de aprendizes - Prevista na CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho), a Aprendizagem Profissional foi instituída no Brasil em 2000, mas
só foi regulamentada cinco anos depois. A Lei, nº 10.097/2000, regulamentada
pelo Decreto nº 5.598/2005, estabelece que todas as empresas de médio e grande
porte são obrigadas a contratar, na condição de aprendizes, adolescentes e
jovens de 14 a 24 anos e pessoas com deficiência, estes sem limite máximo de
idade. Durante o período da aprendizagem, os jovens trabalham com carteira
assinada e são remunerados com base no salário mínimo.
O Hacker Aprendiz tem parceria com o Porto Digital - Parque Tecnológico de
Recife, a Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Instituto Federal de
Pernambuco.
Fonte: Ministério
do Trabalho
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Estudante estrangeiro pode pedir pela web mudança de status no país
Publicado em
27/02/2017
às
11:00
Sistema permite alterar condição de estudante para
a de trabalho temporário
Já está em funcionamento o sistema eletrônico
do Ministério do Trabalho que permite a alunos estrangeiros de graduação e
pós-graduação mudarem a condição de estudante para a de trabalhador temporário
e, com isso, terem uma ocupação remunerada legal no Brasil. O anúncio foi feito
pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, nesta semana.
Para fazer a requisição, não é necessário ir
a um órgão público, basta preencher os dados pela internet, no programa
Migrante Web (veja aqui os vídeos tutoriais). A Resolução Normativa 124 que
autoriza a mudança foi publicada no dia 22 de dezembro, pelo Conselho Nacional
de Imigração (CNIg).
Pelas regras antigas, o estudante estrangeiro
não podia trabalhar no Brasil, o que dificultava a permanência deles no país.
Mesmo sendo ilegal, muitos acabavam recorrendo ao mercado informal de trabalho
para conseguirem se manter durante os estudos. Antes da publicação da
resolução, era preciso sair do país e fazer o pedido em seu país de origem após
o término do curso. Agora, ele pode fazer a solicitação no Brasil e enquanto
estiver estudando.
Segundo o coordenador do CNIg, Luiz Alberto
Matos dos Santos, além de facilitar a vida do estudante estrangeiro, a
resolução permitirá a manutenção desse capital intelectual no país.
Santos disse que após preencherem os dados no
sistema, os estudantes são notificados pelo e-mail que cadastrarem no
formulário eletrônico de movimentações de processo, e poderão acompanhar pelo
sistema Migrante Web o andamento do pedido.
O prazo máximo para análise é de 30 dias,
conforme determina a lei. Mas o ministério tem feito a avaliação em menos de
15, em média, afirmou Santos.
Documentos e requisitos -
Para acessar o sistema Migrante
Web, o estudante deve comprar um token de certificação digital nos Correios,
Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) ou em qualquer outra
entidade autorizada. O acesso ao sistema é feito pelo equipamento. O token
custa pouco mais de R$ 100.
Com a certificação digital, o estudante tem
acesso à página de preenchimento de formulário e todo o processo é realizado
online, sem precisar ir a qualquer órgão para tratar do assunto. Ao preencher
os dados e fazer a solicitação da mudança da condição de estudante para a de
trabalho temporário, ele ganha um número de processo. Depois, basta acompanhar
o trâmite do pedido.
Santos explica que o estudante terá de fazer
o pedido de renovação anualmente. Ele ainda deve comprovar o vínculo com a
instituição de ensino. O pedido de transformação da condição de estudante
para a temporária de trabalho pode ser feita durante o curso ou até um ano após
a conclusão da graduação ou pós-graduação.
Vida 'mais fácil' - O estudante angolano
Francis de Sousa, que estuda administração e logística em uma universidade de
Curitiba há três anos, disse que a mudança pode ajudá-lo a reduzir seus custos
de manutenção no Brasil. Sousa divide o imóvel onde mora com outros três
estudantes angolanos. Ele afirmou que hoje paga as contas com a ajuda da
família, que ficou em Luanda, capital do país africano.
O estudante diz que nunca trabalhou no Brasil
por causa do impedimento legal, mas que agora, depois que mudar sua condição,
pretende buscar um trabalho na área em que estuda.
Fonte: Ministério do Trabalho
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Marketing pessoal para melhorar a carreira
Publicado em
05/02/2017
às
13:00
Marketing
pessoal para melhorar a carreira
Confira
10 dicas para investir na sua marca pessoal
Quando uma
empresa quer visibilidade do mercado, investe em aprimorar a sua marca e
destacá-la entre a concorrência, oferecendo ao público uma boa experiência. O
mesmo acontece com a vida profissional de uma pessoa: quem não é visto, não é
lembrado. O tipo de experiência que você propõe, ou seja, o modo como se
relaciona com as pessoas, faz toda a diferença. Trata-se de usar estratégias
que valorizem o seu perfil profissional e a sua carreira, para que seja
destacado por suas qualidades, habilidades e competências. Veja algumas
dicas:
1) Invista
em formação e capacitação
Formação e
capacitação nunca são demais. Mas de nada serve um diploma se os
conhecimentos adquiridos não são aplicados à sua rotina profissional. É
preciso saber fazer. Desta forma, invista sim, em uma boa educação na
profissão que área que escolheu, mas valorize também a experiência e a busca
de soluções na rotina de trabalho.
2) Dê
atenção às pessoas
Quando conversar
com as pessoas em seu ambiente profissional ou até mesmo fora dele, valorize
o seu interlocutor. Aprenda a ouvir o que ele tem a dizer. Olhe nos olhos,
sem intimidá-lo. Elogie sem forçar demais a situação. Sorria, sempre que
possível. Dê às pessoas um tipo de convivência que gostaria de receber.
3) Não
tenha receio ou vergonha de falar sobre o seu trabalho e suas conquistas
Encontrando o
tom certo em uma conversa, fale sobre as suas experiências e conquistas,
evidenciando situações interessantes e possíveis saídas que encontrou para os
seus desafios. Isso é muito importante quando perguntado em uma entrevista de
emprego, por exemplo, ou ao estabelecer networking.
4) Tenha
metas claras em sua mente
É importante
saber aonde você quer chegar. Tenha metas para a sua carreira. É importante
saber aonde quer chegar e o que quer fazer para que isso aconteça. Faça um
plano de ação em etapas, com desafios e conquistas semanais ou mensais para a
sua carreira. Isso movimentará a sua vida profissional.
5) Seja uma
pessoa otimista
As pessoas, em
geral, não apreciam a convivência com pessoas carrancudas ou demasiado
introspectivas. Tenha uma atitude positiva e otimista, pois isso encanta e
cativa quem está ao seu redor.
6) Compreenda
que você é o condutor da sua vida
Coloque-se no
centro da sua vida neste momento. Isso pode até parecer óbvio, mas muitos, em
momentos de crise ou desemprego, responsabilizam os outros pela sua posição
profissional atual.
Em geral, grande
parte do que acontece em sua vida deriva das suas escolhas. Não se culpe e
nem responsabilize os outros. Foque na mudança positiva - veja que há sempre
muitas opções para transformar a sua carreira e potencializar a visibilidade
no mercado.
7) Crie
um networking
Ter uma rede de
contatos é essencial para qualquer tipo de profissional. Mantenha seus
contatos atualizados - parceiros, colegas de trabalho de diferentes fases da
sua carreira, mestres e instrutores, ex-empregadores, fornecedores, parentes
e amigos, gerentes de banco, amigos de seus amigos, pessoas que conheceu
esporadicamente, etc. Nunca se sabe quando poderá recorrer a alguém. Mas não
se faça oportunista: tenha sempre vantagens a oferecer e se relacione da
melhor forma possível.
8) Seja
gentil
Provavelmente,
em algum momento de sua vida, você já conheceu alguém que ficou na lembrança
por ser muito gentil, com você ou com outras pessoas. A gentileza é algo
muito nobre e positivo para o marketing pessoal. Seja gentil, sem esperar
nada em troca. Automaticamente, as pessoas ao seu redor irão perceber algo
diferente.
9) Separe
a vida pessoal da profissional
Seus clientes e
parceiros de trabalhos não estão inseridos nos seus problemas pessoais. Sua
família não pode ser afetada pelos problemas profissionais. Saiba dividir as
coisas para não afetar a sua imagem. Muitos profissionais criam uma "persona"
pública: não se trata de uma máscara, mas um "eu" profissional, com
características próprias e condizentes com a sua personalidade. Talvez esta
estratégia possa ser interessante para o seu marketing pessoal.
10) Conheça
bem a si mesmo
O
autoconhecimento é algo que poderá ajuda-lo a tomar atitudes mais assertivas
sobre a sua carreira, se relacionar melhor com as pessoas, encontrar seus
propósitos de vida e suas metas e conquistar uma vida profissional e pessoal
mais plena e dinâmica. Tenha momentos de reflexão só seus e encontre as suas
fortalezas e fraquezas. Estimule-as de modo positivo e elimine crenças que
impeçam que você tenha uma carreira plena, contínua e crescente.
Fonte: Canal do
Ensino
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Saiba como ser mais produtivo no trabalho
Publicado em
05/02/2017
às
11:00
Antes de começar
o ano de vez, aprenda a gerenciar melhor o seu tempo
Daniel
Silva é coordenador técnico e pedagógico do Senai de Santos-SP - Foto:
Divulgação/Senai
Janeiro é o mês do planejamento. É a hora de pensar a nova agenda e traçar
metas e objetivos. Mas antes de recuperar o ritmo, é bom aprender a gerenciar
corretamente o tempo para aumentar a produtividade e não deixar que 2017 se torne
um ano perdido.
Nesse sentido, o primeiro passo é saber exatamente como você gasta suas horas,
de acordo com o especialista em administração de tempo e CEO da TriadPS,
Christian Barbosa. O segundo passo é ter foco. Ao mesmo tempo, ele diz que a
melhor maneira de lidar com altas demandas, em um prazo curto, é desenvolver a
habilidade de delegar.
Entre outras ações, Barbosa ressalta que estabelecer prioridades é
imprescindível, se a agenda é cheia: é quando chega o momento em que é preciso
escolher o que será realmente possível realizar.
Daniel Silva, de 39 anos, coordenador técnico e pedagógico da Escola Senai de
Santos (SP), melhorou a vida profissional e pessoal depois de aprender a
controlar melhor a sua rotina. "Fiz cursos e li livros a respeito de produtividade
e equilíbrio. Hoje, meu tempo rende mais. Tive a impressão de que o ano passado
demorou para passar, o que é ótimo, pois significa que eu o aproveitei bem",
conta.
A primeira decisão de Silva foi dar mais atenção à saúde. A prática de esportes
está na agenda semanal e raramente é deixada de lado. "Com acompanhamento
médico, aumentei minha imunidade e ganhei disposição. Não tive nem resfriado, e
isso evitou que eu perdesse tempo com doença", diz. Para Barbosa, a constante
falta de energia pode ser consequência de um descompasso hormonal ou déficit de
vitamina. "Aproveite o começo do ano para incluir na agenda uma visita ao
endócrino ou nutrólogo, que podem indicar dietas e suplementos para aumentar o
ânimo", sugere.
Traçar menos metas por período também é uma boa dica para quem quer ser mais
produtivo, segundo Barbosa. "Na virada do ano, as pessoas se empolgam e criam
cinco ou seis objetivos para o trimestre. Isso é resultado de uma incapacidade
seletiva e prejudica o foco", afirma. Para o especialista, esse comportamento
gera a sensação de que nada vai para a frente.
"Seja realista e coloque tudo no papel, listando o que é prioridade e o que
pode ser deixado para depois. Separe os planos profissionais e pessoais. Crie
categorias", indica a gerente nacional de Carreiras do Ibmec e da empresa DeVry
Brasil, Fernanda Schröder Gonçalves.
Depois de tudo anotado, é preciso entender como o tempo é gasto no dia a dia.
"Ninguém perde peso sem saber quantos quilos tem. Com a gestão de tempo,
funciona da mesma forma", diz Barbosa. Foi assim que Daniel Silva reaproveitou
várias horas do dia. Ele percebeu que ficava muito na frente da televisão e no
trânsito. "Hoje, assisto a apenas um telejornal e uso o tempo no carro para
ouvir podcasts relacionados a minha área de atuação, em inglês. Além de
aprender outros assuntos, tive uma melhora notável no idioma", conta.
Relógio biológico. Para Fernanda, além de mapear as atividades rotineiras, é
importante conhecer também o relógio biológico. "Algumas pessoas funcionam melhor
de manhã, outras à noite. Ter essa noção ajuda a escolher os melhores horários
para fazer determinadas atividades", diz a gerente do Ibmec. "O
autoconhecimento é uma ferramenta essencial no aumento da produtividade", diz.
Ter controle sobre o dia a dia também evita uma armadilha bastante comum: a
multitarefa. Segundo Barbosa, não é possível fazer várias coisas ao mesmo
tempo. "É um erro achar que isso agiliza a agenda. Na verdade, perdemos de 30%
a 40% de produção enquanto alternamos entre uma tarefa e outra, porque o
cérebro demora a retomar a atividade anterior."
O especialista sugere a alternância de atividades em apenas um caso. "Quando
uma das atividades precisa de várias horas para ser concluída, é melhor fazer
uma pausa a cada 40 minutos." Nesse intervalo, dá para tomar um café, ler ou
mesmo pagar contas e fazer ligações. "A pausa é produtiva quando a tarefa é
longa e ainda ajuda a solucionar micro problemas do dia a dia", diz.
O começo do ano também é uma época favorável para colocar pequenos cursos na
agenda. "Identifique quais são seus obstáculos e separe um tempo para superar
os pontos fracos", diz Barbosa. Pode ser línguas, pacote Office, marketing,
vendas, negociação ou o software com que lida de vez em quando. "Basta uma
pesquisa rápida para descobrir vários cursos online gratuitos. Quinze minutos
por dia, de manhã ou no intervalo do trabalho, podem fazer muita diferença na
hora de se organizar", diz o especialista. "Muitas vezes nem sabemos que temos
dificuldade em alguma ferramenta, até que precisamos dela em um momento de
pressão. Evitar que isso aconteça vai aumentar o rendimento", diz.
Daniel Silva aproveitou o tempo conquistado no último ano para colocar a
leitura em dia e estudar assuntos de interesse pessoal e profissional. "Antes,
comprava livros que ficavam só na prateleira. Depois que comecei a gerenciar
melhor minha rotina, consegui ler os que estavam atrasados e outras novidades",
conta. O coordenador do Senai usou a leitura como lazer e trabalho. "Leio por
prazer e também aproveito para aprimorar meus conhecimentos."
Depois de organizar a rotina de forma mais geral, os especialistas indicam o
uso de aplicativos de gerenciamento de tempo para colocar o trabalho
definitivamente nos trilhos. "Nós usamos o Todoist, que permite o compartilhamento
de tarefas com outros membros da equipe. Isso reduz até o excesso de emails",
conta Fernanda. Outras ferramentas, como o Evernote, Google Tasks ou Remember
the Milk também substituem as agendas de papel. "Se você esquecer de olhar seu
caderninho, vai perder seus compromissos. Os apps avisamtudo o que você tem
para fazer."
Dicas para render mais
Mapa do tempo
Saiba exatamente com o que você gasta seu tempo e quanto leva para concluir as
atividades do trabalho. Vai facilitar na hora de estabelecer prioridades.
Metas em hierarquia
Tenha consciência do que é prioridade e do que pode ser feito depois.
Categorize as tarefas: profissionais ou pessoais; gestão de equipe ou técnicas;
financeiras ou administrativas.
Uma coisa de cada vez
Não caia na tentação de fazer várias coisas ao mesmo tempo. O cérebro perde
produtividade enquanto alterna entre uma atividade e outra.
Pausa na hora certa
A cada 40 minutos, faça uma pausa em atividades longas. Respirar, tomar um café
ou pagar uma conta ajudam na produtividade.
Divisão de tarefas
Assumir muitos compromissos, principalmente se o prazo for curto, vai atrasar o
trabalho. Conheça o grupo e confie na equipe para delegar funções.
Cursos na rotina
Identifique os pontos fracos e trabalhe para eliminá-los. Vale mais a pena
gastar 15 minutos com um curso de Excel online do que perder uma hora para
corrigir uma tabela com erros.
Fonte: Estadão/
Caroline Monteiro/ESPECIAL PARA O ESTADO
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O que você não pode dizer para seu chefe e o que um chefe não pode dizer
Publicado em
29/01/2017
às
11:00
O que não se deve
dizer para o chefe
Quando o assunto é o
que se deve ou não falar para seu chefe, a presidente da Associação Brasileira
de Recursos Humanos (ABRH), Elaine Saad, resume o que os profissionais de RH,
coaches e mentores comentam a respeito do tema: deve prevalecer o bom senso, já
que esse relacionamento profissional depende muito do perfil do chefe e da
abertura que ele oferece no ambiente de trabalho. Ainda assim, os
especialistas selecionam alguns pontos.
"Não sou pago para
isso" -
reagir com essa frase ou com outras do tipo "isso não é da minha área",
"isso não dá para fazer" ou "não tenho tempo para isso" a pedidos de
trabalho feitos pelo chefe. Algumas vezes, os pedidos demonstram que ele
considera que o colaborador está preparado para assumir posições e tarefas
superiores às que desenvolve.
"Meu feedback é ."
- para a coach
executiva Eva Hirsch Pontes, o colaborador só deve dar feedback se for
solicitado pelo chefe ou ele der abertura para isso. "Não faz parte envolver o
chefe, tem de partir dele a iniciativa", afirma Eva.
"Isso é um erro" -
Questionar decisão do
chefe na presença de outras pessoas é outra ação a ser evitada, segundo Eliana,
já que ele pode se sentir confrontado e ver seu papel sendo questionado. E nem
sempre o colaborador tem o quadro completo da situação que levou o chefe a
tomar determinada decisão
"Tenho um problema" -
Só levar problemas ao
chefe sem apontar soluções também deve ser evitado, na opinião de Kamila
Soares, da People Oriented
"Foi jogar ontem? Com
está sua mulher?" -
Perguntas a respeito da vida pessoal do chefe devem ser
evitadas, exceto se ele der algum tipo de abertura para isso
"Tenho um assunto
delicado." -
Falar assuntos delicados com o chefe nos corredores da empresa pode ser uma
postura inconveniente em local inapropriado
"Estou precisando de
aumento" -
Pedir aumento salarial em situações e locais não propícios é outra atitude a
ser evitada, segundo Elaine Saad
"Você viu o que Fulano
fez?" -
Levar para o chefe comportamentos ou atitudes de colegas de trabalho. Pega mal
Creative
Commons
O que um chefe não
pode dizer
"Seu colega faz melhor
do que você" -
Fazer comparações entre colegas de trabalho para um desses colaboradores é um
erro, bem como expor alguém em público
"Quem decidiu isso é a
empresa, estou apenas executando" -
Para Elaine, frases desse tipo confundem o
funcionário e colocam o chefe numa postura de crítica a empresa
"Você está mal nisso"
-
Apontar fraquezas sem traçar um roteiro para melhorar eventuais gaps dos
colaboradores
"Você sabia que seu
colega." -
Fazer comentários, às vezes de cunho pessoal, a respeito de colegas de quem ele
está conversando
"Existem coisas que eu
não posso contar" -
É melhor nem trazer à tona assuntos internos da empresa
que não pode comentar apenas para aparentar importância, que tem acesso a
assuntos confidenciais
"Veja bem." -
Criar respostas para
coisas que não sabe
"É assim porque sou
chefe e decidi isso" -
Além de demonstrar autoritarismo, não envolve os
colaboradores nos objetivos da empresa
Fonte: O Estadão
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Processo de recrutamento e seleção: como otimizá-lo?
Publicado em
23/01/2017
às
13:00
Escolher o profissional
mais adequado para ocupar uma vaga na sua empresa torna o processo de
recrutamento e seleção uma etapa crucial para a cultura e o crescimento do
negócio. Com cuidado e algumas boas práticas, é possível melhorar a
qualidade e agilidade de todo esse processo. Veja como fazer isso.
Prepare-se para anunciar
a vaga
Antes de iniciar o
processo de recrutamento e seleção na sua empresa, é necessário que o
recrutador realize uma preparação intensiva, reunindo todas as informações a
respeito do posto a ser preenchido, do descritivo de atividades, passando pelos
benefícios, carga horária e o perfil desejado pela empresa para ocupar o cargo
- necessidade de uma segunda língua, experiência, etc.
Essas informações ajudam
a criar um anúncio mais claro e objetivo, contribuindo para filtrar os
candidatos mais aptos para o posto.
Utilize outros tipos de
recrutamento
Uma alternativa para
otimizar o processo de recrutamento e seleção é inscrever sua empresa em sites
que permitem o anúncio de vagas e também dispõem de um banco de currículos, em
que os candidatos podem incluir o mais variado número de informações,
enriquecendo o conhecimento prévio do recrutador antes do encontro presencial.
Nesse caso, é possível
uma postura mais ativa da empresa, que não fica apenas no aguardo dos
candidatos, mas pode ir diretamente até os profissionais que se encaixem no
perfil desejado.
Incremente a avaliação
anterior à entrevista presencial
Antes de receber os
candidatos para a entrevista, você pode utilizar estratégias que permitem uma
filtragem ainda melhor dos profissionais concorrendo à vaga. Entre as
alternativas possíveis temos os testes psicológicos online, que podem ser
adaptados ao perfil da vaga em questão, e as entrevistas via telefone ou
internet para avaliar a fluência do candidato em uma língua estrangeira, por
exemplo.
Conheça o candidato
antes da entrevista
Para um processo de
recrutamento e seleção otimizado, é preciso que o recrutador faça uma pesquisa
prévia sobre o currículo do candidato e possa aproveitar o momento da
entrevista para colher informações adicionais e relevantes para a vaga em
questão.
Fique atento também à
desenvoltura do candidato e ao conhecimento que ele tem da política e dos
valores da sua empresa, afinal, não basta que ele apresente o perfil se não
demonstra interesse pela organização em que pretende trabalhar.
Inclua outros gestores
no processo de recrutamento e seleção
Em muitas empresas, o
processo seletivo que define os novos funcionários ocorre sem a participação
direta de um gestor ou membro da equipe que está precisando da contratação. A
otimização desse processo exige o olhar desses profissionais, afinal, serão
eles as pessoas que trabalharão diretamente com aquele candidato. É importante
ouvir o que eles têm a dizer, seja na avaliação mais técnica, que verifica as
competências práticas desse candidato, ou sobre seu comportamento.
Com essas dicas, o
processo de recrutamento e seleção da sua empresa ficará mais ágil, prático e
eficiente.
Se você quer ficar por
dentro de mais informações sobre gestão, operação e ferramentas para a
otimização do seu negócio, assine a nossa newsletter!
Fonte: Sage
-
PROGRAMA SEGURO-EMPREGO (PSE)
Publicado em
13/01/2017
às
11:00
Programa de Proteção ao
Emprego. Adesão até 31.12.2017. Prioridade para ME e EPP
Foi publicada, no DOU de 23.12.2016, a Medida Provisória n° 761/2016,
dando nova denominação ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE),
que passa a ser intitulado Programa Seguro-Emprego (PSE),
prolongada a data de adesão ao programa para 31.12.2017.
O Programa Seguro-Emprego (PSE), anteriormente nomeado Programa de
Proteção ao Emprego (PPE), foi instituído pela Medida Provisória n°
680/2015 convertida na Lei n° 13.189/2015 e objeto do Econet Express
n° 149/2015.
Podem aderir ao PSE as empresas de todos os setores em situação de
dificuldade econômico-financeira que celebrarem acordo coletivo
de trabalho específico de redução de jornada e de salário.
A adesão ao PSE se dá junto ao Ministério do Trabalho, até o dia
31.12.2017, com prazo máximo de permanência de 24 meses.
Também passam a ter prioridade na adesão as Microempresas
(ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), as quais poderão optar
por receber apoio técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (SEBRAE).
A comprovação da situação de dificuldade econômico-financeira passa
a ser fundamentada no Indicador Líquido de Empregos (ILE),
sendo igual ou inferior ao percentual a ser definido em ato do Poder Executivo
Federal, e apurado com base nas informações disponíveis no CAGED.
O número total de trabalhadores e de setores abrangidos pelo programa,
em caso de solicitação de adesão por filial de empresa, e a redução do
percentual, poderão ser alterados durante o período de adesão ao programa,
dispensada a formalização de termo aditivo ao acordo.
Ficam permitidas as contratações de empregados exclusivamente
para reposição de quadro funcional, quando do aproveitamento de concluinte de
curso de aprendizagem na empresa, efetivação de estagiário, contratação de
pessoas com deficiência e contratação de egresso dos sistemas prisional e de
medidas socioeducativas.
Até o final do mês de fevereiro dos anos de 2017 e de 2018, o Poder
Executivo Federal estabelecerá o limite máximo anual para as despesas totais do
PSE, observados os parâmetros econômicos oficiais utilizados na gestão fiscal,
podendo fixar orçamento dedicado exclusivamente a ME e EPP.
Fonte: Econet Editora
Empresarial Ltda.
-
Rio Grande do Sul tem saldo positivo de vagas de emprego
Publicado em
08/01/2017
às
11:00
Caged
aponta saldo de 1.191 contratações; agropecuária lidera admissões
O
Rio Grande do Sul foi o estado que mais gerou empregos formais no mês de
novembro/2016, apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) anunciados nesta quinta-feira (29). No mês, as empresas do estado
contrataram 80.447 trabalhadores e dispensaram 79.256, com um saldo positivo de
1.191 vagas (crescimento de 0,05% em relação a outubro). Foi o segundo mês
seguido de saldo positivo. Em outubro, o estado já havia registrado 2.386 mais
contratações do que demissões.
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que o Rio Grande do Sul segue o
caminho para a retomada plena dos empregos. "No ano que vem, temos certeza de
que o número estará ainda melhor, para que os trabalhadores possam ter ocupação
e renda e garantir o sustento de suas famílias e o crescimento do país", disse
o ministro. "Só o trabalho vai assegurar um Brasil forte, com crescimento
sustentável e oportunidades a todos", declarou.
A
agropecuária foi o setor com melhor desempenho relativo em novembro: aumento de
3,34% no número de empregos formais. Em termos absolutos, o comércio gerou
maior número de empregos, com saldo positivo de 3.722 postos de trabalho, um
aumento de 0,62%. A administração pública, com 0,03%, veio a seguir. O
setor de extrativismo mineral teve o pior desempenho: redução de 2,51% no total
de empregos em relação ao mês anterior.
O
levantamento mostra que houve aumento no número de vagas em novembro em 35 dos
71 municípios do Rio Grande do Sul com mais de 30 mil habitantes. O destaque
foi para a cidade de Cruz Alta, que teve 1.624 contratações a mais do que as
demissões feitas pelas empresas do município, com balanço positivo de 14,37% no
total de vagas de empregos em relação a outubro.
Também
tiveram saldo positivo acima de 2% as cidades de Capão da Canoa (3,6%), Pelotas
(2,31%) e Torres (2,21%). Nos últimos 12 meses, 17 municípios gaúchos entre os
com população superior a 30 mil habitantes (24% do total) tiveram mais
admissões do que dispensas de trabalhadores.
No
acumulado no período nessas cidades, porém, houve retração de 2,65% no número
de vagas - ocorreram 55.724 mais demissões do que contratações desde o mês de
novembro do ano passado.
Dados
nacionais
- O mercado de trabalho perdeu 116.747 vagas
com carteira assinada em novembro. O desempenho é resultado de 1.103.767
admissões contra 1.220.514 demissões ocorridas durante o mês. Este saldo
negativo em novembro provocou uma queda de 0,3% no estoque de empregos em
comparação ao mês anterior. No mesmo mês do ano passado, a queda havia sido
ainda maior, com 130.629 vagas formais a menos. No período dos últimos 12
meses, o estoque de empregos formais passou de 40,3 milhões para 38,8 milhões,
uma queda de 3,65%.
Desempenho
setorial
- De todos os setores de atividade econômica,
apenas o comércio teve desempenho positivo em novembro, seguindo a tendência já
registrada em outubro. Houve um acréscimo de 58.961 vagas, o que representa um
aumento de 0,66%. A alta foi puxada principalmente pelo ramo varejista, que
abriu 57.528 postos. A maioria dos empregos foi criada nos ramos de vestuário e
acessórios, seguidos pelos de supermercados, comércio de calçados e artigos
para viagens.
Entre
os setores com resultado negativo, destacaram-se a indústria de transformação
(-51.859 postos), construção civil (-50.891), serviços (-37.959) e agricultura
(-26.097). Na indústria, a queda ocorreu principalmente nos ramos de produtos
farmacêuticos (-12.211), alimentícios (-8.442), têxteis (-6.472) e de calçados
(-4.033). Já a Agricultura foi influenciada por fatores sazonais, com destaque
para o setor de cultivo de cana-de-açúcar em São Paulo, que, sozinho, fechou
4.478 postos.
Fonte: Ministério
do Trabalho/
Assessoria
de Imprensa
-
Estudantes estrangeiros de graduação e pós-graduação poderão trabalhar legalmente
Publicado em
26/12/2016
às
18:00
Resolução do Conselho Nacional
de Imigração (CNIg) reduz burocracia para conversão do visto de estudos em
visto de trabalho
Uma nova resolução do Conselho Nacional de Imigração
autoriza estudantes estrangeiros de graduação ou pós-graduação no Brasil a
trabalharem legalmente no país. A medida, publicada no Diário Oficial da União
(DOU) desta quinta-feira (22/12/2016), vale também para aqueles que já
terminaram os cursos e pretendem permanecer no Brasil.
O presidente do Conselho Nacional de Imigração, Paulo Sergio de Almeida, explica
que, antes da resolução, o trabalho para estudantes estrangeiros era vetado. Os
que desejassem trabalhar após concluir os cursos precisavam retornar ao país de
origem e fazer nova solicitação de visto, desta vez, para trabalho. "A medida
deixa o Brasil coerente com as boas práticas internacionais, ao mesmo tempo em
que segura no país trabalhadores qualificados", avalia.
Paulo Sergio disse que a medida deve reduzir o número de estudantes na
informalidade, já que muitos enfrentam dificuldades para se manter no Brasil
sem trabalhar. "A gente tinha um grupo de pessoas qualificadas, porque estavam
cursando graduação e pós-graduação, trabalhando informalmente ou abandonando os
estudos e ficando por aqui por não conseguirem pagar a faculdade", afirma.
A conversão do visto para estudos e trabalho não será automática. Os estudantes
precisarão encaminhar o pedido à Coordenação Geral de Imigração (CGIG), no
Ministério do Trabalho, que analisará os casos e expedirá as autorizações. Uma
das condições para receber a autorização é que a função estabelecida no
contrato de trabalho do estudante tenha relação com o currículo do curso que
está sendo realizado no Brasil.
A nova resolução começa a valer já a
partir desta quinta. Veja a publicação
aqui
.
Fonte:
Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa.
-
Fim do prazo para programa de proteção ao emprego
Publicado em
23/12/2016
às
18:00
Iniciativa foi criada para
tentar preservar empregos e favorecer a recuperação econômica das empresas;
termina em 31 de dezembro de 2016
Para tentar preservar empregos
e favorecer a recuperação econômica das empresas, o governo federal criou o
Programa de Proteção ao Emprego (PPE), por meio da
Lei
n.º 13.189/2015
. A adesão poderá ser feita até o dia 31 de dezembro de 2016
As empresas com dificuldades financeiras devem preencher alguns
requisitos, entre eles: celebrar e apresentar o acordo coletivo de trabalho
específico para esse fim, solicitação de adesão ao PPE ao órgão definido pelo
Poder Executivo, a relação dos empregados abrangidos, especificando o salário
individual. Além disso, deverá ter registro no CNPJ há no mínimo dois
anos, comprovar a situação de dificuldade financeira e a regularidade fiscal,
previdenciária e relativa ao FGTS - que deverá ser mantida durante
todo o período.
A primeira condição para se solicitar adesão ao PPE é a aprovação de
Acordo Coletivo de Trabalho específico entre a empresa e o sindicato
representante dos empregados da categoria preponderante da empresa.
Pode ser estabelecida a redução de até 30% da jornada e do salário do
empregado. É, ainda, requisito que o acordo seja aprovado em assembleia dos
trabalhadores, devendo ainda constar o número total de empregados abrangidos
pela redução e sua identificação, estabelecimentos ou setores específicos,
percentual de diminuição da jornada e correspondente proporcional do salário,
período pretendido de adesão ao PPE e de redução temporária da jornada de
trabalho, que deve ter duração de até seis meses, podendo ser prorrogado por
períodos de seis meses, desde que o total não ultrapasse 24 meses, respeitada a
data de extinção do programa, que é 31 de dezembro de 2017, período de garantia
de emprego que deve ser equivalente, no mínimo, ao período de redução de
jornada acrescido de um terço e constituição de comissão paritária, composta
por representantes de empregadores e empregados abrangidos pelo PPE para
fiscalizar o cumprimento do acordo e do programa, exceto nas microempresas e empresas
de pequeno porte.
Os empregados que tiverem a jornada de trabalho reduzida em até 30%
terão redução proporcional do salário e receberão compensação pecuniária de até
50% do valor da redução salarial, limitado ao montante correspondente a 65% da
parcela máxima do benefício do seguro-desemprego, sendo que o valor do salário
pago pelo empregador após a redução não poderá ser inferior ao valor
do salário mínimo. Além disso, a empresa deverá demonstrar ao
sindicato que foram esgotados os bancos de horas.
Importa ainda atentar para as vedações constantes da lei. A empresa que
aderir ao PPE não poderá efetuar dispensa arbitrária ou sem justa causa dos
empregados que tiverem sua jornada de trabalho reduzida enquanto vigorar a
adesão ao programa e, após o término, por um terço do período de adesão; não
poderá realizar contratações para executar total ou parcialmente as mesmas
atividades exercidas por empregado abrangido pelo programa, exceto em se
tratando de reposição ou aproveitamento de aprendiz que concluiu o curso e
nesses casos os empregados contratados, seja o aprendiz em decorrência da
conclusão de curso de aprendizagem, seja o empregado contratado por reposição,
deverá ser abrangido pelo acordo coletivo de trabalho específico ao PPE. É,
ainda, vedada a realização de horas extras pelos empregados do programa.
Como se observa, o PPE limita o poder do empregador ao proibir
contratações e dispensas, estabelecendo ainda prazo para que as mesmas possam
se efetivar. A empresa pode denunciar o programa a qualquer momento, devendo
comunicar a desistência ao sindicato que celebrou o acordo, aos trabalhadores e
ao Poder Executivo, com antecedência mínima de 30 dias.
Na hipótese de a empresa voltar a enfrentar dificuldade financeira, caso
queira aderir novamente ao programa, terá de ser observado um lapso de seis
meses do ato da denúncia anterior para ingressar novamente no PPE. Já em caso
de exclusão do programa, a empresa fica impedida de nova adesão.
Se a empresa optar pela adesão ao PPE, deverá agir com muita cautela,
uma vez que em caso de descumprimento do acordo coletivo ou das normas
relativas ao PPE a companhia deverá restituir ao FAT todos os recursos
recebidos, devidamente corrigidos, bem como pagar multa administrativa
correspondente a 100% desse valor, calculada em dobro, se configurado o ato
fraudulento.
Já em caso de exclusão do programa, a empresa fica impedida de nova
adesão. São motivos de exclusão o descumprimento do acordo coletivo de trabalho
específico para a adesão ao PPE ou qualquer dispositivo da Lei n.º 13.189/2015;
fraude no âmbito do PPE ou condenação com decisão transitada em julgado ou
autuada administrativamente após decisão final no processo administrativo por
prática de trabalho análogo ao de escravo, trabalho infantil ou degradante.
Fonte: Conjur/CRC SP.
-
Presidente assina medidas para apoiar geração de empregos
Publicado em
23/12/2016
às
16:30
Projeto de lei e programa vão
incentivar empresários a contratar empregados e a preservar postos de trabalho.
Para manter e gerar empregos, o presidente da
República, Michel Temer, assinou nesta quinta-feira (22) uma medida provisória
e encaminhou ao Congresso um Projeto de Lei para modernizar as leis
trabalhistas.
Com a MP, o Programa de Proteção ao Emprego (PPE),
cuja validade terminaria no próximo dia 31, será prorrogado por mais um ano e renomeado
para Programa Seguro-Emprego (PSE). A outra iniciativa, que será enviada aos
parlamentares, tem a intenção de fortalecer as relações de trabalho por meio
das negociações coletivas.
Todas as mudanças foram discutidas entre o
Ministério do Trabalho, empresários e empregados antes de serem anunciadas.
"O Brasil precisa de fraternidade, de
tranquilidade, de harmonia, de serenidade. Então (...) eu digo, tenho certeza
que o Ronaldo [Nogueira, ministro do Trabalho] vai dialogar
intensamente, e esta é uma marca do nosso governo. Eu, de vez em quando, resumo
a ideia do governo pela ideia do diálogo", ressaltou o presidente.
O novo Programa Seguro-Emprego continuará
a permitir a redução em até 30% da jornada e do salário do trabalhador ao mesmo
tempo que o governo compensa 50% do valor da redução salarial, limitada a 65%
do valor máximo da parcela do seguro-desemprego. A MP do programa
reforçará a prioridade de adesão às micro e pequenas empresas.
Já o Projeto de Lei dá mais força de lei aos
acordos ou convenções coletivas de trabalho que tratem de temas como
parcelamento de férias e banco de horas. A proposta estabelece que permite que
sindicatos e empresas negociem jornadas a 220 horas mensais.
Também serão fixadas novas regras sobre os
contratos de trabalho temporários. A contratação de trabalhadores para essa
modalidade será ampliada de 90 para 120 dias, podendo ser prorrogado uma única
vez pelo mesmo prazo.
"O mais importante para o Brasil está sendo feito,
que é o envio de uma proposta para o Legislativo para manter e gerar emprego,
fruto do diálogo e do entendimento social. Com tal proposta quebramos
paradigmas para trazer as relações de trabalho do Brasil para o século 21",
afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
FGTS
Na mesma cerimônia, o presidente Michel Temer
assinou a medida provisória que muda a remuneração das contas do FGTS e permite
o saque de saldo de contas inativas.
Fonte:
Portal Planalto.
-
Falta de local para amamentação no trabalho causa rescisão indireta de contrato
Publicado em
14/12/2016
às
11:00
Se não houver local
adequado para amamentação no seu trabalho, a empregada pode pedir rescisão
indireta do contrato. O entendimento é da 2ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho de Mato Grosso (TRT/MT). O artigo 389 da CLT prevê essa obrigação para
os estabelecimentos em que trabalham pelo menos 30 mulheres com mais de 16 anos
de idade.
A decisão foi no
processo de uma empregada que pediu a rescisão do contrato de trabalho porque
não conseguia um local apropriado para amamentar sua filha no local onde
trabalhava. Na rescisão contratual indireta, a empregada recebe como se tivesse
sido demitida sem justa causa, ou seja, tem direito a aviso prévio, saldo de
salários, férias proporcionais e vencidas e multa de 40 % sobre o FGTS.
A trabalhadora
argumentou que não foi possível continuar com seu contrato já que a empresa não
observou as normas relativas à disponibilização de local ou creche para
possibilitar a amamentação. A empresa alegou no processo que concedia o
intervalo para amamentação e que a empregada abandonou o emprego.
Na ação trabalhista,
que tramitou na 1ª Vara do Trabalho de Rondonópolis, ficou comprovado que,
muito embora a empresa concedesse o horário de descanso para amamentação, não
possuía local apropriado para a criança, nem creche ou auxílio creche. O motivo
da empregada não mais voltar ao trabalho foi a ausência de local apropriado
para deixar seu bebê em período de amamentação. A empregada chegou a ligar para
a empresa e disse que não poderia mais trabalhar no local, pois não tinha com
quem deixar sua filha.
A empresa recorreu
ao Tribunal. Mas ao julgar o recurso, o relator, desembargador João Carlos
Souza, entendeu que a saída do emprego se deu pelo fato de não haver local
adequado para amamentação, situação que justifica a rescisão indireta do
contrato de trabalho.
Acompanhado por
unanimidade o relator, a 2ª Turma decidiu que a falta cometida pela empresa foi
grave o suficiente para impedir a continuação do contrato de trabalho. "A
gravidade é inquestionável, atentando inclusive contra o princípio
constitucional de proteção à maternidade e ao nascituro, restando demonstrada a
Rescisão Indireta do contrato de trabalho."
Rescisão Contratual
Indireta
A rescisão indireta
é uma modalidade de rompimento do contrato de trabalho por falta grave do
patrão. Quando se tornar impossível a continuidade da relação de emprego. Assim
como o patrão pode demitir o funcionário por justa causa, quando este comete
faltas graves, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) também fala em
hipóteses nas quais, se o empregador praticar abusos, o funcionário pode
aplicar-lhe a justa causa.
O empregado pode
pedir a "justa causa" do empregador na justiça trabalhista quando forem violadas
a lei ou as obrigações do contrato de trabalho. A chamada dispensa ou rescisão
indireta está prevista no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
Fonte: Contabilidade na TV
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Auto de infração aplicado a pequena empresa tem de observar critério da dupla visita
Publicado em
25/11/2016
às
18:00
Uma pequena
empresa de depósito de material de construção foi autuada por auditores do
Ministério do Trabalho que expediram contra ela 11 autos de infração, por
irregularidades nas condições e no ambiente de trabalho. Argumentando que as
autuações ocorreram sem inspeção ou fiscalização anteriores para orientá-la a
sanar as irregularidades, a empresa pediu a anulação das multas. Ao analisar o
caso, a juíza Betzaida da Matta Machado Bersan, na titularidade da Vara do
Trabalho de São João Del Rei, acolheu o pedido. A magistrada constatou que, de
fato, as multas foram aplicadas sem o respeito ao critério da "dupla
visita", requisito que, por lei, é indispensável para a autuação das
pequenas empresas.
Os autos de
infração foram lavrados em 19/03/2013, em inspeção realizada por auditor do
trabalho, na qual constatou-se que a empresa teria deixado de cumprir normas de
segurança e proteção dos trabalhadores. Mas, conforme ressaltado pela
julgadora, o artigo 55 da LC 123/2006 (Estatuto Nacional da Microempresa e da
Empresa de Pequeno Porte) dispõe que a fiscalização das micro e pequenas
empresas, inclusive quanto aos aspectos trabalhistas, deve ter natureza
prioritariamente orientadora, sendo obrigatória a observância do critério da
"dupla visita". Nesse mesmo sentido, o artigo 23, IV, do Decreto
4.552/2002.
No caso,
ficou comprovado a qualidade de microempresa da autuada. Entretanto, o auditor
fiscal não respeitou o critério da dupla vista determinado na lei,
circunstancia que, segundo a magistrada, acarreta na nulidade das autuações. A
julgadora ressaltou que a Lei Complementar libera a necessidade da dupla visita
somente nos casos de infração por falta de registro de empregado ou anotação da
CTPS, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à
fiscalização (parágrafo primeiro do artigo 55 da LC 123/2006), hipóteses que
não ocorreram, no caso.
"Não há
prova de que a fiscalização teve, inicialmente, um caráter orientador, dando
oportunidade para o cumprimento de orientações e instruções passadas à
microempresa para posterior autuação. Também não há prova de que a empresa
autuada seja reincidente ou tenha praticado atos compatíveis com fraude,
resistência ou embaraço à fiscalização",
destacou a juíza.
Citando
jurisprudência do TRT-MG no mesmo sentido, a juíza declarou a nulidade dos
autos de infração. Ela também manteve a decisão que, em tutela de urgência,
acolheu o pedido da empresa para impedir que a União Federal realizasse sua
inscrição no CADIN (Cadastro de Inadimplentes). A União apresentou recurso
ordinário, que se encontra em trâmite no TRT-MG.
Fonte: Âmbito
Jurídico/TRT 3º Região
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Profissionais de beleza poderão ser contratados como Pessoas Jurídicas
Publicado em
17/11/2016
às
15:00
Conhecida como "Lei do Salão
Parceiro", a Lei nº 13.352/16 foi sancionada no dia 27/10/2016. Com isso,
a partir de janeiro/2017, os empreendimentos não precisarão mais contratar
profissionais de beleza conforme as regras estabelecidas na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
De acordo com a nova lei, os salões de beleza podem firmar contratos de
parceria com profissionais cabeleireiros, barbeiros, esteticistas, manicures,
pedicures, depiladores e maquiadores, que prestarão serviços como pessoas
jurídicas, sem vínculo empregatício. No entanto, os demais empregados dos
salões continuam com contratos regidos pela CLT.
O texto cria as figuras do salão-parceiro e do profissional-parceiro. Esse
último tanto pode se enquadrar como micro ou pequena empresa, quanto como
microempreendedor individual. Ele pagará ao salão, a título de aluguel de
móveis e utensílios e de execução de funções administrativas, uma porcentagem
dos valores recebidos. Ao salão, por sua vez, caberá centralizar os pagamentos
e recebimentos dos serviços prestados pelos profissionais e recolher os
tributos referentes tanto à sua parte como a dos parceiros, inclusive as
contribuições sociais e previdenciárias.
É imprescindível que a relação entre as partes seja regulamentada por contrato
homologado pelo sindicato da categoria profissional ou pelo Ministério do
Trabalho.
Controvérsia e polêmica acompanharam a chegada da nova lei. Enquanto seus
defensores afirmam que, por regulamentar uma situação que já ocorria na
prática, a parceria trará ganhos para o setor de beleza como um todo, seus críticos
alegam que ela retira direitos e garantias assegurados a esses profissionais,
precarizando as relações de trabalho.
Fonte: Contas em Revista
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Lei regulamenta parceria de profissionais com salões de beleza
Publicado em
04/11/2016
às
15:00
Foi sancionada pelo presidente Michel Temer proposta que transforma
em lei nº 13.352/2016 (texto completo abaixo) a parceria entre salões de
beleza e profissionais do setor, que agora não precisam ser empregados pela
empresa para atender aos clientes.
A lei cria contratos formais de parceria entre os salões e as seguintes
categorias: cabeleireiros, barbeiros, esteticistas, manicures, pedicures,
depiladores e maquiadores.
O projeto original foi apresentado pelo deputado
Ricardo Izar (PP-SP) e causou polêmica com sindicatos, que consideraram o texto
uma maneira de burlar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT -
Decreto-Lei 5.452/43) ao permitir que os salões contratem profissionais de
beleza como pessoas jurídicas, sem garantias trabalhistas.
Ricardo Izar rebate as críticas. Segundo ele, a lei vai resolver uma
situação que já existe e colocar na formalidade mais de 500 mil pessoas que
prestam serviços hoje sem nenhuma garantia. "Vai ser um grande ganho para
a categoria da beleza como um todo. Os salões vão ser menos tributados, porque
só irão ser tributados sobre a parte que lhe cabe, e não sobre a que vai para o
profissional", disse.
Já para a deputada Erika Kokay (PT-DF), a parceria é uma maneira de
retirar direitos trabalhistas dos profissionais da beleza. "O texto precariza
as relações de trabalho. Sob o discurso de que dá a oportunidade de os
profissionais da beleza se transformem em microempreendedores, a lei rasga o
direito ao 13º, às férias", afirmou.
Regras
A lei cria as figuras do salão-parceiro e do profissional-parceiro. O salão
será responsável por centralizar os pagamentos e recebimentos dos serviços
prestados pelos profissionais.
Já para Erika Kokay, nova norma precariza as
relações de trabalho
O salão também ficará responsável pelo recolhimento dos tributos, tanto
a sua parte como a dos profissionais-parceiros, o que inclui as contribuições
sociais e previdenciárias.
Já os profissionais-parceiros serão enquadrados como pequenos
empresários, microempresários ou microempreendedores individuais.
E eles não poderão atuar na administração do salão, que ficará com parte
do pagamento pelos serviços, a título de aluguel de móveis e utensílios, assim
como pelas funções administrativas. Esse percentual terá de ser definido no
contrato de parceria.
Flexibilização
A relatora da proposta na Câmara foi a deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), que
defende a parceria como um primeiro passo para a mudança nas relações de
trabalho no País. "Os países mais desenvolvidos do mundo têm regras
trabalhistas mais flexíveis. Pela lei, será possível estabelecer parceria com CNPJ,
na qual serão fixadas em contrato a carga horária e a comissão a ser recebida
pelo profissional, assim como também poderá haver parceria conforme a CLT",
destacou.
Na opinião de Soraya Santos, lei é um primeiro
passo para rever as relações trabalhistas no País
É justamente essa flexibilização o que temem os trabalhadores, como
aponta Moacyr Roberto Tesch, diretor da Nova Central Sindical. "Os maiores
prejudicados desse processo são os trabalhadores, que deixam de ter as suas
garantias sociais, seus planos de saúde e passam a ser pessoas jurídicas. E
isso é muito perigoso porque pode se estender para outros setores da prestação
de serviços."
Para valer, o contrato de parceria precisa ser homologado pelo sindicato
da categoria profissional ou pelo Ministério do Trabalho. Mas ficará
configurado o vínculo empregatício quando não existir o contrato ou quando o
profissional-parceiro desempenhar outras funções no salão.
Fonte: Câmara dos Deputados
ÍNTEGRA DA LEI
LEI Nº 13.352, DE 27 DE OUTUBRO DE 2016.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
Altera a Lei no 12.592, de
18 de janeiro 2012, para dispor sobre o contrato de parceria entre os
profissionais que exercem as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista,
Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador e pessoas jurídicas registradas como
salão de beleza.
Art. 1o A Lei no 12.592,
de 18 de janeiro de 2012, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 1o-A,
1o-B, 1o-C e 1o-D:
"Art. 1o-A Os salões de beleza poderão celebrar
contratos de parceria, por escrito, nos termos definidos nesta Lei, com os
profissionais que desempenham as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro,
Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador.
§ 1o Os estabelecimentos e os profissionais de
que trata o caput, ao atuarem nos termos desta
Lei, serão denominados salão-parceiro e profissional-parceiro, respectivamente,
para todos os efeitos jurídicos.
§ 2o O salão-parceiro será responsável pela
centralização dos pagamentos e recebimentos decorrentes das atividades de
prestação de serviços de beleza realizadas pelo profissional-parceiro na forma
da parceria prevista no caput.
§ 3o O salão-parceiro realizará a retenção de sua
cota-parte percentual, fixada no contrato de parceria, bem como dos valores de
recolhimento de tributos e contribuições sociais e previdenciárias devidos pelo
profissional-parceiro incidentes sobre a cota-parte que a este couber na
parceria.
§ 4o A cota-parte retida pelo salão-parceiro
ocorrerá a título de atividade de aluguel de bens móveis e de utensílios para o
desempenho das atividades de serviços de beleza e/ou a título de serviços de
gestão, de apoio administrativo, de escritório, de cobrança e de recebimentos
de valores transitórios recebidos de clientes das atividades de serviços de
beleza, e a cota-parte destinada ao profissional-parceiro ocorrerá a título de
atividades de prestação de serviços de beleza.
§ 5o A cota-parte destinada ao
profissional-parceiro não será considerada para o cômputo da receita bruta do
salão-parceiro ainda que adotado sistema de emissão de nota fiscal unificada ao
consumidor.
§ 6o O profissional-parceiro não poderá assumir
as responsabilidades e obrigações decorrentes da administração da pessoa
jurídica do salão-parceiro, de ordem contábil, fiscal, trabalhista e
previdenciária incidentes, ou quaisquer outras relativas ao funcionamento do
negócio.
§ 7o Os profissionais-parceiros poderão ser
qualificados, perante as autoridades fazendárias, como pequenos empresários,
microempresários ou microempreendedores individuais.
§ 8o O contrato de parceria de que trata esta Lei
será firmado entre as partes, mediante ato escrito, homologado pelo sindicato
da categoria profissional e laboral e, na ausência desses, pelo órgão local
competente do Ministério do Trabalho e Emprego, perante duas testemunhas.
§ 9o O profissional-parceiro, mesmo que inscrito
como pessoa jurídica, será assistido pelo seu sindicato de categoria
profissional e, na ausência deste, pelo órgão local competente do Ministério do
Trabalho e Emprego.
§ 10. São cláusulas obrigatórias do contrato de parceria, de que trata
esta Lei, as que estabeleçam:
I - percentual das retenções pelo salão-parceiro dos valores recebidos
por cada serviço prestado pelo profissional-parceiro;
II - obrigação, por parte do salão-parceiro, de retenção e de
recolhimento dos tributos e contribuições sociais e previdenciárias devidos
pelo profissional-parceiro em decorrência da atividade deste na parceria;
III - condições e periodicidade do pagamento do profissional-parceiro,
por tipo de serviço oferecido;
IV - direitos do profissional-parceiro quanto ao uso de bens materiais
necessários ao desempenho das atividades profissionais, bem como sobre o acesso
e circulação nas dependências do estabelecimento;
V - possibilidade de rescisão unilateral do contrato, no caso de não
subsistir interesse na sua continuidade, mediante aviso prévio de, no mínimo,
trinta dias;
VI - responsabilidades de ambas as partes com a manutenção e higiene de
materiais e equipamentos, das condições de funcionamento do negócio e do bom
atendimento dos clientes;
VII - obrigação, por parte do profissional-parceiro, de manutenção da
regularidade de sua inscrição perante as autoridades fazendárias.
§ 11. O profissional-parceiro não terá relação de emprego ou de
sociedade com o salão-parceiro enquanto perdurar a relação de parceria tratada
nesta Lei."
"Art. 1o-B Cabem ao salão-parceiro a preservação e a
manutenção das adequadas condições de trabalho do profissional-parceiro,
especialmente quanto aos seus equipamentos e instalações, possibilitando as
condições adequadas ao cumprimento das normas de segurança e saúde
estabelecidas no art. 4o desta Lei."
"Art. 1o-C Configurar-se-á vínculo empregatício entre
a pessoa jurídica do salão-parceiro e o profissional-parceiro quando:
I - não existir contrato de parceria formalizado na forma descrita nesta
Lei; e
II - o profissional-parceiro desempenhar funções diferentes das
descritas no contrato de parceria."
"Art. 1o-D O processo de fiscalização, de autuação e
de imposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452,
de 1o de maio de 1943."
Art. 2o Esta Lei entra em vigor após decorridos
noventa dias de sua publicação oficial.
Brasília, 27 de outubro de 2016; 195o da
Independência e 128o da República.
Fonte: MICHEL TEMER
/Marcos Pereira/Geddel
Vieira Lima
-
Na contramão das grandes, pequenas empresas voltam a abrir vagas
Publicado em
04/11/2016
às
13:00
Há um ano e meio, o Brasil mais fecha do que abre vagas com
carteira assinada. Essa trajetória, porém, dá sinais de reversão entre as micro
e pequenas empresas.
Em agosto e setembro, os negócios de menor porte (com receita bruta
anual de até R$ 3,6 milhões) registraram saldo positivo de 6.645 novos postos,
de acordo com análise do Sebrae de dados do Caged (Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
Já as médias e grandes companhias encerraram mais de 75 mil empregos.
O número é tímido diante do encolhimento total do trabalho formal (de
janeiro a setembro, foram fechadas, no total, 683,6 mil vagas no país), mas
pode sinalizar os primeiros sinais de otimismo do empresariado com os rumos da
economia.
Os pequenos negócios concentram a maior parte dos trabalhadores no
Brasil. Em 2015 (dado mais recente disponível), 54% dos empregados com carteira
trabalhavam em empresas desse porte.
DEPOIS DO CARNAVAL
A Embalagens Carrão, distribuidora do produto com 15 anos de mercado em
São Paulo, reduziu o quadro de sete pessoas para apenas o sócio Antônio de
Oliveira e sua mulher, Cláudia de Souza.
A empresa já não caminhava bem desde 2011, mas a crise potencializou
esse enxugamento, diz o proprietário.
Recentemente, porém, Oliveira percebeu um aumento da demanda, fruto
principalmente da entrada de novos clientes. Com a melhora recente e boas
expectativas para os próximos meses, ele contratou uma nova funcionária e, caso
o cenário positivo se confirme, ele deve abrir mais uma vaga depois do
Carnaval.
"Alguns sinais da economia já começam a se refletir na atividade da
pequena empresa, principalmente no campo de serviços e comércio, até porque o
final de ano está se aproximando e o pessoal está se preparando", diz
Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.
O índice de confiança do pequeno e médio empresário para o quarto
trimestre subiu 8% em relação ao trimestre anterior e 18,3% na comparação com o
mesmo período do ano passado, de acordo com o Insper. O indicador é elaborado
em parceria com o banco Santander.
SAZONALIDADE
Economistas recomendam cautela na análise desses dados. "A alta
temporada do final de ano é provavelmente o grande motor desse movimento.
Obviamente isso acontece dentro de um quadro de melhora gradual da economia,
mas as duas coisas precisam ser vistas juntas", diz Bruno Ottoni, da
Fundação Getulio Vargas.
Ele também afirma que a queda recente na taxa de juros (no mês passado,
o Banco Central reduziu a taxa básica pela primeira vez em quatro anos, para
14% anuais) e a sinalização de novas reduções nos próximos meses podem ter
reanimado o pequeno empresário.
Já Hélio Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(Fipe), acredita que o saldo positivo registrado ainda é muito pequeno para
permitir a retirada de alguma conclusão.
"A queda de empregos em setembro na economia como um todo foi menor
que no ano passado. Isso é um sinal bom, mas mil novos empregos ainda é muito
pouco", afirma.
Fonte: Folha de São Paulo
-
Ferramenta do Ministério do Trabalho mapeia e acompanha emprego formal no país
Publicado em
22/10/2016
às
17:00
Informações
são disponibilizadas pela internet no Painel de Monitoramento do Mercado de
Trabalho
Uma
ferramenta disponível no site do Ministério do Trabalho permite mapear e
acompanhar o emprego formal em todo país. Chamada de Painel de Monitoramento do
Mercado de Trabalho (http://mercadodetrabalho.mte.gov.br/) a página possibilita
pesquisar o cenário do emprego formal em qualquer estado ou cidade brasileira.
As informações disponíveis vão desde o comportamento da abertura e fechamento
de vagas, até a oscilação de rendimentos das ocupações.
O analista de políticas sociais do Ministério do Trabalho, Vinicius Lobo,
explica que o objetivo da ferramenta é disponibilizar essa informação de
maneira simples e acessível para que qualquer pessoa possa utilizá-la como
fonte de pesquisa. "Um trabalhador que pretende migrar para outra cidade pode
usar esse site para saber como está o mercado de trabalho nessa nova cidade,
por exemplo. Ele vai poder saber coisas como: quais as profissões em alta, qual
o salário médio dos profissionais e se as vagas da ocupação que ele busca estão
abrindo ou fechando", exemplifica.
Para o secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho,
Leonardo Arantes, a principal utilidade do Painel de Monitoramento é a
possibilidade de ser usado como base para o planejamento e gestão das políticas
públicas. "O gestor público pode acessar essas informações para saber como está
se comportando o emprego na sua cidade ou no seu estado e utilizá-las para
planejar ou ajustar os rumos da execução dos serviços. Os técnicos do Sistema Nacional
de Emprego (Sine) usam muito. E prefeitos e governadores podem fazer o mesmo",
avalia.
Os dados que constam no painel utilizam três fontes de informação: a Relação
Anual de Informações Sociais (Rais), o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) e o Sistema de Registro de Empresas de Trabalho
temporário (Sirett).
Fonte: Assessoria de Imprensa do
Ministério do
Trabalho
-
DESCONTO DE COMPRAS EM FOLHA DE SALÁRIOS É ILEGAL
Publicado em
21/10/2016
às
13:00
O Tribunal
Superior do Trabalho (TST) rejeitou o recurso de uma varejista do setor de moda
contra a decisão que a proibiu de descontar da remuneração de seus empregados
do município de Natal (RN) os valores de compras parceladas com cartão da
empresa.
Embora os empregados tivessem desconto especial de 10% e pudessem parcelar o
pagamento em até cinco vezes, a loja abatia diretamente do salário de seus
funcionários os valores de compras feitas com o cartão. Os descontos, algumas
vezes, compreendiam todo o salário do trabalhador.
Por considerar que a prática constituía abuso do poder diretivo, o Ministério
Público do Trabalho (MPT) acionou a loja. O órgão pedia a imposição de multa
diária no valor de R$ 100 mil caso a varejista continuasse a efetuar os
descontos e indenização por dano moral coletivo de R$ 10,1 milhões.
Embora o pedido tenha sido negado em primeira instância, o Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) da 21ª Região acolheu parcialmente o recurso do MPT,
considerando o desconto abusivo. A decisão baseou-se no artigo 462 da Consolidação das Leis do Trabalho, que proíbe desconto nos
salários do empregado, a não ser que a dedução ocorra por conta de adiantamento
salarial, autorização legal ou contrato coletivo. De acordo com o dispositivo,
o abatimento também é permitido quando o trabalhador causar dano material ao
empregador, desde que tal possibilidade tenha sido acordada ou se comprovada a
má-fé do funcionário.
Por outro
lado, o TRT entendeu que não houve ofensa à dignidade da coletividade e,
portanto, negou a indenização por dano moral.
Ao julgar os recursos movidos por ambas as partes, em decisão unânime, o TST
manteve a sentença da segunda instância.
Fonte: Contas em
Revista
-
Rebaixar a função e manter o nível salarial - É legal?
Publicado em
10/09/2016
às
17:00
A legislação trabalhista engloba uma série de
princípios de proteção ao trabalhador, este que é considerado, via de regra,
como o hipossuficiente (o mais frágil) na relação contratual.
A própria CLT ao
definir o conceito de empregador dispõe como sendo aquele que assume os riscos
da atividade, mas que detém o poder de mando, ou seja, dirige a prestação de
serviço.
Assim, visando a
limitação da arbitrariedade do empregador ao exercer este poder de mando, o
legislador buscou equilibrar esta desigualdade ao estabelecer no art. 468 da
CLT que:
"Nos contratos
individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente,
prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta
garantia."
A grande dificuldade
na aplicação da lei está na subjetividade ao aplicá-la, uma vez que a leitura
do dispositivo legal pode trazer diversas interpretações, considerando que a
Constituição Federal antecede a interpretação de qualquer legislação
infraconstitucional.
Rebaixar um
empregado em decorrência de extinção de cargos, por extinção de áreas, setores
ou atividades específicas, por motivo de punição disciplinar ou qualquer outro
motivo que afronta o dispositivo legal, não é admitida pela Legislação
Trabalhista. Extrai-se, portanto, o entendimento de que qualquer alteração
contratual prejudicial ao empregado é nula.
A interpretação da
lei está no que é prejudicial ao empregado, pois tem-se, com
assertividade, que não se trata apenas da questão pecuniária, mas também de
outras questões que envolvem a relação de emprego.
Qualquer alteração
contratual, conforme art. 468 da CLT, deve observar os seguintes requisitos:
a) Mútuo
consentimento (concordância) das partes;
b) Que da alteração
o empregado não sofra nenhum prejuízo, direta ou indiretamente, não só
pecuniários, mas de qualquer natureza (como moral, de benefícios, jornada de
trabalho, vantagens, saúde e segurança entre outras) anteriormente garantidos.
Portanto, qualquer
alteração em desconformidade com os requisitos acima não produzirá qualquer
efeito no contrato de trabalho.
Neste viés, o
rebaixamento de função em razão de reestruturação de cargos e salários da
empresa, ainda que seja mantida a sua remuneração, traz um prejuízo moral
evidente ao empregado, não sendo admitido nem mesmo por mútuo consentimento.
Isto decorre do fato
de o empregado, por exemplo, que exerce cargo de chefia e é rebaixado de
função, ficar exposto a uma situação vexatória e humilhante perante seus
colegas de trabalho, em especial de seus subordinados, os quais passarão a
demonstrar indiferença para com o ex-chefe.
Assim, ainda que o
empregador não tenha comprometido financeiramente o empregado ao rebaixá-lo, o
prejuízo causado neste exemplo é moral, violando o inciso X do art. 5º da
Constituição Federal, bem como o art. 927 do Código Civil, por ser um ato
ilícito praticado pelo empregador.
Também causa
prejuízo ao empregado o rebaixamento de função realizado como meio de punição
por mau desempenho em razão de metas inatingíveis estabelecidas pela empresa.
Neste caso a empresa deve reavaliar quais os motivos deste mau desempenho
(falta de treinamento, de equipamentos e ferramentas para desenvolver o
trabalho) e se as metas estabelecidas estão condizentes com a situação real de
mercado.
Não se estará
falando em rebaixamento quando o empregado é elevado a um cargo superior e que
sua permanência nesta nova função dependa de seu desempenho durante um período
de experiência devidamente acordado entre as partes, ou seja, a manutenção do
cargo novo dependerá do desempenho do empregado de acordo com as expectativas
da empresa. Se isso não ocorrer, a empresa poderá remanejar o empregado para a
função anterior ou equivalente, sem que isto caracterize a violação do
dispositivo legal.
Uma condição que
possibilita o remanejamento para função anterior é aquela em que o empregado é
designado para exercer cargo de confiança, consoante o que dispõe o parágrafo
único do art. 468 da CLT:
"Parágrafo
único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para
que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado,
deixando o exercício de função de confiança."
De confiança há de
ser toda função quando a pessoa que a exerce se substitui à do empregador para
contratar em seu nome. Participa então o emprego da natureza do mandato, em que
o elemento confiança lhe é atributo principal.
Há uma diferença no
conceito apresentado no dispositivo supracitado em relação ao que foi abordado
anteriormente, pois aqui não se está falando em rebaixamento e sim, em reversão
de função.
Rebaixamento de
função tem um caráter punitivo, prejudicial, seja financeiro ou moralmente falando.
Já a reversão da função configura o retorno do empregado à função primitiva,
uma vez que este estava investido de determinada função (de confiança) em
caráter provisório, sem a intenção de punir e, portanto, válida, lícita.
Não obstante, aqui
se apresenta a subjetividade na interpretação da lei, pois a função de
confiança só se verifica analisando o caso concreto, onde o cargo em si pode
até parecer de confiança, mas a função efetivamente exercida demonstra que o
empregado não detinha o poder de mando.
Deve-se observar,
portanto, se a função exercida era ou não de confiança para só então
estabelecer se houve prejuízo ao empregado no ato praticado pelo empregador de
reverter ao cargo anteriormente ocupado.
Uma vez configurado
o prejuízo, o empregado rebaixado de função pode pleitear judicialmente a
indenização por danos morais pelo constrangimento pessoal e pela humilhação, em
ver-se exonerado de cargo de nível superior.
Consoante o que
dispõe o art. 483 da CLT o empregado prejudicado também poderá postular
judicialmente a rescisão indireta do contrato de trabalho por falta grave do
empregador.
Fonte: Guia Trabalhista
-
Justiça quer levar empresas a quitar dívidas de trabalho
Publicado em
03/09/2016
às
15:00
Entre os dias 19 e 23 de
setembro de 2016, a 6ª Semana Nacional da Execução Trabalhista deve diminuir
débitos
O
Conselho Superior da Justiça do Trabalho espera reunir o máximo de empresas com
dívidas trabalhistas durante a 6ª Semana Nacional da Execução Trabalhista,
programada entre 19 e 23 de setembro.
De acordo com
material divulgado no site do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o evento tem
a missão de garantir a conclusão de processos em fase de execução - ou seja,
quando há condenação, mas o devedor não cumpre a decisão - e solucionar
processos com dívidas trabalhistas que já estão na etapa de execução.
"As empresas
que possuem dívidas trabalhistas, e que ainda não cumpriram o prazo
determinado, devem procurar a Justiça do Trabalho para quitar os débitos
existentes", acrescenta a nota.
Para que a decisão
judicial seja cumprida, a Comissão Nacional de Efetividade da Execução
Trabalhista realiza diversas ações como, por exemplo, a localização dos bens
dos devedores a serem leiloados para que o cidadão receba o valor que lhe é
devido conforme constar em processo já julgado. A comissão, em conjunto com a
Receita Federal e outros órgãos, consegue localizar as empresas devedoras e os
bens que podem ser negociados em leilão para cumprir a decisão judicial e
realizar uma execução eficiente, explica a corte.
O ministro do TST,
Cláudio Brandão, reforça que durante toda a semana (de 19 a 23 deste mês) as
empresas e os trabalhadores que possuem processos em fase de execução devem
procurar a Justiça do Trabalho de sua região para esclarecer dúvidas.
Conciliação
"A conciliação
sempre é um remédio que se utiliza mesmo em situações de dificuldades do
devedor", salientou o ministro Brandão, que também é o coordenador da
Comissão Nacional de Efetividade da Execução Trabalhista.
Conforme orientação
divulgada pelo TST, o primeiro passo que deve ser seguido pela parte interessada,
seja o trabalhador ou empresa devedora, é a de procurar a Vara de Trabalho onde
o processo se encontra em fase de execução e solicitar a sua inclusão na fila
prioritária da Semana da Execução e, após análise, o juiz buscará uma maneira
para encontrar a solução de acordo com o processo judicial.
O ministro observa
que a proatividade é vantajosa para os dois lados. "Quanto mais cedo ele
procurar, melhor", ressaltou ele, em nota.
A principal proposta
do evento, que tem como slogan "A Justiça só é efetiva quando realizada
por inteiro", é de realizar esforço conjunto com as empresas para
exercitar a execução de forma efetiva, quitando os débitos reconhecidos
judicialmente.
Na opinião de
Cláudio Brandão, a Semana Nacional de Execução Trabalhista "é uma mobilização
para que os esforços da Justiça do Trabalho sejam voltados para esses
processos, que retardam uma solução definitiva".
Em 2015, a Justiça
do Trabalho no País recebeu 2,66 milhões de novos processos. A previsão é que
este ano, devido à crise, o volume cresça 13%.
Fonte: DCI - SP
-
Bolsa Qualificação
Publicado em
29/08/2016
às
13:00
A Bolsa de Qualificação Profissional é o benefício instituído pela
Medida Provisória n.º 2.164-41, de 24 de agosto de 2001 (vigente em consonância
com o art. 2º da emenda constitucional n.º 32 de 11 de setembro de 2001). É uma
política ativa destinada a subvencionar os trabalhadores, com contrato de
trabalho suspenso, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo
coletivo de trabalho, devidamente matriculado em curso ou programa de
qualificação profissional oferecido pelo empregador.
A possibilidade de uso do benefício Seguro-Desemprego como Bolsa
Qualificação Profissional para trabalhadores com contrato de trabalho suspenso
é uma medida que surge como alternativa à demissão do trabalhador formal, em
momentos de retração da atividade econômica que, por razões conjunturais
associadas ao ambiente macroeconômico ou motivações cíclicas e estruturais, causam
impactos inevitáveis ao mercado de trabalho.
A solicitação do benefício de SD - modalidade Bolsa Qualificação,
pressupõe ações anteriores à solicitação do benefício pelo trabalhador.
Nesse sentido, é de extrema importância para o sucesso do
Benefício Bolsa Qualificação que empregadores busquem, previamente,
contato com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (http://portal.mte.gov.br/#srtes),
para obter informações a respeito dessa modalidade no que se refere às
exigências legais para recebimento do benefício.
A suspensão do contrato de trabalho está prevista na Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT. No Artigo 476-A, da CLT consta o permissivo legal
para a suspensão do contrato de trabalho, para participação do empregado em
curso ou programa de qualificação profissional, conforme transcrito abaixo: O
trabalhador para ter direito a bolsa qualificação terá que comprovar os
requisitos previstos na Lei 7998 de 1990 e suas alterações, exceto a dispensa
sem justa causa, quais sejam:
"Art.
476-A. O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois
a cinco meses, para participação do empregado em curso ou programa de
Qualificação Profissional oferecido pelo empregador, com duração equivalente à
suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de
trabalho e aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art. 471
desta Consolidação.
·
1º Após
a autorização concedida por intermédio de convenção ou acordo coletivo, o
empregador deverá notificar o respectivo sindicato, com antecedência mínima de
quinze dias da suspensão contratual.
·
2º O
contrato de trabalho não poderá ser suspenso em conformidade com o disposto no
caput deste artigo mais de uma vez no período de dezesseis meses.
·
3º O
empregador poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem
natureza salarial, durante período de suspensão contratual nos termos do caput
deste artigo, com valor a ser definido em convenção ou acordo coletivo.
·
4º Durante
o período de suspensão contratual para participação em curso ou programa de
Qualificação Profissional, o empregado fará jus aos benefícios voluntariamente
concedidos pelo empregador.
·
5º Se
ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de suspensão
contratual ou nos três meses subsequentes ao seu retorno ao trabalho, o
empregador pagará ao empregado, além das parcelas indenizatórias previstas na
legislação em vigor, multa a ser estabelecida em convenção ou acordo coletivo,
sendo de, no mínimo, cem por cento sobre o valor da última remuneração mensal
anterior à suspensão do contrato.
·
6º Se
durante a suspensão do contrato não for ministrado o curso ou programa de
Qualificação Profissional ou o empregado permanecer trabalhando para o
empregador, ficará descaracterizada a suspensão, sujeitando o empregador ao
pagamento imediato dos salários e dos encargos sociais referente ao período, às
penalidades cabíveis previstas na legislação em vigor, bem como às sanções previstas
em convenção ou acordo coletivo.
·
7º O
prazo limite fixado no caput poderá ser prorrogado mediante convenção ou acordo
coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, desde que o empregador
arque com o ônus correspondente ao valor da Bolsa Qualificação Profissional no
respectivo período.
Para a execução do benefício Seguro-Desemprego, na modalidade
Bolsa Qualificação, é necessário que exista acordo entre o empregador e
representante dos empregados, ou seja:
1.
deve existir dispositivo tratando do assunto
em acordo ou convenção coletiva de trabalho, devidamente aceita pela entidade
representativa da classe trabalhadora;
2.
o acordo ou a convenção coletiva exige
homologação nas unidades locais do Ministério do Trabalho e Emprego, ou seja,
nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (antigas Delegacias
Regionais do Trabalho).
Segundo as deliberações do CODEFAT, no âmbito do Plano Nacional de
Qualificação, as ações de qualificação profissional envolvem atividades de
educação profissional e devem possuir conteúdos relacionados com as atividades
da empresa, sem prejuízo de outros que se definam em função da realidade local,
das necessidades dos trabalhadores, do desenvolvimento do território, do
mercado de trabalho e do perfil da população a ser atendida. No tocante à carga
horária dos cursos, o Plano Nacional de Qualificação aprovado pelo CODEFAT,
define:
1.
Mínimo de 85% (oitenta e cinco por cento) de
ações formativas denominadas cursos ou laboratórios;
2.
Até 15% (quinze por cento) de ações
formativas denominadas seminários e oficinas;
3.
Freqüência mínima de 75% às atividades do
Curso.
Perguntas e Respostas sobre Bolsa
Qualificação Profissional
1) O que é o benefício Bolsa Qualificação Profissional?
É uma das modalidades do benefício Seguro-Desemprego previsto pela
Medida Provisória nº. 1.726, de 03 de novembro de 1998 (reeditada pela Medida
Provisória nº. 2.164-41, de 24 de agosto de 2001) e, posteriormente,
regulamentada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador -
CODEFAT, por meio da Resolução nº. 200, de 04 de novembro de 1998.
Segundo a legislação, a Bolsa Qualificação Profissional é
concedida ao trabalhador com contrato de trabalho suspenso, em conformidade com
o disposto em convenção ou acordo coletivo, devidamente matriculado em curso ou
programa de Qualificação Profissional oferecido pelo empregador.
2) Quem tem direito à Bolsa Qualificação profissional?
Terá direito ao benefício "Bolsa Qualificação" o trabalhador que
estiver com o contrato de trabalho suspenso, em função de participação em curso
ou programa de Qualificação Profissional oferecido pelo empregador, em
conformidade com o disposto em convenção ou acordo coletivo celebrado, para
este fim.
3) Onde requerer?
O Trabalhador deve comparecer nas unidades de atendimento do
Ministério do Trabalho e Emprego. (SRTE, SINE)
4) Como deve ser requerido?
O trabalhador deve comparecer a uma unidade de atendimento do
Ministério do Trabalho e Emprego apresentando os mesmos documentos exigidos
para habilitação ao Seguro-Desemprego, exceto o Termo de Rescisão de Contrato
de Trabalho e a quitação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS.
Lembramos que na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS deve constar
a anotação do empregador comprovando a suspensão do contrato de trabalho,
conforme acordo ou convenção coletiva.
5) Quais são os documentos que o trabalhador deve apresentar nas
unidades de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego?
1.
a) cópia da convenção ou acordo coletivo
celebrado para este fim;
2.
b) Carteira de Trabalho e Previdência Social
- CTPS, com a anotação da suspensão do contrato de trabalho, conforme acordo ou
convenção coletiva;
3.
c) comprovante de inscrição em curso ou
programa de qualificação profissional, devendo constar, inclusive, a sua
duração;
4.
d) documento de identificação e CPF;
5.
e) comprovante de inscrição no PIS;
6.
f) Três últimos contracheques.
6) O que o Trabalhador precisa comprovar?
Para ter direito ao benefício Bolsa Qualificação, o trabalhador
deve comprovar:
1.
a) ter recebido salários consecutivos nos
últimos seis meses imediatamente anteriores à data da suspensão do contrato, de
pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica;
2.
b) ter trabalhado pelo menos seis meses nos
últimos três anos, com pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica;
3.
c) não estar recebendo nenhum benefício de
prestação continuada da Previdência Social, exceto o auxílio-acidente e a
pensão por morte;
4.
d) não possuir renda própria, suficiente a
sua manutenção e de sua família;
5.
e) a suspensão do contrato de trabalho,
devidamente anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS;
6.
f) a inscrição em curso ou programa de
qualificação profissional, devendo constar, inclusive, a sua duração.
7) Qual é o valor mensal da Bolsa Qualificação Profissional?
Da mesma forma como é calculado o Seguro-Desemprego, modalidade
Formal, o valor mensal do benefício Bolsa Qualificação baseia-se na média dos
três últimos salários recebidos pelo trabalhador. Contudo, a parcela mensal
nunca será inferior ao salário mínimo e, atualmente, não excederá a R$ 776,46
mensais.
8) Qual é o prazo para o trabalhador requerer a Bolsa Qualificação
Profissional?
O prazo para o trabalhador com contrato de trabalho suspenso
requerer o benefício da Bolsa Qualificação Profissional conta-se a partir da
data de início da suspensão do contrato de trabalho até o seu término.
9) Onde o trabalhador deve receber a Bolsa Qualificação?
O benefício será pago nas agências e correspondentes bancários da
Caixa Econômica Federal (CAIXA).
10) Quantas parcelas da Bolsa Qualificação Profissional o
trabalhador poderá receber e quanto tempo dura o benefício?
A quantidade de parcelas da Bolsa Qualificação Profissional
considera o número de meses trabalhados e o tempo de suspensão do contrato de
trabalho. O número máximo é de cinco parcelas.
11) Quantas parcelas da Bolsa de Qualificação Profissional o
trabalhador poderá receber e quanto tempo dura o benefício?
A quantidade de parcelas da Bolsa de Qualificação Profissional
considera o número de meses trabalhados e o tempo de suspensão do contrato de
trabalho. O número máximo é de cinco parcelas.
12) O Trabalhador poderá receber a Bolsa de Qualificação
Profissional, caso já tenha sido contemplado com o benefício Seguro-Desemprego?
O trabalhador não terá direito ao benefício Bolsa de Qualificação
Profissional caso tenha recebido todas as parcelas de Seguro-Desemprego que lhe
eram devidas no período de dezesseis meses (período aquisitivo) imediatamente
anterior ao início da suspensão do contrato de trabalho.
13) O Trabalhador que recebeu todas as parcelas que tinha direito
como Bolsa de Qualificação Profissional e depois que retornar ao trabalho for
demitido, poderá solicitar novo benefício do Seguro-Desemprego?
Sim, contudo, o trabalhador só terá direito a uma parcela
adicional, isto se estiver dentro do período de dezesseis meses (período
aquisitivo), iniciados a partir da data de suspensão do contrato de trabalho.
14) O Trabalhador que recebe a Bolsa de Qualificação Profissional
pode receber benefícios previdenciários?
Apenas os benefícios previdenciários previstos em lei, ou seja, o
auxílio-acidente e pensão por morte.
15) Enquanto o contrato de trabalho estiver suspenso, o
trabalhador terá direito ao FGTS?
Não, neste caso o empregador ficará desobrigado do pagamento das
contribuições do FGTS.
16) O Trabalhador pode ser demitido após o período de suspensão do
contrato?
Sim, neste caso se ocorrer dispensa do empregado no transcurso do
período de suspensão contratual ou nos três meses subsequentes ao seu retorno
ao trabalho, o empregador pagará ao empregado, além das parcelas indenizatórias
previstas na legislação em vigor, multa a ser estabelecida em convenção ou
acordo coletivo, sendo de, no mínimo, cem por cento sobre o valor da última
remuneração mensal anterior à suspensão do contrato.
17) Quais as situações em que o benefício Bolsa de Qualificação
Profissional poderá ser suspenso?
O benefício Bolsa de Qualificação Profissional poderá ser suspenso
nas seguintes situações:
1.
a) se ocorrer a rescisão do contrato de
trabalho;
2.
b) início de percepção de benefício de
prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão
por morte
3.
c) comprovada ausência do empregado nos
cursos de qualificação, observada a frequência mínima de 75% (setenta e cinco
por cento).
18) Quais as situações em que o benefício Bolsa de Qualificação
Profissional poderá ser cancelado?
O benefício Bolsa de Qualificação Profissional poderá ser
cancelado nas seguintes situações:
1.
a) fim da suspensão contratual e retorno ao
trabalho;
2.
b) por comprovação de falsidade na prestação
das informações necessárias à habilitação;
3.
c) por comprovação de fraude com vistas à
percepção indevida da bolsa de qualificação profissional;
4.
d) por morte do beneficiário.
19) Como as Superintendências devem proceder nos casos em que o
trabalhador solicita a suspensão do benefício Bolsa de Qualificação
Profissional?
Segundo o art. 8º da Resolução 591 do CODEFAT, o benefício bolsa
de qualificação profissional será suspenso caso ocorra:
i) a rescisão do contrato de trabalho;
ii) o início de percepção de benefício de prestação continuada da
Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e,
iii) comprovada ausência do empregado nos cursos de qualificação,
observada a frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento).
Além do mais, o art. 9º da mesma Resolução diz que o benefício
poderá ser cancelado nas situações de:
i) fim da suspensão contratual e retorno ao trabalho;
ii) por comprovação de falsidade na prestação das informações
necessárias à habilitação;
iii) por comprovação de fraude com vistas à percepção indevida da
bolsa; e,
iv) por morte do beneficiário.
Depreende-se da referida norma legal que não se verifica a
hipótese de o trabalhador vir a solicitar a suspensão do benefício. A respeito,
ressaltamos que as regras para a utilização do benefício exigem a formalização
de acordo ou convenção coletiva de trabalho, devidamente aceita pela entidade
representativa da classe trabalhadora.
Cabe por fim ressaltar que as situações tratadas nos artigos citados certamente
exigirão comprovação do fato, que será feita, a depender do caso, por meio de
pronunciamento oficial do empregador ou, ainda, mediante fiscalização da
unidade regional do Ministério do Trabalho e Emprego.
20) Durante o prazo de suspensão do contrato, o trabalhador
continua sendo segurado da Previdência Social?
Não, a suspensão de contrato não configura motivo para demissão
por justa causa.
21) Se o trabalhador não concordar com a suspensão, poderá ser
demitido por justa causa?
Sim, desde que a empresa comprove que esteja apta a oferecer
cursos de qualificação profissional.
22) Quais os documentos o empregador deve apresentar na
Superintendência para homologação do Acordo Coletivo?
os documentos que o empregador deve apresentar na Superintendência
são:
1.
e) cópia da convenção ou do acordo coletivo
celebrado para este fim;
2.
f) relação dos trabalhadores a serem
beneficiados pela medida;
3.
g) plano pedagógico e metodológico contendo,
no mínimo, objetivo, público alvo, estrutura curricular e carga horária.
23) Para utilizar a Bolsa de Qualificação Profissional, por quanto
tempo o empregador poderá suspender o contrato de trabalho?
Por um período de dois a cinco meses (ver Art. 476-A citado na
questão 17).
24) No período de suspensão do contrato de trabalho, o empregador
é obrigado a oferecer o curso de Qualificação Profissional aos seus empregados?
Sim, pois a finalidade da suspensão é a qualificação profissional
dos trabalhadores com contrato suspenso.
25) O que poderá acontecer se o empregador não oferecer o curso de
qualificação profissional?
Se o empregador não oferecer o curso ou programa de qualificação
profissional, ou o empregado permanecer trabalhando para o empregador, ficará
descaracterizada a suspensão do contrato de trabalho, sujeitando o empregador
ao pagamento imediato dos salários e dos encargos sociais referentes ao
período, às penalidades cabíveis previstas na legislação em vigor, bem como às
sanções previstas em convenção ou acordo coletivo.
26) O empregador pode contratar uma empresa particular para
ministrar o curso?
Sim, desde que a empresa comprove que esteja apta a oferecer
cursos de qualificação profissional.
27) Como dever ser a distribuição da carga horária dos cursos
oferecidos pelo empregador?
A partir da Resolução CODEFAT nº 591/2009, ficou estabelecido que
os cursos a serem oferecidos pelo empregador deverão estar relacionados,
preferencialmente, com as atividades da empresa, e devem observar: i) mínimo de
oitenta e cinco por cento de ações formativas denominadas cursos ou
laboratórios; ii) até quinze por cento de ações formativas denominadas
seminários e oficinas.
28) No período de suspensão do contrato de trabalho, o empregador
precisa recolher FGTS?
Não, pois nesse período não há pagamento de salários.
29) No período de suspensão do contrato de trabalho, o empregador
precisa pagar INSS?
Não, pois a Bolsa de Qualificação não tem caráter salarial,
portanto, não pode haver desconto de INSS.
30) O empregador é obrigado a complementar a Bolsa de Qualificação
Profissional?
Não, mas o empregador poderá conceder ajuda compensatória mensal
ao empregado, sem natureza salarial, durante o período de suspensão contratual,
com valor a ser definido em convenção ou acordo coletivo.
31) No período de suspensão do contrato de trabalho, o sindicato,
por meio de convenção coletiva, negociou aumento salarial à categoria
profissional. Nesse caso, o empregador é obrigado a repassar o aumento aos
trabalhadores que estão com contrato suspenso?
Ao empregado afastado do emprego são asseguradas, por ocasião de
sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à
categoria a que pertencia na empresa.
32) O empregador pode suspender o contrato por um período superior
a cinco meses?
O contrato de trabalho suspenso por um período de dois a cinco
meses poderá ser prorrogado, mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho
e aquiescência formal do empregado.
33) Se o empregador prorrogar o contrato de trabalho por um
período superior a cinco meses, o trabalhador terá direito a receber a Bolsa de
Qualificação Profissional?
Não, nesse caso o empregador terá que arcar com o ônus correspondente
ao valor da Bolsa de Qualificação Profissional, no respectivo período.
34 O empregado poderá continuar trabalhando durante o período de
suspensão do contrato?
Não, se o empregado permanecer trabalhando para o empregador
ficará descaracterizada a suspensão, sujeitando o empregador ao pagamento
imediato dos salários e dos encargos sociais referente ao período, às
penalidades cabíveis previstas na legislação em vigor, bem como às sanções
previstas em convenção ou acordo coletivo.
35 Em caso de redução do horário de trabalho, os empregados terão
direito a receber a Bolsa de Qualificação Profissional?
Não, pois neste caso não houve a suspensão do contrato de
trabalho, requisito indispensável para o pagamento da Bolsa de Qualificação
Profissional.
36) Por quanto tempo o empregador deverá fornecer o Curso de
Qualificação Profissional para os trabalhadores que estão com o contrato de
trabalho suspenso?
Durante o mesmo período da suspensão do contrato de trabalho.
37) Caso a empresa queira prorrogar a suspensão do contrato de
trabalho, como será feita esta prorrogação?
Para prorrogação da suspensão do contrato de trabalho deverá ser
feito um novo acordo para definir o prazo da prorrogação, e este novo acordo
deverá ser feito antes do término da suspensão prevista inicialmente. Para
solicitar a prorrogação da Bolsa de Qualificação, o Posto de Atendimento deverá
enviar para a Coordenação-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e
Identificação Profissional um Ofício, contendo a relação dos PIS dos
trabalhadores que estão com o contrato de trabalho suspenso e estão recebendo a
Bolsa de Qualificação Profissional e a cópia do novo acordo contendo o período
da prorrogação.
Fonte: Ministério do
Trabalho e Emprego
-
Empregado que acusou a empresa de crime é condenado a pagar a ela indenização por danos morais
Publicado em
28/08/2016
às
13:00
A 1ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora foi cenário de uma situação rara
na Justiça do Trabalho: um trabalhador pleiteou reparação por danos morais ao
argumento de que foi mantido em cárcere privado pelos prepostos da empresa para
a qual prestava
serviços
Mas, além de não ter
obtido sucesso em sua pretensão, o próprio trabalhador é quem foi condenado a
pagar à empresa uma indenização por danos morais, no valor de R$2.500,00. A
juíza Sheila Marfa Valerio decidiu dessa forma por entender que o autor abusou
do seu direito de ação ao atribuir à ré um crime grave que ela não cometeu.
Danos morais:
cárcere privado
O empregado exercia
a função de auxiliar de magarefe (açougueiro) em uma empresa terceirizada de
refeições coletivas e prestava serviços em um restaurante da Universidade
Federal de Juiz de Fora. De acordo com a versão apresentada pelo trabalhador,
de junho a agosto de 2012, ele foi mantido em cárcere privado pela ré, situação
que, no seu entender, violou sua dignidade, motivo pelo qual pleiteou
indenização pelos danos morais sofridos.
Conforme narrou o
autor, durante esses três meses, em virtude da greve dos servidores da
universidade, os empregados da empresa terceirizada foram trancafiados no
restaurante onde desempenhavam suas funções, sendo impedidos de se ausentarem
do local, situação que, na visão do trabalhador, configura verdadeiro cárcere
privado e que lhe causou angústias e constrangimentos. A empresa de refeições
coletivas, por sua vez, negou a ocorrência dos fatos descritos pelo
trabalhador.
A juíza analisou as
declarações prestadas pelo auditor fiscal do trabalho quando do seu depoimento
em juízo nos autos de outro processo. A ata de audiência que continha essas
declarações foi juntada ao processo após concordância das partes. Em seu
depoimento, o auditor fiscal do trabalho relatou que, em meados de 2012,
realizou inspeção no restaurante da universidade, por solicitação do gerente
regional, para que fosse realizada fiscalização de emergência, em razão da
denúncia da existência de cárcere privado. Ele contou que esteve no local em
duas ocasiões e constatou que os empregados da empresa de refeições coletivas
estavam sentados às mesas do restaurante parados, sem qualquer atividade,
apenas conversando entre si.
Conforme as
declarações do auditor fiscal, do ponto de vista físico, nenhum impedimento
havia para que os empregados deixassem o local, de modo que se houvesse seria
apenas de ordem administrativa. O fiscal do trabalho percebeu uma revolta dos
empregados em razão de permanecerem ociosos dentro do prédio, mas apurou que a
determinação para que eles permanecessem do lado de dentro das instalações não
foi do real empregador, mas, sim, da universidade. Segundo afirmou o fiscal do
trabalho, sob o ponto de vista técnico, ele não constatou que os trabalhadores
estivessem expostos a situação análoga à de escravos.
"Extrai-se das
afirmações prestadas pelo fiscal do trabalho que os fatos não se deram nos
termos informados na exordial, uma vez que não foi constatada a existência de
impedimentos físicos que limitassem a liberdade dos empregados", avaliou a
magistrada, concluindo não haver qualquer indício de abuso cometido pelas rés.
Conforme acentuou a
juíza, o fiscal do trabalho apurou que a determinação de que os empregados não
se retirassem do restaurante tinha cunho meramente administrativo e foi dada
porque alguns empregados ficavam jogando bola e peteca na área externa. A
julgadora verificou, ainda, que a empresa de refeições coletivas, após
orientação do fiscal, adotou um sistema de rodízio de empregados, no intuito de
manter um quadro mínimo para o caso de encerramento da greve na universidade.
"Ora, a caracterização
do dano moral consubstancia-se em uma agressão à dignidade do indivíduo ante
sua exposição a situações humilhantes ou vexatórias. A mera alegação de ter
experimentado dissabores não basta para ensejar a reparação indenizatória,
sobretudo em situações como as descritas na exordial", concluiu a juíza, ao
indeferir o pedido de indenização por danos morais.
Reconvenção
Prevista no artigo
343 do novo CPC, a reconvenção é uma nova ação, promovida pelo réu contra o
autor, podendo ser ou não proposta na própria contestação, objetivando a
economia processual. A finalidade da reconvenção é manifestar pretensão
própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
A empresa de
refeições coletivas pretendia, com a reconvenção, a reparação pelos danos
morais experimentados em virtude da alegação do autor de que teria sido
submetido a cárcere privado.
Sustentou a
empregadora que tal acusação é caluniosa e atenta contra os princípios da boa
fé e da lealdade processual que devem nortear as partes durante todo o
processo. Informou ainda que, durante o período da greve, manteve seus
empregados realizando cursos de aperfeiçoamento para que não permanecessem
ociosos.
O trabalhador se
defendeu, reiterando sua tese de que foi submetido a cárcere privado e
insistindo no pedido de reparação pelos danos morais experimentados. Mas
confirmou o fato de que a ré ministrou cursos durante o período da greve.
Inicialmente, a
magistrada reafirmou que as provas juntadas ao processo não permitem confirmar
a ocorrência do alegado cárcere privado, o que resultou, inclusive, na rejeição
do pedido de indenização por danos morais com base nesse fundamento. Conforme
salientou a julgadora, a acusação infundada que o autor dirigiu à empregadora é
grave, uma vez que o fato está previsto como crime no artigo 148, do Código
Penal, devendo ser cabalmente demonstrado.
No caso, a
magistrada não identificou qualquer conduta dolosa (com intenção de lesar) por
parte da empresa de refeições coletivas, de forma que, na sua visão, as imputações
do autor mostram-se exageradas e desconexas com a realidade.
Lembrou ainda a
juíza o entendimento consolidado na Súmula 227 do STJ, cujo conteúdo é o
seguinte: "A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. Por outro lado,
para que se reconheça a ocorrência desse dano moral, deve haver prova robusta
de ofensa ao patrimônio imaterial da empresa, especialmente no que diz respeito
à sua marca, à sua reputação e à sua imagem perante o público externo".
Nesse contexto, a
juíza entende que a pessoa jurídica, apesar de imune às ofensas à sua honra
subjetiva, pode sofrer lesões à sua honra objetiva, que consiste na sua
credibilidade, sua reputação perante terceiros. Assim, qualquer ataque que
venha a macular ou denegrir sua imagem e nome afeta suas relações comerciais e
pode causar-lhe uma série de prejuízos de natureza patrimonial. "No caso
vertente, pretendia o autor, subvertendo os fatos, obter vantagem pecuniária.
Valeu-se de alegações falaciosas que maculam a imagem e a credibilidade da 1ª
reclamada, conduta perniciosa que deve ser combatida pelo Judiciário, sobretudo
quando há a imputação da prática de crimes tão repudiados no universo das
relações de trabalho", completou.
Para a julgadora,
agrava ainda mais a situação o fato de que a empresa terceirizada é prestadora
de serviços junto à universidade federal, uma entidade de Administração
Indireta, de maneira que a acusação de que mantinha empregados em cárcere
privado dentro de uma instituição federal mostra-se ainda mais nociva e
vexatória. "O que esperar de uma empresa que coage seus empregados, que os
impede de sair, que os coloca em situações degradantes de terror psicológico e
incertezas? É esta a imagem que o autor pretende inquinar à 1ª ré no intuito de
enriquecer às suas custas", finalizou. Há recursos aguardando julgamento
no TRT mineiro. Processo nº 01243-2013-035-03-00-5.
Fonte: Normas
Legais
-
Atividade Insalubre - Empregada Gestante
Publicado em
20/07/2016
às
15:00
Lei 13.287/2016
Através da
Lei 13.287/2016
, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, passa
a vigorar acrescida do seguinte art. 394-A:
Art. 394-A. A
empregada gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a
lactação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, devendo
exercer suas atividades em local salubre.
Fonte: Blog
Guia Trabalhista
-
Empregos Simultâneos - Justa Causa - Trabalho Concorrente ou Prejudicial
Publicado em
12/07/2016
às
15:00
O contrato de
trabalho é feito em contrapartida a força do trabalho que o empregado é
portador, ou seja, a empresa não contrata a pessoa do trabalhador
(exclusividade), mas a força do seu trabalho.
Assim, a empresa não
poderá proibir que o empregado, utilizando de seu horário de folga, possa
manter vínculo empregatício com outro empregador, já que a proibição
constituiria violência ao princípio constitucional de liberdade individual do
indivíduo como ser humano e trabalhador.
Por outro lado,
embora o empregado tenha este direito constitucional garantido, esta liberdade
é limitada na medida em que a própria legislação permite seu exercício com
parcimônia, ou seja, o empregado que exerce atividade para o empregador "A" e
se utiliza do seu conhecimento para trabalhar para o empregador "B", de forma
concorrencial e de forma a prejudicar o primeiro empregador, extrapola a
liberdade prevista no dispositivo constitucional e viola o contrato de
trabalho.
Trabalhar de forma
concorrencial é se utilizar de equipamentos, conhecimentos e habilidades
adquiridas e proporcionadas pelo empregador "A", para disponibilizá-las para o
empregador "B", de forma a prejudicar o serviço ou desviar a clientela do
primeiro empregador. A atividade será prejudicial quando acarretar uma
diminuição do rendimento normal do subordinado, no serviço.
O art. 482 da CLT
dispõe, dentre os motivos que podem gerar a demissão por justa causa, os
seguintes:
·
Negociação habitual por conta própria ou alheia sem
permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para
qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
·
Violação de segredo da empresa.
Portanto, uma vez
comprovada tais situações, ainda que não haja cláusula da não concorrência, o
empregado será passível de demissão por justa causa, conforme dispositivo
legal.
Fonte: Blog
Guia Trabalhista
-
Sucessão Empresarial - Responsabilidade por débitos trabalhistas
Publicado em
06/07/2016
às
11:00
O artigo 448 da CLT determina: "a mudança na
propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de
trabalho dos respectivos empregados".
Sucessão Empresarial
- Responsabilidade por débitos trabalhistas
O artigo 448 da CLT
determina: "a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa
não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados".
Tal mudança assume
relevância no que tange a um dos sujeitos do contrato de trabalho: o empregador.
É o caso da
impropriamente denominada "sucessão de empresas", que se prende aos
efeitos da transferência do estabelecimento em relação aos contratos dos
empregados que nele trabalham.
Hipóteses de
Sucessão
Existe a sucessão,
dentre outros casos, quando ocorre mudança na propriedade da empresa ou alguma
alteração significativa na sua estrutura jurídica, sendo que a empresa continua
utilizando-se dos serviços dos empregados da sucedida.
Exemplos:
- mudança na razão
social;
- fusão,
incorporação, cisão - veja tópico Transformação, Cisão, Fusão e Incorporação de
Sociedades;
- venda;
- mudança no número
dos sócios;
- transformação de
firma individual em sociedade, etc.
Vínculo Contratual -
Empregado
O contrato de trabalho
é firmado entre o trabalhador o empregador, independente dos seus titulares e
sua eventual mudança ou alteração, por isso diz-se que é impessoal em relação a
quem se encontra à frente do empreendimento.
Portanto, o
verdadeiro empregador é a "empresa", sendo que a transferência do
estabelecimento, supõe também a de todos os elementos organizados da mesma,
dentre eles, o trabalho.
Sendo o vínculo do
empregado com a empresa e não com o empregador, salvo empregador pessoa física,
não pode este ser prejudicado por qualquer tipo de alteração na estrutura
jurídica daquela.
O art. 10 da CLT
dispõe que qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os
direitos adquiridos por seus empregados.
A lei protege, pois,
o trabalhador em seu emprego, enquanto este existir independente de quem seja o
empregador.
Requisitos
Para que exista a
sucessão de empregadores, dois são os requisitos indispensáveis:
a) que um
estabelecimento como unidade econômica passe de um para outro titular;
b) que a prestação
de serviço pelos empregadores não sofra solução de continuidade.
Não é possível,
portanto, falar-se em sucessão quando tenha havido a alienação de apenas parte
de um negócio, que não possa ser considerado uma unidade econômico-produtiva autônoma,
ou de máquinas e coisas vendidas como bens singulares.
Responsabilidade da
Sucessora
Tem-se entendido que
a empresa sucessora responde pelos créditos trabalhistas dos empregados da
empresa sucedida, ainda que exista cláusula contratual eximindo-a de tal
responsabilidade.
Tal cláusula
contratual apenas garante à sucessora a faculdade de propor ação regressiva
contra sua antecessora, não eximindo-a de responsabilidade quanto aos créditos
trabalhistas.
ALTERAÇÕES NOS
REGISTROS
Havendo mudança na
estrutura jurídica da empresa, essa mudança deverá ser anotada na Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS), na parte de anotações gerais, observando
quanto à forma de alteração da pessoa jurídica, informando se for o caso a nova
razão social e o novo endereço.
A legislação
determina que os registros feitos em livros ou fichas dos empregados devem
estar sempre atualizados e numerados por estabelecimento, no caso de haver o
deslocamento de uma empresa para outra em face de uma incorporação, fusão ou
cisão, deverá ter anotado no registro original qual a data e como se deu o
deslocamento.
Independentemente de
como aconteceu o processo de alteração da empresa será aberta uma ficha ou
folha de registro, onde se colocará a data primitiva da contratação e a observação
informando que o empregado vem de outra empresa ou estabelecimento.
Aconselha-se, apesar
de não obrigatório, que anexe ao registro atual feito uma cópia (xerox) do
registro original do empregado. Lembrando que esse procedimento facilita a
pesquisa quanto à vida funcional do empregado na outra empresa, bem como sobre
os direitos contratuais que devem ser preservados.
Mudança de Data-base
O empregador deverá
observar as datas-bases das categorias respectivas, ou seja, segundo
entendimento predominante, o documento coletivo de origem (convenção, acordo ou
sentença normativa), continua a reger este contrato até a próxima data-base, no
ano seguinte.
A partir de então,
serão aplicados somente as condições de trabalho do documento coletivo da
categoria profissional a que pertença a empresa de destino.
Ressalve-se que, a
partir da efetiva transferência, além das disposições contidas no documento
coletivo da categoria do local de origem, aos empregados transferidos serão
asseguradas também as situações mais benéficas previstas no documento coletivo
do local de destino.
Equiparação Salarial
A sucessão
empresarial admite ainda a possibilidade da reivindicação por parte dos
empregados de equiparação salarial nas hipóteses de sucessão por incorporação,
cisão ou fusão, conforme dispõe o artigo 461 da CLT:
Art. 461. Sendo
idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de
sexo, nacionalidade ou idade.
Tópicos
relacionados:
Responsabilidade dos
Sócios pelas Dívidas Trabalhistas
Transformação,
Cisão, Fusão e Incorporação de Sociedades
Fonte: Normas
Legais
-
Ministro participa de evento para intermediação de mão-de-obra no estado do RS.
Publicado em
18/06/2016
às
17:00
Atividade
foi realizada na capital Porto Alegre e simultaneamente em mais 77 municípios
gaúchos
O
ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira participou, nesta sexta-feira (17), em
Porto Alegre (RS), junto com o governador gaúcho José Ivo Sartori, da abertura
do EmpregarRS. O evento, que tem como objetivo promover a intermediação de
mão-de-obra entre trabalhadores e empregadores, foi realizado na sede do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do estado da capital e
simultaneamente em mais 77 municípios gaúchos. A Fundação Gaúcha do Trabalho e
Ação Social (FGTAS) estima atender 18 mil trabalhadores até as 16h, quando se
encerram as atividades.
Em
sua fala, o ministro ressaltou a iniciativa do evento, que pode ser usado de
modelo por outros estados brasileiros. "O grande desafio hoje é combater o
desemprego. Políticas públicas de proteção e atenção especial ao trabalhador
são as prioridades do Governo Federal", afirmou.
O
governador afirmou ter esperança na recuperação da economia para o
estabelecimento do pleno emprego. "O emprego representa uma oportunidade de
independência, sustento e dignidade", disse.
Com
informações de Jaíne Martins (Assessoria de Comunicação Social da Fundação
Gaúcha do Trabalho e Ação Social - FGTAS)
Fonte: Assessoria
de Imprensa/
Ministério
do Trabalho
-
Publicação orienta sobre proteção respiratória do Trabalhador
Publicado em
16/06/2016
às
11:00
Conteúdo
foi elaborado por pesquisadores da Fundacentro e está disponível para download
no site da Fundação
A
quarta edição do livro 'Programa de Proteção Respiratória' já está disponível
no portal da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho para download. A publicação trata dos requisitos mínimos de
segurança e dos procedimentos operacionais. Além disso, orienta sobre
implementação e administração do programa; as responsabilidades do empregador e
do empregado; e a avaliação dos ambientes de trabalho, visando à seleção do
equipamento de proteção respiratório adequado ao usuário, à tarefa e ao
ambiente.
O
livro engloba ainda requisitos para avaliação física de candidatos ao uso de
respiradores, treinamento para profissionais envolvidos, procedimentos para
realização de ensaio de vedação e orientações sobre higienização, limpeza,
manutenção, guarda e descarte de respiradores. O documento tem 209 páginas e é
de autoria dos pesquisadores da Fundacentro de São Paulo Antonio Vladimir
Vieira, Silvia Helena de Araujo Nicolai, José Damásio de Aquino, Eduardo
Algranti e do colaborador Maurício Torloni.
Faça download aqui
Fonte:
Assessoria de Imprensa do
Ministério do Trabalho/Fundacentro
-
Receita Federal realiza Operação Engenharia Contábil - Fiscalização na Construção Civil
Publicado em
10/06/2016
às
16:00
Empresas que usam mão de obra informal serão
intimadas
A
Delegacia da Receita Federal em Divinópolis/MG deflagrou na última
segunda-feira (06/06/2016), operação que visa fiscalizar obras de construção
civil de responsabilidade de pessoas jurídicas. A RFB intimará alguns
contribuintes previamente selecionados a apresentarem sua contabilidade, para
verificação das informações prestadas na DISO - Declaração e Informação Sobre a
Obra.
Cerca
de mil obras de construção civil pertencentes a pessoas jurídicas, foram
regularizadas utilizando a declaração de que possui contabilidade regular, na
jurisdição da DRF/Divinópolis a partir de 2012. Serão intimados contribuintes
cujo montante de recolhimento indica a utilização de mão-de-obra informal. A
operação irá constituir os créditos tributários daquelas empresas que não
apresentarem contabilidade, ou apresentarem sem atender as normas contábeis e
legais e lavrar representação fiscal para fins penais, pelo crime contra a
ordem tributária. Além da constituição dos créditos a operação visa também a
presença fiscal, desestimulando outras declarações inverídicas em futuras
regularizações de obras.
Fonte: Receita Federal do Brasil
-
Comunicação prévia de início de obras poderá ser feita pela internet
Publicado em
03/06/2016
às
13:00
A
Portaria nº 540, que torna pública a informatização do sistema, foi publicada no Diário
Oficial da União
A
partir de agora as empresas poderão realizar a comunicação prévia de início de
obras por meio eletrônico. O sistema (SCPO) já está disponível no site do
Ministério do Trabalho (MT) e facilita o cumprimento da obrigação prevista na
Norma Regulamentadora (NR18), que estabelece medidas de controle e segurança do
trabalhador na Indústria da Construção.
Até
então, o documento obrigatório para dar início às atividades em canteiros de
obras era protocolado presencialmente em unidades regionais do ministério. Para
Alexandre Scarpelli, coordenador de Normatização e Registros do Ministério do
Trabalho, as mudanças trazem facilidades tanto para o usuário quanto para o
ministério. "O sistema informatizado facilita o tratamento das
informações, elimina o uso do papel e possibilita que o usuário faça a comunicação
pela internet, assim ele não precisa se deslocar até uma unidade do
ministério", explica Scarpelli.
Mesmo
após a informatização do sistema, durante o período de seis meses, a
Comunicação Prévia de Obras ainda poderá ser feita presencialmente, desde que haja
uma justificativa para a não utilização do sistema eletrônico. Para realização
do cadastro é necessário informar o endereço da obra, assim como o do
contratante, empregador ou condomínio; o tipo de obra, datas previstas do
início e conclusão e uma estimativa do número máximo de trabalhadores.
O
passo a passo para o acesso ao Sistema de Comunicação Prévia de Obras está
disponível
aqui
.
Fonte:
Assessoria de Imprensa/
Ministério do Trabalho
-
Ministério do Trabalho faz campanha sobre direitos dos trabalhadores
Publicado em
07/05/2016
às
15:00
Os
filmes estão sendo exibidos em TV aberta e canais da internet
Para
marcar o 1º de maio, o MTPS lançou uma campanha publicitária cujo foco é o
trabalho com carteira assinada. Nos filmes, o ministério aborda direitos dos
trabalhadores e orienta sobre como fiscalizá-los.
A
ideia, segundo o coordenador de comunicação do ministério, jornalista João
Ferrer, é informar aos trabalhadores que eles contam com direitos protegidos
por lei e, ao mesmo tempo, incentivá-los a fiscalizar esses direitos,
acessando, se for o caso, os mecanismos que o MTPS disponibiliza para
reclamações e denúncias, em caso de descumprimento da legislação.
Os
três filmes que estão sendo exibidos em TV aberta e os banners veiculados em
canais da internet abordam o tema do salário mínimo, do FGTS e da Previdência,
remetendo para o portal do MTPS, que é o local adequado para encontrar as
informações necessárias sobre os temas tratados.
Trabalho análogo ao escravo -
A
partir do dia 6 de maio, uma série de filmes sobre trabalho análogo à
escravidão também será veiculada pelos canais de internet do ministério. A
série, com 13 episódios marcará a data de assinatura da Lei Áurea, em 13 de
maio, e mostrará casos reais de trabalhadores que sofreram com formas modernas
de escravidão e a ação de fiscalização do MTPS, além de apresentar uma breve
explicação sobre o trabalho da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho
Escravo, a Conatrae.
Os
filmes serão veiculados através das contas do ministério em redes sociais e
estarão disponíveis em um hotsite no portal do MTPS.
Fonte: Assessoria
de Imprensa
/Ministério
do Trabalho e Previdência Social
-
Trabalho Home Office: cuidados e dicas
Publicado em
27/04/2016
às
13:00
Imagine
poder trabalhar de casa sem precisar enfrentar aquele trânsito cada vez mais
complicado das grandes cidades e ainda com tempo para assistir à TV
na hora do almoço ou dar uma volta no jardim entre uma tarefa e outra? Graças
ao avanço da internet e aos novos modelos de trabalho de algumas empresas, esse
conhecido sistema chamado home office já virou realidade para muita gente. No
entanto, apesar de tentador e repleto de vantagens, o home office requer alguns
cuidados e um bom planejamento para que realmente funcione e não se torne um
pesadelo. Confira alguns deles a seguir:
Como o modelo de home office pode ajudar a
sua empresa
Quando
falamos de home office, a princípio pensamos em vários benefícios ligados ao
trabalhador. No entanto, as empresas também podem lucrar com esse modelo de
trabalho em pelo menos dois pontos principais:
O trabalho em casa traz economias para a
empresa
Em um
caso observado pela Universidade de Harvard, uma empresa de call center disse
que chegou a economizar até 1.900 dólares a cada 9 meses com cada funcionário
que trabalhava no modelo de home office. E esse é apenas um dos exemplos que
podemos encontrar por aí.
Com
menos gastos com material de escritório, internet, materiais de limpeza e
outros itens, fica fácil entender por que tantas empresas têm optado por
liberar alguns funcionários para o trabalho de casa.
Trabalhando de casa, os funcionários não
ficam presos no trânsito
De
acordo com um estudo do IPEA, o brasileiro gasta em média 40 minutos para
ir de casa ao trabalho - ou seja, 80 minutos no dia para ida e volta -, tempo
esse que pode dobrar dependendo do número de viagens que ele tem que fazer e
com qual meio de transporte (pegar mais de um ônibus ou mais de uma condução, como
ônibus e metrô). De olho nisso, muitas empresas têm adotado o modelo de home
office em busca de reduzir o tempo gasto pelos seus funcionários no trânsito,
fazendo com que o trabalho comece e termine justamente no horário planejado,
além de reduzir os níveis de estresse do colaborador e proporcionar mais
qualidade de vida.
Quais tipos de profissionais podem aproveitar
melhor o trabalho em casa?
Mesmo
que seja um sonho, a verdade é que o home office não é um modelo que funciona
para todo o tipo de trabalhador - seria improvável que um garçom ou um caixa
de banco conseguisse realizar suas tarefas de casa. Por isso, o
trabalho remoto é mais indicado para alguns tipos de profissionais, como:
·
Jornalistas;
·
Designers;
·
Arquitetos;
·
Advogados;
·
Contadores;
·
Agentes de viagem;
·
Tradutores;
·
Microempresários;
·
Programadores.
Além
disso, também vale lembrar que trabalhar de casa requer maturidade e um prévio
conhecimento do mercado de cada profissão, por isso é importante que a pessoa
que queira adotar esse modelo para si tenha bastante responsabilidade com
prazos e, de preferência, alguma experiência com o trabalho convencional.
As regras do bom Home Office
Não se
esqueça de trocar de roupa antes de começar a realizar suas tarefas: prepare-se
para começar o dia da mesma forma como faria se fosse para a empresa. Se você
dividir a casa com outras pessoas ou com a família, encontre um local sossegado
para realizar suas funções e tenha neste ambiente tudo o que precisa para o
exercício da sua atividade, além de evitar distrações no espaço.
Não se
esqueça de se alimentar bem: trabalhar em casa pode te fazer pular algumas
refeições ou até deixá-las para muito tarde. Aproveite também e crie horários
para começar e terminar as tarefas. Algumas empresas têm horários mais flexíveis,
deixando por conta do funcionário apenas a entrega das demandas, o que não quer
dizer que seja interessante virar todas as madrugadas da semana trabalhando. O
ideal é criar uma rotina de trabalho e conseguir se organizar dentro dela,
cuidando para separar a vida pessoal da profissional com qualidade.
Por
fim, não se esqueça de que existem vários aplicativos que podem te ajudar a
render melhor no trabalho remoto, como o Trello (para administração
de tarefas), o Dropbox (para compartilhamento de arquivos) e
o Toggl (para contagem de tempo gasto em cada tarefa).
Como
você pode perceber, sim, é possível trabalhar de casa e ainda ser mais
produtivo do que seria no escritório, basta apenas ficar de olho em algumas
das dicas que demos por aqui. E como o Home Office vem se mostrando
uma tendência global, nada melhor do que começar a testá-la desde já, não é
mesmo?
Fonte: Sage
-
Redes Sociais e o Ambiente de Trabalho
Publicado em
15/04/2016
às
11:00
A utilização dos benefícios trazidos pelas redes
sociais pode provocar direta repercussão no ambiente de trabalho. Se positiva a
repercussão, muito que bem. Se negativa, tanto o empregado que postou
determinada informação como o empregador sujeitam-se à responsabilidade civil,
penal e trabalhista.
Por exemplo, o fato de um empregado publicar em
rede social à qual pertence informações cujo caráter venha a causar prejuízos
ao empregador - tal como a perda de clientes, a não efetivação de um
determinado negócio ou veto para participar de uma concorrência pública - serão
aplicadas as leis comuns.
Assim, ainda dentro de nossos exemplos, se o
empregado postou em rede social uma mensagem caluniosa, poderá responder
civilmente pela reparação do dano, poderá responder criminalmente pelo delito
praticado e ter o contrato de trabalho rescindido por justa causa,
aplicando-se, respectivamente, o Código Civil, o Código Penal e a Consolidação
das Leis do Trabalho.
Insta salientar que as necessidades do trabalho nem
sempre são compatíveis com acessos às redes sociais durante a jornada e o
empregador tem o poder de fiscalização - inclusive bloqueando o acesso nos
computadores; contudo, não tem este o condão de impedir que o empregador as
acesse de sua casa, de uma lanhouse ou até mesmo de seu aparelho de telefone
celular ou tablet.
Entre o rol de poder de gerência do empregador está
a fiscalização - no horário de trabalho e por meio dos equipamentos de trabalho
- dos sites acessados pelos empregados - por analogia, já é pacífico perante o
Tribunal Superior do Trabalho que o mau uso do e-mail corporativo habilita a
demissão por justa causa; em síntese, tratando-se o computador de um
instrumento de trabalho, nada impede que o empregador bloqueie o acesso a
determinadas páginas eletrônicas.
Importante salientar, pode sim o empregador regrar
o acesso às redes sociais no ambiente de trabalho, mas o poder de gerência não
extravasa este limite. Perceba-se: o empregador pode determinar a utilização de
uniforme, mas não pode impedir que na foto postada em seu perfil particular
esta mesma pessoa esteja trajando roupas mínimas - há de se ter cautela quanto
ao exercício do poder de gerência, mas o empregado também há de ser igualmente
cauto com sua conduta em seu cotidiano.
Em nosso entender, o empregador pode e deve exigir
de seus empregados um comportamento adequado tanto no mundo real como no
virtual.
Se de um lado o empregador pode exercer o poder de
gerência, impedindo, limitando e/ou fiscalizando o acesso de seus empregados às
redes sociais e à internet como um todo, de outro lado a tecnologia está à
disposição e deve ser empregada em toda a sua dimensão, prestando-se como
verdadeiro instrumento facilitador da informação. Como então buscar o
equilíbrio? A resposta é fácil: Ética! Respeito! Bom senso!
O comportamento de qualquer pessoa deve ser igual,
em qualquer momento e situação; o fato de haver um perfil eletrônico não
significa haver outra pessoa, mas apenas um meio por intermédio do qual ela se
manifestará, encontrará outras pessoas e se relacionará.
A má ação do empregado no mundo virtual se compara
e equivale àquela realizada no mundo tangível. Ofender o empregador por
intermédio de um poste é tão grave quanto ofendê-lo durante uma reunião e -
quiçá - até mais grave em razão da publicidade.
Por conseguinte, a conduta do empregado pode
constituir justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, conforme artigo
482 da CLT, na hipótese da publicação constituir ato de improbidade,
incontinência de conduta ou mau procedimento, violação de segredo de empresa,
ato lesivo da honra ou à boa fama praticada contra colegas e/ou superiores
hierárquicos.
Ainda, se o empregador estabelecer procedimentos no
sentido de traçar a conduta dos empregados frente às publicações em redes
sociais de assuntos relacionados a ele ou à empresa e, mesmo assim, o empregado
desrespeitar o que foi estabelecido, pode restar caracterizada causa para
demissão do mesmo.
Para evitar problemas desta natureza, algumas
empresas têm orientado seus empregados, alertando-os sobre a responsabilidade
que cada qual conserva e, sobretudo, sobre a consequência que posts
prejudiciais podem acarretar.
Este é o melhor caminho, orientar, conscientizar e
alertar os empregados.
O estabelecimento de procedimentos, somado à
iniciativa de estratégias de conscientização, é sim eficaz no sentido de evitar
problemas relacionados à publicação de assuntos relacionados ao empregador em
redes sociais. Ainda não há nenhum estudo científico que possa subsidiar
estatisticamente esta afirmação, mas a experiência tem nos mostrado que ações
internas neste sentido trazem bons resultados.
Os empregados permanecerão atentos se as empresas,
além de estabelecer regras, promoverem constantes ações no sentido de
conscientizá-los. Contudo, independentemente de tais ações, cabe a cada
empregado ter postura profissional madura e adequada, sabendo que integra a
empresa na qual trabalha e tutelando para que seu nome seja, sempre,
preservado.
Por fim de se ressaltar - à luz do artigo 332 do
Código de Processo Civil - as informações postadas em sítios eletrônicos podem
se prestar como prova válida em processo judicial, o que imprime
maior importância à questão.
Em conclusão, o empregado deve portar-se nas redes
sociais com o mesmo zelo sob o qual se mantém no ambiente de trabalho, pois no
mundo virtual o meio pode ser diverso, mas as ações e consequências são as
mesmas do mundo real.
Fonte: Fernando
Borges Vieira é sócio titular da banca Fernando Borges Vieira - Sociedade de
Advogados/Jornal Contábil
-
Ministério do Trabalho reconhece mais 12 ocupações profissionais - CBO
Publicado em
11/04/2016
às
11:00
Entre
as novas categorias estão o entrevistador social e o agente de combate a
endemias
Todos
os anos, o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) atualiza a
Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Este ano, 12 novas categorias
profissionais foram incluídas, entre elas, agente de combate a endemias,
condutor de ambulância, mestre de cerimônias e entrevistador social. Com as
novas inclusões, as ocupações reconhecidas pelo MTPS no Brasil chegam a 2,6
mil.
Os
dados da CBO alimentam as bases estatísticas de trabalho e servem de subsídio
para a formulação de políticas públicas de emprego. A atualização é feita
levando em conta mudanças nos cenários cultural, econômico e social do país,
que provocam alterações na dinâmica do mercado de trabalho brasileiro. Um
exemplo de ocupações que surgiram a partir dessas mudanças é o entrevistador
social, uma atividade estreitamente ligada à estratégia de inclusão social adotada
pelo governo federal nos últimos doze anos. Essa categoria tem, entre outras
funções, alimentar o Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal, o
CadÚnico, sistema que guarda as informações das famílias de baixa renda e serve
de banco de dados para as principais políticas públicas do país, como o Bolsa
Família, o Minha Casa, Minha Vida.
Este
é o trabalho de Henrique Pereira de Almeida, de 50 anos. Desde 2012, todos os
dias, Henrique atende no Cras do Cachambi, no Rio de Janeiro, dezenas de pessoas
procurando informações sobre direitos e políticas públicas. "Eu faço o melhor
que eu posso para ajudar quem vem aqui", resume Henrique. "Os pedidos são de
todos os tipos e as pessoas bem diferentes, mas todas estão atrás de
informação. Por isso, trabalho com bom humor". Para ele, o próprio nome da
ocupação, entrevistador social, resume bem o dia a dia dele. "Tem tudo a ver
com quem trabalha com inserção social. A gente participa da vida dessas
pessoas, nem que seja por cinco ou dez minutos, mas sei que fazemos
diferença".
O
reconhecimento de uma ocupação é feito após um estudo das atividades e do
perfil da categoria. A análise que culminou no reconhecimento do entrevistador
social apontou, por exemplo, que entre 2013 e 2014, 70 mil pessoas realizaram
entrevistas do CadÚnico. Desses, 40 mil, por seis meses consecutivos ou mais,
indicando que a função é exercida com continuidade pelos profissionais. O
trabalho requer capacitação específica para preencher os questionários, abordar
as famílias e entender os conceitos do CadÚnico.
O
MTPS incluiu também o agente de combate a endemias como a ocupação responsável
por atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da
saúde. Na organização do trabalho de saúde na comunidade, o agente de combate a
endemias e o agente comunitário de Saúde desempenham papel fundamental na
promoção da saúde pública, pois são eles que estão em contato direto e contínuo
com a comunidade, e são, na maioria das vezes, os principais articuladores
entre a comunidade e a unidade ou serviço de saúde local. A agente de
Vigilância Ambiental Lucineia Alves, que há 17 anos trabalha no combate às
endemias no Distrito Federal, conta que nem sempre foi simples fazer esse
trabalho. "A gente já sofreu muito preconceito. Não éramos reconhecidos
profissionalmente até mesmo em visitas. Por isso é fundamental esse
reconhecimento". Ultimamente, o trabalho de Lucineia se resume às atividades de
prevenção, incluindo o combate ao mosquito aedes aegypti. "Meu trabalho é feito
de detalhes. Eu vou a sua casa, não para ver o que está bonito. Eu vou procurar
o que não está bonito, o que está faltando para ficar saudável".
Sobre a CBO - A CBO é o documento que reconhece a existência de
determinada ocupação e não a sua regulamentação. A regulamentação da profissão
é realizada por Lei, cuja apreciação é feita pelo Congresso Nacional e
submetida à sanção da Presidência da República.
As novas ocupações:
Tecnólogo
em soldagem
|
Elabora o plano
de qualificação de procedimentos de soldagem e qualifica profissionais da
área.
|
Mestre
de cerimônias
|
Conduz eventos
públicos, corporativos e sociais presenciais, seguindo roteiro elaborado por
organizadores.
|
Entregador
de publicações
|
Entrega
correspondências, objetos e publicações, organizando e fazendo triagem dos
mesmos.
|
Concierge
|
Recepciona e
prestam serviços de apoio a clientes, pacientes, hóspedes, visitantes e
passageiros; presta atendimento telefônico e fornece informações em diversos
estabelecimentos.
|
Entrevistador
social
|
Entrevista
famílias de baixa renda, orienta sobre os programas sociais e políticas
públicas, e encaminha para órgãos competentes, caso necessário.
|
Agente
de combate a endemias
|
Realiza ações de
controle de endemias, promove educação sanitária e ambiental e orienta a
comunidade para promoção de saúde por meio de inspeções domiciliares.
|
Casqueador
de animais
|
Monitora
doenças, lesões e traumatismos em animais. Corta excessos de cascos, limpa e
higieniza ferimentos no local.
|
Ferrador
de animais
|
Coloca e
substitui ferraduras em animais, detecta presença de ferimentos nas patas e
recomenda encaminhamento a veterinário, se necessário.
|
Tapeceiro
de autos
|
Responsável por
fabricar ou reformar estofamento e revestimento interno de veículos.
|
Condutor
de ambulância
|
Transporta
pacientes e auxilia equipes de saúde nos atendimentos de urgência e
emergência.
|
Operador
de abastecimento de combustível de aeronave
|
Realiza
operações de abastecimento e destanqueio de combustível de aeronaves.
|
Monitor
de sistemas eletrônicos de segurança interno
|
Ativa e monitora
os sistemas, analisa os eventos e imagens recebidos da central de alarme
monitorada, identifica problema e encaminha ocorrências ao setor responsável.
|
Monitor
de sistemas eletrônicos de segurança externo
|
Monitora os
equipamentos e sistemas da central de monitoramento, realizar inspeção
técnica no local monitorado, realizar manutenções corretiva e preventiva dos
sistemas.
|
Fonte: Assessoria
de Imprensa/
Ministério
do Trabalho e Previdência Social
-
Legislação brasileira prevê direitos à mãe trabalhadora
Publicado em
25/03/2016
às
11:00
Benefícios da gestação ao parto, e no ambiente de
trabalho
A proteção à maternidade é um direito
constitucionalmente garantido
às trabalhadoras
brasileiras, que, na gravidez e após se tornarem mães, precisam ajustar suas
rotinas de cuidados com o filho ao seus trabalhos. A licença -maternidade, sem
prejuízo do emprego, e a existência de creche custeada pela empresa, são
benefícios previstos na Constituição Federal, válidos para todas as
trabalhadoras em todo o território nacional. Mais de 55,8 mil mulheres estavam
asseguradas pela licença-maternidade em dezembro de 2015, segundo dados da
Previdência Social.
As empresas com mais de 30 empregadas com idade superior a 16 anos, são
obrigadas a disponibilizar, no local de trabalho, salas de apoio à amamentação,
adequadas à coleta e armazenamento do leite materno, para que as mulheres
trabalhadoras consigam seguir a recomendação da Organização Mundial de Saúde
(OMS), de amamentar os seus filhos por dois anos ou mais, sendo exclusivamente
com o leite materno nos primeiros seis meses.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério do Trabalho e
Previdência Social, Rosane da Silva, a creche é uma política determinante para
a entrada e permanência da mulher no mercado de trabalho, pois ela precisa
fazer arranjos familiares para conciliar o cuidado com o trabalho produtivo.
"Portanto, ter uma política séria de creches públicas, que é responsabilidade
dos municípios, é fundamental para garantir a nossa permanência no mundo do
trabalho", afirma.
A servidora pública Maria Cristina Rodrigues trabalha em um órgão
federal que dispõe de espaço para amamentação e creche para as crianças até os
três anos, concorda: "é uma tranquilidade, pois minha filha vem e volta para
casa comigo. Quando Mariana era menor, eu aproveitava o horário do almoço para
amamentar e brincar com ela". Cristina faz questão de destacar que com a oferta
da creche no local de trabalho "o lado materno e profissional fica mais
harmonizado".
Exemplo oposto, a camareira Luana Silva, chefe de família e mãe de
Lucas, de um ano, enfrentou dificuldades em conciliar a maternidade com a vida
profissional. Em 2014, após a licença maternidade, precisou pedir o
desligamento do emprego por não ter com quem deixar o filho. "Foi uma fase
difícil. Aproveitei o período do seguro-desemprego para encontrar uma pessoa de
confiança, para poder voltar a trabalhar com tranquilidade", disse Luana.
Apesar de opostos, os dois exemplos citados evidenciam a importância do
respeito aos direitos da mãe trabalhadora, que vão além da creche no ambiente
de trabalho. Conheça destes direitos garantidos a todas as mães trabalhadoras:
Gestantes
- De acordo com Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), não são permitidos em regulamentos de qualquer natureza,
contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher
ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez.
A trabalhadora grávida não pode ser demita por justa causa desde a
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário, a
dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no
mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Além da
transferência de função, quando as condições de saúde exigirem, é assegurada a
retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao
trabalho.
Amamentação:
Para amamentar o seu filho
até seis meses de idade, a mulher tem direito a dois descansos especiais, de
meia hora cada, durante sua jornada de trabalho. Esse período pode ser ampliado
se a saúde da criança assim o exigir, mediante atestado médico.
Creche e pré-escola:
A
assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos
de idade em creches e pré-escolas, é um direito previsto na Constituição. A
creche pode se localizada na própria empresa ou em outros locais, contratados
mediante convênio entre a empresa e entidades públicas ou privadas, sendo as
despesas custeadas direta e integralmente pela empresa.
Uma alternativa à assistência é o auxílio-creche ou reembolso creche,
valor que a empresa repassa diretamente às empregadas, quando a empresa não
dispõe de creche no ambiente de trabalho. Não há na legislação previsão legal
para casos em que a mãe queira deixar seu bebê com uma babá, porém, nada impede
que convenção ou acordo coletivo autorize a trabalhadora a usar o valor do
benefício - auxílio-creche ou reembolso creche - para pagamento de uma babá.
Licença maternidade:
A trabalhadora tem
direito a 120 dias de licença-gestante. Durante o período da licença, a
empregada recebe a sua remuneração em forma de salário maternidade, benefício
pago às seguradas da Previdência que acabaram de ter filho, seja por parto ou
adoção. Saiba onde e quando pedir:
Evento gerador
|
Tipo de Trabalhador
|
Onde pedir?
|
Quando pedir?
|
Parto
(Inclusive
de natimorto)
|
Empregadas
de empresas
|
Na
empresa
|
A
partir de 28 dias antes do parto.
|
Desempregada
|
No
INSS
|
A
partir do parto.
|
Demais
trabalhadoras
|
No
INSS
|
A
partir de 28 dias antes do parto.
|
Adoção
|
Todos
os adotantes
|
No
INSS
|
Apartir
da adoção ou guarda para fins de adoção.
|
Aborto
|
Empregada
|
No
INSS
|
A
partir da ocorrência do aborto.
|
|
Demais
trabalhadoras
|
Trabalhadora rural e empregada doméstica
- A Lei 8.861/94 dispõe que à segurada especial (trabalhadora
rural) fica garantida a concessão do salário-maternidade no valor de um salário
mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma
descontínua, nos doze meses imediatamente anteriores ao do início do benefício.
Para as empregadas domésticas, o salário-maternidade será pago
diretamente pela Previdência Social, em valor correspondente ao do seu último
salário-de-contribuição.
Tanto a trabalhadora rural quanto a empregada doméstica podem requerer o
salário-maternidade até 90 dias após o parto.
No caso de aborto a mulher tem direito a duas semanas de repouso,
recebendo seu salário normalmente durante este período.
Fonte: M.T.E.
-
SEGURANÇA DO TRABALHO: Regulamentação de exames toxicológicos para motoristas entra em vigor
Publicado em
11/03/2016
às
13:00
A medida vale para
os motoristas do transporte de passageiros e de cargas
Entrou em
vigor na última quarta-feira (2/3/2016), a Portaria nº 116, de 13 novembro de
2015, que regulamenta a realização de exames toxicológicos em motoristas
profissionais do transporte rodoviário coletivo de passageiros e de cargas. Os
exames devem ser realizados antes da admissão e por ocasião do desligamento
desses trabalhadores.
De acordo
com as novas regras, a empresa contratante do motorista deverá encaminhar o
trabalhador a um ponto de coleta conveniado para a realização do exame. "Cabe à
empresa pagar pelos exames envolvidos na contratação e no desligamento",
explica Rinaldo Marinho, diretor do Departamento de Saúde e Segurança no
Trabalho.
Nos próximos
45 dias, o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) vai prestar
orientações sobre a nova norma. A ideia, segundo Rinaldo, é esclarecer as
empresas quanto o cumprimento da Portaria, como a realização dos exames em
laboratórios credenciados e o custeio por parte do empregador. Após este
período, caso a norma não seja cumprida, a empresa será autuada e pode ser
multada.
O exame
toxicológico tem validade de 60 dias, a partir da data da coleta da amostra e
deverá ter como janela de detecção, para consumo de substâncias psicoativas,
uma análise retrospectiva mínima de 90 dias e somente poderá ser realizado por
laboratórios acreditados.
O motorista
receberá um laudo laboratorial detalhado com a relação de substâncias testadas
e com os seus respectivos resultados. O profissional terá direito à
contraprova, à confidencialidade dos resultados e à consideração do uso de
medicamento prescrito, devidamente comprovado.
Estatísticas
-
Segundo o diretor, os motoristas de caminhão são
aqueles que mais sofrem acidentes fatais de trabalho, por causa de situações
como excesso de jornada e consumo de drogas lícitas e ilícitas. "Essa é a
ocupação com o maior número de mortes em acidentes de trabalho. São 15% dos
óbitos. Em 2014, o número de motoristas de caminhão que perderam a vida no
exercício profissional chegou a 399, das 2.660 mortes registradas pelo
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), em todas as ocupações". "O
objetivo é nortear políticas públicas que ajudarão na prevenção desses
acidentes e no trânsito".
Fonte: Ascom MTPS/ Trabalho
-
Saiba como consultar seu Extrato de Vínculos e Contribuições Previdenciárias
Publicado em
09/02/2016
às
11:00
Com as informações é possível simular o tempo de
contribuição para aposentadoria
Os segurados da Previdência Social
podem consultar seus vínculos empregatícios e suas contribuições no portal da
Previdência, na internet. Além de acompanhar a situação junto ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), é possível, com os dados, simular o tempo de
contribuição para efeitos de aposentadoria. O extrato pode ser acessado aqui. Basta informar o NIT/PIS/PASEP e a senha
- que, por segurança, somente pode ser retirada numa Agência da Previdência
Social.
O atendimento para obtenção dessa
senha deve ser agendado pelo site ou pela Central de Atendimento 135.
Os segurados correntistas do Banco do
Brasil podem verificar o Extrato de Vínculos e Contribuições nos caixas
eletrônicos (opção 20 - outros extratos) e no portal bb.com.br. Já os
clientes da Caixa Econômica Federal podem acessar o extrato por meio do internet
banking.
De posse desses dados, o segurado
pode simular seu
tempo de contribuição em nosso portal. É só inserir os períodos de
vínculos registrados na Carteira de Trabalho e/ou contribuições realizadas por
meio de carnê.
A simulação considera somente o tempo
comum, isto é, a data inicial e a data final dos vínculos empregatícios. Não
será considerado na contagem do tempo o período de atividade especial. Essas
informações poderão ser revisadas pela Agência da Previdência Social no momento
da concessão do benefício.
Fonte: Ascom MTPS / Previdência Social
-
Cartão de registro profissional, obtido pela internet, vai substituir anotação na CTPS
Publicado em
07/02/2016
às
11:00
Serviço vai permitir atendimento mais rápido,
aprimorar a segurança das informações e os mecanismos de comprovação
A partir 27/01/2016, o Ministério do Trabalho
e Previdência Social (MTPS) vai emitir pela internet um cartão de registro
profissional. A medida substitui as anotações nas Carteiras de Trabalho e
Previdência Social (CTPS). O objetivo é oferecer um atendimento mais moderno e
rápido aos profissionais que solicitam o registro, além de aprimorar a
segurança das informações e fornecer mecanismos hábeis de comprovação.
As mudanças foram publicadas no Diário
Oficial da União (DOU), na Portaria Nº 89, de 22 de janeiro de 2016.
A partir de agora, os
trabalhadores que tiverem o pedido de registro aceito pelo ministério vão
acessar o Sistema Informatizado de Registro Profissional (Sirpweb), disponível aqui ou no Portal do MTPS,
para imprimir o seu cartão. Assim, não será mais necessário retornar ao posto
de atendimento para a anotação do registro na Carteira de Trabalho.
Sistema -
O Sistema Informatizado do Registro Profissional
(Sirpweb) foi criado para armazenar os dados de registros dos profissionais.
Além disso, tem por objetivo dar transparência e agilidade aos processos de
solicitação de registro, adequando-se ao que dispõe a Lei de Acesso à
Informação.
Por meio do Sistema, o interessado poderá ingressar com o
seu pedido de registro profissional virtualmente, acompanhar o andamento da
análise da sua solicitação, consultar a situação de seu registro e imprimir o
seu cartão de registro profissional.
Registro -
O registro profissional é um cadastro do Ministério do
Trabalho e Previdência Social (MTPS). Ele permite que profissionais de quatorze
categorias regulamentadas por leis federais ingressem no mercado de trabalho:
agenciador de propaganda, arquivista, artista, atuário, guardador e lavador de
veículos, jornalista, publicitário, radialista, secretário, sociólogo, técnico
em arquivo, técnico em espetáculos de diversões, técnico de segurança do
trabalho e técnico em secretariado.
Fonte:
MTE
-
Número do CPF é obrigatório para agendamento e atendimento no INSS
Publicado em
29/01/2016
às
13:00
Desde 2014,
a pessoa que quiser agendar seu atendimento em uma unidade do INSS deve
informar seu número de CPF. Essa medida, introduzida pela Resolução 438/2014,
tem o objetivo de dar mais segurança ao público que procura o INSS e de coibir
as tentativas de fraudes envolvendo a identificação do segurado.
O número do CPF também deverá ser informado durante o atendimento na agência.
Além disso, é obrigatória a apresentação de um documento oficial com foto, como
RG, Carteira de Motorista, Carteira de Trabalho ou Passaporte, dentro da
validade. É importante destacar que a apresentação do CPF é obrigatória
inclusive para os requerentes menores de idade.
O CPF, que é o documento do Cadastro de Pessoas Físicas gerenciado pela Receita
Federal do Brasil, pode ser solicitado nas agências do Banco do Brasil ou da
Caixa Econômica Federal e nas unidades dos Correios. Para obtê-lo, é necessário
apresentar documento de identidade com foto e título de eleitor. No caso dos
menores de 16 anos, a inscrição no CPF pode ser feita mediante a apresentação
de documento de identificação (certidão de nascimento ou RG) do requerente e de
um dos pais.
Fonte: ACS/SP
-
Aumento da Carga sobre a Folha de Pagamento
Publicado em
23/12/2015
às
17:00
Nas
campanhas eleitorais a maioria tem boas intenções e prometem que irão reduzir o
peso do fardo dos tributos que temos que carregar para sobreviver. Pouco tempo
após chegarem ao poder a palavra passa anão mais valer, o rumo da conversa muda
e os eleitos querem mesmo é arrecadar para se perpetuarem.
As
reformas tributárias de verdade para o lado do contribuinte nunca acontecem. Só
acontecem em benefício do fisco. Agora que gastaram mal, desviaram, propinaram
e o caixa secou, na prática o peso aumentou e tudo leva a crer que vai aumentar
mais. Parece que vivemos na regra "primeiro o meu depois o seu e para o País
somente se sobrar algum".
Como
contadores acompanhamos anos de mais formalização e registros em carteira de
trabalho, e hoje virou regra. A formalização na área trabalhista trouxe inúmeros
benefícios e justiça para toda a sociedades. Isso foi possível por vários
fatores, principalmente sobre a redução do peso dos encargos sobre a folha,
situação que agora começa a ser golpeada. E é justamente do empregador, que
deveria ser incentivado em tempos de crise, que serão arrancadas mais
contribuições. Em alguns casos o aumento da contribuição para a previdência
subirá mais de 150% conforme a nova Lei 13.161 que já pesará a partir de
01.12.15 da qual abordaremos as principais mudanças:
As
empresas do setor produtivo só têm duas opções, ou pagam contribuição
previdenciária no modelo anterior que normalmente é de 20% sobre a massa salarial
ou optam pelo pagamento sobre o faturamento que agora teve as alíquotas
aumentadas.
·
Pagarão
4,5% sobre o faturamento a maioria
das empresas que pagavam 2%.
·
Pagarão
3,0% sobre o faturamento a maioria
das empresas de transportes de passageiros enquadradas nos CNAES 4921-3,
4922-1, 4912-4/02/03.
·
Pagarão
2,5% sobre o faturamento a maioria
das empresas que enates pagavam 1%.
·
Pagarão
1,5% sobre o faturamento a maioria
das empresas de transporte aéreo e marítimo de cargas e passageiros, rodoviário
e ferroviário de cargas, cargas e descargas de contêineres. Empresas jornalísticas,
de radiodifusão, sons e imagens previstos na Lei 10.610/02, enquadradas nas
classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4
da CNAE. Empresas que fabricam produtos classificados nos códigos 6309.00,
64.01 a 64.06 e 87.02 (com exceção do 8702.90.10).
·
Pagarão
1,0% sobre o faturamento a maioria
das empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI com os seguintes
códigos: 02.03; 0206.30.00; 0206.4; 02.07; 02.09; 02.10.1; 0210.99.00; 03.03;
03.04; 0504.00; 05.05 (alimentos); 1601.00.00; 16.02; 1901.20.00 (carnes). Ex.:
01; 1905.90.90 - Ex.: 01; 03.02, exceto 0302.90.00 (peixes).
Logo,
pouco adianta ser facultativa a opção, pois se as empresas não pagarem este
aumento sobre o faturamento terão que pagar sobre a folha salarial, o que
também é alto. Excepcionalmente par o ano de 2015, a opção será manifestada
mediante o pagamento da contribuição incidente sobre dezembro de 2015, ou seja,
até o dia 20, que é data de recolhimento, a empresa deverá optar por recolher
20% sobre a folha ou pagar conforme as alíquotas acima.
Em
2016 a opção será exercida pelos valores pagos relativos a janeiro.
Construção
Civil poderá optar por obra. Para que se possa fazer um planejamento de qual
opção será mais viável, o contribuinte deverá fazer uma previsão de faturamento
para 2016 assim como uma previsão das despesas com folha de pagamento para o
mesmo ano.
(Lei
13.161/2015)
Fonte:
Pontual/Amarildo
-
Ministério do Trabalho disciplina trabalho nos domingos e feriados
Publicado em
15/12/2015
às
13:00
O Ministério
do Trabalho e Emprego (M.T.E.) disciplinou, através da Portaria M.T.E. nº
945/2015, o trabalho aos domingos e feriados civis e religiosos.
Abaixo o
texto completo da referida portaria.
Portaria MTE Nº 945 DE 08/07/2015
Publicado no
DO em 9 jul 2015
Dispõe sobre
a autorização transitória para trabalho aos domingos e feriados civis e
religiosos a que se refere o artigo 68, parágrafo único, da CLT.
O Ministro
de Estado do Trabalho e Emprego, usando da competência que lhe foi atribuída
pelo art. 87, parágrafo único, incisos I e II da Constituição Federal, pelo
art. 913 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e pelo artigo 1º do Decreto
nº 83.842, de 14 de agosto de 1979,
Resolve:
Art. 1º A
autorização transitória para trabalho aos domingos e feriados civis e
religiosos a que se refere o artigo 68, parágrafo único, da CLT será regida de
acordo com os procedimentos previstos nesta Portaria.
Parágrafo
único. A autorização a que se refere este artigo poderá ser concedida:
a) mediante
acordo coletivo específico firmado entre empregadores e entidade representativa
da categoria profissional de empregados;
b) mediante
ato de autoridade competente do Ministério do Trabalho e Emprego, baseado em
relatório da inspeção do trabalho, por meio de requerimento do empregador.
Art. 2º Fica
concedida autorização transitória para trabalho aos domingos e feriados civis e
religiosos aos empregadores que firmarem acordo coletivo específico de trabalho
com entidade representativa da categoria profissional, após o devido registro
no Ministério do Trabalho e Emprego.
Art. 3º O
acordo coletivo específico a que se refere o artigo anterior disciplinará a
prestação do trabalho aos domingos e feriados civis e religiosos, devendo
versar, no mínimo, sobre:
I - Escala
de revezamento;
II - Prazo
de vigência da prestação do trabalho aos domingos e feriados civis e
religiosos;
III -
Condições específicas de segurança e saúde para o trabalho em atividades
perigosas e insalubres;
IV - Os
efeitos do acordo coletivo específico na hipótese de cancelamento da
autorização.
Art. 4º Para
a análise da pertinência da pactuação sobre o trabalho aos domingos e feriados
civis e religiosos, as partes considerarão:
I - o
histórico de cumprimento da legislação trabalhista pela empresa, por meio de
consulta às certidões de débito e informações processuais administrativas no
âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, através do endereço
eletrônico http://consultacpmr.mte.gov.br/ConsultaCPMR.
II - as
taxas de incidência ou gravidade de doenças e acidentes do trabalho do
empregador em relação ao perfil do setor econômico, com base nas estatísticas
oficiais anualmente publicadas pelo Ministério da Previdência Social.
Art. 5º O
registro do acordo coletivo específico deve ser requerido por meio do Sistema
Mediador em http://www.mte.gov.br,
conforme instruções previstas no sistema.
Parágrafo
único. Para a validade do acordo coletivo específico serão observadas as regras
constantes do Título VI da CLT.
Art. 6º A
autorização se encerrará:
I - com o
decurso do prazo previsto no acordo coletivo específico;
II - pelo
distrato entre as partes.
Art. 7º
Excetuados os casos previstos no artigo 2º desta Portaria, fica subdelegada
competência aos Superintendentes Regionais do Trabalho e Emprego, com
circunscrição no local da prestação do serviço, para conceder autorização de
trabalho aos domingos e feriados.
Art. 8º O
requerimento para solicitar a autorização prevista no artigo anterior deverá
ser instruído com os seguintes documentos:
I - laudo
técnico elaborado por instituição Federal, Estadual ou Municipal, indicando a necessidade
de ordem técnica e os setores que exigem a continuidade do trabalho, com
validade de 4 (quatro) anos;
II - escala
de revezamento, de forma que o gozo do repouso semanal remunerado dos
trabalhadores coincida com o domingo, no mínimo, 1 (uma) vez a cada três
semanas;
III -
comprovação da comunicação, com antecedência mínima de 15 dias da data do
protocolo do pedido feito ao MTE, à entidade sindical representativa da
categoria laboral a respeito da autorização para o trabalho aos domingos e
feriados.
IV -
Resposta apresentada pela entidade sindical laboral competente no prazo de 15
dias, se houver.
Parágrafo
único. Em caso de objeção ao pedido de autorização para o trabalho aos domingos
e feriados, a entidade sindical laboral poderá protocolar sua manifestação
diretamente no MTE.
Art. 9º As
autorizações de que trata o artigo 7º desta portaria somente serão concedidas
após inspeção na empresa requerente e serão consideradas na avaliação do pedido
de autorização a ocorrência das seguintes situações:
I - infração
reincidente nos atributos de jornada e descanso;
II - taxa de
incidência ou gravidade de doenças e acidentes do trabalho superior à média do
perfil do setor econômico, com base nas estatísticas oficiais anualmente
publicadas pelo Ministério da Previdência Social.
§ 1º As
autorizações previstas no Caput poderão ser concedidas pelo prazo de até dois
anos, renováveis, com validade a partir da publicação no Diário Oficial da
União.
§ 2º Os
pedidos de renovação deverão ser formalizados em até três meses antes do
término da autorização, observados os requisitos exigidos no caput deste
artigo.
Art. 10. A
autorização para trabalho aos domingos e feriados civis e religiosos poderá ser
cancelada a qualquer momento, após oitiva da empresa, mediante despacho fundamentado
e baseado em relatório da inspeção do trabalho, desde que observada a
ocorrência de uma das seguintes hipóteses:
I -
descumprimento do instrumento coletivo pelo empregador relativamente às normas
coletivas sobre o trabalho em domingos e feriados, no caso de autorização
concedida por meio de acordo coletivo específico;
II -
descumprimento das exigências constantes desta Portaria;
III -
infração reincidente nos atributos de jornada e descanso, constatada pela
inspeção do trabalho;
IV -
atingimento, pelo empregador, de taxa de incidência ou gravidade de doenças e
acidentes do trabalho superior à do perfil do setor econômico, com base nas
estatísticas oficiais anualmente publicadas pelo Ministério da Previdência
Social.
V - situação
de grave e iminente risco à segurança e saúde do trabalhador constatada pela
Inspeção do Trabalho.
§ 1º No caso
do inciso IV, caberá à Inspeção do Trabalho avaliar se a ocorrência é
suficientemente relevante a fim de justificar o cancelamento da autorização.
§ 2º Fica
subdelegada competência aos Superintendentes Regionais do Trabalho e Emprego,
com circunscrição no local da prestação de serviço, para o cancelamento de que
trata o caput deste artigo.
Art. 11. O
MTE disponibilizará em sua página eletrônica a relação das empresas
autorizadas, na forma desta Portaria, ao trabalho em domingos e feriados.
Art. 12. Os
casos omissos serão dirimidos pelo Secretário Executivo do MTE, ouvidas as
áreas técnicas envolvidas.
Art. 13.
Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 14.
Revogam-se as Portarias nº 3118, de 03 de abril de 1989 e nº 375 de 21 de março
de 2014.
MANOEL
DIAS
-
Estudo mostra impactos da rotatividade no mercado de trabalho brasileiro
Publicado em
03/12/2015
às
17:00
Análise foi apresentada em evento com representantes do MTPS e Dieese.
Resultados apontam que a confiança da população pode estimular buscas por
melhores postos de trabalho
A taxa de rotatividade no mercado de trabalho brasileiro alcançou 62,8%,
em 2014. Entre 2003 e 2007, esse índice ficou na média de 54% no segmento de
celetista. Passou por uma elevação em anos recentes e chegou a 63%, entre 2008
e 2014. O indicador envolve as admissões e os desligamentos praticados, com
especial atenção dedicada às movimentações contratuais no setor privado, onde
os trabalhadores não possuem estabilidade no emprego, como os empregados
estatutários.
O Estudo é resultado de um convênio do Ministério do Trabalho e
Previdência Social (MTPS) com o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) e foram apresentadas nesta semana na Oficina
de Rotatividade: Os desafios para enfrentar a rotatividade no mercado de
trabalho brasileiro: análise com recorte setorial, realizada em Brasília.
As apresentações mostraram uma forte movimentação contratual no mercado
de trabalho, ao longo de 2014. O mercado celetista registrou 65,8 milhões de
vínculos de empregos e chegou ao fim do ano com 40,6 milhões de postos de
trabalho ativos - de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais
(Rais). Desse total, 25,3 milhões de vínculos foram desligados ao longo do ano
em análise.
Os expositores do DIEESE esclareceram que a taxa de rotatividade pode
ser analisada em duas perspectivas. A primeira em que a demissão ocorre a
pedido do trabalhador e a segunda em que a demissão decorre de uma decisão
unilateral do empregador. Quando consideramos ambos os tipos de demissão,
estamos medindo a taxa de rotatividade global do mercado de trabalho. Quando
consideramos apenas a demissão sem justa causa, por iniciativa do empregador,
estamos medindo uma taxa de rotatividade dita descontada.
No período de 2003 a 2007, a taxa de rotatividade global no segmento
celetista situou-se numa média de 54% e elevou-se nos anos recentes, chegando a
média de 63% entre os anos de 2008 a 2014. Nesse período, atingiu seu pico em
2011, com 64,5%, e decaiu para 62,8% em 2014. Já a taxa de rotatividade
descontada, nos anos de 2003 a 2007 situou-se em 41,1% e elevou-se para 43,7%
nos anos de 2008 a 2014. Nesse período, a maior taxa foi verificada em 2008,
com 45,0%, decaindo para 43,1% em 2014.
Os expositores ressaltaram ainda que, nos período de maior crescimento
do emprego, há uma tendência à ampliação da rotatividade provocada pela
iniciativa do próprio trabalhador. Em 2003, a taxa de rotatividade global era
de 52,4%, sendo que, desse percentual, 11,5 pontos percentuais correspondiam à
parcela de demissões por iniciativa do trabalhador. Em 2011, quando a taxa de
rotatividade alcançou o pico de 64,5%, a parcela correspondente à iniciativa do
trabalhador ampliou-se para 20,5 pontos percentuais. Nesse período, houve uma
expressiva geração de empregos formais no segmento celetista, passando de 22,3
milhões para 37,6 milhões de vínculos ativos, uma média de crescimento da ordem
1,7 milhões de novos postos de trabalho ao ano.
Dados regionais e setoriais -
Em
termos regionais, os dados mostram taxas de rotatividade mais elevadas nos
estados de Mato Grosso (67,9%, em 2014) e Goiás (53,4%), na região
Centro-Oeste, que revelou a maior taxa de rotatividade no Brasil (52,6%). E
ainda em Tocantins (53,1%), Rondônia (51,0%) e Roraima (50,0%), da região
Norte, que teve a segunda maior taxa de rotatividade brasileira (48,3%).
Alguns estados se destacam por uma taxa de rotatividade acima da média
da sua região, como Bahia (45,4%), Maranhão (45,1%) e Pernambuco (44,8%), no
Nordeste (43,3%), e Minas Gerais (47,7%), no Sudeste (41,6%). A taxa de
rotatividade é relativamente menor e mais estável nos estados da região Sul do
país (42,0%), sendo que o Paraná (42,9%) possui taxas mais próximas à média
nacional. Os dados apontam uma maior incidência da movimentação dos postos de
trabalho em setores e atividades que demandam trabalhadores mais jovens e menos
escolarizados.
Os setores mais afetados pelas altas taxas de rotatividade são a
Agricultura e Pecuária, a Construção Civil e o Comércio. São setores cujas
características próprias da atividade econômica incidem nessa questão, seja por
estarem atreladas a aspectos sazonais ou por causa da dinâmica de produção,
como é o caso da Construção Civil, com trabalhadores alocados em obras por
prazo determinado.
Fonte: M.T.E.
-
Programa Proteção do Emprego (PPE) beneficia 30 mil trabalhadores
Publicado em
30/11/2015
às
15:00
Recursos
concedidos pelo Programa alcançam R$ 91,5 milhões, preservando empregos em 23
empresas
Quando da edição da MP 680/2015 em 06 de julho de 2015, criando o
Programa de Proteção ao Emprego - PPE, a meta anunciada pela presidenta Dilma
Rousseff era beneficiar 50 mil empregados. Quatro meses depois, balanço
divulgado pelo MTPS demonstra que 33 Termos de Adesão ao PPE já foram aceitos
pelo comitê de análise do Programa, com investimentos de R$ 91,5 milhões,
preservando o emprego de 30.202 trabalhadores. De acordo com os dados do
ministério, até 18 de novembro, 23 empresas assinaram os 33 termos de adesão ao
PPE, por meio de filiais e matrizes. Há ainda outros 42 processos de adesão
tramitando no MTPS (38 de matrizes e quatro de filiais).
Caso a análise desses processos resulte na autorização para a assinatura
do Termo de Adesão, outros 12.264 trabalhadores serão incluídos no PPE, o que
representa um investimento de R$ 29,7 milhões em benefícios. Além disso, se
todas essas empresas conseguirem ingressar no programa, o total de recursos
alcançará R$ 121,2 milhões, preservando 42.466 empregos.
Setores - Entre as 75 empresas (matrizes
ou filiais) que solicitaram adesão ao PPE - incluindo as que já tiveram os
Termos de Adesão deferidos e aquelas cujo processo ainda permanece em análise -
27 são do setor automotivo; 17 do metalúrgico; 16 do fabril; cinco de serviços;
e quatro de comércio. Os setores alimentício, têxtil, financeiro e imobiliário,
até o momento, estão representados, cada um, por uma empresa.
Estados - Entre os estados, São Paulo é o
que mais concentra empresas que solicitaram adesão ao PPE: 54. A seguir vêm:
Minas Gerais (8), Rio Grande do Sul (4), Rio de Janeiro (3), Paraná (3) e Santa
Catarina (2). Nenhuma empresa dos demais estados solicitou adesão ao PPE até o
momento.
Novos prazos - A MP 680/2015 estabeleceu que o
prazo final de adesão ao PPE era até 31 de dezembro de 2015. Porém, sua
tramitação, no Congresso Nacional beneficiou ainda mais os empregadores e
trabalhadores brasileiros. O texto da Lei de Conversão sancionado pela
Presidenta Dilma nesta quinta-feira (19) prorrogou o prazo de adesão ao
Programa até 31 de dezembro de 2016 e também ampliou o tempo máximo de
participação das empresas de 12 para 24 meses.
Fonte: M.T.E.
-
Feira de Aprendizagem Profissional incentiva inserção de jovens
Publicado em
29/11/2015
às
13:00
Evento
que estimula inserção de aprendizes no mercado de trabalho ocorrerá em dezembro
nos estados do RS, MG E BA
Para
incentivar as empresas a contratarem aprendizes e promover o trabalho decente,
por meio de um diálogo entre mercado de trabalho, instituições formadoras e
jovens aptos a ingressar no mercado de trabalho, o Ministério do Trabalho e Previdência
Social (MTPS) promove no mês de dezembro a I Feira de Aprendizagem
Profissional. O evento ocorrerá inicialmente nos estados do Rio Grande do Sul,
nos dias 1º e 02 de dezembro (Shopping Bourbon Wallig em Porto Alegre), em
Minas Gerais, no dia 03 de dezembro (Câmara dos Dirigentes Lojistas em Belo
Horizonte) e na Bahia (faculdade SENAI CIMATEC em Salvador), dia 10 de
dezembro.
A
feira, direcionada às empresas, escolas públicas e técnicas, entidades sem fins
lucrativos, Serviço Nacional de Aprendizagem, federações dos empregadores e
empregados, adolescentes, jovens, órgãos públicos em âmbito municipal,
estadual, federal e sociedade civil, busca estimular a inserção de aprendizes e
promover a Lei da Aprendizagem, que obriga empresas de médio e grande porte a
cumprirem uma cota de inserção de no mínimo 5% de aprendizes em seu quadro
funcional
Para
o secretário de Inspeção do Trabalho do MTPS, Paulo Sérgio de Almeida, "o
objetivo imediato da iniciativa é aproximar as empresas que necessitam
preencher sua cota legal, os jovens interessados em ingressar no mercado de
trabalho e as instituições formadoras legalmente qualificadas e responsáveis
pelos cursos de Aprendizagem", avalia.
Aprendizagem
-
A Lei de Aprendizagem foi instituída pela Lei
nº 10.097/2000 e regulamentada pelo Decreto nº 5.598/2005 que determina a todas
as empresas de médio e grande porte contratarem adolescentes e jovens entre 14
e 24 anos. Os jovens beneficiários são contratados por empresas como aprendizes
de ofício, ao mesmo tempo em que são matriculados em cursos de aprendizagem, em
instituições qualificadoras reconhecidas, responsáveis pela certificação. A
cota de aprendizes está fixada entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por
estabelecimento, calculada sobre o total de empregados cujas funções demandem
formação profissional, cabe ao empregador, dentro dos limites fixados,
contratar o número de aprendizes que melhor atender às suas necessidades.
Serviço:
Feira
de Aprendizagem Profissional
Rio
Grande do Sul
Quando: 1º
e 02 de dezembro, das 10h às 18h
Onde: Shopping Bourbon Wallig - Porto Alegre
Minas
Gerais
Quando: 03
de dezembro, das 08h às 18h
Onde: Câmara
dos Dirigentes Lojistas - Belo Horizonte
Bahia
Quando:
10 de dezembro
Onde:
Na Faculdade SENAI CIMATEC - Salvador
Fonte: M.T.E.
-
Governo regulamenta exames toxicológicos para motoristas do transporte de passageiros e de cargas
Publicado em
27/11/2015
às
13:00
Medida, adotada em portaria do ministro Miguel Rossetto, atende a
demandas de movimentos da categoria
O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, assinou a
Portaria N° 116, que regulamenta a realização de exames toxicológicos em
motoristas profissionais do transporte rodoviário coletivo de passageiros e de
cargas. Com a medida, o governo federal atende a demandas apresentadas por
movimentos dos caminhoneiros, no início deste ano.
A Portaria, publicada nesta segunda-feira (16), no Diário Oficial da
União, e que regulamenta regras definidas na Lei Nº 13.103, sancionada pela
presidenta Dilma Rousseff em 2 de março de 2015, entra em vigor em março de
2016 e determina que os exames toxicológicos devem ser realizados previamente à
admissão e por ocasião do desligamento do motorista. Os exames têm validade de
60 dias, a partir da data da coleta da amostra e são sigilosos.
A Portaria não afeta os motoristas autônomos, já que a regulamentação
para esse grupo será feita por meio de uma Resolução do Conselho Nacional de
Trânsito, que está sendo tratada pelo Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran).
O exame toxicológico deverá ter como janela de detecção, para consumo de
substâncias psicoativas, uma análise retrospectiva mínima de 90 dias e somente
poderá ser realizado por laboratórios autorizados. O motorista receberá um
laudo laboratorial detalhado em que conste a relação de substâncias testadas,
bem como seus respectivos resultados. O trabalhador terá direito à contraprova,
à confidencialidade dos resultados dos exames e à consideração do uso de
medicamento prescrito.
O relatório médico deverá ser entregue pelo motorista ao empregador, em
até 15 dias, concluindo pelo uso indevido ou não de substância psicoativa, mas
sem indicação de níveis ou do tipo de substância.
"A Portaria delimitou também quais são as substâncias que devem ser
verificadas, basicamente a maconha, a cocaína, as anfetaminas e os opiáceos",
explica Rinaldo Marinho, diretor do Departamento de Saúde e Segurança no
Trabalho. "Como alguns medicamentos que dão resultado positivo podem ser usados
de forma legal e indicados por meio de receita médica, cabe ao médico revisor
verificar se o uso, por parte do trabalhador, está dentro de parâmetros
legais", justifica.
Marinho esclarece, ainda, que as exigências da Portaria devem ser
observadas pela empresa contratante do motorista. "Cabe à empresa pagar pelos
exames envolvidos na contratação e no desligamento", indica.
O diretor do Departamento de Saúde e Segurança no Trabalho lembra que os
motoristas de caminhão, por exemplo, são aqueles que mais sofrem acidentes
fatais de trabalho, por causa de situações como excesso de jornada e uso
indiscriminado de drogas lícitas e ilícitas. "Essa é a ocupação com o maior
número de mortes em acidentes de trabalho. São 15% dos óbitos. Em 2014, o
número de motoristas de caminhão que perderam a vida no exercício profissional
chegou a 399, das 2.660 mortes registradas pelo Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS), no ano passado, em todas as ocupações", explica.
Os laboratórios executores de exames devem encaminhar a cada seis meses,
ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DST) da Secretaria de
Inspeção do Trabalho (SIT), dados estatísticos detalhados dos exames
toxicológicos realizados, resguardando a confidencialidade dos trabalhadores.
Fonte: M.T.E.
-
Programa de Proteção ao Empregado (PPE) é transformado em lei
Publicado em
20/11/2015
às
13:00
O Governo Federal
transformou em Lei o Programa de Proteção ao Empregado (PPE) que, dentre
outros, tem por objetivos possibilitar a preservação dos empregos em momentos
de retração econômica e de favorecer a recuperação econômico-financeiro das
empresas.
A seguir, o texto completo
da lei 13.189/2015.
Presidência da
República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
|
LEI Nº 13.189, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2015.
Vigência
|
Institui o Programa de Proteção ao Emprego - PPE.
|
A PRESIDENTA
DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o
Fica instituído o Programa de Proteção ao Emprego - PPE, com os seguintes
objetivos:
I -
possibilitar a preservação dos empregos em momentos de retração da atividade
econômica;
II -
favorecer a recuperação econômico - financeira das empresas;
III -
sustentar a demanda agregada durante momentos de adversidade, para facilitar a
recuperação da economia;
IV -
estimular a produtividade do trabalho por meio do aumento da duração do vínculo
empregatício; e
V -
fomentar a negociação coletiva e aperfeiçoar as relações de emprego.
Parágrafo
único. O PPE consiste em ação para auxiliar os trabalhadores na
preservação do emprego, nos termos do inciso II do caput do art. 2o da
Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990.
Art. 2o Podem
aderir ao PPE as empresas de todos os setores em situação de dificuldade
econômico-financeira que celebrarem acordo coletivo de trabalho específico de
redução de jornada e de salário.
§ 1o A
adesão ao PPE pode ser feita até 31 de dezembro de 2016, e o prazo máximo de
permanência no programa é de vinte e quatro meses, respeitada a data de
extinção do programa.
§ 2o Tem
prioridade de adesão a empresa que demonstre observar a cota de pessoas com
deficiência.
Art. 3o Poderão
aderir ao PPE as empresas, independentemente do setor econômico, nas condições
estabelecidas em ato do Poder Executivo e que cumprirem os seguintes
requisitos:
I -
celebrar e apresentar acordo coletivo de trabalho específico, nos termos do
art. 5o;
II -
apresentar solicitação de adesão ao PPE ao órgão definido pelo Poder
Executivo;
III -
apresentar a relação dos empregados abrangidos, especificando o salário
individual;
IV -
ter registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ há, no mínimo, dois
anos;
V -
comprovar a regularidade fiscal, previdenciária e relativa ao Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço - FGTS; e
VI -
comprovar a situação de dificuldade econômico-financeira, fundamentada no
Indicador Líquido de Empregos - ILE, considerando-se nesta situação a empresa
cujo ILE for igual ou inferior a 1% (um por cento), apurado com base nas
informações disponíveis no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -
CAGED, sendo que o ILE consiste no percentual representado pela diferença entre
admissões e demissões acumulada nos doze meses anteriores ao da solicitação de
adesão ao PPE dividida pelo número de empregados no mês anterior ao início
desse período.
§ 1o Para
fins do disposto no inciso IV do caput, em caso de solicitação de
adesão por filial de empresa, pode ser considerado o tempo de registro no CNPJ
da matriz.
§ 2o A
regularidade de que trata o inciso V do caput deve ser
observada durante todo o período de adesão ao PPE, como condição para
permanência no programa.
Art. 4o Os
empregados de empresas que aderirem ao PPE e que tiverem seu salário reduzido,
nos termos do art. 5o, fazem jus a uma compensação pecuniária
equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor da redução salarial e limitada
a 65% (sessenta e cinco por cento) do valor máximo da parcela do seguro-desemprego,
enquanto perdurar o período de redução temporária da jornada de trabalho.
§ 1o Ato
do Poder Executivo federal deve dispor sobre a forma de pagamento da
compensação pecuniária de que trata o caput, custeada pelo Fundo de
Amparo ao Trabalhador - FAT.
§ 2o O
valor do salário pago pelo empregador, após a redução de que trata o caput do
art. 5o, não pode ser inferior ao valor do salário
mínimo.
Art. 5o O
acordo coletivo de trabalho específico para adesão ao PPE, celebrado entre a
empresa e o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade
econômica preponderante da empresa, pode reduzir em até 30% (trinta por cento)
a jornada e o salário.
§ 1o O
acordo deve ser aprovado em assembleia dos trabalhadores abrangidos pelo
programa e deve dispor sobre:
I -
número total de empregados abrangidos pela redução e sua identificação;
II -
estabelecimentos ou setores específicos da empresa abrangidos;
III -
percentual de redução da jornada e redução proporcional ou menor do
salário;
IV -
período pretendido de adesão ao PPE e de redução temporária da jornada de
trabalho, que deve ter duração de até seis meses, podendo ser prorrogado por
períodos de seis meses, desde que o período total não ultrapasse vinte e quatro
meses;
V -
período de garantia no emprego, que deve ser equivalente, no mínimo, ao período
de redução de jornada acrescido de um terço;
VI -
constituição de comissão paritária, composta por representantes do empregador e
dos empregados abrangidos pelo PPE, para acompanhar e fiscalizar o cumprimento
do acordo e do programa, exceto nas microempresas e empresas de pequeno
porte.
§
2o O acordo coletivo de trabalho específico de que
trata este artigo não disporá sobre outras condições de trabalho.
§ 3o A
empresa deve demonstrar ao sindicato que foram esgotados os bancos de horas,
além de fornecer as informações econômico-financeiras.
§ 4o É
facultada a celebração de acordo coletivo múltiplo de trabalho específico a
grupo de microempresas e empresas de pequeno porte, do mesmo setor econômico,
com o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade
econômica preponderante.
§ 5o Na
hipótese do § 4o, a comissão paritária de que trata o inciso
VI do § 1o será composta por representantes do
empregador e do sindicato de trabalhadores que celebrar o acordo coletivo
múltiplo de trabalho específico.
§ 6o Para
fins dos incisos I e II do § 1o, o acordo deve abranger todos
os empregados da empresa ou, no mínimo, os empregados de setor ou
estabelecimento específico.
§ 7o Para
fins do disposto no § 4o, cada microempresa ou empresa de
pequeno porte deverá demonstrar individualmente o cumprimento dos requisitos
exigidos para adesão ao PPE.
§ 8o A
redução de que trata o caput está condicionada à celebração de
acordo coletivo de trabalho específico com o sindicato de trabalhadores
representativo da categoria, observado o disposto no art. 511 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de
maio de 1943.
Art. 6o A
empresa que aderir ao PPE fica proibida de:
I -
dispensar arbitrariamente ou sem justa causa os empregados que tiverem sua
jornada de trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar a adesão ao PPE
e, após o seu término, durante o prazo equivalente a um terço do período de
adesão;
II -
contratar empregado para executar, total ou parcialmente, as mesmas atividades
exercidas por empregado abrangido pelo programa, exceto nas hipóteses de:
a)
reposição;
b)
aproveitamento de concluinte de curso de aprendizagem na empresa, nos termos do art. 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de
maio de 1943.
§ 1o Nas
hipóteses de contratação previstas nas alíneas a e b do
inciso II do caput, o empregado deve ser abrangido pelo acordo
coletivo de trabalho específico.
§ 2o Durante
o período de adesão, é proibida a realização de horas extraordinárias pelos
empregados abrangidos pelo programa.
Art. 7o A
empresa pode denunciar o PPE a qualquer momento desde que comunique o ato ao
sindicato que celebrou o acordo coletivo de trabalho específico, aos seus
trabalhadores e ao Poder Executivo, com antecedência mínima de trinta dias,
demonstrando as razões e a superação da situação de dificuldade
econômico-financeira.
§ 1o Somente
após o prazo de trinta dias, pode a empresa exigir o cumprimento da jornada
integral de trabalho.
§ 2o Deve
ser mantida a garantia de emprego, nos termos da adesão original ao PPE e seus
acréscimos.
§ 3o Somente
após seis meses da denúncia, pode a empresa aderir novamente ao PPE, caso
demonstre que enfrenta nova situação de dificuldade econômico-financeira.
Art. 8o Fica
excluída do PPE e impedida de aderir ao programa novamente a empresa que:
I -
descumprir os termos do acordo coletivo de trabalho específico relativo à
redução temporária da jornada de trabalho ou qualquer outro dispositivo desta
Lei ou de sua regulamentação;
II -
cometer fraude no âmbito do PPE; ou
III -
for condenada por decisão judicial transitada em julgado ou autuada
administrativamente após decisão final no processo administrativo por prática
de trabalho análogo ao de escravo, trabalho infantil ou degradante.
§ 1o A
empresa que descumprir o acordo coletivo ou as normas relativas ao PPE fica
obrigada a restituir ao FAT os recursos recebidos, devidamente corrigidos, e a
pagar multa administrativa correspondente a 100% (cem por cento) desse valor,
calculada em dobro no caso de fraude, a ser aplicada conforme o Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de
maio de 1943, e revertida ao FAT.
§ 2o Para
fins do disposto no inciso I do caput, a denúncia de que trata o
art. 7o não é considerada descumprimento dos termos do
acordo coletivo de trabalho específico.
Art. 9o A compensação
pecuniária integra as parcelas remuneratórias para efeito do disposto no inciso I do art. 22 e no § 8o do art. 28 da Lei no 8.212,
de 24 de julho de 1991, e do disposto no art. 15 da Lei no 8.036, de 11 de maio
de 1990. (Vigência)
Art.
10. Permanecem regidas pela Medida Provisória no 680, de 6 de
julho de 2015, as adesões ao PPE já aprovadas, aplicando-se esta Lei
às solicitações de adesão ou de prorrogação em tramitação na data de sua
publicação ou protocoladas a partir dessa data, sendo facultadas às empresas a
prorrogação dos prazos e a adoção das demais condições previstas nesta Lei
mediante aditivo ao acordo coletivo de trabalho específico.
Art.
11. O PPE extingue-se em 31 de dezembro de 2017.
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com
exceção do disposto no art. 9º, quanto à Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, que
entra em vigor no dia 1o de novembro de 2015.
Brasília, 19 de novembro de 2015; 194o da
Independência e 127o da República.
DILMA ROUSSEFF
Nelson Barbosa
Miguel Rossetto
Este
texto não substitui o publicado no DOU de 20.11.2015
-
Artesanato agora é profissão reconhecida
Publicado em
08/11/2015
às
13:00
A nova legislação estabelece políticas públicas de
crédito e qualificação e valorização da identidade e cultura nacionais
A presidenta
Dilma Rousseff sancionou sem vetos a Lei do Artesão (Lei n° 13.180), publicada em
23/10/2015, no Diário Oficial da União. O texto regulamenta a profissão de
artesão, estabelece diretrizes para as políticas públicas dirigidas à categoria
e define parâmetros para o exercício da atividade. A lei também foi assinada
pelo ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto.
A legislação define que o artesanato deve
valorizar a identidade e a cultura nacionais, especifica a destinação de uma
linha de crédito especial - para financiar a comercialização da produção e a
aquisição de matérias-primas e de equipamentos - e determina, ainda, a
integração dessa atividade profissional com outros setores e programas de
desenvolvimento econômico e social.
"O artesanato é uma atividade muito
importante para a economia e a cultura do país e traz a identidade cultural das
nossas regiões, dos estados brasileiros, além de movimentar a economia
regional. Essa lei vai permitir a formulação de um conjunto de políticas
públicas e a destinação de linhas de crédito para esses trabalhadores, ou seja,
para apoiar o artesão e também permitir a qualificação e a gestão profissional
das atividades dessa categoria", explica o ministro Rossetto.
A lei também permite o apoio comercial e a
identificação de novos mercados internos e fora do país. Para isso, indica a
criação de certificados de qualidade, que permitam agregar valor aos produtos e
técnicas artesanais.
Escola -
A Lei define a criação de uma Escola Técnica Federal de
Artesanato, dedicada exclusivamente ao desenvolvimento de programas de
formação; e diz que o artesão deverá ser identificado pela Carteira Nacional do
Artesão, válida em todo o território nacional por, no mínimo, um ano, e que só
poderá ser renovada com a comprovação de contribuições para a Previdência
Social.
Fonte: MTE
-
Medida Provisória que instituiu o Programa de Proteção ao Empregado (PPE) é aprovada no Congresso
Publicado em
07/11/2015
às
15:00
Senado Federal aprovou a integra do Projeto de Lei de
Conversão da MP 680/2015. Texto já tinha sido aprovado na Câmara
O Senado
Federal aprovou na íntegra, em 28/10/2015, o Projeto de Lei de Conversão da
Medida Provisória 680/2015, que instituiu, em 6 de julho, o Programa de
Proteção ao Emprego. A votação confirmou o texto que já havia sido aprovado na
Câmara dos Deputados em 14 de outubro e agora segue para sanção da Presidente
Dilma Rousseff.
O final da tramitação, no Congresso Nacional,
da MP 680/2015, beneficiou ainda mais aos empregadores e trabalhadores
brasileiros. A nova redação prorrogou o prazo de adesão ao PPE até 31 de
dezembro de 2016 e também ampliou o tempo máximo de participação das empresas
de 12 para 24 meses.
Desde sua criação, em 6 de julho de 2015, o
PPE contribuiu para preservar 23.916 postos de trabalho no país, gerando ainda
uma considerável economia aos cofres públicos. Tanto os benefícios do PPE
quanto os do Seguro-Desemprego são custeados com recursos do Fundo de Amparo ao
Trabalhador - FAT.
Adesões -
Até o
último balanço do PPE divulgado, foram assinados 25 Termos de Adesão ao
programa, com um total confirmado de benefícios superior a R$ 80,9 milhões. Há
ainda outros 25 processos de adesão em análise. Quando todas essas empresas
estiverem participando do PPE, um total de 31.843 trabalhadores terão seus
empregos preservados.
O Programa permite que empresas em
dificuldade financeira reduzam a remuneração e a jornada de trabalho de seus
empregados em até 30%. Em contrapartida, esses trabalhadores não podem ser
demitidos sem justa causa. Para aderir ao programa os empregadores e os
trabalhadores precisam fixar a decisão por meio de Acordo Coletivo de Trabalho
Específico (ACTE) e a empresa precisa também comprovar a situação de
dificuldade econômica e financeira.
Fonte: Portal MTE
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Empregador Rural: atividade de exploração do turismo rural ancilar à exploração agroeconômica
Publicado em
29/10/2015
às
17:00
Inclui-se na atividade econômica dos Empregadores
Rurais, além da exploração industrial em estabelecimento agrário não
compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, a exploração
do turismo rural ancilar à exploração agroeconômica.
Base Legal: Lei 13.171/2015.
Nota
M&M 1:
o significado de Ancilar, de acordo com o
Dicionário Aurélio, é: "que se pode referir a ancila (que serve) ou a esta se
pode relacionar. Que tende a auxiliar; que oferece subsídio; suplementar. (Etm.
do latim: ancillaris.e)"
Nota
M&M 2:
Acesse aqui o texto atualizado da Lei 5.889/1973,
que institui normas do Trabalho Rural.
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Alterada a Lei sobre descontos na folha de salários
Publicado em
26/10/2015
às
13:00
O Governo Federal,
através da Lei 13.172/2015, alterou a legislação que trata sobre a autorização
para descontos de prestação em folha de salários.
Acesse o texto atualizado
da lei 10.820/2003, que autoriza os descontos na folha salarial, clicando aqui.
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Ministério do Trabalho e da Previdência Social - expediente Dia do Servidor Público
Publicado em
24/10/2015
às
17:00
O Ministério
do Trabalho e Previdência Social (MTPS) informa que o feriado do Dia do
Servidor Público, estabelecido por Lei e comemorado no dia 28 de outubro, esse
ano será adiado para a sexta-feira (30/10/2015), conforme Portaria nº 15/2015
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Sendo assim,
na quarta-feira (28) haverá expediente normal em toda rede do MTPS, incluindo
as superintendências, gerências e agências regionais. E na sexta-feira (30)
todos os postos de atendimento estarão fechados, retomando suas atividades
normais no dia 3 de novembro, após o feriado do Dia de Finados.
Fonte:
MTE
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Proteção previdenciária a brasileiros no exterior
Publicado em
18/10/2015
às
13:00
Quase totalidade dos imigrantes nacionais reside em países
abrangidos por acordo que garante benefícios e evita dupla contribuição
Aproximadamente 90% da comunidade brasileira no
exterior residem em países com os quais o Brasil já possui Acordo de
Previdência Social em vigor ou em processo de ratificação. Esse dado,
apresentado no 3º Fórum sobre a Coordenação da Dimensão Internacional da
Seguridade Social da União Europeia, mostra o resultado dos esforços do governo
para proteger os cidadãos brasileiros onde estes se encontrem.
"O mundo está em constante movimento, relacionado à
globalização e ao incremento das trocas comerciais e de investimentos. Há uma
intensificação no fluxo de migrantes, de trabalhadores. Para garantir a
proteção social, a ampliação da cobertura se torna imprescindível", afirmou
Benedito Adalberto Brunca, secretário de Políticas de Previdência Social, que
participou do evento na semana passada em Bruxelas, capital da Bélgica.
Os acordos bilaterais e multilaterais de
Previdência Social buscam garantir o direito a benefícios e, no caso dos
deslocamentos temporários de trabalhadores, evitam a dupla contribuição (para o
país de origem e, simultaneamente, para o país em que o trabalhador atua em
caráter transitório).
Vigência -
O Brasil possui acordos bilaterais de Previdência
Social em vigência com 12 países e dois multilaterais (Mercosul e com a
comunidade ibero-americana). No próximo dia 1° de novembro, entrará em vigência
o Acordo de Previdência Social entre o Brasil e a República da Coreia.
Além disso, já foram assinados e aguardam
ratificação pelo Congresso Nacional, os acordos firmados com os Estados Unidos,
Quebec (Canadá) e Suíça. E estão em processo de negociação com a Bulgária e
Áustria.
Também depende de ratificação para entrar em vigor
a Convenção Multilateral de Segurança Social da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP). O sistema de proteção social da comunidade lusófona será um
dos quatro maiores do mundo, juntamente com os sistemas europeu, ibero-americano
e do Mercosul.
O Brasil integra três dos maiores sistemas
multilaterais de seguridade social. "A nossa participação, somada aos esforços
na criação desses sistemas e voltados à ampliação da cobertura, comprova o
protagonismo brasileiro na busca da proteção social para seus cidadãos e
cidadãs em qualquer lugar do mundo", comenta Benedito Brunca.
Fonte:
Previdência Social.
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Portal Mais Emprego
Publicado em
25/09/2015
às
17:00
O
Portal Mais Emprego também reúne em um único banco de dados as informações de
trabalhadores e vagas disponibilizadas nas agências de emprego do Sistema
Nacional de Emprego (SINE), em âmbito nacional. O trabalhador pode pesquisar e
se candidatar às vagas sem precisar sair de casa ou depender de um
intermediário. O sistema também oferece informações sobre o andamento do
seguro-desemprego, qualificação profissional e abono salarial.
Com mais segurança, o empregador pode enviar os requerimentos de seguro-desemprego
dos seus funcionários, além de ofertar vagas, consultar currículos disponíveis,
enviar demandas de qualificação profissional e repassar os dados do Cadastro
Nacional de Empregados e Desempregados (Caged).
Fonte:
Assessoria de Imprensa/MTE
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Setor de serviços teve maior crescimento de emprego formal
Publicado em
16/09/2015
às
17:00
Análise
setorial dos dados consolidados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS
2014) mostra que no ano houve expansão do emprego formal em cinco dos oito
setores produtivos. O principal destaque foi o setor de Serviços, onde 587.482
novos postos formais foram gerados, configurando um saldo positivo de 3,51% no
período.
O
setor de Serviços registrou ampliação do nível de emprego em todos os ramos,
principalmente em Ensino (+7,28%) e Serviços Médicos (+6,47%). Outro bom
resultado foi constatado no setor de Comércio, com a criação 217.013 empregos
formais, o que representa um crescimento relativo de 2,28%, no ano passado.
O
saldo da geração de empregos formais também foi positivo na Administração
Pública (0,17%) e no setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública - SIUP
(1,22%). Na Agropecuária, houve praticamente estabilidade, com saldo positivo
de 0,01%.
O
déficit na criação de empregos formais foi verificado no setor Extrativo
Mineral (-1,45%) e na Construção Civil (-2,66%), porém, a maior queda no número
de postos foi aferida na Indústria de Transformação, com saldo negativo de
121.717 vagas (-1,47%).
Fonte: Assessoria
de Imprensa/MTE
-
Cresce presença de pessoas com deficiência (PcDs) no Mercado formal
Publicado em
14/09/2015
às
13:00
No ano
foram criadas 23,5 mil novas vagas para PcDs. Postos ocupados por trabalhadores
com algum tipo de deficiência chegou a 381 mil
A
participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho cresceu 6,57%,
em 2014, de acordo com informações da Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS), divulgada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, em Brasília.
Os dados mostram que foram criados 23,5 mil empregos para indivíduos desse
grupo.
Com o
resultado, o número de vagas ocupadas por alguém com algum tipo de deficiência
chegou a 381,3 mil - o que corresponde a 0,77% do total de postos do país. Os
dados confirmam a tendência de crescimento contínuo dessa participação, que foi
verificada nos últimos anos: Em 2012, os empregos para pessoas com deficiência
representavam 0,70% do total. Em 2013, equivaliam a 0,73%.
Os
homens ocuparam 64,45% das vagas, ou 245,7 mil empregos; enquanto, às mulheres,
coube um total de 35,55%, ou 135,6 mil oportunidades profissionais. As
informações indicam que caiu a participação masculina em relação a 2012 (65%) e
2013 (64,84%).
Rendimentos
-
O rendimento médio das pessoas com deficiência, em 2014, chegou a R$ 2.304,26,
um valor menor que a média dos rendimentos do total de vínculos formais: R$
2.449,11. Em relação a 2013, o resultado mostra que aumentou o rendimento médio
do total de pessoas com deficiência, em 0,63% - devido, principalmente, ao
crescimento verificado no rendimento das pessoas com deficiência múltipla
(+6,18%), visual (+3,22%) e física (+ 1,69%).
Fonte: Assessoria
de Imprensa/MTE
-
Emprego feminino cresceu 2,35% no ano
Publicado em
13/09/2015
às
17:00
Número
de empregos das mulheres foi o maior da história da RAIS, alcançando 493,1 mil
novos postos de trabalho
Dados
da Relação Anual de Informações Sociais apontam que, em 2014, a empregabilidade
das mulheres cresceu 2,35% em relação a 2013. No mesmo período, a
empregabilidade masculina cresceu 0,45%. O desempenho favorável da mão de obra
feminina em relação aos homens ocorreu em todos os setores da Economia. Em
termos absolutos, embora os dados demonstrem predominância dos homens em todas
as atividades econômicas, o número de empregos das mulheres foi o maior da
história da RAIS, alcançando 493,1 mil novos postos contra 130 mil dos homens.
O
setor que registrou maior crescimento foi o de Serviços, com incremento de
4,65%; seguido da Construção Civil, 3,75% e do Comércio, com 2,69%. Os
dados foram divulgados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, na
tarde desta quarta-feira (9).
Outro
setor que apresentou destaque em relação ao crescimento da mão de obra
feminina, no ano passado, foi o de Serviços Industriais de Utilidade Pública,
com 2,68% de aumento. As menores taxas foram registradas na Indústria de
Transformação (-0,56%) e na Administração Pública (0,17%).
Desempenho
favorável
- As mulheres tiveram desempenho favorável em
relação aos homens em quase todos os graus de instrução, exceto no Ensino Médio
Completo (3,37% para eles e 3,04% para elas) e Superior Completo (7,13% para
eles e 6,83% para elas).
Em
termos relativos, o número de pessoas com Ensino Superior Completo foi o que
mais cresceu de 2013 para 2014 (6,95%), sendo que o percentual de aumento dos
homens nesse nível de escolaridade cresceu 7,13%, enquanto o das mulheres
cresceu 6,83%.
Esse
comportamento foi inverso ao registrado nos três anos anteriores. Mesmo assim,
em termos absolutos, a inserção de mulheres assalariadas com nível superior de
ensino, em 2014, superou a dos homens: 977.145 novos postos para elas contra
891.954 novos postos para eles.
Consulte
outros dados da RAIS no http://portal.mte.gov.br/portal-mte/rais/
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
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País gerou 623,1 mil empregos em 2014
Publicado em
12/09/2015
às
17:00
Dados
apontam também que, entre janeiro de 2011 a julho 2015, foram criados mais de
cinco milhões de postos de trabalho formais
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, divulgou nesta
quarta-feira (09/9/2015) os dados da Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS) relativos ao ano de 2014. Os dados mostram um crescimento de 1,27% no
estoque de trabalhadores formais com relação a 2013, indicando a geração de
623,1 mil postos de trabalho. O crescimento na elevação do emprego formal foi
de 1,45%, com 580,6 mil contratações celetistas, além do aumento de 0,47% no
contingente de estatutários, com uma expansão de 42,5 mil vagas.
Seguindo a mesma tendência do CAGED, a RAIS, que no ano passado
registrou geração de 416,5 mil postos formais de trabalho, revela também que,
no período de janeiro de 2011 a julho 2015, foram gerados, no país,
5,009 milhões de empregos com carteira assinada e estatuários, acrescidos
do saldo do CAGED de janeiro a julho de 2015. Com esse crescimento, o
montante de vínculos empregatícios, ativos em 31 de dezembro de 2014, atingiu
49.571 milhões, ante 48.948 milhões do ano anterior.
O aumento nos rendimentos médios dos trabalhadores formais, que obteve,
em 2014, um ganho real de 1,76% em relação ao mês de dezembro de 2013, foi
outro dado positivo. No ano, houve uma elevação no rendimento para R$ 2.449,11,
contra R$ 2.406,83 de 2013. Esse cenário dá sequência à trajetória de
crescimento da remuneração observada nos últimos anos.
Segundo Manoel Dias, a RAIS 2014, mesmo demonstrando uma desaceleração
no incremento de postos de trabalho, aponta que o país manteve saldo positivo
na oferta de vagas formais. "O país, mesmo com todos os problemas que vem
enfrentando, manteve a geração de empregos. Apesar da desaceleração, mantivemos
a criação de vínculos com ganhos reais de salários", afirmou o ministro,
destacando que, hoje, o Brasil é a 7ª potência econômica mundial e referência
para muitos países. "Estive, recentemente, na reunião do G20 e o Brasil foi
citado por muitos deles, principalmente pelas políticas que criou para combater
a crise", ressaltou.
Dias destacou ainda o Programa de Proteção do Emprego (PPE), que foi
lançado recentemente pelo governo. "Já temos a adesão de três empresas e outras
23 estão em processo de análise", frisou.
O ministro também lembrou que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) tem em seu orçamento R$ 83 bilhões para investimento esse ano, sendo R$
55 bilhões somente para o setor de habitação. "Isso vai impulsionar o emprego
na construção civil, com a possibilidade de gerarmos, nesse ano, mais de 3,7
milhões de postos de trabalho no setor", avaliou.
Saldo positivo
- No total, 8.2 milhões de estabelecimentos
declararam a RAIS em 2014, demonstrando um aumento de 0,92% em relação ao
número de estabelecimentos declarantes de 2013, que alcançou 8,1 milhões. O
aumento do emprego formal foi verificado em todas as áreas da economia, com destaque
para Serviços, que criou 587.482 empregos, e o Comércio, com inclusão de
217.013 trabalhadores. No recorte geográfico, todas as Grandes Regiões
mostraram expansão, com destaque para o Nordeste, que gerou 206,2 mil postos de
trabalho. Entre os estados, a ampliação foi quase generalizada, tendo resultado
negativo apenas no Amazonas, com perda de 1.5 mil postos no ano.
Os dados da RAIS por Sexo mostram que o crescimento do emprego
celetista das mulheres foi da ordem de 3,06%, percentual bem superior ao
identificado para os homens (+0,41%). Além disso, os rendimentos médios para o
sexo masculino tiveram aumento real de 1,83%, percentual inferior ao do
feminino, que foi de 1,89%. No caso dos homens, o salário passou de R$
2.603,87, em 2013, para R$ 2.651,52, em 2014. Já para as mulheres foi de R$
2,144,20 para R$ 2.184,65.
RAIS
- A Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS) foi instituída pelo Decreto nº 76.900/75, que obriga as empresas a
prestar declaração anual ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Suas
informações referem-se aos empregados celetistas, estatutários, avulsos,
temporários, dentre outros, colhendo dados da remuneração, grau de instrução,
ocupação e nacionalidade, além de dados dos estabelecimentos relativos à
atividade econômica e área geográfica.
A RAIS, além de traçar um perfil do mercado de trabalho formal no país,
é também o instrumento utilizado pelo governo para identificar os
trabalhadores com direito ao recebimento do benefício do Abono Salarial.
Os dados da RAIS prestam subsídios ao FGTS e à Previdência Social;
permite o controle da nacionalização da mão-de-obra; auxilia na definição das
políticas de formação de mão-de-obra; gerando estatísticas sobre o mercado de
trabalho formal.
Os dados completos de 2014 estão disponíveis na página do MTE:http://portal.mte.gov.br/portal-mte/rais/.
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
-
Saiba mais sobre o Programa de Proteção ao Empregado (PPE) - Perguntas e Respostas
Publicado em
31/08/2015
às
17:00
1. No
que consiste o PPE?
O
Plano de Proteção ao Emprego - PPE é um programa que visa preservar
os empregos dos trabalhadores de empresas que se encontram temporariamente em
situação de dificuldade econômico-financeira.
2. O
que ocorre durante a adesão ao PPE?
No
período de adesão ao PPE, os empregados beneficiários do PPE têm jornada de
trabalho reduzida, em até 30%, com redução proporcional do salário. Durante o Programa,
os empregados beneficiados recebem compensação pecuniária de até 50% do
valor da redução salarial, limitado ao montante correspondente a 65% da parcela
máxima do benefício do seguro-desemprego. A empresa fica impedida de efetuar
demissões arbitrárias, ou sem justa causa, no período de adesão. Após o seu
término, pelo prazo equivalente a um terço do referido período.
3. Quais
as vantagens do PPE?
O
Programa possibilita a preservação dos empregos em momentos de retração da
atividade econômica, além de favorecer a recuperação econômico-financeira das
empresas; contribui para sustentar a demanda agregada em momentos de
adversidade; estimula a produtividade do trabalho, por meio do
aumento da duração do vínculo empregatício e fomentar a negociação coletiva e
aperfeiçoar as relações de emprego.
4. Todas
as empresas poderão aderir ao PPE?
Todas
as empresas que atenderem aos critérios estabelecidos pelo Programa poderão
solicitar adesão ao PPE.
5. A
empresa que aderir ao Programa poderá reduzir salário e jornada sem consultar
os trabalhadores?
A
primeira condição para a empresa solicitar adesão ao PPE é a aprovação de
Acordo Coletivo de Trabalho Específico, firmado entre o sindicato de
trabalhadores representativo da categoria e a empresa, aprovado em Assembleia dos
trabalhadores alcançados pelo Programa.
6. No
caso de a empresa aderir, com a aprovação sindical, e precisar contratar, ela
pode incluir trabalhadores e manter a jornada reduzida? Ou seja, pode haver
contratações com jornada reduzida?
No
período de adesão ao PPE, a empresa não poderá contratar empregados para
executar, total ou parcialmente, as mesmas atividades exercidas pelos
trabalhadores abrangidos pelo Programa, exceto nos casos de reposição ou
aproveitamento de concluinte de curso de aprendizagem na empresa, nos termos
do art. 429 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que o novo
empregado também seja abrangido pela adesão.
7. O
Governo teve retorno de empresas quanto à adesão ao PPE?
Alguns
segmentos empresariais demonstraram interesse em conhecer o Programa e a
viabilidade de adesão.
8. E
os sindicatos, têm se mostrado favoráveis?
O
Programa encontra boa recepção entre os líderes sindicais.
9. As
empresas que aderirem ao PPE poderão reduzir, temporariamente, em até 30% a
jornada de trabalho de seus empregados, com a redução proporcional do salário,
mas não poderão fazer demissões enquanto estiverem aderidas ao programa. Então,
caso uma empresa entre em uma situação financeira grave enquanto estiver
aderida ao programa, terá que solicitar ao Governo Federal o abandono do
programa para fazer demissões?
A
empresa que efetuar demissões de empregados beneficiados do PPE no período de
adesão será excluída do Programa.
10. A
redução da jornada de trabalho nas empresas que aderirem ao Programa está
condicionada à celebração de Acordo Coletivo de Trabalho Específico com o
sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade econômica
preponderante. Se o sindicato não aprovar a redução, qual será a consequência
para os empregados da empresa?
Caso
os trabalhadores não aceitem a redução da jornada de trabalho, não será
firmado Acordo Coletivo de Trabalho Específico e, portanto, a empresa não
poderá aderir ao PPE.
11. O
artigo 4º da MP 680 informa que "os empregados que tiverem seu salário
reduzido, (...), farão jus a uma compensação pecuniária equivalente a 50% do
valor da redução salarial e limitada a 65% do valor máximo da parcela do
seguro-desemprego, enquanto perdurar o período de redução temporária da jornada
de trabalho. Essa conta é meio complicada. É possível explicar com clareza por
meio de um exemplo?
Um
trabalhador que cumpra jornada de 40 horas semanais e receba salário de R$
1.500,00 terá redução de 30%. Passará a cumprir jornada de 28 horas e receberá
da empresa R$ 1.050,00 + complementação de R$225,00 pelo benefício do PPE.
Assim, o trabalhador receberá, no período de adesão da empresa ao PPE, o valor
de R$ 1.275,00.
12. Existe
um limite máximo de inscrições de empresas no PPE?
Não há
restrição na quantidade de inscrições.
13. Como
o trabalhador receberá o benefício complementar do Governo?
A
empresa cuja adesão ao PPE for aprovada, receberá repasse financeiro da Caixa Econômica
Federal, que fará o pagamento do complemento diretamente na folha dos seus
empregados.
14. Quem
vai monitorar o cumprimento das regras do PPE?
O
Programa será acompanhado por um Comitê e as regras aplicadas ao Programa serão
fiscalizadas pelo MTE e pelos sindicatos representativos das categorias que
tiverem pactuado Acordo Coletivo de Trabalho Específico.
15. A
empresa que descumprir as regras será penalizada?
A
empresa que descumprir as regras poderá ser excluída do Programa.
16. Qual
o prazo para análise do pedido de inclusão da empresa no PPE?
Ainda
não há um prazo estabelecido. Porém, as demandas serão analisadas com
celeridade.
17. A
empresa que for impedida de ingressar no PPE poderá apresentar algum tipo de
recurso?
A
empresa que não atender aos critérios estabelecidos poderá apresentar recurso à
Secretaria Executiva do Comitê do PPE.
18. O
principal critério para adesão ao PPE é o volume de demissões no último ano? E
a questão orçamentária?
O PPE
é um programa preventivo, que busca evitar que as demissões ocorram. Todos os
critérios previstos serão considerados, não havendo hierarquia de importância
entre eles.
19. A
empresa que preferiu não demitir seus funcionários pode participar do PPE?
Sim,
desde que esteja enquadrada no Índice Líquido de Emprego.
20. Existe
a possibilidade de casos especiais ou exceções no processo de adesão?
Caberá
à Secretaria Executiva do Comitê a análise de casos omissos ou aprimoramento de
critérios.
21. Existem
setores prioritários?
Todos
os pedidos de adesão serão analisados com o mesmo crivo.
22. O
PPE realmente conseguirá evitar essas demissões, já que a adesão das empresas
não é obrigatória e ainda precisa passar pela aprovação dos sindicatos?
É
interesse tanto das empresas, quanto dos sindicatos, que os empregos sejam
mantidos. Assim, a perspectiva é de que ele realmente atinja seu objetivo e
evite as demissões.
23. Como
ficam os terceirizados?
Os
trabalhadores terceirizados não fazem parte do quadro de pessoal da empresas aderentes. Portanto,
não estão relacionadas no Acordo Coletivo de Trabalho Específico.
24. E
os direitos trabalhistas?
Todos
os direitos trabalhistas estão preservados.
25. Todos
os cargos estão na proposta?
Cabe à
empresa e o sindicato estabelecer no Acordo Coletivo de Trabalho Específico os
setores e os trabalhadores que serão abrangidos pelo Programa.
26. O
PPE diminuirá benefícios como vale-transporte, alimentação e licença
médica?
Não.
27. O
PPE é mais vantajoso que o layoff? Por que?
Sim, por não
ocorrer a quebra do vínculo empregatício e pela manutenção do
trabalhador no posto de trabalho, pronto para a retomada da produção. E para o
governo, os gastos com pagamento dos benefícios do PPE são menores que os
gastos com o pagamento da Bolsa Qualificação (layoff).
28. De
onde, no orçamento do Governo Federal, virão os recursos que serão
utilizados no PPE?
Os
recursos virão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
29. O
PPE não traz insegurança para as contas do FAT?
A
expectativa é de redução dos gastos com pagamento do seguro-desemprego, haja
vista que o PPE tem menor custo.
30. Quem
realizará a operação do PPE? O operador será remunerado por isso? De onde virá
o recurso para esse custeio?
A
operação será realizada pela Caixa Econômica Federal, mediante
contrato que definirá a tarifa devida pelo serviço de operacionalização.
Fonte: Assessoria de
Imprensa/MTE
-
Programa de Proteção ao Emprego: tutorial ensina como solicitar adesão
Publicado em
26/08/2015
às
17:00
Para
solicitar adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), a empresa
interessada deve seguir alguns passos, como registrar o Acordo Coletivo de
Trabalho Específico (ACTE) no Sistema Mediador do portal na internet do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e efetuar o cadastro da Solicitação de
Adesão ao PPE na página do Portal Mais Emprego. Para facilitar o processo, o
MTE disponibilizou um vídeo tutorial, que pode ser acessado pelo link (https://www.youtube.com/watch?v=twxoJ_TRjkk).
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
-
Portal Mais Emprego
Publicado em
24/08/2015
às
15:00
A
ferramenta está disponível em http://maisemprego.mte.gov.br/ ou sítio do MTE
(www.mte.gov.br). Para se inscrever, o trabalhador que já completou 14 anos de
idade, deve informar o número da identidade, da Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS), do Programa de Integração Social (PIS) ou o Número
de Identificação do Trabalhador (NIT).
Dados
como formação acadêmica, cursos profissionalizantes realizados, perfil,
pretensão e experiência profissional também devem ser informados. No campo
'pretensão profissional' o trabalhador informa as ocupações que irão ser
utilizadas para cruzamento das vagas existentes. É possível informar até seis
ocupações desejadas.
Fonte: Assessoria
de Imprensa/MTE
-
Programa de Proteção ao Empregado (PPE) - Nota de Esclarecimento
Publicado em
19/08/2015
às
13:00
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) esclarece que até 06/8/2015, somente a
empresa Grammer do Brasil, de São Paulo, protocolou o pedido deadesão ao
Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Outras companhias têm demonstrado
interesse no Programa, mas ainda não concluíram o processo de inscrição.
Para
aderir ao Programa, a empresa deve apresentar um conjunto de documentos que,
após protocolados na sede do MTE, em Brasília (DF), serão analisados pelo
Comitê do Programa de Proteção ao Emprego (CPPE).
Veja
abaixo a lista de documentos necessários para pleitear o ingresso no PPE:
1.
Expediente da empresa, encaminhando documentação e solicitando a adesão ao PPE,
direcionado ao Secretário-Executivo do Comitê do Programa de Proteção ao
Emprego, com seguinte endereçamento:
2.
Requerimento, devidamente assinado, de registro do Acordo Coletivo de Trabalho
Específico no Sistema Mediador - MTE (não é obrigatório o reconhecimento de
firma) -http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/;
3.
Comprovante, devidamente assinado, do cadastramento da Solicitação de Adesão ao
Programa de Proteção ao Emprego no Portal Mais Emprego -http://maisemprego.mte.gov.br/portal/pages/formularioSPPE.xhtml;
4.
Procuração (quando o Requerimento e o Comprovante de que trata os itens 1
e 2 acima forem assinados por procurador);
5.
Certidão de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa
da União -http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATSPO/Certidao/CndConjuntaInter/InformaNICertidao.asp?Tipo=1;
6.
Certidão Negativa de Débito (CND) /Certidão Positiva de Débito com Efeitos de
Negativa (CPD-EN) -http://www.receita.fazenda.gov.br/previdencia/cnd/Orientacao/Orienta.htm;
e
7.
Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS -https://www.sifge.caixa.gov.br/Cidadao/Governo/Asp/crf.asp.
Fonte: Assessoria de
Imprensa/MTE
-
Planatre amplia direitos dos trabalhadores rurais
Publicado em
13/08/2015
às
17:00
Na
cerimônia de lançamento do Plano Nacional dos Trabalhadores Rurais, Dias
destacou a importância de combater a desigualdade e fortalecer a formalização
de trabalhadores
O
ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, defendeu, os avanços sociais do
país, conquistados nos últimos 12 anos, e destacou a importância das ações
empreendidas pelo governo para garantir mais direitos para os trabalhadores. A
declaração foi dada na cerimônia do lançamento oficial do Plano Nacional dos
Trabalhadores Rurais Empregados (Planatre), que oferece qualificação
profissional e escolar, combate a informalidade e promove ações de segurança,
saúde e assistência social para essa população.
Dias
destacou a importância das ações do governo na intermediação de mão-de-obra e
combate à informalidade. "A informalidade é um dos nossos principais desafios.
Nos últimos dez anos, a formalização cresceu de 40% para 60% no Brasil, mas
muito ainda há a fazer", justificou.
A
cerimônia ocorreu no auditório da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag), em Brasília, e contou com a presença dos ministros da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, e da Saúde,
Arthur Chioro, além de outros representantes do governo, da Contag e de
federações dos trabalhadores rurais.
O
ministro Miguel Rosseto reafirmou o compromisso do governo com os trabalhadores
e com a preservação das garantias sociais. "Este Plano é uma conquista dos
trabalhadores e trabalhadoras rurais e o governo vai acompanhar, com toda a
atenção, a implantação, a execução e monitoramento dessas ações. É inaceitável
que problemas como a informalidade atinjam a população, ainda, neste século",
afirmou.
O
presidente da Contag, Alberto Broch, disse que muito da riqueza nacional é
produzida pelo trabalhador na agricultura e criticou o ambiente negativo que
atinge a economia e a política do país. "Por isso, precisamos de políticas
públicas como o Planatre, que se contrapõe ao pessimismo dominante e aponta
caminhos e soluções", comemorou.
Planatre
-
A finalidade do Plano é fortalecer os direitos sociais e a proteção dos
trabalhadores rurais empregados. É resultado do Decreto nº 7.943, assinado em
março de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff e instituiu ainda a Comissão
Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados, uma instância bipartite, composta
por representantes do governo e da sociedade civil, com o objetivo de gerir a
política pública para os trabalhadores rurais. O Comitê Executivo é coordenado
pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O Planatre
pretende capacitar profissionais e ampliar a escolarização, combater a
informalidade, criar oportunidades para geração de trabalho, além de ampliar a
saúde, a assistência social e a segurança do trabalhador rural.
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
-
Instituição não pode exigir que empregado participe de cultos religiosos
Publicado em
08/08/2015
às
13:00
Recentemente o Ministério Público do Trabalho,
através da Procuradoria Regional do Trabalho da 4º Região (Rio Grande do Sul),
firmou um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, onde uma Instituição
Religiosa comprometeu-se a abster-se de exigir que seus empregados participem
de missas ou orações e/ou pregações. O Termo em referência previu que nos
eventos da Instituição, em que haja celebração de reunião religiosa, os
empregados serão apenas convidados para participarem, de forma espontânea.
O Termo em tela também previu a multa pelo descumprimento
das condições ajustadas, em R$ 1.000,00, por trabalhador e por ocasião, além da
aplicação das demais penalidades previstas na legislação trabalhista.
Como pode ser observado, o Estado está se tornando
cada vez mais laico (neutralidade religiosa) e obrigando as Instituições se
portarem de forma mais laica, também.
Fonte: Termo de Ajuste de Conduta nº 273. 2015- Procuradoria Regional do
Trabalho da 4 Região. Elaborado pela Equipe Técnica da M&M Assessoria
Contábil.
-
Site do Ministério do Trabalho terá dados integrados de emprego e rendimentos
Publicado em
27/07/2015
às
17:00
Plataforma
pretende democratizar a informação, ao permitir a consulta de dados atualizados
do Caged, da RAIS e do Sistema de Registro de Empresas de Trabalho Temporário
(Sirett)
O
Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) lançou, um site que permite a
qualquer cidadão ter acesso aos dados sobre emprego e rendimentos, de forma
simplificada e com informações reunidas a partir do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), do Sistema de Registro de Empresas de
Trabalho Temporário (Sirett) e da Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS). Chamada de Painel de Monitoramento do Mercado de Trabalho, a
plataforma pode ser acessada a partir da página inicial do Portal MTE.
"É
importante ressaltar que as informações que constam no site vão permitir que
estados e municípios direcionem e gerenciem melhor suas ações. Nesse sentido, a
ampliação do acesso a informação é vital para qualificar as políticas públicas
de emprego e renda e a participação de todos os atores que exercem o controle
social", destacou o ministro interino do Trabalho e Emprego, Francisco
Ibiapina, que lembrou ainda o protagonismo do MTE na produção e disseminação
desses dados.
A
ferramenta vai auxiliar o trabalho de gestores e organizações da sociedade
civil e apoiar o desenvolvimento das políticas públicas de emprego e renda. A
plataforma, no entanto, é aberta e pode ser usada por qualquer cidadão - ou por
entidades como sindicatos e órgãos da imprensa.
Dados
- Em
sua primeira versão, o Painel de Monitoramento do Mercado de Trabalho traz
informações atualizadas mensalmente para todos os estados e para cada um dos
5.570 municípios brasileiros, sobre a movimentação do mercado de trabalho
formal e a evolução do rendimento dos trabalhadores.
O
Painel está preparado para realizar buscas rápidas, com a análise comparativa
de indicadores temporais e territoriais e com informações individualizadas de
estados e municípios. Permite ao usuário, ainda, acompanhar o cenário em que os
dados estão inseridos.
O site
traz dados de emprego e renda, com informações que incluem a evolução mensal e
anual do estoque do emprego formal, o saldo (quantidade de admitidos, menos
desligados), a duração dos vínculos de trabalho e a evolução por tipo de
desligamento (com justa causa, sem justa causa e a pedido), entre outras
informações.
Rendimentos
-
Em relação aos rendimentos, é possível encontrar o salário nominal médio de
admissão num período de 13 meses, a variação relativa e absoluta dos salários
nominais médios e a massa salarial real dos últimos seis meses e dos últimos
seis anos, entre outras. O site traz também as fontes dos dados apresentados e
permite baixar tabelas e gráficos.
Para
os interessados em dados mais detalhados, existe também o campo de pesquisa
avançada. Uma das metas para aprimorar a plataforma inclui integrar ao site
informações sobre o mercado de trabalho informal, benefícios, sobre o
seguro-desemprego, o abono salarial e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS).
"Essa
é mais uma das iniciativas do Ministério que buscam ampliar a transparência e
fortalecer o uso das suas informações para servir melhor o trabalhador. O
Painel é um dos instrumentos de transformação das políticas do MTE, pois sem
informações não é possível planejar ações que venham ao encontro dos interesses
do cidadão" destacou o secretário de Políticas Públicas de Emprego, Giovanni
Queiroz.
Conheça o
Painel de Monitoramento Analítico do Mercado de Trabalho aqui (http://portal.mte.gov.br/mercadodetrabalho/mercado-de-trabalho.htm)
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
-
Mobilização para incluir trabalhadores com deficiência
Publicado em
21/07/2015
às
16:00
No dia
25 de setembro, as agências do SINE de todo o país estarão dedicadas à
iniciativa nacional
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) reuniu, os
servidores das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, do Sistema
Nacional do Emprego (Sine) e de órgãos governamentais parceiros que
participarão da segunda edição do "Dia D", que ocorrerá no dia 25 de setembro e
dedicará o atendimento aos trabalhadores com deficiência. A campanha,
organizada pelo MTE, visa reunir em um mesmo espaço as empresas que devem
cumprir cotas de inclusão e os cidadãos que pretendem se recolocar no mercado
de trabalho.
O
evento vai ocorrer em todo o país e pretende disseminar as ações de forma que a
inclusão se torne uma prática regular. Para participar, as empresas serão
notificadas, com antecedência, pelos agentes de fiscalização do Trabalho - que
atuam em conjunto com as agências do Sine - para que estejam presentes. A
iniciativa faz parte da Agenda do Trabalho Decente e do Plano Nacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite, que visa promover a inclusão
e a igualdade, desenvolvendo ações de qualificação e conscientização das
empresas para a inserção dessas pessoas. "O 'Dia D' é importante porque oferece
uma oportunidade especial para a intermediação da mão de obra, chama a atenção
da imprensa e da sociedade civil e permite ampliar o acesso das pessoas com
deficiências ao mercado de trabalho", explica Fernanda di Cavalcanti, auditora
fiscal do Trabalho e uma das responsáveis pela coordenação do evento.
Em
2014, 1.052 trabalhadores conseguiram se recolocar no mercado por causa da
ação, que ocorreu em 30 de maio daquele ano. Os estados que abriram mais
oportunidades foram o Mato Grosso do Sul, com 321 postos ocupados, e Paraná,
com 296 novos empregados. Participaram 790 empresas. "Nossa expectativa é dobrar
a participação em relação ao ano passado", explica a analista técnica de
políticas sociais Tatiana Silveira, integrante da equipe de coordenação.
Ângela
Oetinger e Veridiana da Costa, gerente e administradora do Sine de Porto
Alegre, respectivamente, participaram da primeira edição do "Dia D" e falaram
da adesão das empresas. "Elas mostraram que querem participar e inserir as
pessoas com deficiência no mercado de trabalho", destacou Ângela. Elas contaram
ainda que a meta de inclusão de um mês foi conquistada apenas neste dia. "Mas,
mesmo assim, esperamos que neste ano seja ampliada a participação das pessoas
com deficiência", explicou Veridiana.
Elias
Oliveira, assessor da chefia de Articulação e Monitoramento da Casa Civil,
ressaltou que a defesa dos direitos das pessoas com deficiência não é um tema
novo para o governo e que continuará recebendo atenção. "Nós desenvolvemos,
desde 2011, as ações do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência -
Viver sem Limite, que vai continuar levando adiante as políticas públicas do
setor. Cabe ressaltar que, para a execução de todas as ações, o governo tem
sempre procurado estabelecer parcerias com governos municipais, estaduais e
entidades da sociedade civil", afirmou.
A
ideia partiu de experiências realizadas em Mato Grosso, em 2012, e na Bahia, em
2013, que apresentaram excelentes resultados, em especial na mobilização e
conscientização de atores locais. Com o sucesso da mobilização, o MTE decidiu
expandir a proposta a todos os executores do Sine, com as ações ocorrendo nas
cinco regiões do país. Estão envolvidos no "Dia D", além do MTE e da Casa
Civil, o Sine e secretarias de Trabalho, os Ministérios do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, do Turismo, das Cidades, da Educação e da Previdência,
além do Instituto Nacional do Seguro Social e da Secretaria de Direitos
Humanos.
Fonte: Assessoria
de Imprensa/MTE
-
Empregados poderão autorizar desconto do cartão de crédito e de financiamento na folha salarial
Publicado em
14/07/2015
às
13:00
Empregados CLT
Os empregados regidos pela CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) poderão autorizar, de forma irrevogável e
irretratável, o desconto em folha de pagamento ou na sua remuneração disponível
dos valores referentes ao pagamento de empréstimos, financiamentos, cartão de
crédito e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições
financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, quando previsto nos
respectivos contratos.
O desconto mencionado acima
também poderá incidir sobre verbas rescisórias devidas pelo empregador, se
assim previsto no respectivo contrato de empréstimo, financiamento, cartão de
crédito ou arrendamento
A soma dos descontos acima não
poderá exceder a trinta e cinco por cento da remuneração disponível, sendo
cinco por cento destinados exclusivamente para a amortização de despesas
contraídas por meio de cartão de crédito;
Cabe ao empregador
informar, no demonstrativo de rendimentos do empregado, de forma discriminada,
o valor do desconto mensal decorrente de cada operação de empréstimo,
financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil e os custos
operacionais.
A concessão de empréstimo,
financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil será feita a
critério da instituição consignatária, sendo os valores e as demais condições
objeto de livre negociação entre ela e o mutuário, observadas as demais
disposições da Lei e seu regulamento.
Acordos com
Sindicatos
Poderá o empregador, com a
anuência da entidade sindical representativa da maioria dos empregados, sem
ônus para estes, firmar, com instituições consignatárias, acordo que defina
condições gerais e demais critérios a serem observados nas operações de
empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil que
venham a ser realizadas com seus empregados.
Poderão as entidades e
centrais sindicais, sem ônus para os empregados, firmar, com instituições
consignatárias, acordo que defina condições gerais e demais critérios a serem
observados nas operações de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou
arrendamento mercantil que venham a ser realizadas com seus representados.
Na hipótese de ser firmado um
dos acordos a que se referem logo acima e sendo observados e atendidos pelo
empregado todos os requisitos e condições nele previstos, inclusive as regras
de concessão de crédito, não poderá a instituição consignatária negar-se a
celebrar a operação de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou
arrendamento mercantil.
Responsabilidades
do Empregador
O empregador, salvo disposição
contratual em contrário, não será corresponsável pelo pagamento dos
empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e arrendamentos mercantis
concedidos aos seus empregados, mas responderá como devedor principal e
solidário perante a instituição consignatária por valores a ela devidos em
razão de contratações por ele confirmadas na forma da Lei e de seu regulamento
que deixarem, por sua falha ou culpa, de ser retidos ou repassados.
Na hipótese de comprovação de
que o pagamento mensal do empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou
arrendamento mercantil tenha sido descontado do mutuário e não tenha sido repassado
pelo empregador, ou pela instituição financeira mantenedora, à instituição
consignatária, fica esta proibida de incluir o nome do mutuário em cadastro de
inadimplentes.
Aposentados e
Pensionistas do INSS
Os titulares de benefícios de
aposentadoria e pensão do Regime Geral de Previdência Social poderão autorizar
o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a proceder os descontos referidos
e autorizar, de forma irrevogável e irretratável, que a instituição financeira
na qual recebam seus benefícios retenha, para fins de amortização, valores
referentes ao pagamento mensal de empréstimos, financiamentos, cartões de
crédito e operações de arrendamento mercantil por ela concedidos, quando
previstos em contrato, nas condições estabelecidas em regulamento, observadas
as normas editadas pelo INSS.
Os descontos e as retenções
mencionados acima não poderão ultrapassar o limite de trinta e cinco por cento
do valor dos benefícios, sendo cinco por cento destinados exclusivamente para a
amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito.
Servidores
Públicos
Mediante autorização do
servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em favor de terceiros,
a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em
regulamento.
O total de consignações
facultativas de que trata acima não excederá trinta e cinco por cento da
remuneração mensal, sendo cinco por cento reservados exclusivamente para a
amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito.
Base legal: Medida
Provisória 681/2015 (Matéria elaborada pela equipe técnica da M&M
Assessoria Contábil)
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Instituído o Programa de Proteção ao Emprego
Publicado em
07/07/2015
às
15:00
As empresas que aderirem ao PPE poderão reduzir, temporariamente, em até
trinta por cento, a jornada de trabalho de seus empregados, com a redução
proporcional do salário.
Foi instituído o Programa de Proteção ao Emprego - PPE, com os seguintes
objetivos:
a)
possibilitar a preservação dos empregos em
momentos de retração da atividade econômica;
b)
favorecer a recuperação econômico-financeira
das empresas;
c)
sustentar a demanda agregada durante momentos
de adversidade, para facilitar a recuperação da economia;
d)
estimular a produtividade do trabalho por
meio do aumento da duração do vínculo empregatício;
e)
fomentar a negociação coletiva e aperfeiçoar
as relações de emprego.
O PPE consiste em ação para
auxiliar os trabalhadores na preservação do emprego.
Poderão aderir ao PPE as empresas que se encontrarem em situação de
dificuldade econômico-financeira, nas condições e forma estabelecidas em ato do
Poder Executivo federal.
A adesão ao PPE terá duração de, no máximo, doze meses e poderá ser
feita até 31 de dezembro de 2015.
Ato do Poder Executivo federal disporá sobre a possibilidade de
suspensão e interrupção da adesão ao PPE, as condições de permanência no PPE e
as demais regras para o seu funcionamento.
As empresas que aderirem ao PPE poderão reduzir, temporariamente, em até
trinta por cento, a jornada de trabalho de seus empregados, com a redução
proporcional do salário. A redução está condicionada à
celebração de acordo coletivo de trabalho específico com o sindicato de
trabalhadores representativo da categoria da atividade econômica preponderante,
conforme disposto em ato do Poder Executivo.
O acordo coletivo de trabalho específico deverá ser celebrado entre a
empresa solicitante da adesão ao PPE e o sindicato de trabalhadores
representativo da categoria de sua atividade econômica preponderante e deverá
conter, no mínimo:
a)
o período pretendido de adesão ao PPE;
b)
os percentuais de redução da jornada de
trabalho e de redução da remuneração;
c)
os estabelecimentos ou os setores da empresa
a serem abrangidos pelo PPE;
d)
a relação dos trabalhadores abrangidos,
identificados por nome, números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas -
CPF e no Programa de Integração Social - PIS; e
e)
a previsão de constituição de comissão paritária
composta por representantes do empregador e dos empregados abrangidos pelo PPE
para acompanhamento e fiscalização do Programa e do acordo.
O acordo coletivo de trabalho específico deverá ser aprovado em
assembleia dos trabalhadores abrangidos pelo Programa.
Para a pactuação do acordo coletivo de trabalho específico, a empresa
demonstrará ao sindicato que foram esgotados os períodos de férias, inclusive
coletivas, e os bancos de horas.
A empresa fornecerá previamente ao sindicato as informações
econômico-financeiras a serem apresentadas para adesão ao PPE.
As alterações no acordo coletivo de trabalho específico deverão ser
submetidas à Secretaria-Executiva do CPPE.
A redução temporária da jornada de trabalho deverá abranger todos os
empregados da empresa ou, no mínimo, os empregados de um setor específico.
A redução temporária da jornada de trabalho poderá ter duração de até
seis meses e poderá ser prorrogada, desde que o período total não ultrapasse
doze meses.
Os empregados que tiverem seu salário reduzido farão jus a uma
compensação pecuniária equivalente a cinquenta por cento do valor da redução
salarial e limitada a 65% (sessenta e cinco por cento) do valor máximo da
parcela do seguro-desemprego, enquanto perdurar o período de redução temporária
da jornada de trabalho. Ato do Poder Executivo federal
disporá sobre a forma de pagamento da compensação pecuniária, que será custeada
pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. O salário a ser
pago com recursos próprios do empregador, após a redução salarial, não poderá
ser inferior ao valor do salário mínimo.
As empresas que aderirem ao PPE ficam proibidas de dispensar
arbitrariamente ou sem justa causa os empregados que tiverem sua jornada de
trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar a adesão ao PPE e, após o
seu término, durante o prazo equivalente a um terço do período de adesão.
No período de adesão ao PPE, a empresa
não poderá contratar empregados para executar, total ou parcialmente, as mesmas
atividades exercidas pelos trabalhadores abrangidos pelo Programa, exceto nos
casos de:
a)
reposição;
ou
b)
aproveitamento
de concluinte de curso de aprendizagem na empresa, desde que o novo empregado
também seja abrangido pela adesão.
Será excluída do PPE e ficará impedida de aderir novamente a empresa
que:
a)
descumprir os termos do acordo coletivo de
trabalho específico relativo à redução temporária da jornada de trabalho ou
qualquer outro dispositivo desta Medida Provisória ou de sua regulamentação; ou
b)
cometer fraude no âmbito do PPE.
Em caso de fraude no âmbito do PPE, a empresa
ficará obrigada a restituir ao FAT os recursos recebidos, devidamente
corrigidos, e a pagar multa administrativa correspondente a cem por cento desse
valor e revertida ao FAT.
Base Legal: Medida Provisória nº 680/2015 e Decreto 8479/2015. Elaborado
pela equipe técnica da M&M Assessoria Contábil.
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Instituído o Estatuto da Pessoa com Deficiência
Publicado em
07/07/2015
às
14:00
Foi instituído, através da Lei 13.146/2015, a Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência, também conhecido como o Estatuto da Pessoa com
Deficiência.
A nova legislação disciplina, entre outros, temas como:
- Igualdade e não discriminação;
-Atendimento prioritário;
-Direito a habilitação e a reabilitação;
-Direito a vida, a saúde, a educação e a moradia;
-Direito a cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer;
-Direito ao transporte, a mobilidade e acessibilidade;
-Do acesso a informação, a comunicação e a tecnologia assistiva;
-Direito a participação na vida pública e política;
-Direito ao trabalho.
Sobre o direito ao trabalho cabe salientar:
a) A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre
escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de
oportunidades com as demais pessoas.
b) As
pessoas jurídicas de direito público, privado ou de qualquer natureza são
obrigadas a garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos.
c) A pessoa
com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as demais
pessoas, a condições justas e favoráveis de trabalho, incluindo igual remuneração
por trabalho de igual valor.
d) É vedada
restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em
razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção,
contratação, admissão, exames admissional e periódico, permanência no emprego,
ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como exigência de
aptidão plena.
e) A pessoa
com deficiência tem direito à participação e ao acesso a cursos, treinamentos,
educação continuada, planos de carreira, promoções, bonificações e incentivos
profissionais oferecidos pelo empregador, em igualdade de oportunidades com os
demais empregados.
f) É
garantida aos trabalhadores com deficiência acessibilidade em cursos de
formação e de capacitação.
g) É finalidade primordial das políticas públicas de trabalho e
emprego promover e garantir condições de acesso e de permanência da pessoa com
deficiência no campo de trabalho.
h) Os
programas de estímulo ao empreendedorismo e ao trabalho autônomo, incluídos o
cooperativismo e o associativismo, devem prever a participação da pessoa com
deficiência e a disponibilização de linhas de crédito, quando necessárias.
Quanto a Habilitação Profissional e Reabilitação
Profissional, cabe destacar:
a) O poder público deve implementar serviços e programas completos
de habilitação profissional e de reabilitação profissional para que a pessoa
com deficiência possa ingressar, continuar ou retornar ao campo do trabalho,
respeitados sua livre escolha, sua vocação e seu interesse.
b) Equipe
multidisciplinar indicará, com base em critérios previstos na Lei, programa de
habilitação ou de reabilitação que possibilite à pessoa com deficiência
restaurar sua capacidade e habilidade profissional ou adquirir novas
capacidades e habilidades de trabalho.
c) A
habilitação profissional corresponde ao processo destinado a propiciar à pessoa
com deficiência aquisição de conhecimentos, habilidades e aptidões para
exercício de profissão ou de ocupação, permitindo nível suficiente de
desenvolvimento profissional para ingresso no campo de trabalho.
d) Os
serviços de habilitação profissional, de reabilitação profissional e de
educação profissional devem ser dotados de recursos necessários para atender a
toda pessoa com deficiência, independentemente de sua característica
específica, a fim de que ela possa ser capacitada para trabalho que lhe seja
adequado e ter perspectivas de obtê-lo, de conservá-lo e de nele progredir.
e) Os
serviços de habilitação profissional, de reabilitação profissional e de
educação profissional deverão ser oferecidos em ambientes acessíveis e
inclusivos.
f) A
habilitação profissional e a reabilitação profissional devem ocorrer
articuladas com as redes públicas e privadas, especialmente de saúde, de ensino
e de assistência social, em todos os níveis e modalidades, em entidades de
formação profissional ou diretamente com o empregador.
g) A
habilitação profissional pode ocorrer em empresas por meio de prévia
formalização do contrato de emprego da pessoa com deficiência, que será
considerada para o cumprimento da reserva de vagas prevista em lei, desde que
por tempo determinado e concomitante com a inclusão profissional na empresa,
observado o disposto em regulamento.
h) A
habilitação profissional e a reabilitação profissional atenderão à pessoa com
deficiência.
Quanto a Inclusão da Pessoa com Deficiência no
Trabalho, destaca-se:
a) Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no
trabalho a colocação competitiva, em igualdade de oportunidades com as demais
pessoas, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem
ser atendidas as regras de acessibilidade, o fornecimento de recursos de
tecnologia assistiva e a adaptação razoável no ambiente de trabalho.
b) A
colocação competitiva da pessoa com deficiência pode ocorrer por meio de
trabalho com apoio, observadas as seguintes diretrizes:
I - prioridade no
atendimento à pessoa com deficiência com maior dificuldade de inserção no campo
de trabalho;
II - provisão de
suportes individualizados que atendam a necessidades específicas da pessoa com
deficiência, inclusive a disponibilização de recursos de tecnologia assistiva,
de agente facilitador e de apoio no ambiente de trabalho;
III - respeito ao
perfil vocacional e ao interesse da pessoa com deficiência apoiada;
IV - oferta de
aconselhamento e de apoio aos empregadores, com vistas à definição de
estratégias de inclusão e de superação de barreiras, inclusive atitudinais;
V - realização de
avaliações periódicas;
VI - articulação
intersetorial das políticas públicas;
VII -
possibilidade de participação de organizações da sociedade civil.
c) A entidade contratada para a realização de processo seletivo
público ou privado para cargo, função ou emprego está obrigada à observância do
disposto nesta Lei e em outras normas de acessibilidade vigentes.
Fonte: Lei 13.146/2015. Texto elaborado pela equipe técnica da M&M
Assessoria Contábil.
Acesse o texto completo do Estatuto da Pessoa com
Deficiência, clicando aqui.
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Mercosul: cartilha orienta trabalhadores do bloco
Publicado em
04/07/2015
às
17:00
Distribuição
será em fronteiras e trará informações sobre onde encontrar vagas de emprego
nos cinco países
O
Subgrupo do Trabalho 10, órgão tripartite do Mercado Comum do Sul (Mercosul),
aprovou na reunião plenária promovida na Confederação Nacional do Comércio
(CNC), em Brasília, o material gráfico "Trabalhar no Mercosul". A cartilha orientará
os trabalhadores que circulam entre os países do bloco a partir da imigração
pelas áreas de fronteira, rodoviárias e aeroportos. O material também ficará
disponível em consulados e superintendências regionais do Trabalho e Emprego
(SRTEs).
Elaborado
com versões em português e espanhol, o folheto traz informações sobre os órgãos
operativos das leis trabalhistas, como, por exemplo, os ministérios do Trabalho
e Emprego, centrais sindicais e consulados dos cinco países. Divulga também os
endereços das delegacias de imigração e das SRTEs, com links e telefones para
denúncias e orientações.
De
acordo com o chefe da Assessoria Internacional do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) brasileiro, Mário Barbosa, a cartilha também contará com um
formato web, sendo publicada para dowload nas páginas dos ministérios do
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. "Serão impressos pelo Brasil,
inicialmente, cerca de cinco mil exemplares para colocação em áreas
estratégicas. Cada país do Mercosul ficará responsável pela impressão e
circulação junto ao seu público", explica o assessor.
Segundo
Barbosa, o principal objetivo da cartilha é socializar informações nas redes de
atendimento já estruturadas e em funcionamento. "Neste material, o trabalhador
poderá buscar informações de onde encontrar vagas de emprego em países do
Mercosul, além de conhecer o que a região oferece", concluiu.
Acesse aqui a
cartilha.
Fonte: Assessoria
de Imprensa/MTE
Mercosul:
cartilha orienta trabalhadores do bloco
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CLT: 5 riscos que podem ser evitados pelas empresas
Publicado em
21/06/2015
às
13:00
Se não podemos vencê-lo, podemos nos juntar a ele. Saiba um pouco mais
sobre o Direito Trabalhista na sua empresa.
Todo negócio tem uma moldura chamada legislação brasileira. O
empreendedor tem autonomia para pintar o quadro que desejar, com as cores e
ferramentas que quiser, mas não pode pintar fora da moldura. Além da questão
ética, ultrapassar os limites da lei deixa qualquer um sujeito a severas
punições. Para estar em regularidade com a lei, o empreendedor deve conhecer as
regras, principalmente as que dizem respeito ao direito tributário, ao direito
empresarial e ao direito trabalhista. É sobre esse último que vamos focar aqui.
O Direito Trabalhista é a disciplina que cuida da relação entre a empresa
e o empregado, estabelecendo os direitos e deveres das duas partes nessa
relação. A maioria dessas regras está contida na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), de onde vem o termo "celetista" - que é o trabalhador a quem se
aplicam as regras da Consolidação, ou seja, o trabalhador de carteira assinada.
A grande maioria dos trabalhadores brasileiros são celetistas, e por isso são
protegidos pelo Direito do Trabalho. Apenas não se incluem nesse grupo os
profissionais autônomos, as pessoas jurídicas e os servidores públicos.
Uma das primeiras coisas que podemos ressaltar sobre a CLT é que ela é um
documento de 1943, ou seja, um senhora de 72 anos de idade. Você consegue
imaginar como era o Brasil em 1943? Só para termos uma ideia, aproximadamente
70% dos brasileiros moravam (e, consequentemente, trabalhavam) no campo, não
tínhamos televisão. Internet, então, nem sonhando! Não só o Brasil, mas todo o
mundo mudou muito de lá para cá e, por mais que algumas reformas tenham sido
feitas, a CLT está desatualizada. Isso faz com que o empresário moderno
encontre algumas dificuldades em tocar seu negócio seguindo a lei à risca.
Ainda assim, recomenda-se que a lei seja sempre observada, porque, caso
contrário, a gestão de riscos do empreendimento fica bem mais difícil. Não é
raro ver uma empresa quebrar por causa de pesadas multas e indenizações
trabalhistas.
Principais situações de risco
A intenção do Direito Trabalhista, naturalmente, é a de proteger o trabalhador,
por ele ser sempre o lado mais vulnerável. No entanto, essa transformação dos
tempos faz surgir no dia a dia algumas situações em que tanto o empregado como o
empregador saem perdendo, por causa de algum dispositivo legal na CLT.
Infelizmente, todas as empresas passam por isso, mas não há nada que possa ser
feito de imediato. Lei é lei! A vontade ou o consentimento do colaborador,
nesse caso, não vale de nada. Veja a seguir cinco das principais situações de
risco em que o empreendedor pode ser enquadrado por não cumprir as
determinações do Direito do Trabalho:
1. Vale transporte, alimentação e plano de saúde
O empregador deve fornecer, no início de cada mês, um adiantamento relativo aos
custos com o transporte do trabalhador de sua casa até o trabalho e do trabalho
até sua casa. Posteriormente a empresa pode descontar esses valores até o
limite de 6% da remuneração bruta do empregado. Com relação ao vale alimentação
e a planos de saúde ou odontológicos, a empresa não é obrigada por lei a
colocar à disposição de seus colaboradores. No entanto, benefícios como esses
são bastante úteis aos funcionários e podem acabar sendo um diferencial,
dependendo do setor, ajudando sua empresa a atrair os melhores talentos. Neste
artigo, você descobre como fazer um plano legal de Remuneração Variável. Já
neste eBook, você consegue saber mais sobre como esse tipo de cuidado com o
colaboador ajuda sua empresa a crescer.
2. Intervalo para alimentação
A lei protege o direito do trabalhador de ter um intervalo para se alimentar
durante o trabalho. A duração desse intervalo depende da carga horária de cada
funcionário. Para os funcionários que cumprem a carga horária de oito horas
diárias, o intervalo deve ser de no mínimo uma hora e no máximo duas horas.
Para os trabalhadores que cumprem carga de superior a quatro e inferior a seis,
o intervalo deve ser de no mínimo 15 minutos. Já os empregados que trabalham
quatro horas por dia não têm direito ao intervalo, mas isso não impede que um
intervalo não possa ser negociado entre o patrão e os funcionários. Na prática,
esta é uma questão espinhosa, já que muitos empregados preferem tirar um
intervalo de 15 minutos ou meia hora, mas, em compensação, sair mais cedo do
serviço. Mesmo que essa seja a vontade do trabalhador, a CLT proíbe!
3. Jornada máxima de trabalho
A jornada máxima de trabalho no Brasil é de oito horas, sem contar,
evidentemente, o intervalo para a alimentação. No entanto, é possível que um
empregado trabalhe mais de oito horas em um único dia, desde que receba um
adicional por hora extra e que essas horas extras estejam limitadas a no máximo
duas por dia, ou seja, em hipótese alguma um empregado pode trabalhar mais de
10 horas em um único dia, mesmo que estejamos diante de uma situação
excepcional. O empreendedor deve se certificar de que o empregado vá embora
para casa mesmo contra a sua vontade, pois esta é a única forma de evitar
problemas com a lei.
4. Intervalo mínimo entre uma jornada e outra
Esta informação é importante para a montagem de escalas de trabalho,
especialmente se o horário de trabalho dos funcionários varia dia a dia. A lei
estabelece que o horário mínimo entre uma jornada e outra deve ser de pelo
menos onze horas. A intenção da lei aqui é proteger o sono do trabalhador, bem
como o tempo necessário para que ele se desloque do
trabalho para o lar e do lar para o trabalho com segurança. Mas como funciona
na prática? Supondo que o estabelecimento seja um restaurante e a jornada de
determinado cozinheiro termine às três horas da manhã, então ele só poderá
voltar a trabalhar a partir das duas horas da tarde, ou seja, onze horas
depois.
5. Adicional noturno e de periculosidade
O trabalhador que exerce suas funções no período noturno tem direito a receber
uma remuneração 20% maior. A lei considera como período noturno aquele
compreendido entre as 22h de um dia até as 5h do dia seguinte. Já o trabalhador
exposto a materiais inflamáveis, explosivos, energia elétrica ou violência
física, recebem adicional de periculosidade no valor de 30% de sua remuneração.
É claro que existem outros riscos além dos citados aqui. Os direitos
trabalhistas são irrenunciáveis e inalienáveis, ou seja, não podem ser
negociados nem mesmo pelo próprio trabalhador, em hipótese alguma. Por isso, o
empreendedor deve procurar se cercar de profissionais competentes e estudar a
fundo o Direito Trabalhista para usá-lo sempre a seu favor.
Matéria:
https://endeavor.org.br/direito-trabalhista/
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Inserção de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho
Publicado em
11/06/2015
às
13:00
De 2011 a
2014, atuação dos auditores do trabalho permitiu que mais de 153 mil pessoas
com deficiência chegassem ao mercado de trabalho. Na quinta-feira (11/6/2015),
foi aprovado no Senado, por unanimidade, o Estatuto da Pessoa com Deficiência,
que consolida e amplia direitos a esse grupo de cidadãos.
As iniciativas desenvolvidas sob a ação da fiscalização do trabalho
contribuíram para que o número de pessoas com deficiência e beneficiários
reabilitados inseridos no mercado de trabalho evoluísse ao longo dos anos.
Entre 2006 e 2014, a quantidade de trabalhadores com deficiência que foram
inseridos sob a ação fiscal cresceu de 19.978, para 42.613 pessoas, ao ano.
No mesmo período de 2011 a 2014, mais de 153 mil pessoas com deficiência
chegaram ao mercado de trabalho, por ação direta da fiscalização. De acordo com
os dados da última Relação Anual de Informações Sociais (Rais), em 2013 foram
criados 27,5 mil novos empregos para pessoas com deficiência, o que representa
um aumento de 8,33%, na participação desse grupo no mercado de trabalho. Com o
resultado, chegou a 357,8 mil o número vagas ocupadas. Os homens representam
64,84% dos empregados; enquanto as mulheres ocupam 35,16% das vagas.
"Acreditamos que os números podem ser melhores, já que existem
informações que não chegam ao governo", explica Fernanda Maria Pessoa di
Cavalcanti, auditora fiscal do trabalho, responsável nacional pelo Projeto de
Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho. "Os dados
consolidados nos últimos anos fazem parte de um esforço do Ministério para
conhecer e ampliar esse lugar importante do mercado de trabalho, com a inserção
dessas pessoas", destaca.
As atuais regras sobre os procedimentos de fiscalização que permitem
incluir pessoas com deficiência e beneficiárias reabilitadas da Previdência
Social no mercado de trabalho, foram aprimoradas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) na Instrução Normativa nº 98, de agosto de 2012, que regulamenta
a fiscalização e uniformiza os procedimentos adotados pelo ministério.
De acordo com a instrução, os auditores fiscais do trabalho obrigam a
contratação, por parte daquelas empresas alcançadas pela lei, e acompanham a
adaptação no ambiente de trabalho e eventual desligamento. Também incentivam as
empresas a promover a qualificação das pessoas com deficiência contratadas.
Para isso, os auditores podem fazer reuniões locais com empregadores e entidades
qualificadoras.
A instrução normativa especifica como se dará a caracterização da pessoa
com deficiência, regulamenta a centralização das ações entre as
Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) e prevê as formas de
combate a práticas discriminatórias.
Lei de Cotas - As ações de fiscalização visam cumprir o
que estabelece a Lei nº 8.213, de 24 de Julho de 1991, conhecida como Lei de
Cotas. Segundo a legislação, empresas com mais de 100 empregados são obrigadas
a preencher entre dois a cinco por cento de seus quadros de empregados com
beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência.
História - É a partir da regulamentação dada pelo Decreto n.° 3.298, de 20 de
dezembro de 1999, que se intensificam os processos de fiscalização e de
contratação de pessoas com deficiência nas empresas privadas e nas empresas
públicas e sociedade de economia mista, que contratam mediante o regime
celetista de contrato. O texto fixa os parâmetros de cada um dos tipos de
deficiência e estabelece a competência para fiscalizar, avaliar e controlar as
empresas e a produção de estatísticas sobre o número de empregados com
deficiência e de vagas preenchidas, sob a competência do MTE. No ano seguinte,
foram criados os Núcleos sobre Promoção da Igualdade de Oportunidades e Combate
à Discriminação nas Regionais.
Em novembro de 2008, o MTE lançou o projeto piloto de incentivo à
aprendizagem de pessoas com deficiência como estratégia para elevar a inserção
no mercado de trabalho. Integrante da Agenda Social do Governo Federal, o
projeto incentiva empresários que ainda não integralizaram a cota (empresas com
100 ou mais empregados) a efetivarem pessoas com deficiência como aprendizes,
qualificando-os em conformidade com os interesses da empresa, por período de
até dois anos, para posterior contratação.
"A cada ano, a fiscalização do trabalho aprimora sua forma de atuação
para garantir às pessoas com deficiência e aos beneficiários reabilitados o seu
direito fundamental ao trabalho, em igualdade de oportunidade com as demais
pessoas, como preceitua a Constituição Federal, emendada pela Convenção dos
Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU", defende Fernanda Pessoa.
Estatuto - Nesta quinta-feira (11), foi aprovado no Senado, por unanimidade, o
Estatuto da Pessoa com Deficiência, que consolida e amplia direitos como a
reserva de vagas em universidades e no mercado de trabalho e o pagamento do
auxílio-inclusão para os deficientes que trabalham. O projeto original, de
autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), iniciou sua tramitação em 2006 e teve a
relatoria do senador Romário (PSB-RJ). A lei agora segue para sanção
presidencial.
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
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Chegar atrasado ao trabalho pode configurar justa causa para demissão
Publicado em
05/06/2015
às
17:00
Muitos empregadores têm dúvida se podem demitir o empregado por justa
causa pelo fato do mesmo chegar atrasado ao emprego e, consequentemente,
diversos trabalhadores têm dúvida se podem ser demitidos por justa causa com
base nesse motivo.
Bom, primeiro é preciso dizer que deve haver bom senso e que a CLT prevê
que não serão descontadas as variações no registro de ponto não excedentes a
cinco minutos, observando o limite máximo de dez minutos diários.
Destaca-se que um único atraso do empregado não justifica demissão por
justa causa, havendo a necessidade de atrasos reiterados, os quais irão
caracterizar a chamada desídia, considerada justa causa, com base no art. 482,
"e" da CLT.
Vale esclarecer que desídia significa negligência, desatenção, desinteresse
por parte do empregado em relação ao seu trabalho, ou seja, para que atraso no
horário de chegada ao emprego seja configurado desídia é preciso que os atrasos
sejam sem justificativa e aconteçam repetidas vezes.
Cabe esclarecer que a lei não estipula um número mínimo de atrasos para
que a desídia seja caracterizada, devendo o empregador analisar o caso concreto
com base no tempo que o
trabalhador está na empresa, no prejuízo que o atraso acarreta, na conduta do
empregado, dentre outros.
No entanto, é muito importante ressaltar que não basta o empregador
alegar a justa causa, é preciso que ele tenha provas convincentes sobre a
situação, pois caso contrário o empregado pode ajuizar uma ação trabalhista para descaracteriza-la e
reverter a demissão.
Dessa forma, antes do empregador demitir o empregado por justa causa
baseada no atraso, é preciso que haja advertência verbal, advertência por
escrito e até mesmo suspensão, para somente depois demitir por justa causa, se
o trabalhador continuar desrespeitando as regras do
contrato.
Nada impede, todavia, que o empregador desconte do salário do empregado
os atrasos cometidos, desde que sejam superiores a dez minutos diários, tempo
este que a legislação considera aceitável.
Por fim, é preciso alertar que o trabalhador não pode ser mandado de
volta para casa, na hipótese de chegar atrasado, sob pena de configurar assédio
moral.
Fonte: Flávia Buaiz Santos,
advogada, formada em Direito no ano de 2009 pela FDV, membro do Instituto
Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM, especialista na área de Direito de
Família e Civil, redatora do blog Direito Direto desde 2013, sócia do
escritório Buaiz & Miranda Advocacia e Consultoria. (Folha de Vitória)
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Empresa deve ressarcir empregado por desgaste em carro usado no trabalho
Publicado em
03/06/2015
às
17:00
O empregado que utiliza carro próprio para fazer seu trabalho deve ser
ressarcido pelos gastos com combustível e com o desgaste do veículo. De acordo
com o artigo 2º da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao empregador
assumir os riscos da
atividade econômica, não podendo tal encargo ser transferido para o
trabalhador.
Esse foi o entendimento aplicado pela 2ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 10ª Região ao manter sentença que condenou duas empresas a
indenizarem uma representante comercial pelos danos materiais do desgaste de
seu carro. Na ação, a mulher disse
ter trabalhado para as empresas entre fevereiro de 2011 e junho de 2012 e que
durante todo o período do contrato utilizava veículo de sua propriedade para
fazer visitas a clientes, uma vez que as empresas não ofereciam transporte ou
qualquer outro meio de condução para que fizesse essa atividade.
Em resposta, as empresas alegaram que disponibilizavam cartão combustível
para a trabalhadora, para reembolso das despesas com combustível e desgaste do
veículo. Entretanto, a 2ª Turma do TRT-10 não aceitou os argumentos da empresa
pois considerou que não foi comprovado que o valor oferecido
era suficiente para cobrir todas as despesas.
A relatora do caso, desembargadora Elke Doris Just, frisou que os
depoimentos do preposto e da testemunha apontaram no sentido de que o auxílio
combustível fornecido tinha por finalidade apenas o abastecimento do veículo
para o trajeto residência/trabalho e vice-versa.
De acordo com a relatora, cabia às empresas demonstrar que os valores
pagos seriam suficientes para pagar as despesas com combustível e manutenção do
automóvel. "Todavia, as reclamadas não apresentaram nenhum documento
especificando as despesas ressarcidas com o auxílio combustível fornecido à
empregada e os extratos apresentados no processo demonstraram apenas os gastos
com combustível", afirmou a relatora. A decisão foi unânime.
Fonte: Assessoria de Imprensa do TRT-10/Processo
0001986-68.2013.5.10.021
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Tenho direito de ir a consulta médica durante o expediente?
Publicado em
02/06/2015
às
13:00
Resposta de Sônia Mascaro Nascimento, sócia do escritório Mascaro
Nascimento Advocacia Trabalhista
Primeiramente, é preciso analisar a norma coletiva da categoria
profissional. Muitas vezes ela regulamenta o direito de ir a consultas médicas sem qualquer prejuízo ao colaborador,
seja desconto salarial ou compensação das horas. Há normas coletivas que
inclusive regulamentam o direito do colaborador de acompanhar familiares e
filhos.
Não havendo norma neste sentido, o ideal é que a consulta médica
seja marcada em um horário fora do expediente. No entanto, muitas vezes isso
não é possível.
Ocorrendo durante a jornada de trabalho e se o colaborador vai
simplesmente fazer uma consulta médica sem que esteja doente, a empresa pode
sim descontar as horas em que o colaborador ficou ausente de suas atividades ou
pode exigir a compensação das horas.
A empresa, no entanto, não pode punir o colaborador considerando falta
injustificada, pode apenas creditar as horas de duração da consulta, que
deverão ser respostas, ou descontar do salário.
Na hipótese da empresa adotar, desde o início do contrato de
trabalho, certa tolerância e não descontar as horas de consulta, ela não poderá
alterar o contrato de trabalho para que passe, sem motivo, a descontar
(conforme prevê o art.468, da CLT).
Temos também outro cenário: caso o colaborador sofra um mal
repentino durante o expediente e tenha que ser atendido às pressas. Nessa
hipótese, ele não teve sequer a possibilidade de marcar um horário fora do
expediente, desse modo, as horas de ausência serão abonadas e não poderão ser
compensadas e nem descontadas.
O mesmo ocorre quando o colaborador apresenta atestado médico
(documento do médico atestando que ele está incapacitado para o trabalho), ele
não precisará repor as horas não trabalhadas, a falta será abonada e não haverá
desconto no salário.
Fonte: Revista Exame
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Pagamento de horas in itinere é obrigatório, mesmo se houver norma coletiva
Publicado em
22/05/2015
às
17:00
Mesmo que combinada coletivamente, a renúncia das horas in itinere,
período gasto pelo empregado entre sua residência e o trabalho e vice e versa,
não é válida. Esse entendimento tem como base a Súmula 8 do Tribunal Regional
do Trabalho da 18ª Região (GO) e o fato de que há um limite para a negociação
coletiva.
A decisão foi proferida pela 1ª Turma do TRT-18, que manteve entendimento
de primeiro grau sobre a supressão do pagamento dessas horas. O caso é
referente ao processo de um trabalhador contra uma empresa de Rio Verde (GO).
Em seu argumento, a empresa defendeu que o tema foi pactuado por meio de
norma coletiva e que no texto acordado "as horas in itinere não são devidas,
por não se fazerem presentes os requisitos autorizadores do pagamento
respectivo".
Além disso, a empresa entendeu que o fornecimento de transporte não
constituía condição essencial à prestação de serviços a empresa. Já que,
afirmou a companhia, por estar situada em local de fácil acesso, o trabalhador
conseguia chegar ao local de trabalho sem utilizar o benefício fornecido pela
empresa.
Ao analisar os autos, a relatora do processo, desembargadora Iara
Teixeira Rios, verificou ser presumida a dificuldade de acesso ao local de
trabalho, já que a empresa está situada na zona rural.
A empresa alegou ainda que a incompatibilidade de horários não gera direito a horas in itinere. Em resposta, Rios
citou que, segundo a Súmula 90 do Tribunal Superior do Trabalho, o fato
mencionado pela companhia é fundamento para obtenção das horas.
Como complemento, a desembargadora citou fundamentos da decisão de
primeiro grau, que decidiu pelo deferimento de horas de percurso acrescidas de
50% e que o fornecimento de condução pelo empregador atende a seus interesses
econômicos.
Com a manutenção da condenação de primeiro grau, também foi conservado o
direito ao recebimento do tempo à
disposição da empresa; relativo à higienização, troca de uniforme e
deslocamento até o relógio de ponto, que durava 30 minutos.
Fonte: TRT-18/Processo: RO-0012232-55.2013.5.18.0101.
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CLT: Mover ação em cidade diferente do local de trabalho não é má-fé
Publicado em
21/05/2015
às
17:00
A Justiça do Trabalho em Minas Gerais negou o pedido para que um
trabalhador fosse condenado por litigância de má-fé por ter ajuizado uma reclamação
trabalhista na cidade onde
mora, e não no local onde o serviço foi prestado. Para o juiz convocado Vítor
Salino de Moura Eça, relator do recurso no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª
Região (MG), o homem apenas exerceu seu direito de acesso à Justiça, sem
qualquer comprovação de abuso de direito.
No caso, o homem trabalhou para um frigorífico na cidade de Santa Luzia,
onde morava. Porém, depois de ser contratado por outra empresa o homem se mudou
para a cidade de Montes Claros, onde ingressou com a reclamação trabalhista
contra o ex-empregador.
Por meio de reconvenção, o frigorífico alegou incompetência da Vara de
Montes Claros e pediu a condenação por litigância de má-fé, argumentando que
houve abuso no exercício de direito deação fora do Juízo competente para
conhecimento da ação. Além disso, pediu indenização por danos materiais
considerando os gastos com deslocamento de advogado e representante para Montes
Claros.
Com base no artigo 651 da CLT, que prevê que o empregado deve apresentar
reclamatória no juízo da localidade onde presta ou prestou serviços, a juíza da
3ª Vara do Trabalho de Montes Claros entendeu que a Vara do Trabalho competente
para julgar o caso seria a de Santa Luzia. Porém, negou o pedido da condenação
por má-fé e a indenização por danos materiais. A empresa recorreu ao TRT-3, mas
a sentença foi mantida pela 5ª Turma.
Na visão do relator, juiz convocado Vítor Salino de Moura Eça, o
reclamante apenas exerceu seu direito de acesso à Justiça, sem qualquer
comprovação de abuso de direito. "A litigância de má-fé é caracterizada quando
evidente a malícia ou a certeza de erro ou de fraude no ato praticado pela
parte, quando esta procede de modo temerário em qualquer ato do processo ou
provoca incidente manifestamente infundado, dentre outras práticas processuais
legalmente previstas" , explicou no voto.
De acordo com o relator, o fato de o reclamante
ter exercido seu direito de ação na cidade onde atualmente reside, por si só,
não caracteriza litigância de má-fé, pois a escolha do foro de domicílio do
trabalhador se deu também por razões relacionadas à sua hipossuficiência
jurídica e econômica. "Não foi identificada qualquer intenção do trabalhador de
dificultar a defesa", afirmou.
Em seu voto, o juiz ainda sugeriu que a legislação seja alterada quanto a
essa questão do foro para reclamação trabalhista. "Talvez seja o caso até de
urgente revisão legislativa, nestes tempos em que o deslocamento profissional
tem se tornado rotineiro, em virtude dos atuais meios de comunicação",
registrou. Seguindo o voto do relator, a 5ª Turma de julgadores rejeitou os
pedidos da reclamada, inclusive quanto à indenização por dano material, por
ausência dos requisitos da responsabilidade civil, previstos nos artigos 186 e
927 do Código Civil.
Fonte: Assessoria de Imprensa do TRT-3 e Conjur/Processo
0001008-68.2014.5.03.0145 RO
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Inaugurado o Alô Trabalho
Publicado em
10/05/2015
às
13:30
Para o
ministro, a ferramenta é mais uma ação de modernização do órgão e funcionará
como um canal de comunicação direto entre o cidadão e a instituição
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, inaugurou, em Brasília, a
Central de Atendimento do MTE, Alô Trabalho, que tem como objetivo expandir a
capacidade de atendimento do órgão funcionando como um moderno canal de
comunicação eletrônico e humano, direto, entre o MTE e o cidadão, em âmbito
nacional. "A Central é uma das ações mais efetivas do Órgão no sentido de
modernizar seus serviços e facilitar a vida dos trabalhadores e empregadores,
uma vez que vai garantir mais comodidade e economia na busca de informações
sobre os serviços prestados", ressaltou.
Para o
ministro, a partir da inauguração da Central, trabalhadores e
empregadores poderão, de qualquer lugar do país, obter informações sobre
Seguro-Desemprego, Abono Salarial, Carteira de Trabalho, legislação
trabalhistas e etc., sem os custos de locomoção até uma unidade da rede de
atendimento.
"É
nossa obrigação prestar um serviço público de qualidade, e essa é uma ação de
fundamental importância para alcançarmos esse objetivo", avaliou o ministro
complementando que a inauguração da ferramenta é "uma questão de respeito para
com os usuários dos serviços da instituição".
O
serviço
- A Central Alô Trabalho será acessada pelo
número 158 e a chamada poderá ser feita, de forma gratuita, de qualquer
telefone fixo público ou privado. Há também a possibilidade de acesso via
telefonia móvel. Nesse caso, no entanto, os custos são por conta do usuário.
O
atendimento eletrônico será feito por meio de informações pré-gravadas onde o
usuário, utilizando-se de menus (árvore de voz), escolherá a opção desejada.
Esse atendimento funcionará 24 horas por dia, sete dias por semana. Caso o
usuário não encontre sua informação no atendimento eletrônico, terá a opção de
falar com um atendente. O atendimento humano funcionará de segunda a
sexta-feira no horário entre 7h e 19h.
A
Central prestará informações sobre os serviços e programas do MTE, como por
exemplo: legislação trabalhista, declaração Caged, RAIS, Seguro-desemprego,
Abono Salarial, Carteira de Trabalho e etc. A expectativa é que sejam
atendidos, em média, 26.700 usuários/dia no atendimento telefônico/humano, totalizando
uma média de 587.400 usuários/mês.
Composta
por estrutura que combinará telefonia e informática a Central foi planejada
para ter 157 Posições de Atendimento (PAs) operando de forma simultânea, sendo
que cada PA funcionará ininterruptamente por 12 horas diárias. Além do
atendimento telefônico o Alô Trabalho contará ainda com equipe de multimeios
para responder as mensagens enviadas pelo Fale Conoscohttp://portal.mte.gov.br/faleconosco/ e
com pessoal de suporte responsável pelo gerenciamento e monitoramento do
serviço, de forma que o atendimento atinja o nível de excelência de qualidade
pretendido.
Com a
inauguração da ferramenta o usuário terá mais conforto quando da solicitação e
agilidade na obtenção da informação e ainda economizará tempo de dinheiro uma
vez que não terá que enfrentar deslocamentos desnecessários nem filas ao buscar
dados a respeito dos programas e serviços oferecidos pelo órgão.
Há ainda
a previsão de implementação da Consulta Automatizada a Benefícios, onde o
usuário poderá consultar a liberação do seguro-desemprego e abono salarial, sem
a necessidade de falar com um atendente. A partir da interação direta com a
Unidade de Resposta Audível (URA) o usuário ouvirá instruções, fornecerá os
dados e receberá de forma vocalizada e a informação disponível em um banco de
dados.
Fonte:
Assessoria de Imprensa/MTE
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Carreira: Quando receber uma promoção, planeje os primeiros 90 dias
Publicado em
03/05/2015
às
17:00
A maioria dos profissionais sonha com uma promoção. Isso normalmente
significa mais prestígio, maior salário e melhores condições de trabalho. Só
que subir degraus implica em assumir mais responsabilidades também e quanto
mais diferente for a nova função, mais dúvidas devem surgir e maior será o seu
desafio. A boa notícia é que existem formas para você planejar a mudança.
O maior problema, nesses casos, é que normalmente a promoção isola você
dos seus colegas.
Trata-se de um desafio a ser vencido de forma individual. O resultado vai
depender da SUA competência e da velocidade com que VOCÊ conseguir dominar o
novo terreno.
Nesses casos eu sugiro planejar dois tipos de ações:
O primeiro é definir o que você vai fazer nos primeiros 90 dias. Quais
são as ações e principalmente quais são as entregas que você precisa realizar a
cada semana.
O segundo é identificar quem são as pessoas com as quais você precisa se
relacionar para atingir os objetivos e qual é a melhor maneira de se conectar
com elas.
Com essas ações em mente, o processo de
mudança fica mais claro e você tem mais chances de conquistar a suas metas.
Se quiser conhecer mais sobre empreendedorismo e gestão empresarial,
convido você a visitar o meu site.
Até a próxima!
Por Claudio Nasajon - www.claudionasajon.com.br
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Trabalhador com depressão será reintegrado na antiga empresa
Publicado em
25/04/2015
às
15:00
Uma empresa de Santos, em São Paulo, foi condenada a reintegrar um
funcionário em tratamento de depressão, demitido no período de estabilidade.
Segundo decisão da 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, a empresa não
pode dispensar o trabalhador no período de garantia provisória de emprego. A
companhia também terá de pagar R$ 15 mil ao empregado, a título de dano moral.
A ação foi movida por um assistente
operacional que alegou que a depressão ocorreu em razão da sobrecarga de
cobranças e atritos com o superior. Ele foi afastado por auxílio-doença pelo
Instituto Nacional de Seguro Social por diversas vezes sucessivas, até ser
demitido.
Na homologação da rescisão, o sindicato ressalvou que ele sofria de
doença profissional - tanto que o INSS prorrogou o auxílio-doença por acidente de trabalho. Por isso, o autor pediu a
reintegração dele com base no artigo 118 da Lei de Benefícios da Previdência
Social (Lei 8.213/91), ou condenação da empresa a pagar indenização
substitutiva e indenização pelas condições que o levaram a desenvolver a
depressão, dentre outros problemas de
saúde.
Com base em laudo médico, a primeira instância entendeu que o trabalho
era concausa da doença, que resultava em incapacidade de trabalho temporária. A
sentença destacou que a Lei 8.213/91 não distingue entre o acidente de trabalho
típico e as doenças profissionais para a garantia de emprego e, reconhecendo a
estabilidade, determinou a reintegração e fixou a indenização por dano moral em
R$ 15 mil.
Houve recurso ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Ao analisar
o caso, a corte entendeu que o laudo pericial não comprovou o nexo de concausa
entre a doença e as atividades na empresa e julgou o pedido improcedente.
O trabalhador, então, foi ao TST. Para a desembargadora convocada Luiza
Aparecida Oliveira Lomba, que relatou o recurso, a decisão do TRT-2 contrariou
o artigo 118 da Lei 8.213/91 e a Súmula 378 do TST ao dispensar o trabalhador
no período de garantia provisória de emprego. Assim ela votou pelo
restabelecimento da sentença. A decisão foi unânime. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TSTe Conjur)
Fonte:
Jornal Contábil/
Processo: RR-76-16.2010.5.02.0447
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Atenção à contratação como PJ
Publicado em
31/03/2015
às
17:00
No âmbito empresarial, não é difícil encontrarmos trabalhadores
constituindo pessoas jurídicas para a prestação de serviços
No
âmbito empresarial, não é difícil encontrarmos trabalhadores constituindo
pessoas jurídicas para a prestação de serviços. Entretanto, essa prática,
muitas vezes, é questionada pelas autoridades do direito do trabalho e, ainda,
para fins tributários, sob a alegação de se tratar verdadeiramente de relação
de emprego.
Tal
conduta, muitas vezes imposta como condição de contratação pelo empregador, é
geralmente chamada de "pejotização".
Isso
porque, o empregador/empregado acaba muitas vezes deixando de ser onerado pelos
encargos previdenciários e trabalhistas. Ou seja, tais profissionais optam por
constituir uma empresa para prestar serviços, cenário mais vantajoso do ponto
de vista tributário.
Porém,
o fato é que, na prática, esse tipo de contratação existe. Assim,
periodicamente as empresas são visitadas pela fiscalização com o objetivo de
constatar se a prestação de serviço ocorre sob todas as obrigações de um
contrato de trabalho, presentes a subordinação, a onerosidade e a
habitualidade, mas sob o rótulo de "relação entre empresas".
Nesse
sentido, verifica-se cada vez mais que a fiscalização da Receita Federal exige
a tributação por meio de contribuições previdenciárias, por entender que existe
a relação de emprego em situações de contratações de pessoas jurídicas.
Ocorre
que nem todas as contratações de pessoas jurídicas constituem relação empregatícia,
uma vez que não é raro verificar-se a ausência de exclusividade na prestação de
serviço, ausência de subordinação, etc.
Sobre
esse assunto, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) já se
manifestou no sentido de que o auditor fiscal deve demonstrar/comprovar de
forma pormenorizada os pressupostos necessários à desconsideração da
personalidade jurídica da empresa e a caracterização como segurados empregados,
sob pena de nulidade da autuação, nos termos do acórdão 9202-002.966.
Aliás,
nem sempre as considerações da Justiça do Trabalho devem ser trazidas para fins
fiscais. Isso porque, desde 2005 a legislação permitiu a constituição de
pessoas jurídicas para a prestação de serviços intelectuais, de caráter
personalíssimo, as quais não podem ser descaracterizadas para fins
previdenciários ou tributários. Ou seja, uma norma específica - o artigo 129 da
Lei nº 11.196/05 - assegurou a esses prestadores de serviço tratamento
tributário aplicável às pessoas jurídicas.
Fonte:
Business Editora
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Governo altera disposições sobre a profissão de motorista
Publicado em
03/03/2015
às
15:00
O Governo
Federal, através da Lei 13.103/2015, alterou disposições sobre a profissão de
motorista, Promovendo alterações na CLT e Código de Trânsito Brasileiro. Dentre
as alterações da nova legislação, destacamos:
a)
Integram a categoria profissional de que trata a
Lei os motoristas de veículos automotores cuja condução exija formação
profissional e que exerçam a profissão nas seguintes atividades ou categorias
econômicas:
b)
I - de transporte rodoviário de passageiros;
II - de transporte rodoviário de cargas.
c)
São direitos dos motoristas profissionais,
sem prejuízo de outros previstos em leis específicas:
- ter acesso gratuito a programas de formação e
aperfeiçoamento profissional, preferencialmente mediante cursos técnicos e
especializados previstos no inciso IV do art. 145 da Lei no
9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, normatizados
pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, em cooperação com o poder
público;
- se empregados:
* não responder perante o empregador por prejuízo
patrimonial decorrente da ação de terceiro, ressalvado o dolo ou a desídia do
motorista, nesses casos mediante comprovação, no cumprimento de suas
funções;
* ter jornada de trabalho controlada e registrada
de maneira fidedigna mediante anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de
trabalho externo, ou sistema e meios eletrônicos instalados nos veículos, a critério do empregador; e
* ter benefício de seguro de contratação
obrigatória assegurado e custeado pelo empregador, destinado à cobertura de
morte natural, morte por acidente, invalidez total ou parcial decorrente de
acidente, traslado e auxílio para funeral referentes às suas atividades, no
valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial de sua categoria
ou valor superior fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
c) Aos
motoristas profissionais dependentes de substâncias psicoativas é assegurado o
pleno atendimento pelas unidades de saúde municipal, estadual e federal, no
âmbito do Sistema Único de Saúde, podendo ser realizados convênios com
entidades privadas para o cumprimento da obrigação.
d) O
intervalo poderá ser reduzido e/ou fracionado, quando compreendidos entre o
término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde
que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do
serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários,
empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a
remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.
e) Serão exigidos
exames toxicológicos, previamente à admissão e por ocasião do desligamento,
quando se tratar de motorista profissional, assegurados o direito à contraprova
em caso de resultado positivo e a confidencialidade dos resultados dos
respectivos exames.
f) São deveres do motorista
profissional empregado:
I - respeitar a legislação de
trânsito e, em especial, as normas relativas ao tempo de direção e de descanso
controlado e registrado;
II - submeter-se a exames
toxicológicos com janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias e a programa
de controle de uso de droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador,
com sua ampla ciência, pelo menos uma vez a cada 2 (dois) anos e 6 (seis)
meses;
OBS. A recusa do
empregado em submeter-se ao teste ou ao programa de controle de uso de droga e
de bebida alcoólica previstos acima será considerada infração disciplinar,
passível de penalização nos termos da lei.
g) A jornada diária de
trabalho do motorista profissional será de 8 (oito) horas, admitindo-se a sua
prorrogação por até 2 (duas) horas extraordinárias ou, mediante previsão em
convenção ou acordo coletivo, por até 4 (quatro) horas extraordinárias.
h) Será considerado como
trabalho efetivo o tempo em que o motorista empregado estiver à disposição do
empregador, excluídos os intervalos para refeição, repouso e descanso e o tempo
de espera.
i) Será assegurado ao
motorista profissional empregado intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição,
podendo esse período coincidir com o tempo de parada obrigatória na condução do
veículo estabelecido Código de Trânsito Brasileiro, exceto quando se tratar do
motorista profissional enquadrado no § 5o do art. 71 da
CLT.
j) Dentro do período de
24 (vinte e quatro) horas, são asseguradas 11 (onze) horas de descanso, sendo
facultados o seu fracionamento e a coincidência com os períodos de parada
obrigatória na condução do veículo estabelecida pelo Código de Trânsito
Brasileiro, garantidos o mínimo de 8 (oito) horas ininterruptas no primeiro
período e o gozo do remanescente dentro das 16 (dezesseis) horas seguintes ao
fim do primeiro período.
k) Nas viagens de longa
distância, assim consideradas aquelas em que o motorista profissional empregado
permanece fora da base da empresa, matriz ou filial e de sua residência por
mais de 24 (vinte e quatro) horas, o repouso diário pode ser feito no veículo
ou em alojamento do empregador, do contratante do transporte, do embarcador ou
do destinatário ou em outro local que ofereça condições adequadas.
l) São considerados
tempo de espera as horas em que o motorista profissional empregado ficar
aguardando carga ou descarga do veículo nas dependências do embarcador ou do
destinatário e o período gasto com a fiscalização da mercadoria transportada em
barreiras fiscais ou alfandegárias, não sendo computados como jornada de
trabalho e nem como horas extraordinárias. As horas relativas ao tempo de
espera serão indenizadas na proporção de 30% (trinta por cento) do salário-hora
normal. Em nenhuma hipótese, o tempo de espera do motorista empregado
prejudicará o direito ao recebimento da remuneração correspondente ao
salário-base diário. Durante o tempo de espera, o motorista poderá
realizar movimentações necessárias do veículo, as quais não serão consideradas
como parte da jornada de trabalho, ficando garantido, porém, o gozo do descanso
de 8 (oito) horas ininterruptas.
m) Salvo previsão
contratual, a jornada de trabalho do motorista empregado não tem horário fixo
de início, de final ou de intervalos.
n) O empregado é
responsável pela guarda, preservação e exatidão das informações contidas nas
anotações em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, ou no
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo, ou nos rastreadores
ou sistemas e meios eletrônicos, instalados nos veículos, normatizados pelo
Contran, até que o veículo seja entregue à empresa.
o) Nas viagens de longa
distância com duração superior a 7 (sete) dias, o repouso semanal será de 24
(vinte e quatro) horas por semana ou fração trabalhada, sem prejuízo do
intervalo de repouso diário de 11 (onze) horas, totalizando 35 (trinta e cinco)
horas, usufruído no retorno do motorista à base (matriz ou filial) ou ao seu
domicílio, salvo se a empresa oferecer condições adequadas para o efetivo gozo
do referido repouso. É permitido o fracionamento do repouso semanal
em 2 (dois) períodos, sendo um destes de, no mínimo, 30 (trinta) horas
ininterruptas, a serem cumpridos na mesma semana e em continuidade a um período
de repouso diário, que deverão ser usufruídos no retorno da viagem. A
cumulatividade de descansos semanais em viagens de longa distância fica
limitada ao número de 3 (três) descansos consecutivos. O motorista
empregado, em viagem de longa distância, que ficar com o veículo parado após o
cumprimento da jornada normal ou das horas extraordinárias fica dispensado do
serviço, exceto se for expressamente autorizada a sua permanência junto ao
veículo pelo empregador, hipótese em que o tempo será considerado de
espera.
p) Não será considerado
como jornada de trabalho, nem ensejará o pagamento de qualquer remuneração, o
período em que o motorista empregado ou o ajudante ficarem espontaneamente no
veículo usufruindo dos intervalos de repouso.
q) Nos casos em que o
empregador adotar 2 (dois) motoristas trabalhando no mesmo veículo, o tempo de
repouso poderá ser feito com o veículo em movimento, assegurado o repouso
mínimo de 6 (seis) horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo ou,
se na cabine leito, com o veículo estacionado, a cada 72 (setenta e duas)
horas.
r) Em situações
excepcionais de inobservância justificada do limite de jornada, devidamente
registradas, e desde que não se comprometa a segurança rodoviária, a duração da
jornada de trabalho do motorista profissional empregado poderá ser elevada pelo
tempo necessário até o veículo chegar a um local seguro ou ao seu
destino.
s) Nos casos em que o
motorista tenha que acompanhar o veículo transportado por qualquer meio onde
ele siga embarcado e em que o veículo disponha de cabine leito ou a embarcação
disponha de alojamento para gozo do intervalo de repouso diário, esse tempo
será considerado como tempo de descanso.
t) Para o transporte de
cargas vivas, perecíveis e especiais em longa distância ou em território
estrangeiro poderão ser aplicadas regras conforme a especificidade da operação
de transporte realizada, cujas condições de trabalho serão fixadas em convenção
ou acordo coletivo de modo a assegurar as adequadas condições de viagem e
entrega ao destino final.
u) Para o transporte de
passageiros, serão observados os seguintes dispositivos:
I - é facultado o
fracionamento do intervalo de condução do veículo previsto no Código de
Trânsito Brasileiro, em períodos de no mínimo 5 (cinco) minutos;
II - será assegurado ao
motorista intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, podendo ser
fracionado em 2 (dois) períodos e coincidir com o tempo de parada obrigatória
na condução do veículo estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro, exceto
quando se tratar do motorista profissional enquadrado no § 5o
do art. 71 da CLT;
III - nos casos em que o
empregador adotar 2 (dois) motoristas no curso da mesma viagem, o descanso
poderá ser feito com o veículo em movimento, respeitando-se os horários de
jornada de trabalho, assegurado, após 72 (setenta e duas) horas, o repouso em
alojamento externo ou, se em poltrona correspondente ao serviço de leito, com o
veículo estacionado.
v) Convenção e acordo
coletivo poderão prever jornada especial de 12 (doze) horas de trabalho por 36
(trinta e seis) horas de descanso para o trabalho do motorista profissional
empregado em regime de compensação.
x) É permitida a
remuneração do motorista em função da distância percorrida, do tempo de viagem
ou da natureza e quantidade de produtos transportados, inclusive mediante
oferta de comissão ou qualquer outro tipo de vantagem, desde que essa
remuneração ou comissionamento não comprometa a segurança da rodovia e da
coletividade ou possibilite a violação das normas previstas na Lei.
y) É vedado ao motorista profissional dirigir
por mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de transporte
rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte rodoviário de cargas.
w) Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de transporte de carga,
sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção desde que não
ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contínuas no exercício da condução.
z) Serão observados 30 (trinta) minutos para
descanso a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de
passageiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de
direção. Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo
de direção, devidamente registradas, o tempo de direção poderá ser elevado pelo
período necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar
que ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde que não haja
comprometimento da segurança rodoviária.
aa) O condutor é obrigado, dentro do período de 24
(vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de descanso, que
podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir com os intervalos,
observadas no primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas de descanso.
ab) Entende-se como tempo de direção ou de
condução apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao volante, em
curso entre a origem e o destino. Entende-se como início de viagem a
partida do veículo na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como sua continuação as
partidas nos dias subsequentes até o destino.
Ac) O condutor somente iniciará uma viagem após o
cumprimento integral do intervalo de descanso.
Ad) O motorista profissional é responsável por
controlar e registrar o tempo de condução, com vistas à sua estrita
observância. A não observância dos períodos de descanso sujeitará o
motorista profissional às penalidades daí decorrentes, previstas no Código
Brasileiro de Trânsito.
Ae) O tempo de direção será controlado mediante
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por meio de
anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho externo, ou por
meios eletrônicos instalados no veículo, conforme norma do Contran. O
equipamento eletrônico ou registrador deverá funcionar de forma independente de
qualquer interferência do condutor, quanto aos dados registrados. A
guarda, a preservação e a exatidão das informações contidas no equipamento
registrador instantâneo inalterável de velocidade e de tempo são de
responsabilidade do condutor.
Af) Os condutores das categorias C, D e E deverão submeter-se a
exames toxicológicos para a habilitação e renovação da Carteira Nacional de
Habilitação. O exame buscará aferir o consumo de substâncias psicoativas
que, comprovadamente, comprometam a capacidade de direção e deverá ter janela
de detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das normas do Contran. É
garantido o direito de contraprova e de recurso administrativo no caso de
resultado positivo para o exame, nos termos das normas do
Contran. A reprovação no exame terá como consequência a suspensão do
direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses, condicionado o levantamento
da suspensão ao resultado negativo em novo exame, e vedada a aplicação de
outras penalidades, ainda que acessórias. O resultado do exame somente
será divulgado para o interessado e não poderá ser utilizado para fins
estranhos. O exame será realizado, em regime de livre concorrência, pelos
laboratórios credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN,
nos termos das normas do Contran, vedado aos entes públicos:
I - fixar preços para os
exames;
II - limitar o número de
empresas ou o número de locais em que a atividade pode ser exercida; e
III - estabelecer regras de
exclusividade territorial.
Ag) É vedada a cobrança
ao motorista ou ao seu empregador pelo uso ou permanência em locais de espera
sob a responsabilidade de:
I - transportador, embarcador
ou consignatário de cargas;
II - operador de terminais de
cargas;
III - aduanas;
IV - portos marítimos,
lacustres, fluviais e secos;
V - terminais ferroviários,
hidroviários e aeroportuários.
AH) Os locais de repouso
e descanso dos motoristas profissionais serão, entre outros, em:
I - estações
rodoviárias;
II - pontos de parada e de
apoio;
III - alojamentos, hotéis ou
pousadas;
IV - refeitórios das empresas
ou de terceiros;
V - postos de
combustíveis.
Ai) O poder público apoiará ou incentivará, em caráter permanente, a
implantação pela iniciativa privada de locais de espera, pontos de parada e de
descanso.
Aj) O exame toxicológico com janela de
detecção mínima de 90 (noventa) dias de que tratam o art. 148-A do Código de
Trânsito Brasileiro, os §§ 6o e 7o do art.
168 e o inciso VII do art. 235-B da CLT, será exigido:
I - em 90 (noventa) dias, a
contar de 03/03/2015, para a renovação e habilitação das categorias C, D e
E;
II - em 1 (um) ano a partir da
entrada em vigor da Lei, para a admissão e a demissão de motorista
profissional;
III - em 3 (três) anos e 6
(seis) meses a partir da entrada em vigor da Lei, para o disposto no § 2o
do art. 148-A da Lei no 9.503, de 23 de
setembro de 1997;
IV - em 2 (dois) anos e 6
(seis) meses a partir da entrada em vigor da Lei, para o disposto no § 3o
do art. 148-A da Lei no 9.503, de 23 de
setembro de 1997.
OBS: Caberá ao Contran
estabelecer adequações necessárias ao cronograma de realização dos
exames.
Ak) Sem prejuízo dos demais requisitos de controle estabelecidos em
regulamento, é facultada ao Transportador Autônomo de Cargas - TAC a cessão de
seu veículo em regime de colaboração a outro profissional, assim denominado TAC
- Auxiliar, não implicando tal cessão a caracterização de vínculo de
emprego. O Transportador Autônomo de Cargas Auxiliar deverá contribuir
para a previdência social de forma idêntica à dos Transportadores
Autônomos. As relações decorrentes do contrato estabelecido entre o Transportador
Autônomo de Cargas e seu Auxiliar ou entre o transportador autônomo e o
embarcador não caracterizarão vínculo de emprego.
Al) O pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao
Transportador Autônomo de Cargas - TAC deverá ser efetuado por meio de crédito
em conta mantida em instituição integrante do sistema financeiro nacional,
inclusive poupança, ou por outro meio de pagamento regulamentado pela Agência
Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, à critério do prestador do serviço.
As tarifas bancárias ou pelo uso de meio de pagamento eletrônico relativas ao
pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao Transportador Autônomo
de Cargas - TAC correrão à conta do responsável pelo pagamento.
Am) O prazo máximo para
carga e descarga do Veículo de Transporte Rodoviário de Cargas será de 5
(cinco) horas, contadas da chegada do veículo ao endereço de destino, após o
qual será devido ao Transportador Autônomo de Carga - TAC ou à ETC a
importância equivalente a R$ 1,38 (um real e trinta e oito centavos) por
tonelada/hora ou fração. Essa importância será atualizada, anualmente, de
acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC,
calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
ou, na hipótese de sua extinção, pelo índice que o suceder, definido em
regulamento. Para o cálculo do valor será considerada a capacidade total
de transporte do veículo. Incidente o pagamento relativo ao tempo de
espera, este deverá ser calculado a partir da hora de chegada na procedência ou
no destino. O embarcador e o destinatário da carga são obrigados a
fornecer ao transportador documento hábil a comprovar o horário de chegada do
caminhão nas dependências dos respectivos estabelecimentos, sob pena de serem
punidos com multa a ser aplicada pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres - ANTT, que não excederá a 5% (cinco por cento) do valor da
carga.
An) É vedada a
utilização de informações de bancos de dados de proteção ao crédito como
mecanismo de vedação de contrato com o TAC e a ETC devidamente regulares para o
exercício da atividade do Transporte Rodoviário de Cargas."
Ao) Fica permitida, na pesagem de veículos de transporte de carga e de
passageiros, a tolerância máxima de:
I - 5% (cinco por cento) sobre
os limites de peso bruto total;
II - 10% (dez por cento) sobre
os limites de peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias
públicas.
OBS: Os limites de peso bruto
não se aplicam aos locais não abrangidos pelo disposto no art. 2o
do Código de Trânsito Brasileiro, incluindo-se as vias particulares sem acesso
à circulação pública.
Ap) Os
veículos de transporte de cargas que circularem vazios não pagarão taxas de
pedágio sobre os eixos que mantiverem suspensos.
Aq) O
embarcador indenizará o transportador por todos os prejuízos decorrentes de
infração por transporte de carga com excesso de peso em desacordo com a nota
fiscal, inclusive as despesas com transbordo de carga.
Ar) Fica
instituído o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Transporte de Cargas
Nacional - PROCARGAS, cujo objetivo principal é estimular o desenvolvimento da
atividade de transporte terrestre nacional de cargas. O Procargas tem como
finalidade o desenvolvimento de programas visando à melhoria do meio ambiente
de trabalho no setor de transporte de cargas, especialmente as ações de
medicina ocupacional para o trabalhador.
As) Fica
permitida a concessão de Autorização Especial de Trânsito - AET - para
composição de veículos boiadeiros articulados (Romeu e Julieta) com até 25 m de
comprimento, sendo permitido a estes veículos autorização para transitar em
qualquer horário do dia.
Acesse o texto completo da Lei 13.103/2015,
clicando aqui
-
Ministério do Trabalho atualiza profissões na CBO
Publicado em
22/02/2015
às
17:00
Objetivo
da publicação é mapear e inventariar as atividades desempenhadas pelos
profissionais
O
Ministério do Trabalho e Emprego incluiu no Cadastro Brasileiro de Ocupações
(CBO) 14 novas ocupações, com destaque para a inclusão dos profissionais
Condutores de Turismo de Aventura e Condutores de Turismo de Pesca, realizada
em parceira com o Ministério do Turismo e Ministério da Pesca, além da
participação de trabalhadores que exercem a ocupação e entidades responsáveis
pela formação desses profissionais.
A
inclusão de ocupações na CBO permite inventariar as atividades desempenhadas
pelos condutores de turismo, contribuindo diretamente no mapeamento do conjunto
de conhecimentos, habilidades e atitudes mobilizadas para o exercício das
atividades e servirá também para referenciar a capacitação desses
profissionais.
A
atualização da Classificação Brasileira de Ocupações ocorre todo ano e tem como
foco rever descrições mediante incorporação ou supressão de ocupações e
famílias ocupacionais, de acordo com a movimentação do mercado de
trabalho.
Segundo
o secretário de Políticas Públicas de Emprego do MTE, Silvani Pereira, "é
visível que o mercado de trabalho passa por profundas transformações cujas
causas têm natureza variadas, sejam econômica, tecnológica, política, cultural
ou de costume. Estas mudanças - que envolvem entre outros aspectos novos conteúdos,
condições e requisitos para o trabalho - contribuem para o surgimento de
oportunidades de trabalho em novas ocupações", salientou.
As
inclusões ou revisões passarão a ser disponibilizadas na CBO a partir da
segunda quinzena de fevereiro.
Veja a
listagem das profissões que serão incluídas ou alteradas na CBO:
Fiscal
de atividades urbanas
Cerimonialista
Condutor
de máquinas (bombeador)
Condutor
de máquinas (mecânico)
Condutor
de Turismo de aventura
Condutor
de Turismo de pesca
Gerontólogo
Higienista
Ocupacional
Marinheiro
Auxiliar de Convés
Marinheiro
Auxiliar de Máquinas
Mototaxista
Naturólogo
Profissional
de Relações com Investidores
Técnico
em higiene ocupacional
Fonte:
Assessoria de
Imprensa/MTE
-
Ministério do Trabalho lança medidas de combate à informalidade
Publicado em
21/02/2015
às
17:00
Medidas
devem elevar as receitas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do FGTS e da
Previdência Social em R$ 5,2 bilhões até o final deste ano
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vai apertar a fiscalização contra a
informalidade e a sonegação dos valores devidos ao Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS). As medidas foram anunciadas esta manhã pelo ministro Manoel
Dias e devem elevar as receitas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do
FGTS e da Previdência Social em R$ 5,2 bilhões até o final deste ano.
"Mesmo
que tenhamos hoje mais de 50 milhões de pessoas empregadas formalmente e isso é
uma grande conquista dos últimos 12 anos, ainda temos 14 milhões de
trabalhadores em situação irregular, que não tem acesso aos seus direitos
básicos. Isso representa uma sonegação de R$ 80 bilhões por ano à Previdência e
ao FGTS, que nós temos que combater pelo bem do trabalhador, tanto na questão
dos direitos quanto da saúde dos fundos", explicou Manoel Dias.
De
acordo com ele, os Auditores Fiscais do Trabalho, em todo País, estão dando
início à fase 2 do Plano Nacional de Combate a Informalidade dos Trabalhadores
Empregados. Ao longo dos últimos seis meses, o MTE trabalhou na preparação
desta ação, com a melhoria dos sistemas informatizados, a criação de novas
ferramentas de fiscalização, a capacitação dos agentes e a organização de um
plano de fiscalização por estado. "Cada estado tem pelo menos uma equipe pronta
e com metas a perseguir, a partir de hoje", continuou.
As
ações de fiscalização contra a informalidade acontecem "in loco" nas empresas e
tiveram como ponto de partida o mapa da informalidade no País, desenhado a
partir da Pnad 2013 e do Censo do IBGE. Uma campanha informativa já foi
realizada nos 537 municípios onde as pesquisas apontaram maior informalidade.
Pelo menos 554 mil empresas foram notificadas por mala direta. As regiões Nordeste
e Sudeste, que tem os maiores índices de informalidade, devem ganhar atenção
especial.
A
expectativa é tirar da informalidade mais de 400 mil pessoas nessa fase dos
trabalhos. Um grande número de trabalhadores também deve ser formalizado a
partir da repercussão das ações de fiscalização. O cálculo é de que esse
resultado gere um aumento de receita de R$ 2,529 bilhões para o FGTS e
Previdência Social, se levado em consideração o rendimento médio do trabalhador
e os porcentuais de desconto do fundo (8%) e da Previdência Social (27,5%). O
valor sonegado por empregado, por ano, chega a R$ 6,3 mil.
Valor
da multa
- Nas próximas semanas, o ministro deve
encaminhar à presidenta Dilma Rousseff um pedido para que o governo eleve o
valor da multa para o empregador que deixa de registrar em carteira o
trabalhador. "Essa multa está defasada há 20 anos", reclama Manoel Dias.
Segundo ele, o valor de R$ 402,53 por trabalhador sem carteira assinada não
assusta o sonegador, que muitas vezes prefere arriscar e manter os
trabalhadores irregulares.
Fiscalização
eletrônica
- Os Auditores Fiscais do Trabalho
também deflagram a partir desta semana a terceira etapa do Programa de
Fiscalização Eletrônica, diretamente nas informações prestadas pelas empresas.
A meta é recolher e notificar um valor superior a R$ 2,6 bilhões e garantir que
os volumes devidos aos trabalhadores também sejam depositados nas contas
vinculadas.
O
projeto de fiscalização eletrônica teve início ainda em 2013, com projetos
pilotos em quatro estados. Em 2014, 750 auditores fiscais foram capacitados e a
estrutura de equipamentos de informática foi modernizada para permitir a
execução da tarefa em todo o País. "Com essa ferramenta o auditor fiscaliza e
emite as notificações sem sair do ministério. Elevamos significativamente o
alcance das ações e ainda economizamos com deslocamento e diárias de viagem",
acrescentou Manoel Dias.
O MTE
avalia que a sonegação média do FGTS pelas empresas é de 7% ao ano. Isso
representa R$ 7,3 bilhões se levado em consideração que a arrecadação do Fundo
no ano passado foi de R$ 104,5 bilhões. "Nós vamos em busca dessa diferença, e
esperamos ultrapassar a meta de R$ 2,6 bilhões, já que temos a recolher FGTS
não apenas do ano passado", complementou o ministro.
Fonte:
Assessoria de Imprensa/MTE
-
Melhore sua pontualidade com estas 6 dicas simples
Publicado em
21/01/2015
às
17:00
Muitas pessoas parecem que sofrem da Síndrome
do Coelho da Alice: aquele que está sempre atrasado, passando correndo falando
"já é tarde! Já é tarde". Muitas delas se programam horas antes do horário de
partida, mas mesmo assim conseguem se atrasar.
Quem não conhece alguém assim? Um amigo que
nunca chega nos encontros na hora, um colega de trabalho que sempre atrapalha a
reunião ao chegar depois que ela começou, um familiar que sempre sai correndo
de casa porque está atrasado para uma consulta médica?
E você, também é assim? É o tipo de pessoa que
sempre chega atrasado tanto em eventos pessoais quanto profissionais? Saiba que
isso é extremamente problemático, principalmente no ambiente de trabalho.
Os riscos de não ser
pontual
Muitas pessoas acham que encrencar com a
pontualidade é coisa de quem é exigente demais, mas na verdade não é bem assim.
Como no exemplo que demos acima: se você chega atrasado sempre para uma
reunião, sua chegada pode causar a interrupção da concentração de outros
membros. Sem contar que decisões importantes que dependeriam do seu voto foram
decididas sem você. Claro que imprevistos acontecem, mas isto não pode se
tornar corriqueiro.
Imprevistos podem
acontecer - a falta de aviso não
Se o seu atraso é devido a algum imprevisto,
tenha a cortesia de avisar a quem está te esperando que ocorreu algum problema.
Muitas vezes não é preciso entrar em detalhes, mas ter o respeito de avisar que
não irá chegar no horário marcado é essencial, principalmente no ambiente
profissional.
Assim, caso seus colegas de equipe estejam
esperando por você para uma reunião, por exemplo, podem começá-la pelos pontos
em que sua participação não seja essencial, ao invés de perder 30, 40 minutos
apenas esperando você chegar. É uma questão de consideração e respeito pelos
seus colegas.
Dicas para ser pontual
Então, você é um portador da Síndrome de
Coelho da Alice? Então vamos te ajudar com 7 dicas para ser mais pontual.
1. Mude sua postura
O início dessa síndrome começa com a postura
no primeiro atraso. "15 minutinhos não são um problema, é um atraso normal".
Não, não é normal. É um erro e como tal deve ser encarado assim. Alguns chegam
até mesmo a fazer piadas com o atraso. Isso faz com que você não seja visto
como um profissional sério. E a partir do momento que você encara isso como
erro, irá realmente correr atrás para consertar.
2. Seja realista
Não adianta você achar que é possível falar ao
telefone, tomar café da manhã e checar e-mails ao mesmo tempo e que isso fará
com que você seja mais rápido. Não adianta achar que é possível agendar três
reuniões para a parte da manhã se cada uma delas demora mais de duas horas.
Conte sempre com alguns minutos a mais em cada atividade, para ter certeza de
que uma não irá influenciar na seguinte. Seja consciente sobre suas atividades.
3. Saiba dizer "não"
Muitas vezes o atraso vem daquele "encaixe" em
alguma atividade que você tem medo de dizer "não" para quem pediu. Um dos
principais motivos para atraso são pessoas que querem fazer diversas tarefas ao
mesmo tempo. Por isso, não tente encaixar achando que você pode correr com uma
atividade para dar conta de outra.
4. Defina prioridades
O que deve ser feito primeiro? O que pode
ficar para outra hora? Analise o que no seu dia é importante ser feito agora. É
o primeiro passo. Outro ponto é o que veremos em seguida.
5. Faça listas e elimine
o que não é necessário no momento
Anote o que é prioridade e o que não é, mas
deve ser feito. Uma boa dica é fazer 4 categorizações distintas com o que é:
Prioridade e Urgente; Prioridade e Não Urgente; Não Prioridade e Urgente e Não
Prioridade e Não Urgente. Sempre olhe essa lista para definir a ordem de tarefas
do seu dia.
Sabe este último tópico da lista? "Não
Prioridades e Não Urgente"? Muitas vezes ali são encontradas tarefas
desnecessárias ou que não precisam ser feitas ao longo dos próximos dias. Por
exemplo comprar algum item que não é necessário no momento. Deixe-o para um dia
mais tranquilo, que não tenha outras atividades que sejam prioridade.
6. Trabalhe a
procrastinação
Um problema muito comum em quem atrasa é a
procrastinação. É tirar aqueles minutinhos para "relaxar" e só começar as
tarefas necessárias perto do deadline. Isso é perigoso. Por exemplo, enviar um
e-mail importante: se a internet falhar, ou se a energia cair, você poderá
ficar na mão e atrasar o envio. Por isso se eduque para não procrastinar.
Então, gostou das dicas? Você é um portador da
Síndrome do Coelho da Alice? Já passou por algum momento constrangedor por
isso? Conte para a gente!
Fonte:
Blog Sage One.
-
Escassez de talentos prejudica 'startups' brasileiras
Publicado em
12/01/2015
às
17:00
Ricardo Ramos, um empresário do setor de
tecnologia, estava desesperado para contratar um especialista em mineração de
dados para sua empresa, em São Paulo, que desenvolve software de comparação de
preços usado por varejistas da internet.
Após meses de busca, ele contratou um
prestador de serviços que trabalha de casa - na Bulgária. Ramos, que é
diretor-presidente da Precifica, diz que preferia ter contratado alguém
localmente, mas não conseguiu encontrar, no Brasil, um profissional com a
qualificação necessária e que aceitasse receber o que sua empresa novata tinha
condições de pagar.
No Brasil, "temos dificuldade para encontrar
alguém com esse conhecimento", diz Ramos. "O mais difícil para nós é contratar
pessoas" talentosas.
O Brasil é um dos maiores mercados mundiais de
internet. É o país com o quinto maior número de usuários no mundo e ocupa o
terceiro lugar quanto ao tempo gasto na web. Além disso, existem aqui várias
empresas voltadas para mídia social, publicidade on-line, comércio eletrônico e
outros negócios de internet. Mas os empresários por trás desses empreendimentos
dizem que o Brasil enfrenta uma escassez de talentos que limita a capacidade de
crescimento das empresas.
No Brasil, 63% de todos os empregadores têm
dificuldade para preencher vagas disponíveis, comparado com uma média global de
36%, segundo uma pesquisa que a firma de recursos humanos ManpowerGroup Inc.
fez em 2014. As empresas de tecnologia que buscam engenheiros especializados
estão entre as mais afetadas por esse cenário.
A escassez de talentos desafia centros de
tecnologia em todo o mundo. O problema, porém, é especialmente grave no Brasil,
que forma relativamente poucos engenheiros em ciência da computação quando
comparado ao tamanho do mercado.
O precário sistema educacional do país é o
principal motivo, dizem executivos. Apenas 12% dos brasileiros entre 25 e 34
anos concluíram a faculdade, de acordo com os dados mais recentes da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Em comparação, mais
de 40% dos americanos e 65% dos sul-coreanos nessa faixa etária têm nível
superior.
Além disso, o setor incipiente de novas firmas
de tecnologia no Brasil produziu até agora poucas grandes empresas que pagam
salários altos como os do Vale do Silício. Muitos dos profissionais formados em
ciências da computação no país preferem a garantia de um salário anual entre R$
220 mil e R$ 250 mil no setor petrolífero, por exemplo, do que uma remuneração
menor numa "startup" complementada com opções de ações, diz Marco Demello,
empreendedor da área de tecnologia.
"As pessoas não podem dizer: 'Conheço um cara
que conhece um cara que ganhou milhões.' Isso não existe aqui", diz Demello,
diretor-presidente do Grupo Xangô SA, do Rio de Janeiro, que é dono de uma
empresa que desenvolve software de segurança e de outras startups. Demello
tentou por seis meses preencher quatro vagas para desenvolvedores de software
para o sistema Android.
Muitos jovens brasileiros buscam oportunidades
no exterior, reduzindo ainda mais a oferta de talentos. O mineiro Fernando
Drumond se mudou para a Espanha para estudar ciências da computação e design
gráfico. Depois de se formar, permaneceu no país para um mestrado em tecnologia
na Universidade Oberta da Catalunha, em Barcelona. Hoje com 28 anos, ele é
programador de jogos on-line em uma empresa na cidade espanhola. Segundo ele,
seu salário anual de quase R$ 140 mil é mais do que ganharia no Brasil e seu
dinheiro rende mais na Espanha.
"O Brasil é o mercado com o maior número de
usuários, mas a infraestrutura [na Espanha, incluindo a velocidade da banda
larga] é melhor [e] os custos da tecnologia e dos equipamentos são menores",
diz ele. "Viver no Brasil também é mais caro."
A escassez de talentos na área de tecnologia
no Brasil vai além das startups e atinge grandes empresas como o Google Inc. O
gigante americano emprega 100 engenheiros no seu centro de desenvolvimento de
pesquisa, em Belo Horizonte. A empresa gostaria de dobrar esse número, mas está
crescendo bem lentamente porque não há muitos grandes talentos disponíveis no
país, diz Berthier Ribeiro-Neto, que dirige o centro de pesquisa.
Embora o Google possa pagar salários mais
altos do que as pequenas firmas brasileiras de tecnologia, "é uma questão de
densidade", diz Ribeiro-Neto. Ele acrescenta que o Brasil tem somente nove
cursos universitários em ciências da computação que são considerados de alto
nível, e não possui outros cursos fortes no nível intermediário, como ocorre
nos Estados Unidos.
Para lidar com essa falta de talentos, o
Google pretende trabalhar em parceria com a Universidade Federal de Minas
Gerais para contratar estudantes que serão treinados no seu centro de pesquisa.
Neste ano, a empresa espera abrir, em Minas Gerais, um de seus famosos Google
Campuses, espaço que oferece orientação a empreendedores de tecnologia e que
também facilita contatos profissionais.
Embora as startups não possam equiparar os
salários pagos pelo Google, algumas estão tentando imitar partes do seu
ambiente de trabalho. Gerentes da Samba Tech, uma empresa de Belo Horizonte de
distribuição de vídeos on-line, instalou videogames, uma mesa de sinuca e outra
de pebolim no escritório para criar um ambiente descontraído que ajude a atrair
mais profissionais locais.
Outras, porém, estão buscando alternativas. A
Betalabs, de São Paulo, está cogitando terceirizar algumas tarefas de
tecnologia para profissionais na Índia, diz Luan Gabellini, um dos fundadores
da empresa, que desenvolve software para áreas como contabilidade e gestão de
armazéns.
Fonte:
Jornal Contábil / Wall Street Journal.
-
Portaria interministerial regulamenta exposição ao fumo no local de trabalho
Publicado em
21/12/2014
às
17:30
Ministério
do Trabalho e Saúde assinam portaria que protege trabalhador
O ministro interino do Trabalho e Emprego, Nilton
Fraiberg Machado, participou da assinatura da portaria interministerial
que regulamenta as medidas de proteção aos trabalhadores expostos ao fumo
durante o exercício da profissão. O ato ocorreu na sede do Ministério da Saúde
e contou com a presença do ministro da Saúde, Arthur Chioro, e de autoridades
ligadas à Vigilância Sanitária.
De acordo com a portaria, os estabelecimentos
comerciais destinados especificamente à comercialização de produtos fumígenos e
os ambientes fechados onde o fumo será permitido - tabacarias, locais de
pesquisas e sets de filmagens - precisarão se adequar para atender às regras da
Lei Antifumo (Lei 12.546/11), em vigor desde 03/12/2014). Esses locais deverão
possuir uma área exclusiva para o consumo, com sistema de ventilação por
exaustão capaz de reduzir o acúmulo de emissões de fumaça no seu interior e
evitar a contaminação dos demais ambientes. Nesses ambientes, não será
permitida a venda e fornecimento de alimentos e bebidas. Os fumantes, no
entanto, poderão levar para o interior do local o que forem consumir.
A portaria também exige que o sistema de ventilação
deverá ser mantido em operação após a desocupação e desativação da área
exclusiva, sendo desligado automaticamente, para exaurir os resíduos e odores
que possam permanecer no ambiente fechado. Os revestimentos, pisos, tetos e
bancadas dessas áreas deverão ser resistentes ao uso de desinfetantes, com o
menor número possível de ranhuras ou frestas. O mobiliário deve ser de material
não combustível, de fácil limpeza e que minimize a absorção das partículas. Os
serviços de limpeza e de manutenção das instalações e equipamentos só poderão
ser feitos somente quando os locais não estiverem em funcionamento.
"Queremos garantir o direito do trabalhador que não
fuma em não ser um fumante passivo. Estamos elaborando uma instrução normativa,
que irá guiar nossos auditores a fiscalizarem esses ambientes. Todos têm a
ganhar com essa medida", disse Nilton.
O que diz a lei
- Pela Lei Antifumo, é
proibido fumar em local, público ou privado, que seja acessível ao público
geral ou de uso coletivo, total ou parcialmente fechado. Isso inclui áreas com
toldos, divisórias, teto, ou parede em qualquer um dos lados. Não será mais
permitida a existência de fumódromos. Os estabelecimentos já existentes terão o
prazo máximo de 180 dias, após a publicação da portaria, para se adaptarem às
normas. O descumprimento constitui infração de natureza sanitária com previsão
de multa que varia de R$ 5 mil a R$ 1,5 milhão em caso de desrespeito às normas
sanitárias.
Fonte:
Assessoria de Imprensa/MTE
-
"Lista Suja": Cadastro de Empregadores - Trabalho Escravo
Publicado em
21/12/2014
às
16:00
Cadastro de Empregadores denuncia empregadores que
tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de trabalho escravo
O Concurso de Boas Práticas da Controladoria Geral
da União (CGU) premiou a iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego
que expõe os empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições
análogas ao do trabalho escravo. A chamada "Lista Suja" do Trabalho Escravo foi
uma das vencedoras na categoria "Promoção da Transparência". O prêmio foi
entregue ao ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, em solenidade
comemorativa ao Dia Internacional Contra a Corrupção.
"O que queremos é fazer do Ministério do Trabalho e
Emprego um órgão que resgate a cidadania do brasileiro e o trabalho contra a
corrupção, em favor da transparência pública, faz parte disso", destacou dias
ao receber a premiação. O ministro coordena um amplo programa de modernização
do órgão, que prevê a digitalização de todos os serviços voltados ao cidadão
até o final do ano. A "Lista Suja" permite que o cidadão consulte, via
internet, se uma empresa foi autuada por oferecer condições de trabalho
análogas às da escravidão.
O Cadastro Nacional de Empregadores que tenha
submetido trabalhadores a condição análoga à de escravo foi instituído pela
Portaria Interministerial N.º 2, de 12 de maio de 201. Nele são inclusos o nome
do infrator flagrado após decisão administrativa final relativa ao auto de
infração, lavrado em decorrência de ação fiscal, em que tenha havido a
identificação de trabalhadores submetidos a condições análogas à de escravo. O
Cadastro possui atualmente 609 (seiscentos e nove) nomes de empregadores
flagrados na prática ilegal, sejam pessoas físicas ou jurídicas. Desse total, o
estado do Pará apresenta o maior número de empregadores inscritos na lista,
totalizando cerca de 27%, sendo seguido por Minas Gerais com 11%, Mato Grosso
com 9% e Goiás com 8%. A pecuária constitui a atividade econômica desenvolvida
pela maioria dos empregadores (40%), seguida da produção florestal (25%), agricultura
(16%) e indústria da construção (7%).
Os procedimentos de inclusão e exclusão são
determinados pela Portaria Interministerial MTE/SDH nº. 2/2011, a qual dispõe
que a inclusão do nome do infrator no Cadastro ocorrerá após decisão
administrativa final relativa ao auto de infração, lavrado em decorrência de
ação fiscal em que tenha havido a identificação de trabalhadores submetidos ao
"trabalho escravo". Por sua vez, as exclusões derivam do monitoramento, direto
ou indireto, pelo período de 2 (dois) anos da data da inclusão do nome do
infrator no Cadastro, a fim de verificar a não reincidência na prática do
"trabalho escravo", bem como do pagamento das multas decorrentes dos autos de
infração lavrados na ação fiscal.
Fonte:
Assessoria de Imprensa/MTE
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Trabalho mesmo, só na metade do expediente, diz pesquisa
Publicado em
29/11/2014
às
17:00
Reuniões
desnecessárias, excesso de e-mails e falta de processos estão entre os
problemas que tomam o tempo de funcionários
Profissionais gastam menos de 50% do seu tempo no ambiente do trabalho com
tarefas inerentes à sua ocupação, de acordo com uma pesquisa realizada com dois
mil funcionários de empresas, feita pelas companhias AtTask, desenvolvedora de
software de gestão, e Harris Interactive, de pesquisa de mercado. Isto
significa que mais da metade das horas no escritório são gastas fazendo outras
coisas. No estudo, os colaboradores relatam que a outra parte do tempo é gasta
com reuniões inúteis, interrupções, conversas por e-mail e tarefas
administrativas, dentre outras atividades.
- Dê
uma olhada na folha de pagamento dos seus funcionários: é um tempo improdutivo
bastante caro
-diz
Catherine Clifford, porta-voz do site Entrepreneur.com, ressaltando que a baixa
produtividade dos funcionários traz grandes prejuízos para os empregadores.
Fonte: O Globo.
-
Créditos previdenciários e cooperativas de trabalho
Publicado em
14/11/2014
às
15:00
As empresas que contratam para seus funcionários
serviços prestados por cooperativas de trabalho (de assistência médica,
transporte e outras) poderão restituir ou compensar créditos previdenciários,
recolhidos indevidamente aos cofres do INSS. Segundo recente decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF), é inconstitucional o pagamento de 15% sobre o valor
bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviço.
Como muitas
empresas contratam cooperativas - principalmente de planos de saúde - para seus
funcionários, a decisão representa um importante caminho na busca da
compensação de créditos devidos à Previdência Social para diversas companhias
que atuam no território nacional. Segundo o Supremo, somente lei complementar
poderia instituir a cobrança, ou alterar a fonte arrecadadora, em face do que
dispõe respectivamente os artigos 195, parágrafo 4.º e 154, I da Constituição
da República. Segundo tais dispositivos, a lei ordinária não pode criar outras
fontes destinadas a sustentar a seguridade social, quando isto representar o
estabelecimento de uma nova modalidade de tributo.
O precedente foi
lavrado nos autos do Recurso Extraordinário 595.838, em abril deste ano.
Segundo o relator do recurso, ministro Dias Toffoli, uma lei ordinária
modificou a fonte arrecadadora do tributo, que deixou de ser a própria
cooperativa, passando para a própria empresa contratante. Isso onerou
demasiadamente a carga tributária das empresas sem a existência de uma
correspondente lei complementar para este fim. Entretanto, a situação parece
estar prestes a um revés.
Não bastasse isto,
a própria base de cálculo utilizada para a arrecadação ao INSS não guarda a
devida coerência: a incidência da alíquota de 15% sobre "o valor bruto da nota
fiscal" acaba fazendo com que o tributo incida não apenas sobre o valor líquido
que será recebido pelo cooperado, como também acaba por incluir despesas de
administração impostas pela própria cooperativa, sem qualquer relação direta
com o serviço prestado. Muito embora a decisão do Supremo tenha sido exarada em
um processo específico, não tirando do ordenamento jurídico o inciso IV do
artigo 22 da Lei 8.212/91, tido como inconstitucional, agora as empresas podem
se valer desse precedente favorável para discutir judicialmente o pagamento,
suspendendo a exigibilidade do tributo e pleiteando a restituição ou
compensação dos valores pagos nos últimos cinco anos.
A decisão ainda é
recente, mas ao que tudo indica, a jurisprudência tende a seguir a orientação
dada pelo Supremo, até porque, tendo o julgamento ocorrido em plenário e o voto
do relator sido acompanhado pela unanimidade dos ministros, é muito pouco
provável que esse entendimento venha a mudar, para outras ações sobre o mesmo
tema, que eventualmente cheguem até a corte. Diante das ações que tendem a surgir,
é possível que a União venha a reconhecer futuramente a inconstitucionalidade
da contribuição, alterando o texto da lei ou até mesmo voltando a cobrança à
própria cooperativa; no atual cenário, é impossível saber. O fato é que -
utilizando um jargão das lutas de boxe - na incessante disputa do governo pela
elevação da carga tributária, as empresas parecem ter finalmente ganhado o
primeiro assalto.
Fonte: Danilo Pieri Pereira -
Sócio responsável pela área de Direito Previdenciário do escritório Baraldi-Mélega.
dpereira@baraldimelega.com.br
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FERIADO: Agências da Previdência Social estarão fechadas nesta terça-feira (28/10/2014)
Publicado em
26/10/2014
às
14:00
Na data é comemorado o Dia do Servidor Público
As Agências da Previdência Social estarão
fechadas nesta terça-feira (28/10/2014) devido ao feriado pelo Dia do Servidor
Público. Assim o cidadão que precisar entrar em contato com a Previdência
Social poderá ligar para a Central 135 que vai funcionar normalmente.
A Central 135 funciona das 8h às 23h, de
segunda a sábado, nos estados que adotaram o horário de verão. Nas demais
unidades da federação continua em vigor o horário de 7h as 22h.
O atendimento pela internet também não sofrerá
qualquer alteração. Na Agência Eletrônica, o segurado pode agendar o
atendimento nas agências para requerer benefícios ou outros serviços
previdenciários, fazer simulações e obter informações. Quem não é inscrito na
Previdência Social também pode fazer sua inscrição no Portal. Acesse aqui a Agência Eletrônica e confira a lista
de serviços disponíveis ao cidadão.
Fonte: Ascom/MPS
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Justiça condena empresa que se mudou, deixando para trás dívidas
Publicado em
11/10/2014
às
17:00
Uma indústria de
plásticos de Pato Branco que se mudou para o município de Palmeira, a 350 km de
distância, deixando para trás dívidas trabalhistas, previdenciárias e de FGTS,
foi condenada a pagar indenização de R$ 50 mil por danos morais coletivos a
seus ex-funcionários.
A sentença, da qual cabe recurso, é do juiz Sandro
Antonio dos Santos, da 1ª Vara do Trabalho de Pato Branco, em ação civil
pública movida pela Procuradoria do Trabalho no município.
Ficou comprovado no processo que em maio de 2013 a
empresa Plásticos Gralha Azul se transferiu para o município de Palmeira com o
nome de Reciclados Grandes Lagos Máquinas e Polímeros Ltda. No entanto, deixou
de fazer o pagamento das verbas rescisórias aos seus empregados e não efetuou o
depósito dos valores descontados a título de FGTS e contribuições previdenciárias,
informando que quem quisesse receber deveria recorrer à Justiça do Trabalho.
Após recebimento de denúncia, a Procuradoria do
Trabalho de Pato Branco constatou a existência de 42 ações trabalhistas movidas
por empregados da empresa. Várias ações haviam sido encerradas por acordos na
Justiça, não cumpridos. Também foi identificada a existência de débitos
previdenciários apurados em processos junto à Receita Federal.
Para o juiz Sandro Antonio dos Santos "as
despedidas efetuadas pelas empresas, sem o cumprimento dos deveres rescisórios,
caracterizam conduta ilícita extremamente grave, capaz de impedir o amparo aos
trabalhadores e a diminuição dos efeitos drásticos do desemprego". Na decisão,
o magistrado lembrou que é um ilícito penal violar os dispositivos legais que
determinam o recolhimento dos valores destinados ao financiamento da seguridade
social.
O pagamento das verbas rescisórias deverá ser
efetuado nos prazos da CLT, e as contribuições previdenciárias depositadas
mensalmente. A sentença ainda dispõe que a empresa não determine, não
condicione, não oriente nem induza os empregados a recorrer à Justiça do
Trabalho para quitação dos débitos trabalhistas, sob pena de aplicação da multa
de R$ 5 mil por trabalhador lesado.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho - 9ª
Região.
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Lançada Certidão Eletrônica de Débitos Trabalhistas
Publicado em
28/09/2014
às
15:00
O
ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, lançou nesta quarta-feira (24/09/2014), em
Brasília, mais uma ferramenta visando à modernização dos serviços prestados
pela instituição. Trata-se da Certidão Eletrônica de Débitos Trabalhistas
(CEDIT).
Com a
nova ferramenta os empregadores que eventualmente necessitarem do documento não
precisam mais se deslocar até uma unidade descentralizada do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) para requerê-lo bastando tão somente acessar o link
http://consultacpmr.mte.gov.br/ConsultaCPMR/
<http://consultacpmr.mte.gov.br/ConsultaCPMR/> para obtê-lo em
tempo real.
Para
Manoel Dias, o novo procedimento, "além de um avanço enorme contra a burocracia
e mais um passo rumo à modernização dos serviços prestados pelo MTE", representa
também um progresso no tocante "à redução do custo Brasil" uma vez que os
servidores que hoje fazem o serviço de emissão da Certidão - que em algumas
Superintendências representa cerca de 50% do total dos servidores lotados no
Setor de Multas e Recursos - serão direcionados para a realização de outras
atividades.
Mudança
-
A Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas era emitida, manualmente, nas
unidades regionais do MTE e o interessado tinha que se deslocar até uma delas
para obter o documento. Além disso, a certidão levava cerca de 15 dias para ser
entregue e tinha prazo de validade que variava de acordo com cada regional. Ao
fim do prazo que era determinado através de portaria do Superintendente do
Trabalho e Emprego, o interessado tinha que realizar todo o procedimento
novamente para obter nova certidão.
A
partir de agora, a Certidão Eletrônica de Débito Trabalhista tem entrega
imediata e leva apenas alguns segundos para a realização das pesquisas nos
bancos de dados e geração do documento, e em tempo real. Exigido em
processos de licitação o documento pode ser acessado por qualquer cidadão que
terá que informar apenas o CNPJ da empresa.
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
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Como trabalhar nos Países do Mercosul
Publicado em
15/09/2014
às
17:00
Ministério do
Trabalho e Emprego lançou um guia dirigido para os trabalhadores que desejarem
trabalhar nos países do Mercosul.
Acesse o guia completo,
aqui
.
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Aumenta multa por não contratação de portadores de deficiência
Publicado em
15/09/2014
às
13:00
O
Ministério da Previdência Social e da Fazenda publicaram a Portaria
Interministerial MPS/MF nº 19 que, além de reajustar os valores dos benefícios
pagos pela Previdência Social, reajustou também os valores das multas
aplicáveis em caso de descumprimento da cota de pessoas com deficiência, para
as empresas com 100 ou mais empregados.
De
acordo com a nova regra, o valor da multa passou a ser de R$ 1.812,87 por
trabalhador que deixar de ser contratado, até o limite de R$ 181.284,63.
"Como
se vê, os valores são expressivos e impactam no caixa das empresas que, como já
é de conhecimento público, têm dificuldades em cumprir a cota legal", afirma a
especialista em Direito do Trabalho do Mesquita Barros Advogados, Cibele Paula
Corredor.
A
advogada lembra que o artigo 93 da Lei 8.213/91, obriga as empresas com 100 ou
mais empregados a contratar pessoas com deficiência em percentuais que variam
de 2 a 5% do número total de empregados.
Cibele
explica que a grande maioria das empresas não tem logrado êxito em atingir o
número exigido pela legislação. "E embora o Ministério do Trabalho e Emprego
não tenha competência para fiscalizar e atuar com base em lei previdenciária,
tem feito um intenso trabalho de fiscalização, lavrando os respectivos autos de
infração quando a empresa não consegue cumprir a cota", diz.
"No
entanto, em muitos casos o Poder Judiciário tem anulado estas autuações quando
a empresa consegue comprovar que realizou todos os esforços necessários para a
contratação, mas que não obteve sucesso por razões alheias à sua vontade, como
a ausência de pessoas com deficiência habilitadas no mercado", argumenta.
A
fim de demonstrar sua boa-fé e tentar evitar autuações, a especialista
aconselha que as empresas mantenham um acervo com a documentação comprobatória
dos esforços empreendidos na busca por profissionais com deficiência, tais como
anúncios em jornais e sites, parcerias com empresas especializadas na
contratação de portadores de deficiência, cartazes etc, e que leve estes
documentos ao conhecimento do Ministério do Trabalho e Emprego por ocasião de
eventual fiscalização.
"E,
no caso de lavratura de autos de infração, a empresa não deve se eximir do seu
direito de defesa, apresentando os recursos cabíveis. Se a autuação for
mantida, a empresa deve socorrer-se do Poder Judiciário, a fim de buscar a
anulação do ato administrativo
Fonte:
Business Editora Publicação de Informativos.
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A empresa e assédio entre funcionários
Publicado em
06/09/2014
às
17:00
Conforme definição que consta no site do Ministério
Público do Trabalho da 2ª Região (SP), "o assédio moral, que não tem
necessariamente uma conotação sexual, pode se caracterizar através de condutas
abusivas e reiteradas de origem externa ou interna à empresa ou instituição,
que se manifestam em particular mediante comportamentos, palavras, atos
intimidatórios, gestos, maneiras de organizar o trabalho ou escritos
unilaterais, que tenham por objeto ou possam danificar a personalidade, a
dignidade ou a integridade física ou psíquica de um trabalhador no desempenho
de suas funções, colocando em perigo seu emprego ou criando um ambiente
intimidatório, hostil, degradante ou ofensivo". Apesar de ainda não
existir legislação tipificando o assédio moral, a doutrina e a jurisprudência
já estabeleceram os seus conceitos e punições para os ofensores, incluindo as
empresas.
Em relação à prática do assédio moral, os conceitos
se amplificam e encontramos o assédio moral vertical descendente, praticado
pelo empregador contra o empregado; o assédio moral vertical ascendente
praticado pelos empregados contra o empregador e o assédio moral horizontal,
cometido entre empregados do mesmo nível hierárquico.
Questiona-se se a empresa deverá ser
responsabilizada pelo assédio moral praticado entre seus empregados. A prática
desta modalidade de assédio moral não é tão rara quanto se possa imaginar, vez
que as relações entre empregados de uma mesma empresa podem ser tão conturbadas
a ponto de causar problemas ao empregador, não apenas de tumultos e
instabilidades no ambiente de trabalho, causando a baixa produtividade, mas sim
culminarem em pleitos de indenização na Justiça.
Detectando a empresa qualquer forma de agressão
psicológica entre os seus colaboradores, deverá de imediato se posicionar e
fazer valer o seu poder diretivo e de comando de modo a coibir atitudes como
estas. E a jurisprudência tem enfatizado que para a configuração do assédio
moral horizontal não basta a mera desavença de ordem pessoal entre os
empregados, devendo estar presente a violência psicológica de grande
intensidade e contínua, causando prejuízos de ordem psíquica ao assediado. As
decisões dos tribunais trabalhistas têm seguido o entendimento de que a inércia
injustificável do empregador em determinar que o assediador se exima de
imediato em continuar com as agressões, acarreta à empresa a obrigação de
indenizar o assediado, que muitas vezes não tem meios de isoladamente conter o
assédio.
E tais decisões judiciais também mencionam a
responsabilidade que tem o empregador pela integridade psicológica e física dos
seus empregados, que diante do assédio sofrido têm sua honra lesada, causando
na maioria das vezes um desequilíbrio emocional que pode vir a acarretar sérios
problemas de saúde. Se o empregador, após tomar ciência do assédio, mantiver-se
inerte, a justa causa reverte-se ao empregador, ensejando motivos para uma
rescisão indireta do contrato de trabalho, de iniciativa do empregado
assediado, além de ter o dever de repará-lo pelo dano moral sofrido.
E aqui vale destacar trecho de recente julgado do
Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região de relatoria do Ilustre
Desembargador Francisco de Assis Carvalho e Silva: "Afinal, a ninguém é
dado tratar o semelhante de maneira grosseira, com gritos, palavrões,
xingamentos, nem mesmo a pretexto de exigir produção maior no trabalho ou
melhoria na feitura de algum trabalho realizado. Aceitar tal prática é anuir
com a degradação das relações humanas, especialmente no ambiente do trabalho.
Lembro que o assédio ocorre, na relação de emprego, não apenas de forma
ascendente ou descendente, mas igualmente de modo horizontal." (TRT-13ª R.
- RO 71100-92.2012.5.13.0006 - DJe 19.04.2013 - p. 17)
Torna-se cada vez mais comum as empresas
estabeleceram regras de tratamento, bem como punição, cumprindo seu dever de
manter um meio ambiente de trabalho saudável e equilibrado, o que impacta de
forma positiva na produção. Fixar estas regras e estabelecer um canal de
comunicação com a área de RH, por exemplo, para que sejam recebidas denúncias
sobre qualquer tipo de assédio entre seus empregados, é uma forte evidência de
que o empregador está se preocupando com o assunto e que adotará medidas
punitivas em face dos agressores. E a adoção pela empresa desta política de
relacionamento, poderá ser comprovada em defesa da empresa perante a Justiça do
Trabalho nas demandas requerendo indenização decorrente de assédio moral
praticado pelos seus empregados em face de outros colegas de trabalho.
Por
Marcia Bello é especialista em relações do trabalho do Sevilha, Arruda
Advogados.
Fonte: DCI
- SP
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Desafio do departamento de RH é reter talentos
Publicado em
03/09/2014
às
15:00
De departamento gerenciador da folha de pagamento e
responsável pelas contratações e desligamentos, a área de Recursos Humanos (RH)
passa hoje, na prática, por forte transição. Tema de vários eventos e debates
nos últimos anos, o setor agora começa a ser responsável pela organização e o
desenvolvimento das lideranças corporativas, especialmente no momento em que a
geração Z chega ao mercado.
Para a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos
(ABRH-Nacional) Elaine Saad, o cenário de estabilidade no nível de emprego, a
demanda de novos cargos sendo suprida e a inconsistência da Geração Z (nascidos
a partir da década de 1990), que não costuma se preocupar com planos de
carreira, fez com que setor tivesse de se reorganizar e procurar novas soluções
para reter talentos.
"O RH está passando por uma grande transformação. A princípio tinha função
de apoio e agora passou a ter a de estratégia", disse a executiva, durante
o 40º Congresso Nacional Sobre Gestão de Pessoas (Conarh 2014), realizado esta
semana, em São Paulo.
Outro termômetro apurado durante o evento é que uma das soluções mais
discutidas pelas empresas diz respeito ao investimento no bem-estar físico dos
funcionários. Pensando nisso, a Alelo, que administra cartões-benefícios,
anunciou novos produtos para seus clientes: o carrinho de alimentos saudáveis e
a máquina de sucos naturais. As empresas parceiras podem adquirir e oferecer a
seus funcionários uma alimentação mais adequada. Os serviços fazem parte do
Programa de Educação Alimentar da Alelo. "O engajamento vem quando você se
sente bem com o que está fazendo. Por isso, oferecer um ambiente de bem-estar é
essencial para reter novos talentos. O problema é quando a temática é muito
tratada, mas pouco executada", afirma Ellen Muneratti, diretora Comercial,
Marketing e Produtos Alelo.
De acordo com ela, a Geração Z não procura apenas resultados, mas ideais. E a
flexibilidade e a qualidade de vida fazem parte dos novos propósitos deste
grupo etário. A diretora afirma que os funcionários que adotam uma alimentação
melhor e praticam atividades físicas regularmente conseguem trabalhar melhor.
"Com mais disposição aumenta a
produtividade", conclui.
Outra empresa que aposta em produtos de saúde é a Garmin, líder de vendas de
produtos fitness. A companhia acabou de desenvolver soluções corporativas em
fitness para programas de bem-estar. Os monitores Vivokí e as pulseiras Vivofit
ajudam os clientes a controlar o batimento cardíaco, intensidade do sono e
número de passos dados pelos funcionários ao longo do dia. Isso permite a
análise do impacto das atividades rotineiras na saúde.
Para o gerente geral da Garmin, Eduardo Cortez, investir em saúde ajuda na
redução de custos da empresa, além de diminuir o número de faltas ao trabalho.
Mas não basta incluir uma série de atividades. A monitoração de cada indivíduo
é chave para o resultado. "Muitas empresas realizam atividades como a
ginástica laboral, mas não conseguem medir os resultados. É necessário que a
área de Recursos Humanos consiga atualizar seus produtos tradicionais para
aproveitar melhor os resultados e atingir objetivos de forma mais rápida",
disse Cortez.
Tendência para PME´s
Contratar produtos e soluções tecnológicas ajudam os setores de recursos
humanos a manter seus funcionários motivados, mas no caso de micro e pequenas
empresas o custo acaba sendo um empecilho.
Para superar esta dificuldade a Diretora de
Educação Corporativa da Leme Consultoria, Marcia Vespa, alerta que se a empresa
não tiver uma equipe que consiga abranger todos os funcionários e lideranças
deve procurar fornecedores que possam ajudar nessas atividades.
"Mesmo sem recursos é possível realizar atividades que motivem essa nova
geração de trabalhadores, como permitir que contribuam intelectualmente e
convivam em um ambiente agradável. Eles precisam é que o trabalho seja uma
fonte de prazer", explica.
Segundo ela, a retenção de talentos é cada vez mais um problema que as
companhias irão enfrentar. "Não importa o tamanho da empresa se ela não
cuidar do funcionário. O RH deve ser um multiplicador de conhecimento e ir além
de benefícios".
O vice-presidente da Global Saúde, Haroldo Fávero Maranhão, afirma que na hora
de escolher benefícios as empresas devem optar pelos que consigam se moldar às
suas necessidades. "Aqui na empresa nós desenvolvemos o produto de acordo
com a realidade de cada cliente. Surgimos com o intuito de suprir a carência
que algumas empresas tinham na hora de fornecer benefícios em medicamentos.
Afinal, vemos que já não basta fazer um investimento para os funcionários. Com
o tempo, é necessário que as soluções sejam cada vez mais atualizadas,
justamente visando conseguir custo e benefício", ressaltou Maranhão.
Estratégia visual
Como estratégia para atrair a Geração Z, cada vez mais conhecida pela falta de
concentração e comprometimento, por terem nascido em uma época em que os
recursos multimídias estão cada vez mais avançados e presentes, as empresas
perceberam a necessidade de criar novas estratégias baseadas no uso de games. A
"gameficação" é atividade que permite oferecer aos funcionários
benefícios com pontuação de jogos, o que tem sido utilizado para motivar e
suprir a necessidade tecnológica desta geração.
Pensando nisso, o banco Citi abriu pela primeira vez uma seleção de trainees
com esta proposta. Os candidatos deverão participar da etapa World Citi, um
ambiente virtual interativo que terá como função avaliar os conhecimentos e o
comportamento dos participantes. O jogo on-line deverá oferecer também
informações sobre a organização.
Por
Vivian Ito.
Fonte: DCI - SP.
-
Conselho de Imigração facilita retirada de vistos de trabalho a estrangeiros para Olimpíadas/2016
Publicado em
02/09/2014
às
17:00
Documentos
de autorização de trabalho nos Jogos Olímpicos Rio 2016 poderão ser retirados
diretamente nos consulados brasileiros no exterior
O
Conselho Nacional de Imigração (CNIg), vinculado ao Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) e responsável pela política nacional de imigração, aprovou a
Resolução Normativa nº 112, que facilita a obtenção de vistos de trabalho para
os estrangeiros que irão atuar nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Eles terão validade de até dois anos, limitado a 31/12/2016. A resolução foi
publicada no Diário Oficial da União dessa sexta-feira (29/08/2014).
Pelas
novas regras, os profissionais estrangeiros que trabalham em empresas que não
tenham presença comercial no Brasil, mas que necessitam vir ao país para
trabalhar nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 poderão obter seus vistos
de trabalho diretamente nos Consulados Brasileiros no exterior de forma rápida
e sem burocracia, necessitando apenas de carta convite do Comitê Organizador
dos jogos e seguro-saúde válido.
Segundo
o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a decisão permitirá
participação abrangente de profissionais estrangeiros em áreas estratégicas
para a organização e operação evento. Para o diretor de Relações Institucionais
do Comitê Organizador, embaixador Agemar Sanctos, a resolução demonstra o alto
grau de cooperação e coordenação de ações entre o Governo Federal e as partes
envolvidas. A expectativa é de que mais de dois mil profissionais estrangeiros
utilizem a nova regra para vinda ao Brasil até 2016.
Fonte: Assessoria de Comunicação MTE
-
Qualificação à distância via Universidade do Trabalhador
Publicado em
19/08/2014
às
14:00
MTE
vai desenvolver plataforma virtual para realização de cursos de qualificação
profissional ao trabalhador na modalidade à distância
O
ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, participou nesta quarta-feira (13/08/2014)
de reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat)
que discutiu assuntos de interesse da pasta, como a criação do Sistema Único de
Emprego (SUT) e a instituição da Universidade do Trabalhador. O ministro
explicitou aos conselheiros a importância das medidas para a melhoria da
qualificação do trabalhador e do atendimento prestado pelo MTE nas suas
unidades.
"O SUT
pretende unificar as várias ações relacionadas ao trabalho para a promoção do
Trabalho Decente produtivo e adequadamente remunerado", frisou Dias,
ressaltando nesse processo o fortalecimento do Sistema Nacional de Emprego
(SINE) a partir da melhoria e padronização do atendimento ao trabalhador; das
estruturas físicas e operacionais da rede, bem como a organização de um sistema
de informações e pesquisas sobre o mundo do trabalho.
Na
reunião de hoje o Codefat discutiu a criação do SUT e também modificou a
resolução nº 679/2011, que estabeleceu diretrizes e critérios para
transferências de recursos do FAT aos estados, municípios, organizações
governamentais, não governamentais ou intergovernamentais, com vistas à
execução do Plano Nacional de Qualificação - PNQ, autorizando o MTE a realizar,
com recursos do FAT, aquisição, desenvolvimento e manutenção de softwares e
hardwares para operacionalização da Universidade do Trabalhador por meio de
plataforma virtual, ambiente necessário a realização de cursos à distância.
A
Qualificação à Distância - QAD, denominada Universidade do Trabalhador, tem
como prioridade os beneficiários do Programa do Seguro-Desemprego cadastrados
nos posto de intermediação de mão-de-obra e contempla o desenvolvimento de
cursos de qualificação profissional ou formação inicial e continuada
utilizando-se de metodologia apropriada, por meio da internet, executada
diretamente por órgão específico vinculado ao MTE, ou por meio de parcerias com
entidades sem fins lucrativos.
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
-
Grande Rede de Supermercado terá de pagar indenização de R$ 30 mil por proibir namoro
Publicado em
20/07/2014
às
13:00
Maior rede
supermercadista do mundo proíbe trabalhadores do setor de segurança de ter relacionamento
amoroso com colegas; TST vê 'invasão da intimidade'
A maior rede
supermercadista do mundo, foi condenada a pagar uma indenização por danos
morais, no valor de R$ 30 mil, a um funcionário que foi demitido por namorar
uma colega de trabalho.
Para o ministro José
Roberto Freire Pimenta, da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), houve invasão da intimidade e do patrimônio moral. "Por ser
empregada, não deixa de ser pessoa e não pode ser proibida de se relacionar
amorosamente com seus colegas de trabalho", afirmou o ministro, segundo nota
publicada nesta segunda-feira no site do TST.
O funcionário, que
exercia a função de operador de supermercado, começou a namorar uma colega do
setor de segurança em março de 2009 e, posteriormente, passou a manter união estável.
Após descobrir a
relação, em agosto do mesmo ano, o supermercado abriu processo administrativo
com base em norma que proíbe os integrantes do setor de segurança de ter
"relacionamento amoroso com qualquer associado (empregado) da
empresa". Como consequência, os dois foram demitidos no mesmo dia.
Na votação do TST, a
ministra Delaíde Alves Miranda Arantes também considerou a norma
"abusiva" por ir além do poder de decisão do supermercado. "A empresa
pode normatizar o ambiente interno de trabalho, determinando que não se namore
durante o expediente", explicou ela.
Na instância
anterior, o supermercado havia conseguido reverter a condenação. Mas, por
maioria, a Segunda Turma do TST acolheu o recurso do ex-empregado e restabeleceu
a indenização por danos morais. A decisão agora seguirá para o Ministério
Público do Trabalho.
Procurado pela
reportagem, o porta-voz da empresa não foi localizado para comentar a decisão.
Fonte:
Economia & Negócios O Estado de S. Paulo.
-
Ministério do Trabalho atualiza "lista suja" (exploradores de mão de obra escrava)
Publicado em
18/07/2014
às
17:00
No
cadastro de exploradores de mão de obra análoga à de escravo foram incluídos 91
empregadores e 48 exclusões
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou em 01/07/2014, o cadastro de
empregadores flagrados explorando mão de obra análoga à escrava no país. No
cadastro, foram incluídos 91 nomes de empregadores flagrados mantendo
trabalhadores em condições análogas às de escravo. Além disso, 48 empregadores
foram excluídos do cadastro conhecido como "Lista Suja", em cumprimento a
requisitos administrativos.
Com a atualização, o documento passa a conter 609 infratores, entre pessoas
físicas e jurídicas com atuação no meio rural e urbano. Desse total, o estado
do Pará apresenta o maior número de empregadores inscritos na lista,
totalizando cerca de 27%, seguido por Minas Gerais com 11%, Mato Grosso com 9%
e Goiás com 8%. A pecuária constitui a atividade econômica desenvolvida pela
maioria dos empregadores (40%), seguida da produção florestal (25%), agricultura
(16%) e indústria da construção (7%).
Os
procedimentos de inclusão e exclusão são determinados pela Portaria
Interministerial nº 2/2011, que estabelece a inclusão do nome do infrator no
Cadastro após decisão administrativa final relativa ao auto de infração,
lavrado em decorrência de ação fiscal, em que tenha havido a identificação de
trabalhadores submetidos a trabalho escravo.
As
exclusões derivam do monitoramento, direto ou indireto, pelo período de dois
anos da data da inclusão do nome do infrator no Cadastro, a fim de verificar a
não reincidência na prática do "trabalho escravo", bem como do pagamento das
multas decorrentes dos autos de infração lavrados na ação fiscal. A lista passa
por atualizações maiores a cada seis meses.
O MTE
não emite qualquer tipo de certidão relativa ao Cadastro, a verificação do nome
do empregador na lista se dá por intermédio da simples consulta à lista, que
elenca os nomes em ordem alfabética.
http://portal.mte.gov.br/trab_escravo/portaria-do-mte-cria-cadastro-de-empresas-e-pessoas-autuadas-por-exploracao-do-trabalho-escravo.htm
?
Fonte:
Assessoria de Comunicação MTE.
-
Funcionários defendem igualdade de cargos, mas esperam se tornar chefes
Publicado em
14/07/2014
às
16:00
As pessoas nunca dizem que querem ser gerentes
administrativas quando crescerem. Alguns fundadores de empresas sonham em nunca
contratar um gerente administrativo. Em 2002, o Google decidiu eliminar os
gerentes de suas operações de engenharia. "Pensávamos: 'Quem precisa de
gerentes? Eles não acrescentam nenhum valor", contou Craig Silverstein, que foi
diretor de tecnologia do Google.
O experimento do Google com um departamento de engenharia sem
gerente só durou alguns meses. "Percebemos que os gerentes realmente têm um
papel a cumprir, resolvendo conflitos e dando soluções a dúvidas", disse
Silverstein por e-mail.
"Foi surpreendente ver engenheiros suplicando por mais
pessoal administrativo."
Por mais que as pessoas falem mal da hierarquia, ela
continua onipresente. Novas pesquisas apontam uma razão. Um artigo publicado no
"Journal of Personality and Social Psychology" sugere que as hierarquias são uma
estrutura à qual aderimos para nos trazer segurança em um mundo caótico.
Fonte:
Folha UOL/Michael Waraksa/New York Times/Matthew Hutson.
-
Jornada exaustiva sem intervalo é comparada a trabalho escravo
Publicado em
10/07/2014
às
12:00
ONG mostra em guia
especial que tribunais do trabalho se baseiam no Artigo 149 do Código Penal
Não é só no campo que o trabalho escravo vem
ocorrendo. As formas urbanas de escravidão têm cada vez sido alvo de denúncias.
Após 12 empresários do Rio de Janeiro serem apontados como aproveitadores de
trabalho escravo, assim como O DIA publicou no sábado, leitores sugeriram a
divulgação do guia da Ong Repórter Brasil, que mostra que trabalhar sem
intervalo certo para descansar, o que é considerado comum nas cidades, é
trabalho escravo.
Segundo a ONG, tribunais de trabalho do país já
usam, sem problemas, o conceito de trabalho escravo baseado no Artigo 149 do
Código Penal para definir como crime situações corriqueiras (leia ao lado) em
algumas empresas, como a imposição da jornada exaustiva.
Apesar
de a pecuária continuar como atividade predominante dentre os nomes que compõem
a última atualização da "lista suja" do trabalho escravo, as formas urbanas de
escravidão têm cada vez mais participação.
De
acordo com Renato Bignami, auditor fiscal do trabalho em São Paulo,
"percebe-se, cada vez mais, que as situações descritas no Artigo 149 do Código
Penal ocorrem com maior frequência em atividades urbanas do que se imaginava, e
o trabalho dos auditores fiscais vem demonstrando essa tendência", revela
Bignami.
SETOR
TÊXTIL
No
setor têxtil, há muitos casos de empresas praticando o trabalho escravo. Entre
as confecções que entraram para a "lista suja" está a marca 775. Ela foi
flagrada explorando duas trabalhadoras bolivianas que eram mantidas em condições
degradantes e submetidas a jornadas exaustivas sob ameaças e assédio em
Carapicuíba, município da Região Metropolitana de São Paulo.
Thaís
Ferreira, de 23 anos, assistente administrativa, diz que trabalhar sem
intervalo certo para descansar de fato pode ser considerado trabalho escravo.
"As pessoas não podem viver única e exclusivamente em função da empresa. Todos
nós temos o direito trabalhistas que incluem o descanso remunerado e o horário
de almoço. Isso deve ser respeitado", comenta.
Já o
universitário Marlon Carrero, de 24 anos, afirma ser a favor de legislação mais
rigorosa para melhorar as condições de trabalho.
DEFINIÇÃO
A
Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) considera a
situação quando o trabalhador não consegue se desligar do patrão por fraude ou
violência; quando é forçado a trabalhar contra sua vontade; está sujeito a
condições desumanas; ou é obrigado a trabalhar até que seu corpo não aguente ou
a vida seja posta em risco.
CÓDIGO
PENAL
O
Artigo 149 do Código Penal foi reformado em 2003. Ele prevê o crime em quatro
situações: cerceamento de liberdade de se desligar do serviço, servidão por
dívida, condições degradantes de trabalho e jornada exaustiva.
NOS
TRIBUNAIS
Os tribunais já adotam o conceito de trabalho escravo. A maioria dos ministros
do Supremo Tribunal Federal tem aceitado processos por esse tipo de crime com
base no Artigo 149.
CONDIÇÃO
ANÁLOGA
O
trabalho escravo foi abolido em 13 de maio de 1888 e o Estado passou a
considerar ilegal um pessoa ser dona da outra. O que permaneceram foram
situações semelhantes ao trabalho escravo, do ponto de vista de cercear a
liberdade e de suprimir a dignidade do trabalhador.
RESPONSABILIDADE
O
empresário é o responsável legal pelas relações trabalhistas. A Constituição
determina que ele deve responder por tudo o que ocorrer nos domínios da fazenda
ou da empresa.
Dono
de oficina de costura em Cabreúva (SP) tentou vender dois trabalhadores
imigrantes como escravos no bairro do Brás, em São Paulo
Foto: EBC
Fonte: O DIA.
-
5 erros que podem prejudicar sua carreira
Publicado em
09/07/2014
às
17:00
Já sentiu como se estivesse fazendo tudo
certo, mas simplesmente não consegue atingir a satisfação no trabalho? Esse
pode ser o sinal de que você está no modo automático da carreira!
O consultor de RH Manoel Constantino Góis esclarece que,
aprender a reconhecer alguns maus hábitos e manter as ambições profissionais no
caminho certo são atitudes que contribuem para um avanço contínuo, até mesmo
pessoal.
Góis também indica os 5 erros mais comuns que costumam
atrapalhar a maioria dos profissionais ao longo da vida corporativa. Confira!
1. Ignorar relacionamentos
Embora pareça
racional que as pessoas só devam ser julgadas de acordo com o seu desempenho, a
realidade é que as relações interpessoais importam tanto quanto o primeiro
item, na maioria dos casos.
Alguns profissionais acreditam que manter a cabeça baixa e só
entregar o que é pedido é o suficiente. Entretanto, isso é apenas parte do
trabalho: preste atenção nas relações com os seus colegas durante o expediente!
2. Não vestir-se para impressionar
No trabalho, um
profissional não representa a si mesmo, muitas vezes ele é uma propaganda
ambulante da companhia. Por isso, a sua vestimenta transmite um pouco da sua
personalidade, seus objetivos profissionais e o quanto leva sua imagem a sério.
Gostando ou não dos assuntos relacionados à aparência, tome o
cuidado devido com suas roupas, cabelo e acessórios. Lembrando que não é
necessário gastar dinheiro com isso, apenas garanta que esses itens sejam
apropriados.
3. Não colocar limites entre interesse pessoal e profissional
Muito do que acontece em nossas vidas pessoais, afeta o nosso
trabalho, e vice-versa. Os líderes também sabem disso, portanto, não é
necessário apontar problemas particulares especialmente quando está negociando
algo profissional.
Quando o assunto for o tão esperado aumento de salário ou uma
desavença com um colega de trabalho, por exemplo, é importante que mantenha a
sua argumentação sobre como o seu problema impacta a empresa.
4. Trabalhar apenas por dinheiro
Se concentrar
apenas no retorno financeiro que o emprego pode te trazer faz com que o
profissional perca a oportunidade de viver a experiência de crescer na vida e,
ao menor sinal de dificuldade, se torne alguém infeliz com seu trabalho.
Cative as pessoas que tenham o poder de ajudar sua carreira a
evoluir, independentemente do valor do seu salário. O prazer em trabalhar não
está ligado exclusivamente ao dinheiro.
5. Não
ter
iniciativa
Se você é um
colaborador que tem uma posição ativa, seus colegas com certeza notarão.
Entretanto, se for o contrário, eles notarão ainda mais, principalmente se têm
que direcioná-lo ou lembrá-lo constantemente de tarefas a serem concluídas.
Tome medidas para fazer as coisas acontecerem, ao invés de
esperar por um convite ou que uma oportunidade caia no seu colo.
Fonte:
Portal Carreira &
Sucesso
-
Justiça do Trabalho determina que grande rede de varejo acabe com revista de bolsas de funcionários
Publicado em
05/07/2014
às
17:00
Em recente decisão proferida nos
autos de Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho, o
Tribunal Laboral de Brasília condenou uma grande rede do comércio varejista a
pagar indenização por danos morais coletivos, no valor de R$ 2 milhões, por
considerar uma interferência inapropriada a revista diária de bolsas e sacolas
dos funcionários, mesmo quando inexistente contato físico. Na decisão, o
Tribunal determinou, ainda, que a empresa se abstenha de praticar esta conduta,
em todas as suas filiais no país, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Com base em investigação feita
através de inquérito civil, na qual restou comprovada a revista dos
funcionários por parte das lojas, o Ministério Público do Trabalho ajuizou Ação
Civil Pública pleiteando o fim da revista, em todo o país.
Em primeira instância, a ação foi
rejeitada pelo Magistrado, o qual concluiu que a inspeção visual de bolsas e
sacolas, sem contato físico e ausente qualquer tipo de abuso por parte do
empregador, vem sendo considerada uma prática lícita pela Jurisprudência.
Após a interposição de recurso pelo
MPT, o desembargador relator do processo concluiu que as relações de emprego
devem basear-se, entre outros, na boa-fé reciproca e salientou que "a
desconfiança exacerbada e sem fundamento do empregador, dirigida a seus
empregados em coletivo, solapa elemento essencial da relação fundada pelo
vínculo de emprego'. O desembargador afirmou, ainda, que a verificação dos
objetos pessoais é uma interferência inapropriada do empregador na esfera
íntima dos empregados, destacando que a empresa deve buscar outros meios de
fiscalizar seu patrimônio, que não atinjam diretamente os direitos fundamentais
dos trabalhadores.
A Scalzilli.fmv salienta que, em que
pese este não seja o posicionamento dominante nos Tribunais Trabalhistas, esta
decisão pode representar o retrocesso do entendimento vigente na atualidade,
sendo imperioso que o empresariado esteja atento a esta posição e riscos dela
oriundos, realizando uma releitura sobre seus procedimentos de revista e meios
de fiscalização do patrimônio empresarial.
Fonte: SCALZILLI Advogados.
-
Ministério do Trabalho terá agendamento eletrônico
Publicado em
25/06/2014
às
13:00
Portaria
Nº 790 estabelece prazo para utilização de Sistema de Atendimento Agendado
(SAA) nas Superintendências Regionais
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou no Diário Oficial da União,
desta de 04/06/2014, a Portaria Nº 790 que estabelece a utilização do Sistema
de Atendimento Agendado (SAA) para agendamento eletrônico dos serviços
prestados nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE).
A
portaria estabelece que as SRTE devem utilizar obrigatoriamente o SAA para
agendamento dos serviços realizados pelo MTE e terão o prazo de 30 dias, a
partir da publicação da portaria, para disponibilizar o serviço. Atualmente, 11
superintendências já utilizam o sistema: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito
Federal, Goiás, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São
Paulo.
O SAA
é um sistema que permite ao trabalhador o agendamento do atendimento para
alguns serviços como entrada no Seguro-Desemprego e emissão da Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS). O agendamento é feito por meio do site:
http://saa.mte.gov.br/ que facilita para o trabalhador a obtenção dos serviços
do MTE e evita a formação de filas nas unidades.
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
-
Lançado plano de combate à informalidade
Publicado em
28/05/2014
às
17:00
Ação prevê a integração das políticas de fiscalização do MTE para
reduzir os índices de informalidade do emprego no país
O
ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, lançou na tarde desta quinta-feira
(22), o Plano Nacional de Combate à Informalidade dos Trabalhadores Empregados
(PNCITE). O Plano prevê a integração das políticas de fiscalização com outras
áreas do MTE e do Governo em geral visando reduzir os índices de informalidade
do emprego assalariado no país.
Manoel
Dias exaltou o momento atual do mercado de trabalho no Brasil, com o
crescimento do emprego formal e destacou a importância do MTE manter seu
protagonismo na construção de políticas públicas de emprego. Dias pediu a
colaboração de todos os atores para garantir o sucesso do plano: "Este Plano é
um processo coletivo, por isso preciso da colaboração de todos os interessados,
sejam do governo, empregadores, trabalhadores e servidores da pasta para
garantir a implementação desse programa que visa trazer para a formalidade os
cerca de 17,1 milhões de trabalhadores informais que não tem acesso a
benefícios previdenciários, seguro contra acidentes de trabalho, aposentadoria
entre outros direitos decorrentes do contrato de trabalho formal", argumentou.
PNCITE
-
O Plano Nacional de Combate à Informalidade dos Trabalhadores Empregados deve
gerar cerca de 50,0 bilhões em recursos à Previdência Social. Com sua
implementação o MTE visa reduzir os índices de informalidade de forma a
garantir aos trabalhadores o acesso a benefícios previdenciários, seguro contra
acidentes de trabalho além de e direitos decorrentes do contrato formal, como
FGTS, férias, repouso remunerado, entre outros. A formalização dos
trabalhadores atacará também a concorrência desleal ao impedir que maus
empregadores reduzam seus custos por meio da sonegação.
O
PNCITE prevê medidas como o condicionamento de políticas tributárias, de
financiamento com recursos públicos e de participação em licitações ao
cumprimento da obrigação de registrar o trabalhador, bem como a manutenção da
regularidade na formalização dos trabalhadores como contrapartida para a
política de desoneração da folha de pagamento.
Contexto
-
Conforme explicitado durante a apresentação do Plano, embora a Auditoria Fiscal
do Trabalho verifique a obrigatoriedade do registro em Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS), conforme determina a Lei 10.593/2002, ao longo dos
anos, ainda persistem níveis elevados de informalidade do emprego. Essa
situação apontou para a necessidade de adoção de uma política de fiscalização
específica para os registros dos trabalhadores de forma a provocar uma
acelerada redução desses índices. Nesse sentido, o Plano Nacional de Combate à
Informalidade dos Trabalhadores Empregados se propõe a ser essa política.
Cenário
-
Segundo dados do IBGE PNAD, existem atualmente 17,1
milhões de trabalhadores sem carteira assinada (sendo 4,1 milhões de
domésticos) e o objetivo do Plano é transformar essa realidade, trazendo-os
para a formalidade e garantindo-lhes o acesso a benefícios previdenciários,
seguro contra acidentes de trabalho e aposentadoria, além de e direitos
decorrentes do contrato formal, como FGTS, férias, repouso remunerado, entre
outros. Segundo expectativas do MTE, a formalização desses trabalhadores
pode gerar mais de 50,0 bilhões de reais em contribuições à Previdência e ao
FGTS, evitando a concorrência desleal ao impedir que maus empregadores reduzam
seus custos por meio da sonegação.
Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE
-
Empresa deve enviar cópia da GPS ao sindicato
Publicado em
21/05/2014
às
17:00
O envio pode ser feito via postal por fax ou por
e-mail.
No dia
10 de cada mês, vence o prazo para as empresas encaminharem ao sindicato
representativo da categoria profissional mais numerosa entre seus empregados
cópia da GPS - Guia da Previdência Social, relativa ao mês anterior.
O
envio pode ser feito via postal, por fax ou por e-mail.
A
multa por falta de entrega corresponde a R$ 238,50 até R$ 23.851,49 para cada
competência que não tenha sido enviada.
Fonte: COAD
-
Brasil gerou 4,8 milhões de empregos desde 2011
Publicado em
06/05/2014
às
17:00
No
período de janeiro de 2011 a março de 2014, com base nos dados da Relação Anual
de Informações Sociais (RAIS) que incorpora os servidores públicos e os
celetistas de 2011 e 2012 e no CAGED de 2013 a março de 2014, foram gerados no
país um total de 4.845.051 postos de trabalho, representando um crescimento de
10,99% sobre o estoque de empregos em dezembro de 2010. No ano passado, o total
de empregos gerados pela economia alcançou 1.117.171 postos de trabalho, um
crescimento de 2,82% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2012.
Tal
expansão deveu-se principalmente ao crescimento do emprego nos setores de
Serviços (+546.917 postos), do Comércio (+301.095 postos), da Indústria de
Transformação (+126.359 postos) e da Construção Civil (+107.024 postos). Nos
últimos 12 meses, essa geração alcançou 1.027.406 postos de trabalho,
equivalentes à expansão de 2,57% no contingente de empregados celetistas do
País
Apenas
nos três meses de 2014, o país gerou 344.984 postos de trabalho, correspondente
ao crescimento de 0,85%, resultado superior ao ocorrido no mesmo período de
2013 (+306.068 postos).
Para o
ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, as expectativas do emprego para o
ano são positivas, com a possibilidade do mercado formal gerar 1.4 milhão de
empregos em 2014. "O resultado dos primeiros meses de 2014 supera o do período
passado, quando ao final do ano alcançamos a geração de mais de 1 milhão e cem
mil vagas de trabalho. Acho possível chegarmos a 1.4 milhão de vagas este ano"
ressaltou.
Análise
dos últimos 39 meses
- De acordo com o CAGED, nos últimos 39
meses, dos 4.854.051 empregos celetistas criados no Brasil. a expansão foi
generalizada em todos os setores de atividades econômicas, com destaque para o
setor de Serviços (+2.427.464 postos), seguido do comércio (+1.116.088 postos)
e Construção Civil (+566.023 postos). A Administração Pública (49.173) e o
setor Agropecuário, extrativa vegetal, caça e pesca (90.125) foram os setores
que menos contrataram.
Por
nível geográfico, o destaque entre os estados foi São Paulo, que respondeu pela
geração de 1.283.061 postos de trabalho, seguido por Minas Gerais, com 470.744
e Rio de Janeiro, com geração de 470.980 postos formais no período.
Numa
análise por gênero, o CAGED demonstra que os postos gerados para homens
(+2.552.577) supera o verificado para as mulheres (+2.301.474). Esse resultado
mais favorável dos homens ao gênero feminino, como demonstra os dados, é
atribuída, segundo análise da equipe técnica do MTE, ao diferencial mais
expressivo nas contratações líquidas dos homens no nível Médio Completo
(+2.003.063 postos, ante +1.449.620 para as mulheres). Com exceção dos níveis
Médio Incompleto e Completo, a geração de emprego do gênero feminino superou a
ocorrida para os homens no período.
Grau
de instrução -
Caged demonstra ainda que, dentre os 9 níveis
de escolaridade, 8 deles expandiram o nível de emprego, com destaque para o
nível Médio Completo (+3.452.683 postos). A única queda do emprego ocorreu no
Grau de Instrução 5º Completo Fundamental (-125.765 postos).
Salário
médio
- Na última divulgação do Caged, relativo a
março desse ano, os salários médios reais de admissão do trabalhador no Brasil
registraram um aumento real de 12,26% em relação ao mês de dezembro de 2010,
resultante das elevações de 13,88% no salário dos homens e 11,28% no recebido
pelas mulheres.
Os
dados apontam que os salários médios das mulheres são inferiores aos percebidos
pelos homens em todos os níveis de Instrução, equivalendo em média a 84,33% em
dezembro de 2010 e 86,31% em março de 2014. A maior diferença ocorreu no nível
de Instrução Superior Completo que passou de 61,12% em dezembro de 2010 para
64,41% em março de 2014.
Fonte: Assessoria de Imprensa/ MTE
-
Salário médio alcança R$ 1.166,84
Publicado em
17/04/2014
às
17:00
No
primeiro trimestre do ano o aumento foi de 2,36% com destaque para o Sul com
4,12%
O
salário médio do trabalhador brasileiro subiu 2,36% no primeiro trimestre de
2014, em relação ao mesmo período anterior. Ele passou de R$ 1.138,46, em 2013,
para R$ 1.166,84. O salário das mulheres também subiu em relação ao dos homens,
em torno de 2,72%. Os dados referem-se ao Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgados nessa quinta-feira (17/04/2014) pelo ministro
do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.
De
acordo com os dados, todas as grandes regiões obtiveram aumentos reais no
período com destaque para as regiões Sul (4,12%), Centro-Oeste (3,42%) e
Nordeste (2,63%). Essas regiões evidenciaram ganhos reais acima da média
nacional (2,49%), enquanto as regiões Sudeste (2,03%) e Norte (0,94%)
registraram aumentos reais abaixo da média.
Os trabalhadores
com nível de escolaridade de analfabeto ao médio completo tiveram crescimento
real no salário médio, com variações entre 2,54% (médio completo) e 4,49% (5ª
série incompleta). O salário das mulheres ficou mais alto que o dos homens nos
níveis extremos de escolaridade, ou seja, entre os analfabetos (2,7%) e
superior (2,41%).
Fonte: Assessoria de
Imprensa/MTE
-
Procurar um novo emprego depois dos 40 anos exige atualização profissional
Publicado em
06/04/2014
às
17:00
Recolocação no mercado de trabalho esbarra na
falta de requisitos como saber falar inglês
Garçom
Sérgio Carlos dos Santos, o Beleza, já recebeu
mais de cinco convites para trabalhar
Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS
Aos 56 anos e com
uma aposentadoria por tempo de serviço, o garçom Sérgio
Carlos dos Santos, o famoso Beleza, vai mudar de
emprego. Depois de quase 40 anos no tradicional Kayskidum, bar na região
central de Florianópolis, ele está em dúvida se vai abrir um negócio próprio ou
aceitar uma das várias propostas de emprego que recebeu. O estabelecimento vai
fechar as portas no fim do mês.
- Nunca quis ficar distante do trabalho. É
importante o contato com as pessoas, o vínculo que criei. Quero dar
continuidade a esse serviço - conta.
Mudar de emprego ou de rumo na carreira
profissional nesta idade não é realidade apenas de Beleza. De acordo com
pesquisa da Catho, empresa de cadastramento de currículos e busca de empregos,
44,2% das pessoas entre 56 e 60 anos utilizaram algum site de classificados de
vagas na internet para conseguir um novo posto de trabalho.
Mas a realidade do garçom é diferente dos demais
trabalhadores na faixa dos 40 a 60 anos. De acordo com a psicóloga Janete Neves
Buss, da RHi Gestão de Pessoas, esse grupo tem dificuldade em se reposicionar
no mercado, por mais que tenha um bom currículo.
- Os empregadores alegam que com a maturidade
existe mais dificuldade para receber críticas e resistência em aceitar novos
modelos de trabalho - explica.
Para pessoas nessa faixa etária, Janete recomenda
que o profissional leve seu currículo pessoalmente até a empresa onde quer
trabalhar para ter mais chances de uma melhor avaliação.
- Geralmente as empresas já têm um perfil
pronto para a vaga disponível e que apresenta restrição de idade. Se o
empregador conhece a pessoa, tem a oportunidade de encaminhar para outra
vaga - explica Janete.
A psicóloga indica que existem vagas com
preferência para pessoas acima dos 40 anos, como telemarketing, atividades no
comércio, funções de porteiro e vigilante.
Para a gerente de consultoria e recrutamento da
Michael Page no Paraná e em Santa Catarina, Patrícia Tourinho, existe uma
movimentação de empregos muito forte entre os profissionais de 40 e 50 anos.
Áreas como Recursos Humanos e Construção Civil, que apresentam mercado
aquecido, costumam valorizar a experiência profissional e desejam um
trabalhador com perfil mais sênior.
Ela ressalta, contudo, que em algumas áreas, como
a financeira, a dificuldade para a recolocação no mercado não é a idade, mas
outros requisitos como saber falar inglês.
Além da constante atualização e aprimoramento,
Patrícia recomenda que, ao procurar um emprego, o profissional esteja aberto a
diferentes funções e atividades.
- É importante avaliar as oportunidades com
mais abertura e não fixar-se em uma só vaga ou perfil.
Assim você amplia as
opções de conseguir uma boa posição - explica.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE.
-
Qualificação também é desafio para deficientes
Publicado em
02/04/2014
às
17:00
Seminário alertou trabalhadores e empregadores
sobre a mudança no Loas, além de esclarecer dúvidas referentes a deficiências
Empresas com mais de 100 funcionários devem possuir uma cota mínima para
pessoas com alguma deficiência
Como superar o impasse enfrentado pelas empresas no cumprimento da lei
de cotas para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho? De
acordo com o artigo 93 da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, é preciso
preencher entre 2% a 5% das vagas existentes nas organizações com a força de
trabalho dos portadores de necessidades especiais. Mas o problema, é que falta
mão de obra capacitada, dentro dessas condições, com disposição para o
trabalho.
Segundo Francisco Thauzer Coelho Fonteles, titular da Coordenadoria de
Pessoas com deficiência (Copedef) da Prefeitura de Fortaleza, o problema é que
a maior parte dessas pessoas não quer abrir mão do Benefício de Prestação
Continuada (BPC) pago pelo governo aos portadores de necessidades especiais.
"Até bem pouco tempo, quando o portador começava a trabalhar perdia
automaticamente o benefício, em torno de um salário mínimo. Mas o que muitos
ainda não sabem é que a presidente Dilma mudou as regras do Loas (Lei Orgânica
da Assistência Social) e agora os portadores de deficiência que ingressarem no
mercado de trabalho na condição de aprendiz podem acumular os dois ganhos
(salário e benefício)", diz. Para Thauzer Fonteles, a mudança na Lei é bem
vinda, mas não vai solucionar por completo a carência de profissionais com
deficiência no mercado de trabalho. "A Lei manda cumprir a cota, mas as
empresas continuam sendo multadas porque não conseguem cumprir os números
exigidos devido a falta desses profissionais".
Vagas nas empresas
Conforme a legislação, empresas com até 200 empregados devem destinar 2%
das vagas aos portadores de deficiência. Entre 201 a 500, a cota é de 3% do
total; de 501 a mil funcionários a percentagem é de 4%; e a partir de 1.001 é
preciso cumprir 5%.
Para alertar trabalhadores e empregadores sobre a mudança no Loas,
esclarecer dúvidas referentes a deficiências, questões de legislação e buscar
soluções para outros entraves da inserção de pessoas com deficiência no mercado
de trabalho, a Prefeitura de Fortaleza realizou, ontem, o seminário Geração de
Emprego e Renda para Pessoa com Deficiência, que teve o coordenador da Copedef
como moderador.
"Temos o dever de orientar as empresas no cumprimento da Lei
8.213/91, chamada de Lei de Cotas para deficientes, que
determina uma cota mínima para pessoas com alguma deficiência em empresas"
diz Thauzer.
Pronatec
A possibilidade de extensão do regime de cotas para micro e pequenas
empresas e o lançamento do Pronatec Viver sem Limites foram outros temas
abordados no Seminário. "Já está sendo discutido no Congresso, que as
pequenas empresas passem a ter cota também. Já o Pronatec voltado para pessoas
com deficiência vai direcionar cursos de formação profissional para portadores
de deficiência".
Para a consultora do Pronatec, Patrícia Teixeira, "este programa é
possível se articular ações que podem potencializar a capacitação das Pessoas
com deficiência melhorando assim a absorção no mercado de trabalho".
Outro avanço no campo da inclusão social de portadores de deficiência no
mercado de trabalho local, citado durante o Seminário foi a inauguração do
Centro de Profissionalização Inclusiva pelo Governo do Estado.
Para o secretário, Josbertini Clementino, da Secretaria de
Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), o novo Centro irá contribuir com a mudança
do atual perfil social para este público. "O Centro será importante na
formação de pessoas com deficiência segundo a demanda desses profissionais pelo
mercado".
Fonte: Diariodonordeste.
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Salários sobem mais nos pequenos negócios do que nas grandes empresas
Publicado em
25/03/2014
às
13:00
Os salários pagos pelos pequenos
negócios tiveram um aumento real - já descontada a inflação - de 33% entre 2002
e 2012, superando o reajuste de 22% praticado no mesmo período pelas médias e
grandes empresas. Os dados fazem parte de estudo que o Sebrae, em parceria com
Dieese, acaba de concluir.
A diferença salarial entre os empregados de pequenos negócios - aqueles que
faturam até R$ 3,6 milhões por ano - e companhias de maior porte caiu para o
menor nível desde o início da pesquisa, em 1999. "Um trabalhador de micro ou
pequena empresa ganha 38% menos que o funcionário de uma média ou grande
companhia. Embora ainda significativa, a diferença salarial era de 44% e vem
caindo ano a ano", destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. "Isso é muito
importante considerando que os pequenos negócios são a porta de entrada do
mercado de trabalho. E estamos falando de empregos formais, com carteira
assinada", ressalta Barretto.
Na avaliação por setores, o salário real médio do Comércio apresentou um
aumento de 37%, superando os setores de Construção Civil (35%), Indústria (32%)
e de Serviços (28%).
O estudo mostrou ainda que o número de vagas formais nos pequenos negócios teve
um crescimento de 70% entre os anos de 2002 e 2012, passando de 9,5 milhões de
postos de trabalho para 16,2 milhões.
As empresas de micro e pequeno porte são 99% do total de CNPJs no País e
já são 8,3 milhões de empreendimentos. Eles são responsáveis por mais da metade
do total de empregos e cerca de 40% da massa salarial brasileira.
No Rio Grande do Sul
As micro e pequenas empresas gaúchas criaram cerca de 450 mil empregos com
carteira assinada entre 2002 e 2012, crescimento que permitiu às MPEs do estado
atingirem a marca de 1,2 milhões de postos de trabalho. Em 2002, esse número
era de 755,7 mil empregos, ritmo de expansão de 4,8% ao ano (a.a).
O crescimento do emprego formal nas micro e pequenas empresas ocorreu em
ritmo mais acentuado no período 2007-2012, quando o emprego nas MPEs gaúchas
cresceu, em média, 5,6% a.a. No período 2002-2007, a taxa de crescimento médio
anual do emprego formal nas micro e pequenas empresas foi de 4,0% a.a.
Além do crescimento dos empregos formais, o período 2002-2012 se caracterizou
por uma breve aproximação das remunerações médias pagas por micro e pequenas
empresas e pelos médios e grandes estabelecimentos no Estado do Rio Grande do
Sul. Nesse período, a remuneração média real dos empregados formais nas micro e
pequenas empresas gaúchas cresceu 2,8% a.a., passando de R$ 1.016, em 2002,
para R$ 1.346, em 2012.
Fonte: Sebrae-RS.
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Empresa vai ressarcir empregada após gerente responder ofensa dela
Publicado em
14/03/2014
às
17:00
Na primeira instância, o juízo decretou que a
funcionária merecia R$ 2 mil de indenização mais o direito a rescisão indireta
Uma das franquias da lanchonete Bob´s em Belo
Horizonte foi condenada a pagar indenização de R$ 1 mil após um desentendimento
entre uma gerente e uma atendente de caixa menor de idade. O caso chegou ao
Tribunal Superior do Trabalho (TST) em recurso da funcionária, que considerou
baixo o valor da indenização. No entanto, os ministros da Primeira Turma do
Tribunal Superior do Trabalho, decidiram, por unanimidade, que neste caso não
cabe ao órgão rever valor fixado pelos tribunais regionais uma vez que teria
que rever os autos do processo.
Conforme relato de testemunhas e das partes, a
discussão aconteceu após a funcionária ofender a gerente com palavras de baixo
calão, em frente aos demais funcionários e clientes, após ser solicitado que
fizesse a sua pausa para o lanche mais tarde. Neste momento, a gerente aplicou suspensão
de cinco dias e ameaçou rasgar a folha de ponto da atendente. Inconformada, a
funcionária tentou tomar a folha de ponto da mão da chefe, chegando a
arranhá-la. A funcionária não voltou mais ao trabalho e foi para a polícia onde
registrou um boletim de ocorrência. No mês seguinte, acionou a justiça.
Na primeira instância, o juízo decretou que a
funcionária merecia R$ 2 mil de indenização mais o direito a rescisão indireta,
uma vez que seria irrelevante quem começou a discussão pois a conduta adotada
pela gerente, de ameaçar rasgar a folha de ponto, é inadmissível devendo a
empresa zelar pelo tratamento urbano entre os funcionários e estes entre os
seus supervisões, sob pena de ter o ambiente de trabalho maculado. Porém, os
desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) avaliaram
que a funcionária também faltou com o respeito à gerente perante terceiros e
que a reação da gerente de aplicar-lhe suspensão foi proporcional à agressão,
dada a gravidade da falta da autora, que ainda tentou pegar agressivamente a
folha de ponto das mãos da chefe. Diante desta situação, a corte regional
reduziu a indenização para R$ 1 mil. Os desembargadores avaliaram ainda que
ficou comprovado que havia intenção de ser demitida (animus demissionário), assim
a funcionária perdeu o direito à rescisão indireta, ou seja, ao aviso prévio,
13º e férias proporcionais, multa do FGTS e guias para obter seguro desemprego.
Após recurso de revista ao TST, o ministro relator
do processo, Lélio Bentes Corrêa, avaliou que Tribunal Regional, ao fixar o
valor atribuído à indenização levou em consideração a culpa da gerente, a
extensão do dano suportado pela funcionária, e a capacidade econômica da
empresa, resultando observados os critérios da proporcionalidade e da razoabilidade.
"Não se cogita, portanto, na revisão do valor da condenação, para o que se
faria necessário rever os critérios subjetivos que levaram o julgador à
conclusão ora combatida, à luz das circunstâncias de fato reveladas nos
autos", sentenciou.
Processo: AIRR-1579-42.2012.5.03.0005
Fonte: Coad/TRT-MG
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Horário das Agências da Previdência Social e da Central 135 muda no Carnaval
Publicado em
28/02/2014
às
13:00
As Agências da Previdência Social (APS) não irão
funcionar na próxima segunda-feira, dia 3, e na terça do feriado (4) devido ao
Carnaval. Na quarta-feira de Cinzas (5), o atendimento nas unidades começa a
partir das 14h. No dia 6, quinta-feira, todas as agências voltam a funcionar em
horário normal.
O horário de funcionamento da Central 135 será
alterado no sábado (1), na segunda-feira (3) e na terça (4). Nesses dias, o
atendimento se dará das 7h às 19h. Se houver agendamentos marcados para este
período, os segurados serão comunicados para remarcar o atendimento.
A partir da quarta-feira (4), o atendimento na
Central retorna ao horário normal (7h às 22h). Os serviços do portal da
Previdência Social (www.previdencia.gov.br) permanecerão disponíveis 24 horas durante
esse período.
Fonte: Ascom/MPS.
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Universidade do Trabalhador receberá recursos do FAT
Publicado em
17/02/2014
às
15:00
Codefat altera resolução que estabelece
transferência de repasses para qualificação
O
Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou em
sua última reunião a transferência de recursos para a Universidade do
Trabalhador, na modalidade de qualificação à distância (QAD). A medida foi
publicada no Diário Oficial da União dessa sexta-feira (14/02/2014).
A
Universidade do Trabalhador é uma das ações que o Ministério do Trabalho e
Emprego está implementando dentro do pacote de melhorias no órgão, que visa a
modernidade de sua estrutura e a qualificação dos trabalhadores. A Universidade
usará a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) para oferecer cursos de qualificação à
distância elaborados por universidades públicas federais, como a Universidade
de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). "O
objetivo maior é a politização do trabalhador. Devemos oferecer uma base
técnica forte com vistas ao mercado, mas é preciso que o cidadão também
desenvolva o debate político", avalia o ministro Manoel Dias. Correntes
como o Socialismo e Capitalismo estão na grade curricular.
De
acordo com a nova resolução, "os cursos a serem desenvolvidos na modalidade QAD
deverão constar de projeto específico, aprovado pelo MTE, e, preferencialmente,
estar alinhados à Classificação Brasileira de Ocupações e ao Guia de Cursos de
Formação Inicial e Continuada, publicado pelo Ministério da Educação".
Fonte: Ascom MTE
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Micro e pequenos estabelecimentos são responsáveis por mais da metade dos empregos
Publicado em
14/02/2014
às
17:00
No setor terciário, remuneração média mensal é
de R$ 1.621,92, menor que a média geral
Dos
1,56 milhão
de trabalhadores empregados no
setor terciário
, que abrange os
setores de
comércio e serviços
, 59% exercem
funções em
micro ou pequenas
empresas
,
com cerca de
920 mil empregados
. Outros 345 mil
trabalham emgrandes
empresas
(22,1%),
enquanto 295 estão em corporações de médio porte (18,9%). As informações são
do 3º Mapa do Emprego do Setor Terciário Privado, referente a 2012, divulgado
nesta terça pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS).
No
setor terciário, a remuneração média é de R$ 1.621,95, abaixo da média de R$
1.801,29 calculada pela Fecomércio-RS no total da economia gaúcha. A média sobe
para R$ 4.806,04 no setor de atividades de serviços financeiros e cai para R$
889,63 em serviços para edifícios e atividades paisagísticas.
O
tempo de permanência nas empresas é de 45,2 meses, menos de quatro anos. A
idade média do trabalhador do setor terciário é de 34,9 anos, com 50,1% de
homens e 49,9% de mulheres. A maioria dos trabalhadores do setor concluiu
Ensino Médio (46,59%), enquanto 12,44% possuem Ensino Superior.
Fonte: Zero Hora.
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Desemprego recua para o menor nível em dez anos
Publicado em
08/02/2014
às
17:00
Número
de desocupados no País fechou 2013 em 5,4%, afirma IBGE
O
desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do País terminou o ano
passado em 5,4%, abaixo dos 5,5% registrados em 2012, mostrou a Pesquisa Mensal
de Emprego (PME), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. Em dezembro, o
indicador recuou para 4,3%, a taxa mais baixa da série histórica da pesquisa,
iniciada em 2002. Antes, o menor nível de desemprego, de 4,6%, havia sido
registrado em novembro de 2013 e em dezembro de 2012.
Em 2013, os desocupados somaram, em média, 1,3 milhão de pessoas, 0,1% a menos
que em 2012, ou menos 20 mil pessoas. Em dezembro, o número ficou em 1,1
milhão, queda de 6,2% em relação a novembro, o equivalente a 70 mil pessoas em
busca e trabalho sem conseguir. Já a população ocupada avançou 0,7% em relação
a 2012, para 23,1 milhões de pessoas. Em dezembro, o contingente ficou em 23,3
milhões, estável nas comparações com o mês anterior e com dezembro de 2012.
Uma das explicações para a queda do desemprego no ano passado foi a redução no
número de pessoas que procuraram emprego. Enquanto o contingente de pessoas em
idade de trabalhar aumentou 1% no ano passado, a parcela deste grupo que não
trabalhava e nem procurava emprego cresceu ainda mais: 1,6%. Em 2012,
esse grupo havia crescido 0,6%.
"Matematicamente não tem como essa diferença não afetar a taxa de desemprego,
mas os motivos socioeconômicos que podem estar por trás disso não temos como
explicar. Mas a pressão sobre o mercado de trabalho foi menor" disse Adriana
Beringuy, economista do IBGE. O número de trabalhadores com carteira assinada
aumentou 2% no ano passado, no confronto com 2012, para 11,8 milhões. Foram 236
mil trabalhadores regularizados a mais, o que elevou a percentual em relação ao
total da força de trabalho para 50,3%, o mais alto da série histórica. Já a
renda dos trabalhadores aumentou e encerrou o ano em R$ 1.929,03, aumento de
1,8% em relação a 2012 (R$ 1.894,03). Foi a menor alta desde 2004, quando o
salário médio cresceu 1,5%.
Na passagem de novembro para dezembro houve queda de 0,7%, depois de um ganho
de 2% no mês de novembro. O grupo de trabalhadores domésticos foi o que teve
maior ganho de renda no ano passado. O salário médio da categoria subiu 8,2% em
um ano e terminou o ano passado em R$ 843,00. Os ganhos salariais vêm sendo
acompanhados de redução na oferta de mão de obra.
Entre 2003 e 2011, o grupo apresentou a maior queda de participação no total de
trabalhadores ocupados, passando de 7,6%, em 2003, para 6,1% no ano passado,
uma queda de quase 20% nesses onze anos. A indústria também perdeu espaço: caiu
de 17,6% para 15,8%, uma perda de 10,2% na participação. Já o setor de serviços
prestados a empresas foi o que mais cresceu entre 2003 e 2011, passando de
13,4% da população ocupada para 16,2%.
A taxa média de desemprego nacional só será conhecida quando sair o resultado
da Pnad contínua, que pesquisa o mercado de trabalho em 3.500 municípios de
todo o País.
O primeiro resultado dessa pesquisa mostrou que o desemprego no segundo
trimestre do ano ficou em 7,4%, índice superior aos 5,9% registrados nas seis
regiões metropolitanas analisadas pela PME (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife,
Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador). De acordo com a Pnad, em 2012, a taxa
média de desemprego no Brasil foi de 6,2%.
Fonte: Jornal do
Comércio - 31/01/2014 - Página 06
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Estelionatários estão tentando aplicar golpes contra segurados da Previdência, saiba como evitar
Publicado em
21/01/2014
às
17:00
Aposentados estão recebendo
documentos falsos para uma "Auditoria Geral da Previdência"
A Previdência Social alerta aos cidadãos
brasileiros contra uma nova modalidade de golpe que tem se tornado recorrente
nos últimos meses. Estelionatários estão enviando documentos a segurados se
passando por uma falsa "Auditoria Geral Previdenciária", convocando-os a uma
"Chamada para Resgate". Segundo o documento, os segurados teriam direito a
resgaste de valores devidos a participantes de carteiras de pecúlio que teriam
sido descontados da folha de pagamento como aposentadoria complementar.
Quatros pessoas que receberam esse documento
falso já se dirigiram a Agências da Previdência Social para entender do que se
tratava. A Previdência Social esclarece que não entra em
contato com seus segurados por meio desse tipo de correspondência, muito menos
tem algum tipo de relação com planos de previdência complementar para segurados
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os benefícios que são
pagos mensalmente pelo INSS são da previdência pública, contributiva por todos
os trabalhadores filiados ao Regime Geral de Previdência Social.
Caso o cidadão seja vítima desse tipo de
abordagem, o Ministério da Previdência Social orienta-o que registre
imediatamente um boletim de ocorrência na Polícia Civil e comunique o fato à
Ouvidoria Geral da Previdência Social. Para entrar em contato com a Ouvidoria,
basta ligar na Central 135 ou acessar a página do
Ministério da Previdência Social
na internet (
www.previdencia.gov.br
).
A Previdência Social informa também aos
cidadãos que não solicita dados pessoais dos seus segurados por e-mail
ou telefone e também não realiza nenhuma forma de cobrança para
realizar seus serviços. A principal recomendação da instituição para os seus
segurados é que não utilizem intermediários para entrar em contato com a
Previdência Social.
O cidadão pode telefonar para a Central 135 e
agendar uma visita a uma Agência de Previdência Social (APS), onde será
atendido por um servidor especializado que tomará as providências cabíveis e
prestará todos os esclarecimentos necessários. A Previdência também alerta à
população para que não forneça os seus dados pessoais para terceiros, já que
estes dados podem ser utilizados para fins Ilícitos.
Papel da APEGR- -
Em
caso de golpes, que gerem prejuízos para a Previdência Social, a Assessoria de
Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Risco da Previdência (APEGR), setor de
inteligência do Ministério da Previdência Social, atua em conjunto com a
Polícia Federal e demais órgãos de controle do governo federal. As ações
executadas pela APEGR buscam coibir a prática de ilícitos criminais contra a
Previdência Social praticados por grupos, quadrilhas e organizações criminosas.
O Ministério Público Federal também integra a Força Tarefa Previdenciária.
Nos casos de golpes contra o segurado, em que
não há prejuízo para a Previdência Social diretamente, os cidadãos devem
registrar ocorrência junto à Polícia Civil e fazer o registro na Ouvidoria da
Previdência Social.
Fonte: Ascom/ MPS.
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As 40 profissões mais promissórias para 2014
Publicado em
15/01/2014
às
13:00
O ano de 2014 começa com um tom de cautela no
ar, principalmente quando o assunto é mercado de trabalho. Mas uma publicação
recente do portal financeiro Exame.com, que entrevistou recrutadores de 14
consultorias, revelou que nem tudo é má notícia.
Segundo os recrutadores, o cenário incerto pode,
sim, se materializar em oportunidades profissionais.
"Uma vez que a ordem do dia será cortar custos,
deve ganhar pontos quem tiver no "job description" as coordenadas para
isso - seja ao tornar a linha de produção mais eficiente ou encontrar brechas
na lei que reduzam a carga tributária, por exemplo", diz um trecho na matéria
do Exame.com.
Outras apostas de profissões em alta estão na
indústria de óleo e gás, setor de tecnologia e financeiro, entre outros.
Confira abaixo as 40 profissões mais promissoras:
1. Engenheiro civil
Com eleições estaduais e federais no calendário, a
expectativa da Michael Page é que as obras de infraestrutura decolem. Para
Rafael Souto, CEO da Produtive, os eventos esportivos também podem puxar a
demanda.
O que faz: Está presente em todo o processo
da construção: projeta, gerencia e executa obras de infraestrutura.
Perfil: Formação em engenharia civil,
pós-graduações e especializações na área são um diferencial.
2. Engenheiro mecânico
A demanda por engenheiros mecânicos continua alta
em diversos setores da economia, de acordo com Karim Warrak, sócio-diretor da
consultoria Asap.
O que faz: É a área da engenharia que cuida do
desenvolvimento, projeto, construção e manutenção de máquinas e equipamentos.
Perfil: Conhecimentos específicos no setor de
atuação, perfil analítico, visão sistêmica, foco em otimização de recursos,
busca constante por melhorias de processos e projetos. Inglês é diferencial.
3. Engenheiro naval para a indústria offshore
A temporada de leilões dos campos do pré-sal foi
aberta em outubro e deve movimentar toda a cadeia produtiva de petróleo nos
próximos meses. E, nesta linha, está incluída a área de construção de
embarcações de apoio para a indústria offshore.
O que faz? Atua desde a execução do projeto do
navio até a produção efetiva da embarcação, segundo Leonardo de Souza, da
Michael Page.
Perfil: Formação em engenharia naval.
4. Gerente de operações de logística para a
indústria offshore
A temporada de leilões dos campos do pré-sal foi
aberta em outubro e deve movimentar toda a cadeia produtiva de petróleo nos
próximos meses.
O que faz? "Ele é responsável por garantir que o
serviço será executado", diz Leonardo de Souza, da Michael Page.
Perfil: Formação em engenharia, administração,
entre outras. "A função, geralmente, é aprendida em cursos complementares", diz
o especialista.
5. Engenheiro especializado em óleo e gás
Até 2017, o setor de petróleo e gás deve liderar a
atração de investimentos na indústria. Mas, ainda, há poucos profissionais
qualificados e disponíveis no mercado.
O que faz: Comanda e gerencia projetos na área de
exploração de petróleo e gás.
Perfil: Conhecimentos específicos no setor, perfil analítico, visão sistêmica,
foco em otimização de recursos, busca constante em melhorias de processos e
projetos. Inglês é diferencial.
6. Geólogos
"Hoje, no Brasil, não existem profissionais com
experiência de mercado que supram as novas demandas das empresas", diz Karim
Warrak, sócio-diretor da consultoria Asap.
O que faz: Faz a pesquisa e avaliação do solo em
locais de escavação, perfuração e áreas de construção. Mapeamento de
recursos minerais em áreas de exploração.
Perfil: Formação em geologia, perfil analítico,
conhecimentos nas áreas de investigação geológica/geotécnica, habilidade em
interpretação de dados, atuação com planejamento e acompanhamento de campanhas
para levantamento de informações técnicas. Inglês é diferencial.
7. Gerente de compras voltado para área de engenharia
A palavra de ordem é otimizar processos e, em
engenharia, a eficiência do departamento de compras impacta diretamente o custo
da operação. "Antes, as empresas esperavam os problemas aparecerem para
resolver e isso atrasava os projetos", diz Caio de Mase, da Robert Walters.
O que faz: É ele quem bate o martelo sobre o que,
quando e em que quantidade comprar.
Perfil: Dependendo da atividade da empresa é
necessário ter especialização. Como o cargo é parte do setor de engenharia, a
formação na área é importante, assim como experiência anterior.
8. Gerente de lean-manufacturing
As empresas apertaram os cintos. A meta, agora, é
investir em produtividade e busca por eficiência e otimização.
O que faz: É o profissional que analisa o
processo industrial para descobrir estratégias mais eficientes de menor custo e
com menos perdas. "Tradicionalmente, é empregado pela indústria, mas o setor de
serviços também tem buscado", diz Juliano Balarotti, da Hays.
Perfil: Formação na área de Exatas - destaque para
os cursos de engenharia.
9. Gerente/diretor de Supply Chain/ operações de
logística
"O desafio das empresas está no impacto do serviço
ou prazo para entrega", diz Luis Gustavo Mariano, sócio da Flow Executive
Finders. Rafael Souto, CEO da Produtive concorda. Para ele, a dificuldade de
repasse do aumento de custos para o público final faz com que as corporações se
movimentem para reduzi-los junto aos fornecedores.
O que faz: É responsável pela movimentação de
materiais nas operações, seja pelo recebimento, movimentação interna ou
distribuição dos produtos. "Hoje, o diretor da área precisa se preocupar em
entregar mais rápido, de um jeito mais barato e da forma mais eficiente
possível", diz Mariano.
Perfil: Formação em engenharia, administração e
comércio exterior. Conhecimentos em PCP, Compras, Suprimentos, Logística e
trâmites de importação e exportação são requisitos.
10. Executivo de Segurança Física
As empresas sentem necessidade de um profissional
familiarizado com os processos e com pessoas, de acordo com Roberto Bonito,
gerente executivo da divisão de engenharia e logística da Talenses. "O fato de
o Brasil estar em um ano de muita movimentação de estrangeiros, aumenta ainda
mais a demanda", explica.
O que faz: É responsável pelos projetos de
segurança das empresas. Interage com alto escalão de executivos da empresa e
cuida de contratos milionários com empresas prestadoras de serviços de
segurança.
Perfil: É preciso ter inglês fluente e visão estratégica de negócios,
além de experiência na segurança de pessoas.
11. Intérprete de conferência
"A demanda por intérpretes deve atingir o pico em
2014, por causa da Copa do Mundo e eventos paralelos", diz Maria Eugênia Farré,
vice-presidente da APIC (Associação Profissional de Intérpretes de
Conferência).
O que faz: Responsável pela tradução simultânea em
eventos, reuniões e teleconferências. Também pode fazer interpretação de campo,
ou seja, acompanhar missões diplomáticas e delegações.
Perfil: Além da graduação em Letras e fluência em
duas ou mais línguas, é preciso ter cursos de interpretação de conferências
(existem modalidades de graduação ou pós nas PUCs de São Paulo e Rio de
Janeiro, na Universidade Gama Filho e curso de 2 anos da Associação Alumni).
Capacidade de trabalhar sob pressão, boa voz, boa memória e alto poder de
concentração também são requisitos, segundo Maria Eugênia.
12. Gestor de projetos
A capacidade de organização dos profissionais especializados
em projetos é demanda de empresas de todos os setores, segundo Maria Beatriz
Henning da Exceed.
O que faz: Responsável pela gestão do projeto no
nível macro. "Decide quais as áreas envolvidas, estabelece o cronograma de
ação, faz a apresentação e o acompanhamento, além de estabelecer as
implementações necessárias", segundo Fábio Saad, gerente sênior da divisão
financeira da Robert Half.
Perfil: Além das certificações da área, formações
em exatas são as mais indicadas, mas não é obrigatório.
13. Gerente geral ou de expansão de startups
"Empresas de diversos segmentos buscam o mercado
brasileiro como parte de sua estratégia de expansão global e procuram
profissionais com visão ampla de negócios no mercado local", diz Celia
Spangher, da Maxim Consultores.
O que faz: Tem o papel de iniciar a estruturação da
unidade local, muitas vezes, "do zero" e atingir as metas previstas dentro de
um cronograma pré-estabelecido.
Perfil: O perfil pessoal conta mais que a área de
formação acadêmica. "Requer extrema organização, agilidade e visão 360º, além
de sintonia fina com a gestão de pessoas e projetos", diz Celia. Além disso,
deve interagir com todos os envolvidos, desde a matriz até governo. Fluência em
inglês, espanhol e até um terceiro idioma é diferencial.
14. Gestor de pessoas e profissionais de recursos
humanos
A freada econômica este ano balançou alguns
setores. Neste contexto, contratar os melhores e reter os que ficam é
essencial. Além disso, os profissionais de RH são demandados para dar suporte
ao processo de expansão dos setores mais aquecidos, segundo Carlos Felicíssimo
Ferreira, da 4hunter.
O que faz: Recrutamento, treinamento,
desenvolvimento e retenção de pessoas. Basicamente, ele tem que pensar em "como
transformar todos os discursos em campanhas que engajem e motivem as pessoas",
afirma Luis Gustavo Mariano, sócio da Flow Executive Finders.
Perfil: Formação em administração, economia,
engenharia e psicologia.
15. Diretor Financeiro
"Em uma economia com baixo crescimento, as empresas
tendem a investir principalmente na área financeira, com o objetivo de
controlar custos e rever o orçamento", diz Rafael Souto, CEO da Produtive.
O que faz: Gerencia as áreas financeira e contábil,
desenvolve estratégias para contenção de despesas, controle do fluxo de caixa e
análise de riscos para a organização.
Perfil: Formação em Economia, Administração, Ciências Contábeis ou
Engenharia. Experiência na área financeira de empresas, como tesouraria,
controladoria, por exemplo.
16. Controller
"Com a economia mais recessiva, as organizações
buscam olhar para a área financeira, que é a responsável pelo controle de
custos", diz Rafael Souto da Produtive.
O que faz: Responde pela organização e planejamento
financeiro, controlando todo o sistema contábil e gerindo indicadores e
controles financeiros/contábeis da empresa, destaca Souto. "É o profissional
que precisa entender o passado e planejar o futuro na empresa", diz Caio De
Mase, da Robert Walters.
Perfil: Formação em economia, administração,
ciências contábeis, engenharia e direito. Experiência também na área financeira
e em auditoria contábil são requisitos. "As empresas buscam especialização na
função, se é um controller com experiência naquele segmento e conhece o dia a
dia do mercado, ele tem um diferencial competitivo", diz De Mase.
17. Gerente de compliance/de controles
internos/auditoria interna
A evolução das políticas internacionais e brasileiras
puxa a demanda, segundo Paulo Moraes, gerente executivo da divisão de finanças
da Talenses. A lei anticorrupção empresarial, que entrará em vigor em janeiro,
por exemplo demandará que as companhias tenham uma forte estrutura interna de
compliance.
O que faz: "Ele é o guardião das boas práticas
dentro da empresa", diz Bianca Azzi, sócia da Salomon & Azzi. É responsável
pelo mapeamento e identificação de riscos, mapeamento e melhoria de processos,
auditoria de processos, sistemas e informações, verificação, procedimentos e
controles em conformidade com legislação e regulação vigente e aplicada ao
setor.
Perfil: Formação em administração, direito,
economia e ciências contábeis.
18. Gerente contábil e/ou fiscal
A área contábil é vista como carro chefe da área de
finanças e a busca por maior controle por parte das empresas tem puxado a
demanda, de acordo com Fábio Saad, da Robert Half.
O que faz: É responsável pela contabilidade da
empresa, ativos, passivos, balanço e tributação.
Perfil: Formação em ciências contábeis. O
profissional deve ter inscrição no CRC (Conselho Regional de Contabilidade),
além de domínio da língua inglesa.
19. Consultor tributário
"Em momentos de dívida ou crise, as empresas buscam
alternativas fiscais para reduzir custos tributários e ter ganhos", diz Fábio
Salomon da consultoria Salomon & Azzi.
O que faz: Em linhas gerais, trabalha com o
planejamento tributário da companhia.
Perfil: Tende a ter uma formação mista em direito e
contabilidade. Nas empresas, a área, geralmente, está ligada ao setor
financeiro. Nos escritórios, os profissionais tendem a ter primeiro a formação
na área jurídica e, depois, a contábil.
20. Contador
Para sobreviver e crescer em momentos de crise,
mais do que nunca, as empresas precisam de um olhar estratégico sobre números.
"Fica muito mais fácil definir um plano já com este olhar financeiro", diz
Gabriela Coló, da Havik.
O que faz? "Não é mais o cara que vai apenas fazer
os relatórios da empresa. Hoje, ele tem uma participação mais efetiva no
negócio", afirma Gabriela Coló, da Havik.
Perfil: Formação em contabilidade e inglês fluente
21. Gestor de operações para mercado financeiro
Instituições financeiras querem melhorar a
eficiência das suas operações, segundo a headhunter Maria Beatriz Henning, da
Exceed.
O que faz: Gerencia as atividades técnicas e
administrativas, faz diagnósticos e revisão das operações da instituição para
buscar mais eficiência e controle.
Perfil: Formação em campos das ciências exatas "
Acapacidade de gerir e administrar processos e a experiência são mais
importantes do que a formação acadêmica", diz Maria Beatriz.
22. Advogado especializado em direito público e
regulatório
O aquecimento do setor de petróleo e gás, além de
infraestrutura, devem abrir novas frentes no setor. Destaque para o estado de
Rio de Janeiro, segundo informações de Bernardo Leite, sócio da Salomon &
Azzi no Rio.
O que faz? Faz o meio de campo entre as empresas e
a esfera pública. Atua nos processos de licitações, parcerias público privada e
até no chamado "lobby do bem".
Perfil: Além do bacharel em direito, é preciso ter
uma formação acadêmica muito forte na área pública e regulatória. Além de um
forte relacionamento com os governos.
23. Advogado especializado na área trabalhista
As movimentações internas das empresas, com cortes
e outras reestruturações, devem continuar a movimentar o mercado do direito
trabalhista, prevê Fábio Salomon da consultoria Salomon & Azzi.
O que faz: Atua desde as renegociações trabalhistas
até a parte litigiosa da área.
Perfil: Além da formação jurídica básica, deve ter
uma pós-graduação na área trabalhista com uma vertente em Direito Coletivo.
"Ele tem um perfil contencioso", afirma Bianca Azzi, sócia da consultoria.
24. Analista e gerente de TI
A implantação de sistemas eletrônicos de otimização
de processos cresceu nos últimos anos e deve continuar nos próximos.
O que faz: São profissionais responsáveis pela
implantação, acompanhamento e gestão de ferramentas e sistemas eletrônicos em
todas áreas de uma empresa.
Perfil: Formação na área de tecnologia da
informação, engenharia ou áreas correlatas, segundo Caio de Mase, da Robert
Walters As habilidades específicas e competências valem mais do que a formação
acadêmica.
25. Gerente e coordenador comercial de tecnologia
Para além dos canais tradicionais, a expansão do
mercado de aplicativos móveis demanda profissionais com foco no mercado. "As
novas tecnologias que estão se misturando com o mercado comercial, toda a área
busca profissionalização", diz Leonardo de Souza, da Michael Page.
O que faz: "Ele identifica possíveis patrocinadores
e parceiros. Tem também um papel de divulgação e posicionamento de marca",
descreve o especialista. "Ele deve mapear canais de geração de receita para a
empresa".
Perfil: Além do "tino comercial", também é preciso conhecimento técnico
do produto em questão.
26. Cientista de dados
A análise precisa dos dados que chegam aos sistemas
de computadores está se tornando fundamental para a construção dos planos
estratégicos das companhias, em ações de marketing, projetos de inovação e por
aí vai.
O que faz? Eles têm a função de colocar estas
informações dentro de um contexto para então encaminhar as análises para os
departamentos estratégicos.
Perfil: Formação em estatística com domínio das
ferramentas de extração e análise de dados. Destaque para quem entende muito do
negócio de um determinado segmento, segundo André Assef, da Desix.
27. Analista de infraestrutura de computação em
nuvem
"Por conta deste grande volume de informação, a
infraestrutura terá que ser eficiente", diz André Assef, da Desix.
O que faz? "Ele é o cara que monta o Lego para que
o sistema seja funcional e não falhe", compara o especialista. Em outros
termos, isso significa que o profissional tem a função de escolher os
hardwares e softwares, além de definir a melhor estratégia para conectar o
sistema entre si de modo que ele suporte a demanda.
Perfil: Formação em cursos ligados à área de
tecnologia, além de certificação na área.
28. Analista de segurança da informação
A combinação da necessidade de integrar sistemas
com a proliferação da computação em nuvem demanda estratégias de segurança da
informação mais complexas.
O que faz? "Ele deve conhecer todos os detalhes do
sistema. É ele quem define quem sai, quem entra e com o que entra, por
exemplo", diz André Assef, da Desix.
Perfil: Formação em cursos ligados à área de TI.
29. PMO
O amadurecimento do mercado de tecnologia no Brasil
tornou a figura do Project Management Office essencial. "Se não houver padrão,
qualidade, planejamento e controle da execução, elas perdem para a
concorrência", diz André Assef, da Desix.
O que faz? É o líder de uma equipe de gestores de
projetos. "Ele centraliza e cuida para que todos os pontos aconteçam dentro de
uma padronização e planejamento", explica o especialista.
Perfil: Formação em engenharias, principalmente
engenharia de produção.
30. Arquiteto de soluções
Por que estará em alta em 2014: A integração de
sistemas é cada vez mais presente entre as empresas, entre elas e os governos,
segundo André Assef, da Desix. "Jamais haverá eficiência se os projetos não
forem planejados e controlados com o mínimo de acerto", afirma.
O que faz? O papel é pensar na arquitetura de um programa de uma maneira
estratégica. "Ele monta caminhos para que os sistemas falem entre si", diz
Assef.
Perfil: Formação em cursos ligados à área de
tecnologia
31. Analista/Consultor Funcional SAP (diversos
módulos)
Elevada demanda de projetos e escassez de
profissionais especializados, de acordo com Henrique Gamba, gerente executivo
das divisões de TI e Telecom da Talenses.
O que faz: Análise de sistemas e processos de
negócios, customização e parametrização de sistemas de gestão corporativos.
Perfil: Formação em áreas de tecnologia e
experiência em projetos de implantação do sistema SAP.
32. Arquiteto da informação
A integração de sistemas é cada vez mais presente
entre as empresas, entre elas e os governos, segundo André Assef, da Desix.
O que faz? De olho nos dados, ele determina como
eles podem ser disponibilizados e conectados de uma maneira eficiente. "Ele
decide como se estrutura, consulta, recebe e armazena os dados", diz Assef.
Perfil: Formação em cursos ligados à área de
tecnologia
33. Arquiteto de TI
"Diversas empresas estão criando ou fortalecendo as
equipes de arquitetura para estabelecer padrões corporativos, a fim de reduzir
custos e riscos", diz Henrique Gamba, da Talenses. "Jamais haverá eficiência se
os projetos não forem planejados e controlados com o mínimo de acerto", afirma.
André Assef, da Desix.
O que faz: Responsável pelo desenho e definição de
padrões de arquitetura de sistemas, integração, organização e estruturação de
processos e subsistemas.
Perfil: Formação em áreas de tecnologia e
experiência em arquitetura corporativa. Conhecimentos específicos de frameworks
e padrões de arquitetura também são requisitos, segundo Gamba.
34. Profissional de TI especializado em plataforma
de e-commerce
O comércio eletrônico é um setor em expansão no
Brasil, segundo Juliano Ballarotii, da Hays.
O que faz: Projeta e desenvolve as plataformas para
comércio eletrônico.
Perfil: Formação em tecnologia da informação e
áreas correlatas
35. Gerentes/diretores vendas para área de
e-commerce
Também por conta da expansão do setor de comércio
eletrônico.
O que faz: Ele percebe as necessidades e tendências
de consumo para tomar as decisões a respeito do tipo de produto oferecido.
Perfil: A experiência e o perfil do profissional contam mais do que a
área de formação acadêmica, segundo Juliano Ballarotti, diretor da Hays.
36. Gestor de operações para e-commerce
O crescimento do comércio eletrônico exige ganho de
eficiência nas operações do setor, de acordo com Juliano Ballarotti, diretor da
Hays.
O que faz: É responsável pelas operações físicas
que envolvem o comércio eletrônico. Recebimento de mercadorias, controle de
estoque e envio da mercadoria ao consumidor.
Perfil: formações em exatas, especialmente
engenharia, são as mais indicadas
37. Diretores ou gerentes de vendas para mercado de
bens de consumo
O crescimento do poder de consumo das classes C e D
puxam os cargos comerciais ligados ao mercado de bens de consumo.
"Principalmente produtos de segunda necessidade, como cosméticos", diz Marcelo
Olivieri, gerente executivo da divisão de vendas da Talenses.
O que faz: Gestão comercial de produtos de bens de
consumo.
Perfil: Formação superior completa e experiência na
gestão de vendas de produtos de bens de consumo.
"Na área comercial, a formação pessoal é mais
importante do que a técnica", diz Fábio Saad, da Robert Half.
38. Diretores ou Gerentes comerciais das regionais
Nordeste
Muitos investimentos são direcionados para a área
comercial de grandes empresas na região Nordeste, segundo Marcelo Olivieri,
gerente executivo da divisão de vendas da Talenses.
O que faz: Responsável regionalmente pela gestão da
área comercial.
Perfil: Formação superior completa e experiência na
gestão de vendas de produtos de bens de consumo ou regional
39. Especialista de marketing com ênfase em redes
sociais e e-commerce (comércio)
"Muitas empresas estão migrando as verbas
publicitárias para as mídias online e adotando estratégias agressivas para
posicionar suas marcas no ambiente virtual", diz Rafael Souto, CEO da
Produtive.
O que faz: Responsável por administrar a marca no mundo
virtual, lançando campanhas de marketing, gerindo a imagem da organização nas
novas mídias e implementando ações de vendas eletrônicas.
Perfil: Formação em marketing, jornalismo,
publicidade e propaganda, administração com ênfase em marketing e áreas correlatas.
Experiência na área de comunicação/marketing e mídias digitais.
40. Gerente de expansão para varejo e atacado
"Mercado de supermercados de varejo e atacado dá
sinais positivos", diz Carlos Felicíssimo Ferreira, da 4hunter, que aposta que
a expansão deve se sustentar em 2014.
O que faz: Cria a estratégia de mercado, estuda as
regiões com potencial para expansão, e fortalece relacionamento com clientes.
Perfil: "O conhecimento do mercado e a experiência
no varejo são mais importantes do que a formação acadêmica", diz Ferreira.
Fonte: EXAME.com/Jornal Contabil.
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Mulheres intimidando mulheres no ambiente de trabalho
Publicado em
14/01/2014
às
17:00
Acredite se quiser: no trabalho, mais mulheres são
intimidadas e humilhadas por outras mulheres do que por colegas homens
Gritos, intrigas e sabotagem: sinais reveladores de que um bully está em
ação, montando armadilhas para colegas a cada passo (o termo bully, em inglês,
e usado para designar a pessoa que pratica o bullying, uma atitude de
agressividade física ou psicológica continuada, com o objetivo de intimidar ou
prejudicar alguém dentro de um grupo).
Segundo pesquisadores do ambiente corporativo, com os níveis de estresse
em alta nestes tempos de crise, tais encrenqueiros tendem a se tornar mais
agressivos e a incrementar o ataque.
Talvez não seja surpresa o fato de que a maioria deles seja formada por
homens, como revelou claramente uma pesquisa conduzida pelo Workplace Bullying
Institute, grupo de apoio as vítimas de bullying. Os bullies do sexo masculino
tem uma abordagem igualitaria ao agir, atacando homens e mulheres relativamente
na mesma proporção. Já as mulheres parecem preferir outras mulheres como alvo
em mais de 70% dos casos.
Mas esperem um pouco. O que e isso?
A simples menção de mulheres intimidando outras mulheres no ambiente de
trabalho parece estremecer as bases do movimento feminista. Como e que as
mulheres podem romper as barreiras da discriminação no trabalho se são
obrigadas a evitar os ataques verbais de outras mulheres em escritórios,
corredores e salas de reunião?
As mulheres não gostam de falar sobre o assunto, pois e algo tão
antiético em relação a maneira que supostamente deveríamos nos comportar em
relação a outras mulheres, disse a americana Peggy Klaus, executiva da área de
treinamento em coaching de Berkeley, Califórnia. Esperam que sejamos
acolhedoras e solicitas.
Pergunte as mulheres sobre disputas entre elas no ambiente de trabalho e
algumas irão destacar que pessoas de ambos os sexos podem agir com má conduta.
Outras irão concordar, com um movimento de cabeça imediato, enumerando exemplos
de como as mulheres? muito mais do que os homens? as maltratam.
Já fui sabotada por outras mulheres tantas vezes no trabalho que acabei
deixando o mundo corporativo para abrir meu próprio negócio, disse Roxy
Westphal, proprietária da empresa de produtos promocionais Roxy Ventures Inc.,
em Scottsdale, estado do Arizona. Ela ainda se lembra das ferroadas que levou
ao ser entrevistada por uma mulher trinta anos atrás. Ela acabou se
transformando em um pelotão de fuzilamento formado por uma única pessoa, conta
a empresaria, que acabou deixando o prédio em lagrimas na ocasião.
Jean Kondek, recém-aposentada depois de uma carreira de 30 anos em
publicidade, lembra-se da raiva que sentiu quando a gerente de uma pequena
agencia convocou uma reunião para critica-la na frente de seus colegas por ela não
ter seguido os procedimentos da agencia em uma situação de emergência com um
cliente.
Kondek disse, porém, que ela teve a palavra final na reunião. Ela conta
que pediu aos participantes para se retirarem, dizendo, em seguida, a gerente: não
e assim que se lida com isso.
Véu de silencio
Muitas mulheres que ainda se encontram no mercado de trabalho se
mostraram hesitantes em falar abertamente sobre o assunto, temendo tornar a
situação ainda pior ou mesmo pôr em risco suas carreiras. Uma contadora da
Califórnia conta que logo que entrou em uma empresa, recentemente, foi
intimidada por duas mulheres que ali trabalhavam. Ela afirma que uma delas
chegou a empurra-la durante uma discussão que tiveram no refeitório. E como se
tivéssemos voltado para o colegial, disse ela.
Uma executiva sênior disse que havia finalmente vencido o preconceito
até que outra mulher chegou para roubar seu emprego, dizendo a gerencia: e
impossível trabalhar com ela, ela não coopera.
Uma razão que leva as mulheres a escolherem outras mulheres como alvo
talvez seja a ideia de que elas podem encontrar alguém menos confrontante ou
menos propenso a responder a agressão com outra agressão, disse Gary Namie,
diretor de pesquisas do Worplace Bullying Institute, que coordenou o estudo em
2007.
Porém, pode ser que exista outra dinâmica em funcionamento. Segundo a
Catalyst, grupo de pesquisas sem fins lucrativos, depois de cinco décadas de
lutas pela igualdade, as mulheres hoje ocupam mais de 50% das posições de
gerencia, cargos profissionais e ocupações relacionadas. Entretanto, o censo de
2008 revelou que as mulheres representam apenas 15,7% dos executivos de alto escalão
e 15,2% dos diretores que fazem parte da lista Fortune 500.
Dois pesos e duas medidas
Especialistas em liderança se perguntam se as mulheres estão sendo excessivamente
agressivas por existirem tão poucas oportunidades de avanço. Ou seria isso um
estereotipo, uma falsa impressão de que as mulheres estão sendo excessivamente
agressivas? Existiriam dois pesos e duas medidas no ambiente de trabalho?
Pesquisas do grupo Catalyst sobre estereótipos de gênero sugerem que não
importa como as mulheres escolham liderar, os outros nunca acham que elas estão
certas. Além disso, o grupo também constatou que as mulheres precisam trabalhar
duas vezes mais duramente do que os homens para conquistar o mesmo nível de
reconhecimento e provar que podem liderar.
Se as mulheres em posições de liderança nos negócios agem de forma
consistente com os estereótipos de gênero, elas são taxadas de mole demais,
constatou o grupo através de um estudo em 2007. Se elas vão contra os
estereótipos de gênero, são consideradas duras demais.
As mulheres estão tentando descobrir a chave mágica para a porta do
reino, disse Laura Steck, presidente do Growth and Leadership Center em
Sunnyvale, Califórnia e executiva de treinamentos em liderança. Quando as
mulheres sentiram que precisavam ser agressivas para conseguir uma promoção,
disse ela, continuaram agindo assim. Então, de repente elas percebem a
necessidade de agir com mais coleguismo e cooperação, em vez de serem
competitivas.
Joel H. Neuman, pesquisador da State University of New York, em New
Paltz, afirma que o comportamento mais agressivo no ambiente de trabalho e
influenciado por diversos fatores que envolvem os bullies, suas vítimas e as
situações sob as quais eles trabalham. Isso incluiria questões relacionadas a
frustrações, traços de personalidade, percepções sobre tratamentos injustos e
uma serie de traumas associados ao ambiente de trabalho mais hostil e exigente
dos dias de hoje, disse ele.
Newman e seu colega Loraleigh Keashly, da Wayne State University,
desenvolveram um questionário de 29 perguntas para identificar um conjunto de
comportamentos que podem constituir o bullying, o que poderia ajudar empresas a
identificar problemas que geralmente passam despercebidos.
A pratica do bullying envolve formas verbais e psicológicas de
comportamento agressivo (hostil), persistindo por um período de no mínimo seis
meses. O questionário inclui perguntas do tipo: Nos últimos 12 meses, você
percebeu com regularidade que foi encarado de maneira hostil, foi tratado de
maneira grosseira ou sem respeito, ou ainda passou por uma situação em que
outras pessoas não negaram falsos rumores sobre você?
Mais comum do que se imagina
O Workplace Bullying Institute afirma que 37% dos trabalhadores já
sofreram bullying. Segundo dados do instituto, embora muitos empregadores
ignorem o problema, o mesmo acaba afetando o faturamento e os custos
relacionados a assistência medica e a produtividade. Segundo o instituto, ações
judiciais são raras, pois não existem leis que se aplicam a questão
diretamente, além dos altos custos envolvidos.
Duas pesquisadoras canadenses recentemente se propuseram a examinar o
tipo de bullying que ocorre entre mulheres. Eles constataram que algumas
mulheres podem sabotar outras por sentirem que ajudar suas colegas do mesmo
sexo poderia pôr em risco suas próprias carreiras.
Uma das pesquisadoras, Grace Lau, candidata ao título de Ph.D da
University of Waterloo, disse que o objetivo era encorajar as mulheres a
ajudarem umas às outras. Ela disse: Como? Uma maneira que propomos e lembrar as
mulheres que elas fazem parte do mesmo grupo.
Nós acreditamos que um senso de orgulho em relação as conquistas
femininas seja importante para fazer com que elas ajudem umas às outras, disse
Lau. Para ter este sentimento de orgulho, as mulheres precisam se conscientizar
de que compartilham de uma identidade comum.
Entretanto, e pouco provável que no ambiente de trabalho as mulheres
pensem sobre si mesmas com membros de um mesmo grupo, disse ela. E mais
provável que elas vejam a si mesmas como indivíduos, uma vez que são julgadas
por seu desempenho.
Como resultado, pode ser que as mulheres não sintam que precisam ajudar
umas às outras, disse ela. Elas podem até sentir que, para crescer, precisam
ser agressivas como suas colegas, escondendo oportunidades de promoções,
achando também que e mais fácil puxar o tapete de outras mulheres do que dos
homens porque supostamente as mulheres sã menos duras.
Klaus, a executiva da área de treinamento em coaching, comentou a
questão do bullying: Chegou a hora de lidarmos com este tipo de relacionamento
que as mulheres tem entre si, pois isso certamente está impedindo que tenhamos
o sucesso no trabalho que almejamos ou que deveríamos ter. Já temos obstáculos
suficientes, não precisamos criar mais outros.
Fonte: IG/Mickey Meece/NYT
-
Dossiê dos chefes insuportáveis
Publicado em
07/01/2014
às
17:00
Escritor lista os tipos de chefes mais odiados
e estratégias para não enlouquecer com eles
A
partir do ponto de vista do subordinado, chefe bom não existe. Pelo menos de
acordo com Beto Ribeiro, autor do livro "Eu odeio meu chefe!", da editora
Universo dos Livros. "No Brasil, onde todo mundo é emotivo, a gente tende a
achar que o chefe é amigão, parceiro", afirma. "Mas chefe bom é o que consegue
realizar as metas da empresa. E se precisar fazer cortes e dar promoção a outro,
ele vai fazer", acredita o escritor.
Ribeiro
também é autor de "Poder S.A. - Histórias Possíveis do Mundo Corporativo", obra
que inspirou boa parte dos 23 chefes perfilados em seu novo livro. "Muitas
histórias vêm de leitores e relatos de amigos e pessoas próximas", diz. Ribeiro
acredita que, se esses chefes são tão comuns, é porque, no fundo, eles têm
lugar no mercado de trabalho.
Para
encarar chefes terríveis de maneira leve e bem-humorada, o autor sugere como
lidar com cada um dos tipos e ainda ensina pequenas vinganças, como deixar
todos os dias de manhã um copo usado de café sobre a mesa dele. "Já fizeram
isso comigo. A do copinho de plástico eu não suporto", diverte-se Ribeiro.
"Todos os exemplos são tirados da vida real." E a principal dica: manter a
rotina com bom humor. "Fica mais fácil de levar as coisas", acredita o autor,
que comenta dez perfis ao Delas.
1. Chefe Indicação
Imagine
uma tartaruga em cima do poste. Se ela chegou lá, alguém a colocou. Logo, só
vai sair se alguém tirá-la do topo. É como funciona o Chefe Indicação. "Está na
mesa de chefe porque tem boas conexões", diz Ribeiro. Geralmente, é parente ou
amigo do dono, costuma não entender nada do trabalho do qual é responsável e
chega a atrapalhar a equipe.
Às
vezes, é até melhor quando esse tipo de chefe não interfere muito, porque
atrapalha menos. Para sobreviver e crescer numa empresa com um Chefe Indicação,
o melhor a fazer é ajudá-lo no que puder e se tornar o seu braço direito. Se
ele confiar, você pode ganhar proteção. De repente, até consegue até migrar
para uma área melhor...
Chefe
Não!
Diz "não" para tudo, independentemente do pedido ou projeto. Parte
disso é só pose, o objetivo é manter os subordinados quietinhos e trabalhando
sem questionamentos. O "não" é usado como forma de intimidar e barrar
os funcionários "chatos" que têm mania de inovar. São comuns em empresas S/A,
com marcas importantes e reconhecidas no mercado, mas com pouca inovação. Para
lidar com esse chefe, ganhe pelo cansaço. "Tente perguntar 'por que não?' e
veja-o escorregar na própria armadilha", sugere Ribeiro. A tendência é ele
dizer "sim" só para se ver livre de você.
Chefe
Novela Mexicana
Como todo mundo, tem problemas no casamento, com os filhos, o carro que precisa
ser levado na oficina, exames médicos... Mas faz questão de resolvê-los em alto
volume no telefone da empresa. "Tudo é um drama na vida dessa pessoa", resume
Ribeiro. O funcionário que for esperto vai se oferecer para cuidar de algumas
tarefinhas do chefe Novela Mexicana para que ele possa resolver sua complicada
e turbulenta vida pessoal. "Sempre que perguntarem onde seu chefe está, diga
apenas "Não sei..." e mostre desconforto no olhar", recomenda Ribeiro. Para
ele, chefe que deixa a equipe se estrepando sozinha não merece lealdade.
2.
Chefe Tropa de Elite
Ele vai tentar de todas as maneiras fazer seus
funcionários "pedirem para sair". Pressão máxima é com ele mesmo. Se você
trabalha com um Capitão Nascimento de gravatas, essa pode ser uma excelente
oportunidade para exercitar a humildade: as ideias dele sempre serão melhores e
você terá o desempenho avaliado abaixo do esperado, invariavelmente. Esses
chefes costumam ser encontrados em indústrias que cobram altos resultados, como
bebidas, varejo e as pontocom. Se você se sente muito incomodado e isso afeta sua
saúde mental ou física, então não tem jeito: "Peça demissão. Esse tipo de chefe
não vai mudar e ainda tem todo o apoio da diretoria", afirma Ribeiro
Chefe 171
Difícil de identificar. Geralmente, os chefes 171 são talentosos nos golpes e
na arte da enrolação. "Dá espaço" para a equipe resolver os problemas e
aparecem para colher os louros. Como têm bom trato social, acabam queridos por
todos, mesmo não primando pela ética, caráter e comprometimento. "É o tipo
canastrão que leva seu 'time' para a churrascaria no fim do ano e comemora os
resultados. Para a conta, pede nota mais alta e solicita reembolso da empresa",
diz. Muito cuidado ao tentar desmascarar esse chefe: ele é capaz de contornar a
situação e fazer a equipe se dar mal.
3. Chefe Vergonha Alheia
Lembra
muito o Michael Scott, gerente da Dunder Mifflin, a fábrica de papel onde
ocorrem os episódios da série americana The Office. Piadas inconvenientes,
intimidade forçada, exagero na bebida do happy hour da equipe e todo tipo de
situação vergonhosa pode acontecer sob a tutela dele.
Não
é uma má pessoa, mas é inconveniente. "Um constrangimento só", de acordo com
Ribeiro. Florescem em empresas que começaram pequenas e depois crescem muito. A
melhor forma de lidar com o Vergonha Alheia é frear maiores envolvimentos
Chefe
Ao Mestre com Carinho
Nada mais edificante do que um superior que compartilha conhecimento e
experiência de vida, mas o Ao Mestre com Carinho vai além. O problema desse
tipo de chefe é que ele divide tudo, inclusive com quem não quer ouvir. "É um
paizão, adora ensinar os outros", diz o autor de "Odeio meu chefe". "Até porque
só ele sabe fazer as coisas", diz Ribeiro. Abunda em departamentos
burocráticos, como jurídico, financeiro e administrativo. O melhor a fazer é
aprender o que puder absorver e deixar que ele brilhe da forma que tanto
almeja.
Chefe Dono
É fácil encontrá-los nas empresas de família, as que têm o sobrenome dos donos
ou que abriram várias filiais pelo país, em ramos como comida rápida, roupa ou
pequenas redes de supermercado. "Ele adora ser 'o dono da empresa', do seu
trabalho e, se você deixar, da sua vida também", descreve Ribeiro. Ou você
entra no jogo ou pula fora do barco, porque nessa gestão centralizada, quem dá
as regras é ele.
4. Chefe Sonhar não custa nada
,
Projetos
revolucionários, ideias inovadoras, contratações para montar o dream team. Na
cabeça dele, a diretoria vai aprovar o orçamento pedido e todos os seus sonhos
se tornarão realidade - até que a dura realidade vai obrigá-lo a acordar: nada
disso vai acontecer.
"Não
embarque na onda do chefe Sonhar Não Custa Nada", diz Ribeiro. Para o autor, o
melhor a fazer é se fingir de morto até esse chefe ser substituído, porque em
geral, a duração desse tipo numa empresa é curta, já que os resultados costumam
não aparecer.
Chefe
Grito
Ele já chega gritando, e nas melhores manhãs, até o "bom-dia" tende a ser
áspero. A gritaria começa com a recepcionista, passa pelo estagiário, gerentes
e segue empresa afora - claro que ele vai gritar com você também, tendo motivo
ou não. Se receber uma chamada de telemarketing, ele vai atender aos berros, e
pode contar que você vai saber de todos os problemas pessoais da vida do
sujeito - a conta da tevê a cabo que veio errada, a empregada que faltou, o
filho que ficou de recuperação. Beto aconselha gritar mais alto. "Geralmente
esses bobos têm a autoestima muito baixa", ressalta. Se não funcionar, você
perde o emprego, mas pelo menos gritou de volta.
Fonte:
iG São Paulo/
Verônica Mambrini
-
10 comportamentos insuportáveis no trabalho
Publicado em
23/12/2013
às
17:00
Um bom relacionamento com
as pessoas dentro do ambiente de trabalho é essencial tanto para a carreira
como para a qualidade de vida. Mas manter um clima amistoso com os colegas
profissionais nem sempre é fácil. Desagradáveis e até mal intencionados, alguns
perfis desafiam a convivência com piadas excessivas, reclamações ou mesmo
puxando o tapete dos outros. A psicóloga Juliana Saldanha, consultora de
recursos humanos do Grupo Soma, orienta sobre as melhores reações. Selecionamos
dez comportamentos insuportáveis no trabalho e dicas para lidar com cada um
deles:
1. INJUSTIÇADA
Reclamona, ela tem certeza que os chefes a
perseguem - e percebe isso em cada olhar ou comentário. Passa muito tempo
"alugando" os colegas com as suas lamentações. É extremamente sentimental e não
tem foco no trabalho. Geralmente deixa a desejar profissionalmente, mas, mesmo
assim, jura que é muito competente.
"O perseguido é um perfil difícil até porque não
se sente assim só no profissional. Se um carro espirrar água de poça nela,
também vai achar que é pessoal. Mas fugir das responsabilidades, ser a vítima,
às vezes é insegurança", aponta Saldanha. O segredo é não entrar na onda e
começar a reclamar dos chefes também.
2.
FALSO
BONZINHO
Parece um anjo à primeira vista. Cordial, faz questão de estabelecer
boas relações com todos os níveis hierárquicos. Cedo ou tarde você ficará
sabendo de intrigas pesadas feitas pelas costas envolvendo o seu nome. Ele vai
negar tudo e sair pela tangente. Mas não se engane, mês que vem tem mais!
O famoso "duas caras" é mais um caso de insegurança, segundo a
consultora. "Acredita que para crescer não pode ser ele mesmo. Devemos evitar
generalizações, mas normalmente essa pessoa tem segundas intenções e quer levar
vantagem", diz ela. Mas não tente desmascarar o "anjinho". É melhor manter
distância.
3.
FOFOQUEIRA INCORRIGÍVEL
Ela parece um radar: está sempre por dentro de tudo que acontece na vida
dos outros funcionários e, por isso, não dedica muito tempo ao trabalho. Tende
a envolver as pessoas em suas falações e pequenas maldades. Critica a roupa e
cabelo das colegas, mas no fundo inveja cada centímetro.
"Falamos que a pessoa tem que ter bom senso, mas isso é relativo porque
as experiências de vida são diferentes", avalia Juliana. Sair de fininho das
conversas sobre terceiros é a melhor forma de agir. A fofoca só existe porque
alguém está ali para ouvir. "Não precisa dizer que não quer falar com ela, mas
sinalize que tem outras prioridades e não seja conivente. Busque neutralidade",
orienta.
4. PUXA-SACO BAJULADOR
É um clássico no mundo corporativo. Em suas relações, classifica as
pessoas por cargos - e o mais humilde não costuma receber atenção. Está sempre
pronto para elogiar o chefe, mesmo que sutilmente, e extrai dessa prática a
segurança que precisa para continuar empregado.
Nada de fazer igual para ganhar pontos! "Um chefe com vivência maior
consegue perceber que está sendo bajulado", diz Juliana Saldanha. Portanto,
ninguém perde pontos para o puxa-saco. Existem pessoas solícitas naturalmente,
sem forçar a situação. "Não se iguale nem seja ingênua", recomenda a consultora.
5. OVERSHARING
Ela (ou ele) fica falando de coisas que ninguém realmente quer saber - e
normalmente num tom de voz que os obriga a isso. Usa o telefone da empresa para
discutir com a madrinha, com o atendente da TV a cabo ou com a amiga que
insiste em ficar com aquele cara que não a merece.
Se você der a mínima corda, a "oversharing" vai explicar seus problemas
em detalhes, sem perceber que você está olhando para o outro lado. No limite,
entram em assuntos constrangedores - escatológicos, sexuais, patológicos.
"Ambiente corporativo não é consultório sentimental. Mas as pessoas só falam
muito porque alguém escuta", diz Saldanha. Com medo de passar por chato, quem
ouve as histórias excessivas nem sempre consegue sinalizar que aquilo invade a
liberdade do seu ouvido. A dica é cortar o assunto e não fazer comentários que
vão aumentar o diálogo.
6.
CARREIRISTA ESPERTINHO
Está no jogo para ganhar. Ser bem sucedido é quase uma
obsessão. Fala o que os chefes gostam de ouvir e não pensa duas vezes ao passar
a perna em alguém. Costuma ser competente em suas funções, mas extremamente
desleal com os colegas.
A dica aqui é simples: nunca compartilhe ideias e projetos com ele, por mais
bacana que possa parecer na mesa de bar. Ele vai roubar seusinsights , não
duvide disso. Se apegue aos assuntos genéricos, comente sobre o tempo, o
programa de TV, o futebol...
7. ULTRASEXY
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Ela "dá mole" para os caras, mas se faz de sonsa
e desentendida se algum deles reage. No escritório, todo mundo percebe a
paquera com o colega: risadinhas, brincadeiras de mão e outras práticas
irritantes dominam o ambiente. Tem certeza que é a garota mais desejada da
empresa, e tenta tirar algum benefício disso.
"Provavelmente ela não acredita na sua
competência profissional. É preciso que a equipe seja assertiva para mostrar
que não gosta daquilo", recomenda Juliana. E evite qualquer elogio à maquiagem
ou roupas que possa inflar ainda mais esse ego.
8. GALÃ OFICIAL
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Ele não anda pelo corredor, desfila. Não cumprimenta as
colegas, joga beijos e piscadinhas. Conta vantagens na hora do almoço para os
outros homens e, muitas vezes, mente descaradamente sobre "aquela gata da
academia" que nunca existiu.
"Não fique achando que você é a rainha da cocada preta só porque o cara fez uma
brincadeira", diz a psicóloga. Geralmente não é pessoal, esse tipo tende a
repetir as gracinhas com todas as outras meninas do andar. Mas se ele
extrapolar ou passar dos limites, então expresse seu sentimento com clareza,
mas de forma suave. Não é preciso brigar com o garotão bobo e ficar marcada no
andar pela sua agressividade.
9. MATRACA SOLTA
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Ela não para de falar e
tende a ser inconveniente. Faz comentários (geralmente dispensáveis) sobre tudo
e atrapalha a concentração dos colegas que querem trabalhar. Em reuniões, os
chefes chamam sua atenção por estabelecer conversas paralelas.
Não entre no enredo que a
pessoa está contando. Deixe que ela fale (quase) sozinha e mantenha os olhos na
tela do computador ou folha do caderno. Dessa forma, ficará claro que você não
está disponível e o assunto acaba mais facilmente. "Aos poucos as conversas vão
diminuindo", aposta Juliana.
10. PIADISTA SEM GRAÇA

Não fez curso de palhaço, mas quer sempre ser o mais divertido. Tenta
copiar o colega engraçado de verdade, que tem timing e boas
sacadas, mas nunca consegue. O problema? Ele continua insistindo e torrando a paciência
dos colegas com suas piadas tolas.
A principal lição é parar de dar risadas forçadas. O sorriso, mesmo
amarelo, prolonga o constrangimento coletivo e dá corda para o falso comediante
continuar seu show. "A comunicação envolve as duas pessoas. Se o cara está
vendo algum sinal de espaço ali, então vai falar mesmo", aponta Juliana
Saldanha.
Fonte: Redação, iG São Paulo.
-
Chefe homem ou chefe mulher?
Publicado em
16/12/2013
às
17:00
Algumas preferem trabalhar sob o comando dos
marmanjos e ficar de fora da competição entre quem fica em cima do salto. Outras
preferem um ambiente completamente delas. Afinal, existe mesmo alguma
preferência? O que será melhor: chefe homem ou mulher?
Poucas
mulheres ocupam o cargo de chefia nas grandes empresas. São minoria e, para
muitas profissionais, tudo continuará assim. Pesquisa realizada pela
Universidade de Brasília mostra que 85% das representantes do sexo feminino
preferem ser lideradas por homens (quando o assunto é trabalho, claro). O que
os homens acham disso? 95% deles também concordam com a escolha.
Elas
dizem
A
administradora de empresas Ana Clara Magalhães, 34, trabalhou por 5 anos em uma
multinacional e passou todo esse período sob o comando de uma poderosa. A
convivência não foi fácil. Achei que seria muito melhor ser comandada por
alguém que entende o mundo feminino. Mas a competitividade era super agressiva.
Além dos assuntos de trabalho, competíamos em tudo: roupa, peso, namorados,
viagens. Era sempre um ringue, lembra ela.
A
assombrosa cultura machista tem lá a sua culpa. Mulheres sempre foram encaradas
como incompetentes, frágeis e burras. Para mostrar que nada disso fazia
sentido, muitas delas resolveram ter a mão de ferro e o pulso firme. E a
probabilidade de soar como exagero era grande demais. Chefe mulher tem mais
dificuldade para se impor e tem de se mostrar muito preparada e com
conhecimento acima dos subordinados. O subordinado vê com desconfiança o
conhecimento da chefe e isso facilita uma contestação, explica Lino Resende,
especialista em Comunicação Empresarial e Mestre em História Política.
Eles
dizem
O
economista Paulo Moraes, 38, teve boas experiências com chefes mulheres. Mas,
se pudesse escolher, seria sempre comandado por homens. Elas são 8 ou 80.
Algumas eram emotivas demais, outras duronas. Parece que sentiam dificuldade em
liderar uma equipe. Uma fala mais grosseira podia ser motivo de chateação para
elas ou motivo de demissão para a gente, os cuecas do escritório, comenta
Moraes.
O
preconceito já enraizado na grande maioria da população bloqueia o olhar do
empregado para o empregador. A impressão, de início, é que as mulheres são
menos competentes que os homens. E é isso que pode levar o subordinado à
contestação ou ao não acatamento de uma orientação. Por isso a necessidade das
mulheres demonstrarem, mais do que os homens, sua competência, explica o
especialista.
A
presença de mulheres nos cargos de liderança aumenta a cada dia, mas ainda é
pequeninha se comparada aos homens. E isso traz características fortes na sua
atuação. Ainda há machismo. E ainda há prevalência dos homens. Daí, a maior
dificuldade das mulheres, conta Lino Rezende.
Ponto
de vista
Mas
será que essa preferência também não depende do que cada empregado espera do
seu chefe? Não vejo a questão como sendo de pontos negativos ou positivos de
cada um, mas da forma de abordagem que homens e mulheres têm. As mulheres são
mais detalhistas e negociadoras. Os homens são mais diretos e autoritários,
comenta Lino.
O
importante é fugir um pouco das comparações e entender as diferenças. Homens e
mulheres não são iguais e isso só tem que trazer benefícios ¿ tanto para quem
comanda como para quem é comandado.
Fonte: Ig/
Glycia Emrich
-
Diferença salarial entre gêneros aumenta conforme grau de escolaridade
Publicado em
15/12/2013
às
17:00
Quanto
mais elevado o grau de escolaridade das mulheres no mercado de trabalho, maior
a diferença salarial na comparação com os homens. Os dados estão na Síntese de
Indicadores Sociais - Uma análise das condições de vida dos brasileiros,
divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A partir dos dados
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013, o estudo revela que
em 2002, o rendimento das mulheres era equivalente a 70% do rendimento dos
homens. Dez anos depois, em 2012, a relação passou para 73%. No grupo com 12
anos ou mais de estudo, o rendimento feminino cai para 66% da renda masculina.
"No caso das mulheres a gente identifica que, à medida que avança a
escolaridade, a desigualdade de rendimento entre homens e mulheres aumenta",
explica a pesquisadora do IBGE, Cristiane Soares.
Outro destaque é a ocupação dos cargos gerenciais. A pesquisadora do IBGE
ressalta que o acesso de mulheres com 25 anos ou mais aos cargos de direção
ficou em 5% para as mulheres e 6,4% para os homens. "Mesmo em setores em que as
mulheres são maioria, como os setores de saúde, educação e serviços sociais, há
uma desigualdade maior entre homens e mulheres". Nessas áreas, o rendimento das
mulheres em cargo de chefia corresponde a 60% do rendimento dos homens.
Os dados revelam também que as mulheres ainda são maioria na ocupação de
trabalhos precários e não remunerados, o que diferencia os gêneros na inserção
no mercado. "Comparando a jornada entre homens e mulheres, a gente trabalhou a
questão do rendimento-hora, justamente porque a mulher tem uma jornada um pouco
inferior à dos homens no mercado (formal)."
A síntese de indicadores apontou que as mulheres trabalham menos horas no
mercado formal de trabalho, mas fazem o dobro da jornada dos homens nos
afazeres domésticos. Em 2012, os homens trabalharam em média 42,1 horas por
semana, enquanto a jornada das mulheres ficou em 36,1 horas. Para os afazeres
domésticos, no entanto, as mulheres dedicam 20,8 horas enquanto os homens trabalham
dez. Na comparação com 2002, houve redução em cerca de duas horas na jornada
doméstica feminina, enquanto a masculina se manteve igual.
A pesquisadora do IBGE explica que o estudo adotou a definição mais ampla de
trabalho, que engloba não somente o formal, mas também os afazeres domésticos.
"Nessa análise por sexo a gente mostrou que a inserção das mulheres no mercado
de trabalho é diferenciada, comparativamente à dos homens. As mulheres estão
mais concentradas no trabalho doméstico, na produção para o próprio uso, para o
próprio consumo, como trabalho não remunerado".
Fonte: http://economia.terra.com.br
-
Tribunal rejeita pena de confissão ficta por atraso do empregado em dois minutos na audiência
Publicado em
28/11/2013
às
17:00
A confissão ficta foi
aplicada pelo juízo de primeiro grau.
O
fato de uma das partes chegar com atraso de dois minutos após o início de uma
audiência não pode ser considerado motivo suficiente para que o juízo aplique a
ela a pena de confissão ficta (quando se presumem verdadeiros os fatos alegados
pela parte contrária no processo). A decisão foi da Oitava Turma do Tribunal
Superior do Trabalho, que considerou o atraso ínfimo e negou provimento a
recurso da Transmagna Tranporte Ltda., de Santa Catarina, que pretendia
restabelecer sentença que aplicou a pena de confissão aplicada a um trabalhador
que acionou a Justiça do Trabalho contra a empresa.
A confissão ficta foi aplicada pelo juízo de primeiro
grau. Em sua defesa, o trabalhador argumentou que teria se atrasado para a
audiência por estar conduzindo uma de suas testemunhas, que estava com o pé
quebrado. Destacou que a audiência estava designada para as 11h, mas somente
teve início às 11h06, e que teria chegado à sala de audiências às 11h08. Ainda
segundo ele, após apregoadas as partes, sua advogada comunicou ao juízo seu
atraso por "problemas no trânsito". O Regional reverteu a decisão de
primeiro grau após considerar ter havido de parte do juízo rigor excessivo
acerca da pontualidade.
Ao
relatar o caso na Turma, desembargador convocado João Pedro Silvestrin, lembrou
que, de acordo coma Orientação Jurisprudencial 245 da
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), não há previsão
legal quanto à tolerância para com atraso no horário de comparecimento da parte
à audiência. Ressaltou, porém, que se deve "prestigiar o princípio da
razoabilidade no momento da aplicação da penalidade de confissão ficta, bem
como os princípios da informalidade e da simplicidade, que regem o Processo do
Trabalho".
O
relator destacou em seu voto que, de acordo com a decisão regional, o atraso
não teria causado prejuízo às partes ou a realização de ato processual
relevante naquele espaço de tempo. Dessa forma, considerou evidente a ausência
de razoabilidade na sentença do primeiro grau e decidiu pela manutenção da
decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), que entendeu ter
havido rigor excessivo por parte do juízo acerca da pontualidade.
Processo: RR-995-45.2012.5.12.0030
http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/turma-rejeita-pena-de-confissao-ficta-por-atraso-de-dois-minutos-na-audiencia?redirect=http%3A%2F%2Fwww.tst.jus.br%2Fnoticias%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_89Dk%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-3%26p_p_col_pos%3D1%26p_p_col_count%3D5
Fonte: TST/
Dirceu Arcoverde.
-
Tribunal do Trabalho divulga calendário oficial para 2014
Publicado em
22/11/2013
às
17:00
O Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT)
publicou nesta segunda-feira (17) o calendário oficial do Tribunal Superior do
Trabalho para o próximo ano.
Baixe aqui o calendário.
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho (18.11.2013)
-
Empresa que empresta dinheiro ao empregado
Publicado em
13/11/2013
às
13:00
Num
primeiro momento não há impedimentos legal, desde que não desconte mais de 30%
dos rendimentos disponíveis do empregado e não haja cobrança de juros, pois
isso poderia ensejar enrequecimento sem causa previsto no código civil art.
884. O limite de 30% para respeitar a Lei 10.820 de 2003.
-
Treinamentos in company são tendência, apontam especialistas
Publicado em
04/11/2013
às
13:00
"Os
treinamentos in company traduzem de maneira mais eficiente a cultura e as
competências organizacionais, o diferencial competitivo da organização", afirma
a diretora de capacitação da seção gaúcha da Associação Brasileira de Recursos
Humano (ABRH-RS), Gabriela Pezzi. A executiva também vê nos treinamentos
internos uma tendência, que já vem há bastante tempo, tanto na indústria quanto
no comércio.
Gabriela
ainda afirma que a eficácia das capacitações aumenta porque o plano de aula é
construído de forma conjunta entre a companhia e, geralmente, um consultor ou
empresa de ensino. "Tem muito a ver com o jeito único de ser da empresa,
difícil de ser copiado. A própria atmosfera do grupo e os cases que são
trabalhados, dificilmente o profissional tem como buscar isso no mercado",
continua ela, acrescentando que a capacitação externa também pode ser buscada
em casos de pequeno número de funcionários ou de alguma qualificação muito
específica.
A
docente do curso de Gestão em Recursos Humanos, Administração e Hotelaria da
Faculdade Senac de Porto Alegre Rosângela Ligabue também afirma ser essa uma
iniciativa capaz de gerar bons resultados para as companhias. "A tendência é as
organizações darem conta da formação dos profissionais internamente, porque não
vem pronto", afirma. "Porém, é um investimento que leva tempo, de médio e longo
prazo, e tem que ser uma constante, com acompanhamento, monitoramento do
desempenho, feedback. Não dá para fazer um mês e achar que já está bom",
continua a docente.
Fonte: Jornal do Comércio - 28/10/2013 - Página 03
-
9 dicas para controlar o estresse e a ansiedade no trabalho
Publicado em
13/08/2013
às
13:00
Para identificar suas
verdadeiras fontes de estresse, olhe de perto para seus hábitos, atitudes e
desculpas
Pesquisa
feita pela empresa de recrutamento Robert Half em 13 países revelou, em junho
deste ano, que os brasileiros são os mais estressados no mercado de trabalho.
Segundo o levantamento, 42% dos profissionais do país convivem frequentemente
com o estresse e a ansiedade gerados pelo emprego, diante de 11% na média dos
demais países. O excesso de trabalho (52%) e a falta de reconhecimento pelo
desempenho (44%) foram apontados como os principais geradores de estresse e
ansiedade nos colaboradores - uma contradição, pois as empresas costumam
reconhecer exatamente os profissionais que dominam múltiplas funções. "As
companhias precisam equilibrar essa equação", afirma Marcela Esteves, gerente
da divisão de finanças e contabilidade da Robert Half. Para enfrentar esse
problema, 60% das empresas apostam no trabalho em equipe e 51% acreditam na
reestruturação das funções de trabalho e tarefas. Enquanto isso não ocorre na
prática, Rita Passos, diretora de comunicação da Associação Brasileira de
Qualidade de Vida (ABQV), listou nove dicas que podem ajudar os profissionais a
controlar o estresse e a ansiedade no trabalho.
Identifique
suas fontes de estresse
Para
identificar suas verdadeiras fontes de estresse, olhe de perto para seus
hábitos, atitudes e desculpas. Às vezes ignoramos os sentimentos, pensamentos
ou comportamentos que são indutores de estresse. Por exemplo: você pode estar
sempre preocupado com prazos curtos para finalizar suas tarefas, mas não
reconhece que é a sua procrastinação e não as demandas do trabalho que levam ao
estresse. Até que você aceite a responsabilidade pelo papel que você desempenha
em criá-lo ou mantê-lo, seu nível de estresse vai permanecer fora do controle.
Estabeleça
prioridades
Calcule
o tempo necessário para cada tarefa e dê prioridade às mais importantes. Não
lote a agenda; reserve tempo para os imprevistos. O ideal é reservar 15 minutos
do fim de semana, quando você está mais relaxado, para planejar a semana
seguinte com calma.
Não
tente controlar o incontrolável
Muitas
coisas estão além do nosso controle - principalmente o comportamento das outras
pessoas. Em vez de tentar mudá-las ou reclamar, foque naquilo que você pode
controlar, como a maneira que você escolhe para reagir aos problemas.
Conte
com o outro
Procure
cercar-se de pessoas positivas no ambiente de trabalho e na sua vida pessoal.
Ter com quem desabafar e sentir-se apoiado pode ajudá-lo a diminuir a tensão e
enxergar saídas para os problemas. Buscar ajuda é sinal de força, e uma maneira
de retornar mais rapidamente ao estado de equilíbrio. Se você sentir que o
estresse está dominando sua vida, procure ajuda profissional.
Decida!
O
estresse crônico afeta a nossa capacidade de tomar decisões. É claro que
existem situações em que é preciso refletir muito bem sobre as consequências do
caminho que tomamos, mas você leva meia hora para tomar pequenas decisões.
Decida! Isso vai tirar um peso desnecessário de suas costas.
Respire...
Você
está se sentindo sobrecarregado, tenso ou ansioso? Respirar profunda e
lentamente pode ajudar nos momentos de estresse agudo. Sente-se
confortavelmente, feche os olhos se puder, e inspire cinco segundos, segure e
expire pelo nariz contando até dez. Repita cinco vezes. Essa técnica simples
vai ajudá-lo a relaxar, combater os sintomas da ansiedade e do estresse,
restaurar o equilíbrio e eliminar toxinas de seu corpo.
Reserve
tempo para relaxar.
Cuidar
de si próprio é uma necessidade, não um luxo. Reservando um tempo para se
divertir e relaxar, você vai conseguir lidar melhor com as dificuldades. Você
pode dar uma caminhada, tomar um banho quente, acender velas perfumadas, fazer
uma massagem, ouvir uma música, assistir a um bom filme, telefonar para um
amigo com quem não fala há muito tempo. Esse é seu tempo para recarregar as
baterias.
Cultive
bons hábitos
Você
pode aumentar sua resistência ao estresse cuidando da saúde física. Exercite-se
regularmente (pelo menos 30 minutos, três vezes por semana). Faça refeições
balanceadas e nutritivas, mastigue lentamente e evite fazer outras coisas ao
mesmo tempo. A automedicação também pode fornecer um escape fácil para o
estresse, mas lembre-se que o alívio é apenas temporário. Durma o suficiente
para se sentir descansado para enfrentar a sua rotina diária.
Mantenha
seu senso de humor
O
bom humor é um poderoso antídoto para o estresse. Isso inclui a habilidade de
rir de si mesmo. A risada ajuda seu corpo a aliviar a tensão física e o
estresse, provocando a liberação de endorfinas, fortalecendo seu sistema
imunológico e melhorando a sensação geral de bem-estar.
Fonte: Gazeta do Povo/Cíntia Junges.
-
Empregada repreendida por superiores de forma agressiva e desproporcional será indenizada
Publicado em
09/08/2013
às
13:00
Ela disse que foi advertida
de forma vexatória perante terceiros após cometer um ato equivocado
Ninguém
discute a possibilidade de o empregador gerenciar o trabalho de seus
empregados, ensinando a eles a forma correta e esperada de realizar as suas
funções. Está ainda entre os direitos do empregador o de aplicar punições ao
trabalhador, em caso de desídia. Contudo, há larga distância entre tratar do
assunto reservadamente ou fazer isso diante de terceiros. Com essas palavras, o
juiz Marco Antônio da Silveira, em sua atuação perante a 39ª Vara do Trabalho
de Belo Horizonte, deu razão a uma trabalhadora que alegou ter sofrido
constrangimentos e ofensas no seu ambiente de trabalho. Ela disse que foi
advertida de forma vexatória perante terceiros após cometer um ato equivocado.
Segundo
apurou o magistrado, o equívoco por parte da empregada, no que se refere à
dispensa dos membros da sua equipe de trabalhar em um sábado, ficou
evidenciado. O fato foi admitido pela própria trabalhadora, que confessou ter
interpretado erroneamente as regras de uma campanha de cumprimento de metas,
razão pela qual agiu de forma contrária à expectativa da empresa.
De
acordo com o juiz sentenciante, a análise da prova oral demonstrou a prática de
assédio moral por parte das superioras hierárquicas da empregada, que chamaram
a atenção da empregada, na frente das colegas, por conta do equívoco cometido
por ela. E isso foi feito de forma agressiva e desproporcional, ferindo a
imagem profissional da empregada perante terceiros, o que se traduz em prejuízo
moral.
Tecendo
considerações sobre o dano moral, o juiz destacou que os direitos da
personalidade, que encerram em seu bojo o valor da dignidade, situam-se em uma
esfera que abraça a proteção e valorização da pessoa humana ¿ e isto é
inviolável. Mas uma vez violados esses direitos, impõe-se a reparação, também
como medida educativa e punitiva, pela lesão causada aos direitos que não têm
conotação patrimonial.
Assim,
e constatando a ocorrência de prejuízo moral para a trabalhadora, o juiz
sentenciante arbitrou a indenização em R$2.000,00, considerada a extensão do
dano e a capacidade financeira da empregadora.
As
partes recorreram da sentença, mas esta foi mantida pelo Tribunal.
Fonte: TRT-MG, processo
nº 01251-2012-139-03-00-0
-
Trabalhador deverá ser indenizado por dano existencial
Publicado em
22/07/2013
às
13:00
Recente
decisão do Tribunal Superior do Trabalho tem causado rebuliço entre os
operadores do direito e os empregadores mais atentos. Trata-se de uma decisão
inovadora que reconhece o direito do empregado ser indenizado em virtude de um
"dano existencial".
O dano existencial é
uma modalidade de dano ainda pouco discutida pelo judiciário trabalhista, mas
que deverá se mesclar facilmente aos já conhecidos danos morais, materiais e
estéticos que abundam as reclamatórias.
Conceitualmente o
dano existencial indica a violação dos direitos basilares do empregado que,
impedido de desfrutar, mesmo que parcialmente, da sua vida "fora do trabalho",
vê tolhidas as suas relações sociais e familiares, o que pode frustrar os seus
projetos de vida. Exemplos de atos passiveis de ensejar o dano existencial,
segundo o que preconiza sua matriz teórica, seriam o excesso de jornada, a
mudança unilateral na data das férias e o trabalho nos finais de semana e
feriados.
Em verdade, tal
instituto que traz consigo uma preocupação com a vida social do trabalhador,
impõe a ideia de que o empregador não pode, mediante a imposição contínua de
trabalhos excessivos, tolher o seu empregado de praticar atividades de cunho
pessoal, tais como atividades recreativas, culturais e religiosas.
Em síntese, o
entendimento do inovador instituto que fora agora reconhecido pelo TST, é o de
que o trabalho não pode "consumir" todas as energias do empregado, privando-o
de sua vida pessoal.
A decisão do TST é inovadora e
polêmica, mas só vem ressaltar a importância de um trabalho contínuo e agudo de
prevenção nas rotinas trabalhistas, para que as empresas possam reduzir os
riscos de condenação decorrentes das relações de trabalho, riscos estes cada vez
mais crescentes.
Fonte: Scalzilli Advogados.
-
Empregados do Mercado Público de Porto Alegre receberão bolsa qualificação durante a reconstrução
Publicado em
12/07/2013
às
15:00
Os funcionários de estabelecimentos atingidos pelo
incêndio do Mercado Público de Porto Alegre na noite de sábado, contarão com
uma "Bolsa Qualificação Profissional" por até cinco meses, através do
Ministério do Trabalho e Emprego.
Uma
reunião na tarde de ontem na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego,
em Porto Alegre (SRTE), iniciou as tratativas para a bolsa-qualificação. O
cálculo para o benefício utiliza a média dos salários recebidos nos últimos
três meses, variando de um salário-mínimo (R$ 678,00) até R$ 1.235,91 por
parcela.
O
acordo será firmado por meio de convenção coletiva entre os sindicatos
representantes dos empregadores e dos empregados. Os cursos capacitantes serão
realizados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Rio Grande do Sul
(Senac-RS).
O
superintendente regional do Trabalho e Emprego, Heron de Oliveira, ressalta o
fato de o benefício ter como objetivo a manutenção dos empregos e a capacitação
dos colaboradores.
A
bolsa-qualificação beneficia colaboradores com contratos de trabalho suspensos
em momentos de retração da atividade econômica e quando há risco de demissão.
Por um período de três a cinco meses, o benefício é pago ao trabalhador para
que se requalifique ou melhore a sua qualificação profissional. A bolsa é uma
das modalidades do seguro-desemprego, e a lei prevê a necessidade de acordo
entre o empregador e o representante dos empregados.
O
anúncio sobre a possibilidade do benefício foi feito ontem pelo ministro do
Trabalho e Emprego, Manoel Dias, após encontro com o prefeito José Fortunati na
noite de segunda-feira. "De acordo com a lei, o ministério pode oferecer o
benefício da bolsa-qualificação", garante o ministro.
Fonte: Scalzilli Advogados.
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Mulheres no trabalho são mais inovadoras
Publicado em
04/07/2013
às
13:00
Força
feminina representa 51% do empreendedorismo no País; especialistas apontam mais
habilidade no setor de RH
Depois de conquistar
o mercado de trabalho, muitas mulheres não se contentam apenas em administrar a
comodidade de ter um emprego formal e todas as garantias que ele traz. É o que
revela um levantamento da Global Entrepreneurship Monitor, que aponta que a força
feminina já responde por 51% dos empreendedores brasileiros na ativa. Na
comparação entre os sexos, elas têm mais facilidade para a inovação e para a
retenção de talentos.
Outro dado, dessa vez da Endeavor, mostra que 57,7% dos homens declararam sentir
dificuldades na área de recursos humanos ou no processo produtivo. Esse
percentual cai para 34,6% entre o público feminino. A coordenadora da Endeavor
no Rio Grande do Sul, Bruna Eboli, destaca que, enquanto os homens se
concentram em áreas tradicionais, como a indústria, as mulheres inovam no
processo produtivo, no marketing e nos recursos humanos, valorizando a
integração da equipe. "As mulheres têm muito mais facilidade no contato com as
pessoas e na melhoria dos processos", compara.
Para a especialista, o empreendedorismo é um caminho sem volta. Cita o fato de
mais de 70% dos brasileiros já pensarem em ter o seu próprio negócio para
fundamentar a teoria. E a tendência é de as mulheres acompanharem essa
evolução. No Rio Grande do Sul, marcam presença em, praticamente, todas as
áreas, não apenas nos segmentos de moda e beleza, dominados pelo público
feminino. "O
ambiente industrial
ainda é muito masculino", pondera Bruna.
O consultor na área de empreendedorismo da Fundatec, José Eduardo Fróta Albuquerque,
ressalta a maior capacidade de gerenciamento delas. A maioria das micros,
pequenas e médias empresas têm um ciclo de vida curto, permanece em operação,
em média, de 1,5 a 4,5 anos. "A maior dificuldade não é colocar um negócio, mas
mantê-lo. E as pessoas não conseguem por dois aspectos básicos: pela falta de
capacitação e pela falta de planejamento", revela. No entanto, dos negócios que
conseguem ultrapassar tal barreira, 67% têm mulheres à frente. "Elas têm
mostrado maior capacitação, nível de organização e planejamento financeiro. O
homem se baseia muito pelo intuitivo", avalia.
Albuquerque também aposta no crescimento das mulheres no ramo empreendedor.
Entre os motivos, ele ressalta a disponibilidade de saírem da zona de conforto
e a busca pela qualificação. "Muitas vezes, são separadas, divorciadas ou
viúvas que precisam dar um novo rumo para suas vidas", acrescenta. No Brasil,
entre 28% e 30% das empreendedoras têm entre 31 e 40 anos. Desse total, de 55%
a 60% estão nas regiões Sul e Sudeste. Para Albuquerque, tal desempenho tem a
ver com a disponibilidade de elas deixarem a zona de conforto do emprego formal
e da casa. "Mostram maior garra e não se importam com a tripla jornada", diz o
consultor.
Fonte: Jornal
do Comércio - 24/06/2013 - Página 14.
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Felicidade pode ser encontrada nas suas próximas férias
Publicado em
29/06/2013
às
16:00
Indicador relaciona países com maior índice de felicidade, considerando
sensação de bem-estar, expectativa de vida dos cidadãos e eficiência ecológica
Quem
pretende aproveitar as próximas férias para ir em busca de um lugar cheio de
felicidade, pode começar a escolher o destino a partir da lista dos países com
melhores índices de felicidade.
O
índice Planeta Feliz foi criado pela Fundação Nova Economia, um centro de
estudos sediado em Londres, em parceria com a organização ecologista Amigos da
Terra.
O
indicador, diferentemente do Produto Interno Bruto (PIB), que mede as riquezas
produzidas pelas nações, busca avaliar a situação de uma forma mais ampla,
levando em consideração aspectos inerentes à felicidade da população.
Entre
os fatores considerados estão a sensação de bem-estar e a expectativa de vida
dos cidadãos, além da eficiência ecológica do país.
Na edição mais recente, a terceira, publicada em
2012, o Brasil aparece na 21ª posição entre 151 nações.
Os países com maior 'felicidade interna bruta' são
a Costa Rica, Vietnã, Colômbia, Belize, El Salvador, Jamaica, Panamá,
Nicarágua, Venezuela e Guatemala.
Países desenvolvidos, que integram o grupo das
nações mais ricas do mundo, ficam bem atrás do Brasil: o Reino Unido está 41º
lugar, seguido por Japão (45º), Alemanha (46º), França (50º), Itália (51º),
Canadá (65º), Estados Unidos (105º) e Rússia (122º).
Os cinco países na lanterna do Happy Planet Index
são Mali, República Centro-Africana, Qatar, Chade e Botswana.
Fonte: Estadão/
Danielle
Villela, do Economia & Negócios.
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4 dicas para aprimorar seu network
Publicado em
28/06/2013
às
16:00
Para ser um profissional com uma carreira de sucesso, é imprescindível
que você mantenha um bom network. Confira 4 dicas para aprimorar seu network
Ter um bom network é essencial para uma carreira
de sucesso. Saber como e com quem conversar pode ajudar você a ter mais
oportunidades dentro do seu ambiente de trabalho. A seguir, veja
como aprimorar seu network:
1. Seja simpático
Manter um sorriso mostra que você está aberto a
interagir com seus colegas de trabalho. Cumprimente as pessoas quando chegar e
quando sair do escritório para que vejam que você é uma pessoa simpática.
2. Faça perguntas
Uma das melhores maneiras de iniciar conversas é
perguntar questões que mostrem que você está interessado sobre o que
a pessoa tem a contar. Por exemplo: pergunte há quanto tempo ela trabalha na
empresa ou se ela tem sugestões de um bom local para almoçar.
3. Desenvolva amizades
Procure combinar de almoçar com seus colegas de
trabalho. Diferencie os grupos sempre que possível. Assim você poderá
desenvolver mais amizades.
4. Continue a aprimorar seu network
Agora que você já conhece melhor as pessoas com
quem trabalha, guarde seus contatos. Faça listas com os nomes de seus colegas e
cite seus respectivos departamentos. Tente adicionar novos contatos todos
os dias, assim você continua a ampliar seu network.
Fonte: Universia Brasil
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Ministério do Trabalho alerta sobre recebimento de falso e-mail de validação
Publicado em
09/06/2013
às
17:00
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) alerta
que os e-mails recebidos com solicitação de validação de seu acesso ao Portal
do MTE por meio de um link são totalmente falsos. O conteúdo da mensagem não
procede e endereço e telefone informados são diferentes dos utilizados pelo
MTE.
A Coordenação Geral de Informática (CGI) informa
que essas mensagens podem conter vírus e devem ser apagadas de imediato.
Aproveita ainda a oportunidade para destacar que o MTE não envia e-mails aos
usuários do Portal, nem mesmo para comunicar a validação de acesso ou
encaminhamento de links.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social/MTE.
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Você conhece o perfil dos seus funcionários?
Publicado em
18/05/2013
às
14:00
Todo
líder precisa conhecer bem o perfil de seus liderados, para poder usufruir de
todo potencial de seu time
Nesses anos de
trabalho atuando diretamente com gestão de pessoas, as reclamações mais
clássicas que ouço de diretores, gerentes e gestores são relacionadas à
comunicação com seus times. A dificuldade em repassar informações e delegar
responsabilidades para os seus liderados de forma clara e objetiva, é um dos
maiores problemas enfrentados por gestores de qualquer empresa. E isso não se
resume apenas a maneira de falar ou de se expressar com seus liderados, mas
também na forma como o gestor irá distribuir as responsabilidades na sua equipe
de acordo com os skills de cada um de seus liderados.
Isso parece bastante óbvio, mas você conhece o perfil de cada um dos seus
funcionários? Sabe quem tem mais facilidade para executar determinado tipo de
atividade? Se você distribui atividades aleatoriamente dentro da sua equipe,
provavelmente não tem ideia de como seus projetos poderiam ser otimizados se
cada atividade fosse direcionada para profissional com o perfil mais adequado.
Todo líder precisa conhecer bem o perfil de seus liderados, para poder usufruir
de todo potencial de seu time.
Um dos modelos mais adotados, que em minha opinião é o mais fácil de ser
compreendido e aplicado na prática, é o modelo de dominância cerebral de Ned
Herrmann[1], que classifica as pessoas em quatro estilos comportamentais
básicos. O estilo predominante influencia a forma de pensamento e o
comportamento das pessoas no seu dia a dia. Isso faz com que algumas pessoas
tenham mais facilidade em determinadas tipos de atividades frente a outras.
Tente identificar esses perfis dentro da sua equipe, para poder fazer uma
gestão mais eficiente das atividades dentro da sua empresa.
O Analítico
Para essa pessoa, a palavra de ordem é objetividade. Esse profissional
geralmente tem facilidade para resolução de problemas técnicos, tem pensamento
estruturado e tem uma capacidade em compreender "o todo", de uma forma
sistêmica. Muitos dos profissionais de TI e Tecnologia apresentam
características analíticas, pois atuam em uma área que exige muito raciocínio
lógico.
Se você tem um profissional com esse perfil no seu time, as melhores atividades
para esse funcionário serão atividades técnicas, que envolvam cálculos. Esses
profissionais também tem facilidade na geração de gráficos que envolvam números
e estatísticas. Como são pessoas muito objetivas, procure delegar a elas
atividades de execução, com escopo e prazos definidos.
Como o Analítico gosta de ir direto ao ponto, a comunicação com esse tipo de
profissional deve ser feita de forma direta, estilo "preto-no-branco" de forma
rápida e sem muitos rodeios, com reuniões rápidas, objetivas e com pauta
definida.
O Controlador
Para ele, a palavra de ordem é segurança. Esse profissional é quem tem uma
habilidade diferenciada em definição, controle e execução de processos. Aliás,
para o Controlador, a segurança de execução das atividades está relacionada à
sua adequação a um processo bem definido. Como esse perfil tem facilidade para
lidar com muita informação e um senso de organização bem aguçado, funções de
gerência de projeto, de PMO, ou controller dentro da sua empresa, geralmente
serão executadas com mais naturalidade.
São profissionais que não se desmotivam com atividades repetitivas, já que tem
facilidade em estabelecer processos e organização de tarefas. Se você precisa
analisar mais detalhadamente um projeto na sua empresa, o Controlador é a
melhor pessoa para quem você pode solicitar um relatório, pois com certeza será
rico em detalhes e informações em todos os níveis.
Por outro lado, como esse profissional zela por segurança e por processos bem
estabelecidos, geralmente ele toma só decisões baseadas em muitas informações,
e isso pode se tornar um pouco mais burocrático e demorado. Por isso, se você
precisa de uma tomada de decisão rápida ou uma "resposta de bate-pronto" o
melhor mesmo é passar isso para um funcionário de perfil Analítico, que
provavelmente será muito mais objetivo na suas avaliações e consequentemente,
poderá dar uma resposta em menos tempo.
O Criativo
Para ele, a palavra de ordem é "Inovação". Esse profissional é quem está sempre
trabalhando com os olhos no futuro. Está sempre procurando o que há de novo e o
que podemos "reinventar". Como esse profissional tem uma capacidade em "pensar
fora de caixa", constantemente encontramos esses perfis envolvidos em áreas de
atividades extremamente visuais e que exigem muita criatividade. Muitos
profissionais de design, artes e também marketing, tem um perfil dominante
Criativo.
Essas pessoas devem assumir atividades que buscam inovação e mudanças de
paradigma. Projetos de longo prazo e que exigem percepção de novas tendências,
devem ser delegados para profissionais com esse perfil dentro do seu time.
Evite atribuir atividades repetitivas para esse tipo de profissional, ou
colocá-los como responsáveis em projetos basicamente operacionais. Geralmente
esse profissional não se adapta bem em processos repetitivos ou padronizados, o
Controlador é o melhor nesses momentos.
Procure colocar os Criativos em projetos de pesquisa e inovação de longo prazo
dentro da sua empresa, e quando esses projetos forem definidos, repasse para
que os Analíticos e Controladores transforme-os em realidade, gerenciando a
execução dos projetos.
O Relacionamento
Para ele, o que importa são as "Pessoas". Para esse perfil profissional, tudo
está relacionado com as pessoas. E são as pessoas, o seu foco principal. Esse
perfil geralmente é o que tem habilidade em se relacionar naturalmente com
todos os outros membros do time, fornecedores e clientes. Como esse profissional
desperta empatia em todos com quem se relaciona, geralmente esse profissional
está presente nas áreas de contato direto com o cliente (em áreas comerciais,
vendas e SAC) ou de recursos humanos da empresa.
Todo líder, precisa ter o seu lado Relacionamento desenvolvido, pois isso é
fundamental para exercer influência sobre seus liderados. Esse profissional
geralmente tem facilidade em intermediar negociações, pois além de se comunicar
bem com as pessoas, tem facilidade em compreendê-las e "apaziguar" situações de
conflito.
Atividades que precisam de muitas interações com pessoas, serão executadas com
maestria por esse profissional. Como esse profissional sempre está em contato
com todas as pessoas que o rodeiam, ele também é um ótimo "radar" do clima
organizacional da empresa, e pode ajudar gestores e líderes a entenderem melhor
qual o grau de satisfação de seus funcionários com a empresa.
Fonte: http://cio.uol.com.br/gestao/2013/05/16
- 16/05/2013
-
Promulgada a alteração no Acordo se Seguridade Social entre Brasil e Portugal
Publicado em
12/05/2013
às
17:00
O
acordo adicional que altera o Acordo de Seguridade Social entre o Brasil e Portugal
foi promulgado, na quarta-feira (8), pela Presidenta da República, Dilma
Rousseff.
Em
vigor desde 1º de maio de 2013, o acordo adicional determina algumas alterações
no acordo original. No âmbito de aplicação material, passa a incluir os Regimes
Próprios de Previdência Social dos servidores públicos (possibilitando a
utilização do tempo de contribuição para a solicitação de benefícios), a
legislação do Sistema Único de Saúde, o Sistema não contributivo da Lei
Orgânica de Assistência Social.
O
acordo adicional possibilita, ainda, o deslocamento temporário do trabalhador
autônomo. Altera, por fim, a regra do somatório do tempo de contribuição nos
regimes previdenciários dos dois países, passando a prever a totalização apenas
quando o segurado não tiver direito ao benefício, considerando, exclusivamente,
as contribuições realizadas no país que concede a prestação.
Fonte: Ascom/MPS.
-
Intervalo intrajornada
Publicado em
24/04/2013
às
17:00
A
Justiça do Trabalho considerou irregular a concessão de período para descanso 1
(uma) hora após o início da jornada de serviço e manteve a condenação da
empresa ao pagamento do descanso não usufruído da forma correta. Na decisão foi
considerada que o intervalo é concedido com vistas à recuperação física e
mental do trabalhador, não cumprido a finalidade sua concessão após uma hora do
início da jornada, com posterior trabalho contínuo por seis hora.
Fonte: Processo RR
503-22.2011.5.12.0031 - TST.
-
Solicitação de registro profissional no Ministério do Trabalho pela internet chega a 20 estados
Publicado em
23/04/2013
às
13:00
O novo sistema informatizado começa a funcionar
a partir do dia 29 deste mês
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) inaugura, a partir do dia 29/04/2013,
uma nova fase do Sistema Informatizado de Registro Profissional (Sirpweb) que
permitirá a solicitação on line do registro.
Nesta
primeira etapa, o sistema será disponibilizado nos estados do Acre, Alagoas,
Amazônia, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima,
Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Segundo
o ministro Manoel Dias, essa é mais uma ação que visa simplificar o acesso do
cidadão aos serviços prestados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. "O
sistema vai facilitar a vida dos trabalhadores e em breve pretendemos tê-lo
implantado em todo o país".
O
programa piloto foi implantado em caráter experimental no Distrito Federal, em
novembro de 2012. Numa segunda etapa, chegará aos estados da Bahia, Minas
Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O
Sirpweb é um sistema de gerenciamento e controle das informações dos registros
dos profissionais das categorias regulamentadas por lei. Essas categorias tem a
obrigação de se cadastrarem no sistema para desempenhar suas atividades e o uso
da ferramenta vai facilitar bastante quem utiliza esse serviço.
O MTE
concede o registro profissional a 14 categorias: Agenciador de propaganda,
artista, atuário, arquivista, guardador e lavador de veículos, jornalista,
publicitário, radialista, secretário, sociólogo, técnico em espetáculos de
diversões, técnico de segurança do Trabalho, técnico em arquivo e técnico em
Secretariado.
Com a
utilização do Sirpweb as, solicitações de registro profissional poderão ser
feitas e acompanhadas on line. O interessado tem apenas que informar seus dados
e os relativos ao registro pretendido. O sistema, que será disponibilizado nas
páginas das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, vai gerar um
número de solicitação, discriminando a documentação que deverá ser protocolada
na SRTE mais próxima do interessado. A partir de então todo processo poderá ser
acompanhado pela internet.
Passo
a passo
1.
Preenchimento dos dados pessoais
2.
Seleção da categoria profissional e dos documentos de capacitação;
3.
Resumo para conferência dos dados informados;
4.
Transmissão da solicitação;
5.
Impressão da solicitação; e
6.
Protocolo dos documentos na SRTE.
Fonte: Assessoria
de Comunicação/MTE.
-
Norma Regulamenta Trabalho em Frigorífico
Publicado em
20/04/2013
às
14:00
NR-36 regulamenta condições de trabalho em áreas
de abate e processamento de carnes e derivados
Com o objetivo de melhorar as condições de trabalho nos frigoríficos, o
ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, assinou nesta quinta-feira (18) a
Norma Regulamentadora nº 36 (NR-36), que trata do ambiente de trabalho em áreas
de abates e processamentos de carnes e derivados.
No ato de assinatura, o ministro destacou a importância do processo
tripartite de elaboração da norma. "Nós entendemos que da conversa, do diálogo
e do entendimento sempre se avança. De nada adianta a gente querer baixar
normas que na prática não se adéquam as realidades. O ato de hoje, realizado de
forma tripartite, serve de modelo e certamente será exemplo para outros setores
do MTE".
O representante do setor empresarial, Clovis Veloso, estimou que nos
próximos dois anos será necessário um investimento da ordem de R$ 7 bilhões
para as empresas se adequarem à norma. Segundo ele, esse montante não está
sendo visto como um custo e "sim como um investimento na busca de uma melhor
qualidade de vida para os trabalhadores".
Segundo o representante da classe trabalhadora, Siderlei de Oliveira, a
NR-36 é um passo importante na "guerra das doenças ocupacionais". "Estou saindo
à tarde para Argentina a convite dos sindicatos levando a nossa norma como
exemplo e no mês que vem vou à Europa. Antes usávamos a Europa como exemplo,
quando se queria falar de segurança e saúde, hoje é com orgulho que nós estamos
dando esse exemplo pro mundo", avaliou Oliveira.
A NR-36 será publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (19)
e tem prazo de até seis meses para que as mudanças entrem em vigor, com exceção
de alguns itens que demandam mais tempo, como intervenções estruturais (12
meses) e alterações nas instalações das empresas (24 meses).
Conhecida como NR dos Frigoríficos, a norma busca a prevenção e a
redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, com adequação e
organização de postos de trabalho, adoção de pausas, gerenciamento de riscos,
disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados,
rodízios de atividades, entre outras. De acordo com dados do Ministério da
Previdência Social (MPAS), ocorreram 19.453 acidentes de trabalho em
frigoríficos no ano de 2011, 2,73% de todos os acidentes. Foram registrados
também, em 2011, 32 óbitos no setor.
Grupo de estudo
- A construção da NR-36 teve início em 2004, com a
criação de equipes de estudos e pesquisas no setor de frigoríficos,
desenvolvida pelo Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho da Secretaria
de Inspeção do Trabalho (DSST/SIT) do MTE. Em 2011 foi implantado o Grupo de
Estudo Tripartite (GET), por meio da portaria da SIT, que desenvolveu o texto
técnico básico da norma.
O texto da NR-36 passou por consulta pública e recebeu sugestões,
analisadas pelo Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) e encaminhada para
consolidação. A proposta foi aprovada, em novembro de 2012, na 71ª Reunião da
Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP).
Frigoríficos
- O setor abrange as
empresas que abatem gado, suínos e aves, determinando medidas no processo
produtivo, de maneira que reduza o risco à sua saúde e segurança. As atividades
são fragmentadas, sujeitas à cadência imposta por esteiras e máquinas e pela
organização da produção, com pressões de tempo, que não permitem que os
trabalhadores tenham controle sobre a sua jornada.
De acordo com dados do MPAS, dos 15.141 acidentes de trabalho ocorridos
no setor que foram registrados na Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT),
817 resultaram em doença ocupacional. As atividades são fixas e realizadas em
pé, com ciclos de trabalhos muito curtos, inferiores há 30 segundos e
repetitivas o que evidencia os números da CAT. Há ainda a exigência de força no
manuseio de produtos, o uso constante de ferramentas de trabalho, como facas, a
exposição a frio, umidade e a níveis de pressão sonora elevados.
A Norma Regulamentadora é obrigação exigida pelo MTE em todos os locais
de trabalho e estabelece as medidas que devem ser tomadas para garantir
segurança e saúde dos trabalhadores, prevenindo a ocorrência de doenças e
acidentes de trabalho. A construção das NRs é realizada de forma tripartite,
com a participação de representantes do governo, trabalhadores e empregadores.
Fonte: Assessoria
de Comunicação Social MTE.
-
Regulamentado o Fies Empresas
Publicado em
17/04/2013
às
17:00
Portaria
do Ministério da Educação GM/MEC nº25, de 5/12/12, dispõe sobre o Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies) na modalidade Fies Empresa, a manifestação de
interesse e a contratação do financiamento à empresas. Destinados à concessão de
financiamento à empresas para custeio da formação profissional e tecnológica de
seus trabalhadores, o Fies Empresa é operacionalizado mediante a elaboração,
pelos empresários, de um plano de capacitação de seus empregados (curso de
educação profissional técnica de nível médio).
Fonte: DOU de 06/12/12,
MEC, pág. 22.
-
Tribunal confirma invalidade da redução do intervalo intrajornada por acordo coletivo
Publicado em
05/04/2013
às
16:00
A decisão fundamentou-se no
item II da Súmula nº 437 do TST
A Subseção 1
Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho
não conheceu recurso de embargos da Braskem S/A e manteve decisão que a
condenou a pagar a um auxiliar administrativo 15 minutos extraordinários por
dia, decorrente da concessão irregular do intervalo intrajornada. A decisão
fundamentou-se no item II da Súmula nº 437 do TST, que considera inválida
cláusula de acordo coletivo de trabalho que reduziu o intervalo intrajornada.
Para o TST, trata-se de medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,
garantida por norma de ordem pública e, por isso, não sujeita à negociação
coletiva.
O ex-empregado da
petroquímica acionou a Justiça do Trabalho em agosto de 2009 depois de ter sido
demitido quando estava prestes a completar 30 anos de trabalho. Pedia, entre
outras verbas, o pagamento de uma hora extra diária pelo intervalo para repouso
e alimentação, alegando que usufruía apenas 35 minutos diários, e não de uma
hora.
Acordo coletivo
A Braskem contestou
o auxiliar. Disse que ele usufruía 45 minutos de intervalo, e não 35, em
virtude da redução de 15 minutos acordada em negociação coletiva. A redução,
segundo a empresa, beneficiou os trabalhadores, que passaram a desfrutar, com
isso, de sete dias de folga por ano, denominada de "pontes de
feriado" ou "feriadões". Também alegou que as normas coletivas
devem ser privilegiadas, como prevê o inciso XXVI do artigo 7º da Constituição
Federal.
O juízo de primeiro
grau reconheceu o direito ao pagamento dos 15 minutos extraordinários por dia,
de modo a completar uma hora do intervalo intrajornada. A sentença levou em
conta depoimento de testemunha que confirmou que o intervalo era de 45 minutos,
e considerou inaplicáveis as normas coletivas uma vez que o artigo 71 da CLT
regula a pausa mínima e máxima, não sendo possível redução fora desse limite.
O recurso de revista
da Braskem chegou ao TST depois de o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
(RS) ter mantido a condenação. A Quinta Turma manteve a condenação, por
entender que a decisão estava em conformidade com a jurisprudência do TST.
Ao interpor embargos
à SDI-1, a empresa alegou divergência jurisprudencial e sustentou a validade da
cláusula do acordo coletivo que reduziu em 15 minutos o horário de almoço
mediante compensação com sete dias de folga. Para a Braskem, os artigos 7º,
incisos XIII e XXVI, e 8º, inciso VI, da Constituição permitem a compensação de
horários e a redução da jornada mediante acordo.
A relatora, ministra
Dora Maria da Costa, ressaltou que as decisões anteriores estavam em harmonia
com a jurisprudência pacificada no TST, unificada no item II da Súmula 437. A
decisão foi unânime.
Fonte: TST/ Lourdes Cortes.
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Atenção a riscos trabalhistas pode evitar problemas
Publicado em
24/03/2013
às
17:00
Problemas referentes a documentação, horas extras e profissionais terceirizados estão entre as principais causas de ações judiciárias
"Gestão de riscos trabalhistas" foi o tema do Café com Negócios, promovido pelo Instituto de Pesquisa Gianelli Martins (IPGM) na terça-feira passada. A advogada trabalhista Letícia Sette Donin deu dicas de como empresas podem evitar problemas com ações judiciais movidas por funcionários. Para tanto, é aconselhável atenção especial ao dever de documentação, às horas-extras de colaborares e aos profissionais terceirizados. Os três temas são recorrentes em reclamatórias.
O dever de documentação refere-se ao armazenamento de arquivos, com registros de horário ou de recibos assinados. O objetivo é o gestor ou responsável pela área de recursos humanos terem como comprovar o cumprimento todas as obrigações legais para com o empregado no caso de ações trabalhistas.
Colaboradores podem cumprir, no máximo, duas horas-extras por dia. Elas podem ser pagas ou integrarem um banco de horas. O Ministério Púbico do Trabalho (MPT) realiza fiscalizações constantes sobre o tema. No caso de descumprimento das normas, é aplicada multa de acordo com o porte da empresa. Para as multinacionais, a infração pode ser milionária. "Já empresas pequenas ou médias podem ter que fechar por causa de uma demanda", alerta Letícia.
Profissionais terceirizados, em determinados casos, também podem acionar judicialmente a tomadora de serviço, não apenas a companhia com a qual mantêm vínculos. Por isso, é recomendável realizar a contratação em empresas idôneas.
Outra questão levantada pela advogada refere-se à flexibilização entre empregado e empregador. "Às vezes, trata-se de uma empresa familiar e não tem uma gestão empresarial. A relação, por mais próxima que seja, deve respeitar a legislação trabalhista", frisa.
Fonte: Jornal do Comércio - 19/03/2013 - Página 07
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Estelionatários aplicam novo golpe nos aposentados
Publicado em
17/03/2013
às
17:00
A Previdência Social alerta aos cidadãos brasileiros contra um novo golpe que tem se tornado recorrente neste início de ano. Estelionatários estão utilizando o nome do Conselho Nacional de Previdência Social para oferecer benefícios previdenciários e extorquir os cidadãos.
A atuação da quadrilha costuma acontecer da seguinte forma: os criminosos entram em contato, por telefone, com segurados passando-se por integrantes do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Sob a falsa alegação de que o cidadão teria direito a receber valores atrasados de benefícios pagos pela Previdência Social, eles pedem ao segurado que informem dados pessoais e solicitam o depósito de determinada quantia em uma conta bancária, para liberar um pagamento que não existe.
A Previdência Social informa aos cidadãos que não solicita dados pessoais dos seus segurados por e-mail ou telefone e também não realiza nenhuma forma de cobrança para realizar seus serviços. A principal recomendação da instituição para os seus segurados é que não utilizem intermediários para entrar em contato com a Previdência.
O cidadão pode telefonar para a Central 135 e agendar uma visita a uma Agência da Previdência Social (APS), onde será atendido por um servidor especializado que tomará as providências cabíveis e prestará todos os esclarecimentos necessários. A Previdência também alerta à população para que não forneça os seus dados pessoais para terceiros, já que estes dados podem ser utilizados para fins ilícitos. Todos os serviços da Previdência Social são gratuitos.
Caso o cidadão seja vítima desse tipo de abordagem, a Previdência orienta este para que não efetue nenhum depósito em conta bancária ou forneça seus dados pessoais para terceiros que se passam por representantes do órgão. É importante também que o cidadão registre imediatamente um boletim de ocorrência na Polícia Civil e comunique o fato à Ouvidoria Geral da Previdência Social. Para entrar em contato com a Ouvidoria, basta ligar na Central 135 ou acessar a página do Ministério da Previdência Social na internet.
Papel da APEGR- - Em caso de golpes, que gerem prejuízos para a Previdência Social, a Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Risco da Previdência (APEGR), setor de inteligência do Ministério da Previdência Social, atua em conjunto com a Polícia Federal e demais órgãos de controle do Governo Federal. As ações executadas pela APEGR buscam coibir a prática de ilícitos criminais contra a Previdência Social praticados por grupos, quadrilhas e organizações criminosas. O Ministério Público Federal também integra a Força Tarefa Previdenciária.
Nos casos de golpes contra o segurado, em que não há prejuízo para a Previdência Social diretamente, os cidadãos devem registrar ocorrência junto a Polícia Civil e fazer o registro na Ouvidoria da Previdência Social.
Fonte: Ascom/ MPS.
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Profissão de Comerciário é regulamentada
Publicado em
15/03/2013
às
16:00
Regulamentada
a categoria profissional de empregados no comércio, pela Lei 12.790/2013, cujo
texto encontra-se abaixo.
Presidência da
República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 12.790, DE 14 DE MARÇO DE 2013.
Mensagem de veto Dispõem sobre a
regulamentação do exercício da
profissão de comércio.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA
Faço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o
Aos comerciários, integrantes da categoria profissional de empregados no
comércio, conforme o quadro de atividades e profissões do art. 577, combinado com o art. 511, ambos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,
aplicam-se os dispositivos da presente Lei, sem prejuízo das demais normas
trabalhistas que lhes sejam aplicáveis.
Art. 2o
Na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), a atividade ou função
desempenhada pelos empregados do comércio deverá ser especificada, desde que
inexista a possibilidade de classificação por similaridade.
Art. 3o
A jornada normal de trabalho dos empregados no comércio é de 8 (oito) horas
diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais.
§ 1o
Somente mediante convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho poderá ser
alterada a jornada normal de trabalho estabelecida no caput deste
artigo.
§ 2o
É admitida jornada de 6 (seis) horas para o trabalho realizado em turnos de
revezamento, sendo vedada a utilização do mesmo empregado em mais de 1 (um)
turno de trabalho, salvo negociação coletiva de trabalho.
Art. 4o
O piso salarial será fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho, nos
termos do inciso V do art. 7o da Constituição Federal.
Art. 5o
(VETADO).
Art. 6o
As entidades representativas das categorias econômica e profissional poderão,
no âmbito da negociação coletiva, negociar a inclusão, no instrumento
normativo, de cláusulas que instituam programas e ações de educação, formação e
qualificação profissional.
Art. 7o
É instituído o Dia do Comerciário, a ser comemorado no dia 30 de outubro de
cada ano.
Art. 8o
Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília,
14 de março de 2013; 192o da
Independência e 125o da República.
DILMA
ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Guido Mantega
Carlos Daudt Brizola
Gilberto Carvalho
Luís Inácio Lucena Adams
Este
texto não substitui o publicado no DOU de 15.3.2013
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Anunciadas novas regras para a concessão de registro sindical
Publicado em
03/03/2013
às
13:30
O Ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, anunciou nesta terça-feira (26/02/2013) as novas regras para criação e registro de entidades sindicais de trabalhadores e patronais. Depois de uma longa discussão com as centrais sindicais e as confederações patronais, o ministro informou que o MTE vai endurecer as regras para criar novos sindicatos e dividir bases.
"A nova portaria é uma resposta ao movimento sindical e vai dar mais celeridade, mais transparência, mais controle e buscam garantir a legitimidade dos pleitos de registro sindical", avaliou o ministro.
Segundo Brizola Neto, são cerca de 2100 processos sobre registros de sindicatos cadastrados no Sistema de Distribuição de Processos - SDP do órgão, todos esperando análise, além de tantos outros, fora do sistema. "Vamos implantar um novo SDP, que garantirá a análise em ordem cronológica dos pedidos de registro ou alteração sindical e ao mesmo tempo garantir a tramitação das demais fases do processo, com distribuição imediata", adiantou.
De acordo com Secretaria de Relações do Trabalho, dos 4100 processos hoje no MTE, os em fase de concessão estão sendo identificados e concluídos. Para isso, foram adotados procedimentos que elevaram a quantidade de processos analisados de 90 por mês para 150. A meta é chegar a 250 nos próximos meses.
Endurecimento - No tocante a revisão de normas, foi reeditada a portaria de registro das entidades rurais, com a adoção de regras adequadas para sua regularização e das ordens de serviço relativas ao atendimento sindical (ouvidoria), de distribuição de processo e de recadastramento, adotando procedimentos que garantam mais segurança e legitimidade aos processos.
Foi também adotada a certificação digital para todos os requerimentos ao Cadastro Nacional de Entidades Sindicais - CNES, garantindo assim que só os representantes legais das entidades podem alterar sua situação cadastral. Para tanto o MTE editou portaria que modifica os procedimentos de recadastramento das entidades sindicais, com novas exigências documentais e novos procedimentos para garantir a regularização das entidades realmente em atividade além de fixar prazo para regularização das federações com menos de cinco filiados. Ao todo foram notificadas mais de 800 entidades com código sindical e sem cadastro ativo no CNES.
Outras medidas a serem regulamentadas são a identificação e qualificação dos subscritores dos editais e requerimentos - para evitar que pessoas alheias à categoria criem ou alterem sindicatos; atas e estatutos terão que ser registrados em cartório; a identificação e qualificação dos diretores, inclusive com PIS e identificação do empregador no caso de entidades laborais - evitando que pessoas alheias à categoria tomem parte de sua direção.
Além disso, haverá maior rigor nos casos de desmembramento e dissociação. O edital tem que explicitar a entidade que está perdendo a base - será permitida impugnação nestes casos; em caso de conflito de base e inexistindo acordo entre as entidades, será exigida nova assembléia de ratificação da criação da entidade. Haverá uma definição mais clara dos procedimentos de análise dos pedidos e impugnações, com critérios técnicos e previstos na portaria para deferimento ou indeferimento do registro (substituição do termo concessão por deferimento, tendo em vista que, com a liberdade sindical, cabe ao ministério apenas registrar e zelar pela unicidade sindical); em caso de conflito total de base, não será permitida a criação da entidade; publicado o pedido e havendo impugnação válida, será proposta mediação entre as entidades. A presença na mediação não será obrigatória, mas em caso de inexistência de acordo, a SRT, concluída a análise do processo, deferirá ou não o pedido e a impugnação; eventual acordo só será válido com aprovação de assembléia e também será exigida aprovação da assembléia para desistência de pedido ou impugnação.
Um ponto importante destacado pelo ministro é a importância dada ao Conselho Nacional do Trabalho que vai ter participação na definição de novas categorias, ou seja, quando o pedido de criação de sindicato ensejar dúvida, o Ministério encaminhará consulta ao CRT que, através da câmara bipartite de trabalhadores ou de empregadores, emitirá recomendação.
Pelas novas regras, caberá ao Conselho cobrar do Ministério transparência e critérios claros na gestão do CNES, com definição clara dos procedimentos de fusão, incorporação, suspensão e cancelamento de registro sindical. "Tudo será remetido ao CNT, que é um órgão representativo da classe sindical", garantiu o ministro.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social MTE.
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País gerou 1,3 milhão empregos com carteira assinada em 2012
Publicado em
03/02/2013
às
17:00
Os dados do Caged demonstram que houve crescimento de 3,43% em relação ao estoque de empregos de dezembro 2011
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados pelo ministro Brizola Neto, o Brasil criou 1.301.842 postos de trabalho com carteira assinada em 2012. Os dados apontam um crescimento de 3,43% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2011. Este aumento originou-se do saldo de 21.619.521 admissões contra 20.317.679 desligamentos.
Segundo Brizola Neto, os dados, mesmo que com menos vigor que nos anos anteriores, demonstram que o mercado de trabalho respondeu bem aos efeitos da crise. "O Brasil investiu no setor produtivo e isso proporcionou a geração de 1,3 milhão de empregos que atendeu aos anseios da população economicamente ativa brasileira", avaliou.
Ele destacou as medidas adotadas pelo governo para enfretamento da crise, como a queda na taxa de juros e as desonerações diretas e indiretas e, principalmente, o investimento em grandes projetos de infraestrutura. "Temos garantias de investimentos público e privado, com destaque para as grandes obras do PAC e os aportes dos fundos do FGTS e do FAT que investem recursos em habitação, saneamento e infraestrura e em programas de geração de emprego e propiciam a geração de milhares de empregos", afirmou o ministro.
Os dados demonstram uma continuidade do movimento de expansão do emprego formal no país, ainda que tenha ocorrido uma redução do ritmo de crescimento quando comparado aos anos anteriores. Entre os anos de 2011 a 2012 houve uma forte expansão no nível de emprego, quando foram criados 3.544.118 postos formais, como informam os dados do Caged de 2012 e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2011, que contemplam somente os trabalhadores celetistas.
Os oito setores de atividade econômica levantados pelo Caged tiveram aumento de emprego, com exceção dos Serviços de Utilidade Publica com 10.223 postos (2,71%).Serviços gerou 666.160 postos (4,32%), o Comércio, 372.368 postos (4,38%), a Construção Civil, 149.290 postos (5,17%), a Indústria de Transformação, 86.406 postos (1,06%), a Extrativa Mineral, 10.928 (5,28%), a Agricultura, 4.976 (0,32%), e Administração Pública, 1.491 (0,19%).
Segundo análise por recorte geográfico, os dados também revelam a expansão generalizada do emprego em todas as grandes regiões e Unidades da Federação. A região Sudeste obteve 655.282 postos (3,20%), o Sul, 234.355 postos (3,41%), o Nordeste, 190.367 (3,15%), o Centro-Oeste, 150.539 (5,33%) e o Norte, 71.299 postos (4,20%). Os estados que mais geraram empregos em 2012 foram: São Paulo com 336.398 novos postos (2,77%); Rio de Janeiro com 148.797 postos (4,17%); Minas Gerais com 145.292 (3,61%); Paraná com 89.139 (3,56%); e Rio Grande do Sul com 81.804 (3,23%).
Dados de Dezembro - No mês de dezembro, os dados do Caged revelam, como é comum nesse período, uma queda no nível de emprego formal, devido a fatores sazonais como entressafra agrícola, término do ciclo escolar, esgotamento da bolha de consumo no final do ano e fatores climáticos. No mês houve redução de 496.944 postos de trabalho, representando uma queda de 1,27% em relação ao estoque de dezembro de 2011. O número de admissões foi de 1.211.216, o terceiro maior para o mês contra 1.708.160 desligamentos, segundo maior para o período.
Dentre os 25 subsetores, somente o Comércio Varejista apresentou um crescimento no nível de emprego com 7.016 postos. Esse aumento superou a queda do Comércio Atacadista (- 3.851 postos) que possibilitou o saldo positivo para o setor de Comércio com 3.165 postos.
Em nível geográfico, todas as regiões apresentaram índices negativos: Sudeste com -267.328 postos (-1,47%); Sul com -102.497 postos (-1,43%); Centro-Oeste com - 47.660 postos (-1,61%); Nordeste com -50.705 (-0,82%) e Norte com -28.754 (-1,65%).
Veja matéria em vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=z-MZzBvfv08&feature=youtu.be
Fonte: Assessoria de Comunicação Social MTE.
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Brasil concedeu 73 mil vistos de trabalho a estrangeiros em 2012
Publicado em
02/02/2013
às
17:00
Os profissionais são altamente qualificados e vieram exercer profissões nas áreas de gerência e supervisão de empresas
Em 2012 foram concedidas 73.022 autorizações de vistos a estrangeiros, segundo dados divulgados pela Coordenação Geral de Imigração (CGig) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Das autorizações concedidas no ano, 64.682 foram temporárias e 8.340 permanentes. O balanço do ano pode ser consultado aqui.
Nas autorizações temporárias, o visto destinado ao profissional com vínculo empregatício no Brasil teve um crescimento de 26% com relação a 2011. Nos últimos três anos esta categoria teve um crescimento de 137%, passando de 2.460 profissionais autorizados em 2009 para 5.832 em 2012. Esses profissionais são altamente qualificados e vem ao Brasil exercer profissões nas áreas de gerência e supervisão de empresas que demandam conhecimento não disponível.
As principais áreas são engenharia, tecnologia, analise de sistemas, petróleo e gás, construção civil e obras de infra-estrutura. Portugal, Espanha e China foram as nacionalidades mais beneficiadas por esses vistos. Houve aumento de 81% no número de vistos emitidos a portugueses com relação a 2011, de 53% a espanhóis e de 24% a chineses.
Ainda no total de autorizações temporárias, houve um crescimento de 23% nos profissionais estrangeiros ligados à assistência técnica, com 19.990 profissionais em 2012. Esse crescimento é decorrente do aumento na demanda por máquinas, equipamentos e transferência de tecnologia para empresas no Brasil. Já no trabalho a bordo de embarcações ou plataforma estrangeira houve queda, passando de 17.738 autorizações em 2011 para 15.554 em 2012.
No visto permanente, houve aumento de 15% no número de investidores que ocasionou ao Brasil investimentos de R$ 286 milhões de reais, representando aumento de 40%, passando de 3.834 em 2011 para 8.340 em 2012. Também nesta categoria, Portugal foi a nacionalidade que mais demandou a concessão de vistos, com aumento de mais de 100% em relação a 2011.
Os profissionais autorizados a trabalhar no Brasil estão mais qualificados. Entre 2011 e 2012 houve aumento de 9,5% no total de mestres e doutores autorizados a trabalhar temporariamente, sendo que, entre 2009 e 2012 esse aumento foi de 560%. Esse é um dos grupos que mais cresce em números relativos no Brasil.
Os dados também demonstram o impacto da concessão de residências especiais de caráter humanitário pelo Conselho Nacional de Imigração (CNIg) aos haitianos, com 4.706 autorizações expedidas em 2012. Na avaliação dos técnicos, a situação é transitória e emergencial, tendo impacto importante já que são autorizações especiais e de viés humanitário em relação ao agravamento da situação recente do Haiti após o terremoto de 2010, mas que não devem se refletir no longo prazo.
Cadastro Eletrônico de Empresas - Devido à demanda de trabalhadores estrangeiros qualificados no Brasil, a Coordenação Geral de Imigração busca simplificar o processo de autorização de trabalho. Para isso, foi instituído o Cadastro Eletrônico de Empresas demandantes de profissionais estrangeiros, reduzindo a quantidade de documentos necessários ao pedido de visto.
O novo sistema de imigração permitirá que todo o procedimento de pedido de autorização de trabalho a estrangeiros seja feito pela internet, com os documentos sendo enviados em meio eletrônico com certificação digital. A meta é eliminar totalmente os documentos enviados em meio papel. Esse novo procedimento, que está em fase final de implementação, permitirá uma redução nos prazos de tramitação, atualmente o prazo médio é de 22 dias.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social MTE.
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Ministério do Trabalho e Emprego atualiza 60 ocupações na CBO
Publicado em
01/02/2013
às
13:00
O documento retrata a realidade das profissões do mercado de trabalho brasileiro
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou nesta quinta-feira (31/01/2013) a atualização da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). A revisão contou com a inclusão e exclusão de 60 ocupações, famílias ocupacionais e sinonímias. O arquivo passa a conter agora 2.619 ocupações. Clique aqui para conferir.
"Os trabalhadores sentem-se amparados e valorizados ao terem acesso a um documento elaborado pelo governo que identifica e reconhece seu ofício. As inclusões das ocupações na CBO têm gerado, tanto para categorias profissionais quanto para os trabalhadores, uma maior visibilidade, um sentimento de valorização e de inclusão social", destaca o diretor do Departamento de Emprego e Salário do MTE, Rodolfo Torelly.
As novas atualizações buscam atender as demandas do público em geral e entidades governamentais como: Ministério da Saúde; do Desenvolvimento Social; do Turismo; Secretária de Direitos Humanos; Policia Federal; Classificação Internacional Uniforme de Ocupações (CIUO) da Organização Internacional do Trabalho; entre outros.
A CBO retrata a realidade das profissões do mercado de trabalho brasileiro. A atualização e modernização do documento ocorrem para acompanhar o dinamismo das ocupações e mudanças econômicas, sociais e culturais pelas quais o país passa. Essas modificações e inclusões são elaboradas com a participação efetiva de representantes dos profissionais de cada área, em todo o país.
Aplicação - A CBO é utilizada pelo MTE na confecção da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no cruzamento de dados do Seguro-Desemprego e na formulação de políticas públicas de geração de emprego e renda.
Outras instituições governamentais utilizam a CBO para seus produtos, como a Declaração de Imposto de Renda, o cadastramento no INSS, em políticas públicas de Saúde, no Censo Educacional e em pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Assessoria de Comunicação Social MTE.
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Gestão de pessoas é desafio para pequenas empresas
Publicado em
13/01/2013
às
16:00
A adoção de políticas de recursos humanos em micro e pequenas empresas (MPEs) é muitas vezes vista com resistência pelo empresário.
A falta de conhecimento e de recursos estão entre as causas. Nesse assunto, poucas vão além do básico, como folha de pagamento, demissão e contratação.
Segundo Celso Bazzola, sócio-diretor da Bazz Estratégia e Operação de RH, empresa que dá consultoria para MPEs, o grande desafio é fazer o pequeno empreendedor enxergar essas políticas como investimento, não como custo. "Eles acham que é coisa para empresa grande e só dão importância quando começam a perder talentos."
A atração e retenção de bons profissionais estão entre os principais motivos para uma empresa ficar atenta à gestão de pessoas. Isso porque o custo da rotatividade de funcionários é muito alto.
CRIATIVIDADE
Por outro lado, boas práticas de gestão nem sempre precisam de grandes investimentos. Em alguns casos, basta um pouco de criatividade. Foi o que percebeu a direção de uma pequena metalúrgica carioca, a Maemfe.
Desde 2004, a empresa vem implementando ações no intuito de melhorar os níveis de satisfação. "São ações simples, mas que têm trazido ótimos resultados", disse Marcos Paulo Dinis Ano Bom, diretor da empresa.
Ano Bom cita como exemplo o programa Bom Dia Maemfe, que mensalmente reúne os funcionários para um café da manhã oferecido pela empresa. "Nessas ocasiões, a diretoria faz um relatório resumido dos números recentes e fala sobre os planos."
A transparência na relação entre direção e funcionários trouxe resultados. Conforme relata o diretor, na pesquisa de clima que a empresa realiza entre seus colaboradores, o nível de satisfação médio constatado tem sido de 7 pontos - em uma escala de 0 a 10.
"Hoje o funcionário se sente parte do negócio e acredita na empresa."
NOVA MENTALIDADE
Mesmo com resistências, a mentalidade do pequeno empresário sobre gestão de pessoas vem mudando.
O problema é conseguir agir em meio a tantas prioridades urgentes. É o que afirma Carlos Silva, Membro do Conselho Deliberativo da ABRH-SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e sócio-diretor da Lesap Consultoria Empresarial.
"Os pequenos empresários estão sempre apagando incêndios, tentando manter o negócio funcionando. Eles nem sempre têm tempo de pensar em RH", afirma Silva.
Ele reforça, porém, que a partir de dez funcionários toda empresa deveria ter políticas de recursos humanos. "Caso contrário, o empresário estará só 'treinando' o funcionário para outra empresa, pois, na primeira oportunidade, ele troca de emprego."
Silva enfatiza que o mercado está sempre em busca de bons profissionais e que o pequeno empreendedor tem de aprender a valorizá-lo. "Quando um trabalhador fica insatisfeito é como se estivesse no mercado. Está sempre à procura de um emprego melhor".
Fonte: O Sul - 01/10/2012 - Página 7 - Caderno Economia.
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Crescem homens "nem-nem"; garotas revertem tendência
Publicado em
08/01/2013
às
17:00
Estudo do Ipea diz que há mais garotos que nem trabalham nem estudam no País
O número de homens jovens que nem trabalham nem estudam está aumentando no país, enquanto ocorre o inverso entre mulheres da mesma idade. Os dados são do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
De 2000 a 2010, o número de homens jovens que não trabalhavam nem estudavam aumentou em 1,107 milhão.
Já o número de mulheres na mesma situação caiu 398 mil, segundo Ana Amélia Camarano, técnica de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.
Ela levou em consideração a definição de população jovem entre 15 e 29 anos, de acordo com a Secretaria Nacional da Juventude.
"Mudou o perfil dos "nem-nem" [como é chamado o grupo]. Isso tem a ver com a maior participação da mulher no mercado de trabalho e com a mudança de papéis."
Em 2000, as solteiras eram 22,6% do total de jovens e hoje são 30,5%, enquanto as casadas caíram de 71,3% para 69,9%. Já os homens solteiros eram 80,9% em 2000 e 75,9% em 2010. Os casados subiram de 13,4% para 16% no mesmo período.
Segundo Ana, as mulheres ainda são maioria entre os jovens "nem-nem", porém menos que no passado.
Em 2000, 6,4 milhões de jovens mulheres estavam nessa categoria, e hoje são 6 milhões. Já os homens jovens "nem-nem" passaram de 1,8 milhão para 2,9 milhões.
"A maioria ainda é formada por mulheres que casaram e já tiveram filhos", afirmou.
Levando em conta dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2001 a 2011, no universo dos jovens que não trabalham nem estudam, as mulheres apresentavam escolaridade média de 8,03 anos em 2011, ante 6,01 anos em 2000, enquanto os homens registravam 6,95 anos de estudo em 2011 e 5,33 em 2000.
Os homens jovens que estudam e trabalham registravam escolaridade de 8,76 anos (2000) e 9,87 (2011) e as mulheres de 9,81 e 10,94.
O estudo apontou ainda que a maioria dos jovens que não estudam e não trabalham é apoiada pela família e mora em domicílios de baixa renda, nos quais o chefe da família tem idade média de 40 anos e baixa escolaridade.
No caso dos homens, a maioria dos "nem-nem" é formada por filhos. No das mulheres, cônjuges.
Fonte: Folha de São Paulo - 06/12/2012 - Página 7.
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Acordo para livre circulação dos trabalhadores no Mercosul
Publicado em
07/12/2012
às
17:30
Acordos vão viabilizar a livre circulação de trabalhadores com maior proteção social aos trabalhadores dos países do Mercosul
Os ministros do Trabalho do Brasil, Brizola Neto; da Argentina, Carlos Tomada; do Uruguai, Eduardo Brenta; e a diretora de Inspeção do Trabalho da Venezuela, Maria Tereza Prieta Torrez, assinaram em 30/11/2012 a declaração de compromissos na área trabalhista entre os países presentes na reunião.
O documento foi acordado após uma série de reuniões entre representantes dos quatro países que ocorreu nesta semana para tratar de temas como inspeção do trabalho, certificação profissional e livre circulação de trabalhadores. "A intenção do encontro foi integrar a legislação trabalhista para facilitar a livre circulação de trabalhadores, a validação da certificação profissional em todos os países do Bloco e promover uma fiscalização mais eficiente nas regiões de fronteira", avaliou o ministro Brizola Neto.
Para o ministro, a integração da legislação, aliada a ações de promoção de trabalho decente, assegurando a livre circulação e garantias trabalhistas, são fundamentais para um avanço nas políticas de emprego dos países do Mercosul. "Tivemos muitos progressos, principalmente no que se refere à erradicação do trabalho infantil. Reafirmamos o compromisso de erradicar suas piores formas em 2015 e sua completa extinção até 2020", disse.
Brizola Neto afirmou ser este o momento favorável a uma ação proativa dos países do Bloco, com a possibilidade de concluir acordos importantes para colocar as decisões da área de trabalho no eixo central das decisões políticas de governo.
Ficou acordado no encontro que a próxima reunião de ministros acontecerá em 2013, em Montevidéu (Uruguai).
Clique aqui e assista o vídeo do encontro dos ministros.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MTE.
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EFD Social é o maior projeto da Receita Federal em 2013
Publicado em
28/11/2012
às
17:00
Um projeto único que atende as necessidades da Receita Federal do Brasil, Ministério do Trabalho (MTE), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Caixa Econômica Federal (CEF) e Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), bem como a Justiça do Trabalho, está previsto para vigorar em julho de 2013.
A sócia da Taf Consultoria Empresarial Tânia Gurgel, palestrante no Cisped, explica que o EFD Social é um dos maiores programas da RFB por envolver todos os tipos de empresas, incluindo as do Simples e a do Microempreendedor Individual (MEI). "Ele vai controlar todas as obrigações em um cenário muito complexo", diz, ao ressaltar que até mesmo as donas de casa que possuem empregada doméstica ou uma babá deverão se utilizar do sistema. A consultora acredita que poderá ocasionar um "atropelo" para a adaptação e conhecimento de um programa que envolve tantas áreas.
Além disso, de acordo com a especialista, o período de implantação, previsto para julho de 2013 é o pior momento para os contadores, tendo em vista todas as obrigações acessórias que se acumulam no primeiro semestre do ano. "É pouco tempo para um projeto tão grande", enfatiza. Tânia também está preocupada com a assinatura dos processos. "No EFD Social Folha de Pagamento, muitas informações vão sintetizadas, pois são sigilosas. Pode um contador assinar algo em que ele não teve acesso a sua concepção?", questiona. "Não estou contra o sistema, pelo contrário", reforça. Tânia sugere um escalonamento para a implantação e um treinamento mais abrangente, pois existem muitas especificidades que não são simples de adotar e aprender tão rapidamente.
Fonte: Jornal do Comércio - 21/11/2012 - Página 6.
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Escolha o melhor para seus recursos humanos
Publicado em
25/11/2012
às
16:00
Benefícios são uma estratégia para reter e até trazer novos talentos às corporações
Oferecer benefícios aos colaboradores, entenda-os como planos de saúde e auxílio à alimentação familiar, previdência privada, descontos em farmácias, é uma estratégia para reter e até trazer novos talentos às corporações. A premissa é básica: se elas oferecem melhores benefícios, os melhores talentos passam a fazer parte do seu quadro de colaboradores. Assim o objetivo final será alcançado com pessoas competentes contribuindo para a melhoria e para o crescimento das empresas. Investimentos esses que serão revertidos ao longo do tempo.
Trata-se de oferecer qualidade de vida aos profissionais que, no dia-a-dia, se dedicam e acreditam nos negócios da empresa. O quadro de funcionários é um capital ativo nos negócios, e bem administrado trará diversos benefícios aos contratantes.
Entre os benefícios que podem ser oferecidos, o transporte por ônibus fretado é um que tem 97% de aprovação entre os usuários. Principalmente, pelo conforto que oferece e pelo profissional não ter que enfrentar os congestionamentos dos grandes centros urbanos.
Se o empregado enfrenta o caos no transporte e os perigos de trânsito e demora, em média 5 horas para ir e vir do trabalho à sua residência, normalmente sufocado dentro de um veículo do transporte público ou num carro que mais fica parado no trajeto do que anda, como fica sua capacidade de produção durante o período de trabalho?
Ao longo dos anos, a situação fica insustentável, o estresse tomará conta dessa pessoa, que passará a fazer o uso constante do plano de saúde, por questões que poderiam ser prevenidas pelo empregador.
Primeiro é necessário ter em mente que nunca devemos subestimar a importância da qualidade do transporte para as pessoas. Mas conceder o transporte por fretamento implica em saber como contratar de forma correta e segura uma empresa de ônibus para realizar o traslado de seus colaboradores. Existem requisitos que devem ser observados pelos contratantes para não correr o risco de contratar uma empresa ilegal.
A empresa contratante também é responsável pelos colaboradores nos períodos que compreendem o trajeto de casa ao trabalho e vice-versa. Por isso, há a possibilidade de ser judicialmente acionada, caso a transportadora contratada traga algum dano à saúde do passageiro.
Hoje é natural o aumento de empresas de transporte que agem na irregularidade, pois com o aumento dos congestionamentos, elas buscam oferecer serviços que deviam ser executados exclusivamente por transportadoras regularizadas e inspecionadas pelos órgãos públicos. Ainda, como no caso de São Paulo, há a restrição aos fretados imposta pela prefeitura de Gilberto Kassab.
Muitos contratantes desinformados acabam por utilizar esses ônibus sem verificar a situação real da empresa se ela ao menos possui uma licença para circular, portanto, não adianta retirar o seu colaborador de dentro do carro ou do transporte público, sem ter a certeza que oferecerá o melhor para sua vida e sua produtividade.
Fonte: Revista Incorporadora/Silvio Tamelini.
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Empresa que utiliza ilha sem papel na cobrança de metas é condenada por assédio moral
Publicado em
25/11/2012
às
14:00
Ao longo do dia, os trabalhadores vão recebendo mensagens, na tela de seus computadores.
O nome do dispositivo é "ilha sem papel". Trata-se de programa de computador, criado pela empresa de comunicações reclamada para possibilitar o controle diário da produtividade e cumprimento de metas de cada empregado, por parte do supervisor. Ao longo do dia, os trabalhadores vão recebendo mensagens, na tela de seus computadores. Caso as metas estejam sendo cumpridas, recebem elogios. Caso contrário, em vez de expressões de louvor, os empregados recebem ofensas, sendo chamados de "perdedores da ilha", "burros" e "incompetentes", como aconteceu com a reclamante, por várias vezes. Além disso, havia reuniões diárias para tratar das metas.
Tudo isso levou a Turma Recursal de Juiz de Fora a entender que a reclamada abusou no exercício do seu poder diretivo, ao cobrar metas de forma vexatória e agressiva, praticando assédio moral. Essa conduta causou sofrimento, humilhação e enfraquecimento da integridade psicológica, não só à reclamante, mas, também, aos demais empregados. Por essa razão, os julgadores mantiveram a decisão de 1º Grau, que condenou a ré ao pagamento de indenização por danos morais.
O desembargador Heriberto de Castro explicou que a cobrança de metas por produtividade é válida e integra o poder diretivo do empregador. Não é, portanto, motivo suficiente para caracterização do assédio moral. Tanto que a Turma Recursal de Juiz de Fora já julgou improcedentes pedidos de indenização por danos morais contra a mesma empresa. Mas o procedimento de cobrança deve ser realizado sempre em harmonia com o princípio da dignidade da pessoa humana e sem ofensa à integridade psicológica do trabalhador, situação bastante diferente da que ficou demonstrada no processo.
"A situação vexatória e humilhante sofrida pela autora, ocorrida várias vezes ao longo da jornada de trabalho e durante todo o pacto laboral, enquadra-se na definição de assédio moral, que exige para a sua configuração conduta abusiva, reiterada ou sistemática, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa", destacou o relator. Por outro lado, a empresa não comprovou que sua cobrança por metas era adequada e que buscava somente motivar a empregada. Na visão do magistrado, não há dúvida da culpa da ré pela violação a direitos da personalidade da reclamante, em decorrência dos atos praticados pelos seus supervisores. Estão preenchidos, portanto, os requisitos para a responsabilização da empregadora.
Com esses fundamentos, o desembargador manteve a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais. Contudo, foi dado parcial provimento ao recurso da ré, para reduzir o valor da reparação para R$5.000,00. A Turma acompanhou o relator, por unanimidade.
Fonte: TRT MG/ Processo nº 0001260-82.2011.5.03.0143 ED/contadores.cnt.br.
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Readaptação de empregado acidentado não pode ocorrer fora das atividades empresariais
Publicado em
18/11/2012
às
16:00
RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO - NÃO READAPTAÇÃO DE EMPREGADO - DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS CARACTERIZADO
A rescisão indireta do contrato de trabalho justifica-se pela justa causa patronal, ou seja, a prática empresaria de quaisquer das hipóteses de falta grave, dentre aquelas previstas no art. 483 da CLT, o que inclui o descumprimento, pelo empregador, de suas obrigações contratuais - alínea "d". No caso deste processo, não há como deixar de reconhecer a incidência da hipótese capitulada no art. 483, "d", da CLT, tendo decidido com acerto o d. Juízo de origem, ao declarar a terminação oblíqua do contrato de trabalho firmado entre as partes, determinando o pagamento das parcelas rescisórias consectárias, pois restou evidente o descumprimento do pacto laboral, pela empresa Ré, que, ao invés de requalificar o empregado, vítima de acidente do trabalho, no contexto das próprias atividades empresárias, modificou totalmente o objeto contratual, desviando o laborista para a realização de atividades domésticas, na residência de seus proprietários, atividades estas totalmente dissociadas daquelas para o desempenho das quais fora o Obreiro contratado.
Fonte: TRT - 3ª Região - Recurso Ordinário 1676-2010-027-03-00-3 - Relator Desembargador Marcio Ribeiro do Valle - DeJT de 22-6-2012).
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Emissão da guia de INSS - GPS
Publicado em
18/11/2012
às
15:00
A Guia da Previdência Social (GPS), que também pode ser emitida pela internet, é o documento que deve ser preenchido para o recolhimento das contribuições sociais dos contribuintes da Previdência Social. Para emitir a GPS e efetivar o pagamento, basta entrar na página da Previdência Social, buscar o atalho Agência Eletrônica: Segurado/Lista completa de serviços ao segurado, e acessar, na mesma área, o atalho referente à GPS com código de barras. É preciso baixar o programa.
Para calcular o valor da contribuição, procure dentro da área Agência Eletrônica Segurado ou Empregador, na lista completa de serviços ao segurado, as opções "Cálculo de contribuições e Emissão da Guia da Previdência Social para contribuintes individuais, facultativos, empregados domésticos e segurados especiais. Nela, é possível calcular a contribuição, com base no salário informado, e em seguida emitir a guia.
Fonte: AgPrev.
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Trabalho de estrangeiro
Publicado em
27/10/2012
às
17:00
A autorização de trabalho, concedida pelo MTE, é exigida pelas autoridades consulares brasileiras, em conformidade com a legislação em vigor, como requisito para a concessão de vistos temporários e, em certos casos, de vistos permanentes a estrangeiros para trabalho no Brasil. O setor que mais demanda mão-de-obra estrangeira no país é o da indústria do óleo e gás, representando 30% de todas as autorizações de trabalho concedidas no período. O requisito básico para a vinda de profissionais estrangeiros ao Brasil é que esses profissionais não ocupem vagas que possam ser preenchidas por trabalhadores brasileiros.
Se considerarmos apenas as autorizações temporárias, que somaram 48.862, houve queda de 0,9%. Foram 10.127 para técnicos até 90 dias, acréscimo de 25%, 5.299 para técnicos até 1 ano, representando aumento de 29% e 4.423 para especialistas estrangeiros, aumento de 26%.
Segundo o coordenador-geral de Imigração do MTE, Paulo Sérgio de Almeida, o crescimento destas modalidades de autorizações de trabalho significa o aumento no volume de investimentos em setores intensivos em máquinas, equipamentos e também a absorção de tecnologias e conhecimentos específicos. No caso dos especialistas estrangeiros, o dado reflete o aumento da procura por mão-de-obra estrangeira qualificada. Nesta categoria, as maiores altas foram de portugueses (630 vistos, aumento de 91%) e espanhóis (343 vistos, aumento de 50%).
"Os vistos humanitários concedidos pelo Conselho Nacional de Imigração aos haitianos que ingressaram pela fronteira terrestre entre o fim de 2011 e janeiro de 2012 tiveram um grande impacto, com a concessão de 3.307 autorizações contra 632 entre janeiro e setembro de 2011", avalia o coordenador.
Foram registradas também quedas de 14% e 23%, respectivamente, para tripulantes a bordo de embarcações e plataformas de bandeira estrangeira em operação no Brasil, bem como para tripulantes temporários em embarcações de turismo estrangeira. Caíram também em 4% as autorizações para a vinda de artistas estrangeiros para realização de shows e eventos no Brasil.
Os americanos seguem sendo a nacionalidade mais autorizada a trabalhar no Brasil, mas também tem muita demanda os estrangeiros Filipinos (exclusivamente como tripulantes a bordo de embarcações), Reino Unido, índia, Alemanha, China, Itália, Japão e França.
Qualificação - As empresas que contratam estrangeiros devem comprovar que os trabalhadores contratados possuem qualificação profissional, ou seja, escolaridade e experiência, compatíveis com as atividades que irão executar no Brasil. Devem, também, demonstrar a não existência dessa mão-de-obra especializada no Brasil. Para garantir o mercado de trabalho para os profissionais brasileiros, o MTE exige que a empresa mantenha um programa de treinamento de brasileiros nessas atividades ocupadas por estrangeiros, cujos vistos tem períodos de até um ano. Terminado o prazo de autorização, as empresas serão obrigadas a demonstrar a necessidade da continuidade da presença de estrangeiros, mesmo com o treinamento realizado de brasileiros para a função.
O visto é emitido pelo Ministério das Relações Exteriores. Registrado no passaporte de estrangeiros, lhes permite entrar e permanecer no País, após satisfazerem as condições previstas na legislação de imigração. O visto permanente autoriza o estrangeiro que pretenda estabelecer-se definitivamente no Brasil. A concessão deste tipo de visto também requer prévia Autorização de Trabalho emitida pelo Ministério do Trabalho nos casos de investidor (pessoa física) ou ocupante de cargo de administrador, gerente ou diretor de sociedade comercial ou civil.
Cabe ao Conselho Nacional de Imigração, órgão colegiado tripartite, presidido pelo MTE e composto por nove ministérios, cinco centrais sindicais, cinco confederações de empregadores e um representante da comunidade científica a responsabilidade pela política e as normas brasileira de imigração, bem como pela autorização da vinda de estrangeiros em situações especiais.
Veja o balanço completo no link http://portal.mte.gov.br/trab_estrang/estatisticas.htm
Fonte: Assessoria da Comunicação Social MTE.
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Inclusão no trabalho de pessoas com deficiência e reabilitados
Publicado em
23/10/2012
às
17:00
A Secretaria de Inspeção do Trabalho emitiu Inscrição Normativa dispondo sobre os procedimentos de fiscalização do cumprimento, por parte dos empregadores, das normas destinadas à inclusão no trabalho das pessoas com deficiência e beneficiários da Previdência Social reabilitados.
Abaixo, o texto completo da referida Instrução Normativa.
INSTRUÇÃO NORMATIVA MTE/SIT Nº 98, DE 15 DE AGOSTO DE 2012 - DOU DE 16/08/2012
Dispõe sobre procedimentos de fiscalização do cumprimento, por parte dos empregadores, das normas destinadas à inclusão no trabalho das pessoas com deficiência e beneficiários da Previdência Social reabilitados.
A Secretária de Inspeção do Trabalho no uso da competência prevista no inciso XIII do art. 14 do Anexo I do Decreto nº 5.063, de 03 de maio de 2004, e em face do disposto no art. 36 do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, resolve:
Art. 1º Estabelecer os procedimentos da fiscalização da inclusão de pessoas com deficiência e beneficiários da Previdência Social reabilitados no mercado de trabalho, com vistas a assegurar o exercício pleno e equânime do direito ao trabalho e a promoção do respeito à dignidade da pessoa humana, conforme estabelece a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, promulgados por meio do Decreto n° 6.949, de 25 de agosto de 2009.
Seção I
Da Fiscalização Da Reserva Legal De Cargos Para Pessoa Com Deficiência
Art. 2º As Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego - SRTE, por meio da Auditoria Fiscal do Trabalho, devem realizar ações de fiscalização do cumprimento da reserva de cargos para pessoas com deficiência ou reabilitadas, na forma do art. 93 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, observadas as diretrizes da Secretaria de Inspeção do Trabalho.
§1º A execução, coordenação, monitoramento e avaliação das ações fiscais serão realizados por meio do Projeto Estadual de Inclusão no Mercado de Trabalho de Pessoas com Deficiência ou Reabilitadas, observados o planejamento aprovado pelas chefias de fiscalização e as diretrizes da Secretaria de Inspeção do Trabalho.
§2° As coordenações nacional e estaduais do Projeto devem se articular com as entidades e instituições públicas e privadas atuantes na inclusão de pessoas com deficiência ou reabilitadas.
Art. 3º A ação fiscal para a verificação do cumprimento da reserva legal de cargos competirá à SRTE em cuja circunscrição territorial estiver instalada a matriz da empresa, na modalidade direta ou indireta, abrangendo todos os estabelecimentos, inclusive aqueles situados em outras Unidades da Federação - UF.
§1º Constatado indício de descumprimento da reserva legal, a fiscalização poderá ser centralizada, excepcionalmente, por outra SRTE em cuja circunscrição exista estabelecimento da empresa.
§2º Para a centralização prevista no §1º, o Auditor Fiscal do Trabalho - AFT que constatou a situação deve solicitar, por meio do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho - SFIT, autorização à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da localidade em que se encontra a matriz da empresa, e dar ciência do fato ao coordenador de projeto de sua SRTE.
§3º Autorizada a centralização, o AFT solicitante será responsável pela fiscalização da matriz e de todos os estabelecimentos da empresa, inclusive os localizados nas demais UF.
§4º Caso não seja autorizada a centralização, o AFT deve se abster de fiscalizar o cumprimento da reserva de cargos para pessoas com deficiência ou reabilitadas e encaminhar relatório circunstanciado à SRTE do estado em que se situa a matriz da empresa, na hipótese de ser constatada irregularidade grave na inclusão dos trabalhadores com deficiência ou reabilitadas.
Art. 4º Independentemente da existência de ação fiscal centralizada em andamento, qualquer estabelecimento poderá ser fiscalizado pela SRTE da sua circunscrição, relativamente a eventuais irregularidades quanto a outras normas de proteção ao trabalho, inclusive as relativas às pessoas com deficiência ou reabilitadas.
Art. 5º O AFT deve verificar se a empresa com cem ou mais empregados preenche o percentual de dois a cinco por cento de seus cargos com pessoas com deficiência ou com beneficiários reabilitados da Previdência Social, na seguinte proporção:
I - de cem a duzentos empregados, dois por cento;
II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;
III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento;
IV - mais de mil empregados, cinco por cento.
§1º Para efeito de aferição dos percentuais dispostos no caput, será considerado o número de empregados da totalidade dos estabelecimentos da empresa.
§2º Para as empresas que apresentem variações sazonais no quantitativo de empregados, a fiscalização poderá utilizar, para a composição da base de cálculo da cota a ser cumprida, a média aritmética da totalidade de empregados existentes ao final de cada um dos doze últimos meses.
§3º As frações de unidade no cálculo de que trata o caput darão lugar à contratação de mais um trabalhador.
Art. 6º Nas ações fiscais para aferição do cumprimento da reserva legal de cargos, o AFT deve verificar se as dispensas dos empregados reabilitados ou com deficiência, ao final de contrato por prazo determinado superior a noventa dias, ou as dispensas imotivadas, nos contratos a prazo indeterminado, ocorreram mediante contratação prévia de substituto de condição semelhante, salvo quando a empresa mantiver atendido o cumprimento da reserva de cargos.
Seção II
Da Inclusão da Pessoa Com Deficiência
Art. 7º A caracterização da condição de pessoa com deficiência dar-se-á com base no Decreto n.º 3.298, de 20 de dezembro de 1999, observados os dispositivos da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.
Parágrafo único. Os empregados com contratos de trabalho celebrados antes das alterações promovidas pelo Decreto n.º 5.296, de 2004, e que foram comprovadamente caracterizados com deficiência auditiva para fins de cumprimento da reserva legal de cargos segundo os critérios legais vigentes à época, serão considerados pessoas com deficiência pela fiscalização até a rescisão de seu contrato de trabalho.
Art. 8º Para fins de comprovação do enquadramento do empregado como pessoa com deficiência é necessária a apresentação de laudo elaborado por profissional de saúde de nível superior, preferencialmente habilitado na área de deficiência relacionada ou em saúde do trabalho, que deve contemplar as seguintes informações e requisitos mínimos:
I - identificação do trabalhador;
II - referência expressa quanto ao enquadramento nos critérios estabelecidos na legislação pertinente;
III - identificação do tipo de deficiência;
IV - descrição detalhada das alterações físicas, sensoriais, intelectuais e mentais e as interferências funcionais delas decorrentes;
V - data, identificação, nº de inscrição no conselho regional de fiscalização da profissão correspondente e assinatura do profissional de saúde; e
VI - concordância do trabalhador para divulgação do laudo à Auditoria-Fiscal do Trabalho e ciência de seu enquadramento na reserva legal.
Parágrafo único. Nas hipóteses de deficiência auditiva, visual, intelectual ou mental serão exigidos, respectivamente, exame audiológico - audiometria, exame oftalmológico - acuidade visual com correção e campo visual, se for o caso, e avaliação intelectual ou mental especializada.
Art. 9º A comprovação do enquadramento na condição de segurado reabilitado da Previdência Social será realizada com a apresentação do Certificado de Reabilitação Profissional emitido pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS.
Art. 10. O AFT deve verificar, na Relação Anual de Informações Sociais - RAIS e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, a exatidão das informações prestadas referentes aos empregados com deficiência e reabilitados, inclusive quanto ao tipo de deficiência, e ainda a eventual condição de aprendiz e exigirá a regularização, caso identificado erro ou omissão quanto a essas informações.
Parágrafo único. Na hipótese de o empregado adquirir a deficiência ou a condição de reabilitado no curso do contrato de trabalho, o AFT deve orientar o empregador para fazer constar essa informação na RAIS, a partir do ano da ocorrência, e no CAGED, no caso de transferência ou desligamento do empregado.
Art. 11. No intuito de coibir práticas discriminatórias, o AFT deve verificar se está sendo garantido o direito ao trabalho das pessoas com deficiência ou reabilitadas, em condições de igualdade de oportunidades com as demais pessoas, com respeito a todas as questões relacionadas ao emprego, observando, dentre outros aspectos:
I - garantia de acesso às etapas de recrutamento, seleção, contratação e admissão, capacitação e ascensão profissional, sem ocorrência de exclusões de pessoas com base, a priori, na deficiência ou na condição de reabilitado;
II - distribuição, pela empresa, dos empregados com deficiência ou reabilitados nos diversos cargos, funções, postos de trabalho, setores e estabelecimentos, preferencialmente de forma proporcional, tendo como parâmetro as reais potencialidades individuais e as habilidades requeridas para a atividade;
III - manutenção no emprego;
IV - jornada de trabalho não diferenciada, salvo exceção prevista no § 2º do art. 35 do Decreto 3.298, de 1999;
V - remuneração equitativa;
VI - acessibilidade ampla; e
VII - condições de saúde e segurança adaptadas às necessidades dos empregados.
Art. 12. Quando do exame dos programas relativos à saúde e segurança, tais como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, o AFT deve verificar se foram contempladas as medidas necessárias para garantir aos trabalhadores com deficiência e reabilitados condições de trabalho seguras e saudáveis e, da mesma maneira, verificar se a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -CIPA, quando obrigatória, acompanha a inclusão desses trabalhadores, inclusive documentando em ata esse acompanhamento.
Art. 13. Caberá ao AFT verificar se no processo de inclusão da pessoa com deficiência ou reabilitada a empresa promoveu as modificações dos postos de trabalho, da organização do trabalho e as condições ambientais, em conformidade com as necessidades do trabalhador, com garantia desde a acessibilidade arquitetônica até adaptações específicas de mobiliários, máquinas e equipamentos, dispositivos de segurança, utilização de tecnologias assistivas, ajudas técnicas, facilitação de comunicação, apoios e capacitação específica, dentre outros, de modo a eliminar as barreiras porventura existentes.
Parágrafo único. O AFT deve verificar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, conforme estabelece a Norma Regulamentadora 17 - Ergonomia.
Art.14. Havendo lavratura de autos de infração por desrespeito às normas protetivas do trabalho das pessoas com deficiência ou reabilitadas, o AFT deve:
I - consignar no histórico do auto de infração, na hipótese de não preenchimento integral da reserva legal prevista no caput do art. 93 da Lei nº 8213, de 1991, o montante de pessoas com deficiência ou reabilitadas que deixaram de ser contratadas e o número de empregados que serviu de base para a aplicação do percentual legal, conforme previsto no art. 5º;
II - consignar no histórico do auto de infração, na hipótese de dispensa de empregado com deficiência ou reabilitado sem a antecedente contratação de substituto de condição semelhante, por término de contrato por prazo determinado superior a noventa dias, ou por dispensa imotivada, relativamente a contrato por prazo indeterminado, os nomes daqueles empregados dispensados e o número total de trabalhadores da empresa fiscalizada;
III - fundamentar o auto de infração, na hipótese de caracterização de prática discriminatória, conforme o caso, no disposto no inciso IV do art. 3º e no inciso IV e caput do art. 5º da Constituição federal; nos arts. 2 e 27 da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência; no art. 1º da Lei 9.029, de 13 de abril de 2011; nos arts. 8º e 373-A da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e demais normas aplicáveis.
Seção III
Da Aprendizagem Profissional Da Pessoa Com Deficiência
Art. 15. O AFT deve incentivar as empresas e outras instituições para que promovam a participação das pessoas com deficiência nos programas de aprendizagem profissional, inclusive as beneficiárias do Beneficio de Prestação Continuada - BPC da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, com o objetivo de sua posterior contratação por prazo indeterminado, observando que:
I - as instituições públicas e privadas, que ministram educação profissional devem disponibilizar cursos profissionais de nível básico para as pessoas com deficiência, conforme prevê o §2º do art. 28 do Decreto nº. 3.298, de 1999;
II - os programas de aprendizagem profissional, em suas atividades teóricas e práticas, devem promover as adaptações e as medidas de apoio individualizadas, de forma a atender às necessidades de inclusão de todos os aprendizes;
III - para o aprendiz com deficiência devem ser consideradas, sobretudo, as habilidades e as competências relacionadas com a profissionalização e não a sua escolaridade;
IV- não há previsão de idade máxima para contratação da pessoa com deficiência como aprendiz, apenas o limite mínimo de quatorze anos, observadas as disposições legais de proteção ao trabalho dos adolescentes; e
V - as empresas poderão contratar aprendizes até o limite de quinze por cento das funções que demandem formação profissional.
Seção IV
Do Procedimento Especial Para A Ação Fiscal
Da Inclusão De Pessoas Com Deficiência Ou Reabilitadas
Art. 16. Constatados motivos relevantes que impossibilitam ou dificultam o cumprimento da reserva legal de cargos para pessoas com deficiência ou reabilitadas, poderá ser instaurado o procedimento especial para ação fiscal, por empresa ou setor econômico, previsto no art. 627-A da CLT e nos arts. 27 a 29 do Decreto nº 4.552, de 27 de Dezembro de 2002, observadas as disposições desta Instrução Normativa e da Instrução Normativa nº 23, de 23 de maio de 2001.
Parágrafo único. O procedimento especial para a ação fiscal da inclusão de pessoa com deficiência ou reabilitada será instaurado pelo AFT, com anuência do coordenador do Projeto e da chefia imediata.
Art. 17. O procedimento especial para a ação fiscal poderá resultar na lavratura de termo de compromisso, no qual serão estipuladas as obrigações assumidas pelas empresas ou setores econômicos compromissados e os prazos para seu cumprimento.
§1º Nas reuniões concernentes ao processo de discussão e elaboração do termo de compromisso é permitida a participação de entidades e instituições atuantes na inclusão das pessoas com deficiência, bem como entidades representativas das categorias dos segmentos econômicos e profissionais.
§2º O termo de compromisso deve conter, no mínimo, as seguintes obrigações por parte dos compromissados:
I - proibição de discriminação baseada na deficiência, com respeito às questões relacionadas com as formas de emprego, de acordo com o especificado no art. 11;
II - identificação das barreiras porventura existentes e promoção da acessibilidade em suas diversas formas, respeitadas as necessidades de cada pessoa;
III - promoção de campanhas internas de valorização da diversidade humana e de combate à discriminação e ao assédio;
IV- promoção de qualificação profissional da pessoa com deficiência ou reabilitada, preferencialmente na modalidade de aprendizagem; e
V- impossibilidade de dispensa de trabalhador reabilitado ou com deficiência, sem a prévia contratação de substituto de condição semelhante, na hipótese de término de contrato por prazo determinado de mais de noventa dias, ou dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado.
§ 3º O prazo máximo do termo de compromisso será de doze meses, excetuado o caso em que o cumprimento da reserva legal esteja condicionado ao desenvolvimento de programas de aprendizagem profissional de pessoas com deficiência, nos termos do art. 429 da CLT, caso em que o prazo máximo será de vinte e quatro meses.
§ 4º Em caráter excepcional, e em face de projetos específicos de inclusão e qualificação profissional ou dificuldades comprovadamente justificadas, os prazos estipulados no §3° poderão ser ampliados, com observância aos procedimentos estabelecidos pelas normas de regência.,
§5º O termo de compromisso deve estabelecer metas e cronogramas para o cumprimento da reserva legal de forma gradativa, devendo a empresa, a cada etapa estipulada, apresentar variação positiva do percentual de preenchimento e, ao final do prazo, comprovar o cumprimento integral da reserva legal estipulada no art. 93 da Lei nº 8.213, de 1991, e dos demais compromissos assumidos.
§6º Durante o prazo fixado no termo de compromisso, devem ser feitas fiscalizações nas empresas, a fim de ser verificado o seu cumprimento, sem prejuízo da ação fiscal relativa a atributos não contemplados no referido termo.
§7° Frustrado o procedimento especial para a ação em face de não atendimento da convocação, recusa de firmar termo de compromisso, descumprimento de qualquer cláusula compromissada, devem ser lavrados, de imediato, os respectivos autos de infração, e poderá ser encaminhado relatório circunstanciado ao Ministério Público do Trabalho e demais órgãos competentes.
Seção V
Dos Concursos Públicos
Art. 18. Nas ações fiscais realizadas nos entes Administração Pública que contratem sob o regime celetista, o AFT deve verificar o cumprimento da reserva de cargos prevista no art. 93 da Lei 8213, de 1991, e o disposto no §1º do art. 37 do Decreto 3298, de 1999.
Art. 19. Cabe ao AFT verificar a disponibilização, nos concursos públicos para contratação de empregados regidos pela CLT, do percentual mínimo de cinco por cento das vagas de cada cargo para pessoas com deficiência, visando à necessária igualdade de oportunidades, de acordo com o art. 37 do Decreto 3298, de 1999.
§1º Caso a aplicação do percentual de que trata o caput resulte em número fracionado, este deve ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente, de acordo com o § 2º do art. 37 do Decreto 3298, de 1999.
§2º As pessoas com deficiência possuem direito de acesso a todos os cargos públicos, inclusive àqueles exercidos em condições de periculosidade, insalubridade, exposição a riscos e situações de emergência, ressalvados os expressamente afastados por lei federal que regule o exercício de profissão regulamentada, de acordo com o art. 40 do Decreto 3298, de 1999.
§3º A avaliação da compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência do candidato será realizada por equipe multiprofissional, composta de três profissionais capacitados e atuantes nas áreas das deficiências em questão, sendo um deles médico, e três profissionais integrantes da carreira almejada pelo candidato, durante o estágio probatório, considerando as ajudas técnicas e demais adaptações necessárias ao posto de trabalho, de acordo com o art. 43 do Decreto 3298, de 1999.
Art. 20. O AFT deve verificar se em todo o processo seletivo, na fase de contratação e no estágio probatório, estão sendo observadas, no mínimo, as seguintes disposições previstas no art. 39 do Decreto 3298, de 1999:
I - se consta do edital o número de vagas, o total correspondente à reserva destinada à pessoa com deficiência, discriminadas por cargo e localidade, assim como as atribuições e tarefas essenciais dos cargos;
II - se há previsão no edital de adaptação das provas, do curso de formação e do estágio probatório, conforme a necessidade do candidato, por exemplo: ledor, prova ampliada, material audio-visual adaptado, auxílio para transcrição de gabaritos, mobiliário adaptado, material em Braile, sintetizador de voz, sala de mais fácil acesso, intérprete de libras, tempo adicional e outros apoios;
III - se há previsão no edital de que o laudo comprobatório da deficiência possa utilizar parâmetros internacionalmente utilizados, não se restringindo aos da Classificação Internacional de Doenças -CID.
IV - se a publicação do resultado final do concurso será realizada em duas listas: a primeira, com a pontuação de todos os candidatos, inclusive aqueles com deficiência, e a segunda, somente com a pontuação destes últimos.
Parágrafo único. O AFT deve verificar os pareceres da equipe multiprofissional, emitidos em todas as etapas previstas, conforme previsto no art. 19 desta IN e observando as disposições do art. 43 do Decreto n° 3298, de 1999 e demais diplomas legais aplicáveis.
Art. 21. Fica revogada a Instrução Normativa nº 20, de 26 de janeiro de 2001.
Art. 22. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
VERA LÚCIA RIBEIRO DE ALBUQUERQUE
Este texto não substitui o publicado no DOU 16/08/2012 - seção 1 - pág 116 e 117.
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Petição transmitida via fax só tem efeitos legais se for idêntica à original
Publicado em
11/10/2012
às
17:00
"Se o fac-símile mostra-se incompleto, não faz surtir os efeitos previstos em lei"
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou seguimento a agravo de instrumento de trabalhador que transmitiu recurso de revista via fax, mas apresentou petição diferente em juízo. Ele pretendia o processamento do recurso no TST, negado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP). A Turma concluiu que a decisão denegatória foi adequada ao sistema processual em vigor, já que a Lei 9.800/99 dispõe ser indispensável que documentos transmitidos via fac-símile correspondam integramente aos originais.
Em demanda trabalhista contra a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, o empregado interpôs recurso de revista ao TST com transmissão prévia da petição através de fac-símile. No entanto, ao apresentar a petição original em juízo, foi verificado que ela não guardava perfeita similitude com a que havia sido transmitida. Diante disso, o Regional concluiu pela ausência de pressuposto de admissibilidade e negou o seguimento do recurso ao TST.
O trabalhador apresentou novo recurso de revista, que também teve o seguimento negado em razão da ocorrência de preclusão consumativa (perda do direito de agir nos autos quando o ato já se consumou, não podendo fazê-lo outra vez).
Inconformado, apresentou agravo de instrumento no TST e afirmou que não houve preclusão consumativa. Para ele, o recurso de revista transmitido via fax deve ser considerado inexistente após a apresentação do original em juízo. Sustentou, ainda, que o objeto da revista pleiteada não se limita à falta de similitude dos recursos.
O relator, ministro João Batista Brito Pereira, não deu razão ao trabalhador. Destacou que a Lei 9.800/99, ao permitir a prática de atos processuais através de transmissão de dados por fac-símile, expressamente previu ser indispensável a qualidade e a fidelidade do material, bem como sua correspondência com o original. "Se o fac-símile mostra-se incompleto, não faz surtir os efeitos previstos em lei", concluiu.
Fonte: TST/ Letícia Tunholi - Processo: AIRR - 257040-18.2005.5.15.0137.
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Cuidado, empresário: discriminação agora pode gerar estabilidade no trabalho
Publicado em
07/10/2012
às
15:00
É temeroso, para não utilizar outra palavra, a súmula aprovada pelo Tribunal Superior do Trabalho que "cria" uma estabilidade sem qualquer amparo pela lei
Empresários devem tomar cuidado no momento de dispensar um empregado, pois a dispensa sem justa causa pode gerar estabilidade. É isso mesmo! O novo posicionamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que editou na última semana a Súmula 443 assim dispõe: "Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego".
Observa-se novamente que o órgão máximo da Justiça do Trabalho não mediu esforços para concretizar sua antiga ideia de criar estabilidade aos empregados que são desligados sem justa causa sob a alegação de discriminação. Ainda, levantou-se a bandeira de que a estabilidade é válida nos termos da Constituição Federal e da legislação trabalhista em vigor. Entretanto, não é.
Inicialmente, é sabido que qualquer estabilidade decorre de lei. Gestantes, empregados que sofrem acidente de trabalho e/ou doença do trabalho, membros da CIPA, entre outros, tem direito a estabilidade uma vez que a própria legislação assim dispõe.
E nada mais justo, visto que o processo para se chegar nessa estabilidade advém do Congresso Nacional, passando pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados, representantes do povo e dos Estados e não de um órgão judicial que não tem legitimidade para isso.
É temeroso, para não utilizar outra palavra, a súmula aprovada pelo Tribunal Superior do Trabalho que "cria" uma estabilidade sem qualquer amparo pela lei. Ainda, a súmula não foi feliz ao deixar de informar o período de estabilidade e como a discriminação deve ser comprovada, ou seja, se o empregado que se encontra na situação - dispensado sem justa causa por meio discriminatório - terá direito a estabilidade até quando e quais os meios que a discriminação deverá ser comprovada e/ou como.
A gestante, por exemplo, tem a prova do seu estado gravitíssimo, ou o empregado eleito pela CIPA tem o documento que demonstra sua elegibilidade e, ainda, o acidentário tem o laudo do INSS e a CAT que demonstram o ocorrido. Como fica a situação do discriminado?
Sabemos que a Justiça do Trabalho tem a fama de ser extremamente paternalista em face dos empregados, visto que utiliza princípios como o da hipossuficiência para justificara suas decisões - tanto no campo material quanto no processual - e que na dúvida a proteção sempre será feita em face do empregado. Isso é notório e quem atua no dia a dia sabe do ocorrido.
O que não pode ser aceito é uma imposição do Tribunal Superior do Trabalho em face do poder diretivo do empregador que está petrificado no art. 2º da CLT. Os limites desse poder já estão petrificados na Constituição Federal e na CLT. Não pode um órgão do Poder Judiciário emanar entendimento que incorra em face da lei.
Se o empregador tem um empregado que tenha o vírus do HIV e/ou uma doença grave ele poderá desligá-lo da empresa sem qualquer estabilidade e caso ocorra a discriminação - e não estamos justificando sua validade - que a Justiça do Trabalho condene o empregador em danos morais e ainda oficie o Ministério Público ou até mesmo a Polícia para que faça a devida apuração investigação.
Entretanto, dispor em súmula que o empregado discriminado em sua dispensa - que seja portador de HIV ou doença grave - tenha direito a estabilidade não parece justo, correto e até mesmo legal nos termos da atual legislação pátria.
Fonte: Revista Incorporativa/ Alan Balaban.
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Empregado mesário: quais os deveres da empresa?
Publicado em
07/10/2012
às
14:30
Questiona-se, no entanto, qual a repercussão desse ato de cidadania cumprido pelo mesário convocado enquanto EMPREGADO?
Contudo, uma eleição não envolve apenas seus protagonistas, candidatos e os cidadãos, mas também aqueles que atuam como representantes e auxiliares da Justiça Eleitoral.
Nesse aspecto, surge a figura do mesário o qual pode ser convocado pela Justiça Eleitoral, ou inscrever-se voluntariamente. Assumido tal posto, investe-se o cidadão de uma função pública.
Questiona-se, no entanto, qual a repercussão desse ato de cidadania cumprido pelo mesário convocado enquanto EMPREGADO?
Desse modo, sendo o mesário EMPREGADO, o artigo 98 da Lei 9.504/97, confere-lhe o direito de ser dispensado do serviço pelo dobro dos dias que ficar à disposição da Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento, ou qualquer vantagem.
E tal direito, estende-se não apenas ao dia da eleição, mas também aos dias destinados a treinamento, preparação e montagem dos locais de votação, conforme expressamente prevê a Resolução do TSE nº 23.372/2012, em seu artigo 174.
A concessão dos dias de folga pelo empregador, depende, no entanto, de comprovação através de declaração ou certidão a ser solicitada à Justiça Eleitoral.
Já no que concerne ao momento em que as folgas deverão ser concedidas, a legislação eleitoral nada determina, mantendo-se omissa à questão.
Assim, por não haver qualquer previsão legal quanto à obrigatoriedade temporal para concessão das folgas, entendemos que a forma mais razoável para exercício desse direito, dependerá de mútuo consenso entre empregado e empregador, posicionamento este também ao adotado pelo Ministério do Trabalho.
Fonte: Revista Incorporativa/ Karina Kawabe.
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Lei de Cotas
Publicado em
17/09/2012
às
17:00
A Lei nº 8.213/1991, art. 93, determina que a empresa com cem ou mais empregados é obrigada a preencher de dois por cento a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500, 3%; de 501 a 1.000, 4%; de 1.001 em diante, 5%.
Recentemente (em 16 de agosto/2012), foi publicada no Diário Oficial da União a Instrução Normativa nº 9/12 uniformizando os procedimentos a sem adotados pela fiscalização do MTE nas inspeções sobre a cota legal.
De acordo com a nova IN, cabe ainda aos auditores incentivar as empresas a promoverem a qualificação das pessoas com deficiência contratadas, em reuniões locais com a presença dos empregadores e entidades qualificadoras.
Saiba mais: http://portal.mte.gov.br/imprensa/mte-atualiza-norma-de-fiscalizacao-sobre-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia.htm
Fonte: MTE.
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Ministério de Trabalho atualiza norma de fiscalização sobre inclusão de pessoas com deficiência
Publicado em
11/09/2012
às
17:00
A nova IN uniformiza procedimentos adotados pela fiscalização do MTE nas inspeções sobre a cota legal de inclusão no trabalho de pessoas com deficiência e beneficiários da Previdência Social reabilitados.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou os procedimentos de fiscalização da inclusão no mercado de trabalho das pessoas com deficiência e beneficiários da Previdência Social reabilitados. A Instrução Normativa 98 (IN 98), publicada quinta-feira (16) no Diário Oficial da União, regulamenta de forma mais objetiva a fiscalização, uniformizando procedimentos adotados pela fiscalização do MTE.
Segundo a secretária de Inspeção do Trabalho do MTE, Vera Albuquerque, a IN 98 representará mais um passo de evolução na qualidade da fiscalização por detalhar os procedimentos a serem seguidos pelos auditores fiscais do trabalho e na procura de uniformizar as ações fiscais. A norma anterior sobre o assunto estava em vigor desde 2001.
"A uniformidade de procedimentos, o incentivo à qualificação de pessoas com deficiência e a regulamentação do procedimento especial de fiscalização, certamente estimularão a contratação correta da pessoa com deficiência e sua completa integração no ambiente de trabalho, com ganhos significativos para os trabalhadores, para as empresas e para toda a sociedade", afirma a secretária.
A IN estabelece que os auditores devem participar desde o processo de captação da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, sua contratação, adaptação no ambiente de trabalho e eventual desligamento. Para este fim, também poderão fazer reuniões locais com empregadores e entidades qualificadoras para informar sobre a qualificação profissional e a contratação de aprendizes e pessoas com deficiência.
A nova IN também especifica como se dará a caracterização da pessoa com deficiência, regulamenta a centralização das ações entre as Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs), prevê as formas de combate a práticas discriminatórias, descreve o procedimento especial de fiscalização e os procedimentos a serem utilizados na lavratura dos Autos de Infração.
As contratações de pessoas com deficiência sob ação da fiscalização do MTE têm aumentado anualmente. Em 2009, foram 26.449 profissionais. No ano de 2010, os auditores do trabalho formalizaram a contratação de 28.752 pessoas com deficiência. E em 2011, este número teve um aumento de 19,62%, atingindo 34.395 pessoas em todo o país.
Legislação - Lei nº 8.213, de 24 de Julho de 1991 - Habilitação e Reabilitação Profissional:
Art. 93- A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois por cento a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500, 3%; de 501 a 1.000, 4%; de 1.001 em diante, 5%.
Fonte: MTE.
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Pagamento do feriado trabalhado em regime de escala de revezamento
Publicado em
04/09/2012
às
15:00
Nos serviços em que for permitido o trabalho nos feriados civis e religiosos, a remuneração dos empregados que trabalharem nesses dias é paga em dobro.
A empresa pode se eximir do pagamento em dobro, desde que conceda ao empregado outro dia de folga na semana.
A Súmula 146 do TST - Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento que o trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.
Portanto, ocorrendo o trabalho em dia de feriado, sem que haja uma folga compensatória, o empregado deverá receber o valor de 2 dias de salário, sem considerar o dia que já está incluído no salário.
Exemplificando, se o empregado recebe RS 750,00 por mês de salário, e veio a trabalhar no feriado, sem uma folga compensatória, ele terá o repouso pago da seguinte forma:
RS 750,00 - 30 dias = RS 25,00
RS 25,00 x 2 dias = R$ 50,00
Remuneração devida no mês: RS 800,00 (RS 750,00 + RS 50,00 (Remuneração do trabalho no feriado).
Base legal: Lei 605, de 5-1-49; Resolução 121 TST, de 21-11-2003 - Súmula 146; Ato Declaratório 10 SIT, de 3-8-2009 - Precedente Administrativo 81.
Fonte: COAD.
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Empresas podem aplicar cláusula de sigilo, decide TRT-SP
Publicado em
17/08/2012
às
17:00
Durante quase três anos o executivo trabalhou na consultoria em negócios.
Apesar de não estarem previstas na legislação trabalhista brasileira, as cláusulas de não-concorrência e de sigilo e confidencialidade podem ser aplicadas pelas empresas nos seus contratos. Com este entendimento, a 9ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo condenou ex-funcionário de uma consultoria em negócios a devolver os R$ 64 mil que recebeu da empresa para cumprir a cláusula de confidencialidade depois que deixou o emprego, o que não o fez.
A relatora do processo, desembargadora Jane Granzoto, explica na decisão que, diferentemente das sociedades em que o método de produção era mais simples e de conhecimento comum, hoje em dia a informação vale muito, com impactos nas questões jurídicas, econômicas e trabalhistas das empresas.
"Sobretudo em momentos cruciais de crise econômica e leonina competitividade, a questão envolvendo o uso que o empregado faz do conhecimento - know how -e das informações empresariais sigilosas obtidas na vigência do contrato torna-se relevante no âmbito do Direito do Trabalho", escreveu a desembargadora.
Na mesma decisão, entretanto, a empresa foi condenada a indenizar em R$ 500 mil o ex-funcionário, por danos morais. Em notificação extrajudicial enviada à concorrente para a qual o executivo trabalha atualmente, a consultoria diz que há indícios e suspeitas de que ele participa de um "plano de ação" para tirar os seus melhores funcionários.
Os desembargadores do TRT-SP concluíram que essa medida criou uma situação constrangedora e vexatória para o funcionário no seu novo emprego, com repercussão negativa na sua imagem profissional. Se houve violação da cláusula de confidencialidade, de acordo com a decisão, somente o executivo e a empresa devem estar envolvidos no conflito. Portanto, houve abuso de direito por parte da consultoria.
Durante quase três anos o executivo trabalhou na consultoria em negócios. Quando saiu, recebeu os R$ 64 mil para cumprir a cláusula de sigilo, o que o impediria de aplicar as técnicas e estratégicas que aprendeu em empresas concorrentes. No entanto, ele não recebeu os R$ 191 mil previstos na cláusula que o impedia de trabalhar em empresas concorrentes. Esse foi um dos motivos que o levou à Justiça Trabalhista.
Na ação, a empresa se defendeu dizendo que não pagou o previsto na cláusula de não-concorrência porque entendeu que, sim, ele poderia trabalhar em outra consultoria no mesmo ramo de atividade. Além do que, o pagamento desta indenização dependeria de aprovação do conselho administrativo da companhia, sem se tratar de um benefício automático. Argumento que foi aceito pela Justiça, em primeira e segunda instâncias.
De acordo com os autos, depois de deixar a empresa, o executivo planejou abrir uma consultoria. Mandou e-mail para os seus antigos colegas de trabalho e os convidou para reuniões sobre o novo projeto, inclusive com a participação de clientes da empresa para a qual trabalhava.
"Frise-se, ainda, que o percuciente manuseio do mencionado documento deixa assente que o modelo empresarial proposto pelo demandante valia-se de características da ex-empregadora, a exemplo da participação e do padrão de distribuição das cotas societárias", escreveu a relatora na decisão.
Segundo Jane Granzoto, neste caso, houve violação da cláusula de sigilo. Além de abordar funcionários e clientes da empresa, afirma a desembargadora, o autor da ação revelou "preciosas informações" da consultoria durante as discussões para a abertura da nova empresa.
No acórdão, a 9ª Turma do TRT-SP ressalta que a boa-fé objetiva, que deve nortear todas as relações contratuais, devem ser respeitadas durante e depois do contrato, como prevê o artigo 422 do Código Civil.
Fonte: Consultor Jurídico, Lilian Matsuura.
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Empresa deve comunicar ao empregado o valor recolhido de INSS
Publicado em
26/07/2012
às
16:30
A empresa é obrigada a comunicar, mensalmente, aos empregados, por intermédio do documento a ser definido em regulamento*, os valores recolhidos sobre o total de sua remuneração ao INSS.
*matéria não regulamentada até 26/07/2012.
Base legal: Lei 8.212/1991, Art. 32, com redação da Lei 12.692/2012.
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Micro e pequenas geram 75,7% dos postos de trabalho
Publicado em
14/07/2012
às
17:00
As micro e pequenas empresas (MPE) com até 99 empregados geraram aproximadamente 75,7% dos postos de trabalho com Carteira assinada no país em maio de 2012. Significa que a cada dez vagas, mais de sete foram criadas por este segmento. É o que mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Na comparação com abril deste ano, os números evidenciam aumento na participação das MPE na geração de postos de trabalho. Naquele mês, ainda segundo o Caged, elas contribuíram com 70,2% do total.
"A cada mês, os pequenos negócios são decisivos para a geração de empregos no país. Os dados oficiais mostram também que, na última década, enquanto os salários tiveram aumento real de 4% nas médias e grandes empresas, nas MPE o ganho foi de 14%", destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Levando-se em conta a quantidade de pessoas empregadas, as empresas que possuem até quatro trabalhadores responderam por 80,1% das novas vagas. Esta situação compensa perdas nos empreendimentos que reúnem entre 20 e 99 pessoas, que fecharam 0,6% dos postos de trabalho. Já os negócios que possuem de cinco a 19 trabalhadores foram responsáveis por 3,8% das demissões.
Setores em destaque
Considerando as microempresas com até quatro profissionais, destacaram-se em abril os setores de Serviços (27,8%), seguido do Comércio (18,1%) e Construção Civil (12,3%). Nas microempresas que têm entre cinco e 19 trabalhadores, a Agropecuária obteve o desempenho mais significativo - 7,3%. Por sua vez, a geração de empregos nas pequenas empresas com 20 a 99 funcionários foi de 3,8% na Agropecuária e de 0,8% na área de Serviços.
Segundo o cadastro do MTE, no mês de maio foram criados 139.679 empregos celetistas, uma Expansão de 0,36% em relação a abril. No acumulado dos últimos 12 meses, houve surgimento de 1,61 milhão de postos de trabalho, um crescimento de 4,32% no contingente de assalariados com Carteira assinada no Brasil.
Ainda em maio de 2012, ocorreu Expansão em sete dos oito setores da Atividade Econômica nacional. Os que mais contribuíram para o desempenho positivo foram Agricultura, Serviços, Indústria de Transformação e Construção Civil. No recorte geográfico, registrou-se Expansão do emprego nesse período em todas as cinco regiões. O Sudeste lidera o ranking, com 101.876 vagas aberta.
Fonte: Portal da Classe Contábil - 29/06/2012.
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Mercado de trabalho passa por mudança, diz Seade
Publicado em
12/07/2012
às
17:00
O controverso movimento de uma atividade econômica fraca que convive com taxas de desemprego em queda pode ser uma indicação de uma mudança mais estrutural na dinâmica do mercado de trabalho no País. A avaliação, ainda pouco comprovável por meio de dados, é do coordenador da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), Alexandre Loloian.
"Nós não perdemos os ganhos verificados no mercado de trabalho nos últimos tempos, pois os empresários estão mais cautelosos na hora de demitir. Desconfio que isso acontece porque o mercado de trabalho não está favorável em termos de estoque de desempregados", diz.
Conforme dados divulgados na semana passada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o nível de ocupação na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) continua se mantendo alto desde o início do ano, contrariando a tendência esperada para o período. Na passagem de maio para abril, o volume de pessoas ocupadas cresceu 0,1 ponto percentual, o que representa 12 mil pessoas a mais nesse contingente.
Ao mesmo tempo, o volume de pessoas no mercado de trabalho não cresceu, como também seria esperado nesse intervalo. Na RMSP, a População Economicamente Ativa (PEA) caiu 0,2%, com 23 mil pessoas a menos na oferta de mão de obra. Para Loloian, isso mostra que, por alguma razão, as empresas estão mais reticentes na hora de fechar vagas de trabalho e as pessoas sem ocupação não estão saindo em busca de trabalho.
Para justificar a retenção dos trabalhadores, o coordenador lembra da dificuldade de contratações de mão de obra especializada e dos custos envolvidos em treinamento. Por outro lado, com o aumento dos rendimentos, que voltaram a subir 1,6% na RMSP em abril, as famílias podem estar tomando decisões conjuntas de poupar a força de trabalho dos mais jovens enquanto eles se dedicam aos estudos, por exemplo. "Mas é difícil identificar a verdadeira razão, porque é um movimento novo", reforça Loloian.
Fonte: Jornal do Comércio - 02/07/2012 - Página: 5.
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Autorizações de trabalho para estrangeiro
Publicado em
01/07/2012
às
17:00
Mercado de trabalho -
As empresas que contratam estrangeiros devem comprovar que os trabalhadores contratados possuem qualificação profissional, ou seja, escolaridade e experiência, compatíveis com as atividades que irão executar no Brasil. Devem, também, demonstrar a não existência de mão-de-obra especializada no Brasil.
Para garantir o mercado de trabalho para os profissionais brasileiros, o MTE exige que a empresa mantenha um programa de treinamento de brasileiros para as atividades ocupadas inicialmente por estrangeiros por períodos de até um ano. Terminado o prazo de autorização, as empresas serão obrigadas a demonstrar a necessidade da continuidade da presença de estrangeiros, mesmo com o treinamento realizado de brasileiros para a função.
Autorização de Trabalho - Autorização exigida pelas autoridades consulares brasileiras, em conformidade com a legislação em vigor, como requisito para a concessão de vistos temporários e, em certos casos, de vistos permanentes a estrangeiros para trabalho no Brasil. É emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Visto - Documento registrado no passaporte de estrangeiros que lhes permite entrar e permanecer no País, após satisfazerem as condições previstas na legislação de imigração. Emitido pelo Ministério das Relações Exteriores.
Visto Permanente - É a autorização concedida pelo Ministério das Relações Exteriores ao estrangeiro que pretenda estabelecer-se definitivamente no Brasil. A concessão deste tipo de visto também requer prévia Autorização de Trabalho emitida pelo Ministério do Trabalho nos casos de investidor (pessoa física) ou ocupante de cargo de administrador, gerente ou diretor de sociedade comercial ou civil.
Conselho Nacional de Imigração - Órgão colegiado tripartite, composto por nove Ministérios, cinco Centrais Sindicais, cinco Confederações de Empregadores e um representante da Comunidade Científica, é presidido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e responsável pela política e normas brasileira de imigração, bem como pela autorização da vinda de estrangeiros em situações especiais.
Fonte: Assessoria da Comunicação Social MTE.
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Desemprego surpreende e cai para 5,8%
Publicado em
24/06/2012
às
10:00
Resultado do IBGE intrigou economistas, que não esperavam fôlego na retomada das contratações
Duas pesquisas que medem o nível do emprego no País apresentaram resultados aparentemente contrastantes em maio. Enquanto os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego mostraram o menor saldo de vagas criadas para o mês desde 2009 - apenas 139.679 postos -, a Pesquisa Mensal de Emprego, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou número recorde de ocupados, com 22,984 milhões de pessoas.
As diferenças metodológicas entre as duas pesquisas podem explicar a discrepância. Os dados do Caged são fornecidos pelos empregadores em todo o País e reúnem apenas postos com carteira assinada. A PME é baseada nas informações dos próprios empregados e apenas em seis regiões metropolitanas do País, mas abrange todo o tipo de trabalho, inclusive o informal.
"Os dados da indústria e da agropecuária no Caged estão muito fracos, mas normalmente ficam fora das regiões metropolitanas. E a PME ainda capta mais os serviços, porque se concentram nas regiões metropolitanas. Há uma resistência ainda no emprego no setor de serviços", explicou Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria Integrada.
A despeito do ritmo fraco da atividade econômica no País, a taxa de desemprego medida pelo IBGE recuou de 6% em abril para 5,8% em maio, o menor patamar para o mês desde 2002. O resultado intrigou economistas, que não esperavam fôlego na retomada das contratações em um momento em que a economia patina, e ainda procuram explicações. O aumento na renda real do trabalhador, impulsionado pelo reajuste do salário-mínimo em janeiro, estimula a demanda por serviços, justamente o setor que aponta um saldo maior de vagas na PME. A renda média do trabalhador teve um aumento real de 4,9%, na comparação com maio de 2011. No mesmo período, houve aumento nas contratações nasatividades de educação, saúde e administração pública (217 mil novas vagas); outros serviços, que incluem hotel e recreação (140 mil vagas), e serviços prestados a empresas (176 mil vagas).
"Esse setor da economia está muito aquecido ainda. É só ver os dados da Pesquisa Mensal do Comércio, com alguns setores crescendo 6%, 7%, 8% em relação ao ano passado. É um negócio que se retroalimenta: aumento do pessoal ocupado e aumento da renda, consequentemente a expansão da massa salarial estimula a demanda por serviços e bens de comércio, e esses setores seguem aquecidos", avaliou Rafael Bistafa, economista da Rosenberg & Associados.
Segundo dados do PIB divulgados pelo IBGE, o setor de Serviços cresceu 1,6% no primeiro trimestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o Consumo das Famílias avançou 2,5%. No mesmo período, a indústria ficou estagnada (0,1%). Os dados se refletem no emprego industrial, caracterizado pela formalização da mão de obra. A pesquisa do IBGE mostrou um corte de 51 mil postos de trabalho na indústria em maio, em relação ao mesmo mês de 2011. Entretanto, a troca do emprego na indústria por vagas no comércio e nos serviços pode ter reflexos no mercado de trabalho no futuro. "Como o setor industrial é o que gera empregos com maiores salários, eventualmente essa destituição de empregos na indústria vai pesar no salário, que vai pesar na demanda dos outros setores da economia, e haverá uma reversão na taxa de desemprego", alertou José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus Investimentos.
Fonte: Jornal do Comércio - 22/06/2012 - Página: 6.
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Prevenção trabalhista reduz custos para instituições
Publicado em
08/06/2012
às
16:00
A legislação brasileira é conhecida mundialmente como complexa e detalhista e, com isso, as pessoas enfrentam problemas judiciais por falta de conhecimento. Diante deste cenário, uma área que se destaca por impasses é a trabalhista. Segundo pesquisas, existem cerca de 2 milhões de processos anuais, o que coloca o Brasil como recordista. A advogada Sandra Sinatora, da Ragazzi Advocacia e Consultoria, especialista em Direito Material e Processual do Trabalho, explica que, na maioria dos casos, os empregadores respeitam os direitos dos empregados, porém, não seguem as determinações legais.
JC Contabilidade - Como a empresa pode reduzir custos com ações trabalhistas?
Sandra Sinatora - Com atos preventivos e, por isso, sugerimos a implantação da auditoria. Com relação ao comportamento a ser adotado pelas organizações, em primeiro lugar, o patrão precisa se conscientizar da necessidade deste trabalho preventivo no sentido de identificar as irregularidades e, em segundo lugar, a empresa precisa implantar ações corretivas indicadas pelo auditor. Uma instituição não pode deixar as questões trabalhistas em segundo plano e é neste contexto que a consultoria e auditoria desempenham um papel de fundamental importância e merecem uma atenção especial do empresário.
Contabilidade - Por que o Brasil tem sido recordista em processos na Justiça do Trabalho?
Sandra - Os principais fatores que levam aos elevados índices de ações dizem respeito aos defeitos no nosso sistema jurídico, em especial na legislação trabalhista que é bastante complexa e detalhista. Um segundo fator importante é a ausência de alternativas que solucionem conflitos, como a mediação e a arbitragem. Estes seriam meios extrajudiciais para resolver os conflitos e são adotados em outros países. No Brasil, os direitos trabalhistas não podem ser transacionadosextrajudicialmente, obrigando uma ação judicial.
Contabilidade - O que as instituições devem fazer para não serem vítimas de ações na Justiça?
Sandra - A prevenção e o cumprimento da legislação, por si só, não eliminam os processos, já que o empregado pode propor uma ação e pleitear valores já recebidos, o que é muito comum. Mas a prevenção e o respeito à legislação evitam a condenação da empresa ao pagamento dos valores cobrados e, consequentemente, redução nos custos.
Contabilidade - Qual é a média de processos no Brasil e no Estado?
Sandra - No total, de acordo com a Justiça do Trabalho, em 2011, foram mais de 2 milhões de processos em todo o País. No Rio Grande do Sul, foram 127,4 mil ações e, só em São Paulo, foram 321,8 mil.
Contabilidade - Quais são as maiores reclamações dos empregados?
Sandra - A maioria dos casos versa sobre a falta de anotação na carteira profissional, falta de pagamento de horas extras e verbas rescisórias. Existem, ainda, pedidos de pagamento de adicional de insalubridade, danos morais e equiparação salarial.
Contabilidade - Como funciona a auditoria trabalhista?
Sandra - Ela nada mais é do que uma autofiscalização. A própria empresa vai contratar um profissional habilitado para detectar eventuais riscos dentro da sua organização. O trabalho é realizado internamente. Analisa-se a documentação dos empregados e prestadores de serviços desde a admissão até o seu desligamento e, após, traça-se uma estratégia de melhorias. Realizada a análise, é possível a emissão de parecer com as eventuais falhas e orientações para soluções. Apontar os problemas em uma empresa é relativamente simples, no entanto, direcionar os procedimentos a serem adotados é o grande diferencial do profissional.
Contabilidade - A senhora acredita que os empresários têm mais prejuízo quando pagam mal seus funcionários?
Sandra - A maioria dos empresários já ouviu dizer ou foi atingida pelos efeitos da seguinte expressão, muito utilizada na área trabalhista: "Quem paga mal paga duas vezes". E isso é uma realidade! Muitas vezes, os empregadores respeitam os direitos dos empregados, porém não seguem as determinações quanto à forma prevista em lei para a realização de cada procedimento. Como operadores do Direito e profissionais aptos a orientar o empregador, não podemos nos limitar às ações trabalhistas. Além dos procedimentos judiciais, existem, ainda, procedimentos administrativos que atingem não só o "bolso" do empregador, mas também podem colocar em risco a própria atividade. Dentre tais procedimentos podemos citar as fiscalizações realizadas pelos auditores fiscais que geram autos de infrações e multas, bem como a própria autuação do Ministério Público do Trabalho com a instauração de inquéritos civis.
Fonte: Jornal do Comércio - 30/05/2012 - JC Contabilidade - Página: 7.
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Tribunal divulga lista de empresas com dívida trabalhista
Publicado em
02/06/2012
às
15:00
Levantamento informa apenas a quantidade de débitos sem garantia e não traz valores devidos
A lista das cem empresas que detêm o maior número de dívidas trabalhistas foi divulgada, ontem, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4/RS). São 14.295 processos pendentes no Rio Grande do Sul, nos quais os empregadores não pagaram as reclamatórias de seus ex-funcionários na Justiça.
A líder do ranking é uma organização de serviços terceirizados, com 559 débitos sem garantias. Disponível no site do TRT4, a lista não informa valores, somente os nomes das inadimplentes e o número de processos. O juiz auxiliar da Corregedoria do Tribunal, Ricardo Fioreze, anuncia que há planos de divulgar as cifras. O magistrado esclarece que parte das devedoras desapareceu (foi liquidada em desacordo com a lei). Outras seguem ativas, mas não têm garantias.
Fioreze observa que as inadimplentes estão cadastradas no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas. Se não regularizarem a situação, não poderão obter a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, documento exigido para participar de licitações, financiamentos públicos e programas de incentivos fiscais.
Para o diretor executivo do Contas Abertas, Gil Castello Branco, o ideal seria a publicação de uma lista completa, incluindo os valores devidos aos empregados e à Previdência Social. O analista de contas públicas ressalta que devedores devem ser constrangidos com a divulgação de suas pendências.
- Se tivéssemos o valor, teríamos uma dimensão melhor de quem é quem. Somos a favor da divulgação plena - diz Castello Branco.
Tramitam na etapa de execução 127 mil processos
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região expôs a lista como preparativo à 2ª Semana Nacional na Execução Trabalhista, que ocorrerá de 11 a 15 de junho. No período, a Justiça fará centenas de audiências pelo Estado, para tentar concluir os processos na fase de execução (que busca o pagamento da dívida ao trabalhador).
Com 127 mil processos tramitando nessa etapa, o TRT4 está convocando as partes (empregador e empregado em litígio) a se apresentar. Os interessados podem agendar pelo site www.trt4.jus.br, onde há um formulário a preencher.
Fonte: Zero Hora - 31/05/2012 - Página: 29.
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Mercosul lança campanha para erradicação do trabalho infantil
Publicado em
15/04/2012
às
17:00
Composta por três peças gráficas, objetivo é conscientizar a sociedade sobre a necessidade de prevenção; evento aconteceu simultaneamente na Argentina, Paraguai e Uruguai
O Ministério do Trabalho e Emprego, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), lançaram nesta terça-feira (10), em Brasilia, campanha de comunicação para prevenção e erradicação do trabalho infantil no Mercosul. A campanha tem como objetivo alertar a sociedade sobre a necessidade de prevenir e erradicar o trabalho infantil, com foco especial no trabalho agrícola, o trabalho doméstico e a exploração sexual comercial.
"É um dia muito importante, o combate ao trabalho infantil é quase uma obsessão no Ministério do Trabalho e Emprego. Temos conseguido com êxito combater esta prática no trabalho formal. No entanto, no rural ou doméstico, extrapola a área da fiscalização. Temos certeza que estamos avançando no combate e que estamos no caminho certo", disse o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto dos Santos Pinto, ao participar da solenidade.
A campanha, entitulada "O Mercosul Unido contra o Trabalho Infantil", faz parte do projeto de apoio ao Plano Regional para a Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil assinado em novembro de 2010 entre os ministros do Trabalho e Emprego do Brasil, da Argentina, Paraguai e Uruguai. O Plano prevê a harmonização da Declaração sócio-laboral do Mercosul no tema trabalho infantil, de acordo com as normas internacionais que garantam os direitos das crianças; levantamento estatístico sobre a realidade do trabalho infantil nos estados membros do Mercosul; e elaboração de mecanismos de cooperação entre os países que inclui programas de sensibilização, conscientização, ações conjuntas de intervenção e apresentação dos resultados do diagnóstico sobre o trabalho infantil na região.
"A erradicação do trabalho infantil tem sido alvo importante das políticas de governo. O Brasil é signatário da Convenção 138 da OIT, sobre a idade mínima de admissão ao emprego, e da Convenção 182, sobre as piores formas de trabalho infantil. O Brasil está comprometido com a erradicação e esse Plano vem ao encontro das políticas desenvolvidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. É importante ressaltar que as zonas de fronteira estão sendo planejadas junto com o lançamento da campanha, para que os países tenham um protocolo em comum", destacou a secretária de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Vera Lucia de Albuquerque.
"Sabemos que os países do Mercosul desenvolveram, nos últimos anos, uma série de políticas de combate ao trabalho infantil. E, uma das ações de destaque desta campanha fica por conta da elaboração do Plano Regional, que tem três eixos, entre eles, a harmonização entre os países do bloco em consonância com a OIT, além da unificação dos indicadores para assim subsidiar melhores ações", destacou a diretora da Organização Internacional do Trabalho, Laís Abramo.
A campanha "Mercosul Unido contra o Trabalho Infantil" é composta por três peças gráficas, sendo cada uma delas abordando: a exploração sexual de menores; o trabalho doméstico infantil e o trabalho rural, e estará centralizada nas cidades de fronteira: Paso de Los Libres (Argentina), Uruguaiana (Brasil), Posadas (Argentina), Encarnación (Paraguai), Rivera (Uruguai), Santana do Livramento (Brasil), Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai).
Fiscalização - A fiscalização do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego atua em parceria com organizações governamentais e não-governamentais. Tem como objetivo combater toda e qualquer forma de trabalho infantil, retirando as crianças do trabalho e facilitando-lhes o acesso à escola. Entre 2003 a 2012, a fiscalização tirou mais de 71 mil crianças e adolescentes do trabalho.
Fonte: MTE.
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Salário médio de admissão tem aumento real de 4,47% no primeiro trimestre
Publicado em
15/04/2012
às
16:00
Média sobe para R$ 993,22 nos primeiros três meses do ano; regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste tiveram ganhos reais acima da média nacional
Os salários médios de admissão tiveram aumento real de 4,47% no primeiro trimestre de 2012, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o salário médio de admissão passou de R$ 950,91 para R$ 993,44. Os valores têm como base o INPC médio do primeiro trimestre de 2012.
Todas as grandes regiões apresentaram crescimento real, com destaque para a Norte (6,37%); Centro-Oeste (+6,22%) e Nordeste (5,45%), com ganhos reais acima da média nacional (4,47%). As regiões Sul apresentaram alta de 4,18% e Sudeste 4,16%.
Por grau de instrução, houve aumento real em todos os níveis, com destaque para aqueles com menor grau de escolaridade: Analfabetos (8,10%) e Até Quinto Ano Incompleto (7,12%), com aumentos superiores a 50% à média.
Por gênero, o aumento real para os homens foi ligeiramente superior ao das mulheres, ficando em 4,65% e 4,33%, respectivamente. O resultado mostra uma redução no diferencial de ganhos reais obtidos pelos homens no primeiro trimestre de 2012, em relação às mulheres, comparativamente ao primeiro trimestre de 2011 (3,84% para os homens e 1,80% para as mulheres).
Em função da pequena diferença de aumentos reais entre o homem e a mulher no primeiro trimestre de 2012, a relação dos salários médios reais de admissão mostra que pequena redução na participação dos salários das mulheres, de 86,84% para 86,57%.
Por grau de instrução, as mulheres obtiveram ganhos reais superiores aos dos homens em cinco dos nove níveis de escolaridade, indicando avanço em relação ao ano anterior, quando as mesmas apontaram aumentos reais menores em todos os níveis de instrução, em relação aos obtidos pelos homens.
Já nos níveis de grau de instrução mais elevados, compreendendo desde o Ensino Médio Completo a Superior Completo, as mulheres apresentaram ganhos reais superiores aos dos homens.
Geográfico - Todas as Unidades da Federação registraram aumentos reais nos salários médios de admissão, com variações que oscilam entre 0,94% em Roraima a 12,22% no Acre.
O Acre foi o único estado em que os salários médios reais de admissão das mulheres (R$ 882,53) superaram os dos homens (R$ 871,51).
Segundo o ranking, os dados mostram que os estados de São Paulo (R$ 1.134,90), Rio de Janeiro (R$ 1.119,43) e Distrito Federal (R$ 1.032,80) continuam liderando nas três primeiras posições, enquanto os estados da Paraíba (R$768,24), Piauí (R$ 771,65) e Rio Grande do Norte (R$ 795,71) foram os estados em que os salários médios reais de admissão foram os menores, reproduzindo a mesma situação do ano anterior.
Setor - Dos vinte e cinco subsetores, apenas a Indústria de Papel e Papelão (-0,12%) não registrou aumento do salário médio real de admissão.
Os subsetores que obtiveram os maiores aumentos no primeiro trimestre de 2012 frente ao mesmo período do ano anterior foram: Indústria da Borracha Fumo e Couros (8,78%), Administração Pública (8,73%) e a Agricultura (7,34%).
As informações revelam também uma redução no diferencial entre o maior salário médio real de admissão registrado nos Serviços de Instituições Financeiras e a Agricultura, que passou de 181% em 2011, para 167% em 2012.
Segundo o gênero, os subsetores onde o salário médio real de admissão das mulheres situou-se em patamar superior ao dos homens foram: Extrativa Mineral (24,89%), Construção Civil (5,65%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (5,17%).
Fonte: MTE.
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Entra em vigor o acordo previdenciário entre o Brasil e o Japão
Publicado em
24/03/2012
às
15:00
O acordo beneficia a terceira maior comunidade brasileira no exterior
Já está em vigor o Acordo de Previdência Social entre o Brasil e o Japão, assinado em julho de 2010, em Tóquio. Ele foi promulgado pelo Decreto nº 7.702, publicado sexta (16/03/2012) no Diário Oficial da União. O acordo beneficia os atuais 230 mil brasileiros que residem no Japão e os 80 mil cidadãos japoneses que vivem no Brasil. A totalização do tempo de contribuição é o objeto principal do acordo, isto é, cidadãos que trabalham no Brasil e no Japão poderão somar os períodos de cobertura nos dois países para usufruírem dos benefícios previdenciários. Aposentadoria por idade, pensão por morte e aposentadoria por invalidez são os principais benefícios abrangidos pelo acordo.
O cálculo do valor da aposentaria por idade e dos tempos mínimos para ter direito ao benefício é feito levando-se em consideração, proporcionalmente, o tempo de contribuição em cada um dos países. Para se aposentar no Brasil, no caso da aposentadoria por invalidez, são necessárias doze contribuições anteriores, qualidade de segurado e comprovação da invalidez. Quanto à pensão por morte, apenas a qualidade de segurado.
Para requerer os benefícios no Brasil, basta comparecer a uma das 1.262 Agências da Previdência Social, munido da documentação necessária, e preencher o formulário específico. A análise e a conclusão do pedido caberão à Agência da Previdência Social de Acordo Internacional São Paulo. Em território nipônico, o interessado pode comparecer a qualquer das mais de 300 agências do Serviço de Pensão do Japão.
Os pagamentos serão realizados pelo Brasil e pelo Japão, na proporção que cabe a cada país, sempre na moeda nacional correspondente, considerando-se a residência atual do segurado. Serão considerados períodos de cobertura completados antes da entrada em vigor do acordo. A aplicação do acordo não resulta em qualquer redução do valor de benefício assegurado antes de sua vigência.
O acordo prevê, ainda, o deslocamento temporário, que permitirá isenção de contribuição previdenciária no país de destino, estando o trabalhador sujeito à legislação do país de origem e evitando-se, assim, a bitributação. O período máximo do certificado de descolamento temporário é de cinco anos, prorrogáveis por mais três anos. O deslocamento temporário está previsto para empregados de empresas e trabalhadores que exercem atividades por conta própria.
Além de ser uma conquista social de trabalhadores brasileiros e japoneses, em sintonia com o objetivo de universalização da proteção social, no qual o Brasil e diversos outros países concluem tratados internacionais bilaterais e multilaterais para aumentar a cobertura da proteção social, o acordo serve para reforçar os já intensos laços políticos, econômicos, culturais e de amizade entre as duas nações.
Missão brasileira no Japão - Composta por autoridades do Ministério da Previdência Social (MPS) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma missão previdenciária que esteve no Japão acaba de retornar ao Brasil. O objetivo da missão foi informar às comunidades brasileiras residentes naquele país sobre o funcionamento do acordo.
Nas cidades de Tóquio, Nagoia e Hamamatsu, que reúnem as principais comunidades de brasileiros em território japonês, foram apresentadas sete palestras entre os dias 18 e 25 de fevereiro. Além dos cidadãos diretamente interessados, as apresentações foram focadas em líderes comunitários, pela capacidade de disseminação que possuem, funcionários da Embaixada do Brasil no Japão e dos Consulados-Gerais localizados nas três cidades visitadas. Com o objetivo análogo de divulgar para a população japonesa residente no Brasil os benefícios e o funcionamento do acordo, uma missão do governo japonês visitou, entre 7 e 13 de fevereiro, Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, cidades que reúnem grandes concentrações da comunidade japonesa.
Brasileiros no Japão - Iniciada em 1908, com a chegada do navio Kasato Maru, a imigração japonesa para o Brasil faz do país a maior população de japoneses fora do Japão, com aproximadamente 1,5 milhão de "nikkeis", termo usado para referir-se a japoneses e a seus descentes, ainda que nascidos fora do país. É justamente essa imigração que deu origem ao intenso vínculo cultural entre os dois países e, mais recentemente, à enorme comunidade de brasileiros que residem no Japão.
A partir da década que 1980, intensifica-se o fluxo de nipo-brasileiros que migram para o Japão, conhecidos como "decasséguis". Entretanto, em anos mais recentes, principalmente devido às consequências da crise financeira de 2008 e 2009, o fluxo migratório volta a inverter-se a favor do Brasil.
Entre julho de 2008 e junho de 2011, a comunidade brasileira no Japão passou de 310 mil para 230 mil, o que representa uma diminuição de 26% em apenas três anos. Antes do acordo previdenciário Brasil-Japão, grande parte desse público teria dificuldades em se aposentar, por não conseguir atingir os tempos mínimos de contribuição exigidos para a aposentadoria em nenhum dos países.
Pelo fato de o acordo ter efeitos retroativos, serão beneficiados não apenas os brasileiros que trabalham no Japão e os nipônicos que trabalham no Brasil, mas também os brasileiros que trabalharam em território japonês e que retornaram ao Brasil, podendo ter somados os tempos de contribuição nos dois países para a solicitação de aposentadoria por idade.
Fonte: Ascom/MPS
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TRANSTORNOS MENTAIS: Trabalho em escala, insalubres e recompensa insatisfatória podem ser causas
Publicado em
20/03/2012
às
09:00
Rotina vivida pelos trabalhadores é outro agravante
O número de acidentes de trabalho no Brasil apresentou uma redução de 7,2% entre 2008 e 2010, caindo de 755.980 ocorrências para 701.496, segundo o último Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho. No entanto, os transtornos mentais e comportamentais, que ocupam o terceiro lugar em quantidade de concessões de auxílio-doença acidentários, não acompanharam essa tendência.
De 2008 para 2009, o número de afastamentos do trabalho em decorrência de transtornos mentais e comportamentais subiu de 12.818 para 13.478. Em 2010, esse número teve uma queda, passando para 12.150. No entanto, a concessão de auxílios-doença em função de transtornos mentais e comportamentais voltou a subir em 2011, passando para 12.337 casos.
Dentro dos transtornos mentais e comportamentais, as doenças que mais afastaram os trabalhadores em 2011 foram Episódios Depressivos, Outros Transtornos Ansiosos e Reações ao Estresse Grave e Transtornos de adaptação.
Causas - De acordo com o diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional (DPSSO), Cid Pimentel, toda profissão apresenta um determinado grau de estresse. "Até os profissionais do sexo sofrem com o estresse, afinal, essas pessoas trabalham com o prazer, mas não necessariamente o prazer delas próprias", comenta.
Cid Pimentel, que também é psiquiatra e pesquisador em Saúde Pública, conta que viu de perto a construção da laborterapia, hoje chamada de terapia ocupacional. "Eu presenciei o esforço feito para transformar o trabalho em atividade terapêutica", relembra o diretor do DPSSO. "No entanto, o trabalho em escala, em condições insalubres e a recompensa insatisfatória são fatores que podem deflagrar a doença", acrescenta.
A rotina vivida pelos trabalhadores brasileiros é, segundo Pimentel, outro agravante. "A pessoa acorda, vai trabalhar, volta para casa, assiste televisão e vai dormir, muitas vezes com a ajuda de medicamentos. Isso é altamente estressante", afirma.
Por outro lado, o diretor do DPSSO afirma que atualmente o estresse e a depressão estão muito banalizados. Segundo ele, as pessoas não sabem mais conversar, não buscam outras alternativas como uma viagem ou um hobby.
"Durante meu trabalho no ambulatório de Saúde Mental, no hospital, uma grande parte das pessoas que alegavam estar muito estressadas, na verdade, estavam em busca de um atestado", observa Pimentel.
Fonte: Ag Prev.
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Autorizações de trabalho estrangeiro no Brasil
Publicado em
05/03/2012
às
17:00
Investimentos efetuados por estrangeiros pessoa física somaram R$ 204,2 milhões
Em 2011, 70.524 profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil. A quantidade de autorizações foi 25,9% maior em relação às 56.006 concedidas em 2010, segundo balanço da Coordenação Geral de Imigração (CGig), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados levam em conta autorizações concedidas pelo Conselho Nacional de Imigração (CNig).
Do total de autorizações em 2011, 66.690 foram de cunho temporário, com estada entre 90 dias e dois anos; e 3.834 de caráter permanente. Entre os profissionais estrangeiros autorizados a trabalhar temporariamente no ano passado, 17.738 estão ligados ao trabalho a bordo de embarcações ou plataforma estrangeira; 14.512 como marítimo estrangeiro empregado a bordo de embarcação de turismo estrangeira que opere em águas brasileiras; 12.001 na condição de artista ou desportista, sem vinculo empregatício; 10.715 em assistência técnica, por prazo até 90 dias; 5.540 em assistência técnica, cooperação técnica e transferência em tecnologia, sem vinculo empregatício; 4.615 especialista com vinculo empregatício; e 1.569 em outras ocupações.
O Coordenador Geral de Imigração do MTE e presidente do Conselho Nacional de Imigração (CNig), Paulo Sérgio de Almeida, destaca que, por causa do crescimento econômico, o Brasil está demandando mão-de-obra de alta qualificação. ."Houve uma curva muito forte de crescimento a partir de 2009. Chamo atenção quanto ao tema de escolaridade: das 66 mil autorizações temporárias em 2011, mais da metade tem nível superior completo. Também tivemos uma elevação substancial de mestres e doutores, de 584 para 1.734. A crise, especialmente na Europa, facilita a captação desses profissionais", avalia o corrdenador.
A síntese de autorizações permanentes mostra que dos 3.834 vistos concedidos no ano passado, 1.396 foram para administradores, diretores, gerentes e executivos com poderes de gestão, e 1.020 para investidor pessoa física. "Houve aumento de 19,8% nas autorizações concedidas pela Coordenação Geral de Imigração. Esses estrangeiros estão basicamente em São Paulo, sendo a principal nacionalidade de japoneses. Essas empresas foram as que mais trouxeram executivos para sua gestão", explica Almeida.
Já os investimentos efetuados por estrangeiros pessoa física somaram R$ 204,2 milhões; montante superior aos R$ 170,3 milhões de 2010. Por nação, a Itália foi a que mais direcionou recursos, da ordem de R$ 44,8 milhões; seguida por Espanha, com R$ 31,1 milhões e China, com R$ 29,5 milhões. Na outra mão, São Paulo foi o estado que mais recebeu aporte, da ordem de R$ 57,9 milhões, e Ceará, com R$ 40,5 milhões.
Mercado de trabalho - As empresas que contratam estrangeiros devem comprovar que os trabalhadores contratados possuem qualificação profissional, ou seja, escolaridade e experiência, compatíveis com as atividades que irão executar no Brasil. Devem, também, comprovar não ter conseguido mão-de-obra especializada no Brasil, pois o MTE autoriza somente o ingresso de estrangeiros se não houver, no país, profissionais qualificados para a atividade.
Para garantir o mercado de trabalho para os profissionais brasileiros, o MTE exige que a empresa mantenha um programa de treinamento de brasileiros para as atividades ocupadas inicialmente por estrangeiros por períodos de até um ano. Terminado o prazo de autorização, as empresas serão obrigadas a demonstrar a necessidade da continuidade da presença de estrangeiros, mesmo com o treinamento realizado de brasileiros para a função.
Autorização de Trabalho - De competência do Ministério do Trabalho exigido pelas autoridades consulares brasileiras, em conformidade com a legislação em vigor, para efeito de concessão de vistos permanentes e/ou temporário a estrangeiros que desejem permanecer no Brasil a trabalho.
Visto - De competência do Ministério das Relações Exteriores que se traduz por autorização consular registrada no passaporte de estrangeiros que lhes permite entrar e permanecer no País, após satisfazerem as condições previstas na legislação de imigração.
Visto Temporário - É a autorização concedida pelo Ministério das Relações Exteriores, através dos consulados brasileiros no exterior, aos estrangeiros que pretendam vir ao Brasil: em viagem cultural ou missão de estudos; em viagem de negócios; na condição de artista ou desportista; na condição de estudante; na condição de cientista, professor, técnico ou profissional de outra categoria, sob regime de contrato, ou a serviço do Governo brasileiro; na condição de correspondente de jornal, revista, rádio, televisão ou agência noticiosa estrangeira; na condição de ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada e de congregação ou ordem religiosa.
Visto Permanente - É a autorização concedida pelo Ministério das Relações Exteriores ao estrangeiro que pretenda estabelecer-se definitivamente no Brasil. A concessão deste tipo de visto também requer prévia Autorização de Trabalho emitida pelo Ministério do Trabalho nos casos de investidor (pessoa física)ou ocupante de cargo de administrador, gerente ou diretor de sociedade comercial ou civil.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE.
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Trabalhador que regressa do exterior é isento do pagamento de impostos
Publicado em
27/02/2012
às
16:00
O trabalhador brasileiro que permaneceu no exterior por mais de um ano não precisa pagar imposto sobre a mudança que traz ao país. Isso vale para móveis e bens de uso doméstico além das ferramentas, máquinas, aparelhos e instrumentos necessários ao exercício de sua profissão.
Segundo a Receita Federal, para ter direito à isenção de impostos, o trabalhador precisa comprovar a atividade desenvolvida no exterior. Aliás, a permanência no exterior pode ser atestada por meio do passaporte, prova de freqüência à universidade e contrato de trabalho, entre outros.
Saiba mais aqui
Fonte: Blog do Trabalho (MTE).
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Novos horários de Atendimento nas Agencias do INSS
Publicado em
26/02/2012
às
17:00
Medida entrará em vigor dia 1º de março
"Não estamos apenas proporcionando aos servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) melhores condições de trabalho, mas, sobretudo, essa medida que estamos adotando vai permitir uma melhoria no atendimento aos segurados". A avaliação foi feita pelo ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, instantes após a assinatura da resolução que amplia o funcionamento das agências do INSS e reduz a jornada de trabalho de servidores do Instituto.
O documento, assinado no auditório do Ministério, começará a produzir efeitos no primeiro dia de março. A partir daquela data, mais de 650 Agências da Previdência Social (APS) passarão a funcionar das 7h às 19h, ininterruptamente. A decisão faz parte de um acordo fechado entre o INSS e representações de servidores, que modifica a carga horária do pessoal que lida diretamente com o atendimento ao público. Ao invés de trabalharem oito horas intercaladas, os servidores do INSS trabalharão seis horas corridas, reduzindo a carga horária para 30 horas semanais. (Ascom/MPS).
Fonte: Ag Prev.
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Comprovante de pagamento do INSS pode ser obtido em bancos
Publicado em
14/02/2012
às
17:00
Documento pode ser impresso nos terminais de autoatendimento
Os segurados da Previdência Social podem acessar, nos terminais de autoatendimento dos bancos pagadores, o comprovante mensal de pagamento (contracheque) da folha de janeiro.
A impressão do comprovante mensal é especialmente útil para os beneficiários sem acesso à internet, que precisavam se deslocar a uma Agência da Previdência Social (APS) para obter o documento, e para os que recebem por cartão magnético e tinham direito apenas ao saque dos valores.
A impressão é feita com a utilização do cartão de pagamento de benefício ou da conta corrente, utilizando senha e observando os critérios de segurança de cada instituição financeira. O demonstrativo contém os dados cadastrais do beneficiário, a competência do pagamento, dados do benefício, rubricas e valores referentes aos créditos e débitos.
As informações sobre o comprovante de pagamento dos benefícios também podem ser consultadas na "Agência Eletrônica Segurado", na página do Ministério da Previdência Social na internet, ou em qualquer APS.
Reajuste - Neste mês, começam a ser pagos os valores referentes aos reajustes previstos na Portaria Interministerial dos ministérios da Fazenda e da Previdência . O índice de reajuste para os benefícios com valor acima do salário mínimo em 2012 foi de 6,08%. De acordo com a portaria, publicada no dia 9 de janeiro, o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passou a ser de R$ 3.916,20.
Fonte: AgPrev.
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Salário médio de admissão tem aumento real de 3,12%
Publicado em
13/02/2012
às
17:00
Média sobe de R$ 888,89 em 2010 para R$ 916,63 no ano passado. Entre as Unidades Federativas, 24 registraram aumento no salário médio de admissão
Os salários médios de admissão em 2011 registraram um aumento real (descontada a inflação) de 3,12% em relação a 2010, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os valores passaram de R$ 888,89 em 2010, para R$ 916,63 em 2011.
Em termos geográficos, 24 Unidades da Federação obtiveram ganhos reais, com destaque para o Paraná, com aumento de 6,33%, Pernambuco, com 5,36%, e Pará, com 5,19%. Os estados que registraram os maiores salários médios de admissão foram São Paulo, com R$ 1.129,41 e Rio de Janeiro, com R$ 1.030,69. As Unidades Federativas que evidenciaram perdas reais foram o Sergipe, com queda de 1,43%, seguido por Roraima, com - 0,73% e Rondônia -0,72%. Já os estados que apresentaram os menores salários médios de admissão foram a Paraíba, com R$ 689,04, e o Piauí, com R$ 699,62.
No recorte por gênero, o aumento real do salário médio de admissão obtido pelos homens foi de 3,79%, frente ao aumento de 2,33% para as mulheres. O salário dos homens ficou na média de R$ 966,80, enquanto o delas ficou em R$ 829,54. Os maiores aumentos do salário de admissão das mulheres por grau de instrução ocorreram nos níveis de escolaridade mais baixa, de Analfabeto (4,90%) até Fundamental Completo (2,96%). Os maiores percentuais de aumento entre os homens ocorreram nos níveis Quinta Série Completa Fundamental (4,56%) até Quinta Série Incompleta (4,16%) e no Superior Completo (4,03%).
Em relação ao grau de escolaridade, o maior crescimento do salário médio de admissão foi registrado entre os trabalhadores com 5ª ano Completo do Fundamental, com aumento de 4,12% e o salário passando de R$ 736,57 em 2010 para R$ 766,88. Já o menor crescimento foi entre os trabalhadores com Ensino Médio Incompleto, com variação de 1,85%.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE.
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Ministério do Trabalho lança Manual de Combate ao Trabalho Escravo
Publicado em
09/02/2012
às
17:00
Direcionado para o público interno, documento orienta o Auditor Fiscal do Trabalho no enfrentamento ao trabalho em condição análoga à de escravo
Iniciando as atividades da Semana de Combate ao Trabalho Escravo, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou o Manual de Combate ao Trabalho em Condições Análogas às de Escravo. Fruto da reflexão e do trabalho de diversos auditores fiscais que estiveram envolvidos diretamente com o combate ao trabalho análogo ao de escravo no decorrer dos últimos dezesseis anos, a publicação tem como finalidade orientar o trabalho dos auditores no enfrentamento a este tipo de prática ilegal.
O ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, destacou que o trabalho realizado em condição análoga à de escravo constitui uma séria violação de direitos humanos que deve ser combatida com todo vigor pelo Estado brasileiro. "A Semana de Combate ao Trabalho Escravo representa a batalha constante de toda a sociedade brasileira por melhores condições de trabalho. Estamos atentos e queremos erradicar esta e todas as outras formas de precariedade do ambiente de trabalho. É importante dizer que esta política não é exclusiva aos brasileiros; o estrangeiro que estiver trabalhando no país vai trabalhar com respeito e ter todos os direitos da legislação trabalhista", ressaltou o ministro.
Como destaque, o documento também trata da questão do trabalhador estrangeiro e do tráfico de pessoas para fins de exploração de trabalho em condição análoga à de escravo, e firma posição de que, seguindo a melhor tradição em defesa dos direitos humanos, o Ministério do Trabalho e Emprego deve buscar proteger o trabalhador, independente de sua nacionalidade.
"O Ministério do Trabalho e Emprego não trata do tema trabalho em condições análogas à de escravo de maneira subjetiva. Vários procedimentos se impõem até que uma situação seja, de forma comprovada, caracterizada como de trabalho escravo contemporâneo. Essa rotina materializa o respeito do MTE à segurança administrativa, ao contraditório e à ampla defesa. Com efeito, todas as rotinas nele apresentadas decorrem de exaustivo debate e de reiteradas experiências práticas", destacou a secretária de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, Vera Lúcia Albuquerque.
O trabalho realizado em condição análoga à de escravo é ainda um dos temas de importância e visibilidade das relações de trabalho do Brasil. A experiência de quase duas décadas de enfrentamento pautou a construção da rede de repressão a essa prática e garantiu a construção de um acervo rico e diversificado de procedimentos direcionados a esse enfrentamento. "Sem inibir a capacidade técnica de cada auditor Fiscal do Trabalho, a idéia é que os conceitos sejam praticados em um mesmo sentido, a fim de que se evitem incoerências administrativas. Merecem destaques temas como o trabalhador estrangeiro e tráfico de pessoas, os quais, pela primeira vez, após intenso debate e experiência prática, consta do Manual", ressalta Vera Lucia Albuquerque.
A secretária que, sem a articulação proporcionada pela Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), o trabalho não estaria completo. "Todo esse trabalho articulado tem refletido de forma positiva, fato largamente reconhecido pela sociedade brasileira e por organizações internacionais como a ONU e a OIT ", destacou.
O diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Stanley Gacek, parabenizou o esforço brasileiro no combate ao trabalho escravo. Segundo ele, o Manual servirá como ferramenta valiosa nessa erradicação. "É uma grande honra para a OIT participar dessa comemoração. Acompanhei com todo progresso o que foi realizado no pais para combate ao trabalho escravo. Nos últimos quinze anos e, com esse Manual, o Brasil está realizando uma luta concreta para a erradicação", mencionou.
O lançamento da publicação contou com a participação do secretário-executivo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ramais de Castro Silveira, do coordenador da Conatrae, José Guerra, e do deputado federal Vicente Paulo da Silva (Vicentinho).
Balanço - Segundo levantamento da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), das primeiras ações em 1995 até 2011, 41.451 trabalhadores foram resgatados da situação análoga a de escravos, o que resultou no pagamento de indenizações em torno de R$ 67,7 milhões. Além disso, 3.165 estabelecimentos foram inspecionados, com 35.788 autos de infração lavrados.
Somente em 2011, foram efetivadas 158 operações de combate à escravidão em 320 estabelecimentos inspecionados, as quais alcançaram 27.246 trabalhadores e resultaram em 1.850 registros realizados e 2.271 trabalhadores resgatados de condições subumanas. Os pagamentos de verbas rescisórias totalizaram R$ 5,4 milhões. Foram lavrados 4.205 autos de infração e emitidas 2.139 Guias do Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado e 339 Carteiras de Trabalho e Previdência Social. "Ressaltamos que estão incluídos nestes números dados do combate ao trabalho escravo urbano, em especial, decorrentes de diversas operações realizadas no estado de São Paulo, que possibilitaram o resgate de 135 trabalhadores em indústrias do vestuário e da construção civil", mencionou Vera Albuquerque.
Semana de Combate ao Trabalho Escravo - Pelo terceiro ano consecutivo, entidades públicas e organizações civis vão realizar, na última semana de janeiro, uma série de atos e debates para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (28 de janeiro). As atividades estão programadas em vários estados e visam chamar atenção sobre o problema e mobilizar por avanços na erradicação do trabalho escravo contemporâneo.
Este ano, a mobilização inclui atividades no Fórum Social, em Porto Alegre (RS) e eventos em, pelo menos, mais sete estados, além de manifestações exigindo o julgamento dos envolvidos na "Chacina de Unaí". Quatro réus se encontram em liberdade, beneficiados por habeas corpus, e outros cinco (acusados de participar da execução) permanecem presos.
O dia 28 de janeiro foi oficializado como Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo como uma forma de homenagear os auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados nesta data em 2004, durante fiscalização na zona rural de Unaí (MG).
Fonte: Assessoria de Comunicação do MTE.
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Fornecimento de Refeição/Alimentação
Publicado em
24/01/2012
às
17:00
A refeição/alimentação não deve ser fornecida ao empregado em dinheiro, pois poderá ser considerado como Salário in Natura, para todos os fins. Ou seja, incidir INSS, FGTS, 13º Salário, Férias, etc. É aconselhável que o fornecimento de refeição/alimentação seja feito dentro do PAT - Programa de Aliemtação do Trabalhador.
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Manutenção de Plano de Saúde por ex-empregados
Publicado em
11/01/2012
às
15:00
Foi regulamentado o direito de manutenção dos contratos de plano de saúde que foram celebrados após 01/01/1999 ou que foram adaptados à Lei 9.656/99, por ex-empregados demitidos ou exonerados sem justa causa ou aposentados.
O direito de manutenção não exclui vantagens obtidas pelos empregados decorrentes de negociações coletivas de trabalho ou acordos coletivos de trabalho.
Base legal: Resolução Normativa ANS-DC, nº 279/2011.
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Brasil cria mais de 2,2 milhões de empregos formais em dez meses
Publicado em
12/12/2011
às
09:00
Trajetória de crescimento do emprego formal continha no pais; em outubro, foram abertas 126 mil novas vagas com registro em carteira
O Brasil criou 2.241.547 novos empregos com registro em carteira de janeiro a outubro deste ano, um crescimento de 6,24% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. O resultado foi o terceiro melhor na série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) entre os anos de 2003 a 2011. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, em Brasilia, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
"Estamos com 2,2 milhões de vagas no acumulado do ano, ou seja, o emprego motivado pela força do mercado interno, que está crescendo bem mais do que o Produto Interno Bruto", avaliou o ministro, ao anunciar os números.
Somente no mês de outubro, foram abertas 126.143 novas vagas celetistas, alta de 0,33% em relação ao estoque do mês anterior. Em outubro, a trajetória de crescimento do emprego formal no país foi liderada pelo setor de Serviços, que apontou resultado superior a média para o mês: foram 77.201 postos, com alta de 0,51%, o segundo melhor resultado para o mês.
No setor de Comércio foram criados 60.878 postos, equivalentes a 0,74%, a maior taxa de crescimento entre os setores. Essa elevação decorreu do desempenho positivo do Comércio Varejista (+50.389 postos ou +0,74%) e do Comércio Atacadista (+10.489 postos ou +0,75%, o terceiro melhor desempenho para o mês).
A Construção Civil, por sua vez, gerou 10.298 postos (+0,37%); Indústria de Transformação, 5.206 postos (+0,06%); Extrativa Mineral, 1.224 vagas (+0,60%,), sendo o segundo melhor resultado para o mês. A Administração Pública contribuiu com 869 vagas; seguido por Serviços Industrias de Utilidade Pública, com 380 vagas.
Já a Agricultura, por motivos sazonais, registrou uma perda de 29.913 postos de trabalho, equivalente a uma variação negativa de 1,77%.
Por região geográfica, os dados do Caged mostram expansão do emprego em quatro das cinco grandes regiões: em números absolutos, apresentaram desempenhos positivos a Sudeste, com 47.850 postos; Sul, com 41.244; Nordeste, com 29.884; e Norte, com a abertura de 10.152 vagas, o segundo melhor desempenho para o período.
O Centro-Oeste foi a única região a apresentar redução no nível de emprego, com retração de 2.987 postos (-0,11%). Esse desempenho negativo pode ser atribuído ao comportamento desfavorável do emprego nos estados de Goiás, com perda de 4.661 postos (-0,43%) e Mato Grosso do Sul, com diminuição de 1.986 vagas (-0,44%%).
Em doze meses, o levantamento mostra que a geração de empregos atingiu 1.977.667 postos de trabalho, equivalentes ao aumento de 5,46%. No período de janeiro de 2003 a outubro de 2011, tomando como referência os dados da RAIS (que abrange Celetistas e Servidores Públicos Federais, Estaduais e Municipais) e do Caged, foram gerados 17.626.016 empregos formais.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE.
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Saúde e Segurança: Regulamentada a Política Nacional de Segurança e Saúde no trabalho
Publicado em
19/11/2011
às
11:00
Decreto nº 7.602 foi publicado no Diário Oficial da União
A presidenta da República Dilma Rousseff assinou juntamente com os ministros da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi e da Saúde, Alexandre Padilha, o decreto que regulamenta a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST).
De acordo com o decreto a PNSST tem por objetivos a promoção da saúde, a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, a prevenção de acidentes e de danos à saúde relacionados ao trabalho. São princípios dessa política o fortalecimento da universalidade, o diálogo social e a integralidade de ações entre os três ministérios envolvidos.
A PNSST aponta como prioritárias as ações de promoção e proteção sobre as de assistência, reabilitação e reparação. Para alcançar esse objetivo, a política deverá ser implementada por meio da articulação continuada das ações de governo, por meio de um comitê executivo no campo das relações de trabalho, previdência e saúde, com a participação das organizações representativas de trabalhadores e empregadores.
Para o diretor do departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini, a assinatura do decreto tem um papel fundamental no combate à acidentalidade "A assinatura do decreto pela presidenta reforça a necessidade de se combater de frente a questão da acidentalidade no país, determinando uma ação integrada entre os ministérios da Previdência, Trabalho e Saúde e fortalecendo o diálogo social com trabalhadores e empregadores", destacou Todeschini.
A formulação e gestão das principais diretrizes da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho deve ser realizada, de acordo com o decreto, pela Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho. A Comissão já realizava desde 2008 esta função através de portarias interministeriais.
Comissão Tripartite- A Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho tem como objetivo principal avaliar e propor medidas para implementação, no Brasil, da Convenção nº 187, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da Estrutura de Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho entre os diversos países. A Comissão é composta de representantes do governo, das áreas de Previdência Social, Trabalho e Emprego e Saúde, de representantes dos trabalhadores e dos empregadores.
Fonte: AgPrev.
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INSS quer responsabilizar motoristas que causaram acidentes
Publicado em
05/10/2011
às
10:00
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está fazendo um "pente-fino" nos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) de todo o País e em polícias em busca de informações para entrar com ações contra motoristas que causaram acidentes graves e provocaram a concessão de benefícios previdenciários. O instituto, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), quer cobrar do motorista infrator os valores que forem gastos com esses benefícios.
"O INSS está fazendo convênios com os ministérios públicos, com as polícias rodoviárias Federal e Estaduais e com os Detrans, exatamente para que levantemos informações de todos os acidentes de trânsito. Constatadas as infrações graves, vamos entrar com ações contra todos esses condutores para que eles devolvam os valores que a sociedade pagou para as vítimas", disse o presidente do instituto, Mauro Luciano Hauschild.
As primeiras ações devem ser iniciadas em outubro. "Não é mais possível concebermos a ideia de que toda a sociedade pague pela irresponsabilidade de pessoas que conduzem mal os seus veículos", afirmou Hauschild.
Fonte: Jornal do Comércio
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Demissões
Publicado em
02/10/2011
às
17:00
Havendo rescisões nos trinta dias que antecedem a data-base (dissídio) a empresa estará obrigada a pagar uma indenização adicional equivalente a um salário do empregado. Destacamos que os avisos-prévios dados neste mês de OUTUBRO/2011, mesmo que indenizados, projetam o desligamento para NOVEMBRO/2010, consequentemente incidindo a multa acima, se relativas aos empregados com data-base em 1º de DEZEMBRO/2010.
1º de Dezembro - Categorias com data-base (relação parcial)
- Sindicato dos Trab. na Construção Civil.
Artefatos de Cimento.
Base Legal: Art. 9º da Lei 7.238/84 e Portaria 384 MTA, de 19/06/92.
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Brasil gera 10% dos empregos mundiais para encarar a crise, segundo relatório da OIT
Publicado em
01/10/2011
às
13:00
De acordo com a OIT, será necessário gerar 110 milhões de empregos formais nos próximos cinco anos para enfrentar a crise. Lupi também defendeu os direitos dos trabalhadores, se colocando contra a flexibilização das Leis Trabalhistas
Em Paris, onde participa da reunião de Ministros da Área Social do G-20, o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou que o Brasil tem sido o grande protagonista na geração de empregos nos países do bloco. Isso porque a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentou relatório que afirma que nos próximos cinco anos serão necessários gerar 110 milhões de novos postos de trabalho para enfrentar a atual crise.
"Por estes números, já adianto que o Brasil hoje é responsável por 10% deste total, visto que este ano serão gerados mais de 2,5 milhões de empregos formais. Isso mostra o protagonismo do Brasil perante o mundo" afirmou Lupi, durante intervenção desta segunda-feira (26).
Na opinião do Ministro, as medidas que o Governo da Presidente Dilma Rousseff vem tomando colocam o país, cada dia mais, na vanguarda para enfrentar turbulências internacionais e evitar que o mercado interno seja atingido. "Nossa maior preciosidade é o nosso mercado interno, que é enorme e não para de consumir. Precisamos mantê-lo aquecido e, para isso, todas as medidas estão sendo tomadas" avaliou.
Lupi também reagiu ao discurso dos representantes patronais no encontro, que disseram ser fundamental a flexibilização de Leis Trabalhistas em todo mundo para aumentar o lucro das empresas e ajudá-las a sair da crise.
"É engraçado porque quando os lucros estão exorbitantes, ninguém fala em dividir com os trabalhadores. Agora que o mundo está em crise, os representantes do patronato acham que quem tem que pagar a conta é o trabalhador. No Brasil, nenhuma medida que retira benefícios dos trabalhadores será alterada", avisou o Ministro, sendo aplaudido pelos demais representantes.
Lupi participa desde sexta-feira (23) da Reunião de Ministros da Área Social do G-20, que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Européia, em Paris.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE
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Portal Mais Emprego é Implantado em todo o Brasil
Publicado em
30/09/2011
às
10:00
Ao dar entrada no seguro-desemprego, trabalhador estará automaticamente inscrito no processo de intermediação de emprego, podendo ser convocado a participar de processos de seleção e encaminhamento.
O Portal Mais Emprego já está em funcionamento em todo o país. Nesta semana, foi finalizada a implantação do sistema no estado de São Paulo. Desenvolvido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Portal Mais Emprego integra, num único banco de dados, informações do Sistema Nacional de Emprego (Sine), das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs), Caixa Econômica Federal (CEF) e entidades de qualificação profissional.
Além de poder se inscrever, por exemplo, para uma vaga de emprego disponível nos postos do Sine, o trabalhador poderá, por meio do Portal, fazer consultas, obter informações sobre seu benefício, elaborar e imprimir o currículo, obter informações sobre abono salarial e acompanhar seu processo de intermediação de mão de obra. Já o empregador poderá enviar requerimento de seguro-desemprego, disponibilizar vagas, consultar currículos e acompanhar os processos de seleção das vagas disponibilizadas.
Por meio do Mais Emprego, o trabalhador, ao dar entrada no requerimento do seguro-desemprego nas agências do MTE, na CEF ou nas agências do Sine, estará automaticamente inscrito no processo de intermediação de emprego. Desde que foi implantado, em setembro do ano passado, o Portal atendeu aproximadamente 1,164 milhão de beneficiários. Já ocorreu o encaminhamento de 17.781 habilitados do seguro-desemprego e a colocação de 1.395 trabalhadores.
"O trabalhador poderá ser convocado a participar de processos de seleção e ser encaminhado às vagas que foram ofertadas pelos empregadores ao Sine. Com a implantação do Portal, o trabalhador estará automaticamente inscrito na intermediação de emprego, independente de onde der entrada", explica Rodolfo Torelly, diretor do Departamento de Emprego e Salário do MTE.
Torelly esclarece que ao requerer seu seguro-desemprego e caso exista vaga compatível com o perfil profissional, o mesmo será convidado a comparecer no Sine para participar de entrevista e possível encaminhamento a processo de seleção. "O que não pode é recusar uma oportunidade condizente com o último emprego e salário. Por exemplo, se ao requerer o seguro-desemprego, o trabalhador se recusar, por três vezes, a comparecer a uma vaga condizente com seu perfil, o beneficio será cancelado. A lei do seguro-desemprego é clara: sua finalidade é para assistência e colocação no mercado de trabalho"
A lei do seguro desemprego não é nova (Lei nº. 7.998/90). Ela determina a suspensão do pagamento do benefício do seguro-desemprego caso o trabalhador obtenha novo emprego, esteja recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social (exceto auxílio-acidente e pensão por morte) ou possua outra renda. A legislação também estabelece o cancelamento do benefício caso o trabalhador recuse outro emprego condizente com seu perfil profissional, pela comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação, ou comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego ou, ainda, por morte do segurado.
O trabalhador que não comparecer a três convocações consecutivas terá o benefício suspenso e deverá se apresentar ao Sine mais próximo de sua residência, a fim de atualizar o seu cadastro e justificar o não comparecimento. Se a recusa for "Sem Justificativa" o benefício será suspenso. O trabalhador poderá justificar o motivo pelo qual está recusando a vaga, por meio de Recurso administrativo, e dependendo da justificativa o benefício poderá ser liberado ou cancelado.
“É muito melhor voltar ao trabalho do que ficar no seguro-desemprego. Quem troca o trabalho formal para receber o beneficio é o maior prejudicado. O Programa do seguro desemprego faz parte das políticas ativas, pois visa o retorno do trabalhador no mercado de trabalho via sine e qualificação profissional. Queremos fortalecer as políticas ativas. Nunca geramos tanto emprego no país". Enfatiza Torelly.
Fonte: Assessoria de Imprensa MTE
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Justiça do Trabalho suspende prazos entre 12 e 20 de setembro/2011
Publicado em
09/09/2011
às
10:00
Justiça do Trabalho gaúcha suspende prazos processuais entre para viabilizar implantação da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas
Entre os dias 12 e 20 de setembro, as secretarias das Varas do Trabalho do Rio Grande do Sul se dedicarão a lançar nos sistemas informatizados de controle processual as informações das empresas e organizações inadimplentes na Justiça do Trabalho. Em razão da atividade, os prazos processuais ficarão suspensos durante este período, assim como o atendimento externo nas unidades judiciárias. Serão atendidas apenas as medidas de urgência. As audiências já designadas acontecerão normalmente.
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Desemprego é o mais baixo em julho desde 2002
Publicado em
27/08/2011
às
10:00
A taxa de desemprego de 6% no País em julho foi a menor para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em março de 2002. A população desocupada ficou em 1,4 milhão de pessoas em julho, patamar estável em relação ao mês anterior, segundo o IBGE. Em Porto Alegre, a taxa foi de 4,7%, mesmo percentual de Belo Horizonte, os menores do País.
Na comparação com julho do ano passado, houve queda de 12,1% na população desocupada, ou seja, menos 200 mil pessoas à procura de trabalho. Já a população ocupada ficou em 22,5 milhões, variação não significativa frente a junho. No confronto com julho de 2010, houve aumento de 2,1% no número de ocupados, representando um adicional de 456 mil postos de trabalho. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de 10,9 milhões, alta de 1,2% na comparação com junho. Na comparação com o mesmo período de 2010, houve aumento de 7,1%, um adicional de 726 mil postos de trabalho com carteira assinada.
Embora o mercado de trabalho não esteja criando tantas vagas quanto se esperava para essa época do ano, houve melhora na qualidade das vagas criadas, segundo Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. "O mercado de trabalho não está absorvendo a mão de obra que se esperava, mas ele também está tendo uma qualidade que não se esperava, com a geração de mais empregos com carteira assinada", assinalou.
Apesar do leve recuo na taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País, que passou de 6,2% em junho para 6% em julho, a geração de postos de trabalho não correspondeu ao comportamento esperado para o mês. Habitualmente, há uma inflexão maior nessa época do ano, devido às contratações para dar conta de um aumento na demanda por produtos e serviços no segundo semestre do ano.
"O mercado não se aqueceu suficientemente para atender a essa procura por emprego", disse Azeredo. "Ainda há 1,4 milhão de pessoas procurando emprego e esse numero só vai ceder quando houver um mercado de trabalho mais aquecido." Azeredo ressaltou, porém, que o crescimento menor do emprego em 2011 em relação a 2010 não significa que o mercado não esteja forte. "Pelos números, parece que o comportamento da geração de emprego está inferior em relação a 2010 frente a 2009. Mas não é verdade, porque em 2010 o Brasil estava saindo da crise, então uma recuperação maior é natural", explicou.
Fonte: Jornal do Comércio
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Curso superior eleva salários em 225%, aponta IBGE
Publicado em
28/05/2011
às
15:00
Os homens ainda são maioria no mercado de trabalho e possuem salário maior que o das mulheres, segundo o Cadastro Central de Empresas 2009 (Cempre), divulgado ontem pelo IBGE. Mas, ao contrário do que ocorria no passado, o gênero não é mais tão determinante para o sucesso profissional. O que impulsiona o salário é o nível de escolaridade. Embora os homens ganhassem 24,1% a mais que as mulheres, segundo a média nacional, a escolaridade mostrou-se fundamental. Em 2009, os trabalhadores que tinham curso superior ganhavam um salário 225% maior que os que não concluíram a faculdade.
De um montante de 40,2 milhões de trabalhadores assalariados, 33,6 milhões não tinham nível superior (83,5%), contra apenas 6,6 milhões de pessoas com curso superior (16,5%). No entanto, essa fatia de trabalhadores que concluíram a faculdade concentrou R$ 310,6 bilhões, ou 39,7% da massa salarial, enquanto os outros R$ 471,3 bilhões (60,3%) foram distribuídos entre os trabalhadores com menor escolaridade.
O salário médio mensal, em 2009, foi de R$ 1.540,59 - ou 3,3 salários-mínimos. Os homens receberam em média R$ 1.682,07, ou 3,6 salários, enquanto as mulheres receberam R$ 1.346,16, ou 2,9 salários.
O levantamento foi conduzido com 4,8 milhões de empresas e organizações, que reuniam 40,2 milhões de assalariados, sendo que 23,4 milhões (58,1%) eram homens e 33,6 milhões (83,5%) não tinham nível superior. As mulheres dominam apenas cinco das 20 atividades econômicas pesquisadas no Cempre. O levantamento também mostra que, apesar de representarem apenas 0,4% do total de empresas e organizações listadas Cempre, as grandes companhias absorvem 42,6% do pessoal assalariado no País. As microempresas, que representam 88,9% do total do Cempre, empregam 14,8% da mão de obra assalariada.
A região Sudeste concentra não apenas o maior número de empresas, mas também mais de 50% das unidades locais dessas empresas, do pessoal ocupado e da massa salarial paga no País.
Fonte: Jornal do Comércio - 26/05/2011 - Página: 11
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Inclusão do trabalhador deficiente
Publicado em
06/05/2011
às
17:00
A inclusão dessas pessoas está amparada na Lei 8.213/91 (Lei de Cotas), que determina que as empresas que possuam a partir de 100 empregados devem cumprir uma cota, proporcional ao seu tamanho, com cargos para trabalhadores reabilitados ou pessoas com deficiência. Dessa forma, empresas com até 200 empregados devem reservar 2% de seu quadro para atender à Lei. De 201 a 500 trabalhadores, 3%. De 501 a mil funcionários, 4%. De 1.001 em diante, 5%.
Normas internacionais - No Brasil, as convenções internacionais 159/83 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência estão ratificadas.
As duas normas tratam da garantia de emprego adequado e da possibilidade de integração ou reintegração das pessoas com deficiência na sociedade. Quem as ratifica, deve formular e aplicar política nacional para a readaptação profissional e de emprego para pessoas deficientes.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE
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Concessão de visto para programa de intercâmbio profissional
Publicado em
01/05/2011
às
17:00
Caberá ao MTE a autorização de trabalho temporário ao estudante estrangeiro que pretende vir ao Brasil para participar de programa de intercâmbio com empresa
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) poderá conceder autorização de trabalho temporário ao estudante estrangeiro ou recém-formado que tiver interesse em participar de intercâmbio profissional com empresa estabelecida no Brasil.
A Resolução Normativa nº 94, do Conselho Nacional de Imigração (CNIg), foi publicada no Diário Oficial da União e disciplina a concessão de visto ao estrangeiro, estudante ou recém-formado que venha ao Brasil por meio de programa de intercambio profissional. Conforme o texto do documento, caberá ao Ministério do Trabalho e Emprego conceder autorização de trabalho temporário, com prazo de validade de até um ano e improrrogável, que constará na cédula de identidade do estrangeiro.
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Imigração e Coordenador-Geral de Imigração do MTE, Paulo Sergio de Almeida, uma das exigências é a da reciprocidade: que o país do solicitante ofereça programas de intercambio acessíveis a brasileiros.
“O visto será concedido a pessoas que costumam vir conhecer o Brasil por meio desse tipo de atividade profissional. Também pode ser considerado um intercâmbio cultural, de turismo e de conhecimento. Para nós é importante porque é um mecanismo que abre caminho para que os brasileiros possam ter, também, essa oportunidade”, diz Almeida. “A norma nos autoriza indeferir o pedido caso seja identificada tentativa de substituir mão-de-obra brasileira, mas em geral não é este o caso. São pessoas que vêm em busca de experiência profissional, e não em substituição a trabalhadores brasileiros”.
É considerado intercâmbio profissional, conforme a Resolução, a experiência sócio-laboral internacional realizada em ambiente de trabalho, com vistas ao aprimoramento da formação acadêmica inicial ou continuada, tendo como objetivo a troca conhecimentos e experiências culturais e profissionais.
Visto - A concessão do visto de que trata a Resolução Normativa nº 94 dependerá de prévia autorização do Ministério do Trabalho e Emprego, que deve ser solicitada pela entidade empregadora no Brasil, com a apresentação dos documentos: comprovação de matricula em curso de graduação ou pós-graduação ou certificado de conclusão há menos de um ano; contrato de trabalho temporário a tempo parcial ou integral com o estrangeiro chamado; e termo de compromisso entre o estrangeiro e a entidade empregadora, com participação de entidade brasileira de intercâmbio interveniente, onde constem os termos do programa de intercâmbio.
“Até então, a concessão deste tipo de visto era requisitada nos consulados brasileiros no exterior, e tinha cunho apenas cultural. Mas na verdade os requisitantes vinham trabalhar no Brasil; e como havia possibilidade pela antiga Lei do Estágio, eles entravam no Brasil e aqui ficavam como estagiários. Agora não: o estudante vem com contrato de trabalho definido e uma empresa esperando por ele”, explica Almeida.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE
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Relação de Trabalho em Cidades Atingidas por Catástrofes
Publicado em
21/03/2011
às
16:00
Especialista tira dúvidas sobre o trabalho em cidades atingidas por catástrofes naturais; Veja as principais respostas
São cada vez mais comuns as tragédias naturais no Brasil. Diante de cidades inteiras destruídas ou parcialmente afetadas por causa do excesso de chuvas e deslizamentos, como ficam as relações laborais entre patrões e empregados que dependem do funcionamento de uma empresa para sobreviver? O que diz a legislação trabalhista a respeito dessas circunstâncias extremas em que prevalecem a incerteza e as dúvidas?
Para responder às perguntas enviadas por leitores deste Blog em áreas atingidas, pedimos à advogada trabalhista Alessandra Iara da Cunha que resumisse as principais respostas na entrevista que publicamos abaixo:
Blog Trabalho – Em casos de desastres naturais, como os que ocorreram na região serrana do Rio mês passado e em Santa Catarina, em outubro de 2009, é possível a empresa manter uma relação especial com o trabalhador como atrasar o salário, dispensar sem pagar as multas devidas, etc? A legislação trabalhista diz alguma coisa a respeito disso?
Dra. Alessandra Iara da Cunha – O contrato de trabalho pode terminar por motivos que o empregador não deu causa, como motivos de força maior, assim entendidos o incêndio, a inundação, o terremoto e outros fenômenos naturais. Nestes casos, aplica-se o disposto no artigo 501 da CLT e seguintes, que especificam as providências nestas situações. Para os empregados sem direito à estabilidade, será devida a metade do valor de uma rescisão sem justa causa. No caso dos contratos por prazo determinado, a indenização referida no artigo 479 também é reduzida à metade. Havendo prejuízos devidamente comprovados, é permitida a redução dos salários até 25%, observado o salário mínimo da região. Cessados os efeitos advindos de força maior, os salários devem ser restabelecidos. Quanto aos empregados estáveis, estes recebem as indenizações nos termos dos artigos 477 e 478 da CLT (aviso prévio e um mês de remuneração por ano de serviço ou fração igual ou superior a 6 meses).
Blog – Há outros mecanismos que podem auxiliar nesta questão?
Dra. Alessandra – Sim, os acordos coletivos com a participação dos sindicatos ou mesmo um termo de ajustamento de conduta perante o Ministério Público do Trabalho, onde poderão ser estabelecidas regras para minimizar o ocorrência de maiores danos.
Blog – No caso de destruição do ambiente da empresa, o trabalhador de ser dispensado até a reconstrução ou a empresa pode “aproveitar” o horário de trabalho para que os funcionários ajudem a reconstruir o local?
Dra. Alessandra – Nosso ordenamento jurídico sempre preza pela manutenção do emprego, eis que o trabalho é meio de subsistência. Sendo assim, se houve destruição do local de trabalho entendo ser cabível a colaboração dos empregados para a reconstrução da empresa e permanência no emprego.
Blog – Não podendo trabalhar porque o ambiente de trabalho foi destruído, os dias não trabalhados podem ser descontados?
Dra. Alessandra – Entendo que não. Na verdade deve ser resolvido de outra forma, podendo a empresa conceder férias antecipadas, férias coletivas, firmar acordo coletivo com o Sindicato para suspender os contratos de trabalho ou, ainda, rescindir a relação empregatícia se for impossível a reconstrução ou esta demore muito tempo. Podem ser dadas férias coletivas nessa situação.
Blog – Cabem acordos coletivos nessas situações para amenizar o problema de empregados e trabalhadores?
Dra. Alessandra – Os acordos coletivos podem estabelecer normas que garantam um equilíbrio nesta situação, suspendendo os contratos de trabalho até que a situação seja normalizada. No caso das suspensão, é mantido o vínculo de emprego, porém não será exigido o serviço nem haverá pagamento de salários ou benefícios. É um tempo para colocar tudo em ordem.
Blog – Se a empresa falir por conta do acontecido, como fica a situação dos empregados? Eles têm direito a receber o que lhe é devido? Os empregados terão que habilitar seus créditos perante o juízo onde tramitar o processo de falência? O trabalhador que perde a casa ou familiares tem direito a dias de folga sem prejuízo no salário? Quais direitos ele tem garantido?
Dra. Alessandra – Caso o trabalhador necessite de maior tempo para resolver sua situação pessoal e de seus familiares, pode solicitar ao empregador que lhe antecipe as férias ou lhe conceda uma licença, que poderá ser remunerada ou não remunerada, dependendo do que for ajustado. Quanto aos dias de licença em razão de falecimento de familiares, observa-se o disposto no artigo 473 da CLT ou a norma coletiva, caso a convenção coletiva da categoria trate desse assunto. “Art. 473 – O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
I – até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica;”
Blog – O luto oficial decretado pelo governo exime o trabalhador de comparecer ao trabalho? E o trabalho voluntário para ajudar a cidade?
Dra. Alessandra – O luto oficial não é justificativa para ausência ao trabalho e o trabalho voluntário deve ser realizado em períodos que não estejam dentro do horário de trabalho, salvo se o empregador assim autorizar.
Blog – Se o trabalhador tiver dificuldade de comparecer ao trabalho por precariedade de trânsito e transporte em decorrência de catástrofe natural a empresa pode descontar o dia?
Dra. Alessandra – Entendo que não. Esse dia deverá ser compensado com o trabalho em outro dia, mas não deve ser descontado do salário, pois o não comparecimento se deu por motivo alheio à vontade do empregado.
Blog – Em caso de acidentes – como incêndios – existe alguma coisa estabelecida no que diz respeito a relação trabalhista?
Dra. Alessandra – O empregado que sofrer acidente nestas situações de desastres naturais, poderá requerer benefício previdenciário no INSS.
Blog – O trabalhador que perde familiares tem direito a receber pensão?
Dra. Alessandra – Sim, poderá receber pensão por morte desde que comprove a dependência econômica em relação ao falecido.
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Folgas para Alistamento Eleitoral e Transferência de Título
Publicado em
14/03/2011
às
14:00
Trabalhador que tiver compromisso em cartório eleitoral deve comunicar chefia com antecedência, sugere ABRH
Para fazer uso do direito de tirar folga para o alistamento eleitoral ou a transferência do título, o empregado deve comunicar com antecedência à chefia imediata sobre o compromisso. A dica é do diretor Nacional de Relações Trabalhistas da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional), Magnus Ribas Apostólico.
Segundo ele, a utilização desse tipo de folga é bastante comum, “mas é recomendável que o empregado negocie com a empresa para sair num momento mais adequado”.
O diretor chama atenção ainda para a necessidade da comprovação do comparecimento junto à Justiça Eleitoral. O recibo do alistamento deve ser apresentado ao setor de pessoal da empresa para que o trabalhador não corra o risco de ter desconto por falta. “É importante que o empregado exerça o seu direito e comprove que o fez”, alerta o diretor.
De acordo com o inciso V, do artigo 473, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o empregado pode folga até dois dias para fazer alistamento eleitoral ou transferir o título. A folga, sem prejuízo do salário, segundo a legislação eleitoral (Lei 4737, de 15 de julho de 1965) deve ser comunicada com antecedência de 48 horas.
Fonte:Blog.mte.gov.br
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Aprovado carimbo para comprovar a conclusão de curso de qualificação do trabalhador
Publicado em
23/02/2011
às
15:00
O Ministério do Trabalho e Emprego aprovou carimbo, conforme modelo abaixo, a ser utilizado pelas instituições de educação profissional parceiras do Ministério do Trabalho e Emprego que celebrem convênios, termos de parceria e instrumentos congêneres, para a realização de cursos de qualificação social profissional.
A anotação concederá ao portador a comprovação de qualificação no curso nominado, bem como a sua respectiva carga horária.
O carimbo poderá ser utilizado para cursos concluídos a partir do ano de 2007.
O carimbo será aposto nas páginas das Anotações Gerais da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, quando da conclusão do curso de qualificação profissional pelo trabalhador.
A conclusão de curso de qualificação social profissional, e a sua respectiva comprovação, não constituem requisito para o exercício de atividade profissional, salvo quando a lei dispuser em sentido contrário.
MODELO DO CARIMBO
Portaria MTE N..... de.....de..........de 2010
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Comprovação de Conclusão do Curso de Qualificação Social Profissional
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Curso:
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CBO:
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Instituição:
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Carga horária:
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Data de início: _____/____/_______
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Data de término: _____/____/_______
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Carimbo e assinatura da Instituição:
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Este carimbo é valido somente para os cursos financiados pelo MTE.
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Base legal: Portaria MTE 2437/2010
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Carnaval não é Feriado
Publicado em
21/02/2011
às
15:00
Diferentemente do que a grande maioria das pessoas possam pensar carnaval não é feriado. Portanto, as empresas podem exigir que seus empregados trabalhem os dias de carnaval. Outra possibilidade é acordar com os empregados folga nestes dias com posterior compensão de horários. Neste caso, é aconselhável a homologação desse acordo no Sindicato da Categoria Profissional.
Destaca-se, também, que há categorias profissionais que tem em seu acordo/convenção/dissídio coletivo a previsão de não realização de trabalho nos dias de carnaval, especialmente na terça-feira. Portanto, é aconselhável uma análise do acordo/convenção/dissídio coletivo específico da categoria profissional.
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Limitação da responsabilidade do ex-sócio não se aplica ao crédito trabalhista
Publicado em
18/12/2010
às
12:00
A responsabilidade do ex-sócio na execução é fundamentada nos artigos 10 e 448, da CLT
Os artigos 1.003 e 1.032, do Código Civil, limitam a responsabilidade dos sócios que se retiram da sociedade, pelas obrigações contraídas pela empresa, até dois após a averbação da alteração do contrato no cartório. No entanto, esses dispositivos referem-se apenas às obrigações de natureza civil, não se aplicando ao caso dos débitos trabalhistas, em razão de sua natureza alimentar. Esse foi o entendimento adotado pela maioria da 7a Turma do TRT-MG, ao negar provimento ao recurso de dois ex-sócios que pediam a sua exclusão do processo e, consequentemente, a liberação de valores penhorados.
Os ex-sócios alegaram no recurso que não são responsáveis pelos créditos reconhecidos à trabalhadora, já que se retiraram do quadro societário da empresa em junho de 2008, antes mesmo de sua admissão. Sustentaram, ainda, que a responsabilidade do ex-sócio se limita às obrigações contraídas até o momento da cessão de cotas. Mas o desembargador Marcelo Lamego Pertence pensa diferente. Conforme explicou, a responsabilidade do ex-sócio na execução é fundamentada nos artigos 10 e 448, da CLT, os quais estabelecem que, qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa, não afetará os contratos de trabalho.
No caso do processo, o juiz de 1o Grau valeu-se, além dos dispositivos da CLT, também do artigo 50, do Código Civil, que trata da desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, na hipótese de fraude ou abuso de direito, quando a empresa não tem condições de honrar os seus compromissos. Na visão do desembargador, a questão envolve maior discussão, quando há alteração do quadro societário, exatamente pelo teor dos artigos 1.003 e 1.032, do Código Civil, que limitam a responsabilidade do ex-sócio. Entretanto, os mencionados artigos 1.003 e 1.032 do Código Civil dispõem sobre a responsabilidade dos sócios retirantes perante as obrigações de natureza civil- ressaltou.
Quanto aos débitos trabalhistas, frisou o magistrado, apesar do disposto nesses artigos, a responsabilidade do sócio retirante não se esgota após dois anos de sua saída da sociedade, nem se limita às obrigações contraídas até a data da cessão de cotas, porque se trata de resguardar direitos de natureza alimentar. Se os sócios retirantes se beneficiaram do resultado da prestação de serviços do trabalhador, não há como se admitir que sejam responsáveis por atos praticados apenas por dois anos após sua saída, mormente se referido ato foi uma contratação laboral pactuada enquanto integravam o quadro social- enfatizou, acrescentando que o empregado, que não participou do lucro, não pode ser responsabilizado pelo risco do empreendimento.
O desembargador esclareceu que a trabalhadora prestou serviços para a empresa de 24.07.2008 a 19.02.2009, período em que os recorrentes faziam parte do quadro societário, já que a alteração do contrato social foi averbada somente em 21.08.2008. Esse é o marco da saída deles. Assim, não há dúvida de que a contratação da trabalhadora ocorreu quando os recorrentes ainda eram formalmente sócios da empresa executada. Por isso, eles permanecem responsáveis por todas as obrigações da sociedade. O relator lembrou que, nos termos do artigo 449, da CLT, os débitos de natureza trabalhista subsistem até mesmo à dissolução da empresa.
Destaco que os agravantes seriam responsáveis pelo valor exequendo, ainda que se aplicasse ao caso o limite de dois anos referido nos arts. 1.003 e 1.032 do CC/02, pois decorre de obrigações contraídas entre 24/07/2008 e 19/02/2009, tendo a cessão de cotas sido averbada somente em 21/08/2008, razão pela qual a responsabilidade desses ex-sócios persistirá até 21/08/2010 - concluiu o desembargador, negando provimento ao recurso. ( AP nº 00269-2009-057-03-00-7).
Fonte: TRT-MG
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Portadores de Necessidades Especiais - Contratação Obrigatória - Lei de Cotas
Publicado em
06/11/2010
às
14:00
As empresas que têm entre 100 e 200 empregados devem contratar pelo menos 2% da quantidade de vagas para profissionais com deficiência. Já as que possuem entre 201 a 500 funcionários a cota sobe para 3%; entre 501 e mil empregados, 4%; e acima de mil a cota estipulada pela lei é de 5%.
Fonte: Assessoria de Imprensa do TEM/Lei 8.213/1991
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Banco é condenado por proibir que empregados usem barba
Publicado em
24/09/2010
às
10:00
Banco pode recorrer de decisão tomada em primeira instância na BA.
Na sentença, juiz cita Jesus e Darwin e ordena pagamento de indenização
G1, em São Paulo
A Justiça do Trabalho condenou um banco brasileiro S/A por discriminação estética pela proibição do uso de barba pelos empregados. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (23/9/2010), depois que a 7ª Vara do Trabalho de Salvador negou recurso do banco. A condenação, em primeira instância, foi baseada em ação civil pública ajuizada em 2008 pelo Ministério Público do Trabalho. Agora o banco poderá recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho.
De acordo com a sentença, o banco deve pagar R$ 100 mil de indenização por dano moral coletivo. O valor deve ser revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Para o juiz Guilherme Ludwig, o veto à barba fere a Constituição, que garante que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
Segundo mencionado na sentença, a defesa do banco alegou que uma pesquisa realizada por um site de seleção apontou que competência e aparência estão entre traços mais importantes para o sucesso profissional e que a maioria dos entrevistados declararou que a barba "piora a aparência e/ou charme". O juiz afirmou que o levantamento foi feito apenas no âmbito dos executivos, "público que não se confunde com o do brasileiro médio".
Juiz cita personalidades que usam barba
Ele citou o presidente Lula como um homem que usa barba e foi tido como confiável em pesquisa sobre personalidades brasileiras publicada neste ano por um jornal de circulação nacional. Ludwig mencionou ainda Jesus Cristo, além de John Lennon, Machado de Assis e Charles Darwin, entre outras personalidades que usavam barba. O juiz considerou que o veto ao uso de barba por funcionários é “conduta patronal que viola inequivocamente o direito fundamental à liberdade de dispor de e construir a sua própria imagem em sua vida privada”.
A sentença também determina que o banco divulgue em jornais da Bahia e na TV, em rede nacional, mensagens dizendo que alterou seu “Manual de Pessoal”, para excluir a proibição. Procurado pelo G1, o banco informou, por meio de sua assessoria, que não comenta o processo, que ainda está sub judice.
Fonte: G1, com alterações
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Empresa que divulgou lista de faltosos vai pagar por danos morais
Publicado em
08/08/2010
às
10:00
Segundo o relator, a atitude da empresa representou uma exposição desnecessária e desproporcional
Por considerar uma prática abusiva do poder diretivo, a Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a empresa Inergy Automotive Systems do Brasil a indenizar um ex-funcionário por danos morais, por ter divulgado lista com a relação de faltas e atrasos de seus empregados.
Sentindo-se ofendido em sua honra, o funcionário ingressou com ação trabalhista, requerendo indenização por danos morais. O empregado alegou que a empresa havia fixado no quadro de edital, local acessível a todos os funcionários, uma lista com os nomes dos empregados faltosos, levando-o a sofrer gozação perante os colegas de trabalho.
Ao analisar a questão, a instância ordinária (Vara do Trabalho e o Tribunal Regional da 9ª Região (PR)) negou o pedido do trabalhador, sob o mesmo argumento: de que a afixação da lista não buscou trazer prejuízo ao trabalhador, representando assim uma possibilidade do poder de direção da empresa.
Diante da decisão do TRT, o trabalhador interpôs recurso de revista no TST. O relator do processo na Sétima Turma, o Juiz Convocado Flávio Portinho Sirângelo, reconheceu que o procedimento adotado pela empresa configurou prática abusiva, uma vez que extrapolou o direito de fiscalização e de organização.
Segundo o relator, a atitude da empresa representou uma exposição desnecessária e desproporcional, que teve o efeito de singularizar o empregado em face de todos os outros trabalhadores. Nesse caso, destacou o juiz, o poder diretivo da empresa poderia ser exercido de outro modo, como a realização de descontos salariais ou mesmo a punição disciplinar, o que não foi feito.
Assim, seguindo o voto do relator, a Sétima Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso de revista do trabalhador e condenou a empresa ao pagamento de cinco mil reais por danos morais. (RR-166500-82.2007.5.09.0245)
Fonte: TST/ Alexandre Caxito
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Rebaixamento funcional é causa de rescisão indireta do contrato de trabalho
Publicado em
07/08/2010
às
10:00
O trabalhador pediu a rescisão indireta do contrato de trabalho
Se a empregadora coloca o empregado para exercer função inferior à que ele desempenhava anteriormente, essa conduta caracteriza alteração unilateral do contrato e se enquadra na hipótese prevista no artigo 483, “d”, da CLT, que prevê a rescisão indireta do contrato de trabalho, pelo não cumprimento das obrigações contratuais por parte do empregador. Com esses fundamentos, a 1a Turma do TRT-MG julgou favoravelmente o recurso do trabalhador e declarou a rescisão indireta do contrato de trabalho, condenando a reclamada ao pagamento das parcelas decorrentes.
O trabalhador pediu a rescisão indireta do contrato de trabalho, o que, comumente, é conhecido como a justa causa aplicada ao empregador, sob a alegação de ter sido rebaixado de função. Analisando o caso, a desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria deu razão ao empregado. Segundo constatou a magistrada, ele foi contratado em março de 2006, para o cargo de Agente de Relacionamento I, sendo promovido, em outubro de 2007, a Coordenador de Relacionamento de Clientes I, quando passou a coordenar vinte e dois Agentes de Relacionamento em uma equipe decall center. Como coordenador, o reclamante alcançou todas as metas propostas, chegando a liderar um ranking das melhores equipes.
No entanto, depois de questionar o fato de ter sido escalado para trabalhar em um domingo, passou a exercer as funções de Assistente Administrativo I, sendo responsável pela manutenção da infraestrutura do call center. No entender da desembargadora, essa alteração, por si só, já demonstra a alteração unilateral do contrato, de forma a justificar a rescisão indireta. “Mas entendo também que restou comprovado que a reclamada rebaixou o autor de função, mesmo que mantido o padrão salarial, ao remanejá-lo para o setor de infraestrutura do Call Center, passando a exercer funções totalmente alheias àquelas para as quais foi contratado, que possuía qualificação profissional e desempenhava com competência e responsabilidade. O reclamante não tinha mais metas a cumprir nem possuía subordinados” - acrescentou.
A magistrada questionou, ainda, qual seria o motivo para transferir o empregado para um setor ligado a atividade-meio da reclamada, para gerenciar reparos no ambiente de trabalho, se como coordenador a sua equipe se destacava, gerando lucros para a empresa. A conclusão a que chegou foi de que a empregadora teve o objetivo de punir o trabalhador. “E o bom desempenho de suas novas funções apenas demonstra que o autor é profissional comprometido, que, mesmo insatisfeito, cumpre suas obrigações e responsabilidades. Mas isso não significa que ele anuiu com a alteração contratual, tanto que ajuizou esta ação trabalhista” - finalizou a relatora, declarando a rescisão indireta do contrato, com fundamento no artigo 483, d, da CLT. A empresa foi condenada a pagar ao trabalhador as parcelas de aviso prévio, 13o salário, férias e FGTS acrescido da multa de 40%. ( nº 01104-2009-021-03-00-2 )
Fonte: TRT-MG
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Como evitar roubos por funcionários?
Publicado em
26/05/2010
às
11:00
Cerca de 70% das empresas brasileiras enfrentaram nos últimos dois anos problemas com furtos e fraudes. Seu negócio está realmente seguro? Saiba se prevenir
Ao passar as compras, o operador de caixa em uma loja de roupas finge registrar as mercadorias mais valiosas e entrega as peças para um cliente-cúmplice. Enquanto isso, em uma rede de autosserviço, um empregado danifica de propósito embalagens de produtos para justificar o descarte e levá-los para casa. Outro estabelecimento, uma concessionária de veículos, perde dinheiro com notas frias trazidas por integrantes da equipe, que recebem reembolsos de gastos inexistentes. Os golpes descritos ocorrem diariamente no país. São casos reais, relatados por consultores de segurança e empresas que preferem manter-se no anonimato. Os furtos e fraudes realizados por funcionários causam um prejuízo anual de R$ 2,2 bilhões ao varejo brasileiro, ou seja, R$ 70 a cada segundo, de acordo com o mais recente relatório do Instituto Provar/FIA (Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração) e Felisoni Consultores Associados sobre Perdas no Varejo.
A oportunidade, associada à falta de controles, cria um ambiente fértil para roubos internos. A drogaria Araújo, rede com cem lojas em Belo Horizonte e cidades próximas, teria perdido R$ 18 milhões nos últimos quatro anos, se não tivesse implantado um departamento específico para evitar furtos e danos às mercadorias. De acordo com a gerente de Prevenção de Perdas do grupo, Cristiana Araújo, antes do programa alguns produtos mais visados chegavam a faltar no ponto de venda. "Tínhamos uma perda altíssima de lâminas de barbear, que têm um mercado clandestino forte. Era um item tão furtado que o cliente chegava para comprar e não tinha disponível na loja", conta.
Para inibir os ladrões, a empresa passou a proteger os itens de maior valor agregado com caixas acrílicas e etiquetas eletrônicas. "Cerca de 40% dos furtos nas lojas são praticados por funcionários", diz Cristiana. Como resultado, houve um aumento de 73% nas vendas de lâminas devido à maior quantidade de unidades disponíveis. "As perdas na rede como um todo caíram pela metade desde 2005, quando implantamos a política de evitar perdas, que inclui treinamento e até participação nos resultados com base em metas de prevenção."
NÚMEROS DA FRAUDE* | Roubos, notas frias e propinas causam um rombo bilionário
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77% das empresas registram prejuízos com fraudes abaixo de R$ 1 milhão por ano
R$ 2,2 bilhões são furtados todo ano por funcionários do comércio
R$ 428 é o prejuízo médio por ocorrência de furtos internos
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As pequenas e médias empresas sofrem mais para controlar a ação de funcionários desonestos, pois costumam ter menor rigidez nas relações profissionais e nos processos. A coordenadora do Grupo de Prevenção a Perdas do Instituto Provar, Patrícia Vance, cita um estudo da entidade norte-americana Association of Certified Fraud Examiners para mostrar a relação direta entre falta de monitoração e quantidade de ocorrências. De acordo com o levantamento, os negócios com menos de cem funcionários registram perda média quatro vezes maior que as grandes companhias. "O dono de um restaurante ou pequeno varejo, por exemplo, tem a tendência de tratar a equipe como uma grande família. E nem cogita desconfiar dos subordinados", avalia a pesquisadora.
Segundo o diretor de Segurança da Informação da Associação Brasileira de Segurança Orgânica (ABSO), Áureo Miraglia, a prática mostra que pelo menos 5% dos empregados furtariam o lugar no qual trabalham se enxergassem uma oportunidade. "Em geral, a pessoa se torna fraudadora quando vê a possibilidade, percebe uma fraqueza em determinado controle e inventa uma justificativa para o desvio. O funcionário se coloca como vítima e cria uma fantasia na qual o ato ilícito compensa uma injustiça contra ele, como um salário baixo. Também é comum o indivíduo enxergar a ação como um tipo de vingança direcionada ao chefe ou à empresa", afirma.
FIQUE DE OLHO NOS PRODUTOS MAIS COBIÇADOS | Mercadorias mais furtadas por segmento
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Atacado >>> Pilhas, gomas de mascar e azeite
Eletroeletrônico >>> Celular, DVD player, DVDs (filmes) e CDs
Drogaria >>> Desodorante, analgésico, aparelho e lâmina de barbear
Material de Construção >>> Fios e cabos elétricos, válvulas e tintas
Vestuário >>> Camisas de futebol, tênis e meias
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Fonte: 9ª Pesquisa Perdas no Varejo Brasileiro, do Instituto Provar/Fia
*fontes: Instituto Provar/Fia e KPMG
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Impunidade estimula crimes internos
Um estudo sobre fraudes no Brasil, realizado pela consultoria KPMG em 2009 com mais de mil empresas, revela um quadro alarmante: 70% das organizações foram fraudadas nos últimos dois anos e 68% não conseguiram recuperar os valores. "Os casos mais comuns são superfaturamento de contas de viagem, reembolso com notas frias, propinas e roubo de equipamentos", afirma o sócio responsável pela área de Forensic Services da KPMG, José Carlos Simões. O levantamento mostra ainda que 77% das perdas são inferiores a R$ 1 milhão por ano. "Valores relativamente baixos podem levar os empreendimentos, em especial os menores, a fazer vista grossa em lugar de investir em prevenção. No entanto, a impunidade acaba por tornar o problema cada vez maior."
Pequenas fraudes são comuns na maioria das empresas. Prova disso são os resultados alcançados pelo sistema de pagamento de táxis por celular criado pela Wappa. O produto, destinado ao mercado corporativo, substitui voucher, boleto e reembolso. A transparência do processo - o gestor acompanha em tempo real as transações - gera economia de até 40% nos gastos de clientes. "A solução é uma cultura nova de eficiência e segurança", afirma o presidente da Wappa, Armindo Freitas Motta Jr.
A tecnologia é uma das principais aliadas na prevenção de fraudes. "Para prevenir o roubo interno, os sistemas como câmeras de TV têm de ficar evidentes, ou seja, a empresa precisa demonstrar controle", diz Miraglia.
Antes de adotar qualquer tipo de solução, a empresa deve avaliar o prejuízo. "É preciso saber quanto se está perdendo para depois decidir o investimento a ser feito. Não adianta ter um orçamento de prevenção maior que as próprias perdas", recomenda Patrícia, do Provar/Fia. O passo seguinte é identificar as vulnerabilidades em cada etapa de operação do negócio e, então, implementar os controles. "As câmeras, por exemplo, são equipamentos que devem ter um uso planejado. Um caso de aplicação eficiente acontece nas grandes redes de supermercados, que costumam colocar uma unidade de captação de imagem em cada caixa para detectar eventuais desvios de mercadoria", afirma Miraglia.
Prevenir é melhor do que remediar, diz a sabedoria popular. Que o digam as empresas que ilustram o início desta reportagem. Para as três, as soluções após os incidentes deixaram o gosto amargo de perdas que não se recuperam: a loja de roupas não conseguiu provar a culpa do operador e acabou por demiti-lo sem justa causa, mas desde então passou a usar câmeras para controlar o caixa; a rede de autosserviço, que só percebeu o desvio de mercadorias quando a quantidade atingiu níveis chamativos, não puniu ninguém, mas implementou rígida fiscalização para impedir funcionários de levar produtos para casa; a concessionária limitou os reembolsos para a equipe de vendas, e ainda estuda uma forma de controlar as notas frias. O final talvez não tenha sido feliz, mas a lição aprendida marcou o início de negócios mais saudáveis - e prevenidos.
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MEDIÇÃO
Realizar inventários a cada dois meses, pelo menos, é uma maneira de descobrir eventuais furtos internos. No caso de produtos de alto valor agregado, pode ser necessário um controle diário de estoque e vendas. Coletores portáteis de dados, que leem códigos de barras ou etiquetas eletrônicas, armazenam informações da mercadoria e agilizam esse tipo de levantamento. A pesquisa de Avaliação de Perdas no Varejo do Instituto Provar/Fia mostra que 80% das lojas de vestuário e 58% dos supermercados usam o equipamento
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DIAGNÓSTICO
Só depois de avaliar quanto perde comfurtos e fraudes, a empresa pode definir o orçamento de prevenção. O valor não deve ser maior que o prejuízo para compensar o investimento. Faça a análise de toda a operação para detectar vulnerabilidades. “Estoque sem registros, falta de inventário frequente e rotinas manuais são exemplos”, diz Patrícia Vance, do Provar
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EQUIPAMENTOS
As tecnologias de segurança mais difundidas são etiquetas eletrônicas ou magnéticas, caixas acrílicas com sensor, circuito fechado deTV(CFTV), alarmes, software de vigilância eletrônica de mercadorias, cofres eletrônicos e sistemas de acesso (fechaduras com senha, catracas digitais). Para o diretor da ABSO, Áureo Miraglia, os aparelhos só devem ser instalados após a definição das vulnerabilidades. “Pequenas empresas têm de saber dosar esse tipo de solução. Não adianta ter câmeras de alta definição e quem controla ter de cuidar do caixa e do atendimento. Um CFTV faz mais sentido em estabelecimentos grandes”, diz
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RECURSOS HUMANOS
Os cuidados com a equipe devem começar ainda no recrutamento.“O entrevistador pode avaliar a postura ética de um candidato com perguntas como, por exemplo: ‘O que você faria se testemunhasse um colega de trabalho roubando a empresa?’ ”, diz Miraglia, da ABSO. Treinar os funcionários parece óbvio, mas funciona. Implementar rotinas, que vão desde bloquear o computador na hora do almoço até estabelecer procedimentos no acesso a estoques, diminui as vulnerabilidades. Políticas de benefícios e campanhas também ajudam a envolver a equipe. Um exemplo é a rede de drogarias Araújo, que adotou um sistema de participação nos resultados que leva em conta a redução de perdas
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CONTROLES
Processos e regras podem ser instituídos para vulnerabilidades específicas, como checagem do lixo, área controlada no estoque para produtos de alto valor agregado, sistema eletrônico para pagamento de despesas de funcionários e canal de denúncias. O uso de crachás permite fiscalizar o acesso de desconhecidos. As auditorias ajudam a detectar fraudes financeiras e falhas operacionais
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Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios/ Sérgio Tauhata
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CBO traz novas famílias profissionais
Publicado em
18/05/2010
às
12:00
Classificação Brasileira de Ocupações é atualizada com modificações avaliadas ao longo do último ano
A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) atualizada em janeiro traz revisões e convalidações realizadas em 2009. No total, há mais de 100 atualizações, que podem ser conferidas no site da classificação. As modificações e inclusões da CBO são elaboradas com a participação efetiva de representantes dos profissionais de cada área, em todo o país.
A atualização e modernização do documento ocorreram para acompanhar as mudanças econômicas, sociais e culturais pelas quais o Brasil passou nos últimos anos, que implicaram modificações estruturais no mercado de trabalho. Entre as principais atualizações estão a inclusão de novas categorias de tecnólogos, com 87 títulos, e a inclusão dos profissionais da saúde da família, para atender a uma demanda do Ministério da Saúde.
As descrições das profissões são feitas pelo método Dacum - Developing a Curriculum, internacionalmente reconhecido. Aplicado de acordo com a premissa de que "quem melhor descreve o trabalho é quem executa", um facilitador e um relator dirigem um painel de descrição e um painel de validação junto a um grupo de profissionais que exerce a ocupação objeto da descrição para compor o documento.
A CBO é uma ferramenta utilizada de forma enumerativa e descritiva. Na primeira maneira, é essencial para registros administrativos como a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Já na função descritiva, pode ser utilizada pelo Sine na recolocação de trabalhadores no mercado de trabalho, por exemplo.
Além disso, é fundamental para estudos de taxa de mortalidade das ocupações, para o planejamento das conversões e requalificações ocupacionais, na elaboração de currículos, no planejamento da educação profissional. Ainda é utilizada pelo MTE e por outros ministérios, como o da Saúde e da Previdência Social, para a elaboração de políticas públicas.
CBO - A Classificação Brasileira de Ocupações é o documento normalizador do reconhecimento, da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado brasileiro. O documento contém as ocupações organizadas e descritas por famílias. Cada família constitui um conjunto de ocupações similares correspondentes a um domínio de trabalho mais amplo que aquele da ocupação.
Relação de famílias incluídas ou atualizadas:
Família
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Código
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Técnicos em Turismo - tecnólogo - CONVALIDAÇÃO
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3548
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Analistas de Sistemas Computacionais - CONVALIDAÇÃO
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2124
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Gerentes de Tecnologia da Informação - CONVALIDAÇÃO
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1425
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Químicos - tecnólogos de processos químicos - CONVALIDAÇÃO
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2132
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Engenheiros de Minas - tecnólogos - CONVALIDAÇÃO
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2147
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Gerentes Administrativos, Financeiros e de Riscos - CONVALIDAÇÃO
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1421
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Engenheiros de Produção, Qualidade, Segurança e afins - tecnólogos - CONVALIDAÇÃO
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2149
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Engenheiros Químicos - tecnólogos em produção sucroalcooleira - CONVALIDAÇÃO
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2145
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Engenheiros Metalurgistas e de Materiais - tecnólogos - CONVALIDAÇÃO
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2146
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Artistas Visuais e Desenhistas Industriais - tecnólogos - CONVALIDAÇÃO
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2624
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Produtores Artísticos e culturais - tecnólogos - CONVALIDAÇÃO
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2621
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Agentes comunitários de saúde - CONVALIDAÇÃO
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5151
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Terapeutas ocupacionais e afins - CONVALIDAÇÃO
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2239
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Médicos - CONVALIDAÇÃO
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2231
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Enfermeiros - CONVALIDAÇÃO
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2235
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Engenheiros Ambientais e afins - INCLUSÃO
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2140
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Engenheiros Civis e afins - CONVALIDAÇÃO
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2142
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Profissionais de Gestão e Segurança Privada e Pública - CONVALIDAÇÃO
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2526
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Engenheiros de Alimentos e afins - INCLUSÃO
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2222
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Chefe de Cozinha e Tecnólogo em Gastronomia - INCLUSÃO
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2711
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Professores de nível médio na educação infantil - CONVALIDAÇÃO
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3311
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Despachantes documentalistas - CONVALIDAÇÃO
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4231
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Agentes, assistentes e auxiliares administrativos (agente de microcrédito) - CONVALIDAÇÃO
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4110
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Profissionais polivalentes da confecção de roupas - CONVALIDAÇÃO
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7630
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Técnicos e auxiliares de enfermagem - CONVALIDAÇÃO
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3222
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Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE
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Rio Grande Sul ocupa terceira posição no ranking de geração de empregos no Brasil
Publicado em
15/05/2010
às
10:00
Estado criou em março mais de 28 mil postos de trabalho. Resultado é o melhor de toda a série histórica do Caged
No Rio Grande do Sul foram geradas 28.254 vagas no mercado de trabalho em março, registrando crescimento de 1,27% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O resultado é recorde de toda a série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o período. Os números foram anunciados nesta quinta-feira (15), pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
A expansão deve-se, principalmente, ao aumento da criação de empregos nos setores da Indústria de Transformação, com crescimento de 2,44%; de Comércio, com 1,15%; e Serviços, com expansão de 0,99%. Juntos, esses três setores tiveram um saldo de 30.301 empregos gerados, superando a queda registrada na agricultura, que perdeu 2.908 postos.
No primeiro trimestre de 2010, o Rio Grande do Sul expandiu em 3,05% a geração de empregos, com criação de 66.849 vagas, obtendo o melhor desempenho relativo e absoluto em toda a série histórica do Caged para o período. Nos últimos 12 meses, foram abertas 122.796 novas vagas, com crescimento de 5,74%. Esse resultado, foi o melhor da região Sul, em termos absolutos e relativos, e colocou o estado em quarto lugar no ranking nacional para esse período.
O desempenho do mês é 47,5% superior ao último recorde registrado no estado, em março de 2004, com a geração de 19.155 postos de trabalho. O resultado colocou o estado como o principal gerador de empregos na região Sul e em terceiro lugar no ranking brasileiro.
Fonte: Assessoria de Imprensa MTE.
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Ministério do Trabalho vai capacitar trabalhadores no Rio Grande do Sul
Publicado em
14/05/2010
às
11:00
Convênio levará qualificação profissional para atender ao setor da Construção Civil. Jovens também terão oportunidade de aprender profissões por meio do programa Projovem Trabalhador
Brasília, 06/05/2010 - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, cumpre nesta sexta-feira (07) agenda no Rio Grande do Sul, onde participará de aula inaugural dos programas de capacitação profissional Planseq Construção Civil e Projovem Trabalhador, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No Rio Grande do Sul, os convênios firmados para execução dos Planseqs deverão capacitar este ano mais de 19 mil trabalhadores em segmentos da Construção Civil, Economia Solidária, Naval e Microcrédito Produtivo Orientado.
Em Cangucu - um dos municípios beneficiados pelo Planseq - 260 trabalhadores de baixa renda terão oportunidade de receber qualificação profissional no segmento da construção civil, facilitando com isso a entrada no mercado de trabalho. As aulas estão previstas para iniciar no dia 10 de maio. Ao todo, o Planseq Construção Civil atenderá 615 trabalhadores, o que inclui as cidades de Arroio do Padre, Pinheiro Machado e Piratini.
Os Planos Setoriais de Qualificação (Planseq) foram instituídos em novembro de 2004 e são uma das ações do Plano Nacional de Qualificação (PNQ), do MTE, para qualificar mão-de-obra local. A finalidade do Planseq é formar profissionais, atendendo à necessidade de cada região e assim facilitar a entrada dos qualificados no mercado de trabalho.
Projovem - Nos municípios de Alegrete e São Gabriel, 1.840 jovens serão capacitados para inclusão no mercado de trabalho. O convênio com a prefeitura de Alegrete tem como meta formar 840 jovens de baixa renda, público-alvo do programa. Para esta demanda, foram direcionados R$ 1,35 milhão, sendo R$ 133 mil de contrapartida. Após o término do curso, 30% dos formandos deverão entrar no mercado de trabalho.
Já a parceria do Ministério do Trabalho com a cidade de São Gabriel vai proporcionar qualificação profissional para 1.000 jovens. Para implementação do programa, o MTE vai direcionar R$ 1,5 milhão por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), sendo que prefeitura, R$ 79,5 mil de contrapartida.
O ProJovem Trabalhador é direcionado para jovens com idade entre 18 a 29 anos, que estejam desempregados e provenientes de famílias com renda mensal per capta de até um salário minimo. Tem como finanlidade prepará-los para o mercado de trabalho e em ocupações alternativas geradoras de renda. Ele agrega as ações de qualificação do Juventude Cidadã e Consórcio Social da Juventude e, conforme a necessidade da região, podem ser ministrados oficinas profissionalizantes para atender segmentos como os de turismo, marketing, informártica e administração.
No Rio Grande do Sul, mais de 25 mil jovens serão capacitados pelo programa, a ser realizado em vários municipios ao longo do ano.
Emprego - Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que foram gerados no mês de março 28.254 empregos com carteira assinada no estado do Rio Grande do Sul, equivalente a expansão de 1,27% em relação ao estoque de assalariados do mês anterior.
A expansão se deu principalmente por conta do crescimento nos setores da Indústria de Transformação, com 16.792 postos; Serviços, com 7.816 e Comércio, com 5.693 vagas.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE.
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Projovem Trabalhador
Publicado em
13/05/2010
às
11:00
Nas modalidades Juventude Cidadã e Consórcio Social da Juventude o programa que faz parte do Programa de Qualificação de Jovens do Governo Federal (Projovem), e prepara o jovem para o mercado de trabalho e para ocupações alternativas geradoras de renda. Podem participar do programa os jovens desempregados com idades entre 18 e 29 anos, e que sejam membros de famílias com renda per capta de até meio salário mínimo.
Fonte: Assessoria de Imprensa da SRTE/AL
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Setor de Serviços é destaque na geração de empregos em 2009
Publicado em
28/03/2010
às
12:00
Dados do caged demonstram que sete dos oito setores da economia do país apresentaram crescimento no ano passado
O resultado final do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do ano de 2009, traz uma expansão quase que generalizada nos setores de atividade econômica do país. No ano, sete dos oito setores tiveram expansão. O setor de Serviços aparece em destaque, com mais de 500 mil novos postos gerados, seguido pelo Comércio com 297 mil, Construção Civil com 177 mil e Indústria de Transformação com 10 mil. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (20) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante coletiva em Brasília.
.No setor de Serviços, que lidera a lista, a alta é justificada pelos subsetores de Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (166mil); Serviços de Alojamento e Alimentação (162 mil) e Serviços Médicos e Odontológicos (78 mil), recorde em relação a toda a série do Caged. O único setor que apresentou queda no emprego formal foi a Agricultura (-15 mil) em razão da sazonalidade.
"O Brasil é o país que mais gerou empregos em 2009 entre os integrantes do G-20, o que nos dá certeza de termos acertado nas políticas públicas de combate à crise econômica mundial. Estados Unidos e Europa estão apresentando saldos negativos, e os países da América Latina estão nos procurando para aprender como fizemos para escapar da crise que afetou o mundo todo", afirmou o ministro Lupi.
O Caged é um banco de dados constituído por informações fornecidas pelos empregadores, a partir do número de carteiras de trabalho assinadas e das demissões registradas no documento, portanto os dados são numéricos e não apenas estatísticos.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE
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Sul do país cria 184 mil vagas de trabalho em 2009
Publicado em
21/03/2010
às
11:00
Estados da região apresentaram desempenho positivo durante o ano
A Região Sul do país gerou 184 mil novos postos de trabalho formais em 2009, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. O resultado coloca o sul na terceira colocação nacional, ficando atrás do Sudeste (476 mil) e Nordeste (227 mil).
O Paraná gerou novos 69.084 postos de trabalho; o Rio Grande do Sul outros 64.226; e Santa Catarina 51.014. A previsão do ministro para janeiro é que sejam criados cerca de 100 mil empregos formais em todo o Brasil. Para 2010, Lupi mantém a previsão de geração de 2 milhões de novos postos de trabalho.
"Apesar da crise, a Indústria da Transformação fechou o ano de 2009 com saldo positivo, e este setor será um grande gerador de empregos em 2010, ao lado de Serviços. Teremos o melhor ano da história em número de empregos gerados, uma prova do sucesso das políticas públicas econômicas e sociais. Aos críticos, peço que esqueçam ideologia política e partidária e olhem para os números: o Brasil está crescendo com economia forte e gerando cada vez mais empregos", atestou Lupi.
O Caged é um banco de dados constituído por informações fornecidas pelos empregadores, a partir do número de carteiras de trabalho assinadas e das demissões registradas no documento, portanto os dados são numéricos e não apenas estatísticos.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE.
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Sine preenche mais de um milhão de oportunidades de emprego oferecidas em 2009
Publicado em
21/03/2010
às
10:00
Sistema já conseguiu emprego para cerca de 6,6 milhões de pessoas desde 2003. Trabalhadores também têm acesso à qualificação profissional, facilitando a inclusão
Mais de um milhão de trabalhadores foram colocados no mercado de trabalho pelo Sistema Público de Emprego (Sine) em 2009, segundo levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram captadas 2,7 milhões de vagas neste período, e cerca de 6,2 milhões de trabalhadores se inscreveram para buscar emprego e foram encaminhados para o mercado de trabalho.
Tanto o número de vagas captadas quanto os postos ocupados por trabalhadores são superiores ao ano anterior. Em 2008, foram captadas 2,5 milhões de vagas e preenchidas 1,076 milhão.
O Sine atua no mercado de trabalho intermediando demandas de empresas e oferta de mão-de-obra. Ligado ao MTE, das 14 milhões de vagas captadas desde 2003, o sistema conseguiu emprego para cerca de 6,6 milhões de pessoas inscritas.l
Uma das vantagens do Sine é estar fortemente interligado com estados e municípios. Por ser um serviço presente em todo o território nacional, representa hoje a garantia de uma descentralização, melhor atendimento e agilidade para que o trabalhador consiga o seu emprego e sua qualificação profissional.
Qualificação - Para aumentar o indicador de vagas preenchidas, o MTE investe na qualificação profissional dos trabalhadores sem ocupação ou beneficiários de políticas públicas de trabalho, de renda e sociais, para que sejam incluídos no mercado de maneira competitiva. Neste sentido, 273.394 trabalhadores inscritos no Sine passaram por programas de qualificação profissional, superior aos 212.798 em 2008
Sine - Foi instituído pelo Decreto n.º 76.403/1975 e tem como coordenador e supervisor o MTE, através da Secretaria de Políticas de Emprego e Salário. Sua criação é fundamentada na Convenção n.º 88 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da organização do Serviço Público de Emprego, ratificada pelo Brasil.
A principal finalidade do Sine, na época de sua criação, era promover a intermediação de mão-de-obra, implantando serviços e agências de colocação em todo o país. Além disso, previa o desenvolvimento de uma série de ações relacionadas a essa finalidade principal: organizar um sistema de informações sobre o mercado de trabalho, identificar o trabalhador por meio da Carteira de Trabalho e Previdência Social e fornecer subsídios ao sistema educacional e de formação de mão-de-obra para a elaboração de suas programações.
O art. 5º do Decreto de criação do Sine conferiu ao MTE a competência para "definir as prioridades das áreas a serem gradativamente abrangidas pelo Sistema, estabelecer os programas necessários a sua implantação e as normas administrativas e técnicas para o seu funcionamento".
O Sine tem como público alvo trabalhadores em geral, desempregados ou em busca de nova ocupação; pessoas portadoras de deficiência; idosos; pessoas que buscam o primeiro emprego; empregadores da iniciativa privada ou governamental.
Fonte: Acessoria de Imprensa do MTE.
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Pessoas com deficiência-consolidada a legislação
Publicado em
04/02/2010
às
11:00
O Rio Grande do Sul consolidou a legislação que trata sobre as pessoas com deficiência. Acesse a nova Lei aqui.
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Agências da Previdência não funcionarão nesta segunda-feira em todo o país
Publicado em
23/10/2009
às
16:00
Comemoração do Dia do Servidor não atingirá atendimento na Central 135 e na internet
Nesta segunda-feira (26/10/2009), as Agências da Previdência Social (APS) de todo o país não funcionarão, devido ao ponto facultativo em comemoração ao Dia do Servidor Público, antecipado de quarta-feira. Mas o atendimento na Central 135 e na internet será normal, para agendamento de benefícios, informações e demais serviços.
As comemorações do Dia do Servidor Público este ano foram adiantadas do dia 28 para o dia 26 de outubro. Como a definição de feriados e pontos facultativos é definida pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão no ano anterior, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informa que nenhum segurado é prejudicado porque as datas são bloqueadas pelo sistema. A Portaria nº 525, do Planejamento, foi publicada no Diário Oficial da União de 7 de novembro de 2008.
Fonte: Ag Prev.
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Empresas usam palavras cruzadas e até jogo dos sete erros para selecionar de estagiários a gerentes
Publicado em
26/09/2009
às
14:00
Conhecidos há gerações, os passatempos ganharam recentemente status de ferramentas de seleção e treinamento. Em tempos de inovação acelerada, várias empresas recorrem a jogos como palavras cruzadas, Sudoku e desafios de lógica para avaliar possíveis candidatos. Parece inusitado, mas os testes proporcionam métricas confiáveis para se conhecer características como raciocínio matemático, rapidez de pensamento, conhecimento geral e até criatividade.
Ao enxergar o filão, a Ediouro, detentora da marca mais conhecida de passatempos, a Coquetel, criou um departamento de customização de jogos para empresas. Para o diretor editorial da companhia, Henrique Ramos, os testes permitem identificar candidatos mais habilidosos “que encontram novas abordagens e pensam rápido”. Os passatempos feitos sob medida podem custar de R$ 5 mil a R$ 15 mil, conforme a complexidade.
A empresa de recrutamento e seleção TeamWork Hunting, que tem entre seus clientes companhias como L’Oréal e Coca-Cola, usa com frequência os jogos da Ediouro. Uma simples palavra cruzada ajuda a separar, em uma triagem inicial, candidatos experientes de aventureiros. “No caso de uma vaga para vendas, por exemplo, podemos formatar um teste com assuntos específicos da área, como pdv (ponto de venda). Se a pessoa não souber o significado de termos como esse, já sabemos que se trata de alguém inexperiente”, afirma Leonardo Almeida, gerente de projetos da agência.
A TeamWork faz, junto com a equipe da Coquetel, a customização dos passatempos de acordo com o cargo e o perfil solicitados pelos clientes. No caso de um estágio, o processo pode envolver palavras cruzadas simples e perguntas ligadas às atividades da faculdade. Em uma avaliação para um cargo gerencial, a consultoria aplica, entre outros testes, o jogo dos sete erros on-line. “Com esse tipo de desafio, medimos o tempo de raciocínio e podemos saber se o candidato é mais detalhista ou se tem visão geral da situação. Para isso, analisamos os primeiros erros que ele encontrou”, afirma Almeida.
As questões usadas nos jogos são criadas de acordo com o nível de conhecimento que a contratante deseja do candidato. Uma aparentemente simples palavra cruzada digital vai medir, além do conhecimento específico, variáveis como a velocidade com a qual o aspirante à vaga responde às questões; e se ele acerta todas de primeira ou se volta para corrigir os itens. “Quem resolve o teste mais rápido e sem vacilar, com certeza reúne mais experiência e raciocínio rápido”, afirma o desenvolvedor da Ediouro, Márcio Marques do Carmo.
De acordo com o perfil profissional, o peso das variáveis e o tipo de jogo mudam. Para um vendedor, a rapidez de pensamento, conhecimentos gerais e a criatividade são mais valorizados. Desse modo, desafios de interpretação e palavras cruzadas funcionam melhor como ferramentas. Um candidato a um cargo de tecnologia, por outro lado, pode ser avaliado por passatempos como o Sudoku e o Kendoku, que exigem raciocínio rápido e pensamento lógico.
O QUE É: JOGOS PARA EMPRESAS
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O CONCEITO: Passatempos estilo Coquetel, como palavras cruzadas, criptogramas e Sudoku, são customizados de acordo com as necessidades da empresa. São formatados com base em informações fornecidas pelo cliente.
PRA QUE SERVEM: São usados para seleção e treinamento. Ajudam a avaliar o raciocínio lógico, conhecimentos da área, formação geral e criatividade. A consultoria TeamWork usa os jogos em processos que vão de simples triagem a análises específicas dos aspirantes, como saber se a pessoa tem uma visão detalhista ou genérica da função.
QUEM FAZ: O departamento de Projetos Especiais Coquetel, da Ediouro, monta passatempos sob medida, tanto impressos quanto digitais. O sistema on-line PCE (Passatempo Coquetel nas Empresas) permite ao cliente mudar o conteúdo dos desafios e controlar o processo.
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UM EXEMPLO DE PASSATEMPO
O desafio combina lógica, velocidade de raciocínio e capacidade analítica
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Durante alguns anos, cinco pessoas tiveram seus próprios negócios. Com base nas dicas fornecidas, determine o ano de abertura e de venda dos empreendimentos. Use o quadro abaixo para os cálculos:
1>>>Uma pessoa abriu uma empresa em 1981 e a vendeu em 1994. Tadeu teve um negócio próprio durante 15 anos.
2>>>Dagoberto abriu uma empresa antes da pessoa que encerrou seu negócio em 1995, porém depois do(a) dono(a) da mercearia.
3>>>Maria, que não foi a proprietária da perfumaria nem da mercearia, vendeu sua empresa dois anos antes do(a) dono(a) da livraria.
4>>>Manuela abriu um negócio um ano antes do(a) dono(a) da padaria, mas um ano depois daquele(a) que vendeu sua empresa em 1998.
5>>>Ada vendeu seu estabelecimento um ano depois do(a) proprietário(a) da academia de ginástica, mas dois anos antes daquele(a) que abriu a empresa em 1982.
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DICA 1: Preencha os quadros com S ou N, de sim e não. Comece pelas dicas diretas: na 3, por exemplo, marque N nas intersecções de Maria com perfumaria e mercearia.
DICA 2: No segundo quadro , coloque suas respostas.
Leia Mais
Fonte: PEGN/Por Sérgio Tauhata.
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No RS, setor de Serviços impulsiona geração de empregos
Publicado em
20/09/2009
às
14:00
Estado gaúcho criou mais de 10 mil novos postos de trabalho no mês de agosto/09
No Rio Grande do Sul foram gerados 10.983 novos postos de trabalho com carteira assinada no mês de agosto, o melhor resultado para o período no estado em toda a série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados foram divulgados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em Brasília.
Os setores responsáveis pela elevação em agosto foram Serviços (5.064), Comércio (2.963) e Construção Civil (1.874). Nos acumulado do ano, houve acréscimo de 16.246 empregos no estado gaúcho.
"Os empresários viram que a crise no Brasil não foi tão grande quanto pintaram, e agora estão recontratando trabalhadores para não perder espaço no mercado. As empresas que não demitiram agora estão em vantagem, e nós estamos desde o início do ano avisando que isso aconteceria", afirmou o ministro Lupi.
Em relação a geração de empregos nos municípios gaúchos com mais de 30 mil habitantes, Porto Alegre aparece em 1º lugar (3.877), Caxias do Sul em 2º (791), Novo Hamburgo em 3º (711), São Leopoldo em 4º (489), Pelotas em 5º (387), Erechim em 6º (365), Cachoeirinha em 7º (3518), Passo Fundo em 8º (341), Gravataí em 9º (340) e Canoas em 10º (319).
Brasil - A geração de 242.126 empregos com carteira assinada em agosto é recorde da série histórica para o período e melhor resultado do ano. Em 2009 já foram criados 680.034 novos empregos. Com a expansão de 0,75% - em relação a julho - sobre o estoque de trabalhadores formais, o Brasil alcança a segunda maior marca da história, com 32.673.336 empregados celetistas e estatutários; número apenas 15.733 menor que o registrado em outubro de 2008, 32.689.069.
Caged - É um banco de dados constituído por informações fornecidas pelos empregadores, a partir do número de carteiras de trabalho assinadas e das demissões registradas no documento, portanto os dados são numéricos e não apenas estatísticos.
Fonte: Assessoria de Imprensa MTE.
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Interior emprega mais que áreas metropolitanas em julho/2009
Publicado em
23/08/2009
às
11:00
Áreas rurais somam 58.815 postos de trabalho criados, frente a 44.319 nos aglomerados urbanos
A geração de empregos no Interior do Brasil continua forte, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Foram gerados 58.815 postos de trabalho, alta de 0,5% em relação ao mês anterior. Não muito atrás, com 44.319 empregos celetistas gerados, o conjunto de Regiões Metropolitanas também continua crescendo.
Interior - No interior do estado de São Paulo foram geradas novas 32.717 vagas, à frente de Pernambuco (5.424), Bahia (4.898) e Paraná (4.792).
Regiões Metropolitanas - Também destaca-se o estado de São Paulo, que apresentou o maior número de vagas metropolitanas: 20.094. em seguida vêm Rio de Janeiro (5.619), Fortaleza (5.102), Salvador (4.894).
No acumulado do ano as regiões metropolitanas apresentaram saldo de 95.408 (0,71%) empregos formais, enquanto que nos últimos doze meses foram 262.090 (1,98%). No interior foram 276.971 (2,37%) no acumulado do ano e negativa no último ano, -24.729 (0,21%).
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE.
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Profissão de guardador e lavador autônomo é regulamentada no RS
Publicado em
30/06/2009
às
14:00
Regional assina acordo com a Brigada Militar e representantes dos trabalhadores
O superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul (SRTE/RS), Heron de Oliveira, assinou em 30/06/2009, o Termo de Compromisso que regulamenta a atuação de guardadores de automóveis e lavadores autônomos em Porto Alegre. Em todo estado, há 747 guardadores.
A profissão de guardadores de automóveis e lavadores autônomos foi criada por lei em 1975. Para atuar no ramo, o trabalhador precisará se associar a uma cooperativa ou sindicato e apresentar documentação na Superintendência do Ministério do Trabalho. Entre as documentações exigidas estão certidões negativas das Polícias Federal e Civil e da Justiça.
O trabalhador receberá uniforme, crachá de identificação e deverá estar munido da Carteira de Trabalho, que deverá ser apresentada durante fiscalização da Brigada Militar. Eles não podem exigir um valor a ser pago, que ficará a critério do motorista, que receberá um recibo como comprovante.
Fonte: Assessoria de Imprensa SRTE/RS.
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Empresas não podem proibir namoro entre funcionários
Publicado em
11/06/2009
às
13:00
Faz parte do rol de normas de muitas empresas a proibição ao namoro entre empregados. Algumas empresas chegam a demitir empregados que começam a namorar. Mas, segundo o vice-presidente de Relações Trabalhistas e Sindicais da ABRH-Nacional, Carlos Pessoa, não há amparo legal algum a essa prática, que se caracterizaria por uma ingerência das empresas na vida das pessoas.
“Algumas empresas proíbem o namoro e até mesmo a permanência de parentes ou cônjuges no trabalho, mas isso é ilegal. O que as empresas podem fazer é proibir condutas inadequadas no ambiente de trabalho, tanto entre namorados como entre colegas”, explica.
Para Pessoa, é falsa a afirmação de que o namoro ou a relação afetiva entre empregados de uma mesma empresa pode afetar a produtividade dos empregados. Ele lembra uma pesquisa americana sobre o tema, que aponta exatamente o inverso.
“Há alguns anos, uma pesquisa feita nos Estados Unidos revelou que duas pessoas livres e desimpedidas, de uma mesma empresa, quando começavam um namoro, se tornavam ambas muito mais produtivas e estimuladas para o trabalho. É claro que em situações de crise da relação, quando os casais brigam ou se separam, o inverso pode acontecer. O que é importante perceber é que, em todas essas situações, estamos falando de seres humanos que têm o direito a construir relações afetivas”, assinala.
Para as empresas, as proibições ao namoro entre empregados aplicam-se de modo ainda mais intenso quando os empregados têm relação profissional direta, ou seja, são chefe e subordinado.
“Uma questão muito delicada é o assédio moral ou sexual. Mas isto se dá quando um chefe tenta forçar uma relação com um subordinado usando a seu favor a relação de subordinação. Não entendo que exista qualquer tipo de assédio quando o subordinado tem interesse na relação, o que torna o relacionamento um namoro como outro qualquer. As empresas precisam compreender, ainda, que os solteiros, nos dias de hoje, têm dificuldades em encontrar relacionamentos duradouros e a maior chance disso se concretizar é justamente no trabalho, onde passam a maior parte do dia”, diz Pessoa.
Segundo ele, há dois tipos de romances no trabalho que podem ter um efeito desagregador sobre as equipes: o primeiro é quando um ou uma chefe namora um ou uma subordinada. Neste caso, o chefe precisará se esforçar muito para mostrar que segue sendo imparcial, a despeito da relação.
“O segundo caso é mais complexo. Ele se dá quando a equipe percebe que um determinado empregado mantém uma relação com um ou uma chefe exclusivamente por interesse de carreira, o que se torna um fator de desagregação. Em todos esses casos acredito que a intervenção direta da empresa, por meio de uma proibição formal, apenas joga a relação para a clandestinidade, o que a torna ainda mais perigosa. A melhor opção é não proibir e promover debates e workshops para tratar do tema, evidenciando seus aspectos positivos e negativos. A conversa, o debate e a transparência são sempre a melhor política”, explica.
O namoro no trabalho é muito mais comum do que se costuma imaginar. Uma pesquisa promovida pelo site Lawyers.com em 2006, nos Estados Unidos, revelou que 41% dos empregados entre 25 e 40 anos admitiam estar envolvidos em romances no escritório. No Brasil não há dados oficiais a respeito, mas estima-se que o número possa ser ainda maior nessa faixa etária.
Fonte: UOL - Canal Executivo
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Selo Parceiro da Aprendizagem
Publicado em
14/01/2009
às
12:00
O Ministério do Trabalho e Emprego criou o SELO PARCEIROS DA APRENDIZAGEM, que trata de um selo de Responsabilidade Social que poderá ser concedido às entidades sociais, empresas, entidades governamentais e outras instituições que atuarem, em parceria com o Ministério do Trabalho, no desenvolvimento de ações que envolvam a formação, qualificação, preparação e inserção de adolescentes, jovens e pessoas com deficiência no mundo do trabalho.
Abaixo o texto completo da Portaria que regulamenta a matéria.
PORTARIA 990 MTE, DE 27-11-2008
(DO-U DE 1-12-2008)
O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso das atribuições que lhe confere o parágrafo único, inciso II, do artigo 87, da Constituição e tendo em vista o disposto na alínea “a” do inciso XXI do artigo 27 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, na Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000, no Decreto nº 5.598, de 1º de dezembro de 2005 e na Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, Resolve:
Art. 1º – Criar o Selo de Responsabilidade Social denominado “Parceiros da Aprendizagem”, que poderá ser concedido às entidades sociais, empresas, entidades governamentais e outras instituições que atuarem em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no desenvolvimento de ações que envolvam a formação, qualificação, preparação e inserção de adolescentes, jovens e pessoas com deficiência no mundo do trabalho.
Art. 2º – No Selo será registrado o ano em que foi estabelecida a parceria com o MTE.
Art. 3º – Serão consideradas relevantes as ações que resultem em:
I – contratação para cumprimento da cota de aprendizes de pessoas com deficiência, adolescentes e jovens pertencentes a grupos mais vulneráveis do ponto de vista da inclusão no mercado de trabalho, preferencialmente os beneficiários ou egressos de ações de qualificação profissional ou de programas sociais custeados pelo poder público;
II – superação de meta prevista em acordos de cooperação técnica ou instrumentos congêneres celebrados com o MTE, conforme legislação pertinente à Aprendizagem;
III – desenvolvimento ou apoio ao desenvolvimento de ações de capacitação de entidades sociais para atuação na qualificação de adolescentes, jovens e pessoas com deficiência;
IV – desenvolvimento ou apoio ao desenvolvimento de ações de capacitação e formação de formadores em metodologias aprovadas pelo MTE aplicáveis à qualificação de adolescentes, jovens e pessoas com deficiência;
V – desenvolvimento de ações destinadas à qualificação e reinserção social de adolescentes, jovens e pessoas com deficiência egressos de medidas socioeducativas; e
VI – desenvolvimento ou ações de estudo ou incentivo à disseminação de tecnologias sociais com foco no empreendedorismo juvenil.
Art. 4º – O MTE, por intermédio da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE) e do Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego para a Juventude (DPJ), desenvolverá procedimentos para a concessão e o monitoramento do Selo.
Art. 5º – O Selo será encaminhado por meio eletrônico, acompanhado de ofício e certificado a serem assinados pela autoridade competente do MTE, e será concedido:
I – nas parcerias com instituições qualificadoras, após a comprovação das metas;
II – nas parcerias para a contratação de adolescentes, jovens e pessoas com deficiência, após a comprovação da criação de vínculo empregatício do aprendiz com a instituição por meio de consulta ao Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED); e
III – nas demais ações, no momento da celebração da parceria com o MTE, via Acordo de Cooperação Técnica ou instrumento congênere que venha a contribuir para a execução da política de trabalho, emprego e geração de renda, estabelecida pelo Ministério para os adolescentes, jovens e pessoas com deficiência.
Art. 6º – A instituição que não atender ao disposto nesta Portaria perderá o direito ao uso do Selo e deverá retirá-lo de qualquer material de divulgação no prazo máximo de seis meses a partir da data do Aviso de Recebimento (AR), comunicando o cancelamento da parceria pelo MTE.
Art. 7º – Caberá ao MTE avaliar a possibilidade de rever a concessão do Selo nos casos em que tenha conhecimento de fatos que contrariem a proposta de certificação por Responsabilidade Social.
Art. 8º – Esta Portaria entra em vigor a partir da publicação dos procedimentos para a concessão do Selo. (Carlos Lupi)
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Como gerar comprometimento do colaborador
Publicado em
25/11/2008
às
17:00
Equipe comprometida é igual a empresa vencedora, correto? Sim. Especialistas garantem que quanto maior for o comprometimento da equipe melhor será o resultado do trabalho executado por todos. Contudo, nem sempre é fácil fazer com que esta qualidade esteja presente no grupo, por falta de uma gestão adequada ou por despreparo do colaborador.
Para entender melhor a questão, é necessário destacar que um colaborador pode estar comprometido com a empresa, mas não com o trabalho. “Comprometer-se com a empresa significa fazer o necessário para a manutenção do seu emprego, cumprindo as normas básicas e executando suas tarefas e obrigações essenciais. Comprometer-se com o trabalho diz respeito ao sentido que o colaborador tem daquilo que faz. Envolve gostar do trabalho, esforçar-se, superar expectativas e a responsabilidade por fazer sempre o melhor. Estes são indícios de comprometimento com o trabalho”, explica o psicólogo e consultor em gestão de pessoas Thiago Gomes.
Nos casos em que o não-comprometimento é detectado, algumas atitudes devem ser tomadas por parte do gestor. Gomes acredita que é do chefe mais próximo do colaborador a responsabilidade de investigar as causas do descontentamento. “E isso deve ser feito de forma transparente, por meio do diálogo. Todos merecem este espaço para a fala, que é fundamental para o crescimento do ser humano, e extrapola os limites da organização em que trabalha atualmente. É necessário entender os motivos pelos quais o colaborador está apresentando um desempenho abaixo do esperado”, sinaliza o especialista.
Como alternativas, Gomes sugere enriquecer o cargo ou a função do colaborador, aumentando a autonomia, as responsabilidades e gerando novos desafios. Ajustar o salário e/ou benefícios no caso de incompatibilidades é, em alguns casos, a solução para a falta de comprometimento. Valorizar o trabalho das pessoas também é uma ação que pode gerar bons frutos. “Mas, às vezes, fornecer um feedback sobre o desempenho de uma pessoa já é suficiente para despertar a motivação e o comprometimento, pois muitos se sentem literalmente abandonados em seus postos de trabalho”, detecta.
Fonte: Assessoria de Comunicação Sistema Fecomércio-RS:
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Novas regras para certificação de entidades beneficentes
Publicado em
18/11/2008
às
10:00
Normas são mais rígidas e três ministérios farão a análise dos certificados
O governo federal decidiu encaminhar ao Congresso Nacional a Medida Provisória 446/2008 que estabelece novas regras para certificação das entidades beneficentes de assistência social. A MP regula os procedimentos de isenção de contribuições para a seguridade social e resolve o passivo de pedidos de renovação/concessão existentes. A medida evita a interrupção dos serviços prestados por entidades assistenciais – o que poderia ocorrer a partir de 31 de dezembro.
A MP tem basicamente o mesmo teor do projeto de lei nº 3.021/08 e estabelece um novo e mais rigoroso marco legal para a concessão e renovação dos Certificados de Entidade Beneficente de Assistências Social (Cebas). Segundo o ministro da Previdência Social, José Pimentel, a solução encontrada pelo governo é mais rigorosa e coerente do que as regras atuais, pois cada ministério analisará os pedidos de forma apropriada e com o conhecimento afeto à sua área.
A urgência e relevância da MP ocorrem em função da Súmula Vinculante nº 8, do Supremo Tribunal Federal (STF). Publicada no DOU em junho deste ano, a súmula reduz de dez para cinco anos o prazo de decadência para cobrança das contribuições da Seguridade Social, inclusive as previdenciárias. Para possibilitar que a Receita Federal do Brasil – responsável pela arrecadação previdenciária – pudesse cobrar as dívidas das entidades filantrópicas que perdessem o Cebas, 1.274 recursos interpostos junto ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, deveriam ser analisados até o final deste ano.
No Ministério da Previdência Social, outros mil processos de recursos aguardam julgamento, sendo que 380 também deveriam ser analisados pelo ministro José Pimentel até o final do ano para possibilitar a cobrança pela Receita Federal, caso o certificado fosse indeferido. Atualmente, quase nove mil processos de concessão e renovação estão pendentes para análise no CNAS.
Com a edição da MP, são considerados como concedidos os pedidos de renovação de certificados ainda não apreciados pelo CNAS. Os pedidos de renovação de Cebas indeferidos pelo CNAS, mas cujos recursos ainda não foram apreciados pelo conselho, também estão automaticamente deferidos. O mesmo ocorre com os pedidos de Cebas deferidos pelo CNAS, mas que haja recurso contra sua concessão. O entendimento do governo é de que o julgamento destes processos em tão curto espaço de tempo poderia comprometer a análise, com impacto na prestação de serviço à população.
Critérios - A Medida Provisória muda radicalmente os critérios para a certificação das entidades beneficentes. A partir de agora, os ministérios da Educação (MEC), Saúde (MS) e Desenvolvimento Social (MDS) passam a analisar e julgar os processos de concessão, renovação e recursos de suas áreas de atuação. Até então, o CNAS analisava os processos de concessão e renovação e o ministro da Previdência julgava os recursos. Com a mudança, o Conselho ficará somente com a incumbência de elaborar políticas para a área de assistência social.
A repartição da competência para a certificação irá garantir maior celeridade à análise dos processos. O MEC, por exemplo, fica com a responsabilidade de analisar os pedidos de concessão, renovação e recurso da certificação das universidades, o MS dos hospitais e o MDS das entidades de assistência social.
A medida possibilita mais eficácia no julgamento dos pedidos, pois cada órgão dispõe de conhecimentos técnicos e informações específicas que permitem melhor embasamento dos processos. Para se ter um certificado na área de saúde, por exemplo, é necessário fazer 60% do atendimento por meio de convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). Como estão no Ministério da Saúde as informações sobre a quantidade e a qualidade do atendimento, torna-se mais viável o exame do pedido de certificação e de eventuais recursos pelo próprio ministério.
Cada ministério irá definir também o prazo de validade da certificação, que poderá variar entre um a três anos. Hoje, o Cebas tem validade de três anos. A fiscalização para cumprimento dos critérios de concessão da certificação, que atualmente só é realizada três anos após a entidade receber a isenção, poderá ser feita periodicamente. As entidades certificadas estão isentas do pagamento da cota patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSL), Programa de Integração Social (PIS) e também da Contribuição Financeira Social (Cofins).
Acesse o texto completo da MP 446/2008, aqui.
Fonte: AgPrev
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Veja os 10 erros fatais em uma entrevista de emprego
Publicado em
13/11/2008
às
15:00
Consultores dizem o que pega mal na conversa com o entrevistador
Você já parou para pensar que o seu sucesso numa entrevista de emprego pode depender de alguns detalhes? Uns pequenos, outros nem tanto assim. Às vezes, os erros cometidos pelos candidatos a uma vaga de trabalho são inacreditáveis. Uma roupa mal escolhida, uma frase dita fora de hora... Para ajudar você a ser melhor sucedido nas próximas seleções, o Universia consultou diversos especialistas em recrutamento e seleção que falaram, afinal, o que põe tudo a perder quando você está frente a frente com o entrevistador. Confira os dez erros fatais na entrevista de emprego!
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Chegar atrasado
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"Chegar atrasado numa entrevista, além de desorganização, demonstra que o candidato não está dando o devido valor à entrevista. A displicência com o horário mostra que você não priorizou tal compromisso em sua agenda. Além disso, fazer uma pessoa esperar é falta de respeito. Tempo é um recurso escasso, logo, deve ser bem aproveitado. Caso você, por algum motivo, atrase na entrevista, informe imediatamente o entrevistador. Verifique se é possível passar um candidato na sua frente, ou, se necessário, remarque a entrevista. Se você chegou no horário, mas tem compromisso para mais tarde o ideal é avisar o entrevistador de antemão. Não faça a entrevista na correria para não se sentir pressionado. Isso pode prejudicar seu desempenho."
Wander Mendes, professor e consultor na área de Gestão de Pessoas e Planejamento Estratégico da FGV-PR (Fundação Getúlio Vargas do Paraná).
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Usar roupas informais demais
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"Hoje em dia, os jovens são muito despojados. Na faculdade, não há nada de mal nisso. Agora, para a entrevista de emprego, não custa melhorar um pouco o visual. Isso não quer dizer que todo candidato a estágio ou jovem recém-formado deva vestir terno e gravata ou, no caso das meninas, tailer e scarpin. É preciso saber escolher a roupa e adequar o vestuário a cada tipo de empresa. Uma agência de publicidade, por exemplo, permite um visual mais informal. Agora, se a entrevista é para uma instituição financeira, é óbvio que o candidato terá de seguir a regra básica: esporte fino. Lembre-se: o que deve prender a atenção do entrevistador é o seu conteúdo e não a 'embalagem', portanto, jamais vá para a entrevista de chinelo, regata, roupa decotada, barriga aparecendo, saia curta ou short."
Marisa Silva, consultora de Recursos Humanos da Career Center
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Não saber nada sobre a empresa ou o setor
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"É muito comum que os candidatos partam para a entrevista de emprego sem saber sobre a empresa em questão ou sobre o setor em que ela está inserida, quando na verdade, ele deveria estar munido do maior número de informações possível. Se a empresa de recrutamento não divulgar qual é a companhia que está em busca de candidatos, ela deverá, ao menos, informar sobre o setor. Tem mais chance de sucesso o candidato que sabe se posicionar na entrevista porque domina o assunto trabalho, em detrimento daquele que não se deu ao trabalho de pesquisar mais sobre a empresa em questão. Sempre repito isso para meus alunos: informação nunca é demais."
Jaqueline Mascarenhas, consultora de carreira do Ibmec Minas Gerais
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Expressar-se mal, com gírias e frases sem sentido
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"O discurso mais adequado para uma entrevista é aquele em que o candidato consegue ser objetivo, responder as perguntas do entrevistador, expor seu ponto de vista quando é convidado a fazer isso e perguntar, com tato, detalhes sobre a vaga. No meio do caminho, porém, é muito comum que os candidatos façam uso de gírias e regionalismos na hora de tirar suas dúvidas. O linguajar é um detalhe importante, dependendo das expressões utilizadas, o discurso demonstra certa imaturidade do candidato. O ideal é responder as perguntas com calma, ter tempo para pensar e expor suas idéias com tranqüilidade. Este, aliás, é outro problema grave de muitos discursos. Tem candidato que fica tão nervoso na hora da entrevista que dispara a falar e quando percebe já mudou de assunto e não respondeu a pergunta do entrevistador. Isso é muito ruim, já que o ritmo da entrevista é um fator importante."
Marco Túlio Rodrigues Costa, professor de Aspectos Comportamentais Éticos de Gestão de Pessoas da FGV-BH (Fundação Getúlio Vargas de Belo Horizonte)
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Mentir sobre suas qualificações
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"Mentir na entrevista é o mesmo que dar corda para se enforcar. Inventar cursos, referências e pequenos sucessos colocam o candidato numa situação vulnerável porque, caso seja contratado, terá de sustentar essa inverdade por muito tempo. E como diz o ditado: mentira tem perna curta, hora ou outra seu deslize será descoberto. Aí o prejuízo será bem maior. Uma vez que seu superior descobrir que você não tem as habilidades destacadas na entrevista, perceberá que seu perfil não atende às necessidades da empresa, e mais, que errou ao apostar em sua seleção. Ao ser contratado, o indivíduo precisa ter claro que convenceu o recrutador de possuir determinadas competências. Ao mentir, não só estará provando que não as tem como atestará sua falta de caráter ao faltar com a verdade. Isso deixará o recrutador descontente duas vezes e poderá resultar em demissão comprometendo, inclusive, futuras recomendações."
Gustavo G. Boog, diretor da Boog Consultoria
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Falar mal do emprego ou do chefe anterior
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"Mesmo que esteja com raiva da empresa ou do chefe antigo, jamais fale mal deles na entrevista de emprego. Essa atitude é vista com maus olhos por 99,9% dos recrutadores. Na entrevista de emprego, o recrutador não está interessado em ficar por dentro de 'pendengas' cujas pessoas e razões ele simplesmente desconhece. Seu objetivo é investigar de que maneira seu perfil profissional e suas qualificações poderão ser úteis para a empresa. Caso você vá logo partindo para o discurso de que estava infeliz no emprego anterior porque seu chefe o perseguia, além de desviar o foco da entrevista, estará levantando questões que podem levar o recrutador a repensar sua contratação. Afinal, numa situação de conflito, é preciso avaliar a parcela de culpa de ambas as partes. Além disso, falar mal da empresa ou do antigo chefe revela uma postura antiética de sua parte, pois se tratam de segredos e detalhes de um negócio do qual você não faz mais parte. Mas, atenção: isso não quer dizer que você deva mentir, e sim, contornar a situação. Uma boa saída é dizer que saiu da empresa por estar em busca de novos desafios profissionais."
Maria Bernadete Pupo, gerente de Recursos Humanos da Unifeo e professora da FAC FITO
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Disputar espaço com o entrevistador
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"Para disfarçar o nervosismo, tem muita gente que acaba partindo para o ataque e disputando espaço com o recrutador durante a entrevista. Para driblar a insegurança, ele acaba querendo fazer pose de sabido a fim de triunfar sobre o recrutador. Isso tudo, porém, é muito mais que previsível para quem trabalha com Recursos Humanos. Aí, das duas uma: ou você perde a vaga porque o recrutador percebe sua insegurança por meio de uma postura imatura de quem está na defensiva, ou acaba sendo eliminado pela prepotência e o excesso de arrogância que esse comportamento demonstra. Por isso, não entre numa disputa direta com o recrutador. Espere, escute e, aí sim, faça suas considerações, sempre com humildade."
Mariá Giuliese, diretora-executiva da Lens Minarelli e especialista em análise e aconselhamento de carreira
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Vangloriar-se de suas conquistas pessoais
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"Na hora de 'vender seu peixe' ponha o ego de lado e não em primeiro lugar. O discurso não pode estar recheado de "eu fiz"; "eu consegui"; "eu conquistei"; e "eu realizei". Quando você coloca todas as conquistas em primeira pessoa pode soar presunçoso para o entrevistador. Até porque, na maior parte das empresas, os projetos e as realizações não são fruto do trabalho individual, mas sim, de uma equipe. Na hora de destacar seus feitos, procure valorizar sua participação em um projeto de sucesso implementado por uma equipe, e a partir disso, destaque como foi sua atuação para que ele fosse bem-sucedido. Lembre-se: egocentrismo não é uma característica admirada pelos contratantes. Para não cair nessa, vale treinar na frente do espelho. Olho no olho, com segurança no discurso. Um pouco de bom humor também ajuda. Existe uma tese que diz: quando você sorri, se desarma internamente e se torna mais receptivo."
Irene Ferreira Azevedo, professora de Liderança da BBS (Brazilian Business School)
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Não perguntar nada durante a entrevista
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"Não é porque você está fazendo uma entrevista que sua participação na conversa deve se limitar a responder o que o entrevistador pergunta. Por timidez ou insegurança, muita gente sai com dúvida da entrevista e isso é ruim. Caso o recrutador não mencione, é sua obrigação perguntar detalhes sobre a rotina de trabalho e benefícios. Porém, isso não significa que você deve incorporar o perguntador chato. Caso a explicação sobre a vaga não tenha sido suficiente para esclarecer suas dúvidas, pergunte com bastante delicadeza novamente: 'Desculpe-me, não ficou muito claro para mim'. Agora, se mesmo assim restarem dúvidas, deixe para outra ocasião. Perguntar sobre o salário não é uma coisa ruim, desde que você não se preocupe só em saber quanto será a remuneração. Procure se informar sobre outros detalhes para não mostrar que está interessado só no dinheiro."
Cristiane Cortez, consultora de carreira do IBTA Carreiras
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Demonstrar desequilíbrio emocional
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"Não é segredo para ninguém que o nervosismo pode atrapalhar, e muito, nos momentos decisivos. Na entrevista de emprego não poderia ser diferente. O candidato pode até ter o perfil ideal para a vaga, mas se deixar a tensão dominá-lo no momento em que precisa deixar claro suas qualificações, sua chance pode ir por água abaixo. O desequilíbrio emocional demonstrado pela insegurança e o nervosismo pode dizer ao recrutador que você não está pronto para assumir uma grande responsabilidade. Por isso, evite cometer erros como: levar um acompanhante para esperá-lo após a entrevista, inflar seu discurso com comentários negativos ou colocar-se em uma posição de vítima frente adversidades. Se você tem um bom currículo e suas características correspondem ao perfil da vaga, não há motivo para se preocupar."
Priscila Lara, consultora de Recursos Humanos do Grupo Foco
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Fonte: www.universia.com.br
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NEXO PREVIDENCIÁRIO: INSS unifica relação da doença com trabalho
Publicado em
08/11/2008
às
15:00
IN torna mais transparente as notificações de incapacidades
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) unificou o reconhecimento dos nexos epidemiológico, de acidentes e de doenças do trabalho – Nexo Técnico Previdenciário (NTP) -, com a Instrução Normativa nº 31, que revoga a IN nº 16, de abril de 2007. A IN aperfeiçoa o reconhecimento pela Previdência Social de doenças relacionadas ao trabalho, confirmando a nova metodologia do nexo epidemiológico e do combate sistemático às subnotificações.
A nova IN discrimina melhor as espécies de nexos técnicos possíveis de serem aplicados pela perícia médica previdenciária, ampliando as opções em um mesmo dispositivo. Ela relaciona com mais detalhes o que está disposto no Anexo II Decreto 3.048/99. A IN anterior versava quase que exclusivamente sobre o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP).
Os nexos ajudam a reconhecer os direitos e a proteger a saúde dos trabalhadores. O reconhecimento dessas incapacidades relacionadas ao trabalho remete as empresas a observarem com mais consistência os programas de proteção à saúde dos trabalhadores e as normas legais pertinentes.
A IN publicada nesta quinta-feira explicita a fundamentação legal de cada espécie de nexo técnico. Ela também facilita o entendimento, tanto pelos trabalhadores como pelos empregadores, para os casos que necessitem de manifestação de discordância quanto à aplicação, ou não, dos nexos. A IN, portanto, torna mais transparente a caracterização das doenças ou acidentes relacionados ao trabalho.
Entre as mudanças mais importantes estão:
* Maior transparência ao determinar que conste da Comunicação de Decisão - correspondência enviada pelo INSS ao beneficiário - a informação sobre a espécie de nexo técnico aplicada ao seu benefício por incapacidade. Antes, só figuravam códigos de difícil entendimento para os trabalhadores.
* O trabalhador somente será chamado a se manifestar em relação à contestação do empregador - no caso de contestações ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) – se a perícia tender aos argumentos da empresa. Pois, caso contrário, os direitos decorrentes do nexo estarão assegurados, sem obrigar o segurado a produzir provas.
* Não haverá mais a possibilidade de se estabelecer ou retirar o nexo técnico em exames periciais de Pedido de Prorrogação (PP) ou de Pedido de Reconsideração (PR). A finalidade de tais perícias não é a manifestação sobre o nexo, mas tão-somente à conclusão sobre a duração e a existência de incapacidade laborativa.
O Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade (Sabi), do INSS, já foi adequado para que os médicos peritos informem em que situação o segurado se enquadra, com base na nova IN.
Empresas – Quando a decisão da perícia do INSS for formulada com base nos nexos técnicos profissional/trabalho ou por doença equiparada a acidente de trabalho/individual, e o empregador discordar da decisão, será possível interpor recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). Essa medida, no entanto, não terá efeito suspensivo.
Quando a decisão da perícia for com base no NTEP, à empresa cabe a contestação diretamente na Agência da Previdência Social (APS). No caso de indeferimento da contestação, aí sim o recurso deverá ser feito ao CRPS. Nessa situação, haverá efeito suspensivo da modalidade do benefício concedido.
Nexos – O Nexo Técnico Previdenciário foi discriminado em três categorias, na IN 31:
* Nexo técnico profissional ou do trabalho - Fundamentado nas associações entre patologias e exposições constantes das listas A e B do Anexo II do decreto 3.048/99, em que constam os fatores de exposição químicos, físicos e biológicos associados a cada doença.
* Nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual - Decorrente de acidentes de trabalho (típicos ou de trajeto), bem como de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele relacionado diretamente (§ 2º do art. 20 da lei 8.213/91).
* Nexo técnico epidemiológico previdenciário - Aplicável quando houver significância estatística da associação entre o código da Classificação Internacional de Doenças – CID - e o da Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE (doenças infecciosas e parasitárias relacionadas com o trabalho).
Fonte: AgPrev
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Brasil tem novas regras para receber os trabalhadores da América do Sul
Publicado em
26/10/2008
às
14:00
Cerca de 400 mil imigrantes existentes hoje no Brasil serão beneficiados. Resolução Normativa passa a valer por até dois anos.
O Diário Oficial da União de 17/10/2008, trouxe publicada a Resolução Normativa nº 80, resultado da última reunião do Conselho Nacional de Imigração, ocorrida em Brasília. O CNIg aprovou nova regulamentação para a entrada de trabalhadores sul-americanos no Brasil, dando tratamento facilitado para que eles se estabeleçam de maneira formal no país. A nova resolução revoga a de nº 64 e passa a valer por dois anos.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse durante o encontro dos conselheiros que a aprovação da RN demonstra que o Brasil se preocupa com os trabalhadores estrangeiros. "Quanto mais avançarmos em relação às questões dos trabalhadores, mostraremos ao mundo que realmente fazemos a diferença na relação com os outros países. Somos o maior país da América Latina, e por isso, temos a obrigação de promover a integração entre os povos", completa.
Para entrada de trabalhador com vínculo empregatício no Brasil, pela antiga Resolução Normativa 64, é exigido um contrato de trabalho, níveis de escolaridade e experiência profissional mínimos. A Resolução vai cobrar apenas um contrato de trabalho no Brasil e uma justificativa da empresa quanto à vinda do imigrante, extinguindo as demais exigências para os cidadãos sul americanos. Com relação aos outros países, permanecem as mesmas regras, já estabelecidas pela RN 64.
"A idéia é facilitar a obtenção de visto de trabalho para que essas pessoas não entrem de forma irregular no Brasil e não sejam exploradas e submetidas a trabalho escravo", destaca o presidente do Conselho Nacional de Imigração e também Coordenador-Geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paulo Sérgio de Almeida.
Almeida acrescenta que existe atualmente 400 mil imigrantes de países sul americanos - entre regulares e irregulares - no Brasil, e que apesar do fluxo ser grande, ainda não existia um mecanismo que regulamentasse essa a migração. "Estamos criando um instrumento para normatizar o fluxo migratório já existente no país, pois as pessoas regularizadas que vivem hoje no Brasil estão amparadas por acordos internacionais ou por conta de casamento com brasileiro, por exemplo, e não por conta de uma norma específica", explica o presidente do CNIg.
Ele acrescenta que essa resolução minimiza os problemas, mas não visa regularizar os imigrantes que já residem no Brasil, pois para isso o país precisaria elaborar uma medida legislativa, participar de outros acordos internacionais ou até mesmo regularizar uma nova lei migratória.
Ainda de acordo com Almeida, a facilitação da entrada desses trabalhadores não vai dificultar a inserção de brasileiros no mercado formal porque os estrangeiros acabam ingressando em seguimentos muito específicos no mercado. Além disso, comumente pequenos empresários estrangeiros vêm ao Brasil e contratam mão-de-obra brasileira, contribuindo para geração de empregos. "De qualquer forma, o MTE estará vigilante nesse aspecto e vamos tomar as providências necessárias para impedir que os nossos brasileiros percam oportunidades de emprego".
Com a aprovação da nova RN, pretende-se inserir no mercado formal brasileiro os imigrantes de países sul americanos que hoje chegam ao Brasil de forma irregular; eliminar a exploração desses imigrantes, especialmente os casos de trabalho escravo; contribuir para o processo de facilitação da circulação de trabalhadores no âmbito sul americano; e conseqüentemente contribuir para o desenvolvimento do país, com o auxílio dos imigrantes, que estão distribuídos em vários setores da economia.
Fonte: MTE
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Trabalhadores rurais - Avanços com a Constituição de 1988
Publicado em
12/10/2008
às
14:00
Os trabalhadores rurais foram, provavelmente, os que tiveram os maiores avanços em termos de cidadania a partir da Constituição de 1988. Com a nova Carta, saíram de um sistema assistencialista, o Funrural, com poucas opções de benefícios, para um programa de proteção social universalista, inclusivo, com base nos princípios de cidadania e tiveram seus direitos equiparados aos trabalhadores urbanos.
A partir da Constituição, com as leis 8.212 e 8.213, de 1991, todo o grupo familiar envolvido na produção rural (marido, mulher e filhos maiores de 16 anos) obteve acesso ao conjunto de benefícios da Previdência Social e não mais a uma parcela.
Os trabalhadores rurais, que antes tinham direito apenas à aposentadoria e pensão por morte, obtiveram benefícios pagos aos trabalhadores urbanos, entre eles o auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o salário maternidade. A única exceção é a aposentadoria por tempo de contribuição. Além disso, a aposentadoria, que era devida a partir dos 65 anos, agora pode ser requerida quando o trabalhador completa 60 anos (homem) ou 55 anos (mulher).
Outra modificação importante foi a equiparação do piso previdenciário garantido pela Constituição, no valor de um salário mínimo, que nivelou os valores dos benefícios mínimos rurais e urbanos. Anteriormente, o maior benefício na área rural era de meio salário mínimo. A pensão por morte era menor ainda, representava um terço do mínimo.
Contribuições – Para não sobrecarregar o produtor rural, a Constituição de 1988 definiu que a sua contribuição seria subsidiada, como ocorre em sistemas previdenciários de todo o mundo. Isto não significa ausência de contribuições. O segurado especial contribui com 2,1% sobre a comercialização da produção, ou seja, sobre toda venda que efetuar.
O ministro da Previdência Social, José Pimentel, explica que a opção do constituinte de 1988 teve o objetivo claro de garantir que a produção rural continuasse a crescer em níveis compatíveis com o do crescimento da população. “A Previdência Rural será sempre subsidiada por toda a sociedade brasileira. E isso foi feito porque na cidade nós podemos até não ter um carro ou uma bicicleta, mas se na nossa panela não houver arroz e feijão a gente não vai conseguir viver com dignidade. Exatamente por isso, é preciso que lá na roça estejam o homem e a mulher produzindo para dar dignidade à sua família e nos alimentar na cidade”, afirma Pimentel.
O secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, destaca que, a partir de 1992, quando as regras da Constituição de 1988 passaram a ser implementadas, houve uma expansão de cobertura entre as pessoas que trabalharam na economia familiar rural, com 60 anos de idade ou mais, de pelo menos oito pontos percentuais. “Dessa data até 1996, quando foi concluído o ciclo de implementação dessas regras para os rurais, a taxa de cobertura da previdência entre os idosos, com 60 anos ou mais, passou de 72% para 80%”, afirma o secretário.
Em agosto de 2008, dos 25,8 milhões de benefícios pagos pela Previdência Social, 7,8 milhões destinaram-se a trabalhadores rurais. Desse total, 5 milhões foram aposentadorias por idade e, 1,9 milhão, pensões por morte.
Dos R$ 21,9 bilhões para pagamento de benefícios, no mesmo mês, R$ 4,5 bilhões foram pagos aos rurais. As aposentadorias por idade somaram R$ 2,9 bilhões e as pensões por morte R$ 1,1 bilhão.
Fonte: AgPrev
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Constituição de 1988 trouxe direitos e garantias Previdenciárias
Publicado em
05/10/2008
às
10:00
A Constituição de 1988 foi responsável por consolidar a Previdência Social como um sistema de direitos da cidadania baseado na solidariedade e exigindo como contrapartida um esforço de cada um dos membros da sociedade em seu financiamento. Os principais impactos na legislação decorrentes de sua promulgação foram a universalidade da cobertura e a noção de eqüidade no financiamento do sistema e na distribuição dos benefícios.
Os constituintes deram atenção especial ao tema Previdência Social. Cerca de 10% de seu conteúdo estão relacionados às normas sobre previdência. E elas se concentram detalhadamente em 53 parágrafos de quatro artigos – os de números 40, 195, 201 e 202. Outros 18 artigos mencionam a previdência social. Além disso, na primeira revisão constitucional, dez anos depois, a Emenda Constitucional nº 20/1998 tratou exclusivamente da reforma previdenciária, o mesmo ocorrendo com as emendas constitucionais nº 41, de 2003, e nº 47, de 2005.
Universalidade - Um dos princípios básicos da Carta de 1988 é o de que a previdência solidária deve assegurar o sustento do trabalhador e de sua família quando ele não puder se manter, seja por doença, acidente, gravidez, prisão, morte ou velhice. Outra inovação foi a de tornar a Previdência Social um direito no âmbito da seguridade social junto com a saúde e a assistência.
A universalidade da cobertura permitiu trazer para o sistema milhões de trabalhadores rurais que antes tinham cobertura apenas do Funrural, um modelo assistencialista de previdência. O salto na previdência rural foi também qualitativo, pois, até a Constituição de 88, as aposentadorias eram restritas aos cabeças de família, em geral homens, e no valor de meio salário mínimo.
As mulheres tinham direito apenas se fossem arrimos de família, ou então às pensões concedidas por morte dos homens com valor limitado a um terço do mínimo. Atualmente, o modelo de previdência rural é universalista, inclusivo e baseado nos princípios de cidadania.
Reajustes – O pano de fundo da Assembléia Nacional Constituinte que elaborou a nova Carta refletia uma sociedade assolada pela hiperinflação. Naquela época, planejar a aposentadoria exigia uma visão de futuro quase premonitória. Foi esse cenário que garantiu a inclusão da manutenção do poder de compra pelo reajuste periódico das aposentadorias.
A regra do reajuste preservou o poder de compra das aposentadorias, num patamar superior até ao dos trabalhadores da ativa de diversos setores. Isto ocorreu porque o poder de compra dos trabalhadores caiu em termos reais ou estagnou, pois a situação de mercado de trabalho era desfavorável e não havia possibilidade de fazer negociações salariais coletivas que permitissem a reposição da inflação ou ganhos reais. Os trabalhadores na ativa só voltaram a ter ganhos salariais reais com a recuperação da economia, iniciada a partir de 2003.
Segundo o secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, a obrigatoriedade de reajuste periódico do valor dos benefícios para preservação do poder de compra diferencia o Brasil em relação ao restante dos países da América Latina. Segundo o secretário, desde a década de 90, com a estabilização macroeconômica, as aposentadorias deixaram de perder para a inflação.
“Há países que fazem um reajuste regular dos benefícios, mas não necessariamente repõem a inflação. Outros sequer fazem reajustes regulares, principalmente na América Latina. Nem todos os países do mundo possuem uma regra semelhante inscrita na sua legislação ou num dispositivo tão elevado da sua legislação, como é o caso brasileiro”, explica Schwarzer.
A atualização dos salários de contribuição pela inflação é outra garantia prevista na Constituição de 88, desta vez para garantir que o valor do benefício não esteja defasado em termos reais no momento da concessão. Se hoje é natural imaginar que essa correção ocorra mês a mês, no período de hiperinflação os segurados estavam entregues à velocidade de corrosão da inflação, tanto no cálculo da aposentadoria quanto na sua atualização
Até então, para calcular o valor do benefício eram usadas as últimas 36 contribuições, das quais apenas as 24 primeiras eram corrigidas monetariamente. Além da falta de atualização monetária em todas as contribuições, esta forma de cálculo podia trazer outro prejuízo para quem estava prestes a se aposentar, pois, em diversos setores, os salários tendem a cair nos últimos anos de vida laboral. Logo após a Constituição, o cálculo continuou a ser feito com base nas 36 últimas contribuições, mas todas passaram a ser atualizadas monetariamente. Atualmente o valor dos benefícios é calculado pela média dos 80% maiores salários de contribuição.
Piso previdenciário – O uso do salário mínimo como piso dos benefícios foi uma exceção dentro da Constituição, que proibiu qualquer outra indexação ao mínimo. O salário mínimo foi tratado na Constituição de 1988 como instrumento do mercado de trabalho, e não como instrumento previdenciário. Apenas excepcionalmente foi utilizado como referência do piso de benefícios, como garantia de benefício mínimo na previdência social.
Isonomia – A Constituição de 1988 trouxe novidades para uma série de direitos sociais e individuais, principalmente para as mulheres. A licença maternidade, por exemplo, foi aumentada de 84 para 120 dias. Desde 2007, até mesmo as desempregadas têm direito ao benefício. A isonomia de direitos entre os gêneros ampliou benefícios também para os homens, que passaram a ter direito à pensão por morte e ao auxilio reclusão. Antes, somente a mulher tinha direito a esse benefício em relação ao cônjuge.
Ainda seguindo o princípio da isonomia entre os trabalhadores, os direitos dos empregados domésticos foram ampliados, com a irredutibilidade do salário, garantia do 13º salário, repouso semanal remunerado, férias remuneradas, licença maternidade, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e aposentadoria.
Fonte: AgPrev
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Eleições - Empregados mesários têm direito a folga
Publicado em
28/09/2008
às
13:00
Os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem.
Base Legal: Lei 9.504, de 30/09/97 – artigo 98.
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Ranking do emprego formal no interior do país
Publicado em
07/09/2008
às
14:00
Campinas (SP) é o município que lidera o ranking do emprego formal no interior do Brasil, elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De janeiro a julho deste ano, a cidade paulista gerou 13.507 vagas com carteira assinada, uma alta de 4,45% em 2008. Cabe ressaltar que este resultado de Campinas foi o melhor da série do Caged desde 2003.
No acumulado do ano, foram responsáveis por este desempenho os setores de Serviços (5.928 postos ou 3,98%), Indústria de Transformação (3.057 postos ou 5,40%) e a Construção Civil (2008 postos ou 19,24%).
Em segundo e terceiro lugares no ranking do interior nos sete primeiros meses do ano, estão outros dois municípios paulistas: Franca, com 11,3 mil contratações, e São José dos Campos, com 9,58 mil. Cabe ressaltar a taxa de crescimento de Franca, que foi de 16,36% no período.
Fecham a lista dos "10 mais" as cidades de Petrolina (9.394), Sorocaba (9.284), Caxias do Sul (9.059), Joinville (9.015), Pontal (8.272), Ribeirão Preto (8.129) e Maringá (7.937).
O forte desempenho da Agricultura em Pontal, também em São Paulo, fez que o emprego no município crescesse mais de 130% de janeiro a julho. Isso se deve à safra da cana-de-açúcar, principal empregadora da cidade. (veja abaixo a tabela com os 50 municípios do interior)
CAGED - RANKING DA GERAÇÃO DO EMPREGO - INTERIOR - OS 50 MAIS
JANEIRO A JULHO DE 2008
POSIÇÃO NO
RANKING
|
MUNICÍPIO
|
UF
|
VARIAÇÃO
ABSOLUTA
|
VARIAÇÃO
RELATIVA (%)
|
1º
|
Campinas
|
SP
|
13.507
|
4,45
|
2º
|
Franca
|
SP
|
11.297
|
16,36
|
3º
|
São José dos Campos
|
SP
|
9.582
|
6,27
|
4º
|
Petrolina
|
PE
|
9.394
|
26,08
|
5º
|
Sorocaba
|
SP
|
9.284
|
6,83
|
6º
|
Caxias do Sul
|
RS
|
9.059
|
6,49
|
7º
|
Joinville
|
SC
|
9.015
|
6,27
|
8º
|
Pontal
|
SP
|
8.272
|
130,17
|
9º
|
Ribeirão Preto
|
SP
|
8.129
|
5,43
|
10º
|
Maringá
|
PR
|
7.937
|
7,97
|
11º
|
Uberlândia
|
MG
|
7.186
|
5,47
|
12º
|
Jundiaí
|
SP
|
7.181
|
5,71
|
13º
|
Sertãozinho
|
SP
|
7.120
|
17,98
|
14º
|
Londrina
|
PR
|
7.094
|
6,26
|
15º
|
Piracicaba
|
SP
|
6.736
|
6,78
|
16º
|
Campos dos Goytacazes
|
RJ
|
6.542
|
8,54
|
17º
|
Aparecida de Goiânia
|
GO
|
6.033
|
8,65
|
18º
|
Serra
|
ES
|
5.820
|
6,66
|
19º
|
Araraquara
|
SP
|
5.782
|
10,01
|
20º
|
Blumenau
|
SC
|
5.606
|
5,30
|
21º
|
São José
|
SC
|
4.930
|
8,30
|
22º
|
Pitangueiras
|
SP
|
4.829
|
97,42
|
23º
|
São José do Rio Preto
|
SP
|
4.793
|
5,03
|
24º
|
Santa Cruz do Sul
|
RS
|
4.552
|
15,90
|
25º
|
Bebedouro
|
SP
|
4.381
|
19,95
|
26º
|
Araras
|
SP
|
4.360
|
14,80
|
27º
|
Jaraguá do Sul
|
SC
|
4.351
|
7,49
|
28º
|
Juazeiro
|
BA
|
4.346
|
21,76
|
29º
|
Macaé
|
RJ
|
4.148
|
5,03
|
30º
|
Santos
|
SP
|
4.134
|
3,15
|
31º
|
Venâncio Aires
|
RS
|
4.052
|
37,57
|
32º
|
Vista Alegre do Alto
|
SP
|
4.018
|
462,37
|
33º
|
Vila Velha
|
ES
|
3.951
|
5,64
|
34º
|
Pirassununga
|
SP
|
3.771
|
24,62
|
35º
|
Taubaté
|
SP
|
3.771
|
5,60
|
36º
|
Bauru
|
SP
|
3.690
|
4,50
|
37º
|
Barra Bonita
|
SP
|
3.663
|
22,96
|
38º
|
Goianésia
|
GO
|
3.645
|
57,37
|
39º
|
Araçatuba
|
SP
|
3.626
|
10,82
|
40º
|
Jaú
|
SP
|
3.624
|
10,24
|
41º
|
Nova Serrana
|
MG
|
3.606
|
20,32
|
42º
|
Juiz de Fora
|
MG
|
3.568
|
3,55
|
43º
|
Três Pontas
|
MG
|
3.543
|
41,26
|
44º
|
Itapetinga
|
BA
|
3.532
|
30,13
|
45º
|
Patrocínio
|
MG
|
3.457
|
25,06
|
46º
|
Itú
|
SP
|
3.409
|
8,31
|
47º
|
Braúna
|
SP
|
3.370
|
170,37
|
48º
|
Rio das Pedras
|
SP
|
3.314
|
44,70
|
49º
|
Itajaí
|
PR
|
3.233
|
5,81
|
50º
|
Paraíso do Norte
|
PR
|
3.150
|
203,09
|
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE
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INSS só pode desistir de cobrar em ações até R$ 1 mil
Publicado em
05/09/2008
às
10:00
Novo critério permitirá cobrança mais rigorosa de créditos não tributários
O critério para cobrança de créditos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está mais rigoroso. A partir de agora, os procuradores federais só poderão deixar de propor ou desistir de ações de cobrança com valores até R$ 1 mil. Pela regra anterior, os procuradores poderiam desistir de cobrar créditos com valores até R$ 10 mil. Isto ocorria porque, com a unificação das receitas, o INSS passou a seguir os mesmos critérios de cobrança judicial estabelecidos para a Receita Federal do Brasil. Nessa nova fase, os créditos não-tributários do INSS passaram a seguir a estratégia de cobrança fixada pela Advocacia Geral da União.
A portaria 270, assinada pelo ministro da Previdência Social, José Pimentel, estabelece critérios mais rígidos e permite aos procuradores voltar a cobrar dívidas com valores entre R$ 1 mil e R$ 10 mil. Estes créditos representam cerca de 50% da carteira da Procuradoria Geral Federal, que não cobra mais dívidas relativas a contribuições sociais, salvo perante a Justiça do Trabalho.
Em sua maioria, estas cobranças se referem a benefícios pagos indevidamente e a ações regressivas, aquelas em que o acidente de trabalho que provoca o pagamento de benefícios acidentários ocorre por negligência da empresa. Segundo a Procuradoria Geral Federal, a cobrança desses créditos, ainda que de pequeno valor, deve ser feita para evitar que ilicitudes na concessão de benefícios fiquem sem punição. Há também o efeito pedagógico sobre as empresas que não cumprem as exigências legais de qualidade e segurança no local de trabalho.
Fonte: Ag Prev.
-
Lei de Cotas
Publicado em
26/07/2008
às
15:00
Órgão competente para fiscalizar o cumprimento da cota legal desde 1999, o MTE respondeu pela inclusão de quase 62 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho, nos últimos três anos
Antes, vítimas de discriminação e dependentes apenas da 'caridade' e boa vontade alheias. Desde 1991, no entanto, os 24 milhões de pessoas com deficiência do país contam com um importante instrumento de inserção no mercado de trabalho, a Lei de Cotas. Publicada em 24 de julho, a Lei 8.213/91 que dedica dois de seus 145 artigos para falar dos "beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência habilitadas" no mundo do trabalho, completa 17 anos.
Brasil - Segundo o IBGE, o Brasil conta com 24 milhões de pessoas com deficiência. Muito se avançou nos últimos anos na questão do acesso, mas boa parte das pessoas com deficiência ainda sentem dificuldades de circular nas ruas, não têm acesso às escolas regulares, a locais de lazer e cultura. Estes problemas se refletem na baixa escolaridade e na dificuldade de inserção social das pessoas com deficiência.
A política de inclusão adotada pelo Brasil, que consiste na reserva legal de cargos e empregos públicos e postos de trabalho vigora desde a publicação da Lei, em 1991. No entanto, somente depois de 1999 as determinações legais tiveram efetividade, quando, por decreto, foram fixados os parâmetros de cada tipo de deficiência e estabelecida competência ao Ministério do Trabalho em Emprego (MTE) para fiscalizar o cumprimento da reserva legal de postos de trabalho nas empresas privadas.
Além de promover a política de ação afirmativa fiscalizando o cumprimento da Lei de Cotas, o MTE ainda incentiva a contratação destes trabalhadores através da capacitação, diretamente nos cursos que oferece, pela própria empresa ou mediante contratos de aprendizagem. Nos cursos de qualificação promovidos pelo MTE pelo menos 5% das vagas são ocupadas por portadores de deficiência.
Parâmetros - De acordo com a Lei 8.213/91, a cota de admissão de pessoas com deficiência nas empresas com até 500 empregados é de 3%. Para aquelas com até mil empregados a porcentagem sobe para 4% e nas que possuem acima de mil trabalhadores a cota estipulada é de 5%. As empresas que não cumprirem as determinações legais estão sujeitas a multas que variam de R$ 1.254,89 a R$ 125.487,95. A penalidade está prevista no artigo 133 da citada Lei 8.213/91. O Decreto 3.258/99 de também definiu em 5% a reserva legal de cargos e empregos públicos.
As pessoas - Misséias Oliveira teve uma ruptura no ligamento do braço e perdeu parcialmente o movimento. Hoje trabalha no Callcenter de uma empresa em Brasília. No seu entendimento entrou no mercado de trabalho pelo reconhecimento de sua capacidade, no entanto, considera a Lei de Cotas importante para os demais deficientes. "A lei ajuda a acabar com o preconceito do empregador que acha que o deficiente é incapaz. Por isso ela é importante para conscientizá-las da nossa capacidade".
Antônio Aldemes, 23 anos, é cadeirante. Trabalha na mesma empresa que Misséias há um ano e cinco meses. Tem certeza que só está no mercado pela força da lei. "A Lei de Cotas é importantíssima para o deficiente. Sem ela tenho certeza que não estaria trabalhando aqui. As empresas não contratam os deficientes porque não querem gastar com a adaptação do ambiente de modo a atender o deficiente."
Bruno Alexandre, 24 anos, tem um problema que interfere no movimento da perna. Trabalha desde os 17 anos. Ele considera que está no mercado pela sua capacidade profissional, mas reconhece a importância da Lei de Cotas como principal ponto de apoio para o deficiente entrar no mercado de trabalho. "Acredito que meu desempenho ajudou na minha contratação, no entanto a cota legal faz com que pessoas como eu consigam arranjar emprego com mais facilidade".
A ação fiscal do MTE - Para o assessor do Departamento de Fiscalização do Trabalho, Rogério Lopes Costa Reis, a fiscalização do MTE além de fazer cumprir a cota legal também orienta e conscientiza os empregadores sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. "É através da exigência legal que informamos aos empregadores ou seus prepostos sobre as potencialidades e capacidade das pessoas com deficiência", explica.
De acordo com dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), em 2004, quatro estados obtiveram resultado zero em relação à inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Em 2006 apenas um estado não obteve resultado positivo. Em 2007 todos os estados alcançaram resultados positivos. E de 2005 até hoje 61,9 mil pessoas com deficiência foram incluídas no mercado de trabalho sob ação fiscal do MTE.
"Os números apresentados indicam que a fiscalização da Lei de Cotas está se tornando rotina nas 27 Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego e que apesar de recente, têm alcançado resultados extremamente positivos", afirma Rogério.
Iniciativas - A publicação da cartilha "Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho", disponível no site do MTE, objetivando o esclarecimento e antecipando às ações punitivas da fiscalização do trabalho foi mais uma importante colaboração do MTE para o entendimento amplo da política afirmativa de cotas.
Em março deste ano, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG) assinou um Termo de Acordo na procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região que permitirá ao Núcleo de Igualdade de Oportunidade e o Fórum Pró-Trabalho de pessoas com Deficiência implementarem a Rede de Inclusão, mecanismo voltado para a inserção de trabalhadores com deficiência no mercado de trabalho mineiro.
A rede, um sistema único de cadastramento de trabalhadores com deficiência no estado, compartilha banco de dados entre instituições parceiras e visa facilitar o cumprimento da Lei de Cotas pelos atores envolvidos.
O conceito - Para definir a pessoa com deficiência, além da limitação física intelectual ou sensorial, é considerada também o grau de assessibilidade do indivíduo na organização social.
Normas internacionais - No Brasil há duas normas internacionais devidamente ratificadas, o que confere às mesmas o status de leis nacionais. São elas a Convenção 159/83 da Organização Internacional do Trabalho(OIT) e a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminaação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, esta última também é conhecida como a Convenção de Guatemala. As duas normas tratam da garantia de emprego adequado e da possibilidade de integração ou reintegração das pessoas com deficiência na sociedade. Quem as ratifica, como foi o caso do Brasil, deve formular e aplicar política nacional para a readaptação profissional e de emprego para pessoas deficientes.
Nova norma - Em 2006 a OIT aprovou a Convenção Internacional de Direitos da Pessoa com Deficiência. Entre outras coisas a nova norma da OIT estabelece que as cerca de 650milhões de pessoas com deficiência, em todo o planeta, têm direito à saúde, educação inclusiva e ao transporte.
A expectativa é que o Brasil ratifique a Convenção Internacional de Direitos da Pessoa com Deficiência o quanto antes.
Alguns exemplos internacionais da inserção de possoa com deficiência no mundo do trabalho
|
País
|
instrumento
|
cota
|
Portugal
|
Lei 38/04
|
2% para iniciativa privada e 5% para a administração pública
|
França
|
O Código do Trabalho Francês art. L3231 reserva 6% de em empresas com mais e 20 empregados
|
Japão
|
A Lei da promoção do emprego para pessoas com deficiência, de l998, fixa o percentual de 1,8% para empresas com mais de 56 empregados. As empresas que não cumprem a cota contribuem com fundo para custear as empresas que cumprem a cota
|
Alemanha
|
A alemã estabelece para empresas com mais de 16 empregados cota de 6% e incentiva contribuição empresarial para fundo de formação profissional
|
Argentina
|
Lei 25.687/98
|
O percentual de inserção para empregadore públicos é de 4% e incentiva a empresas privadas também contratem pessoas com deficiência
|
Nicarágua
|
Lei 185
|
Estabelece que empresas contratem uma pessoa com deficiêcia a cada 50 trabalhadores contratados
|
EUA
|
Não existem cotas legais. As medidas afirmativas decorrem de decisões judiciais. A The Americans with Act (ADA), de l990, trata do assunto detalhando as características físicas e organizacionais que devem ser adotadas por todas as empresas para receber pessoas com deficiência
|
Fonte: MTE
-
Saiba o que pode levar tudo a perder com o chefe
Publicado em
02/07/2008
às
09:00
Veja os 10 erros mais freqüentes que devem ser evitados nessa relação
A relação com o chefe ou superiores merece atenção especial. Objetivos, metas e novos projetos devem ser tratados com prioridade. Algumas vezes, porém, a intimidade com o gestor dá liberdade para o funcionário exagerar no tratamento, nas maneiras de se expressar, brincadeiras e atitudes impulsivas. Muitas vezes essas coisas ultrapassam a barreira e o limite entre chefe e funcionário. Para não deixar dúvidas de como se comportar com o seu superior, o Universia ouviu dez profissionais que comentam os principais erros a serem evitados.
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Mentir
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"Quando o funcionário mente, o risco do chefe descobrir pode ser fatal. Atitudes como esta geram quebra de confiança. Além disso, a mentira é sinal de falta de profissionalismo. Falar que vai fazer alguma coisa e fazer o contrário ou mesmo dizer que vai a algum lugar e ir para outro, são mentiras que mancham a imagem tornando-a irrecuperável. A depender da gravidade da mentira isso pode até gerar demissão".
Augusto Costa, Diretor Geral da Manpower - Soluções em Recursos Humanos.
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Deixar de emitir opinião
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"Opiniões que agreguem valor ao que está sendo discutido são importantes para a construção de idéias bem-sucedidas. É preciso, porém, saber o momento certo de emitir uma opinião ou discordar do que o chefe fala. Ao mesmo tempo em que é importante expor seu ponto de vista, deve-se analisar o momento certo de argumentar. Em alguns casos, pode ser mais útil pedir um horário individual para emitir sua opinião ao chefe. Habilidade para falar e sensibilidade para acertar o momento são importantes".
Fernando Figueiredo, vice-presidente da Basf.
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Esquecer dos limites
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"O funcionário precisa saber que há limites no relacionamento com o chefe e que esse limite não deve ser ultrapassado com comentários excessivos ou brincadeiras de mau gosto. Alguns chefes dão abertura para uma relação mais próxima, mas saber até que ponto ir é fundamental para o funcionário. O chefe pode ser próximo, acessível e conversar com todos, mas ele ainda é o chefe. Entender a relação é uma questão de postura profissional no trabalho".
Fabíola Stetter, coordenadora de seleção da Luandre Consultoria em Recursos Humanos.
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Não cumprir prazos
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"Prometer algo e não cumprir é sinal de desorganização e desrespeito com os colegas e com o chefe. Tal comportamento também revela falta de comprometimento do funcionário com o trabalho. Se você marcou um compromisso, cumpra. Caso não seja possível entregar uma tarefa no prazo tente negociá-lo com antecedência e não deixe nada para a última hora".
Benedito Rodrigues Pontes, coordenador e professor do curso de pós-graduação em Recursos Humanos da FAAP (Faculdade Armando Álvares Penteado).
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Aceitar tudo sem questionar
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"Aceitar tudo o que é dito pelo chefe e não contestar é errado. Isso serve tanto para ações, erros de planejamento e de organização, quanto para atitudes comportamentais e de trabalho consideradas grosseiras. Muitas vezes, as ações podem gerar conseqüências negativas. 'Engolir todos os sapos' e não falar sobre algo que te ofendeu, por exemplo, é ruim para os dois lados. Quando o clima está tenso, é sinal de que daí para frente a conversa deixará de ser produtiva, portanto, aguarde o momento adequado para falar o que pensa. Isso mostra maturidade e contribui para o crescimento profissional tanto do chefe como do subordinado".
Luciene Villa Maia, professora de Psicologia da Uniube (Universidade de Uberaba) e consultora de Recursos Humanos.
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Ser pessimista
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"O funcionário que não enxerga as oportunidades de trabalho e o lado bom das coisas já começa um projeto sem motivação e, conseqüentemente, não terá razões para apresentar bom resultado. Quem é pessimista também tende a 'contaminar' os outros, além de colocar inúmeros empecilhos para o andamento dos projetos. Inevitavelmente, o pessimista cria um ciclo de fracasso em torno de si. Ele reclama de tudo. Logo, não receberá oportunidades do chefe que o indicará para trabalhos menos criativos. Assim, não restará alternativa a não ser continuar a reclamar do sucesso dos outros e de sua estagnação".
Danilo Castro, gerente da divisão de banking e financial service e mercado financeiro da Page Personnel, unidade de negócios da Michael Page.
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Faltar e não avisar
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"Faltar no trabalho sem avisar mancha sua imagem profissional, além de prejudicar os colegas. Caso haja trabalho a ser feito, certamente ele não ficará a esperar por você, recairá sobre um companheiro de trabalho que pode estar atribulado com as próprias tarefas. Isso significa que você deve ter responsabilidade e que vida pessoal não deve invadir a profissional. Portanto, avise seu chefe quando tiver algo para resolver no horário de expediente e evite transtornos".
Benedito Rodrigues Pontes, coordenador e professor do curso de pós-graduação em Recursos Humanos da FAAP (Faculdade Armando Álvares Penteado).
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Desrespeitar a hierarquia
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"Hoje, as empresas são fortemente hierarquizadas. Os funcionários devem atentar para essas posições e fazer do respeito por essas regras uma atividade diária. Passar por cima e não respeitar a hierarquia são faltas graves. Os cargos existem para serem respeitados. Sem esta postura, criam-se problemas na vida profissional e o funcionário desrespeitoso acaba mal visto, pois busca informações em outros setores e com outras pessoas que não seus superiores. Se existe hierarquia, respeite-a".
Celso Luiz Dutra, superintendente de atendimento da grande São Paulo do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola).
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Ser impulsivo
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"Antes de negar um pedido da chefia, o funcionário deve ponderar a tarefa para qual é designado. Por mais que esteja ocupado e com uma demanda grande de trabalho, é necessário analisar as possibilidades ou alternativas para a situação, além de saber como se expressar para não ter uma atitude impulsiva e negativa. Isso vale tanto para novos projetos e produtos quanto para atividades corriqueiras. É nessa hora que o funcionário deve mostrar que sabe negociar prazos e tarefas, no caso de resposta negativa é preciso ter embasamento na hora da explicação. Portanto, pare, pense e depois aja".
Carla Esteves, gerente de programas de estágios e trainee da Cia de Talentos.
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Querer subir rápido de cargo
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"O jovem normalmente quer aprender tudo de uma vez e isso leva tempo. Não adianta achar que vai captar tudo o que precisa aprender de uma hora para a outra. É um erro grave ser novo na empresa ou na função e achar que já pode pleitear uma vaga ao lado da chefia. Conquistar um cargo de liderança faz parte de um processo de aprendizagem que deve ser respeitado. A ansiedade deve ser administrada, isso é ter maturidade profissional".
Celso Luiz Dutra, superintendente de atendimento da grande São Paulo do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola).
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Fonte: www.universia.com.br
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Ranking das 100 cidades que mais geraram vagas com carteira assinada em abril de 2008
Publicado em
25/05/2008
às
15:00
No ranking dos 100 municípios que mais geraram empregos formais em abril de 2008, alguns dados já esperados, mas grandes surpresas. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), estatística do Ministério do Trabalho e Emprego, São Paulo foi a cidade que mais criou postos formais de trabalho: foram 29.764, contra 25.951 (uma alta de 14,6% entre os resultados de março e abril deste ano).
Rio de Janeiro (12.297), Belo Horizonte (6.365), Brasília (5.029) e Curitiba (4.193) mantiveram as suas posições no ranking. Salvador (3.499) subiu dois lugares e tomou de Porto Alegre (2.301) o 6º na lista dos '100 Mais'. Manaus também teve resultado expressivo, passando do 15º lugar em março, para o 12º em abril, com 2.498 nova vagas formais, deixando para traz Goiânia (2.453), Campinas (2.349) e São Bernardo do Campo (2.119) - municípios tradicionalmente geradores de emprego.
João Pessoa é o município que aparece em último lugar entre as dezoito capitais da lista dos '100 Mais', com a 83º posição (845 empregos gerados). O resultado é bastante expressivo, já que a capital paraibana sequer aparece no ranking de março de 2008.
Os resultados surpreendentes em abril ficaram a cargo de Rio das Pedras e Braúna, dois municípios do estado de São Paulo, que ficaram com a 7ª e 8ª posições do ranking. O primeiro, com 23.494 habitantes - de acordo com o Censo 2000 do IBGE -, empregou 2.525 pessoas com carteira assinada em abril de 2008. Este resultado se deve à força e efeitos sazonais da Indústria de Transformação, principalmente na fabricação do açúcar, responsável por 75% das vagas (1.913). No segundo, as 2.516 novas vagas se devem exclusivamente ao setor de Agricultura, especificamente o cultivo da cana-de-açúcar. O município possui menos de 5 mil habitantes (dados do IBGE) e boa parte dessas contratações é de mão-de-obra do Nordeste, que migra para São Paulo por conta das demissões da lavoura nordestina.
Brasil - Nos quatro primeiros meses de 2008, foram gerados 848.962 postos de trabalho com carteira assinada, equivalente ao crescimento de 2,93% no ano - desempenho recorde de toda a série histórica do Caged. Nos últimos 12 meses, verificou-se expansão de 6,29% no emprego formal (o mesmo que 1.764.735 novos postos), resultado que indica um maior dinamismo em relação aos dados registrados no mesmo período do ano anterior (+5,04% ou +1.360.799 empregos formais).
Somente em abril, foram gerados 294.522 postos celetistas, representando uma elevação de 1% em relação ao estoque de março. Esse resultado mensal foi o segundo maior já registrado na série histórica do Caged, muito próximo do recorde ocorrido em abril de 2007 (+301.991 postos ou +1,09%). Tal comportamento pode ser creditado à presença de fatores sazonais relacionados à cadeia produtiva da agroindústria, potencializado pelo dinamismo do setor de Serviços e da Construção Civil.
"Esse resultado só reforça a minha expectativa de que o ano de 2008 vai quebrar todos os recordes. Acredito em 1,8 milhão de novos postos e crescimento de 6%. A cadeia produtiva é muito forte e a força está na demanda interna. Não existe mais o negócio da China. Agora, o negócio é o Brasil", destacou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante a coletiva de anúncio dos dados do Caged nesta segunda-feira (19).
CAGED - Os 100 municípios que mais geraram empregos
Posição
|
Ranking Municípios
Abril de 2008
|
Saldo
|
Posição
|
Ranking Municípios
Março de 2008
|
Saldo
|
1º
|
São Paulo
|
29.764
|
1º
|
São Paulo
|
25.951
|
2º
|
Rio de Janeiro
|
12.297
|
2º
|
Rio de Janeiro
|
11.462
|
3º
|
Belo Horizonte
|
6.365
|
3º
|
Belo Horizonte
|
6.914
|
4º
|
Brasília
|
5.029
|
4º
|
Brasília
|
5.501
|
5º
|
Curitiba
|
4.193
|
5º
|
Curitiba
|
4.193
|
6º
|
Salvador
|
3.499
|
6º
|
Porto Alegre
|
3.401
|
7º
|
Rio das Pedras
|
2.525
|
7º
|
Goiânia
|
3.168
|
8º
|
Brauna
|
2.516
|
8º
|
Salvador
|
2.909
|
9º
|
Manaus
|
2.498
|
9º
|
Franca
|
2.695
|
10º
|
Goiânia
|
2.453
|
10º
|
Campinas
|
2.562
|
11º
|
Campinas
|
2.349
|
11º
|
S. Bernardo do Campo
|
2.357
|
12º
|
Porto Alegre
|
2.301
|
12º
|
Lauro de Freitas
|
2.195
|
13º
|
Uberlândia
|
2.266
|
13º
|
Santa Cruz do Sul
|
2.110
|
14º
|
Guarulhos
|
2.256
|
14º
|
Fortaleza
|
2.043
|
15º
|
Itapaci
|
2.232
|
15º
|
Manaus
|
1.960
|
16º
|
Anicuns
|
2.196
|
16º
|
São José dos Campos
|
1.951
|
17º
|
Contagem
|
2.151
|
17º
|
Paraíso do Norte
|
1.938
|
18º
|
S. Bernardo do Campo
|
2.119
|
18º
|
Venâncio Aires
|
1.865
|
19º
|
Pitangueiras
|
2.117
|
19º
|
Joinville
|
1.762
|
20º
|
Piracicaba
|
2.022
|
20º
|
Ipatinga
|
1.755
|
21º
|
Franca
|
1.996
|
21º
|
Duque de Caxias
|
1.722
|
22º
|
Penapolis
|
1.979
|
22º
|
Recife
|
1.688
|
23º
|
Ribeirão Preto
|
1.948
|
23º
|
Ribeirão Preto
|
1.634
|
24º
|
Jundiai
|
1.924
|
24º
|
Bandeirantes
|
1.611
|
25º
|
Jau
|
1.914
|
25º
|
Campo Grande
|
1.564
|
26º
|
Florestopolis
|
1.840
|
26º
|
Natal
|
1.549
|
27º
|
Araraquara
|
1.828
|
27º
|
Camacari
|
1.336
|
28º
|
Sertãozinho
|
1.766
|
28º
|
Piracicaba
|
1.273
|
29º
|
Barra Bonita
|
1.741
|
29º
|
Aracatuba
|
1.268
|
30º
|
Juiz de Fora
|
1.731
|
30º
|
Cristalina
|
1.234
|
31º
|
Cuiabá
|
1.705
|
31º
|
Maringa
|
1.208
|
32º
|
Aracatuba
|
1.688
|
32º
|
Sorocaba
|
1.145
|
33º
|
S. Jose dos Campos
|
1.655
|
33º
|
Vitória
|
1.088
|
34º
|
Sorocaba
|
1.641
|
34º
|
Uberlândia
|
1.085
|
35º
|
Pontal
|
1.612
|
35º
|
Aparecida de Goiânia
|
1.078
|
36º
|
Fortaleza
|
1.599
|
36º
|
Sertãozinho
|
1.073
|
37º
|
Sto Antônio do Aracangua
|
1.552
|
37º
|
São José
|
1.062
|
38º
|
Vitória
|
1.538
|
38º
|
Niterói
|
1.060
|
39º
|
Natal
|
1.446
|
39º
|
Arceburgo
|
1.049
|
40º
|
Pirassununga
|
1.436
|
40º
|
Vila Velha
|
1.039
|
41º
|
Barra do Bugres
|
1.415
|
41º
|
Araraquara
|
1.026
|
42º
|
Luis Antônio
|
1.391
|
42º
|
Pontal
|
1.016
|
43º
|
Monte Aprazivel
|
1.386
|
43º
|
Contagem
|
1.006
|
44º
|
Caxias do Sul
|
1.366
|
44º
|
Belém
|
1.003
|
45º
|
Belém
|
1.342
|
45º
|
Londrina
|
1.000
|
46º
|
Sta Cruz do Sul
|
1.339
|
46º
|
Diadema
|
934
|
47º
|
Valparaíso
|
1.329
|
47º
|
Poa
|
933
|
48º
|
Aracajú
|
1.322
|
48º
|
Ibaiti
|
922
|
49º
|
Joinville
|
1.298
|
49º
|
Tubarão
|
904
|
50º
|
Florida Paulista
|
1.268
|
50º
|
Itu
|
899
|
51º
|
Campo Grande
|
1.243
|
51º
|
Parapua
|
898
|
52º
|
Londrina
|
1.218
|
52º
|
Itamaraju
|
860
|
53º
|
Maringá
|
1.190
|
53º
|
São Caetano do Sul
|
857
|
54º
|
Rafard
|
1.150
|
54º
|
Jaragua do Sul
|
848
|
55º
|
Mirandopolis
|
1.143
|
55º
|
Uberaba
|
816
|
56º
|
Guariba
|
1.131
|
56º
|
Barra Bonita
|
806
|
57º
|
Sto Andre
|
1.094
|
57º
|
Jacarezinho
|
802
|
58º
|
S. Jose dos Pinhais
|
1.089
|
58º
|
Passos
|
798
|
59º
|
Duque de Caxias
|
1.076
|
59º
|
Betim
|
793
|
60º
|
São Luis
|
1.070
|
60º
|
General Salgado
|
784
|
61º
|
Barueri
|
1.032
|
61º
|
Guarulhos
|
784
|
62º
|
Itapuranga
|
1.019
|
62º
|
Osasco
|
757
|
63º
|
Bariri
|
1.015
|
63º
|
Nova Olimpia
|
754
|
64º
|
Jandaia do Sul
|
978
|
64º
|
Caxias do Sul
|
739
|
65º
|
Vista Alegre do Alto
|
975
|
65º
|
Juiz de Fora
|
738
|
66º
|
Lambari D'oeste
|
971
|
66º
|
Sao Gotardo
|
737
|
67º
|
Monte Belo
|
948
|
67º
|
Conceição das Alagoas
|
729
|
68º
|
Rolândia
|
937
|
68º
|
Jundiai
|
721
|
69º
|
Erechim
|
932
|
69º
|
Valparaiso
|
713
|
70º
|
Linhares
|
929
|
70º
|
Goianesia
|
689
|
71º
|
Sta Cruz das Palmeiras
|
925
|
71º
|
Sao Joaquim da Barra
|
687
|
72º
|
S. Joaquim da Barra
|
923
|
72º
|
Aparecida do Taboado
|
687
|
73º
|
Guararapes
|
910
|
73º
|
Lucelia
|
675
|
74º
|
S. João da Boa Vista
|
906
|
74º
|
Ibate
|
668
|
75º
|
Santos
|
903
|
75º
|
Morro Agudo
|
668
|
76º
|
Niterói
|
897
|
76º
|
Maracaju
|
658
|
77º
|
Nova Friburgo
|
875
|
77º
|
Jau
|
648
|
78º
|
Lençóis Paulista
|
863
|
78º
|
Hortolandia
|
638
|
79º
|
Jaguaré
|
862
|
79º
|
Santo Andre
|
636
|
80º
|
Taruma
|
861
|
80º
|
São José dos Pinhais
|
629
|
81º
|
Serra
|
856
|
81º
|
Engenheiro Beltrão
|
626
|
82º
|
Campos dos Goytacazes
|
853
|
82º
|
Teixeira de Freitas
|
619
|
83º
|
João Pessoa
|
845
|
83º
|
Mogi das Cruzes
|
615
|
84º
|
Onda Verde
|
840
|
84º
|
Campos dos Goytacazes
|
613
|
85º
|
Nipoã
|
829
|
85º
|
Pitangueiras
|
610
|
86º
|
Araras
|
821
|
86º
|
Itajai
|
608
|
87º
|
S. Raimundo Mangabeiras
|
820
|
87º
|
Taubate
|
604
|
88º
|
Igarapava
|
818
|
88º
|
S. Raimundo Mangabeiras
|
603
|
89º
|
Poã
|
815
|
89º
|
Erechim
|
596
|
90º
|
Itapetinga
|
806
|
90º
|
Sao Jose do Rio Preto
|
594
|
91º
|
Blumenau
|
803
|
91º
|
Cubatão
|
593
|
92º
|
Dois Córregos
|
802
|
92º
|
Macaé
|
588
|
93º
|
Jussara
|
802
|
93º
|
Rio Paranaiba
|
582
|
94º
|
General Salgado
|
795
|
94º
|
Monte Aprazivel
|
569
|
95º
|
Paraguaçu Paulista
|
795
|
95º
|
Nova Alvorada do Sul
|
566
|
96º
|
Tapiratiba
|
792
|
96º
|
Birigui
|
555
|
97º
|
Aparecida de Goiânia
|
785
|
97º
|
Santos
|
547
|
98º
|
Mogi das Cruzes
|
777
|
98º
|
Divinopolis
|
533
|
99º
|
Capivari
|
775
|
99º
|
Ponta Grossa
|
532
|
100º
|
Sta Rita do Passa Quatro
|
760
|
100º
|
Cuiabá
|
529
|
Fonte: CAGED Lei 4.923/65.
-
Demissões
Publicado em
04/04/2008
às
18:00
Havendo rescisões nos trinta dias que antecedem a data-base (dissídio) a empresa estará obrigada a pagar uma indenização adicional equivalente a um salário do empregado.
Destacamos que os avisos prévios dados neste mês de ABRIL/08, mesmo que indenizados, projetam o desligamento para MAIO/08, conseqüentemente incidindo a multa acima, se relativas aos empregados com data-base em 1° de Junho/08
1° Junho/08 - Categorias com data-base (relação parcial):
- SINDIRODOSUL - Sind. dos Transp. Rodov. Interm. e Interest. Turismo e Fretamento do Est. RGS.
- Sindicato dos trabalhadores nas indústrias da Construção Civil de Porto Alegre.
- SEMIRGS - Sind. dos Emp. Em Imobiliárias do Est. RGS
- Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade.
- Sindicato dos Trab. nas Inds. Da Const. Civil de Porto Alegre.
Base Legal: Art 9° da Lei 7,238/84
Base Legal: Portaria 384 MTA, de 19/06/92.
-
Empresas não poderão exigir experiência superior há 6 meses
Publicado em
13/03/2008
às
15:00
O período de experiência exigido para contratos de trabalho não poderá ultrapassar o período de seis meses. A lei que acrescenta novo artigo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi publicada em 11/03/2008, no Diário Oficial da União (DOU) e entra em vigor imediatamente.
"Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação superior a seis meses no mesmo tipo de atividade", prevê o texto sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
-
Lei de Cotas para deficientes
Publicado em
21/02/2008
às
12:00
A Lei de Cotas estabelece que as empresas que têm entre cem e 200 empregados devem reservar uma cota de pelo menos 2% da quantidade de vagas para profissionais portadores de alguma deficiência. Para empresas com até 500 funcionários, a cota sobe para 3%, com até mil, 4%, acima de mil, a cota estipulada pela lei é de 5%.
Base Legal: Lei 8.213/91.
-
Ramo de imóveis é o que mais gera emprego em Serviços
Publicado em
14/02/2008
às
09:26
Segundo dados do CAGED, Serviço de Comércio e Administração de Imóveis gerou 249.320 postos de trabalho no ano de 2007. Veja tabela de crescimento por atividade econômica
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o setor de Serviços foi a atividade econômica que mais se destacou em 2007, com a criação de 587.103 empregos. Neste setor, houve um crescimento de 249.320 postos de trabalhos (uma expansão de 8,91% no total de empregados do setor) nas atividades relacionadas a imóveis (Serviço de Comércio e Admnistração de Imóveis). Em seguida aparece o ramo de Alojamentos, Alimentação, Reparação e Manutenção com crescimento de 170.284 empregos (4,13%).
Em segundo lugar, no ranking por setores de atividade econômica, está o Comércio (405.091), seguido pela Indústria de Transformação (394.584), que teve o segundo melhor resultado na série histórica (o maior ocorreu em 2004, quando houve geração de 504.610 vagas).
Na Indústria de Transformação os segmentos que mais se sobressaíram, em termos de geração de empregos foram a Indústria de Produtos Alimentícios com 94.657 postos, seguido da Indústria Metalúrgica, com 58.113. Os ramos de Indústria de Material de Transportes com 49.631 e a Indústria Mecânica com 47.995 postos criados, obtiveram taxas de crescimento de 12,02% e 12,15% respectivamente, e superaram significativamente o resultado total do setor (6,09%). A Indústria de Calçados apresentou expressiva recuperação se comparado ao saldo de 2006: foram 9.177 postos em 2007, um aumento de 3,02% em relação ao ano passado.
"Pela primeira vez na história o crescimento do emprego é superior ao crescimento da economia. No início do ano passado eu já tinha feito essa previsão e os números de agora confirmam isso. E estou ainda mais otimista para 2008. Bateremos mais um recorde. Podem esperar", declarou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante a divulgação do CAGED.
O Caged registra mensalmente desde 1992 as contratações e demissões reguladas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Estão fora da estatística os servidores públicos e empregados domésticos.
Tabela de crescimento por setor da economia
Setores da Atividade Econômica |
2007 |
Período: 1992 a 2007 |
Variação Absoluta |
Variação Relativa (%) |
Posição no período |
Recorde no período |
EXTRATIVA MINERAL |
9.762 |
5,91 |
3º |
2006 (12.052 postos) |
IND. TRANSFORMAÇÃO |
394.584 |
6,09 |
2º |
2004 (504.610 postos) |
SERV.IND.UTIL.PUB. |
7.752 |
2,45 |
2º |
2005 (13.533 postos) |
CONSTRUÇÃO CIVIL |
176.755 |
13,08 |
1º |
- |
COMÉRCIO |
405.091 |
6,56 |
1º |
- |
SERVIÇOS |
587.103 |
5,29 |
1º |
- |
ADMIN. PÚBLICA |
15.252 |
2,36 |
2º |
2005 (21.599 postos) |
AGROPECUÁRIA |
21.093 |
1,46 |
4º |
2004 (79.274 postos) |
TOTAL |
1.617.392 |
5,85 |
1º |
- |
Fonte: Assessoria de imprensa do MTE
-
Inserção de portadores de deficiência no mercado de trabalho é a maior em toda história
Publicado em
12/02/2008
às
13:36
Intensificação da ação fiscal em 2007 resultou na contratação de 22.314 trabalhadores portadores de algum tipo de deficiência, quase 12% a mais que no ano anterior (2006)
Um número maior de pessoas portadoras de deficiência pode comemorar o emprego. O ano de 2007 foi o recorde na incorporação destes trabalhadores no mercado brasileiro. Tudo porque foram intensificadas as ações fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), levando a um aumento de quase 12% de contratos em relação a 2006 a partir da fiscalização. Foram 22.314 pessoas portadoras de algum tipo de deficiência que passaram a trabalhar com carteira assinada, o maior número da história da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do MTE.
A Região Sudeste lidera o ranking de contratações: 12.132, seguida da Região Nordeste que registra 4.704 e da Região Sul com 2.100. Em quarto lugar, a Região Norte com 2.036 e a Região Centro-oeste com 1.342 contratações. Segundo Leonardo Soares de Oliveira, diretor do Departamento de Fiscalização do Trabalho do MTE, esse número tende a aumentar, já que o Ministério e o Ministério Público do Trabalho (MPT) implantarão um projeto de estímulo à qualificação para deficientes ainda este ano.
"Em 2007, todos os estados da Federação alcançaram algum resultado na inserção das pessoas com deficiência, alguns ainda com resultados tímidos, como Santa Catarina, com 2 pessoas registradas sob ação fiscal, mas isto reflete o comprometimento do departamento no desempenho da exigência de cumprimento da lei de cotas", completa Leonardo Soares.
Em outubro do ano passado, o governo lançou um plano social para beneficiar portadores de deficiência, com investimento de R$ 2,4 bilhões até 2010. Serão ampliados os programas voltados para educação, saúde, habitação, transporte acessível e inserção de deficientes no mercado de trabalho.
Juventude - O MTE já tem trabalhado para garantir a inserção e a permanência dos portadores de deficiência no mercado. Entre 2003 e 2007, dos 85 mil jovens qualificados pelo Consórcio Social da Juventude, 7 mil eram portadores de deficiência. Deste total, pelo menos, 4.500 conseguiram uma vaga no mercado de trabalho após participar do curso.
Lei de Cotas - As ações do grupo de fiscalização da Secretaria de Inspeção do Trabalho têm por objetivo garantir o cumprimento da Lei 8.213/91, que estabelece que as empresas que têm entre cem e 200 empregados devem reservar uma cota de pelo menos 2% da quantidade de vagas para profissionais portadores de alguma deficiência. Para empresas com até 500 funcionários, a cota sobe para 3%; com até mil, 4%; acima de mil, a cota estipulada pela lei é de 5%. As empresas que não cumprem a lei podem pagar multas que variam de R$ 1.195,13 a R$ 119.512.33. A multa é prevista no art. 133 da Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991, calculada segundo os critérios definidos na Portaria n.º 1.199, de 28 de outubro de 2003.
Ação fiscal - A fiscalização é realizada nas empresas com cem ou mais empregados e pode ser oriunda de denúncia do trabalhador ou do sindicato, mediante solicitação do Ministério Público do Trabalho ou da execução do planejamento da chefia.
Números no Brasil - O Censo 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 14,5% da população brasileira (ou 24,6 milhões de pessoas) é portadora de, pelo menos, uma das deficiências investigadas pela pesquisa. A maior proporção se encontra no Nordeste (16,8%) e a menor, no Sudeste (13,1%). A pesquisa mostra que existem também 148 mil pessoas cegas e 2,4 milhões com grande dificuldade de enxergar. Do total de cegos, 77.900 são mulheres e 70.100, homens. Dos 9 milhões de portadores de deficiência que trabalham, 5,6 milhões são homens e 3,5 milhões, mulheres. Mais da metade (4,9 milhões) ganha até dois salários-mínimos.
INSERÇÃO DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIA SOB AÇÃO FISCAL
UF |
Total |
AC |
78 |
AL |
10 |
AM |
1436 |
AP |
49 |
BA |
837 |
CE |
1543 |
DF |
878 |
ES |
279 |
GO |
173 |
MA |
469 |
MG |
1874 |
MS |
160 |
MT |
131 |
PA |
235 |
PB |
201 |
PE |
726 |
PI |
250 |
PR |
475 |
RJ |
744 |
RN |
612 |
RO |
194 |
RR |
21 |
RS |
1623 |
SC |
2 |
SE |
56 |
SP |
9235 |
TO |
23 |
TOTAL |
22.314 |
|
|
Fonte: MTE.
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Ranking das 200 cidades que mais geraram emprego formal no Brasil em 2006 e 2007
Publicado em
12/02/2008
às
13:23
Fonte:MTE.
-
Comércio - Trabalho aos domingos
Publicado em
31/01/2008
às
09:00
Alterada a legislação sobre o trabalho aos domingos. Agora, o repouso remunerado deverá coincidir pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, aos domingos. O trabalho aos domingos deverá observar a legislação municipal.
As alterações foram promovidas pela lei abaixo:
LEI Nº 11.603, DE 5 DEZEMBRO DE 2007.
Conversão da Mpv nº 388, de 2007
Altera e acresce dispositivos à Lei no 10.101, de 19 de dezembro de 2000.
Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisória nº 388, de 2007, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Narcio Rodrigues, Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, no exercício da Presidência, para efeitos do disposto no art. 62 da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, combinado com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002-CN, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1oO art. 6o da Lei no 10.101, de 19 de dezembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 6oFica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição.
Parágrafoúnico.O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva." (NR)
Art. 2oA Lei no 10.101, de 2000, passa a vigorar acrescida dos seguintes dispositivos:
"Art. 6º-A.É permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição." (NR)
"Art. 6º-B.As infrações ao disposto nos arts. 6o e 6o-A desta Lei serão punidas com a multa prevista no art. 75 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.
Parágrafoúnico.O processo de fiscalização, de autuação e de imposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho." (NR)
Art. 3oEsta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Congresso Nacional, em 5 de dezembro de 2007; 186º da Independência e 119º da República.
Deputado NARCIO RODRIGUES
Primeiro Vice-Presidente da Mesa do
Congresso Nacional, no exercício da Presidência.
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Fumantes
Publicado em
22/01/2008
às
17:00
Quando a empresa estabelece normas que coíbe o uso do cigarro no ambiente de trabalho que seja compartilhado por colegas de trabalho ou de terceiros, ela esta simplesmente cumprindo uma determinação legal que é a Lei 9294/96.
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Falta do empregado - Punição imediata
Publicado em
15/01/2008
às
09:00
Se o empregado comete uma falta e o empregador não punir imediatamente, não pode tempos depois dispensá-lo por justa causa com base nesse mesmo incidente. Se a falta foi grave compete ao empregador desligar o empregado imediatamente; se não o fizer pode configurar perdão tácito, ou seja, renúncia do empregador em punir o empregado.
-
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário em benefícios previdenciários por incapacidade
Publicado em
20/12/2007
às
09:46
Dispõe sobre procedimentos e rotinas referentes
ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário-
NTEP, e dá outras providências.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
Lei nº 8.212, de 24/7/91, e alterações posteriores;
Lei nº 8.213, de 24/7/91, e alterações posteriores;
Lei nº 11.430, de 26/12/2006;
Decreto nº 3.048, de 6/5/99, e alterações
posteriores; e
Decreto nº 6.042, de 12/2/2007.
O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-INSS, no
uso da competência que lhe confere o Decreto nº 5.870, de 8 de agosto de 2006,
Considerando o que estabelece os arts. 19 a 21 e 21-A da Lei nº 8.213, de 24 de julho
de 1991, na redação dada pela Lei nº 11.430, de 26 de dezembro 2006;
Considerando o disposto nos arts. 336 e 337 do Regulamento da Previdência Social-
RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, com redação dada pelo Decreto nº 6.042,
de 12 de fevereiro de 2007;
Considerando a adoção de parâmetros epidemiológicos como um dos critérios para o
estabelecimento do nexo de causalidade entre o agravo à saúde do segurado e o trabalho por ele
exercido;
Considerando que a notificação dos agravos à saúde do trabalhador, por parte das
empregadoras, vem se mostrando um instrumento ineficaz no registro das doenças do trabalho;
Considerando que a subnotificação dos agravos à saúde do trabalhador compromete o
estabelecimento de políticas públicas de controle de riscos laborais; e
Considerando a necessidade de estabelecer critérios e uniformizar procedimentos na
aplicação do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário-NTEP, na concessão dos benefícios por
incapacidade,
RESOLVE:
Art. 1º Estabelecer critérios para aplicação do NTEP pelo INSS como uma das espécies
do gênero nexo causal.
Art. 2º A perícia médica do INSS caracterizará tecnicamente o acidente do trabalho
mediante o reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, considera-se agravo: a lesão, a doença, o
transtorno de saúde, o distúrbio, a disfunção ou a síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica,
de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de latência.
§ 2º Os agravos decorrentes dos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza
ocupacional da Lista A do Anexo II do RPS, presentes nas atividades econômicas dos empregadores,
cujo segurado tenha sido exposto, ainda que parcial e indiretamente, serão considerados doenças
profissionais ou do trabalho, independentemente do NTEP, não se aplicando, neste caso, o disposto no
§ 5º deste artigo e no art. 4° desta Instrução Normativa.
§ 3º Considera-se estabelecido nexo entre o trabalho e o agravo sempre que se verificar
a ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o ramo de atividade econômica da empresa,
expressa pela Classificação Nacional de Atividade Econômica-CNAE, e a entidade mórbida
motivadora da incapacidade, relacionada na Classificação Internacional de Doenças, em conformidade
com o disposto na Lista B do Anexo II do RPS.
§ 4º A inexistência de nexo técnico epidemiológico não elide o nexo causal entre o
trabalho e o agravo, cabendo à perícia médica a caracterização técnica do acidente do trabalho
fundamentadamente, sendo obrigatório o registro e a análise do relatório do médico assistente, além
dos exames complementares que eventualmente o acompanhem.
§ 5º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, a perícia médica poderá, se necessário,
solicitar as demonstrações ambientais da empresa, efetuar pesquisa ou realizar vistoria do local de
trabalho ou solicitar o Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP, diretamente ao empregador.
§ 6º A perícia médica do INSS poderá deixar de aplicar o nexo técnico epidemiológico
mediante decisão fundamentada, quando dispuser de informações ou elementos circunstanciados e
contemporâneos ao exercício da atividade que evidenciem a inexistência do nexo causal entre o agravo
e o trabalho.
§ 7º O segurado poderá requerer, após recebimento do resultado da decisão quanto ao
benefício, cópia da conclusão pericial e de sua justificativa, em caso de não aplicação do NTEP pela
perícia médica.
Art. 3º A existência de nexo entre o trabalho e o agravo não implica o reconhecimento
automático da incapacidade para o trabalho, que deverá ser definida pela perícia médica.
Parágrafo único. Reconhecida pela perícia médica do INSS a incapacidade para o
trabalho e estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo, serão devidas as prestações acidentárias a
que o beneficiário tenha direito.
Art. 4º A empresa poderá requerer ao INSS, até quinze dias após a data para a entrega
da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência
Social-GFIP, a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, ao caso concreto, quando dispuser de
dados e informações que demonstrem que os agravos não possuem nexo causal com o trabalho
exercido pelo trabalhador, sob pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa.
§ 1º Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao disposto no caput, motivada
pelo não conhecimento tempestivo do diagnóstico do agravo, o requerimento de que trata este artigo
poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data para entrega da GFIP do mês de competência
da realização da perícia que estabeleceu o nexo entre o trabalho e o agravo.
§ 2º A informação de que trata o § 1º será disponibilizada para consulta pela empresa,
por meio do endereço eletrônico www.previdencia.gov.br ou, subsidiariamente, pela Comunicação de
Resultado do Requerimento-CRER, entregue ao trabalhador.
§ 3º Com o requerimento, a empresa formulará as alegações que entender necessárias e
apresentará a documentação probatória, em duas vias, visando a demonstrar a inexistência do nexo
causal entre o trabalho e o agravo.
§ 4º A Agência da Previdência Social-APS, mantenedora do benefício, informará ao
segurado sobre a existência do requerimento da empresa, informando-lhe que poderá retirar uma das
vias apresentada pela mesma para, querendo, apresentar contra razões no prazo de quinze dias da
ciência do requerimento.
§ 5º Com as contra razões, o segurado formulará as alegações que entender necessárias
e apresentará a documentação probatória, com o objetivo de demonstrar a existência do nexo causal
entre o trabalho e o agravo.
§ 6º A análise do requerimento e das provas produzidas será realizada pela perícia
médica, cabendo ao setor administrativo da APS comunicar o resultado da análise à empresa e ao
segurado.
§ 7º Da decisão do requerimento cabe recurso com efeito suspensivo, por parte da
empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social-CRPS.
§ 8º O INSS procederá à marcação do benefício que estará sob efeito suspensivo,
deixando para alterar a espécie após o julgamento do recurso pelo CRPS, quando for o caso.
§ 9º O disposto no § 7º não prejudica o pagamento regular do benefício, desde que
atendidos os requisitos de carência que permita a manutenção do reconhecimento do direito ao
benefício como auxílio-doença previdenciário.
§ 10. A apresentação do requerimento de que tratam o caput e o § 1º, no prazo
estabelecido, é condição necessária para o posterior recurso ao CRPS.
§ 11. Será considerada apenas a documentação probante que contiver a indicação,
assinatura e número de registro, anotação técnica, ou equivalente, do responsável legalmente
habilitado, para os respectivos períodos e escopos, perante o conselho de profissão.
§ 12. O segurado em situação de desemprego, no período de graça, terá todos os direitos
característicos da forma de filiação de empregado.
Art. 5º Aplicam-se as disposições desta Instrução Normativa aos benefícios requeridos
a partir de 1º de abril de 2007 ou cuja perícia inicial for realizada a partir dessa data.
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo aos pedidos de revisão e recurso tempestivos do
segurado visando à transformação do benefício previdenciário em acidentário, ainda não analisados ou
concluídos, ainda que impetrados antes de 1º de abril de 2007.
§ 2º Na hipótese do caput é facultada à empresa a apresentação do requerimento de que
trata o art 4º.
Art. 6º Aos benefícios em manutenção aplica-se a regra anterior, haja vista que a
eventual prorrogação decorre da incapacidade para o trabalho e não da natureza do benefício.
Art. 7º A perícia médica do INSS, quando constatar indícios de culpa ou dolo por parte
do empregador, em relação aos benefícios por incapacidade concedidos, deverá oficiar à Procuradoria
Federal Especializada-INSS, subsidiando-a com evidências e demais meios de prova colhidos,
notadamente quanto aos programas de gerenciamento de riscos ocupacionais, para as providências
cabíveis, inclusive para ajuizamento de ação regressiva contra os responsáveis, conforme previsto nos
arts. 120 e 121 da Lei nº 8.213, de 1991, de modo a possibilitar o ressarcimento à Previdência Social
do pagamento de benefícios por morte ou por incapacidade, permanente ou temporária.
Parágrafo único. Quando a perícia médica do INSS, no exercício das atribuições que lhe
confere a Lei nº 10.876, de 2 de junho de 2004, constatar desrespeito às normas de segurança e saúde
do trabalhador, fraude ou simulação na emissão de documentos de interesse da Previdência Social por
parte do empregador ou de seus prepostos, deverá produzir relatório circunstanciado da ocorrência e
encaminhá-lo, junto com as evidências e demais meios de prova colhidos, à Procuradoria Federal
Especializada-INSS para conhecimento e providências pertinentes, inclusive, quando cabíveis,
representações ao Ministério Público e/ou a outros órgãos da Administração Pública encarregados da
fiscalização ou controle da atividade.
Art. 8º A perícia médica do INSS representará esta Autarquia nas Comissões
Intersetoriais de Saúde do Trabalhador-CIST, para garantir a devida articulação entre a política
nacional de Saúde do Trabalhador e a sua execução, no tocante à concessão de benefícios por
incapacidade e reabilitação profissional, nos termos dos arts. 12 e 13 da Lei nº 8.080/1990.
§ 1º A Gerência Regional indicará o servidor Perito Médico no âmbito das CIST
estaduais, e o Diretor de Beneficios em relação à CIST nacional.
§ 2º Os representantes deverão emitir, mensalmente, Relatório de Acompanhamento do
Controle Social relativo às ações e providências da competência do INSS, bem como sugerindo as
mudanças necessárias à consecução dos objetivos.
Art. 9º A instituição do NTEP não desobriga a empresa da emissão da Comunicação de
Acidente do Trabalho-CAT, conforme previsto nos arts. 19 a 23 da Lei nº 8.213/91.
Parágrafo único. Não caberá aplicação de multa, por não emissão de CAT, quando o
enquadramento decorrer de aplicação do NTEP, conforme disposto no § 5º, art. 22 da Lei nº 8.213/91,
redação dada pela Lei nº 11.430, de 26 de dezembro de 2006.
Art. 10. A partir da publicação deste Ato, quando do requerimento de auxílio-doença e
aposentadoria por invalidez do segurado empregado e desempregado, é obrigatória a informação do
Código Internacional de Doença-CID, devendo, no caso de segurado empregado, informar também a
Data do Último Dia de Trabalho-DUT, conforme Anexo.
Art. 11. Esta Instrução Normativa entra em vigor a partir de 1º de abril de 2007.
VALDIR MOYSÉS SIMÃO
Presidente
PUBLICADA NO DOU Nº 60, de 28/3/07, Seção 1, pág. 40.
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Comércio - Autorizado o trabalho aos domingos
Publicado em
23/09/2007
às
12:00
Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição.
O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva.
É permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição.
As infrações ao disposto acima serão punidas com a multa prevista no art. 75 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.
O processo de fiscalização, de autuação e de imposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho.
Base Legal: Lei 10.101/2000 e M.P 388/2007.
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Teleatendimento/telemarketing - Normas para o trabalho
Publicado em
23/08/2007
às
13:00
As empresas que tenham atividades de teleatendimento/telemarketing, deverão observar as normas relativa ao trabalho desses profissionais, prescritas na portaria abaixo:
Portaria nº 9, de 30 de março de 2007
(DOU de 2-4-2007)
Aprova o Anexo II da NR-17 - Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing.
A Secretária de Inspeção do Trabalho e o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no trabalho, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto no artigo 200 da Consolidação das Leis do Trabalho e no artigo 2º- da Portaria nº - 3.214, de 08 de junho de 1978 e Considerando a proposta de regulamentação apresentada pelo Grupo de Trabalho Tripartite do Anexo II da NR-17, aprovada pela Comissão Tripartite Paritária Permanente - CTPP, de acordo com o disposto na Portaria no- 1.127, de 02 de outubro de 2003, resolvem:
Art. 1º - Aprovar o Anexo II da Norma Regulamentadora nº -17 - Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing, nos termos do Anexo I desta Portaria.
Art. 2º - Os prazos estabelecidos nesta Portaria não implicam a dispensa da obrigação de cumprir as demais normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.
Art. 3º - O disposto no anexo da Norma Regulamentadora obriga todos os empregadores, inclusive os constituídos sob a forma de microempresa ou empresa de pequeno porte.
Art. 4º - Esta Portaria entra em vigor da data de sua publicação.
RUTH BEATRIZ VASCONCELOS VILELA
Secretária de Inspeção do Trabalho
RINALDO MARINHO COSTA LIMA
Diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho
Anexo I
Trabalho em teleatendimento/telemarketing
1. O presente Anexo estabelece parâmetros mínimos para o trabalho em atividades de teleatendimento/telemarketing nas diversas modalidades desse serviço, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente.
1.1. As disposições deste Anexo aplicam-se a todas as empresas que mantêm serviço de teleatendimento/telemarketing nas modalidades ativo ou receptivo em centrais de atendimento telefônico e/ou centrais de relacionamento com clientes (call centers), para prestação de serviços, informações e comercialização de produtos.
1.1.1. Entende-se como call center o ambiente de trabalho no qual a principal atividade é conduzida via telefone e/ou rádio com utilização simultânea de terminais de computador.
1.1.1.1. Este Anexo aplica-se, inclusive, a setores de empresas e postos de trabalho dedicados a esta atividade, além daquelas empresas especificamente voltadas para essa atividade-fim.
1.1.2. Entende-se como trabalho de teleatendimento/telemarketing aquele cuja comunicação com interlocutores clientes e usuários é realizada à distância por intermédio da voz e/ou mensagens eletrônicas, com a utilização simultânea de equipamentos de audição/escuta e fala telefônica e sistemas informatizados ou manuais de processamento de dados.
2. Mobiliário do Posto de Trabalho
2.1. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé deve ser proporcionado ao trabalhador mobiliário que atenda aos itens 17.3.2, 17.3.3 e 17.3.4 e alíneas, da Norma Regulamentadora nº - 17 (NR 17) e que permita variações posturais, com ajustes de fácil aionamento, de modo a prover espaço suficiente para seu conforto, atendendo, no mínimo, aos seguintes
parâmetros:
a) o monitor de vídeo e o teclado devem estar apoiados em superfícies com mecanismos de regulagem independentes;
b) será aceita superfície regulável única para teclado e monitor quando este for dotado de regulagem independente de, no mínimo, 26 (vinte e seis) centímetros no plano vertical;
c) a bancada sem material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 75 (setenta e cinco) centímetros medidos a partir de sua borda frontal e largura de 90 (noventa) centímetros que proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 (sessenta e cinco) centímetros de raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho;
d) a bancada com material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 90 (noventa) centímetros a partir de sua borda frontal e largura de 100 (cem) centímetros que proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 (sessenta e cinco) centímetros de raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho, para livre utilização e acesso de documentos;
e) o plano de trabalho deve ter bordas arredondadas;
f) as superfícies de trabalho devem ser reguláveis em altura em um intervalo mínimo de 13 (treze) centímetros, medidos de sua face superior, permitindo o apoio das plantas dos pés no piso;
g) o dispositivo de apontamento na tela (mouse) deve estar apoiado na mesma superfície do teclado, colocado em área de fácil alcance e com espaço suficiente para sua livre utilização;
h) o espaço sob a superfície de trabalho deve ter profundidade livre mínima de 45 (quarenta e cinco) centímetros ao nível dos joelhos e de 70 (setenta) centímetros ao nível dos pés, medidos de sua borda frontal;
i) nos casos em que os pés do operador não alcançarem o piso, mesmo após a regulagem do assento, deverá ser fornecido apoio para os pés que se adapte ao comprimento das pernas do trabalhador, permitindo o apoio das plantas dos pés, com inclinação ajustável e superfície revestida de material antiderrapante;
j) os assentos devem ser dotados de:
1. apoio em 05 (cinco) pés, com rodízios cuja resistência evite deslocamentos involuntários e que não comprometam a estabilidade do assento;
2. superfícies onde ocorre contato corporal estofadas e revestidas de material que permita a perspiração;
3. base estofada com material de densidade entre 40 (quarenta) a 50 (cinqüenta) kg/m3;
4. altura da superfície superior ajustável, em relação ao piso, entre 37 (trinta e sete) e 50 (cinquenta) centímetros, podendo ser adotados até 03 (três) tipos de cadeiras com alturas diferentes, de forma a atender as necessidades de todos os operadores;
5. profundidade útil de 38 (trinta e oito) a 46 (quarenta e seis) centímetros;
6. borda frontal arredondada;
7. características de pouca ou nenhuma conformação na base;
8. encosto ajustável em altura e em sentido antero-posterior, com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar; largura de, no mínimo, 40 (quarenta) centímetros e, com relação aos encostos, de no mínimo, 30,5 (trinta vírgula cinco) centímetros;
9. apoio de braços regulável em altura de 20 (vinte) a 25 (vinte e cinco) centímetros a partir do assento, sendo que seu comprimento não deve interferir no movimento de aproximação da cadeira em relação à mesa, nem com os movimentos inerentes à execução da tarefa.
3. Equipamentos dos Postos de Trabalho
3.1. Devem ser fornecidos gratuitamente conjuntos de microfone e fone de ouvido (head-sets) individuais, que permitam ao operador a alternância do uso das orelhas ao longo da jornada de trabalho e que sejam substituídos sempre que apresentarem defeitosou desgaste devido ao uso.
3.1.2. Alternativamente, poderá ser fornecido um head set para cada posto de atendimento, desde que as partes que permitam qualquer espécie de contágio ou risco à saúde sejam de uso individual.
3.1.3. Os head-sets devem:
a) ter garantidas pelo empregador a correta higienização e as condições operacionais recomendadas pelos fabricantes;
b) ser substituídos prontamente quando situações irregulares de funcionamento forem detectadas pelo operador;
c) ter seus dispositivos de operação e controles de fácil uso e alcance;
d) permitir ajuste individual da intensidade do nível sonoro e ser providos de sistema de proteção contra choques acústicos e ruídos indesejáveis de alta intensidade, garantindo o entendimento das mensagens.
3.2. O empregador deve garantir o correto funcionamento e a manutenção contínua dos equipamentos de comunicação, incluindo os conjuntos de headsets, utilizando pessoal técnico familiarizado com as recomendações dos fabricantes.
3.3. Os monitores de vídeo devem proporcionar corretos ângulos de visão e ser posicionados frontalmente ao operador, devendo ser dotados de regulagem que permita o correto ajuste da tela à iluminação do ambiente, protegendo o trabalhador contra reflexos indesejáveis.
3.4. Toda introdução de novos métodos ou dispositivos tecnológicos que traga alterações sobre os modos operatórios dos trabalhadores deve ser alvo de análise ergonômica prévia, prevendo-se períodos e procedimentos adequados de capacitação e adaptação.
4. condições Ambientais de Trabalho
4.1. Os locais de trabalho devem ser dotados de condições acústicas adequadas à comunicação telefônica, adotando-se medidas tais como o arranjo físico geral e dos postos de trabalho, pisos e paredes, isolamento acústico do ruído externo, tamanho, forma, revestimento e distribuição das divisórias entre os postos, com o fim de atender o disposto no item 17.5.2, alínea "a" da NR-
17.
4.2. Os ambientes de trabalho devem atender ao disposto no subitem 17.5.2 da NR-17, obedecendo-se, no mínimo, aos seguintes parâmetros:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO, observando o nível de ruído aceitável para efeito de conforto de até 65 dB(A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB;
b) índice de temperatura efetiva entre 20o- e 23ºC;
c) velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40% (quarenta por cento).
4.2.1. Devem ser implementados projetos adequados de climatização dos ambientes de trabalho que permitam distribuição homogênea das temperaturas e fluxos de ar utilizando, se necessário, controles locais e/ou setorizados da temperatura, velocidade e direção dos fluxos.
4.2.2. As empresas podem instalar higrômetros ou outros equipamentos que permitam ao trabalhador acompanhar a temperatura efetiva e a umidade do ar do ambiente de trabalho.
4.3. Para a prevenção da chamada "síndrome do edifício doente", devem ser atendidos:
a) o Regulamento Técnico do Ministério da Saúde sobre "Qualidade do Ar de Interiores em Ambientes Climatizados", com redação da Portaria MS nº - 3.523, de 28 de agosto de 1998 ou outra que a venha substituir;
b) os Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, com redação dada pela Resolução RE nº - 9, de 16 de janeiro de 2003, da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ou outra que a venha substituir, à exceção dos parâmetros físicos de temperatura e umidade definidos no item 4.2 deste Anexo;
c) o disposto no item 9.3.5.1 da Norma Regulamentadora nº - 9 (NR 9).
4.3.1. A documentação prevista nas alíneas "a" e "b" deverá estar disponível à fiscalização do trabalho.
4.3.2. As instalações das centrais de ar condicionado, especialmente o plenum de mistura da casa de máquinas, não devem ser utilizadas para armazenamento de quaisquer materiais.
4.3.3. A descarga de água de condensado não poderá manter qualquer ligação com a rede de esgoto cloacal.
5. Organização do trabalho
5.1. A organização do trabalho deve ser feita de forma a não haver atividades aos domingos e feriados, seja total ou parcial, com exceção das empresas autorizadas previamente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme o previsto no Artigo 68, "caput", da CLT e das atividades previstas em lei.
5.1.1. Aos trabalhadores é assegurado, nos casos previamente autorizados, pelo menos um dia de repouso semanal remunerado coincidente com o domingo a cada mês, independentemente de metas, faltas e/ou produtividade.
5.1.2. As escalas de fins de semana e de feriados devem ser especificadas e informadas aos trabalhadores com a antecedência necessária, de conformidade com os Artigos 67, parágrafo único, e 386 da CLT, ou por intermédio de acordos ou convenções coletivas.
5.1.2.1. Os empregadores devem levar em consideração as necessidades dos operadores na elaboração das escalas laborais que acomodem necessidades especiais da vida familiar dos trabalhadores com dependentes sob seus cuidados, especialmente nutrizes, incluindo flexibilidade especial para trocas de horários e utilização das pausas.
5.1.3. A duração das jornadas de trabalho somente poderá prolongar-se além do limite previsto nos termos da lei em casos excepcionais, por motivo de força maior, necessidade imperiosa ou para a realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, conforme dispõe o Artigo 61 da CLT, realizando a comunicação à autoridade competente, prevista no §1º- do mesmo artigo, no prazo de 10 (dez) dias.
5.1.3.1. Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso mínimo de 15 (quinze) minutos antes do início do período extraordinário do trabalho, de acordo com o Artigo 384 da CLT.
5.2. O contingente de operadores deve ser dimensionado às demandas da produção no sentido de não gerar sobrecarga habitual ao trabalhador.
5.2.1. O contingente de operadores em cada estabelecimento deve ser suficiente para garantir que todos possam usufruir as pausas e intervalos previstos neste Anexo.
5.3. O tempo de trabalho em efetiva atividade de teleatendimento/telemarketing é de, no máximo, 06 (seis) horas diárias, nele incluídas as pausas, sem prejuízo da remuneração.
5.3.1. A prorrogação do tempo previsto no presente item só será admissível nos termos da legislação, sem prejuízo das pausas previstas neste Anexo, respeitado o limite de 36 (trinta e seis) horas semanais de tempo efetivo em atividade de teleatendimento/telemarketing.
5.3.2. Para o cálculo do tempo efetivo em atividade de teleatendimento/telemarketing devem ser computados os períodos em que o operador encontra-se no posto de trabalho, os intervalos entre os ciclos laborais e os deslocamentos para solução de questões relacionadas ao trabalho.
5.4. Para prevenir sobrecarga psíquica, muscular estática de pescoço, ombros, dorso e membros superiores, as empresas devem permitir a fruição de pausas de descanso e intervalos para repouso e alimentação aos trabalhadores.
5.4.1. As pausas deverão ser concedidas:
a) fora do posto de trabalho;
b) em 02 (dois) períodos de 10 (dez) minutos contínuos;
c) após os primeiros e antes dos últimos 60 (sessenta) minutos de trabalho em atividade de teleatendimento/telemarketing.
5.4.1.1. A instituição de pausas não prejudica o direito ao intervalo obrigatório para repouso e alimentação previsto no §1° do Artigo 71 da CLT.
5.4.2. O intervalo para repouso e alimentação para a atividade de teleatendimento/telemarketing deve ser de 20 (vinte) minutos.
5.4.3. Para tempos de trabalho efetivo de teleatendimento/telemarketing de até
04 (quatro) horas diárias, deve ser observada a concessão de 01 pausa de descanso contínua de 10 (dez) minutos.
5.4.4. As pausas para descanso devem ser consignadas em registro impresso ou eletrônico.
5.4.4.1. O registro eletrônico de pausas deve ser disponibilizado impresso para a fiscalização do trabalho no curso da inspeção, sempre que exigido.
5.4.4.2. Os trabalhadores devem ter acesso aos seus registros de pausas.
5.4.5. Devem ser garantidas pausas no trabalho imediatamente após operação onde haja ocorrido ameaças, abuso verbal, agressões ou que tenha sido especialmente desgastante, que permitam ao operador recuperar-se e socializar conflitos e dificuldades com colegas, supervisores ou profissionais de saúde ocupacional especialmente capacitados para tal acolhimento.
5.5. O tempo necessário para a atualização do conhecimento do operador e para o ajuste do posto de trabalho é considerado como parte da jornada normal.
5.6. A participação em quaisquer modalidades de atividade física, quando adotadas pela empresa, não é obrigatória, e a recusa do trabalhador em praticá-la não poderá ser utilizada para efeito de qualquer punição.
5.7. Com o fim de permitir a satisfação das necessidades fisiológicas, as empresas devem permitir que os operadores saiam de seus postos de trabalho a qualquer momento da jornada, sem repercussões sobre suas avaliações e remunerações.
5.8. Nos locais de trabalho deve ser permitida a alternância de postura pelo trabalhador, de acordo com suas conveniência e necessidade.
5.9. Os mecanismos de monitoramento da produtividade, tais como mensagens nos monitores de vídeo, sinais luminosos, cromáticos, sonoros, ou indicações do tempo utilizado nas ligações ou de filas de clientes em espera, não podem ser utilizados para aceleração do trabalho e, quando existentes, deverão estar disponíveis para consulta pelo operador, a seu critério.
5.10. Para fins de elaboração de programas preventivos devem ser considerados os seguintes aspectos da organização do trabalho:
a) compatibilização de metas com as condições de trabalho e tempo oferecidas;
b) monitoramento de desempenho;
c) repercussões sobre a saúde dos trabalhadores decorrentes de todo e qualquer sistema de avaliação para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie;
d) pressões aumentadas de tempo em horários de maior demanda;
e) períodos para adaptação ao trabalho.
5.11. É vedado ao empregador:
a) exigir a observância estrita do script ou roteiro de atendimento;
b) imputar ao operador os períodos de tempo ou interrupções no trabalho não dependentes de sua conduta.
5.12. A utilização de procedimentos de monitoramento por escuta e gravação de ligações deve ocorrer somente mediante o conhecimento do operador.
5.13. É vedada a utilização de métodos que causem assédio moral, medo ou constrangimento, tais como:
a) estímulo abusivo à competição entre trabalhadores ou grupos/equipes de trabalho;
b) exigência de que os trabalhadores usem, de forma permanente ou temporária, adereços, acessórios, fantasias e vestimentas com o objetivo de punição, promoção e propaganda;
c) exposição pública das avaliações de desempenho dos operadores.
5.14. Com a finalidade de reduzir o estresse dos operadores, devem ser minimizados os conflitos e ambigüidades de papéis nas tarefas a executar, estabelecendo-se claramente as diretrizes quanto a ordens e instruções de diversos níveis hierárquicos, autonomia para resolução de problemas, autorização para transferência de chamadas e consultas necessárias a colegas e supervisores.
5.15. Os sistemas informatizados devem ser elaborados, implantados e atualizados contínua e suficientemente, de maneira a mitigar sobretarefas como a utilização constante de memória de curto prazo, utilização de anotações precárias, duplicidade e concomitância de anotações em papel e sistema informatizado.
5.16. As prescrições de diálogos de trabalho não devem exigir que o trabalhador forneça o sobrenome aos clientes, visando resguardar sua privacidade e segurança pessoal.
6. Capacitação dos trabalhadores
6.1. Todos os trabalhadores de operação e de gestão devem receber capacitação que proporcione conhecer as formas de adoecimento relacionadas à sua atividade, suas causas, efeitos sobre a saúde e medidas de prevenção.
6.1.1. A capacitação deve envolver, também, obrigatoriamente os trabalhadores temporários.
6.1.2. A capacitação deve incluir, no mínimo, aos seguintes itens:
a) noções sobre os fatores de risco para a saúde em teleatendimento/telemarketing;
b) medidas de prevenção indicadas para a redução dos riscos relacionados ao trabalho;
c) informações sobre os sintomas de adoecimento que possam estar relacionados a atividade de teleatendimento/telemarketing, principalmente os que envolvem o sistema osteomuscular, a saúde mental, as funções vocais, auditivas e acuidade visual dos trabalhadores;
d) informações sobre a utilização correta dos mecanismos de ajuste do mobiliário e dos equipamentos dos postos de trabalho, incluindo orientação para alternância de orelhas no uso dos fones mono ou bi-auriculares e limpeza e substituição de tubos de voz;
e) duração de 04 (quatro) horas na admissão e reciclagem a cada 06 (seis) meses, independentemente de campanhas educativas que sejam promovidas pelos empregadores;
f) distribuição obrigatória de material didático impresso com o conteúdo apresentado;
g) realização durante a jornada de trabalho.
6.2. Os trabalhadores devem receber qualificação adicional à capacitação obrigatória referida no item anterior quando forem introduzidos novos fatores de risco decorrentes de métodos, equipamentos, tipos específicos de atendimento, mudanças gerenciais ou de procedimentos.
6.3. A elaboração do conteúdo técnico, a execução e a avaliação dos resultados dos procedimentos de capacitação devem contar com a participação de:
a) pessoal de organização e métodos responsável pela organização do trabalho na empresa, quando houver;
b) integrantes do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho, quando houver;
c) representantes dos trabalhadores na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, quando houver;
d) médico coordenador do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
e) responsáveis pelo Programa de Prevenção de Riscos de Ambientais; representantes dos trabalhadores e outras entidades, quando previsto em acordos ou convenções coletivas de trabalho.
7. Condições sanitárias de conforto
7.1. Devem ser garantidas boas condições sanitárias e de conforto, incluindo sanitários permanentemente adequados ao uso e separados por sexo, local para lanche e armários individuais dotados de chave para guarda de pertences na jornada de trabalho.
7.2. Deve ser proporcionada a todos os trabalhadores disponibilidade irrestrita e próxima de água potável, atendendo à Norma Regulamentadora nº - 24 - NR 24.
7.3. As empresas devem manter ambientes confortáveis para descanso e recuperação durante as pausas, fora dos ambientes de trabalho, dimensionados em proporção adequada ao número de operadores usuários, onde estejam disponíveis assentos, facilidades de água potável, instalações sanitárias e lixeiras com tampa.
8. Programas de Saúde Ocupacional e de Prevenção de Riscos Ambientais
8.1. O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, além de atender à Norma Regulamentadora nº - 7 (NR 7), deve necessariamente reconhecer e registrar os riscos identificados na análise ergonômica.
8.1.1. O empregador deverá fornecer cópia dos Atestados de Saúde Ocupacional e cópia dos resultados dos demais exames.
8.2. O empregador deve implementar um programa de vigilância epidemiológica para detecção precoce de casos de doenças relacionadas ao trabalho comprovadas ou objeto de suspeita, que inclua procedimentos de vigilância passiva (processando a demanda espontânea de trabalhadores que procurem serviços médicos) e procedimentos de vigilância ativa, por intermédio de exames médicos dirigidos que incluam, além dos exames obrigatórios por norma, coleta de dados sobre sintomas referentes aos aparelhos psíquico, osteomuscular, vocal, visual e auditivo, analisados e apresentados com a utilização de ferramentas estatísticas e epidemiológicas.
8.2.1. No sentido de promover a saúde vocal dos trabalhadores, os empregadores devem implementar, entre outras medidas:
a) modelos de diálogos que favoreçam micropausas e evitem carga vocal intensiva do operador;
b) redução do ruído de fundo;
c) estímulo à ingestão freqüente de água potável fornecida gratuitamente aos operadores.
8.3. A notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude das condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, será obrigatória por meio da emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho, na forma do Artigo 169 da CLT e da legislação vigente da Previdência Social.
8.4. As análises ergonômicas do trabalho devem contemplar, no mínimo, para atender à NR-17:
a) descrição das características dos postos de trabalho no que se refere ao mobiliário, utensílios, ferramentas, espaço físico para a execução do trabalho e condições de posicionamento e movimentação de segmentos corporais;
b) avaliação da organização do trabalho demonstrando:
1. trabalho real e trabalho prescrito;
2. descrição da produção em relação ao tempo alocado para as tarefas;
3. variações diárias, semanais e mensais da carga de atendimento, incluindo variações sazonais e intercorrências técnico-operacionais mais freqüentes;
4. número de ciclos de trabalho e sua descrição, incluindo trabalho em turnos e trabalho noturno;
5. ocorrência de pausas inter-ciclos;
6. explicitação das normas de produção, das exigências de tempo, da determinação do conteúdo de tempo, do ritmo de trabalho e do conteúdo das tarefas executadas;
7. histórico mensal de horas extras realizadas em cada ano;
8. explicitação da existência de sobrecargas estáticas ou dinâmicas do sistema osteomuscular;
c) relatório estatístico da incidência de queixas de agravos à saúde colhidas pela Medicina do Trabalho nos prontuários médicos;
d) relatórios de avaliações de satisfação no trabalho e clima organizacional, se realizadas no âmbito da empresa;
e) registro e análise de impressões e sugestões dos trabalhadores com relação aos aspectos dos itens anteriores;
f) recomendações ergonômicas expressas em planos e propostas claros e objetivos, com definição de datas de implantação.
8.4.1. As análises ergonômicas do trabalho deverão ser datadas, impressas, ter folhas numeradas e rubricadas e contemplar, obrigatoriamente, as seguintes etapas de execução:
a) explicitação da demanda do estudo;
b) análise das tarefas, atividades e situações de trabalho;
c) discussão e restituição dos resultados aos trabalhadores envolvidos;
d) recomendações ergonômicas específicas para os postos avaliados;
e) avaliação e revisão das intervenções efetuadas com a participação dos trabalhadores, supervisores e gerentes;
f) avaliação da eficiência das recomendações.
8.5. As ações e princípios do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA devem ser associados àqueles previstos na NR-17.
9. Pessoas com deficiência
9.1. Para as pessoas com deficiência e aquelas cujas medidas antropométricas não sejam atendidas pelas especificações deste Anexo, o mobiliário dos postos de trabalho deve ser adaptado para atender às suas necessidades, e devem estar disponíveis ajudas técnicas necessárias em seu respectivo posto de trabalho para facilitar sua integração ao trabalho, levando em consideração as repercussões sobre a saúde destes trabalhadores.
9.2. As condições de trabalho, incluindo o acesso às instalações, mobiliário, equipamentos, condições ambientais, organização do trabalho, capacitação, condições sanitárias, programas de prevenção e cuidados para segurança pessoal devem levar em conta as necessidades dos trabalhadores com deficiência.
10. Disposições Transitórias
10.1. As empresas que no momento da publicação da portaria de aprovação deste Anexo mantiverem com seus trabalhadores a contratação de jornada de 06 (seis) horas diárias, nelas contemplados e remunerados 15 (quinze) minutos de intervalo para repouso e alimentação, obrigar-se-ão somente à complementação de 05 (cinco) minutos, igualmente remunerados, de maneira a alcançar o total de 20 (vinte) minutos de pausas obrigatórias remuneradas, concedidos na forma dos itens 5.4.1 e 5.4.2.
10.2. O disposto no item 2 desta norma (MOBILIÁRIO DO POSTO DE TRABALHO) será implementado em um prazo para adaptação gradual de, no máximo, 05 (cinco) anos, sendo de 10% (dez por cento) no primeiro ano, 25% (vinte e cinco por cento) no segundo ano, 45% (quarenta e cinco) no terceiro ano, 75% (setenta e cinco por cento) no quarto ano e 100% (cem por cento) no quinto ano.
10.3. Será constituída comissão permanente para fins de acompanhamento da implementação, aplicação e revisão do presente Anexo.
10.4. O disposto nos itens 5.3 e seus subitens e 5.4 e seus subitens entrarão em vigor em 120 (cento e vinte) dias da data de publicação da portaria de aprovação deste Anexo, com exceção do item 5.4.4 que entrará em vigor em 180 (cento e oitenta) dias da publicação desta norma.
10.5. Ressalvado o disposto no item 10.2 e com exceção dos itens 5.3, 5.4, este anexo passa a vigorar no prazo de 90 (noventa) dias de sua publicação.
Fonte: site da ANEST.
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Ministério do Trabalho toma medida para evitar discriminação do trabalhador
Publicado em
17/08/2007
às
09:00
Portaria publicada pelo ministério proíbe, por exemplo, que tenha na carteira profissional anotações que desabonem o empregado como referência à raça, cor e orientação sexual
Ao ser admitido em um novo emprego ou remanejado na empresa, o trabalhador deve ficar atento às exigências do empregador, para não ser vítima de discriminação. Algumas solicitações como certidão negativa de reclamatória trabalhista; testes; exame; perícia; laudo; atestado ou declaração que identifiquem esterilização ou gravidez estão proibidas pela Portaria nº 41 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) que desabonem o profissional e que se refiram ao sexo ou orientação sexual; estado civil; origem; raça; cor; idade; situação familiar; desempenho profissional ou comportamento; entre outras, também são consideradas discriminatórias.
Na carteira de trabalho devem constar apenas informações como o nome completo do trabalhador, data de nascimento, data de admissão, filiação, nacionalidade, naturalidade, número do PIS ou Pasep, cargo e função, remuneração, jornada de trabalho, férias, acidentes de trabalho e doenças profissionais.
As restrições entram em acordo com as recomendações de combate à discriminação declaradas, no último dia 10, no Relatório Global da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Igualdade no trabalho: enfrentando desafios. Entre as recomendações, estão uma legislação mais rigorosa e uma aplicação mais eficaz.
O relatório aponta também a exigência de exames que comprovem predisposição genética para doenças como uma forma emergente de discriminação. Há denúncias de alguns casos de empregadores que demitiram seus profissionais por algum histórico de doença na família. Como conseqüência os trabalhadores levaram esses empregadores à justiça.
Na cidade de Darmstadt, na Alemanha, em 2004, professores da rede pública tiveram que passar por exames para serem efetivados em suas funções. Uma professora, que teve sua saúde avaliada como excelente por um médico do trabalho, foi demitida depois que descobriram que seu pai sofria de uma doença crônica. Ela recorreu.
Em Hong Kong, na China, em 2000, três homens foram demitidos depois que seu empregador, o governo, descobriu que seus pais eram esquizofrênicos. Os motivos declarados para a demissão não foram claros. A Comissão de Igualdade de Oportunidade da cidade investigou o caso até provar a discriminação pelo histórico de saúde familiar. O caso foi parar no Tribunal do Distrito de Hong Kong que condenou o governo a pagar indenizações por danos morais.
O trabalhador que se sentir discriminado deve procurar a Delegacia Regional do Trabalho do seu estado para formalizar denúncia.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE.
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Funcionários ganham opções de esportes e lazer
Publicado em
18/07/2007
às
13:00
Empresas apostam em atividades físicas, alimentação mais saudável e ampliação do horário de descanso
Reduzir o estresse e buscar um clima de alto astral entre os seus 65 funcionários é prioridade para a empresária Sônia de Moura, dona da Conlicitação, no Butantã, em São Paulo.
Com boa parte da equipe fazendo atendimento por telefone a um grande número de clientes, orientando sobre a participação em licitações, ela conta que há três anos instituiu um intervalo de 10 a 15 minutos, em que a equipe faz exercícios de alongamento, sob orientação de um professor de educação física.
Os funcionários têm plano de saúde, muitos estudam e, desde o fim do ano passado, 18 dos rapazes estão jogando futebol uma vez por semana, depois do expediente, numa quadra alugada pela empregadora.
Alimentação saudável
Como a empresa fica num bairro da periferia que tem pouquíssimas opções de restaurantes, oferece ainda café da manhã, frutas e almoço diariamente aos funcionários, com cardápio balanceado e sem desconto no contracheque.
"São coisas que custam pouco, se a gente considerar o beneficio para a empresa, que é ter uma equipe satisfeita, motivada, comprometida com o trabalho", diz Sônia. "O ambiente aqui da empresa é bem legal. Eles se preocupam em facilitar as coisas pra gente", diz a atendente Cléia Martins, 23 anos.
Com dez funcionários fixos, 15 estagiários e 35 advogados associados em São Paulo, a Albino Advogados também investe em qualidade de vida e lazer para seus colaboradores.
Fernando Albino, sócio-fundador do escritório, conta que eles têm à disposição uma infra-estrutura e acompanhamento necessários para a prática de atividades físicas e esportivas, como jogo de tênis, futebol, natação, corrida. Custeadas pela empresa, que arca com 90% das despesas, as atividades são realizadas em uma academia parceira, no Campus da USP e em quadras alugadas.
Uma vez por mês, os funcionários recebem acompanhamento nutricional e a cada mês e meio participam de uma palestra sobre esportes.
"Os resultados são excelentes e os gastos, baixos. Não vemos isso como custo, mas como investimento, que nos ajuda a manter os talentos no escritório", destaca Albino. A empresa foi uma das indicadas a prêmio no Programa Sodexho Vida Profissional, da empresa de cartões Sodexho, que desde 2002 divulga ações em programas voltados à qualidade de vida no trabalho.
Com 48 empregados, a oficina mecânica Auto Palace, no Butantã decidiu dar 30 minutos a mais de descanso a seus funcionários, além do horário de almoço. "Pode parecer pouco. Mas melhorou bastante a disposição e o humor da equipe, que ganhou um tempinho para relaxar, ler, jogar damas. Isso acaba sendo melhor para a empresa e para os clientes", conta o dono da oficina, Eduardo Vaz Neto.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias.
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Funcionários especiais
Publicado em
15/07/2007
às
09:00
O que levar em conta na hora de contratar portadores de deficiências
Existem cerca de 25 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, o que representa aproximada- mente 14% da população. Muitas dessas pessoas estão fora do mercado de trabalho, pois não têm qualificação e às vezes nem mesmo estudo. Mas muitas poderiam ocupar postos em fábricas, escritórios, centrais de atendimento, etc. Segundo a Lei de Cotas (8.213/91), as empresas com mais de 100 empregados devem reservar de 2% a 5% de suas vagas para deficientes. Especialistas garantem que a partir deste ano quem não cumprir a lei será multado. A multa é de pouco mais de R$ 1.000 por dia, por pessoa não contratada.
Para quem vai contratar, o que levar em conta? Segundo Andrea Goldschmidt, sócia da Apoena Social, consultoria na área de responsabilidade social, em primeiro lugar, o empresário deve enxergar no candidato todas as suas habilidades e não suas deficiências. 'Dessa forma, ele poderá avaliar em que função o profissional será mais produtivo', diz ela. Veja, a seguir, as providências a serem tomadas.
Preencha as vagas existentes
Não se deve criar funções só para contratar alguém e cumprir a lei. Verifique em que áreas há espaço para a inclusão. Para encontrar potenciais funcionários, pode-se recorrer a entidades que formam mão-de-obra, entre as quais o Senai (www.senai.br), o Sesi (www.sesi.org.br), a Apae (www.apaebrasil.org.br) e o Instituto Paradigma (institutoparadigma.org.br).
Conte com especialistas
Um médico do trabalho e um técnico em segurança do trabalho podem ajudá-lo na seleção do funcionário. 'Se for contratar dificientes visuais, tenha fichas de recrutamento em braile', diz a psicóloga Anita Marino, consultora na área de acessibilidade. 'No caso de surdos, deve-se ter o apoio de alguém que possa traduzir o diálogo para libras, a linguagem brasileira de sinais.'
Adapte as instalações
Antes de mais nada, é preciso criar rampas de acesso, banheiros com portas amplas, barras de apoio e espaços para cadeirantes, de acordo com as medidas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 'Assim que contratar o novo funcionário, será possível adaptar móveis e demais equipamentos conforme as necessidades dele', diz a psicóloga Anita. O mesmo vale para o estacionamento. Se o contratado tiver carro ou chegar à empresa de carona, é preciso reservar uma vaga para que ele estacione ou desembarque sem dificuldades.
Crie uma política de inclusão
A medida facilitará o entrosamento do funcionário deficiente com os demais. Você pode começar com uma reunião com seus líderes, de forma que eles repassem as informações aos seus subordinados. Esses bate-papos podem ser descontraídos, com a presença dos novos funcionários, para que todos se sintam à vontade. Se contratar mais de um deficiente, tome cuidado para que eles não fiquem na mesma função, isolados dos outros empregados. Também pode-se estimular a criação de 'padrinhos'. São pessoas que espontaneamente ajudarão os deficientes em diferentes situações cotidianas. Se houver deficientes auditivos, a empresa pode convidar professores para dar aulas de linguagem de sinais a todos os empregados indistintamente. Mas nada deve ser imposto. Os alunos e padrinhos têm que ser voluntários.
Adapte as áreas e atividades de apoio
Restaurante, ambulatório e espaços de convivência também devem ser acessíveis ao funcionário deficiente. O mesmo cuidado precisa ser tomado em relação às atividades de segurança. Simulados de incêndio e treinamentos para a evacuação do prédio precisam levar em conta a presença de quem tem dificuldade de se locomover, ouvir ou enxergar. Essas pessoas devem trabalhar sempre perto de uma saída de emergência e contar com alguém que as auxilie nessas situações. No caso dos surdos, é importante que os alarmes sonoros sejam acompanhados de sinais luminosos.
Ouça o funcionário
Deixe bem claro para o deficiente que ele deve se manifestar, caso se sinta desconfortável no trabalho. Segundo Anita, muitos deles se sentem tão gratificados pela oportunidade de emprego que preferem não reclamar das dificuldades enfrentadas no dia-a-dia. 'Não se pode esquecer que uma pessoa com um problema físico que fica muito tempo numa posição errada pode ter o seu problema agravado', diz ela.
Avalie a produtividade
Assim, os funcionários deficientes sentirão que têm as mesmas chances de crescimento profissional que os demais. Mas tome cuidado para que eles não estendam demais o horário de trabalho. De acordo com Anita, os portadores de deficiência tendem a ser muito dedicados quando encontram um emprego e gostam de ser os primeiros a chegar e os últimos a sair. Não é preciso tanto para que todos - empresa, deficientes e sociedade saiam ganhando.
Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios.
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Mediação de conflitos coletivos de trabalho
Publicado em
07/06/2007
às
17:43
A mediação de conflitos coletivos de trabalho, realizada pelo Ministerio do Trabalho abrange controvérsias envolvendo a celebração de convenção ou acordo coletivo de trabalho, descumprimento e divergências de interpretação desses instrumentos normativos ou de norma legal e conflitos intersindicais relativos a representação legal das categorias.
Base legal:Portaria nº1/2006,ementa nº35; art.11, da Lei nº 10.192/2001; art.4º, da Lei 10.101, de 19/2000; art.2º, do Decreto nº1.256/1994; art.2º, do Decreto nº1.572/1995 ; art.7º, da Portaria nº343, de 23/2000.
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Rio Grande do Sul gerou 52.099 postos de trabalho em 2006
Publicado em
27/05/2007
às
13:00
Rio Grande do Sul gerou 52.099 postos de trabalho em 2006
Porto Alegre, 16/02/2007 - O Rio Grande do Sul gerou 52.099 novos empregos com carteira assinada em 2006. Frente ao ano anterior, quando foram criadas 26.263, este saldo é praticamente o dobro, o que mostra uma recuperação do mercado de trabalho gaúcho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego
O Caged mostra a movimentação do mercado de trabalho, toda vez que uma empresa admite ou demite um trabalhador, tem que comunicar o fato ao Ministério do Trabalho e Emprego. Os 52.099 correspondem ao saldo entre admissões e demissões.
O setor que mais se destacou foi o de Serviços com a abertura de 24.664 vagas. Depois de Serviços, o Comércio foi o setor com maior número de contratações, 19.940, seguido da indústria, 5.676, e da Construção Civil, 873. O setor agrícola eliminou 832 postos de trabalho no período. A indústria gaúcha mostrou uma recuperação em relação a 2005, quando foram fechadas 17.060 vagas. Dentro da indústria, o segmento que mais cresceu em 2006 foi o de alimentação e bebidas, com saldo positivo de 2.983 novas vagas. Em compensação, o segmento de calçados continuou demitindo, fechando 4.672 vagas.
A maior parte das oportunidades de trabalho foram geradas na capital, Porto Alegre, e em Caxias do Sul, 11.910 e 5.938, respectivamente.
Fonte: Comunicação Social da DRT/RS
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Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) - Arquivar por 20 anos
Publicado em
10/05/2007
às
10:00
Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas, deverão ser registrados em prontuários individual, que deve ficar sob a responsabilidade do médico coordenador do PCMSO, a serem mantidos por um período mínimo de 20 anos, contado após o desligamento do empregado.
Base Legal: Portaria 24 SSST, de 29/12/94
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Acordo internacional: INSS garante direito a brasileiros e estrangeiros
Publicado em
23/02/2007
às
09:00
Os brasileiros que trabalham no exterior e os estrangeiros que desempenham atividade profissional no Brasil têm seus direitos previdenciários garantidos por um acordo internacional que a Previdência Social brasileira mantém com dez países. Esse acordo permite, por exemplo, que o tempo de contribuição de uma pessoa que trabalha no Brasil seja computado em outro país. Da mesma forma, um estrangeiro pode ter seu tempo de contribuição no exterior contado para fins de benefícios oferecidos pela Previdência brasileira.
No caso de uma aposentadoria, o benefício é pago pelos dois países, proporcionalmente ao tempo contribuído pelo trabalhador em cada um deles. Os direitos estão vinculados à legislação previdenciária de cada país e abrangem os trabalhadores e dependentes legais, residentes ou em trânsito no país. Os países signatários desse acordo internacional com o Brasil são Argentina, Cabo Verde, Chile, Espanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Paraguai, Portugal e Uruguai.
Quando um trabalhador se desloca para outro país para executar um trabalho por tempo determinado, a contribuição previdenciária continua a ser feita no seu país de origem, conforme definido pelo acordo internacional. Para que isso seja possível, o órgão responsável pela previdência social no país de origem deve fornecer ao trabalhador um documento chamado Certificado de Deslocamento Temporário.
Países sem acordo internacional - O trabalhador que se deslocar para um país não abrangido pelo acordo internacional fica submetido às obrigações trabalhistas e previdenciárias locais. Se ele quiser continuar a contribuir para a Previdência brasileira, deve nomear alguém de sua confiança para ser seu procurador. Essa pessoa fica responsável, no Brasil, pela sua inscrição na Previdência como segurado facultativo e pelo recolhimento das contribuições mensais. O formulário para essa procuração está disponível no site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br) ou nas agências do INSS. De acordo com a legislação previdenciária, o segurado pode nomear um procurador para representá-lo em caso de impossibilidade de locomoção, doença contagiosa ou viagem internacional.
Se o trabalhador não continua a contribuir, ele pode perder a qualidade de segurado da Previdência Social e deixa de ter direito aos benefícios previdenciários no Brasil, como aposentadorias, pensões e auxílios. Somente após uma nova inscrição como empregado, contribuinte individual (autônomo, empresário etc.), trabalhador avulso, segurado especial ou facultativo é que readquire a qualidade de segurado.
Fonte: AgPrev.
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Empresas estão alertas para a qualificação do preposto
Publicado em
24/11/2006
às
15:00
Um dos erros mais comuns cometidos pelas empresas em geral em uma reclamatória trabalhista é escolher um preposto despreparado para desempenhar a função. Conforme o artigo 843 da Consolidação das Leis do Trabalho, o empregador pode ser representado em audiência trabalhista por gerente ou qualquer nutro preposto que tenha conhecimento dos fatos alegados pelo reclamante. O preposto. geralmente um funcionário da área de recursos humanos, deve conhecer a rotina da empresa, os turnos existentes, os intervalos de horários, a política de benefícios, de descontos, rotinas de admissão e demissão, exames médicos, política salarial, entre outras questões. Mas. principalmente, deve estar informado sobre a rotina do reclamante.
De acordo com a coordenadora do Núcleo Trabalhista do João Carlos e Fernando Scalzilli Advogados & Associados. Rosane Maina. muitas empresas, normalmente com poucas ações trabalhistas, não estão cientes dos problemas que podem enfrentar com a falta de informação do preposto. "O preposto deve ser aquele que tem mais conhecimento sobre o funcionário e acompanhar todo o processo de perto, servindo de braço direito para o advogado da empresa", explica Rosane. Um "pecado" cometido geralmente pelas empresas é trocar de preposto de uma audiência para outra. "Isso é possível, mas não recomendado, pois ele não terá o mesmo nível de informação do anterior", enfatiza a advogada Cláudia Ledur, membro da Comissão de Assuntos Internacionais da ordem dos Advogados do Brasil s também profissional do João Carlos e Fernando Scalzilli Advogados & Associados.
Em alguns casos, lembra Cláudia, a emprega manda o preposto em uma outra audiência como testemunha, o que não é permitido. A atuação do preposto frente ao processo trabalhista será o assunto da palestra das advogadas Rosane Maina e Cláudia Ledur no dia 9 de outubro, às 19h, na ADVB (rua Celeste Gobato s/nº, Porto Alegre). Informações pelo telefone (51) 3333-8700 ou e-mail fatima@scalzilli.com.br
Fonte: Jornal do Comércio, pág. 25 de 27/09/06.
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Empresas são responsáveis por e-mail de funcionário
Publicado em
06/11/2006
às
13:00
A empresa é responsável pelos atos de seus funcionários, isso é o que diz o novo Código Civil e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essa regra, segundo advogados, se estende também para o uso do e-mail corporativo. Significa que, se o funcionário cometer algum ato ilícito pelo e-mail corporativo, a empresa poderá ser acionada judicialmente e será responsabilizada pelo dano. "A empresa tem que estar atenta ao uso do e-mail corporativo e definir claramente uma política de uso", diz Sólon Cunha, presidente do Sindicato das Sociedades de Advogados dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Sinsa). "Se a empresa deixar claro para o empregado que o e-mail é para uso profissional, ela pode acionar judicialmente o funcionário que cometeu o dano e cobrar o prejuízo", comenta Juliana Canha Abrusio, do escritório Opice Blum.
Empregador tem que deixar bem claro que o e-mail não pode ser usado para fins pessoais. Sólon Cunha, que também é especialista em direito trabalhista do escritório Machado, Meyer, Sendacze Opice Advogados, cita o uso da ferramenta para mandar mensagens racistas, por exemplo. Ele explica que "o Ministério Público tem obtido êxito em ações remuneratórias de dano moral, promovidas contra empresas, pela prática discriminatória decorrente do uso do e-mail corporativo pelo empregado". "A empresa pode ter que responder por isso, especialmente se esta mensagem chegou nas mãos do presidente da empresa, por exemplo, e ele não teve uma atitude enérgica contra esse funcionário", enfatiza.
Para ele, uma das maneiras de evitar esse problema é criando um protocolo com regulamento de uso de e-mail corporativo. "Quando o funcionário entra na empresa ele não recebe um protocolo para uso das chaves da empresa, por exemplo? Então, cria, um protocolo para uso do e-mail", explica o advogado. "É importante retirar, do funcionário, a expectativa de privacidade do e-mail", diz Juliana Canha Abrusio, do Opice Blum.
Os advogados lembram que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem precedente favorável ao monitoramento do e-mail, desde que o empregado esteja sujeito a um regulamento interno.
Segundo Sólon Cunha, se existir uma política interna de uso da internet, o empresário pode ingressar com uma ação de regresso contra o funcionário que usou o e-mail de forma prejudicial à empresa. "É possível acionar, na Justiça, aquele que realmente cometeu o dano pelo qual a empresa foi responsabilizada", diz Juliana Abrusio.
Imagem da empresa
Além da questão trabalhista, o advogado lembra ainda que a empresa pode ser responsável também pelo que o seu funcionário ou prestador de serviço se compromete a fazer com o cliente.
Ele conta que há caso, por exemplo, de um corretor de seguros que tinha o e-mail corporativo.
Esse prestador de serviço vendeu o seguro para uma pessoa e, por e-mail, esse cliente condicionou a compra à cobertura de um determinado item. O corretor, que era um prestador de serviço com o e-mail corporativo, disse que ia verificar e depois respondeu que "tudo bem".
O cliente entendeu que tinha a tal cobertura. No entanto, o item não fazia parte do pacote que ele tinha comprado. Quando ocorreu o sinistro, a seguradora se recusou a pagar com base no contrato e o cliente recorreu à Justiça. "O juiz entendeu que, como o cliente condicionou o negócio à tal cobertura e foi fechado, ele estava segurado", explica o advogado. "O uso de e-mail por prestador de serviços deve ser feito com cautela porque além de situações como essa, pode também prejudicar a imagem da companhia", diz Sólon Cunha.
Esse e outros temas farão parte do II Congresso Brasileiro de Sociedades de Advogados, que será realizado pelo Sinsa nos dias 9 e 10 de novembro, em São Paulo. "Como ainda é muito novo, esse tem sido um tema muito discutido dentro das sociedades de advogados", finaliza Sólon Cunha.
Fonte: Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 11/Gilmara Santos.
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45,5% dos desempregados são jovens
Publicado em
18/09/2006
às
18:00
Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que, embora a população mais jovem represente apenas 25% dos habitantes economicamente ativos, 45,5% do total de desempregados brasileiros têm entre 16 e 24 anos.
O estudo, que se refere a números de 2005, contabilizou 3,241 milhões de desempregados nas regiões metropolitanas de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Salvador, além do Distrito Federal. Desse total, 1,473 milhão tinha até 24 anos.
Segundo análise do Dieese, os jovens tiveram, no ano passado, taxa de desemprego quase três vezes maior que a registrada pelo restante da população. Dentre os brasileiros com idade entre 16 e 24 anos, o índice de desemprego é de 31,82% mas cai para 12,76% quando se refere aos trabalhadores com 25 anos ou mais. Em São Paulo, Estado mais rico do País, os números são semelhantes: 29,89% daqueles com idades entre 16 e 24 anos estavam sem emprego, enquanto 12,76% dos maiores de 25 anos não trabalhavam.
Entrevistada pelo jornal Folha de S.Paulo, a economista do Dieese Patricia Lino Costa afirma que esse cenário será alterado somente se houver uma redução geral das taxas de desemprego, viabilizada por maiores índices de crescimento econômico. Para Patricia, somente dessa forma os mais jovens deixarão de concorrer no mercado com pessoas mais experientes que também buscam emprego.
Em 2004, o índice de jovens desempregados nas seis regiões pesquisadas foi ainda maior (46,4%). Segundo Patricia, a redução de quase um ponto, na comparação com 2005, não se deve a um crescimento da oferta de empregos. Para a economista, uma parcela dos jovens simplesmente desistiu de procurar trabalho para se dedicar mais aos estudos.
Nesse aspecto, a pesquisa do Dieese constata que a grande maioria dos jovens empregados não consegue conciliar a atividade com os estudos; No Estado de São Paulo, 70,1% dos jovens ocupados não estuda, enquanto apenas 29,9% estudam e trabalham.
Fonte: Invertia.
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INSS implanta sistema de localização de Devedores e Bens
Publicado em
15/07/2006
às
15:00
O projeto está sendo instalado em Porto Alegre e no Rio
A Procuradoria Federal do INSS em Alagoas implantou o projeto piloto Sistema de Localização de Devedores e Bens, que está sendo levado a outras regiões do País. O sistema é um método de trabalho do Setor de Localização de Devedores e Bens, que pesquisa endereços e patrimônio de devedores. Esta semana, a Procuradoria em Maceió treina quatro servidores, vindos de Brasília e de Juiz de Fora. Em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, o projeto já está em fase de instalação.
O treinamento da ferramenta do Sistema de Localização de Devedores e Bens teve início na terça-feira (17) e prossegue até sexta-feira (20).
A idealização do sistema surgiu na Gerência Executiva do INSS em Maceió, no ano passado, com o apoio técnico do escritório local da Dataprev. Este novo sistema está em rede mundial (web) e permite realizar a pesquisa dos bens e devedores nos estados, integrada à pesquisa nacional por meio de todas as Procuradorias.
"Devo reconhecer o importante apoio do gerente-executivo, Ronaldo Medeiros, que assinou um projeto autorizando a Dataprev a fazer a mudança de plataforma do antigo sistema. Hoje, temos uma grande ferramenta, em plataforma de rede nacional e com objetivos ousados", afirma Auzeneide Maria Wallraf, representante da Procuradoria Geral Federal (PGF) e responsável pela instalação e estruturação da Procuradoria Federal em Alagoas.
A previsão é que este sistema seja instalado, dentro de 90 dias, em Juiz de Fora e Brasília. A Procuradoria Geral Federal é responsável pela arrecadação judicial da Previdência Social e integra a Advocacia Geral da União (AGU). A Procuradoria Geral Federal existe em cinco estados e, em Alagoas, está em fase de estruturação e instalação.
Fonte: AgPrev.
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Indenizações por assédio moral começam a preocupar empresas
Publicado em
19/05/2006
às
13:00
Para o executivo P. C. B. M. ser promovido para superintendente regional de um grande banco não significou status nem satisfação profissional. Ao assumir o novo cargo, ele começou a ser pressionado por superiores, perdeu benefícios e, depois de apenas seis meses, foi demitido. "Nunca tinha ouvido falar de assédio moral, mas senti na pele o que é e passei os piores meses da minha vida nesta situação", afirma.
A história do executivo não é única. É cada vez mais frequente nos tribunais casos de funcionários que processam empregadores por se sentirem humilhados ou serem submetidos a péssimas condições de trabalho por causa do comportamento opressor de um superior, o que é chamado de assédio moral.
Antes, os processos judiciais envolviam principalmente funcionários de menor escalão, mas agora as empresas estão começando a se preocupar com casos envolvendo executivos e diretores, que resultam em indenizações muito mais altas, podendo ultrapassar o valor de R$ l milhão. O caso de M. foi um desses: em primeira instância, o banco foi condenado a lhe pagar R$ 2,8 milhões.
Segundo a advogada Cristina Stamoto, do escritório Machado Silva, a legislação tem acompanhado bem o assunto de assédio moral. "A forma de organização do trabalho mudou, existe muita competitividade nas empresas e a pressão para obtenção de lucro acaba dando vazão para ser instalado um clima de tensão desde a linha de produção até os executivos", diz.
Conforme Paulo Sérgio João, sócio do Mattos Filho Advogados, seu escritório tem recebido cada vez mais consultas de empresas que querem se precaver de processos de assédio moral envolvendo executivos. "A própria CLT trata deste assunto. Diz que empregador não pode praticar atos lesivos à honra e tem obrigação de manter o ambiente de trabalho digno." Um dos casos atendidos por ele foi de um executivo vindo de um outro banco que, ao retornar para o Brasil, recebeu poucas funções e passou a ser desprezado pela chefia, pois queriam que ele pedisse demissão. "Isso gera muitos problemas psicológicos, então ele pediu indenização e ganhou."
Maria Lúcia Benhame, sócia do Benhame e Três Rios Advogados, também nota um crescimento do número de consultas de empresas sobre o tema. "Já existem até agora dois projetos de lei sobre o assunto, dando direito ao funcionário de pedir demissão e receber todos os benefícios da rescisão de contrato, caso tenha passado por uma situação de assédio moral."
Para o consultor de RH Gilberto Guimarães, diretor da consultoria BPI, as empresas no Brasil estão agindo de forma errada em relação ao assunto. "As companhias estão se preparando judicialmente, mas não criam mecanismos internos para que este tipo de caso possa ser resolvido antes de a pessoa ser demitida ou pedir demissão e ir à Justiça", diz.
Por isso, João diz que o primeiro passo para evitar um processo é criar canais de comunicação em que o empregado possa se manifestar. "Depois, é preciso ter uma comissão ou RH que tente resolver a questão e mostrar aos gestores os impactos que seus atos causam."
Fonte: Jornal do Comércio, caderno Jornal da Lei.
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Empregados Menores - Freqüência Escolar
Publicado em
03/03/2006
às
16:00
O estabelecimento que ocupar menores, será obrigado a conceder-lhe o tempo que for necessário para freqüência as aulas.
Base Legal: Art. 427 da CLT.
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Prática de exercícios físicos nas empresas
Publicado em
03/03/2006
às
14:00
Empregadores estão encorajando a prática de exercícios físicos e a manutenção de hábitos saudáveis aos seus funcionários. Esta é uma das mais fortes tendências do setor de fitness para os próximos anos, de acordo com o Conselho Norte-americano do Exercício. Já existe a percepção de que funcionários inativos e acima do peso custam mais para as empresas, pois ficam doentes mais vezes e produzem menos.
Fonte: Jornal do Comércio, de 20/02/2006, p.8/ coluna Affonso Ritter.
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Banco de horas: é possível reduzir gastos com o RH sem demitir ninguém
Publicado em
17/02/2006
às
15:10
Transformar o pagamento das horas extras em folgas no trabalho pode ser uma boa opção para todos.
Os gastos da sua empresa estão muito altos e, de alguma forma, é preciso reduzir custos para manter o controle dos negócios e uma situação mais confortável. A primeira idéia que passou na sua cabeça, e a que passa pela mente de muitos empresários, é promover um corte na equipe. Mas será que esta é a melhor saída?
Acontece que é possível economizar mantendo o quadro atual de funcionários. A área de recursos humanos de uma empresa permite atitudes mais flexíveis, como a dica que iremos tratar aqui: o banco de horas.
Os gastos com o pagamento de horas extras são significativamente elevados, uma vez que é necessário pagar um adicional mínimo sobre o valor da hora trabalhada a mais, além de seus reflexos sobre férias, décimo terceiro salário e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Vantagens
Ao adotar o sistema de banco de horas, a empresa corta estes gastos e estabelece uma nova política de trabalho, afinal, as horas extras que antes representavam um dinheiro a mais na remuneração do final do mês, agora se transformarão em dia(s) de folga no trabalho.
Caso a posição de toda a equipe seja favorável ao novo sistema, então o acordo deve ser homologado no sindicato da categoria.
Isto porque cada sindicato mantém a sua convenção coletiva, que estabelece os direitos trabalhistas que deverão ser assegurados aos trabalhadores sindicalizados. Em geral, são permitidas duas horas extras por cada funcionário por dia, mas há acordos que prevêem números diferentes.
Com isto, o trabalhador vai acumulando horas no banco que garantirão a ele o direito a folgas no trabalho conforme acordo com o seu supervisor. Vale lembrar, entretanto, que o acúmulo do tempo trabalhado a mais tem prazo definido: as horas não podem durar mais de um ano no banco conforme estabelece a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), isto é, as folgas devem ser agendadas durante este período.
Fonte: InfoMoney
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Definições de Acordo, Convenção e Dissídio Coletivo
Publicado em
10/02/2006
às
11:00
O Acordo Coletivo de Trabalho é celebrado pelos sindicatos representativos de categorias profissionais com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulam condições de trabalho que serão aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes.
A Convenção Coletiva de Trabalho é um acordo de caráter normativo pelo qual 2 ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis às relações individuais de trabalho, no âmbito das respectivas representações.
Já o Dissídio Coletivo resulta da recusa à negociação coletiva ou à arbitragem, por qualquer das partes acordantes (Sindicatos ou Empresas), que poderão, de comum acordo, ajuizar Dissídio Coletivo de natureza econômica, para que a Justiça do Trabalho venha decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalhado, bem como as convencionadas anteriormente.
Base Legal: Constituição Federal de 1988 - artigo 114 - DO-U de 05/10/88; Emenda Constitucional 45, de 08/12/2004 e Decreto-Lei 5.452, de 01/04/43 - Consolidação das Leis do Trabalho - artigo 6411 - DO-U de 09/08/43.
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Trabalhador pode contribuir por dois empregos
Publicado em
04/02/2006
às
13:00
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Segurado deve observar se não ultrapassa o limite de contribuição
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Quem tem dois empregos deve ficar atento para não ultrapassar o limite de contribuição da Previdência Social. Esse limite é atualmente de R$ 293,50 para o trabalhador empregado, o que corresponde a 11% do teto do salário de contribuição e de benefícios da Previdência, de R$ 2.668,15. Se as contribuições nos dois empregos do segurado forem somadas e ultrapassarem R$ 293,50, o trabalhador pagará a maior para a Previdência.
Para corrigir essa situação, o empregado deve comunicar esse fato às empresas em que trabalha. Existem duas opções: uma é a diminuição proporcional do recolhimento nas duas empresas ou o recolhimento normal em uma delas e somente a diferença na outra. É importante que as duas empresas documentem o que está ocorrendo, para evitar problemas com a fiscalização do INSS.
Em relação aos valores que já tiver pago a mais, o segurado poderá pedir restituição. Para isso, ele deve se dirigir ao setor de arrecadação da agência da Previdência Social de sua região.
Empregado e autônomo - Já o segurado que trabalha em empresa e como autônomo deverá observar os dois rendimentos. A soma dos rendimentos sobre os quais incidem as contribuições não poderá ultrapassar o teto da Previdência, de R$ 2.668,15. Isso porque as alíquotas são diferentes: 7,65 a 11% para o empregado, 11% para o autônomo que presta serviço para empresas e 20% para o autônomo que presta serviço para pessoas físicas.
Por exemplo, se o trabalhador recebe R$ 2.000,00 como empregado e R$ 1.000,00 como autônomo que presta serviço a pessoas físicas, ele deverá contribuir: R$ 220,00 (11% sobre R$ 2.000,00), o que é descontado pela empresa, e recolher, em guia, mais R$ 133,63 (20% sobre R$ 668,15). (Carlos Eduardo Pereira de Araujo) |
Fonte:AgPrev
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Conceito de Operação Concomitante no INSS
Publicado em
11/01/2006
às
13:00
Operação concomitante é o procedimento pelo qual o sujeito passivo, liquida créditos constituídos no âmbito da Secretaria da Receita Previdenciária (SRP), total ou parcialmente, utilizando-se de crédito oriundo de processo de restituição ou reembolso.
A operação concomitante poderá ser realizada:
- a pedido do sujeito passivo, por escrito, na hipótese de restituição de créditos oriundos de reembolso ou da retenção de 11% do valor da Nota Fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços executados mediante cessão de mão-de-obra;
- de ofício pela SRP, na hipótese de restituição de valores recolhidos, indevidamente à Previdência Social ou a outras entidades ou fundos;
- por ação da SRP prevista no acordo de parcelamento.
Base Legal: Instrução Normativa 3 SRP, de 14/07/2005 - artigo 215.
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INSS alerta os segurados contra fraudadores
Publicado em
03/11/2005
às
15:00
Pessoas que tentam visitar segurados devem ser denunciadas à Polícia
A Previdência Social alerta os seus segurados para tomarem cuidado contra a visita de pessoas a seus domicílios, passando-se por servidores do INSS. O processo de concessão de aposentadorias ou pensões não inclui visitas às casas dos beneficiários.
Os segurados do INSS não devem fornecer dados pessoais a estranhos. Caso recebam alguma visita de pessoa se dizendo servidora do INSS ou a seu serviço, devem denunciar à Polícia.
Fonte: AgPrev.
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Termina a greve do INSS
Publicado em
18/08/2005
às
16:00
Agências abrirão aos sábados
A Previdência comunica a retomada das atividades de todos os servidores do INSS a partir de 17/8/05. O órgão adotou algumas medidas para facilitar o atendimento nas agências da Previdência Social de todo País.
1 - As agências que estavam fechadas ou com atendimento parcial voltam a funcionar com horário estendido de duas horas até que o fluxo esteja normalizado. Estas unidades abrem, de segunda a sexta, das 8h às 16h; e nos próximos três sábados, das 8h às 12h (respectivamente nos dias 20 e 27 de agosto e 3 de setembro).
2 - Segurados que não tenham urgência no atendimento, que desejem orientações e protocolar revisões ou recursos, evitem, pelo menos nas próximas três semanas, idas às agências. A medida tem por objetivo melhorar o atendimento ao segurado.
3 - Terão prioridades os atendimentos dos beneficiários que solicitarem benefícios por incapacidade, pensão por morte, salário-maternidade e benefícios assistenciais (Loas).
4 - Os segurados terão até 90 dias a partir da reabertura das agências para protocolar seus benefícios, com data retroativa, sem qualquer prejuízo financeiro.
5- Os agendamentos para perícias médicas já marcados serão mantidos. Os segurados em gozo de benefício por incapacidade que necessitem agendar perícia médica devem procurar as agências.
6 - Pelo portal da Previdência Social podem ser realizados os requerimentos para auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte (precedida de aposentadoria). Também podem ser obtidos os seguintes serviços: comunicação de acidente do trabalho, inscrição de beneficiário, consulta sobre andamento de processos de benefícios, atualização de endereços, cálculo de aposentadoria (tempo de contribuição e valor), emissões de carta de concessão de benefício, memória de cálculo, extrato de pagamento e certidão para saque de PIS e FGTS.
7 - Orientações sobre o atendimento das agências e dos serviços do INSS poderão ser obtidos pelo 0800 78 0191, PREVCartas (prevcartas@previdencia.gov.br) ou na página da Previdência Social (www.previdencia.gov.br)
Fonte: AgPrev.
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Força-Maior - Conceito
Publicado em
06/04/2005
às
15:00
Entende-se como motivo de força maior todo acontecimento inevitável em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente, como, por exemplo: incêndio, inundação etc.
Base Legal: Decreto-Lei nº 5.452, de 1-5-43 - CLT art. 501.
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Cargo de confiança x cargo de chefia: distinção
Publicado em
18/02/2005
às
12:00
O fato do gerente de estabelecimento comercial não ter seu trabalho sujeito ao controle de horário pela empresa não é suficiente, por si só, para caracterizar o empregado como ocupante de um cargo de confiança. Sob essa afirmação, feita pelo ministro João Oreste Dalazen, a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu um recurso de revista interposto por uma empresa rural gaúcha. "O cargo de confiança não se confunde com a mera chefia", explicou o ministro do TST.
O posicionamento resultou na manutenção de decisão tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (com jurisdição no Rio Grande do Sul). O órgão de segunda instância afastou o reconhecimento do cargo de confiança e confirmou a um ex-gerente de uma Agropecuária seu direito a horas extras.
A questão judicial envolveu a análise do artigo 62, inciso II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O dispositivo exclui do sistema de horas extraordinárias "os gerentes, assim considerados os exercentes de cargo de gestão, aos quais se equiparam, para o efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial". O parágrafo único do mesmo dispositivo prevê que o gerente não terá direito a hora extra quando sua remuneração exceder em mais de 40% o valor do salário básico.
Com base nas normas da CLT, o TRT gaúcho reconheceu que o gerente "era de fato o coordenador das atividades da granja, verificando estoques, controlando pessoal e recomendando até admissões e demissões dos empregados". Essas circunstâncias foram insuficientes para a caracterização do cargo de confiança pois "o conteúdo ocupacional é próprio de uma chefia intermediária, nada havendo nos autos que demonstre poderes de gestão ou autonomia organizacional, tampouco administrativa".
"Por igual, não há quaisquer elementos no processo que comprovem a percepção de gratificação nos moldes do parágrafo único do art. 62 da CLT", acrescentou o TRT.
No recurso de revista, a empresa voltou a alegar a viabilidade do enquadramento do trabalhador como ocupante de cargo de confiança. Sustentou que diante dos poderes de mando e gestão atribuídos ao gerente, bem como pela condição de chefia inerente ao cargo ocupado, o trabalhador estava inserido na exceção do artigo 62, inciso II da CLT. Em tal classificação, não teria direito à remuneração das horas extraordinárias que porventura houvesse prestado.
A hipótese de violação da legislação trabalhista foi afastada, contudo, pelo voto do ministro Dalazen. O relator reportou-se ao estudo de um especialista sobre o tema e reproduziu a tese de que o detentor de cargo de confiança atua em funções "cujo exercício possa colocar em risco o próprio empreendimento e a própria existência da empresa, seus interesses fundamentais, sua segurança e a ordem essencial ao desenvolvimento de sua atividade".
Também foi questionado o direito reconhecido ao trabalhador de incorporação salarial da gratificação paga, em três oportunidades (1996, 1997 e 1998), ao final do ano. Segundo a empresa, não havia previsão legal para esse pagamento e a vantagem não poderia ser classificada como habitual e periódica, pois paga anualmente.
O ministro Dalazen confirmou a natureza salarial e o direito ao pagamento da gratificação relativa a 1999, bem como sua integração ao salário para todos os fins. Ele reconheceu a periodicidade da vantagem, "ainda que tal periodicidade seja anual". (RR 100/2001-771-04-00.8).
Fonte: TST - Processo RR 100/2001-771-04-00.8
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INSS alerta segurados quanto a empréstimo pessoal
Publicado em
11/02/2005
às
12:53
Deve-se evitar interferência de terceiros ao contrair empréstimos
- A Gerência Executiva do INSS faz um alerta aos segurados que desejam contrair um empréstimo pessoal, com o desconto das parcelas em folha de pagamento. As instituições financeiras procuradas devem ser conveniadas com a Previdência Social e a interferência de terceiros deve ser evitada no ato da assinatura do contrato.
As condições para empréstimos a titulares de aposentadorias e pensões do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) estão na Medida Provisória (MP) nº 130, de 17 de setembro de 2003, mas os segurados desavisados se deixam seduzir pelas propostas apresentadas por corretores não credenciados, que circulam pelos centros financeiros.
Ao assinar o contrato, o segurado deve observar se a instituição financeira ou sociedade de arrendamento mercantil está credenciada pelo INSS, obedecendo as normas estabelecidas pelo Instituto para os referidos descontos, que não podem ultrapassar 30% do valor do benefício previdenciário.
Os segurados que se sentirem prejudicados no ato do empréstimo devem procurar o INSS ou os órgãos de defesa ao consumidor.
Fonte: AgPrev
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Acidentes do trabalho - Competência da Justiça do Trabalho
Publicado em
10/02/2005
às
12:40
A Justiça do Trabalho (JT) é o órgão competente para processar e julgar os pedidos de indenização por dano moral ou material decorrentes de acidentes de trabalho. Essa prerrogativa da magistratura trabalhista é defendida pelo vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Ronaldo Leal, para quem o texto da Reforma do Judiciário (introduzida pela Emenda Constitucional nº 45 de 2004) é suficientemente claro para indicar a qual segmento judicial cabe o exame da matéria.
A afirmativa do ministro Ronaldo Leal encontra respaldo entre a maioria dos integrantes do Tribunal Superior do Trabalho e é anterior à data da publicação da Emenda Constitucional nº 45 (31 de dezembro passado). Contudo, com a previsão do novo artigo 114, inciso VI, do texto constitucional, as polêmicas em torno do tema tendem a diminuir. O dispositivo prevê a competência da JT para o exame das "ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho".
Uma das controvérsias era se a JT tinha a prerrogativa de julgar casos de dano moral decorrentes somente da relação de emprego. A questão foi superada depois de posicionamento favorável do Supremo Tribunal Federal. No TST, a Subseção de Dissídios Individuais - 1 já editou a Orientação Jurisprudencial nº 327, onde se registra a competência "para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho".
Posteriormente, a polêmica em relação à competência da Justiça do Trabalho incluiu as repercussões materiais e morais decorrentes dos acidente de trabalho. Neste ponto, a discussão tomou maior corpo em razão do seu aspecto previdenciário, pois a legislação da seguridade social possui tratamento específico para os acidentados.
Sob o ponto de vista legal, as questões suscitadas por essa relação segurado (acidentado) - INSS tem sido resolvidas, há muitos anos, pela Justiça estadual. A partir de 1988, o crescimento sem precedentes no número e na espécie de demandas judiciais gerou um aumento nos pedidos de indenização (danos morais e materiais) decorrentes de acidentes do trabalho. Apesar do réu ser o empregador, as decisões, inclusive do STF, apontaram a competência da Justiça estadual ou federal para o exame dessas ações.
O entendimento do vice-presidente do TST, no entanto, reflete a visão da maioria dos magistrados trabalhistas, estabelecida a partir de uma visão mais ampla do tema. Um exemplo dessa interpretação aparece em voto proferido pelo ministro Renato de Lacerda Paiva em que reconhece a competência da JT para julgar caso de dano moral decorrente de acidente de trabalho. "O poder constituinte, atento à dupla possibilidade de reparação dos danos causados pelo acidente do trabalho, estabeleceu competências jurisdicionais específicas", assinalou o ministro.
"Assim, compete à Justiça comum processar e julgar as pretensões dirigidas contra o Estado, relativas ao seguro específico para o acidente do trabalho, decorrente da teoria do risco social (responsabilidade objetiva), e estende-se à Justiça do Trabalho a competência para apreciar a pretensão de indenização reparatória dos danos materiais e morais dirigida contra o empregador à luz da sua responsabilidade subjetiva ante a natureza eminentemente trabalhista do conflito".
Fonte: TST
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Tributo entra na base de cálculo de honorário de advogado
Publicado em
10/01/2005
às
09:30
Os honorários do advogado devidos na Justiça do Trabalho são calculados sobre o valor da condenação sem a dedução de tributos. O esclarecimento foi feito em decisão da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho no julgamento de recurso da Belgo-Mineira Participação Indústria e Comércio S.A. A empresa recorreu de decisão de segundo grau que estabeleceu que esses honorários devem ser calculados sobre o valor bruto da condenação. Ela alegou que as contribuições da Previdência Social e o imposto de renda não estariam sujeitas à incidência desses honorários.
Nesse processo, a Belgo-Mineira foi condenada ao pagamento de adicional de periculosidade a um metalúrgico. Laudo pericial comprovou que o empregado trabalhava na área de produção onde ficavam estocados produtos lubrificantes e de limpeza utilizados nos serviços de manutenção e limpeza de máquinas. Na data da perícia, havia no reservatório mil litros de querosene e sete tambores de 200 litros de óleo e graxa.
A lei 1.060, de 1950, estabelece que os honorários advocatícios devem ser fixados pelo juiz até o máximo de 15% sobre o "líquido" apurado na execução de sentença. O sentido da palavra líquido diz respeito ao valor apurado em liquidação de sentença e não à exclusão dos descontos fiscais e previdenciários, afirmou o relator do recurso, ministro João Oreste Dalazen.
O relator citou, como referência, decisões anteriores do TST. Em uma delas, também da Primeira Turma, esclarece-se que a lei não determina que os honorários de advogado sejam apurados sobre o valor líquido da condenação. Como está expressamente estabelecido na Lei 1.060/50, essa parcela deve ser calculada sobre o valor total da condenação apurada na fase de liquidação subsequente ao trânsito em julgado da sentença condenatória sem qualquer dedução, afirmou o juiz convocado Luiz Philippe Vieira de Mello Filho , redator dessa decisão.
Fonte:MTE - Processo (RR 1206/2001.0).
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Suposto contrato não descaracteriza vínculo empregatício
Publicado em
10/09/2004
às
09:00
A 3ª Turma do TRT-10ª Região condenou uma empresa a reconhecer o vínculo empregatício de motorista supostamente contratado como locatário de ônibus da empresa e considerou a atitude fraude à legislação trabalhista.
Embora a empresa tenha argumentado que havia entre as partes um contrato de locação de veículo, com finalidade específica e prevista na Lei Local 2.834/2001, o relator do processo, juiz Alexandre Nery de Oliveira, entendeu que houve prova suficiente para descaracterizar o trabalho autônomo alegado, principalmente por meio de testemunhas.
Segundo os depoimentos, o motorista era obrigado a cumprir horários e prestava contas diariamente no setor de arrecadação da empresa, em clara demonstração de que era a ela subordinado. O relator explica que o artigo 3º da CLT estabelece ser empregado "toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador,sob dependência deste e mediante salário". Já o trabalhador autônomo não é subordinado e assume os riscos da sua própria atividade.
Neste caso, conforme constatou o juiz Alexandre Nery, a empresa apenas terceirizou os serviços relacionados à sua atividade-fim, explorando mão-de-obra barata sob o pretexto de trabalho autônomo e mediante contrato de locação de ônibus seu. Ele explica que este tipo de contrato é impróprio e simula a locação para o trabalhador explorar a rota concedida pelo Poder Público. O relator foi taxativ "Constitui fraude e desvirtuamento da legislação trabalhista a contratação de motorista e/ou cobrador, por empresa de transporte público, seja como autônomo, avulso, extrafolha, ou de outro modo remunerado sem vínculo de emprego, já que envolvida atividade-fim que não admite tal ajuste, sequer para atender condição excepcional, pela possibilidade de contratação por prazo determinado, em tal caso".
Fonte: TRT - 10ª região, processo 3ª Turma - 01223-2003-005-10-00-2-RO.
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Trabalhador rural tem direito à aposentadoria por idade
Publicado em
13/08/2004
às
17:00
Tempo de trabalho mínimo exigido é de 180 meses
Quem passou a vida trabalhando no campo, seja individualmente ou em regime de economia familiar, tem direito à aposentadoria por idade. O homem deve ter 60 anos e a mulher, 55, e ambos devem comprovar o exercício da atividade rural por um período mínimo exigido. Essas pessoas contribuem para o INSS por meio da comercialização dos seus produtos. O valor da aposentadoria é de um salário mínimo.
Considerados segurados especiais da Previdência, os trabalhadores rurais que trabalham em regime de economia familiar pagam 2,1% ao INSS sobre o valor da venda de seus produtos. Esse valor normalmente é recolhido pela empresa compradora. São os agricultores como também os pescadores artesanais, os garimpeiros e os seringueiros.
Para dar entrada no pedido de aposentadoria, o trabalhador deve ir a uma Agência da Previdência Social com documentos pessoais, como identidade e CPF, certidão de nascimento ou de casamento e o documento de inscrição no INSS. Outra opção é o atendimento no PREVMóvel, a agência sobre rodas da Previdência Social, que percorre as localidades onde não existem unidades do INSS para atender a população.
Fonte: Ag Prev.
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Auxílio-doença beneficia segurados com câncer
Publicado em
05/08/2004
às
13:00
O benefício é um dos mais solicitados nas agências da Previdência |
Esse benefício garante renda aos segurados que ficam doente ou sofrem algum tipo de acidente no trabalho e, por isso, ficam incapacitados para a atividade por mais de quinze dias seguidos.
Essa situação aconteceu com a segurada Enedina da Costa Sinques, 60 anos, empregada doméstica há 40 anos, que descobriu em janeiro, após um exame de mamografia, estar com câncer (neoplasia). Após enfrentar a cirurgia com tranqüilidade, a segurada irá passar por quarenta sessões de quimioterapia (técnica utilizada no combate às células cancerosas). Durante este período, Dona Enedina irá receber o benefício da Previdência.
Os patrões de Enedina nunca assinaram sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). No entanto, para ser beneficiada pela Previdência e garantir uma renda, ela contribuía individualmente para o INSS.
Dona Enedina é um exemplo dos 21 milhões de brasileiros que contribuem com a Previdência Social todos os meses, o que garante uma renda no tempo em que estiver afastada do trabalho. "Estou tranqüila, pois tudo correu bem. A Previdência me ajudou no momento em que eu mais precisei. Eu sempre paguei meu carnê todos os meses e agora vou contar com o auxílio até voltar ao trabalho", disse.
Com a CTPS assinada, o segurado recebe do patrão os primeiros quinze dias que permanecer afastado das atividades e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento. No caso de dona Enedina, que contribuía como contribuinte individual, a Previdência paga o benefício a partir do afastamento.
Para ter direito aos benefícios do INSS, é preciso se increver na Previdência Social, em qualquer agência, e contribuir todos os meses. Para fazer a inscrição são necessários os documentos de identidade, CPF, carteira de trabalho, título de eleitor, cartão do PIS/Pasep e procuração, se for o caso. As inscrições também podem são feitas pelo PREVFone (0800 78 01 91) e pelo PREVNet (www.previdencia.gov.br). |
Fonte: Agência de Notícias da Previdência Social
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DOMÉSTICOS: Categoria é segurada obrigatória da Previdência
Publicado em
03/06/2004
às
15:00
Profissionais como motorista, cozinheira (o), arrumadeira, caseiro, enfermeira (o), babá e governanta, que trabalham para uma pessoa ou família sem que a atividade tenha fins lucrativos para o empregador, são considerados empregados domésticos. Para a Previdência Social eles são segurados obrigatórios. Para a fisioterapeuta Cláudia Bahia (51), são profissionais essenciais. No apartamento onde mora com o marido, as filhas e uma tia, Cláudia conta com uma arrumadeira, uma cozinheira e um motorista.
As atividades profissionais da fisioterapeuta fazem com que ela passe parte do tempo fora de casa e, por isso, precisa dos empregados para os afazeres domésticos. "Eles fazem a parte deles e eu a minha", comentou Cláudia Bahia, referindo-se às suas obrigações como empregadora. "Aqui, eles têm a Carteira de Trabalho assinada, folgas semanais, férias, 13º salário e os benefícios da Previdência caso precisem, como já aconteceu", garante. Na "folha de pagamento" dos empregados domésticos estão incluídos o caseiro e o jardineiro que trabalham na fazenda que a família possui no interior.
Todo empregado doméstico tem direito a receber o auxílio-doença previdenciário quando estiver incapaz para o trabalho e a aposentadoria por tempo de contribuição, idade ou invalidez. As mulheres ainda têm direito ao salário-maternidade, benefício que garante às empregadas quatro meses de salário por ocasião do parto. Os dependentes dos empregados são amparados em caso de morte ou reclusão do trabalhador. Quanto à contribuição previdenciária do doméstico, a partir de 18 de junho de 2000 é calculada aplicando-se as alíquotas de 7,65%, 8,65%, 9% ou 11% sobre os salários-de-contribuição, que é a soma de todos os ganhos que ele tem durante o mês.
Para contribuir para a Previdência o empregado doméstico precisa ter a inscrição formalizada pelo registro do contrato de trabalho na Carteira Profissional e pelo cadastramento no INSS, feito pelo empregador. O patrão deve utilizar o número do PIS/PASEP do trabalhador no primeiro recolhimento. Quando o segurado não tem esse documento, a inscrição deve ser feita por ele próprio, via Internet (www.previdência.gov.br), pelo PREVFone (0800 78 0191) ou diretamente nas Agências da Previdência Social.
Convívio - Cumprir com as obrigações trabalhistas e previdenciárias, para a fisioterapeuta, não é uma tarefa difícil. "Já que conto com profissionais, tenho que tratá-los como tal". O tempo de convivência com os empregados faz com que eles se tornem grandes amigos para Cláudia, que costuma almoçar ou ver televisão na companhia de um deles. Selma Ramos (39) é a cozinheira, mas também ajuda a patroa na escolha das roupas e até grava a programação da TV.
Fonte: AgPrev.
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Governador do RS recebe análises técnicas sobre o reajuste do piso regional
Publicado em
16/04/2004
às
14:00
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As análises técnicas desenvolvidas pela equipe da Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social (STCAS), que serão consideradas para a fixação do reajuste do salário mínimo regional, foram entregues ao governador Germano Rigotto, pelo titular da pasta, Edir Oliveira. Os novos índices salariais, calculados com base em pesquisas realizadas ao longo do mês de março pela STCAS, passarão a vigorar a partir do dia 1º de maio.
Segundo o secretário Edir Oliveira, as novas bases salariais e o valor do reajuste a ser concedido serão divulgados nos próximos dias pelo governador, que encaminhará à Assembléia Legislativa um projeto de lei fixando os novos pisos. O projeto deverá tramitar em regime de urgência no Legislativo. "Deixamos com o governador as informações e dados que recebemos nos últimos dias sobre o reajuste do mínimo regional. Repassei a ele, também, todos os apontamentos que tiramos das reuniões com as entidades empregadoras e dos trabalhadores".
Oliveira ressaltou, ainda, que serão mantidas as quatro faixas salariais em vigor para os trabalhadores urbanos e rurais do Estado. As faixas remuneratórias variam, atualmente, entre R$ 312 e R$ 339,60.
Para chegar à definição do novo salário mínimo regional, Oliveira coordenou uma intensa negociação com as entidades empresariais e representativas dos trabalhadores. Ao longo do mês de março, foram realizadas reuniões com integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical, entre outras. Também foram recebidas as Federações do Comércio de Bens e Serviços do Estado (Fecomércio) e das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
No Estado, o crescimento da economia gaúcha e a inflação acumulada do período, acrescida do aumento do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, são os principais dados considerados para se chegar ao índice de reajuste. "Consideramos a coerência da realidade regional para fechar os valores do novo piso. Não queremos comprometer a manutenção de postos de trabalho nem desvalorizar o esforço de milhares de gaúchos que contribuem para o crescimento da nossa economia", ressaltou Edir Oliveira.
Atualmente, quase 2 milhões de gaúchos estão vinculados ao mínimo regional, aprovado por lei estadual em junho de 2001para as categorias que não negociam dissídio coletivo com seus empregadores. Além do Rio Grande do Sul, o Rio de Janeiro também adota o salário mínimo regional.
MÍNIMO REGIONAL
Confira abaixo a evolução do piso estadual:
2001
faixa 1- R$ 230 faixa 2- R$ 235 faixa 3- R$ 240 faixa 4- R$ 250
2002
faixa 1- R$ 260 faixa 2- R$ 266 faixa 3- R$ 272 faixa 4- R$ 283
2003
faixa 1-R$ 312 faixa 2- R$ 319,20 faixa 3- R$ 326,48 faixa 4- R$ 339,60
Os quatro escalonamentos salariais hoje atingem os seguintes grupos de trabalhadores:
faixa 1 (R$ 312)- trabalhadores da agricultura e pecuária, das indústrias extrativas, de empresas de pesca, empregados domésticos, turismo e hospitalidade, da indústria da construção civil, de instrumentos musicais e brinquedos e estabelecimentos hípicos.
faixa 2- (R$ 319,20) - empregados nas indústrias de vestuário e de calçado, fiação, tecelagem, artefatos de couro, papel, papelão e cortiça, empresas distribuidoras de jornais e revistas, empregos em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas, empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas, empregados de estabelecimentos de serviços de saúde.
faixa 3 (R$ 326,48) - trabalhadores nas indústrias do mobiliário, químicas e farmacêuticas, cinematográficas, alimentícia, empregados do comércio e de agentes autônomos do comércio.
faixa 4 (R$ 339,60) - empregados das indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico, gráficas, indústria de vidros, cristais, espelhos, cerâmica e porcelana, artefatos de borracha, trabalhadores de empresas de seguros privados e capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de créditos, trabalhadores das indústrias de jóias e lapidação de pedras preciosas. |
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Fonte: Governo do Estado do RS.
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Salário-Educação - Constitucionalidade
Publicado em
31/12/2003
às
09:00
É constitucional a cobrança da contribuição do salário-educacional, seja sob a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988 e no regime da Lei 9.424/96.
Base Legal: Súmula 732 do STF.
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Trabalho Escravo - Caracterização - Pena
Publicado em
26/12/2003
às
09:00
Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
- Nas mesmas penas incorre quem:
I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II - mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
- A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
I - contra criança ou adolescente;
II - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem."
Base Legal: Decreto-Lei nº 2.848/1940, Art. 149, com redação dada pela Lei nº 10.803/2003.
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Trabalhador com mais de 60 anos terá prioridade no TST
Publicado em
15/10/2003
às
15:00
Os trabalhadores com idade igual ou superior a 60 anos terão prioridade na tramitação de processo no Tribunal Superior do Trabalho. De acordo com o Estatuto do Idoso (Lei 10.741), que entra em vigor dentro de 90 dias, o Judiciário deve assegurar preferência a pessoas nessa faixa etária tanto em relação à tramitação dos processos, como também nos procedimentos e na execução de atos e diligências judiciais nas quais elas figuram como parte. Hoje, esse benefício é assegurado a pessoas com idade de 65 anos ou mais.
"O Estatuto do Idoso é justo também em relação à tramitação processual", disse o presidente do TST, ministro Francisco Fausto. Segundo ele, existe nos tribunais do País "um grande número de processos em que as partes estão submetidas à espera prolongada a que o idoso não pode se submeter".
Apesar da expectativa de vida crescente no País - hoje de 68 anos de idade -, Francisco Fausto considerou "razoável e justa" a redução do limite de idade de 65 para 60 anos. "A expectativa de vida cresce onde há boa qualidade de vida e o que o Estatuto busca é atender a população que não é beneficiada com essa qualidade", justificou Francisco Fausto.
De acordo com o diretor-geral de Coordenação Judiciária, Valério Freitas do Carmo, a prioridade , assegurada hoje a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, abrange toda a tramitação do processo, da sua autuação até o julgamento.
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Equilíbrio emocional no trabalho
Publicado em
11/10/2003
às
15:00
Os sinais de alerta
O que pode indicar falta de controle emocional:
- Irritabildade, agressividade e impaciência desmedidas
- Vontade de chorar por motivo banal
- Dificuldade de concentração
- Isolamento social
- Insônia e ansiedade
- Indecisão excessiva
- Aumento no consumo de cigarros, bebidas ou outras drogas
Em busca do equilíbrio
- Busque o auto conhecimento
Reflita a respeito de suas atitudes, reações, defeitos, postura. Para conviver em harmonia com os colegas, é preciso que você se conheça muito bem primeiro. O exercício do autoconhecimento exige que você reflita sobre si mesmo. Pode ser feito em casa, durante uma caminhada diária, em terapias, em sessões de meditação
- Aceite as pessoas da maneira como elas são,
dentro dos limites profissionais. Identifique e aprenda a lidar com as diferenças individuais. É importante que o profissional, principalmente o que tem subordinados, avalie constantemente se está adotando uma se está adotando mais uma postura intransigente demais. Pessoas desequilibradas emocionalmente tendem a ser autoritárias.
a uma crítica ou de argumentar contra a posição de alguém. Controle o impulso de reagir imediatamente, de ter respostas prontas para todo e qualquer problema que surgir. Pondere antes de falar e de tomar atitudes importantes.
caso verifique que o seu desequilíbrio emocional está sendo causado por excesso de afazeres. Muitas vezes, o profissional acumula funções e responsabilidades que, a longo prazo, acabam afetando seu estado emocional e até seu comportamento. O melhor, nesse caso, é abdicar de algumas tarefas.
Veja se a origem da falta de controle das emoções não está em problemas domésticos, familiares, sentimentais. Tudo isso se reflete na produtividade e no comportamento dentro do ambiente de trabalho.
Reserve um período do dia para fazer algo de que gosta muito. Pode ser ouvir música, ler uma revista, dedicar-se a trabalho voluntário, praticar esporte. O importante é que você tenha um momento de prazer, fora do trabalho, todos os dias.