Consultoria Eletrônica
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Aberto o prazo para as empresas enviarem o relatório de transparência salarial
Publicado em
22/01/2024
às
14:00
Medida busca igualdade entre mulheres e homens
com cargos idênticos
O prazo para as empresas preencherem ou retificarem o Relatório de
Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios começa em 22/01/2024 e vai
até 29 de fevereiro de 2024. O preenchimento do documento está previsto
em portaria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e deve ser
obedecido por empresas privadas que tenham 100 ou mais empregados e sede,
filial ou representação no Brasil. A fiscalização tem o objetivo de reparar a
discriminação salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo. 
A abertura do ambiente
virtual para preenchimento obrigatório do formulário foi anunciada pela
ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e pelo ministro do Trabalho e Emprego,
Luiz Marinho. "Se é a mesma função e a mesma competência, a remuneração tem que
ser igual", diz Marinho.
Para a ministra Cida
Gonçalves, o combate à desigualdade salarial está lidado à garantia de
direitos. "O governo não quer perseguir empresas.
Queremos promover um processo
civilizatório no Brasil, e isso passa pela garantia de direitos, passa por
igualdade."
As informações deverão ser
prestadas na área do empregador do Portal Emprega Brasil, do MTE. As
empresas que já prestam informações por meio do sistema informatizado e-Social deverão
atualizar ou complementar as informações ao MTE, se necessário.
Os formulários preenchidos
eletronicamente deverão conter o número total de trabalhadores empregados,
separados por sexo, raça e etnia. Entre os dados que deverão ser informados
estão cargo ou ocupação dos trabalhadores, valores de todas as remunerações,
incluídos salário contratual, 13° salário, comissões, horas extras, adicionais
noturnos, de insalubridade, descanso semanal remunerado, gorjetas, terço de
férias, aviso prévio trabalhado e outras previstas em norma coletiva de
trabalho. As informações dos relatórios deverão preservar o anonimato dos
empregados e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) deverá
ser observada.
O relatório de Transparência
Salarial e de Critérios Remuneratórios deverá ser publicado a cada mês, de
março a setembro de cada ano, pelas empresas nos próprios sites eletrônicos
e em suas redes sociais, com a intenção de garantir a ampla divulgação para
seus empregados, colaboradores e ao público em geral.
Para fins de fiscalização e
confirmação de cadastro, o Ministério do Trabalho e Emprego pode solicitar às
empresas informações complementares àquelas que constam no relatório.
De acordo com a legislação,
após a publicação do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios
Remuneratórios, se confirmada a desigualdade salarial de gênero, os
empregadores serão notificados, pela Auditoria -Fiscal do Trabalho, para que
elaborem, em 90 dias, o Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e
de Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens. Na elaboração e na
implementação desse futuro plano de ação, deverá ser garantida a participação
de representantes
As pessoas podem denunciar
casos relacionados à discriminação salarial entre mulheres e
homens por meio do portal do Ministério do Trabalho e Emprego ou
pelos telefones: Disque Direitos Humanos (Disque 100), Central de Atendimento à
Mulher, o Ligue 180, ou Central Alô Trabalho, nº 158.
Fonte:
Fenacon, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil
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Piso Salarial - Enfermagem - Aplicação por Negociação Coletiva
Publicado em
11/01/2024
às
12:00
O STF, por meio
do Embargos de Declaração no Segundo Referendo na Medida Cautelar na Ação
Direta de Inconstitucionalidade 7.222, decidiu que a implementação do piso
salarial da enfermagem, em relação aos profissionais celetistas em geral, deve
ocorrer de forma regionalizada, mediante negociação coletiva nas diferentes
bases territoriais e nas respectivas datas-bases.
O entendimento foi
que deve prevalecer o negociado sobre o legislado, tendo em vista a preocupação
com eventuais demissões e o caráter essencial do serviço de saúde.
Ficou definido também que o piso salarial se refere à
remuneração global, e não ao vencimento-base, correspondendo ao valor mínimo a
ser pago em função da jornada de trabalho completa,
bem como que a remuneração pode ser reduzida proporcionalmente, no caso de
carga horária inferior a 8 horas por dia ou 44 horas semanais.
Fonte: Portal Tributário
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Portaria Regulamenta Normas de Igualdade Salarial
Publicado em
28/11/2023
às
10:00
Por meio da Portaria MTE 3.714/2023 foi
regulamentado o Decreto 11.795/2023, que dispõe sobre a
igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens.
A publicação do
Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios deverá ser
feita pelos empregadores em seus sítios eletrônicos, em suas redes sociais ou
em instrumentos similares, sempre em local visível, garantida a ampla
divulgação para seus empregados, trabalhadores e público em geral.
Verificada a
desigualdade salarial e de critérios de remuneração, os empregadores serão
notificados, pela Auditoria-Fiscal do Trabalho, para que elaborem, no prazo de
noventa dias, o Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de
Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens.
Uma cópia do Plano
de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios
entre Mulheres e Homens deverá ser depositada na entidade sindical
representativa da categoria profissional.
O Plano de Ação para
Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios entre Mulheres
e Homens deverá conter:
I- medidas a serem adotadas com escala de
prioridade;
II- metas, prazos e mecanismos de aferição
de resultados;
III- planejamento anual com cronograma de
execução; e
IV- avaliação das medidas com periodicidade
mínima semestral.
A seguir, o texto completo da referida
Portaria:
PORTARIA
MTE Nº 3.714, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2023
DOU
27/11/2023
Regulamenta
o Decreto nº 11.795, de 23 de novembro de 2023, que dispõe sobre a
igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens, em
especial o Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, o
Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios
Remuneratórios, o protocolo de fiscalização contra a discriminação salarial e
de critérios remuneratórios entre mulheres e homens e a disponibilização de
canais específicos para denúncias de discriminação salarial. (Processo nº
19955.201311/2023-38).
O
MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso da atribuição que lhe confere
o art. 87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição, resolve:
Art. 1º
Esta Portaria estabelece procedimentos administrativos para a atuação do
Ministério do Trabalho e Emprego em relação aos mecanismos de transparência
salarial e de critérios remuneratórios de que trata o art. 1º do Decreto
nº 11.795, de 23 de novembro de 2023.
DO
RELATÓRIO DE TRANSPARÊNCIA SALARIAL E DE CRITÉRIOS REMUNERATÓRIOS
Art. 2º O
Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios será
elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego com base nas informações
prestadas pelos empregadores ao Sistema de Escrituração Fiscal Digital das
Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas- e-Social e as
informações complementares coletadas na aba Igualdade Salarial e de Critérios
Remuneratórios a ser implementada na área do empregador do Portal Emprega
Brasil.
Art. 3º O
Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios será composto
por duas seções, contendo cada uma, as seguintes informações:
I - Seção
I - dados extraídos do e-Social:
a) dados
cadastrais do empregador;
b) número
total de trabalhadores empregados da empresa e por estabelecimento;
c )
número total de trabalhadores empregados separados por sexo, raça e etnia, com
os respectivos valores do salário contratual e do valor da remuneração mensal;
e
d) cargos
ou ocupações do empregador, contidos na Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO); e
II -
Seção II - dados extraídos do Portal Emprega Brasil:
a)
existência ou inexistência de quadro de carreira e plano de cargos e salários;
b)
critérios remuneratórios para acesso e progressão ou ascensão dos empregados;
c)
existência de incentivo à contratação de mulheres;
d)
identificação de critérios adotados pelo empregador para promoção a cargos de
chefia, de gerência e de direção; e
e)
existência de iniciativas ou de programas, do empregador, que apoiem o
compartilhamento de obrigações familiares.
Parágrafo
único. O valor da remuneração de que trata a alínea "c", do inciso I
do caput, deverá conter:
I-
salário contratual;
II- décimo
terceiro salário;
III-
gratificações;
IV-
comissões;
V- horas
extras;
VI-
adicionais noturno, de insalubridade, de penosidade, de periculosidade,
dentre outros;
VII-
terço de férias;
VIII- aviso
prévio trabalhado;
IX-
descanso semanal remunerado;
X-
gorjetas; e
XI-
demais parcelas que, por força de lei ou de norma coletiva de trabalho,
componham a remuneração do trabalhador.
Art. 4º A
publicação do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios
deverá ser feita pelos empregadores em seus sítios eletrônicos, em suas redes
sociais ou em instrumentos similares, sempre em local visível, garantida a
ampla divulgação para seus empregados, trabalhadores e público em geral.
Art. 5º O
Ministério do Trabalho e Emprego coletará os dados inseridos no e-Social pelos
empregadores, bem como as informações complementares por eles prestadas e
publicará o Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios,
nos meses de março e setembro de cada ano, na plataforma do Programa de
Disseminação das Estatísticas do Trabalho.
Parágrafo
único. As informações complementares a que se refere o caput serão prestadas
pelos empregadores, em ferramenta informatizada disponibilizada pelo Ministério
do Trabalho e Emprego, nos meses de fevereiro e agosto de cada ano, relativas
ao primeiro e ao segundo semestres, respectivamente.
Art. 6º A
publicação do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios
Remuneratórios, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será obrigatória após a
disponibilização da aba Igualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios a ser
implementada na área do empregador do Portal Emprega Brasil.
DO PLANO
DE AÇÃO PARA MITIGAÇÃO DA DESIGUALDADE SALARIAL E DE CRITÉRIOS REMUNERATÓRIOS
ENTRE MULHERES E HOMENS
Art. 7º
Após a publicação do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios
Remuneratórios, nos termos do Decreto nº 11.795, de 2023, verificada a
desigualdade salarial e de critérios de remuneração, os empregadores serão
notificados, pela Auditoria-Fiscal do Trabalho, para que elaborem, no prazo de
noventa dias, o Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de
Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens.
§ 1º A
notificação a que se refere o caput será realizada a partir da implementação do
Domicílio Eletrônico Trabalhista, nos termos do artigo 628-A da Consolidação
das Leis do Trabalho- CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, ressalvados os procedimentos administrativos de fiscalização
previstos ou iniciados nos termos da Instrução Normativa MTP nº 2, de 8 de
novembro de 2021.
§ 2º O
prazo para apresentação do Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial
e de Critérios Remuneratórios correrá a partir da primeira notificação, nos
termos do inciso II do art. 4º do Decreto nº 11.795, de 2023.
§ 3º O
Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios
Remuneratórios entre Mulheres e Homens de que trata o caput poderá ser
elaborado e armazenado em meio digital com certificado digital emitido no
âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
§ 4º Uma
cópia do Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios
Remuneratórios entre Mulheres e Homens deverá ser depositada na entidade
sindical representativa da categoria profissional.
Art. 8º O
Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios
Remuneratórios entre Mulheres e Homens deverá conter:
I-
medidas a serem adotadas com escala de prioridade;
II-
metas, prazos e mecanismos de aferição de resultados;
III-
planejamento anual com cronograma de execução; e
IV- avaliação
das medidas com periodicidade mínima semestral.
Art. 9º O
Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios
Remuneratórios entre Mulheres e Homens deverá prever, inclusive, a criação de
programas de:
I -
capacitação de gestores, lideranças e empregados a respeito do tema da equidade
entre mulheres e homens no mercado de trabalho;
II -
promoção de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho; e
III -
capacitação e formação de mulheres para o ingresso, permanência e ascensão
no mercado de trabalho em igualdade de condições com os homens.
DO
PROTOCOLO DE FISCALIZAÇÃO CONTRA A DISCRIMINAÇÃO SALARIAL E DE CRITÉRIOS
REMUNERATÓRIOS ENTRE MULHERES E HOMENS
Art. 10.
O protocolo de fiscalização contra a discriminação salarial e de critérios
remuneratórios entre mulheres e homens será definido pela Secretaria de
Inspeção do Trabalho, sem prejuízo dos procedimentos fiscais decorrentes da Lei
nº 9.029, de 13 de abril de 1995.
DOS
CANAIS DE DENÚNCIA
Art. 11.
Denúncias relacionadas à discriminação salarial e de critérios remuneratórios
serão apresentadas, preferencialmente, em canal específico disponível no
aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, sem prejuízo de outros que venham a
ser criados para esta finalidade.
Art. 12.
Esta Portaria entra em vigor em 1º de dezembro de 2023.
LUIZ
MARINHO
Fonte:
Guia Trabalhista Online
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Criado o plano de igualdade salarial entre homens e mulheres
Publicado em
03/05/2023
às
16:00
Decreto
foi publicado no Diário Oficial
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
assinou decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União de hoje
(1º/05/2023), em que cria grupo de trabalho responsável por elaborar um Plano
Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens.
No Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, Lula já enviou ao Congresso
projeto de lei sobre equiparação salarial, com a previsão de multa de dez
vezes o maior salário da empresa em caso de descumprimento pelos empregadores.
A proposta, contudo, ainda não foi apreciada pelos parlamentares.
Lula vem falando no assunto desde seu discurso de vitória na corrida
presidencial do ano passado. No dia da posse, em 1º de janeiro de 2023, ele
voltou a abordar o tema. "Temos que garantir que a mulher ganhe o mesmo
salário que o homem", disse ele na ocasião.
Pela norma publicada nesta segunda, o novo plano deverá contemplar não
só o salário e outros tipos de remuneração, mas temas como condições
e ambiente de trabalho; oportunidades de ascensão profissional; divisão das
responsabilidades no cuidado de crianças, idosos e pessoas com deficiência e
doenças incapacitantes; e aspectos étnico-raciais.
"A proposta de Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e
Homens conterá objetivos, metas e ações e a indicação de órgão responsável",
diz o decreto sobre o assunto. O resultado dos trabalhos deverá ser apresentado
em 180 dias, prazo prorrogável uma vez por igual período.
Nesse caso, o grupo de trabalho deverá ser formado por membros de oito
ministérios, com coordenação do Ministério das Mulheres. As reuniões serão
quinzenais e contarão com integrantes da Casa Civil, dos ministérios do
Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; do Desenvolvimento e Assistência
Social, Família e Combate à Fome; Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços; dos Direitos Humanos e da Cidadania; da Igualdade Racial e
do Trabalho e Emprego.
Fonte: Agência Brasil
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STF Suspende Piso Salarial da Enfermagem
Publicado em
04/09/2022
às
16:00
Ministro do STF
analisou informações preliminares e viu risco concreto e imediato de demissão
em massa e de redução da oferta de leitos. Ele deu prazo de 60 dias para que
entes públicos e privados da área da saúde esclareçam pontos.
O ministro Luís
Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu neste domingo
(4/9/2022) o piso salarial nacional da enfermagem e deu prazo de 60 dias para
entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro,
os riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos
serviços.
Barroso considerou
mais adequado, diante dos dados apresentados até o momento, que o piso não
entre em vigor até esses esclarecimentos. Isso porque o ministro viu risco
concreto de piora na prestação do serviço de saúde principalmente nos hospitais
públicos, Santas Casas e hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), já
que os envolvidos apontaram possibilidade de demissão em massa e de redução da
oferta de leitos.
O ministro frisou a
importância da valorização dos profissionais de enfermagem, mas destacou que "é
preciso atentar, neste momento, aos eventuais impactos negativos da adoção dos
pisos salariais impugnados". "Trata-se de ponto que merece esclarecimento antes
que se possa cogitar da aplicação da lei", completou.
Além disso, alertou
que Legislativo e Executivo não cuidaram das providências para viabilizar a
absorção dos custos pela rede de saúde. "No fundo, afigura-se plausível o
argumento de que o Legislativo aprovou o projeto e o Executivo o sancionou sem
cuidarem das providências que viabilizariam a sua execução, como, por exemplo,
o aumento da tabela de reembolso do SUS à rede conveniada. Nessa hipótese, teriam
querido ter o bônus da benesse sem o ônus do aumento das próprias despesas,
terceirizando a conta."
A decisão cautelar
do ministro na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222 será levada a
referendo no Plenário Virtual nos próximos dias. Ao final do prazo e mediante
as informações, o caso será reavaliado por Barroso.
A ação foi apresentada pela Confederação Nacional de
Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que questionou a
constitucionalidade da lei 14.434/2022.
A norma estabeleceu
piso salarial de R$ 4.750 para os enfermeiros; 70% desse valor aos técnicos de
enfermagem; e 50% aos auxiliares de enfermagem e parteiras. Pelo texto, o piso
nacional vale para contratados sob o regime da CLT e para servidores das três
esferas - União, Estados e Municípios -, inclusive autarquias e fundações.
Serão intimados a
prestar informações no prazo de 60 dias sobre o impacto financeiro da norma os
26 estados e o Distrito Federal, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e
o Ministério da Economia. Já o Ministério do Trabalho e a Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) terão que informar detalhadamente sobre os
riscos de demissões. Por fim, o Ministério da Saúde, conselhos da área da saúde
e a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) precisarão esclarecer sobre o
alegado risco de fechamento de leitos e redução nos quadros de enfermeiros e
técnicos.
A ação
Entre outros pontos,
a CNSaúde alegou que a lei seria inconstitucional porque regra que define
remuneração de servidores é de iniciativa privativa do chefe do Executivo, o
que não ocorreu, e que a norma desrespeitou a auto-organização financeira,
administrativa e orçamentária dos entes subnacionais, "tanto por repercutir
sobre o regime jurídico de seus servidores, como por impactar os hospitais
privados contratados por estados e municípios para realizar procedimentos pelo
SUS".
A CNSaúde também
afirmou que o texto foi aprovado de forma rápida e sem amadurecimento
legislativo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, onde não passou por
nenhuma comissão, mesmo diante da relevância da medida e de seus impactos
significativos. Conforme a confederação, a aplicação da lei pode aumentar o
desemprego, gerar a falência de unidades de saúde ou aumento de repasse de
custos no serviço privado, entre outros problemas.
A decisão
Para o ministro
Barroso, "as questões constitucionais postas nesta ação são sensíveis". "De um
lado, encontra-se o legítimo objetivo do legislador de valorizar os
profissionais de saúde, que, durante o longo período da pandemia da Covid-19,
foram incansáveis na defesa da vida e da saúde dos brasileiros. De outro lado,
estão os riscos à autonomia e higidez financeira dos entes federativos, os reflexos
sobre a empregabilidade no setor, a subsistência de inúmeras instituições
hospitalares e, por conseguinte, a própria prestação dos serviços de saúde."
Barroso ponderou que
"o risco à empregabilidade entre os profissionais que a lei pretende prestigiar,
apontado como um efeito colateral da inovação legislativa, levanta
consideráveis dúvidas sobre a adequação da medida para realizar os fins
almejados". E apontou que, em razão da desigualdade regional no país, há risco
de prejuízos maiores em regiões mais pobres do país.
O ministro enfatizou
que as entidades privadas que tenham condições podem e devem implantar o piso.
"Naturalmente, as instituições privadas que tiverem condições de, desde logo,
arcar com os ônus do piso constante da lei impugnada, não apenas não estão
impedidas de fazê-lo, como são encorajadas a assim proceder. As circunstâncias
constitucionais e fiscais aqui apontadas não significam que o valor não seja
justo e que as categorias beneficiadas não mereçam a remuneração mínima."
Dados do processo
A decisão traz dados
de impacto financeiro da medida referentes à tramitação no Congresso. Conforme
o Dieese, o incremento financeiro necessário ao cumprimento dos pisos será de
R$ 4,4 bilhões ao ano para os Municípios, de R$ 1,3 bilhões ao ano para os
Estados e de R$ 53 milhões ao ano para a União. Já a Confederação das Santas
Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) indicou
incremento de R$ 6,3 bilhões ao ano.
"Tais valores têm
potencial para impactar as finanças públicas, já que, diante de eventual
desequilíbrio econômico-financeiro que sobrevenha aos convênios e contratos
formalizados para a prestação de serviços ao SUS, é esperado que os
particulares busquem a revisão de suas cláusulas em face dos Estados e
Municípios celebrantes", afirmou o ministro.
A autora da ação
também afirmou ao STF que pesquisa realizada com entidades empregadoras apontou
que, com o piso, 77% dos ouvidos reduziriam o corpo de enfermagem e 51%
diminuiriam o número de leitos. Foi apontada uma possibilidade de demissão de
80 mil profissionais de enfermagem e fechamento de 20 mil leitos.
Leia a íntegra da decisão.
Fonte: STF
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Lei define piso salarial da enfermagem
Publicado em
07/08/2022
às
16:00
O piso, no valor de R$ 4.750, piso entra em vigor imediatamente e vale
para enfermeiros contratados pela CLT e pelo governo
O
presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou lei que estabelece piso salarial
nacional dos enfermeiros, com veto à correção anual pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC). A norma (lei 14.434/22) foi publicada no Diário
Oficial da União nesta sexta-feira (5/8/2022).
Prevista
no Projeto de Lei 2564/20, do senador Fabiano Contarato (PT-ES), a criação do
piso foi aprovada pela Câmara dos Deputados em maio e pelo Senado em novembro.
Porém, só foi enviada à sanção presidencial após a aprovação da Proposta de
Emenda à Constituição 11/22, determinando que uma lei federal instituirá pisos
salariais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de
enfermagem e a parteira.
Ao
inserir o piso na Constituição, a intenção foi evitar uma eventual suspensão na
Justiça, sob a alegação de "vício de iniciativa", ou seja, quando a
proposta é apresentada por um dos Poderes sem que a Constituição Federal lhe
atribua competência para isso.
Valores
A
nova lei define como salário mínimo inicial para os enfermeiros o valor de R$
4.750, tanto para aqueles contratados sob o regime da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) quanto para servidores dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.
A
norma prevê ainda que, para os técnicos de enfermagem, será pago 70% do piso
dos enfermeiros; e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
O
piso entrará em vigor imediatamente. Os acordos individuais e os acordos,
contratos e convenções coletivas respeitarão o piso, considerada ilegal e
ilícita a sua desconsideração ou supressão.
Veto
Bolsonaro vetou o trecho da lei que previa o
reajuste anual do piso com base no INPC
alegando vício de inconstitucionalidade. Segundo o governo, a medida
"promoveria a indexação do piso salarial a índice de reajuste automático, e
geraria a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies de reajuste para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público, o que violaria a
Constituição".
Além
disso, o governo alega que a vinculação do reajuste de vencimentos de
servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária, no
caso, o INPC, afrontaria a autonomia dos entes federativos para concederem os
reajustes aos seus servidores.
"A
previsão de reajuste automático também retiraria a prerrogativa do Poder
Executivo de iniciar o processo legislativo para alterar ou reajustar a
remuneração de seus servidores", acrescenta a justificativa do veto.
O
presidente argumenta ainda que a medida contraria o interesse público, pois
"traria dificuldades à política monetária, ao transmitir a inflação do período
anterior para o período seguinte, e poderia aumentar a resistência da inflação
ao recuo".
Além
disso, Bolsonaro afirma que "a proposta privilegiaria a preservação do poder de
compra do salário das categorias que abrange em detrimento de outras
categorias". Por fim, acrescenta que, ao longo do tempo, implicaria no distanciamento
dos valores pagos para profissionais do setor público e do setor privado, "haja
vista que para os profissionais atuantes no setor privado não se evidencia a
vedação expressa ao reajuste automático, como aos atuantes no setor público,
por força constitucional".
Fonte: Agência
Câmara de Notícias, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil
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Trabalhador recebia remuneração inferior à declarada no holerite
Publicado em
02/07/2022
às
16:00
A 15ª Turma
do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região condenou uma companhia de
diagnósticos veterinários a pagar indenização por dano moral, além de
diferenças de remunerações e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, para
trabalhador que recebia pagamento inferior ao lançado em holerite. A fraude foi
identificada pelo juízo de origem ao comparar os documentos emitidos pela
empresa com os registros de pagamento, em forma de extratos bancários e cheques.
A
empregadora buscou se defender com a tese de que seria absurdo alguém receber
salários menores do que os constantes nos informes de pagamento. Segundo o
juiz-relator, o argumento não merece crédito, uma vez que o empregado vive em
permanente estado de coação, dada a sua hipossuficiência durante o contrato e
necessidade de subsistência.
O magistrado
acrescenta que a empresa registrava nos holerites o piso salarial exigido para
a categoria do profissional, fazendo com que houvesse aparência de repasse correto
dos valores. Por fim, argumenta que o ônus da prova do pagamento é da empresa,
do qual ela não se desincumbiu.
Quanto ao
dano moral, o relator ressalta que "lançar débitos maiores do que o
efetivamente pagos permite, por hipótese, a prática de tipos penais e
tributários graves". Acrescenta que o empregado foi vítima "não só de
descumprimento das leis trabalhistas, mas de engodo, fraude, enganação", outro
ponto a justificar a indenização.
Entenda
alguns termos usados no texto:
holerite
|
documento contendo detalhes da
remuneração e do desconto dos trabalhadores; contracheque
|
coação
|
constrangimento físico ou moral
para obrigar que alguém faça ou deixe de fazer algo
|
hipossuficiência
|
no contexto do contrato do
trabalho, define o trabalhador sem poder de barganha, negociação
|
engodo
|
artimanha, farsa
|
Nota
M&M:
Destacamos que esta decisão foi aplicada neste processo específico, e pode
servir como um norteador para futuras sentenças. Porém, situações semelhantes
poderão ter decisões diferentes, especialmente nas esferas de primeiro e
segundo graus.
Fonte: TRT
2ª Região (SP), Processo nº
1001314-73.2020.5.02.0036, com "nota"
da M&M Assessoria
Contábil
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Cargos e Salários
Publicado em
25/05/2021
às
16:00
As
políticas salariais são realizadas através de plano de cargos e salários, o
qual normatiza internamente a promoção e a progressão das carreiras na empresa.
A gestão de cargos e salários ocupa uma posição-chave no recrutamento e
manutenção dos recursos humanos das empresas, pois estas precisam propiciar um
ambiente de motivação e produtividade, eliminando as incoerências e distorções
que possam causar desequilíbrios salariais ou a insatisfação das pessoas
IMPORTÂNCIA - ISONOMIA SALARIAL
Atualmente não há legislação trabalhista que trate especificamente
da Gestão de Cargos e Salários. No entanto, indiretamente, há princípios que
acabam por proteger o trabalhador de certas incoerências ou distorções que
possam ocorrer em suas remunerações.
A falta do plano de cargos e salários na empresa geralmente traz
definições de salários, promoções ou reconhecimentos sem uma adequada avaliação
para este reconhecimento.
A importância do plano de cargos e salários está justamente na
possibilidade de se garantir esta isonomia, através do exercício da avaliação
da estrutura funcional separando tarefas e responsabilidades que corresponderão
a cada cargo, atribuindo-lhes valores justos e coerentes.
CONCEITOS GERAIS
Alguns conceitos gerais que envolvem a implantação de cargos e
salários em uma empresa:
· Tarefa: é a
unidade do trabalho que requer certa habilidade mental ou física para
determinado fim.
· Função: é um
conjunto de tarefas e responsabilidades atribuídas a um cargo.
· Cargo: é uma
composição de funções ou atividades equivalentes em relação às tarefas a serem
desempenhadas, o qual é definido estrategicamente na busca da eficiência da
organização.
A
diferença entre cargo e função é que o cargo é a posição que uma pessoa ocupa
dentro de uma estrutura organizacional determinado estrategicamente e função é
o conjunto de tarefas e responsabilidades que correspondem a este cargo.
· Salário:
é o pagamento em dinheiro como contraprestação ao trabalho, podendo ser fixo ou
variável.
Fonte: Guia Trabalhista Online.
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STF decide sobre suspensão de Contrato de Trabalho e/ou redução salarial por acordo individual
Publicado em
07/04/2020
às
11:00
O
Governo emitiu Medida Provisória permitindo que as empresas realizassem acordos
diretamente com seus empregados para a suspensão do contrato de trabalho e/ou
redução salarial proporcional a redução da carga horária de trabalho, em
virtude da pandemia do Covid-19.
Tal
Medida Provisória foi questionada judicialmente. Inicialmente houve uma decisão
monocrática (apenas por um Ministro do Supremo) e em 17/4/2020, aconteceu o
julgamento da matéria pelo Plenário (por todos os Ministros do Supremo), com a
seguinte posição do Supremo:
Supremo
mantém possibilidade de redução de salários e suspensão do contrato de trabalho
por acordo individual em decorrência da pandemia
Em
julgamento por videoconferência concluído na sessão extraordinária desta
sexta-feira (17/4/2020), o Plenário negou referendo à liminar concedida no
início do mês pelo ministro Ricardo Lewandowski e afastou a necessidade de aval
dos sindicatos para o fechamento de tais acordos.
O
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a eficácia da regra da
Medida Provisória (MP) 936/2020 que autoriza a redução da jornada de trabalho e
do salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho por meio de
acordos individuais em razão da pandemia do novo coronavírus, independentemente
da anuência dos sindicatos da categoria. O Plenário não confirmou a medida
cautelar deferida pelo ministro Ricardo Lewandowski na Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 6363, ajuizada pelo partido Rede Sustentabilidade.
Momento excepcional
Prevaleceu
a divergência aberta pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele entende que, em
razão do momento excepcional, a previsão de acordo individual é razoável, pois
garante uma renda mínima ao trabalhador e preserva o vínculo de emprego ao fim
da crise. Segundo ele, a exigência de atuação do sindicato, abrindo negociação
coletiva ou não se manifestando no prazo legal, geraria insegurança jurídica e
aumentaria o risco de desemprego.
Para
o ministro, a regra não fere princípios constitucionais, pois não há conflito
entre empregados e empregadores, mas uma convergência sobre a necessidade de
manutenção da atividade empresarial e do emprego. Ele considera que, diante da
excepcionalidade e da limitação temporal, a regra está em consonância com a
proteção constitucional à dignidade do trabalho e à manutenção do emprego.
Proteção ao
trabalhador
O
ministro Alexandre de Moraes destacou ainda a proteção ao trabalhador que
firmar acordo. De acordo com a MP, além da garantia do retorno ao salário
normal após 90 dias, ele terá estabilidade por mais 90 dias.
Acompanharam
esse entendimento os ministros Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar
Mendes, Marco Aurélio e Dias Toffoli (presidente).
Participação
sindical
Ficaram
vencidos, além do relator, o ministro Edson Fachin e a ministra Rosa Weber. Em
6/4/2020, o ministro Ricardo Lewandowski, deferiu parcialmente a medida
cautelar para determinar que, após serem comunicados dos acordos individuais,
os sindicatos poderiam se manifestar sobre sua validade.
Na
sessão de 17/4/2020, o ministro Fachin votou pelo deferimento integral da
cautelar e foi seguido pela ministra Rosa Weber. Segundo ele, ainda que admita
a possibilidade de acordos individuais, a Constituição Federal assegura que a
redução salarial só pode ocorrer mediante negociação coletiva. Para Fachin, não
há espaço para que a legislação ordinária substitua a regra constitucional que
prevê a participação sindical em acordos com essa finalidade.
Fonte: STF, com
adaptações da M&M
Assessoria Contábil.
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Carnaval - Contagem dos Dias Úteis Para Pagamento do Salário de Fev/2019
Publicado em
28/02/2019
às
15:10
O
pagamento do salário mensal deve ser efetuado o mais tardar até o 5º dia útil
do mês subsequente ao vencido, salvo critério mais favorável previsto em
documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional, nos termos
do art. 459 da
CLT
:
Art.
459.
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve
ser estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne a
comissões, percentagens e gratificações.
Parágrafo único. Quando o
pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Para determinar o
prazo de pagamento dos salários, deve ser considerado na
contagem dos dias úteis o sábado, excluindo o domingo e feriado, inclusive o
municipal.
Só haverá feriado se
este for estabelecido por lei federal, estadual ou municipal.
Assim, considerando
que muitos ainda pensam que o dia de carnaval
(terça-feira) seja feriado, o fato é que na grande maioria dos municípios este
dia é considerado como útil e, portanto, deve ser contado para fins de
determinação do prazo para pagamento do salário.
O dia de carnaval só
não será contado como útil para determinação do prazo para pagamento dos salários se, no respectivo município ou estado, a lei
municipal ou estadual o decretou como feriado.
Portanto, as empresas
que pagam seus empregados sempre até o 5º dia útil, o pagamento dos salários de fevereiro/2019 deverá ser feito até o dia
06/03/2019.
Caso o município ou
estado tenha decretado a terça-feira de carnaval como feriado, o prazo para
pagamento da folha de pagamento de fevereiro irá vencer no dia
07/03/2019.
Nota: As empresas que
possuem filiais em outros municípios ou estados devem seguir a contagem dos
dias úteis de acordo com os feriados estabelecidos nos respectivos municípios,
ou seja, pode ocorrer da matriz ter o prazo para pagamento dos salários no dia
06/03/2019 (por dia 05/03 ser útil) e a filial localizada em outro município
ter o prazo no dia 07/03/2019 (por dia 05/03 ser um feriado).
Como já mencionado,
somente lei federal, estadual ou municipal é que poderá atribuir a terça de
carnaval como feriado. Portanto, ainda que a empresa conceda (por liberalidade)
folga no dia de carnaval aos empregados em forma de compensação ou banco de
horas, este dia continua sendo "dia útil" para todos os efeitos legais.
Significa dizer que se
isso ocorrer em sua empresa, mesmo que todos da área de Gestão de RH estejam de
folga no dia 05/03 (terça de carnaval), é preciso se programar para que o
pagamento da folha seja efetuado na quarta-feira (06/03/2019).
Por fim, se em
determinado município não há lei municipal ou estadual estabelecendo o dia de
carnaval como feriado, a empresa ali estabelecida que efetuar o pagamento dos
salários no dia 07/03/2019 estará realizando o pagamento em atraso, ficando
sujeita ao pagamento de multa administrativa por trabalhador prejudicado.
Fonte: Guia Trabalhista Online
-
Qual a Diferença Entre Salário e Remuneração?
Publicado em
02/01/2019
às
14:00
Salário
é a
contraprestação devida ao empregado pela prestação de serviços, em decorrência
do contrato de trabalho.
Já a remuneração é a
soma do salário contratualmente estipulado (mensal, por hora, por tarefa etc.)
com outras vantagens percebidas na vigência do contrato de trabalho como horas
extras, adicional noturno, adicional de periculosidade,
insalubridade, comissões, percentagens, gratificações, diárias para viagem
entre outras.
Assim, podemos afirmar
que remuneração é gênero e salário é a espécie desse gênero. A palavra
remuneração passou a indicar a totalidade dos ganhos do empregado decorrentes
do vínculo empregatício, pagos diretamente ou não pelo empregador e a palavra
salário, para indicar os ganhos recebidos diretamente pelo empregador pela
contraprestação do trabalho.
Fonte:
Blog Trabalhista
-
Norma que Prevê Pagamento de Salários Após Quinto dia Útil é Inválida
Publicado em
18/09/2018
às
12:00
A Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho considerou inválida a
norma coletiva firmada entre os professores e uma instituição de ensino de
Marília (SP) que autorizava o pagamento de salários depois do
quinto dia útil.
Prevaleceu, no julgamento, o entendimento de
que a autonomia da norma coletiva não é absoluta e deve se submeter ao
princípio da reserva legal.
Convenção x Acordo Coletivo
O caso teve início numa reclamação trabalhista proposta por um professor de
Engenharia Civil de uma associação de ensino de Marília. que pedia, entre
outras parcelas, o pagamento de multa por atraso de salários, prevista na convenção coletiva da
categoria.
Segundo ele, os pagamentos ocorriam muitas
vezes após o 10ª dia útil, enquanto a convenção garantia o repasse no quinto
dia útil.
O estabelecimento, em sua defesa, sustentou que
um acordo firmado diretamente com os professores alterou a data limite de
pagamento para até o dia 10 de cada mês, de forma a adequá-lo ao recebimento
das mensalidades dos alunos, com vencimento no dia 5.
Prazo máximo
Tanto o juízo do primeiro grau quanto o
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) consideraram inválida
a alteração da data de pagamento de salários e
condenaram a associação ao pagamento da multa.
Segundo as decisões, o prazo máximo a ser
observado para cumprimento da obrigação deve ser o de cinco dias, previsto no
parágrafo único do artigo 459 da CLT.
Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do
trabalho, não deve ser estipulado por período superior a um mês, salvo no que
concerne a comissões, percentagens e gratificações.
Parágrafo único. Quando o pagamento houver sido
estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto
dia útil do mês subsequente ao vencido.
A Quinta Turma do TST, no exame de recurso de
revista do estabelecimento de ensino, excluiu da condenação as multas
decorrentes de atraso com base no artigo 7º, inciso VI, da Constituição da
República. "Se o processo negocial pode atingir questões basilares como salário
e jornada, não há razão para excluir-se desse diálogo temas que os
circunscrevem", concluiu a Turma.
Reserva legal
No julgamento dos embargos do professor à
SDI-1, o relator, ministro Alberto Bresciani, observou que os acordos e as
convenções coletivas devem ser prestigiados, pois fazem parte dos direitos
garantidos constitucionalmente aos trabalhadores.
Entretanto, assinalou que a autonomia das
categorias e a eficácia das normas coletivas não são absolutas.
"A instituição, em lei, de um limite máximo de
tolerância para o pagamento dos salários impede
que, em negociação coletiva, as partes avancem em campo que o Poder Legislativo
ocupou", afirmou.
O ministro apontou ainda a prevalência das
convenções coletivas, firmadas entre sindicatos, em relação aos acordos
coletivos de trabalho.
Por maioria, a SDI-1 deu provimento aos
embargos para restabelecer a condenação ao pagamento da multa. Ficaram vencidos
os ministros Guilherme Caputo Bastos, Breno Medeiros, Maria Cristina Peduzzi e
Brito Pereira. Processo: E-ED-RR-86400-85.2008.5.15.0101.
Fonte: TST-
Adaptado pelo Guia Trabalhista
-
Pagamento de salários referente ao mês de maio/2013 deve ser efetuado até dia 6-6
Publicado em
01/06/2013
às
15:00
A multa por falta de pagamento corresponde a R$ 170,26 por empregado
prejudicado
No dia 6-6-2013, vence o prazo para pagamento do
salário sobre o trabalho executado pelos empregados mensalistas no mês de
maio/2013.
Estão obrigados ao pagamento todos os empregadores.
A multa por falta de pagamento corresponde a R$
170,26 por empregado prejudicado.
Fonte: Coad
.
-
Cresce salário médio de admissão do trabalhador brasileiro
Publicado em
05/03/2010
às
10:00
Valor passou de R$ 741,68 em 2008 para R$ 780,56 em 2009. Ganho real de 5,24% ajudou pais a sair da crise, segundo o ministro Carlos Lupi
O salário médio de admissão do trabalhador brasileiro cresceu no último ano. Com o aumento real de 5,24%, passou de R$ 741,68 em 2008 para R$ 780,56 em 2009, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
"O ganho real, acima da inflação, foi a alavanca da economia brasileira para vencer a crise", comemorou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, "Isso levou o país a sair da crise".
No ranking dos maiores salários médios de admissão, o estado de São Paulo segue líder, com R$ 913,48. Rio de Janeiro vem na seqüência, com R$ 841,79, seguido pelo Distrito Federal (R$ 817,79), Sergipe (R$ 766,23) e Amazonas (R$ 759,16). Já os menores salários ocorreram nos estados do Rio Grande do Norte (R$ 581,89); Paraíba (R$ 587,84) e Ceará (R$ 601,69).
Gênero - O aumento do salário médio de admissão do gênero feminino superou o do masculino: 5,64% e 4,49%, respectivamente. Os maiores ganhos reais do salário de admissão feminino ocorreram nos estados de Sergipe (32,29%); Tocantins (13,83%); Amazonas (13,74%); Alagoas (10,38%) e Rio Grande do Norte (10,29%).
"Isso diminui a injustiça, a indiferença. A diferença ainda é grande, mas é reduzida ano a ano. As mulheres conseguiram avançar e isso é muito importante para a sociedade", destaca Lupi.
No caso dos homens, os estados que revelaram os maiores aumentos foram Sergipe (32,51%); Rondônia (12,65%) e Alagoas (9,15%).
Subsetor - Os salários médios reais por subsetor mostraram elevação na Administração Pública (12,34%), seguida da Indústria de Minerais Não-Metálicos (9,55%). Houve retração na Indústria de Material de Transporte (19,96%) e na Indústria de Material e Comunicação (13,76%).
Por gênero, o maior percentual de aumento no feminino ocorreu na Administração Publica (18,09%), seguida das Instituições Financeiras (10,06%). Em contrapartida, os maiores declínios ocorreram na Indústria Extrativa mineral (28,77%) e de Material de Transporte (25,68%).
Em relação ao sexo masculino, o maior ganho foi na Indústria de Minerais Não Metálicos (9,39%) e em Instituições Financeiras (8,42%). As maiores quedas foram na Indústria de Material de Transporte (19,01%) e Material Elétrico e Comunicações (11,66%).
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE.
-
Rio de Janeiro tem novos pisos salariais
Publicado em
07/01/2009
às
17:00
LEI 5.357-RJ, DE 23-12-2008
(DO-RJ DE 24-12-2008)
PISO SALARIAL
Estado do Rio de Janeiro
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – No Estado do Rio de Janeiro, o piso salarial dos empregados, integrantes das categorias profissionais abaixo enunciadas, que não o tenham definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho, será de:
I – R$ 487,50 (quatrocentos e oitenta e sete reais e cinqüenta centavos) – Para os trabalhadores agropecuários e florestais;
II – R$ 512,67 (quinhentos e doze reais e sessenta e sete centavos) – Para empregados domésticos, serventes, trabalhadores de serviços de conservação, manutenção, empresas comerciais, industriais, áreas verdes e logradouros públicos, não especializados, contínuo e mensageiro, auxiliar de serviços gerais e de escritório, empregados do comércio não especializados, auxiliares de garçom e barboy ;
III – R$ 531,55 (quinhentos e trinta e um reais e cinqüenta e cinco centavos) – Para classificadores de correspondências e carteiros, trabalhadores em serviços administrativos, cozinheiros, operadores de caixa, inclusive de supermercados, lavadeiras e tintureiros, barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures, operadores de máquinas e implementos de agricultura, pecuária e exploração florestal, trabalhadores de tratamento de madeira, de fabricação de papel e papelão, fiandeiros, tecelões e tingidores, trabalhadores de curtimento, trabalhadores de preparação de alimentos e bebidas, trabalhadores de costura e estofadores, trabalhadores de fabricação de calçados e artefatos de couro, vidreiros e ceramistas, confeccionadores de produtos de papel e papelão, dedetizadores, pescadores, vendedores, trabalhadores dos serviços de higiene e saúde, trabalhadores de serviços de proteção e segurança, trabalhadores de serviços de turismo e hospedagem, moto-boys;
IV – R$ 550,42 (quinhentos e cinqüenta reais e quarenta e dois centavos) – Para trabalhadores da construção civil, despachantes, fiscais, cobradores de transporte coletivo (exceto cobradores de transporte ferroviário), trabalhadores de minas, pedreiras e contadores, pintores, cortadores, polidores e gravadores de pedras, pedreiros, trabalhadores de fabricação de produtos de borracha e plástico, e garçons;
V – R$ 569,27 (quinhentos e sessenta e nove reais e vinte e sete centavos) – Para administradores, capatazes de explorações agropecuárias, florestais, trabalhadores de usinagem de metais, encanadores, soldadores, chapeadores, caldeireiros, montadores de estruturas metálicas, trabalhadores de artes gráficas, condutores de veículos de transportes, trabalhadores de confecção de instrumentos musicais, produtos de vime e similares, trabalhadores de derivados de minerais não metálicos, trabalhadores de movimentação e manipulação de mercadorias e materiais, operadores de máquinas da construção civil e mineração, telegrafistas e barman, trabalhadores de edifícios e condomínios;
VI – R$ 586,58 (quinhentos e oitenta e seis reais e cinqüenta e oito centavos) – Para trabalhadores de serviços de contabilidade e caixas, operadores de máquinas de processamento automático de dados, secretários, datilógrafos e estenógrafos, chefes de serviços de transportes e comunicações, telefonistas e operadores de telefone e de telemarketing, teleatendentes, teleoperadores nível 1 a 10, operadores de call center, atendentes de cadastro, representantes de serviços empresariais, agentes de marketing, agentes de cobrança, agentes de venda, atendentes de call center, auxiliares técnicos de telecom nível 1 a 3, operadores de suporte CNS, representantes de serviços 103, atendentes de retenção, operadores de atendimento nível 1 a 3, representantes de serviços, assistentes de serviços nível 1 a 3, telemarketing ativos e receptivos, trabalhadores da rede de energia e telecomunicações, supervisores de compras e de vendas, compradores, agentes técnicos de venda e representantes comerciais, mordomos e governantas, trabalhadores de serventia e comissários (nos serviços de transporte de passageiros), agentes de mestria, mestre, contramestres, supervisor de produção e manutenção industrial, trabalhadores metalúrgicos e siderúrgicos, operadores de instalações de processamento químico, trabalhadores de tratamentos de fumo e de fabricação de charutos e cigarros, operadores de estação de rádio, televisão e de equipamentos de sonorização e de projeção cinematográfica, operadores de máquinas fixas e de equipamentos similares, sommeliers, e maitres de hotel, ajustadores mecânicos, montadores e mecânicos de máquinas, veículos e instrumento de precisão, eletricistas, eletrônicos, joalheiros e ourives, marceneiros e operadores de máquinas de lavrar madeira, supervisores de produção e manutenção industrial, frentistas e lubrificadores,e bombeiros civis;
VII – R$ 689,81 (seiscentos e oitenta e nove reais e oitenta e um centavos) – Para trabalhadores de serviço de contabilidade de nível técnico;
VIII – R$ 952,90 (novecentos e cinqüenta e dois reais e noventa centavos) – Para professores de Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), com regime de 40 (quarenta) horas semanais, e técnicos de eletrônica e telecomunicações;
IX – R$ 1.308,00 (hum mil, trezentos e oito reais) – Para advogados e contadores empregados.
Parágrafo único – O disposto no inciso VI deste artigo aplica-se a telefonistas e operadores de telefone e de telemarketing, teleoperadores nível 1 a 10, operadores de call center, atendentes de cadastro, representantes de serviços empresariais, agentes de marketing, agentes de cobrança, agentes de venda, atendentes de call center, auxiliares técnicos de telecom nível 1 a 3, operadores de suporte CNS, representantes de serviços 103, atendentes de retenção, operadores de atendimento nível 1 a 3, representantes de serviços, assistentes de serviços nível 1 a 3, telemarketing ativos e receptivos, cuja jornada de trabalho seja de 6 (seis) horas diárias ou 180 (cento e oitenta) horas mensais.
Art. 2º – Ficam excetuados dos efeitos desta Lei os empregados que têm piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo e os excluídos pelo inciso II do § 1º do artigo 1º da Lei Complementar nº 103, de 14 de julho de 2000.
Art. 3º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a partir de 1º de janeiro de 2009, revogadas as disposições da Lei nº 5.168, de 20 de dezembro de 2007.
Sérgio Cabral – Governador
-
Remuneração - Conceito
Publicado em
12/11/2008
às
10:00
Considera-se remuneração do empregado o salário mensal, pago diretamente pelo empregador, as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias de viagens, além das gorjetas que ele receber de terceiros, estranhos ao estabelecimento do empregador.
Fonte: MTE
-
Paraná têm novos pisos salariais
Publicado em
12/07/2008
às
13:00
Lei do estado do Paraná nº 15.826 de 01.05.2008
DOE-PR: 02.05.2008
Súmula: Fixa, a partir de 1º de maio de 2008, valores do piso salarial no Estado do Paraná, com fundamento no inciso V, do artigo 7º, da Constituição Federal e na Lei Complementar Federal nº 103, de 14 de julho de 2000.
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º O piso salarial dos empregados integrantes das categorias profissionais enumeradas na Classificação Brasileira de Ocupações (Grandes Grupos Ocupacionais), reproduzidas no Anexo I da presente Lei, com fundamento no inciso V do artigo 7º da Constituição Federal e na Lei Complementar nº 103, de 14 de julho de 2000, no Estado do Paraná, a partir de 1º de maio de 2008, será de:
I- R$ 548,00 (quinhentos e quarenta e oito reais) para os Técnicos de Nível Médio, correspondentes ao Grande Grupo 3 da Classificação Brasileira de Ocupações;
II- R$ 544,00 (quinhentos e quarenta e quatro reais) para os Trabalhadores da Produção de Bens e Serviços Industriais, correspondentes aos Grandes Grupos Ocupacionais 7 e 8 da Classificação Brasileira de Ocupações;
III- R$ 540,00 (quinhentos e quarenta reais) para os Trabalhadores de Serviços Administrativos, correspondentes ao Grande Grupo Ocupacional 4 da Classificação Brasileira de Ocupações;
IV- R$ 535,00 (quinhentos e trinta e cinco reais) para os Trabalhadores de Reparação e Manutenção, correspondentes ao Grande Grupo Ocupacional 9 da Classificação Brasileira de Ocupações;
V- R$ 531,00 (quinhentos e trinta e um reais) para os Trabalhadores Empregados em Serviços, Vendedores do Comércio em Lojas e Mercados, correspondentes ao Grande Grupo Ocupacional 5 da Classificação Brasileira de Ocupações;
VI- R$ 527,00 (quinhentos e vinte e sete reais) para os Trabalhadores Empregados nas Atividades Agropecuárias, Florestais e da Pesca, correspondentes ao Grande Grupo 6 da Classificação Brasileira de Ocupações.
Parágrafo Único - A data-base para reajuste dos pisos salariais é 1º de maio.
Art. 2º Esta Lei não se aplica aos empregados que têm piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo e aos servidores públicos municipais.
Art. 3º Os pisos fixados nesta Lei não substituem, para quaisquer fins de direito, o salário mínimo previsto no inciso IV do art. 7º da Constituição Federal.
Art. 4º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Fica revogada a Lei nº 15.486, de 01 de maio de 2007.
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 01 de maio de 2008.
Roberto Requião
Governador do Estado
Maria Marta Renner Weber Lunardon
Secretária de Estado da Administração e da Previdência
Jussara Borba Gusso
Chefe da Casa Civil, substituta
-
São Paulo fixa novos pisos salariais
Publicado em
03/06/2008
às
12:00
Estado de São Paulo fixa novos valores de pisos salariais que entraram em vigor em 01/05/2008, conforme as faixas abaixo:
“I - R$ 450,00, para os trabalhadores domésticos, serventes, trabalhadores agropecuários e florestais, pescadores, contínuos, mensageiros e trabalhadores de serviços de limpeza e conservação, trabalhadores de serviços de manutenção de áreas verdes e de logradouros públicos, auxiliares de serviços gerais de escritório, empregados não-especializados do comércio, da indústria e de serviços administrativos, cumins, “barboys”, lavadeiros, ascensoristas, “motoboys”, trabalhadores de movimentação e manipulação de mercadorias e materiais e trabalhadores não-especializados de minas e pedreiras;
“II - R$ 475,00, para os operadores de máquinas e implementos agrícolas e florestais, de máquinas da construção civil, de mineração e de cortar e lavrar madeira, classificadores de correspondência e carteiros, tintureiros, barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures, dedetizadores, vendedores, trabalhadores de costura e estofadores, pedreiros, trabalhadores de preparação de alimentos e bebidas, de fabricação e confecção de papel e papelão, trabalhadores em serviços de proteção e segurança pessoal e patrimonial, trabalhadores de serviços de turismo e hospedagem, garçons, cobradores de transportes coletivos, “barmen”, pintores, encanadores, soldadores, chapeadores, montadores de estruturas metálicas, vidreiros e ceramistas, fiandeiros, tecelões, tingidores, trabalhadores de curtimento, joalheiros, ourives, operadores de máquinas de escritório, secretários, datilógrafos, digitadores, telefonistas, operadores de telefone e de “telemarketing”, atendentes e comissários de serviços de transporte de passageiros, trabalhadores de redes de energia e de telecomunicações, mestres e contramestres, marceneiros, trabalhadores em usinagem de metais, ajustadores mecânicos, montadores de máquinas, operadores de instalações de processamento químico e supervisores de produção e manutenção industrial;
“III - R$ 505,00, para os administradores agropecuários e florestais, trabalhadores de serviços de higiene e saúde, chefes de serviços de transportes e de comunicações, supervisores de compras e de vendas, agentes técnicos em vendas e representantes comerciais, operadores de estação de rádio e de estação de televisão, de equipamentos de sonorização e de projeção cinematográfica e técnicos em eletrônica.”
Base Legal: Lei (SP) nº 12.967/2008.
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Empregada doméstica - Piso salarial
Publicado em
04/07/2007
às
17:00
Os empregados domésticos tem direito a receber, no mínimo, o salário mínimo nacional, que desde 01/4/2007, é de R$ 380,00.
Já nos estados onde são fixados pisos regionais, deve ser obedecido esse piso como é o caso do Rio Grande do Sul, que desde 01/5/2007 o piso é de R$ 430,23. Já no estado do Rio de Janeiro o piso é de R$ 424,88, desde 01/1/2007 e no estado do Paraná o piso é de R$ 462,00, desde 01/5/2007.
Base legal: Lei (nacional) 11.498/2007; Lei (RS) 12.713/2007; Lei (RJ) 4.987/2007 e Lei (PR) 15.486/2007.
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Previdência reajusta tabelas de Salário-de-Contribuição e Salário Família
Publicado em
12/04/2007
às
17:30
Reajustadas as tabelas de Salário-de-Contribuição e Salário-Família. Ela deve ser aplicada ao segurado que está empregado, bem como ao empregado doméstico e também ao trabalhador avulso. A tabela aplicada para pagamento de remuneração, a partir de 01/04/2007, é a seguinte:
Salário-de-Contribuição |
Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) |
até R$ 868,29 |
7,65 |
de R$ 868,30 a R$ 1.140,00 |
8,65 |
de R$ 1.140,01 a R$ 1.447,14 |
9,00 |
de R$ 1.447,15 a R$ 2.894,28 |
11,00 |
O valor para a quota do Salário-Família por filho até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade é de:
a) R$ 23,08 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 449,93;
b) R$ 16,26 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 449,93 e igual ou inferior a R$ 676,27.
Base Legal: Portaria MPS nº 142/2007.
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Banco Central regulamenta a conta-salário
Publicado em
28/12/2006
às
09:00
O salário do trabalhador terá que ser transferido do banco usado pelo empregador para a instituição financeira escolhida pelo trabalhador, sem custos e incidência de impostos, até às 12h do dia do pagamento. A regulamentação foi divulgada pelo Banco Central (BC) e se refere às transferências de conta salário, que serão obrigatórias para novos contratos de trabalho a partir de janeiro de 2007. Além disso, o BC definiu que os bancos têm até 90 minutos para completarem uma TED (Transferência Eletrônica Disponível). Ambas as medidas têm como objetivo melhorar o sistema de pagamentos do país, reduzindo custos e agilizando as operações.
Para as contas salário, independentemente do mecanismo que será usado para a transferência do crédito, a operação terá de ser feita até as 12h do dia de depósito por parte da firma pagadora. A partir de 2007, o trabalhador de empresas que têm convênios com bancos para o pagamento de salários poderá escolher de qual instituição quer ser cliente.
A decisão de criar as contas salário foi tomada há alguns meses pelo BC, mas faltava ainda estabelecer qual o prazo máximo que teriam para deslocar os recursos dos salários entre os bancos. No caso da TED, que não possui limite de valores, mas as instituições financeiras estimulam que o instrumento seja usado nas operações acima de R$ 5 mil, a nova regra vale a partir do dia 2 de fevereiro. O banco do cliente que está fazendo a TED terá até 30 minutos para enviá la ao banco do receptor do crédito. Este, por sua vez, terá mais até 60 minutos para concretizá la. Até então, os bancos tinham até a meia noite para finalizar a operação.
O BC anunciou ainda a criação de mais um mecanismo de mudança de recursos, a Transferência Especial de Crédito (TEC), que também será eletrônica e terá limite de R$ 5 mil por operação. Sua principal característica é a possibilidade de, com apenas uma ordem, o cliente fazer, diversos pagamentos para diferentes receptores.
Fonte: Jornal do Comércio - 14/12/2006 - Página: 6.
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Descontos nos salários
Publicado em
06/10/2006
às
09:00
Para que o empregador proceda legitimamente a descontos no salário do empregado deve observar a obrigatoriedade de prévia e expressa autorização deste. Não havendo tal autorização, pode o empregador ser obrigado a devolver os valores descontados indevidamente.
Fonte: Processo nº 002 98/2005 - 071 - 24 - 06 - 7 - RO.1 (TRT - 24ª Região, DJ - MS de 12/12/2005).
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Atraso de salário dá direito a indenização por danos materiais
Publicado em
21/12/2005
às
17:00
O empregador que atrasa com freqüência o pagamento dos salários do empregado, deve indenizá-lo por seus prejuízos materiais e morais. Com base neste entendimento, a 10ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP) condenou um hospital a pagar indenização de R$ 50 mil a uma ex-empregada, pelo atraso no pagamento de seus salários.
A operadora de raios X, contratada por meio de cooperativa, entrou com processo na 14ª Vara do Trabalho de São Paulo, pedindo o reconhecimento do vínculo empregatício com o Hospital. Ela trabalhou para o hospital de 1993 a 2002 e seu último salário foi de R$ 1,2 mil.
Além do vínculo, a trabalhadora reclamou que, em virtude dos freqüentes atrasos no recebimento de sua remuneração, ela teve cheques devolvidos por insuficiência de fundos, arcou com multas pela falta de pontualidade no pagamento de obrigações, sendo, por fim, incluída na lista de restrição ao crédito da SERASA.
Como a vara julgou o pedido procedente, o Hospital recorreu ao TRT-SP, alegando que a ex-empregada não demonstrou os danos sofridos e que a responsabilidade pelo atraso dos salários, se houvesse, seria da própria cooperativa.
De acordo com a juíza Vera Marta Públio Dias, relatora do recurso no tribunal, testemunhas no processo confirmaram a "rotina constante no atraso para pagamento dos salários".
Para a relatora, documentos com cobranças bancárias e comerciais de dívidas em atraso, bem como a inclusão do nome da trabalhadora na lista da SERASA, são evidências - que não foram descaracterizadas pelo hospital - "de que a conduta da ré afetou a vida particular da autora".
"A indenização por dano moral é devida quando o trabalhador sofre, por parte do empregador, dor, angústia e tristeza, que são formas pelas quais o dano moral se exterioriza. A cobrança sistemática e a sabida impossibilidade de quitação, dado o pagamento parcial dos salários, a toda evidência conduziram a empregada àqueles estados d'alma", observou a juíza Vera Marta.
"Já o dano material compreende o dano emergente trazido pelos gastos feitos pela vítima, no caso, com juros e acréscimos moratórios, e o lucro cessante, constituído de vantagens que a vítima deixou de auferir durante certo período em virtude do dano; com inscrição do nome no rol dos inadimplentes no Serasa, obviamente a autora viu-se impedida de obter empréstimos, realizar crediários, até para quitação das dívidas cobradas", decidiu.
Os juízes da 10ª Turma, por unanimidade, acompanharam o voto da relatora, mantendo a indenização de R$ 50 mil para a reparação dos danos morais e materiais sofridos pela operadora da raios X. A turma também reconheceu o vínculo empregatício da ex-empregada com o Hospital.
Fonte: TRT 2ª Região. Processo: RO 02263.2002.014.02.00-5.
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Devolução de mercadoria não permite ao empregador descontar comissionamento do vendedor
Publicado em
26/10/2005
às
15:00
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou ao empregador devolução das comissões de venda recebidas por uma vendedora que foram, posteriormente, descontadas de seus vencimentos a título de estorno pela devolução de mercadorias por consumidores. "O descumprimento, pelo comprador, das obrigações resultantes do negócio ou o cancelamento da compra não dá ao empregador o direito de proceder ao estorno das comissões ou percentagens auferidas pelo empregado", disse o relator, ministro João Oreste Dalazen, ao propor provimento parcial ao recurso de uma ex-empregada. Pela CLT, "o pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem". Segundo o relator, a expressão "ultimada a transação" deve ser entendida como o momento em que o negócio (contrato) é efetivado e não com o cumprimento das obrigações decorrentes desse contrato. A decisão da Primeira Turma acompanha a interpretação desse dispositivo da CLT feita pelo ministro aposentado do TST Victor Russomano. Para ele, o vendedor deve ser remunerado pelo tempo gasto para aproximar-se do comprador e conquistar sua preferência. Se, posteriormente, por motivo alheio à vontade do empregado, a mercadoria é devolvida, "é claro que o empregado não pode ficar sem receber o que é seu", comenta. "Caso contrário, ele estaria correndo, juntamente com o empresário, os riscos do negócio, que são atribuídos, exclusivamente, à empresa". Essa, afirmou Dalazen, é a interpretação mais justa e mais harmônica ao princípios do direito do trabalho. O relator citou a Lei 3.207/57, que trata das atividades dos vendedores e profissões semelhantes, na qual está prevista exceção a essa regra quando há insolvência do comprador ou recusa por escrito da proposta de venda pelo empregador. Apenas nestes casos excepcionais pode o empregador estornar a comissão que foi paga ao empregado, esclareceu. A vendedora obteve provimento ao recurso também em relação à atualização monetária do valor das comissões. "O valor das comissões deve ser corrigido monetariamente para em seguida obter-se a média para efeito de cálculo de férias, 13º salário e verbas rescisórias.", disse o relator. "
Fonte: TST, processo Rr 635866/2000.
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Tribunal extingue contrato de trabalho por atraso no pagamento de salário
Publicado em
26/08/2005
às
15:00
Comprovado o atraso constante no pagamento do salário do trabalhador, torna-se possível a rescisão do contrato de trabalho por culpa do empregador, conforme entendimento unânime da 2ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.
Descontente com o constante atraso no pagamento de seu salário, o empregado ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa Sondamar Poços Artesianos Ltda. Em suma, pediu que fosse reconhecida a extinção do contrato de trabalho por culpa do empregador. Como a 2ª Vara do Trabalho de Piracicaba julgou procedente o pedido, a empresa interpôs recurso ao TRT.
Ao analisar o recurso, o relator Eduardo Benedito de Oliveira Zanella entendeu que a extinção do contrato de trabalho foi por culpa exclusiva da empresa. "Em face dos atrasos nos pagamentos dos salários, assim como após a redução de seu montante, o empregado procurou uma solução amigável ao impasse; todavia, foi aconselhado por sua empregadora a plantar batatas e procurar os seus direitos", constatou Zanella.
Além de o trabalhador não perdoar a empresa pelo ocorrido, ficou comprovado, ainda, o pagamento de valores "por fora". Diante disso, o relator negou provimento ao recurso da empresa.
Fonte: TRT-15º Região (Processo 00413-2004-051-15-00-7 RO).
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Salário em atraso garante demissão indenizada
Publicado em
14/07/2005
às
12:00
Para os juízes da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), o atraso reiterado do pagamento de salários justifica a ruptura do contrato de trabalho por falta grave do empregador, garantindo ao empregado indenização equivalente à demissão sem justa causa. O entendimento foi aplicado no julgamento de Recurso Ordinário da Sociedade Beneficente Hospitalar São Caetano, contra sentença da 1ª Vara do Trabalho de São Caetano (SP).
Uma funcionária do hospital entrou com ação na Justiça do Trabalho pedindo o reconhecimento da rescisão indireta de seu contrato de trabalho, com o conseqüente pagamento das verbas devidas. Ela alegou "reiterados atrasos das parcelas salariais", falta de depósitos no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de oito cestas básicas, entre outras verbas.
O artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que o empregado poderá considerar rescindido o contrato e buscar a devida indenização quando o empregador não cumprir suas obrigações contratuais.
Inconformado com a sentença da vara, que acolheu em parte o pedido da reclamante, o hospital recorreu ao TRT-SP, sustentando que a mora salarial "não ultrapassava o limite de vinte dias do vencimento e sempre em razão da precária situação financeira que vem enfrentando nos últimos anos".
Em sua defesa, o hospital afirmou que o pagamento parcelado do 13º salário e o atraso na entrega da cesta-básica "não podem ser interpretados como causas graves de descumprimento da obrigação".
Segundo o juiz Paulo Augusto Camara, relator do recurso no tribunal, foram "inegáveis, e até mesmo louváveis, os esforços noticiados pela reclamada no sentido de obter o parcelamento dos seus débitos. Contudo as tentativas buscadas pela ré não desnaturam a gravidade das faltas cometidas e, conseqüentemente, dos prejuízos suportados pela autora, autorizadora da justa causa para a ruptura contratual".
De acordo com o relator, "o salário tem natureza alimentar, pois significa meio de subsistência própria e familiar do trabalhador. A sua falta, seja total ou parcialmente, ocasionada pela mora do empregador, ocasiona inevitável impontualidade dos seus compromissos, sendo, à toda evidência, nefasto para a boa reputação do indivíduo. Além do que é protegido por norma de ordem pública e indisponível".
Por unanimidade, a 4ª Turma acompanhou o voto do juiz Camara, determinando que o hospital pague todas as verbas e indenizações devidas, como se a empregada tivesse sido demitida sem justa causa.
Fonte: TRT-SP, Processo RO 00873.2003.471.02.00-2 RNF.
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Gerente: direito a salário-utilidade
Publicado em
15/02/2005
às
08:00
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, confirmou o direito de um ex-gerente de uma empresa de equipamentos agrícolas ao pagamento de parcela pelo uso de veículo, o chamado salário "in natura" ou salário-utilidade. A decisão em relação ao tema foi a de não conhecer recurso de revista interposto. Em contrapartida, o órgão do TST, de acordo com o voto de Aloysio Corrêa da Veiga (relator), deferiu o recurso da empresa para excluir da condenação as horas extras antes concedidas ao trabalhador devido a condição de gerente. De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (com jurisdição no Paraná), o trabalhador exerceu a função de gerente da filial da filial da empresa em Curitiba, condição que lhe proporcionou um carro para utilização em serviço e para uso pessoal em finais de semana, feriados e férias. Os elementos presentes nos autos levaram o TRT a entender que "mesmo pagando o combustível para seu uso pessoal, ainda assim o veículo representa uma necessidade para o trabalho, indubitavelmente proporciona conforto e regalia ao trabalhador em fins de semana e férias". Em tal contexto, "o carro passa a constituir um acréscimo ao trabalhador; por isso, a parcela 'in natura' deve ser reconhecida", registrou o acórdão regional. Como a utilização do automóvel não era especificamente pessoal, mas somente fora do expediente ou nas férias, o TRT paranaense decidiu fixar o valor da parcela "in natura" em 25% do salário. Originalmente, o ex-gerente reivindicou 45% do salário, percentual considerado exagerado pelo Tribunal Regional. No TST, Aloysio da Veiga confirmou o direito ao salário-utilidade após observar que o fornecimento do carro não estava restrito às atividades profissionais do gerente, "na medida em que o veículo não se destinava somente para a execução de suas atividades, mas também para uso em benefício próprio e de sua família". A Primeira Turma do TST, contudo, reformou a decisão regional a fim de reconhecer a condição de gerente e, com isso, excluir os valores relativos às horas extras, indevidas quando o empregado ocupa cargo de confiança (art. 62, II, CLT). Aloysio da Veiga observou que o trabalhador era a autoridade máxima da empresa em Curitiba, apesar de estar subordinado a um superior hierárquico em São Paulo. "A circunstância do empregado se reportar a superior hierárquico localizado em outro Estado não lhe retira a sua condição de gerente de que trata o artigo 62, inciso II da CLT. É que em toda estrutura organizacional há sempre um superior hierárquico a quem prestar contas, sendo certo que até o presidente e os diretores prestam contas de suas atividades aos acionistas", considerou o relator.
Fonte: TST- Processo RR 460664/1998.2
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Tribunal manda incorporar salário pago por fora a publicitário
Publicado em
04/02/2005
às
17:20
Em julgamento unânime, a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho deferiu recurso de revista e reconheceu a natureza salarial de comissões mensais pagas, por fora do contrato de trabalho, a um publicitário de Brasília. A decisão do órgão do TST resultou em reforma de acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (com jurisdição no Distrito Federal e Tocantins) e teve como base o art. 9º da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. De acordo com esse dispositivo, "serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação (CLT)". A previsão legal de nulidade assegurou a natureza salarial das parcelas pagas "por fora" ao trabalhador, depositadas diretamente em sua conta corrente. O publicitário cumpria jornada de trabalho diária de oito horas e tinha remuneração mensal de R$ 2,6 mil. Além do salário fixo, o trabalhador recebia comissões mensais, extra-folha de pagamento. O valor ajustado ficou em 3% sobre o faturamento bruto mensal obtido por meio de conta da empresa. As atividades do publicitário envolviam o acompanhamento de pagamentos, renovação de contratos, estudos para suplementação de recursos, representação junto à Embratur em Brasília, viagens para demonstração de resultados, dentre outras. Os autos também indicam que o profissional foi obrigado a assinar termo de rescisão do contrato de trabalho em novembro de 1997, sob a ameaça de redução do valor das comissões, sempre pagas em percentuais menores do que o ajustado (3%). Apesar disso, continuou trabalhando até outubro de 1999, quando foi desligado de fato. Na Justiça do Trabalho, a primeira instância reconheceu parcialmente o direito do trabalhador a incorporar as comissões à remuneração, mas o TRT reformou a sentença a fim de declarar improcedente o pedido do publicitário. Para o órgão de segunda instância, teria havido um conluio consciente entre empregador e empregado, ambos com o propósito (dolo concorrente) de lucrar com os pagamentos "por fora". "No caso dos autos, houve pagamento de comissões 'por fora', decorrente de livre e comum acordo entre as partes", registrou a decisão regional. "Tais atitudes foram revestidas de dolo concorrente, refletindo a existência de simulação, cujo conluio resultou em situação favorável a ambas as partes, posto que não houve descontos previdenciários e fiscais sobre os valores pagos ao trabalhador", acrescentou o acórdão. A existência de simulação entre as partes foi afastada, contudo, durante a análise do TST sobre o caso. "No caso do empregado, é de se verificar o estado de subordinação próprio da relação entre empregado e empregador, em que não se antevê a existência de dolo concorrente, eis que a vontade do empregado encontrava-se viciada, ante a presença da subordinação econômica-jurídica, que determinou a aceitação do pagamento do salário por fora, ante a possibilidade de ir contra o poder diretivo do empregador e , por óbvio, perder o emprego", observou Aloysio Corrêa da Veiga - relator do recurso. O vício de consentimento observado por Aloysio Veiga levou ao reconhecimento de inexistência de simulação, pois o pagamento extra-folha representou um ato unilateral. O relator também frisou que o Direito do Trabalho pressupõe, diante da superioridade econômica do empregador, a proteção do empregado. Tal princípio, impede, no caso, a imputação da fraude ao trabalhador. "É de se declarar que da evidenciada fraude trabalhista, não se pode admitir que o empregador dela se beneficie, devendo portanto ser declarada a natureza salarial dos salários pagos por fora", concluiu ao determinar o retorno dos autos ao TRT para examinar outras questões do recurso sob o prisma da inclusão das comissões na remuneração do publicitário.
Fonte: TST. Processo RR 796907/2001.9.
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Multa por atraso de pagamento aplica-se a contrato temporário
Publicado em
21/12/2004
às
11:00
Os empregadores estão sujeitos ao pagamento de multa por atraso na quitação da rescisão contratual do trabalho temporário. A Consolidação das Leis de Trabalho prevê a aplicação dessa multa de 160 BTNs (bônus do tesouro nacional) no artigo que trata da rescisão de contrato por tempo indeterminado, mas a regra vale para os contratos temporários, de acordo com decisão de segunda instância que foi mantida com o desprovimento do recurso (agravo de instrumento) do município pela Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho. A decisão beneficiou um guarda noturno que manteve contrato de seis meses com a prefeitura.
Na decisão que manteve a sentença, o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (1ª Região) registrou que, "embora posicionados de forma atécnica pelo legislador", ou seja, no artigo da CLT que trata dos contratos por tempo indeterminado, a multa por atraso na quitação da rescisão é válida para todos os contratos de trabalho. "O raciocínio em contrário levaria à insustentável situação de afirmar-se que inexiste prazo para a quitação das verbas decorrentes dos contratos por prazo determinado", disse o juiz que redigiu o acórdão (decisão).
No recurso ao TST, para que fosse admitido recurso de revista contra essa decisão, o município insistiu que a multa seria aplicável, exclusivamente, aos contratos por prazo indeterminado. O argumento, porém, foi rejeitado pelo relator do recurso no TST, o juiz convocado Altino Pedrozo dos Santos. "De acordo com a redação literal dos parágrafos 6º e 8º, da CLT, que fixa prazo para a quitação das verbas rescisórias e a conseqüente multa pelo atraso no pagamento das referidas verbas, não há distinção entre contrato de trabalho por tempo determinado ou indeterminado", disse. "Vale dizer: as disposições constantes daqueles parágrafos não excluem a aplicação da multa por atraso no pagamento das verbas rescisórias, quando se trata de contrato de trabalho por prazo determinado", enfatizou.
Fonte: TST. Processo (AIRR 71397/2002.2)
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Fixação de salário profissional em múltiplos salários mínimos
Publicado em
10/12/2004
às
15:00
A fixação do salário profissional com base em múltiplos do salário-mínimo não ofende o art. 7º, inciso IV da Constituição Federal. Esse entendimento está na nova redação da Orientação Jurisprudencial (OJ) nº 71 da Subseção de Dissídios Individuais - 2 (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada por unanimidade pelo Pleno do TST. De acordo com a OJ, a violação do dispositivo constitucional só ocorre quando há previsão de correção automática do salário conforme o reajuste do salário mínimo. O novo entendimento reflete a posição consolidada pela SDI-2 face às ações rescisórias propostas ao TST em processos envolvendo a fixação do salário profissional com base em múltiplos do salário mínimo. O art. 7º, IV, da Constituição prevê a impossibilidade de vinculação do salário mínimo para qualquer fim e tem sido utilizado como referência jurídica nas ações rescisórias. A ementa da nova redação definida para a OJ nº 71 da SDI-2 foi assim redigida: AÇÃO RESCISÓRIA. SALÁRIO PROFISSIONAL. FIXAÇÃO. MÚLTIPLOS DO SALÁRIO MÍNIMO. ART. 7º, IV, DA CF/88. Segundo o texto que passará a vigorar oficialmente, logo após sua publicação, "a fixação do salário profissional em múltiplos do salário mínimo não afronta o art. 7º, IV, da Constituição Federal de 1988, só incorrendo em vulneração do referido preceito constitucional a estipulação de correção automática do salário pelo reajuste do salário mínimo". A redação anterior da OJ nº 71 apresentava uma perspectiva mais restrita ao prever, para os julgamentos das ações rescisórias, a violação constitucional (art. 7º, IV) para as decisões que determinassem reajuste de vencimentos vinculados ao salário mínimo. O antigo texto também limitava seu entendimento a situações envolvendo a recomposição dos salários profissionais de empregados públicos. A mudança da Orientação Jurisprudencial nº 71 ocorreu durante o exame de um recurso do Estado do Pará, representando a Secretaria Estadual de Agricultura. A causa tramitou inicialmente na SDI-2, mas foi remetida ao Pleno para que fosse apreciada a questão relacionada com a vinculação do salário profissional de engenheiro ao salário mínimo. De acordo com o posicionamento adotado pelo Pleno do TST, a fixação do salário profissional em múltiplos do salário mínimo - por exemplo, a definição da remuneração do engenheiro em 8,5 salários mínimos - não representa uma afronta ao texto constitucional. A afronta à Constituição, segundo a nova OJ 71, só ocorreria se a recomposição do salário profissional estivesse atrelada ao reajuste do salário mínimo.
Fonte: Notícias TST. Processo (RXOFROAR 356210/1997.9).
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Tribunal esclarece incidência de correção sobre salário atrasado
Publicado em
08/10/2004
às
17:00
O índice de correção monetária sobre o salário pago após o quinto dia útil subsequente ao mês trabalhado incide a partir do primeiro dia do mês em que a remuneração será paga. O esclarecimento coube ao ministro Brito Pereira (relator) durante o julgamento de embargos em recurso de revista interpostos pela Fiat Automóveis S/A junto à Subseção de Dissídios Individuais - 1 do Tribunal Superior do Trabalho. Na oportunidade, o recurso da empresa foi afastado (não conhecido) por unanimidade de votos. O objetivo da montadora de automóveis era o de ver reconhecido seu direito de ter a correção monetária - em relação ao pagamento de um ex-funcionário - incidente a partir do sexto dia útil após o mês trabalhado. Para tanto, sustentou que este foi o teor de uma das decisões anteriores adotadas pelo TST sobre o tema, que serviu como precedente para a edição da Orientação Jurisprudencial (OJ) nº 124 da SDI-1. De acordo com esse entendimento, "o pagamento dos salários até o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação de serviços". Em seu voto, o ministro Brito Pereira ressaltou que a OJ 124 estabelece o quinto dia útil como o limite para a quitação do mês vencido, mas não prevê - como desejava a empresa - que a incidência do fator de correção monetária tenha como marco inicial o sexto dia do mês subseqüente ao trabalhado. "Na hipótese, a correção monetária a que está sujeita a empresa incide a partir do primeiro dia do mês, porquanto a faculdade prevista no art. 459 da CLT não autoriza a incidência da correção monetária somente a partir do sexto dia útil", concluiu ao mencionar o dispositivo da CLT que permite aos empregadores o pagamento dos trabalhadores até o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido. O posicionamento resultou em manutenção de acórdão da Primeira Turma do TST que havia examinado anteriormente a pretensão da Fiat. De acordo com essa decisão, confirmada pela SDI-1, "ultrapassado o limite do quinto dia útil, tendo em vista inclusive que se trata de crédito reconhecido judicialmente, há de se utilizar o índice de correção monetária do mês subseqüente, o qual é apurado de acordo com o índice do primeiro dia do referido mês subseqüente".
Fonte: Notícias TST (ERR 747716/01).
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Atraso no pagamento de salários - justa causa
Publicado em
07/10/2004
às
09:00
A falta de pagamento do salário no prazo caracteriza a inadimplência do empregador, podendo o empregado propor a rescisão indireta do contato de trabalho por falta grave cometida pelo empregador, o que acarreta o pagamento, por parte do empregador, das indenizações legais.
Considera-se mora contumaz o atraso ou sonegação dos salários devidos aos empregados, por período igual ou superior a três meses, sem motivo grave e relevante, excluidas as causas pertinentes aos riscos do empreendimento.
Base Legal: Decreto-Lei nº 368/68 e Art. 459 e 483 da CLT.
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Sancionado Piso Regional - RS
Publicado em
12/05/2003
às
15:00
O governador sancionou em 01/05/2003, o piso regional do Rio Grande do Sul, que varia entre R$ 312,00 e R$ 339,60 de acordo com as faixas por categorias profissionais:
SERÁ DE R$ 312,00 P/TRABALHADORES: |
SERÁ DE R$ 326,40 P/TRABALHADORES: |
a) na agricultura e na pecuária; b) nas indústrias extrativas; c) em empresas de pesca; d) empregados domésticos; e) em turismo e hospitalidade; f) nas indústrias da const. civil; g) nas inds. de instrum. musicais e brinquedos; h) em estabelecimentos hípicos. |
a) nas indústrias do mobiliário; b) nas indústrias químicas e farmacêuticas; c) nas indústrias cinematográficas; d) nas indústrias de alimentação; e) empregados no comércio em geral; f) empregados de agentes autônomos do comércio. |
SERÁ DE R$ 319,20 P/TRABALHADORES: |
SERÁ DE R$ 339,60 P/TRABALHADORES: |
a) nas inds. do vestuário e do calçado; b) nas indústrias de fiação e tecelagem; c) nas inds. de artefatos de couro; d) nas inds. de papel, papelão e cortiça; e) em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas; f) em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas, e empregados em bancas, vendedores de jornais e revistas; g) empregados em estabelecimentos de serviço de saúde. |
a) nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de mat. elétrico; b) nas indústrias gráficas; c) nas inds. de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana; d) nas inds. de artefatos de borracha; e) em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito; f) em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares; g) nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas. h) auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino) |
Obs: Esta Lei não se aplica aos empregados que tem piso salarial definido em Lei Federal, convenção ou acordo coletivo e aos servidores públicos municipais.
Base Legal: Lei nº 11.903, de 02/05/03, DOE 05/05/03.
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Equiparação salarial
Publicado em
01/04/2002
às
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Tem direito a equiparação salarial o funcionário que exerça função idêntica, a todo trabalho de igual valor, prestado à mesma empresa, na mesma localidade. É requisito ainda que o trabalho seja feito com a igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior à dois anos. Excetua-se as regras da equiparação salarial as empresas que tiver o pessoal organizado em quadro de carreira.
Base Legal: Art. 461 da CLT.
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Salário-Maternidade - Requerimento via Internet
Publicado em
01/01/2002
às
00:00
O requerimento do salário-maternidade pode ser efetuado pela empresa ou pela própria segurada, via Internet. Basta ter em mãos as seguintes informações: a) nº do PIS/Pasep, nome completo, data de nascimento, nome da mãe e nº do CNPJ da empresa; b) se o salário é fixo ou variável e o mês e ano do afastamento; c) a remuneração do mês de afastamento e dos últimos seis salários anteriores ao afastamento; d) a agência bancária e o número da conta, caso a opção seja por crédito em conta corrente; e) o número de dependentes para fins de Imposto de Renda. Após validadas as informações, será emitido comprovante para assinatura e envio imediato junto com a certidão de nascimento da criança ou atestado médico para a agência da Previdência selecionada no ato do cadastramento. Os documentos poderão ser entregues pessoalmente ou pelo Correio, em envelope impresso pelo sistema. A Carta de Concessão do benefício será enviada para a empresa, após o cadastramento e para a segurada, após a liberação do pagamento.
Obs: Para preencher o requerimento basta acessar nosso site www.mmcontabilidade.com.br (Consultoria Eletrônica/Àrea Trabalhista/Previdenciária/INSS - Requerimento Sal.Maternidade)
Base Legal: Instrução Normativa nº 33, de 31/07/2000.
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Assinaturas e datas nos recibos de pagamentos dos funcionários
Publicado em
01/07/1999
às
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Nos recibos de pagamento de salários, de férias ou mesmo as rescisões, deve-se tomar o cuidado de quando o funcionário assiná-los devem ser datados com a data de recebimento dos mesmos, em conformidade com a lei: - Salários - devem ser pagos até o 5º dia útil do mês seguinte, contando-se sábado como dia útil (Base Legal: CLT, Art. 459, parágrafo 1º); - Férias - devem ser pagas no máximo até dois dias úteis antes da data do gozo das mesmas (Base Legal: CLT, Art.145); - Rescisões - conforme o caso. Se cumprido aviso-prévio até o lº dia útil após o término do mesmo. Se for indenizado o aviso, o prazo será de 10 dias corridos contados da data da notificação (Base Legal: CLT, Art. 477, parágrafo 6º). Lembramos também dos recibos de vale-transporte, rancho, etc., também devem ser datados quando assinados. A falta de data quando da assinatura dos recibos (salários, férias, rescisões), sujeita a empresa a multas pela fiscalização do trabalho e deixa dúvida em caso de defesa em reclamatórias trabalhistas podendo dar ganho de causa ao reclamante (funcionário). O pagamento das verbas trabalhistas fora do prazo, sujeita a empresa a multa administrativa de R$ 156,32 por empregado, sendo dobrado na reincidência, bem como correção monetária em favor do empregado.
(Base Legal: CLT, Artigos: 153 e 477 e Lei 7.855/89, art.4º).
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Benefícios
Publicado em
01/08/1998
às
00:00
Os benefícios fornecidos pelas empresas aos funcionários, devem Ter suas situações regularizadas, evitando assim, que mais tarde os mesmos venham ser considerados como salário in natura (parcelas que venham incidir INSS, FGTS, 13º salário, Férias, etc.). Os exemplos mais comuns de benefícios e a forma de regularização são: vale-transporte - Fornecimento em fichas. Não em dinheiro. (Art. 5º do Decreto 95.247/87), moradia - Quando o funcionário residir em local cedido pela empresa deve ser feito um contato de comodato, refeição - Quando fornecido ao funcionário, a empresa deve Ter o PAT (Programa de Alimentação ao Trabalhador) junto ao Ministério do Trabalho. Pode-se também fazer contratos com empresas que forneçam refeições ou TICKET'S, desde que haja o PAT.
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Pagamento
Publicado em
01/01/1997
às
00:00
O prazo para pagamento de salários é no máximo o 5º ( quinto ) dia útil do mês seguinte a prestação dos serviços ( Art.459, Parágr. 1º da CLT ) . Salienta-se que para as empresas que trabalham de segunda à sexta-feira ( regime de compensação ), o 5º ( quinto ) dia útil recaindo em dia de sábado, o pagamento deverá ser antecipado para a sexta-feira. O pagamento com cheques, deve ser em tempo hábil e com condições de descontar no prazo acima ( Portaria 3281/84 ). O não cumprimento desse prazo acarreta multa de 160 UFIR por funcionário, aplicada pelo Ministério do Trabalho ( Art. 510 da CLT ).
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