Nunca se falou tanto em
"stress". O mundo de hoje é realmente estressante. A competição feroz
entre as empresas, a globalização, os programas de qualidade, produtividade,
benchmarking, downsizing, resiliência e tantos outros deixam-nos, como nunca,
realmente estressados.
O que fazer? Como combater o "stress"?
Muitas são as receitas, artigos de revista (a última VEJA trouxe matéria de
capa a respeito) e comentários a respeito.
Na verdade, não acredito que o "stress" seja uma conseqüência
direta para quem trabalha muito. Trabalhar bastante, muitas horas por dia, não
leva ao isoladamente ao "stress".
O que produz o "stress" é trabalhar sem perspectiva de
desenvolvimento, de crescimento. É sentir-se não-crescendo, não-se
desenvolvendo; patinando no mesmo lugar. É trabalhar sem autonomia, sem poder
dar vazão à criatividade, sem poder testar idéias novas, sem participar dos
planos e projetos da empresa. É possível e até saudável trabalhar bastante
quando se sente crescendo a cada dia, aprendendo a cada dia mais, produzindo
mais, criando mais, participando mais. O que "mata" é a tensão
e a ansiedade criadas pelo fato de nos sentirmos numa "rotina
mortal" sem perspectiva de futuro.
E a empresa que quiser ter funcionários, chefes, dirigentes sem
"stress" devem preocupar-se em oferecer o melhor ambiente
(global) de trabalho, onde as pessoas todas sintam-se em constante
desenvolvimento pessoal e profissional. Este é o desafio da empresa moderna. E
para que isso ocorra é preciso dar autonomia e iniciativa. É preciso dar
"empowerment" aos níveis mais baixos. É preciso fazer com que
todos "sintam-se" participantes do desenvolvimento da empresa.
Nesta semana, pense em formas de diminuir o "stress" em você e
em sua empresa. Faça cursos, participe de palestras, sinta-se crescendo e se
desenvolvendo. Participe mais da sua empresa. Faça com que todos participem.
Pense nisso.
Por Luiz Marins