Institucional Consultoria Eletrônica

O desafio de construir um mundo mais gentil


Publicada em 04/01/2018 às 09:00h 

Acredito que aconteça com muita gente. De repente, num mesmo tempo, inúmeras pessoas falam do mesmo tema, reclamam das mesmas coisas. O assunto parece se repetir de roda em roda, de ambiente em ambiente. Nunca ouvi tanta reclamação e mesmo indignação com a falta de educação, de gentileza, de polidez das pessoas, como nos últimos tempos. 

 

A grossura, a falta de educação, a insensibilidade pelo outro parece não ter limites no mundo de hoje, me disse com tom de desespero um diretor de uma grande empresa. As pessoas perderam completamente a noção de civilidade, afirmou uma senhora, já cansada de tanta malcriação e grossura por parte de balconistas, funcionários e gerentes. 

 

No trânsito nem é bom falar. Pessoas "fecham" você sem a menor cerimônia para pegar a vaga do estacionamento do supermercado. Ninguém dá passagem para ninguém. Ser educado e gentil virou sinônimo de ser bobo e idiota no mundo de hoje, desabafou um policial ao atender a mais um acidente de trânsito causado pela falta de paciência, de polidez, de educação, de gentileza. Vivemos uma guerra no trânsito, me disse ele. E a grossura permeia todos os ambientes. Em casa, no trabalho, nos lugares públicos, ninguém mais respeita pertences pessoais. As palavras "com licença", "por favor", "obrigado" e "desculpe-me" caíram em absoluto desuso. Onde iremos parar?

 

A falta de polidez, de educação, de gentileza é um dos fatores que mais degradam a vida humana e os ambientes. A qualidade de vida cai no nível mais baixo possível quando as pessoas não se respeitam. Desde o modo de falar, de se trajar, de se comportar, tudo hoje faz transparecer a falta de civilidade, de respeito ao outro, de educação, daquela educação de berço, de casa, básica, elementar que parece ter desaparecido da face da Terra.

 

É preciso com urgência, reinventar a gentileza, a educação, a polidez. Ou todos nós fazemos uma enorme campanha permanente pela gentileza (começando por nós mesmos) ou perderemos todos e nos transformaremos em animais irracionais que, por não conseguirem se expressar pela fala, ou brigam ou fogem. É preciso lembrar que somos humanos, seres especiais, dotados de habilidade verbal e consciência do outro. É preciso, com urgência, construir um mundo mais gentil. Faça a sua parte!

 

Pense nisso. Sucesso!

 


Por Luiz Marins






Sobre o(a) colunista:



Autor: Luiz Marins - Antropólogo. Estudou Antropologia na Austrália (Macquarie University) sob a orientação do renomado Prof. Dr. Chandra Jayawardena (Sri Lanka) e na Universidade de São Paulo (USP) sob a orientação da Profa.Dra. Thekla Hartamann, autor de mais de 13 livros.
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