Você nasce
sem pedir e morre sem querer, então trate de aproveitar bem o intervalo.
Pensando assim dá até vontade de fazer o melhor e curtir ao máximo nossa
curta vida terrestre. Portanto esqueça a terrível ideia de deixar para amanhã o
que pode ser feito hoje, arregace as mangas e faça o seu melhor agora, hoje,
pois é isso o que verdadeiramente conta. Fuja correndo da impressão de ser
meia-boca, ou seja, aquela pessoa que para ela tudo está bom e quer mesmo é que
o mundo acabe em barranco para morrer encostada. Você não quer ser confundido
com um cara meia-boca, quer? Para que isso nunca aconteça basta prestar
bastante atenção nas dicas abaixo.
Cumpra o prometido. Todo meia-boca nunca ou quase nunca cumpre o que
prometeu. O que é frustrante para quem recebeu a promessa e que pode gerar uma
péssima imagem de sua palavra. Não dá para fazer? Tudo bem, mas não prometa que
dá. Aprenda a dizer não. Super-homem ou mulher-maravilha são personagens que só
funcionam no mundo da ficção.
Vá até o fim. Começou? Termine. Nada de deixar as coisas mal-feitas ou
inacabadas. Também não é aconselhável colocar terceiros na história e complicar
ainda mais o enredo. Aprenda a delegar, confiar na equipe e estimular para que
o objetivo seja atingido. Evite acúmulo de tarefas e nunca deixe histórias com
finais indefinidos.
Almeje a excelência. Meias-boca detestam a excelência. Costumar
rotular os excelentes de "pessoas certinhas ou extremamente exigentes". Melhor
rotulado por fazer bem do que por fazer tudo mal. Já que não tem jeito e a
tarefa tem que ser feita, escolha o Método do Capricho. Você o aprendeu lá nos
tempos da escola primária onde a professora sempre falava: - Caprichem,
crianças! E como toda criança nada mais é do que um ser humano mais crescidinho
e experiente já deu para aprender a lição. Trate de caprichar! Fazer o melhor
que se pode, não o que é simplesmente o possível. Evite as palavrinhas: não
sei, não posso, não consigo. Elas acabam com qualquer carreira.
Deixe a preguiça de lado. Eu sei que não é fácil e tem horas que dá
vontade de jogar tudo para o alto. A preguiça atrapalha e só de pensar já
ficamos cansados. Mas pense na satisfação de algo terminado e bem-feito. A
consciência tranquila, o respeito e admiração dos colegas ou a satisfação de um
cliente. É só pensar assim e dizer bem alto para si mesmo: - Xô, preguiça! Você
vai ver como ela vai embora. Brincadeiras à parte, não deixa a preguiça
atrapalhar o seu trabalho. Tá cansado? Pare um pouco, vai fazer outra coisa, dê
uma volta, pratique exercícios que logo a inspiração retorna.
Evite a omissão. Nada pior do que pessoas que se omitem de
resultados, fogem de responsabilidades e sempre dão um jeitinho de tirar o
corpo fora. Usando uma linguagem futebolística companheiro, digo: - Não fuja
das divididas! O confronto, um contato um pouco mais forte faz parte do jogo.
Tudo é problema de todos, tudo é interdependente. O que estiver ao seu alcance
faça. Não fuja do jogo porque o banco de reservas fica bem ali próximo do
gramado.
Não tema críticas. Errou e daí? Já diria o ex-Big Brother Bambam: -
Faz parte! Não seja tolo o suficiente para ficar esperando só elogios, porque
nem sempre eles virão. É quase uma raridade no mundo organizacional. Porém as
críticas sempre estão presentes. Sempre vai ter alguém para dizer que está
errado, que não era bem assim e agradar a todos é uma grande utopia. O
diferencial dos vencedores é que sabem lidar com as críticas, não se deixam
abater ou dão logo a volta por cima. Tente tirar o máximo proveito de situações
indesejadas e aprenda a lidar com comentários maldosos ou negativos.
Agindo assim você passa longe de ser confundido
com um profissional meia-boca, daqueles que pouco agregam, mas que sempre
esbarramos pelo nosso caminho. Seja o maior exemplo de que vale a pena
construir uma imagem de profissionalismo e competência na sua carreira.
Sua empresa,
comunidade, fornecedores e clientes vão adorar.
Por Paulo Araújo