Institucional Consultoria Eletrônica

Organizações Felizes


Publicada em 21/01/2018 às 09:00h 

Você é feliz? Sua empresa é feliz? Felicidade é um diferencial competitivo?


Perguntas como essa poderiam parecer tolas e utópicas há algum tempo, mas hoje na árdua tarefa de contratar e reter talentos, as respostas a essas perguntas deixam de ser reflexões meramente românticas. 


Encontrar respostas e soluções para esse tema será o grande diferencial nos próximos anos, pelo simples fato de que, hoje, existem empresas cada vez mais enxutas e com maior pressão por resultados. O enredo dessa história não poderia ser outro: nunca em nenhum outro período houve tantos casos de afastamento do trabalho por caso de alto stress, esgotamento nervoso e estafa. Recentes pesquisas indicam que o grau de stress e infelicidade nas organizações já atinge patamares elevados. 


O que fazer para criar um ambiente feliz, leve e transparente em sua empresa? 

 

Veja alguns pontos que, nesse novo desafio, não devem ser esquecidos: 


O mito da mudança - chamo de mito da mudança o fato de pessoas e empresas acreditarem que estão mudando tudo o tempo todo, que mudar é a chave para a sua sobrevivência. Estão certas e erradas ao mesmo tempo. Explico: mudar não é fácil e a grande maioria das mudanças feitas na empresa são de cunho organizacional. Nesse caso incluem-se as mudanças relacionadas a processos, produtos, sistemas, máquinas, instalações e outros. Mas, e as mudanças de cunho cultural? Essas são muito mais difíceis de implantar. Apesar de serem as que fazem realmente a diferença, elas são as que mais sofrem retrocessos. Pense em sua empresa: a cultura, a missão, os valores realmente têm mudado? As pessoas ainda são consideradas mão-de-obra, recursos humanos, ou são tratadas efetivamente como talentos a serem desenvolvidos? 

Mobilize as pessoas - sabe qual é o sentimento mais mobilizador que existe? O sentimento de justiça. E justiça tem a ver com integridade e coragem para fazer o que precisa ser feito, desde que com transparência e ética. A sua conduta é condizente com o seu discurso? A liderança é baseada no exemplo? A empresa discute e debate novas idéias ou no primeiro obstáculo impõe soluções de forma autoritária? Lembro que toda liderança por vezes será autoritária, isto depende do momento, mas a questão é o quanto autoritário se é e com que frequência e forma se exerce este poder. O cerne da questão aqui é descobrir o quanto irreal e distante se encontra a percepção entre o que é falado e realmente praticado. 


Transparência e Respeito. Na minha opinião, o mais importante quesito para criar e manter uma empresa feliz, na qual as pessoas sintam prazer e queriam trabalhar, é transparência nas relações e respeito mútuo. Peque pelo excesso de comunicação não pela falta dela. Esqueça que comunicação é somente boas notícias. É justamente em momentos de crise que devemos minimizar a geração de boatos e inverdades. Transparência na gestão do conhecimento, nas relações de poder, nas diretrizes a serem seguidas com a comunidade, fornecedores, colaboradores e clientes. A palavra-chave aqui é cumplicidade, pois promessas de parcerias são o que mais temos por aí. Respeito mútuo é entender que na relação capital X trabalho todos temos direitos e deveres e não adianta ficar somente esperando pelos seus direitos. Muitos dizem que a palavra comprometimento está morta na relação entre empresas e seus colaboradores. Penso que não. Comprometer-se com os resultados e com o sucesso da empresa é comprometer-se também com sua própria carreira. Estar em uma empresa já pensando em outra não é uma boa estratégia de ascensão na carreira, pelo menos a longo prazo. Gestão de carreira tem a ver com realizações, com feitos que realmente agreguem valor e isto leva tempo, por isso esteja comprometido com a equipe e com a sua empresa atual, pois é ela que vai ajudá-lo a dar grandes saltos em sua vida. 
E aí sim quem sabe um dia, você vai poder dizer com toda a certeza do mundo: "eu fui feliz em minha carreira, mas mais do que isso, ajudei a gerar felicidade com os meus talentos.

 


Por Paulo Araújo






Sobre o(a) colunista:



Paulo Araújo é especialista em Inteligência em Vendas e Motivação de Talentos. Diretor da Clientar – Projetos de Inteligência em Vendas. Autor de "Paixão por Vender" - Editora EKO, entre outros livros.



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