Estou escrendo este fax
de Nova York onde estou participando de uma sessão de estudos sobre o que as
empresas devem fazer para enfrentar as novas realidades de um mundo cada vez
mais globalizado e instantâneo. É realmente impressionante a realidade de que o
mundo está agora, mais do que nunca, transformando-se na Aldeia Global de que
falava McLuhan já nos anos 60. É preciso que todas as empresas, pequenas,
médias e grandes, de todos os países do mundo, tenham plena consciência de que
não estamos mais competindo com nossos concorrentes locais, nem nacionais. A
competição é absolutamente global. Estou tendo contato com investidores
internacionais e empresas multinacionais que literalmente vêm descobrindo o
Brasil e os mercados emergentes da Ásia, India e China.
A razão é muito simples: os mercados chamados "maduros"
apresentam um crescimento inexpressivo. Os mercados americano, europeu e
japonês estão "flat" ou "parados" com um crescimento global
muito pequeno. Ao mesmo tempo, os mercados chamados "emergentes"
estão, com a estabilidade econômica, apresentando índices de crescimento
espantosamente grandes se comparados aos mercados tradicionais.
Assim, uma empresa americana, européia ou japonesa que não se faça
presente e atuante nesses novos mercados, está fadada a não ter mais a
preferência dos investidores, dos fundos de pensão e dos fundos de
investimento. Nas apresentações que tivemos dos gerentes desses fundos
mundiais, ficou clara a visão de que hoje, a preferência, é por investimentos
nos novos mercados. Isso vem "forçando" as empresas do primeiro mundo
a buscarem, a todo custo e rapidamente, fusões, associações,
"joint-ventures" e outras formas de cooperação com empresas que
conheçam os mercados nacionais emergentes. Essa tendência é muito grande e
urgente, dizem esses investidores de bilhões de dólares.
Assim, gostaria de, nesta semana, chamar a sua atenção para o fato de que
a competição vai aumentar e muito. Novos "players" aparecerão em
todos os mercados. Teremos novas empresas, de todos os tipos e setores,
concorrendo conosco no Brasil e isso ocorrerá muito rapidamente. Agora é a hora
de buscar associações com líderes mundiais de tecnologia. Agora é a hora de
tomar cuidado para que não fiquemos falando sozinho num grande mercado como o
brasileiro, com a vinda de concorrentes internacionais com grande capacidade de
investimento em tecnologia e serviços.
Por favor, pense nisso. Acredite na globalização. Ela veio para ficar e
revolucionar mercados.
Boa Semana. Sucesso!
Por Luiz
Marins