Previdência vem intensificando também a
cooperação técnica internacional com outros países
A Previdência Social brasileira,
ao completar 95 anos, comemora também o estabelecimento de 14 acordos
bilaterais e dois multilaterais, beneficiando mais de um milhão de brasileiros
residentes nos países signatários dos acordos internacionais.
"Os acordos são instrumentos de proteção
social. Buscamos com isso ampliar a cobertura previdenciária aos trabalhadores
brasileiros que residem no exterior e também aos estrangeiros que atuam no
Brasil para permitir o acesso aos benefícios previdenciários. Além disso, o
Brasil também vem estreitando os laços por meio de cooperação técnica para
intensificar o compartilhamento de experiências entre os países, na área
previdenciária", afirma o Secretário de Previdência Marcelo Caetano.
Os acordos
internacionais de Previdência permitem a contagem do tempo de contribuição
dos trabalhadores aos sistemas de Previdência Social dos países para a obtenção
de benefícios previdenciários como aposentadoria por idade, pensão
por morte e aposentadoria por invalidez, além de evitar a bitributação em caso
de deslocamento temporário.
"Além da proteção
social, os Acordos de Previdência também exercem um papel importante na
formalização do trabalhador perante os sistemas de seguridade vigentes.
Conforme relatos de representantes das comunidades de brasileiros no exterior,
o simples fato de divulgar a negociação do acordo reflete no aumento do
quantitativo de trabalhadores que procuram a seguridade social para se
formalizarem, garantindo assim seus direitos sociais e trabalhistas", explica o
coordenador-geral de Cooperação e Acordos Internacionais da Secretaria de
Previdência, Eduardo Basso.
O Brasil já tem os
seguintes acordos bilaterais em vigência: Alemanha, Bélgica, Cabo Verde,
Canadá, Chile, Coreia do Sul, Espanha, França, Grécia, Itália, Japão,
Luxemburgo, Portugal e Quebec. Já os multilaterais são estabelecidos com países
do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) e países da península
ibero-americana (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, El Salvador, Equador,
Espanha, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai).
Dois países se destacam
pelo volume de remessa de pagamentos mensais, Portugal e Espanha, respondendo
por 8.000 e 4.000 benefícios, respectivamente. Em relação aos
deslocamentos temporários, destaca-se o acordo com o Japão que em 2016 já
contava com 3.270 trabalhadores japoneses no Brasil.
Existem outros acordos
que se encontram em fase de negociação e aprovação, é o caso, por exemplo,
dos Estados Unidos, Suíça, Moçambique, Bulgária e da Convenção
Multilateral de Segurança Social da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) que já estão em processo de ratificação. Acordos com Israel, Áustria e
Índia aguardam assinatura.
Além disso, a
Previdência brasileira está em fase de negociação com Suécia e República
Tcheca, cuja elaboração dos textos dos Acordos e Ajustes Administrativos
deverão ser concluídos ainda em 2018. Também já foi feito contato com
Austrália, Reino Unido, Holanda, Angola, Irlanda, Líbano, China, Síria,
Ucrânia, Senegal e Noruega, com vistas à iniciação de novas negociações de
acordos bilaterais.
Cooperação Técnica - Além
dos acordos internacionais, a Secretaria de Previdência, em parceria com o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), vem intensificando a cooperação
técnica com outros países na área previdenciária. No ano passado, foram
estabelecidos projetos de cooperação técnica internacional entre o Brasil e a
França, a República Dominicana e Moçambique.
O projeto de
Modernização da Previdência de Moçambique tem como principal objetivo
substituir no país africano os processos manuais e formulários por sistemas de
informações. Recentemente passou por avaliação final, com execução de 90% das
atividades previstas e, pelo desempenho alcançado, foi renovado para mais uma
fase. O projeto, que é um esforço conjunto entre SPREV, INSS e DATAPREV,
permitiu a capacitação de gestores nas áreas de sistemas, comunicação,
auditoria e trabalho em equipe. O sucesso alcançado com o desempenho do projeto
rendeu à SPREV menção honrosa no Prêmio de Boas Práticas da Associação
Internacional de Seguridade Social (AISS).
Em setembro de 2017,
técnicos da previdência brasileira cooperaram com técnicos dominicanos para
estabelecer um processo de planejamento estratégico no país caribenho. Além
disso, um novo projeto de fortalecimento do sistema de cadastro dominicano que
inclui a inteligência previdenciária como forma de fortalecer e manter o
cadastro foi negociado e, recentemente aprovado, em janeiro deste ano.
Em outubro de 2017, foi assinada também
uma convenção de parceria tripartite que inclui a França por meio da Escola
Nacional de Seguridade Social de Saint-Éttiene, o INSS e a Secretaria de
Previdência para o estabelecimento de parcerias educativas entre as três
instituições, visando especialmente a educação previdenciária.
Fonte:
ASCOM/Previdência Social