Resumo:
Tendo
como referente o fato de que a patologia contábil representa o estudo das
anormalidades que se verificam no desenvolvimento da ciência da contabilidade e
da gestão dos recursos patrimoniais, logo, é um estudo científico que
identifica, se existir, todo um processo destrutivo, deliberado ou não, da
ciência ou da gestão patrimonial, apresentamos uma resumida análise sobre a
categoria: "patologia contábil" em relação à ciência, à análise de balanços e à
perícia contábil.
Palavras-chaves: #Patologia contábil.
#Perícia contábil. #Análise de balanço.
1.
Introdução
Os
estudos das irregularidades e anomalias, no âmbito da contabilidade, são
denominados de patologias. Seu estudo é deveras importante, pois legitima a
contabilidade como ciência social. A patologia nos relatórios contábeis,
financeiros e econômicos, é um ramo da ciência da contabilidade, que estuda as
origens, causas, efeitos e consequências das situações em que um
patrimônio ou suas partes deixam de apresentar um bom desempenho
e equilíbrio funcional.
Como
ceticismo doutrinário, a patologia contábil representa o estudo das
anormalidades que se verificam no desenvolvimento da ciência da contabilidade.
Portanto, revela todo o processo destrutivo, deliberado ou não, do objetivo,
função e objeto da contabilidade.
2.
Desenvolvimento
Todo
tipo de estudo vinculado à patologia, que é um gênero, se divide em tipos, tais
como: a análise de balanço, perícia contábil e política contábil. Tem
como objetivo apresentar um estudo de forma precisa e clara sobre a
espécie e o alcance do dano que fundamenta uma irregularidade, quer seja, na
gestão patrimonial vinculada à situação econômica, financeira ou social, ou em
teorias contábeis e aspectos vinculados às normalizações contabilísticas.
A
literatura contábil[2] conceitua a
patologia, quando o foco do estudo é o desenvolvimento contábil da seguinte
forma:
PATOLOGIA
CONTÁBIL -
representa o estudo das anormalidades que se verificam no desenvolvimento da
ciência da contabilidade e da política contábil. Portanto, revela todo o
processo destrutivo, deliberado ou não, culpa (ilícito) ou dolo (delito), que
modifica a construção da contabilidade e seu funcionamento, quanto à convicção
dos atos e fatos contábeis ou negócios jurídicos, evidenciando as suas
consequências, que são as deformações. Estas deformações pertencem ao âmbito da
patologia, que vai se ocupar: dos vícios, erros, dolos, ignorância, má
interpretação das normas legais trabalhistas, societárias, tributárias ou de
qualquer uma das vertentes do direito ou da contabilidade. A patologia se
reflete robustamente tanto na ciência jurídica como na contábil, para fins de
terapia de prumo e de nível ético-moral. Revela o ânimo do ilícito, dolo ou
simples ignorância, quando apresenta a clara, verdadeira e real situação dos
direitos, obrigações e a situação líquida de um patrimônio.
A
doutrina contábil[3] especializada
em análises de balanço, cujo foco do estudo das anormalidades, está vinculada a
situação econômico financeira e social, conceitua a patologia, com o seguinte
sentido e alcance;
PATOLOGIA
CONTÁBIL PELO VIÉS DA ANALISE DE BALANÇO - Patologia pelo viés da
contabilidade, indica uma ciência de estudo, voltada ao estudo das
alterações estruturais do balanço patrimonial do balanço de resultado
econômico, é um ramo da contabilidade financeira dedicado à análise e estudo da
situação social, econômico e financeira de uma célula social, com base na
análise técnica que aponta índices, comportamentos, e procedimentos de
avaliação, com a finalidade de fazer um diagnóstico da situação social,
econômico e financeira, (análise cientifica), apontando, se existir, a
existência de não conformidades, e os possíveis remédios contábeis
administrativos, para se estabelecer a saúde econômica e a financeira. A
patologia no seu sentido geral da análise de balanço, visa explicar os
mecanismos pelos quais surgem os sinais e os sintomas das não conformidades na
gestão do patrimônio.
Patologia contabilística é a
especialidade contábil "analise de balanços" responsável por atribuir,
identificar e quantificar a presença de equivocas e má gestão, e até mesmo
uma gestão temerária de uma célula social; interpreta os indicativos e
elementos anormais no balanço patrimonial e no balanço de resultado econômico.
Patologia
dos relatórios contábeis, financeiras e econômicos é um ramo da ciência da
contabilidade, que estuda as origens, causas, efeitos, e
consequências das situações em que um patrimônio ou suas partes
deixam de apresentar um bom desempenho e equilíbrio funcional.
No
âmbito da literatura[4] especializada
em perícia contábil, via exames de laboratórios, quer para a emissão de um
laudo, parecer, e nota técnica; ou labor de testemunho técnica, temos:
As questões complexas de amplo
aspecto, que envolvem inclusive lacunas contábeis, patologias, teorias e
doutrinas também são submetidas a testes de verificação e sua validade nos
laboratórios de perícia. Dada a experiência profissional, entendemos que a mais
robusta de todas as provas é a produzida em um laboratório de perícia
forense-arbitral, pois o perito contábil conhece de ciência e de técnica,
conclusão está estribada no art. 156 do CPC/2015. (.) avulta a questão da Nota
Técnica em questões que envolvem patologia contábil, uma vez que a Nota Técnica
esclarece os desvios e reconduz os fatos a uma correta interpretação.
Os
conceitos no âmbito geral da contabilidade e os específicos, análise de balanço
e perícia contábil, embora constantes do domínio dos contadores, por serem
estudos diversos em sua concepção e estrutura, devem compor os programas de
educação continuidade, com o fim de ampliar o conhecimento científico dos
operadores da contabilidade, como uma contribuição para identificação e
correções de anomalias.
3.
Considerações finais
Podemos
concluir, em síntese, que o conhecimento científico vinculado aos estudos,
patologias, das origens, causas, efeitos e suas consequências das
situações em que um patrimônio ou suas partes deixam
de apresentar um bom desempenho e equilíbrio funcional, em função de
uma alteração operacional do patrimônio ou da prática de uma interpretação
polissêmica ou ambígua de uma teoria, teoremas, axiomas e princípios. Inclusive
a criação de normas que ferem princípios consagrados; é deveras relevante para
o crescimento da profissão, ceticismo e asseguração de uma boa gestão, com
identificações precisas de equívocos, seguido das recomendações necessárias a
se estabelecer a ordem e equilíbrio, quer seja da ciência, quer seja de um
patrimônio afeto pelos equívocos de gestão.
Portanto,
é deveras importante, a elaboração de um programa vinculado aos estudos das
mais variados formas de patologias. Pois, se considera um contrassenso, uma
ciência social, tal qual a contabilidade, não desenvolver estudos que possam
contribuir para o bom desempenho do labor de peritos, auditores, analisas de
balanço e contadores em geral.
Autor:
Wilson Alberto Zappa HOOG.[1]
Referências
HOOG, Wilson A. Zappa.
Moderno Dicionário Contábil.
10. ed. Curitiba: Juruá, 2017.
_______. Análise de Balanço -
Fundamentação Teórica, Prática, Diagnóstico e Qualificação Econômico Financeira.
Curitiba: Juruá, 2018.
_______. Prova Pericial
Contábil - Teoria
e Prática. 15. ed. Curitiba: Juruá, 2018.
[1] Mestre em
ciência jurídica, bacharel em ciências contábeis, arbitralista, mestre em
direito, perito-contador, auditor, consultor empresarial, palestrante,
especialista em avaliação de sociedades empresárias, escritor e pesquisador de
matéria contábil, professor doutrinador de perícia contábil, direito contábil e
de empresas em cursos de pós-graduação de várias instituições de ensino.
Informações sobre o autor e suas obras podem ser obtidas em: http://www.jurua.com.br/shop_search.asp?Onde=GERAL&Texto=zappa+hoog.
Currículo Lattes em: http://lattes.cnpq.br/8419053335214376 . E-mail: wilson@zappahoog.com.br.
[2] HOOG,
Wilson A. Zappa. Moderno
Dicionário Contábil - da Retaguarda à Vanguarda. 10. ed. Curitiba:
Juruá, 2017.
[3] HOOG, Wilson A.
Zappa. Análise de Balanço -
Fundamentação Teórica, Prática, Diagnóstico e Qualificação Econômico Financeira.
Curitiba: Juruá, 2018.
[4] HOOG, Wilson A.
Zappa. Prova Pericial Contábil - Teoria
e Prática. 15. ed. Curitiba: Juruá, 2018.