Com os meios de comunicação só falando em crise no
mundo inteiro, acredito que a "velha senhora" já esteja nos enviando
um "telegrama" avisando de sua chegada entre nós. Leia o texto
abaixo.
Estamos
todos sentindo um certo arrepio e um certo odor de crise no ar. A recessão
voltou a ser tema de conversas e manchetes dos jornais. Os que podem e precisam
do produto, esperam um pouco mais para comprar e o número dos que se sentem
capazes até de esperar, diminui.
Os
estoques começam a encalhar e os níveis de emprego a sofrer a trágica ameaça
das dispensas e cortes lineares. A crise é de confiança e sem confiança não há
investimentos, não se arrisca, não se faz.
Temos
a impressão de que ela já nos passou o fatídico telegrama avisando de sua
chegada à nossa casa e não haverá como não recebê-la, por mais indesejada que
seja a visita desta velha senhora.
O que
fazer? Qual o comportamento que as empresas devem ter durante o período mais
recessivo? Como não se desesperar diante desta senhora que entra em nossa casa
e desarruma nossos pertences?
A
única solução para a empresa, numa época em que seja preciso vender, conquistar
cada cliente, fazer com que ele se transforme em nosso ativo vendedor é
aprimorarmos, ainda mais, a nossa capacidade de inovar na PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS.
A
tendência universal e crescente é a de que os produtos tenham cada vez mais
semelhança tecnológica. O desenvolvimento científico e tecnológico faz com que
os produtos comecem a ser cada vez mais tecnologicamente semelhantes. A
qualidade dos produtos concorrentes começa a perder diferenciais
significativos. Todas as marcas começam a apresentar bons produtos ao mercado e
a fidelidade do consumidor a marca, começa a tornar-se cada vez mais frágil. Basta
que ele experimente o produto concorrente e ele verá que é igualmente bom. O
mesmo ocorre com relação aos preços. A similitude tecnológica induz à igualdade
de preços. E os produtos começam a ter qualidade e preços similares.
Nessa
situação, o que fará um consumidor optar? O que fará um consumidor optar por
esta ou aquela marca, por esta ou aquela loja?
Sem
dúvida alguma, a capacidade na prestação de SERVIÇOS.
Vencerá
a concorrência a empresa que conseguir prestar o melhor serviço aos seus
clientes. E SERVIÇO é toda uma gama de atividades e
atitudes que a empresa disponibiliza até que o produto seja consumido pelo
cliente. Assim, envolve atendimento, distribuição e entrega, assistência
técnica pós-venda, informação sobre usos e potencialidade do produto, atenção
nos tratos administrativos, rapidez, controle de qualidade, etc., etc.
Definitivamente
não basta ter o melhor produto. E preciso oferecer o melhor SERVIÇO.
Investir
na prestação de serviços é sabedoria que poucas empresas demonstram ter em
épocas de crise. A norma é geralmente oposta. Corta-se tudo o que satisfaz o
cliente e que dá à empresa o seu necessário diferencial no mercado.
O
momento é de cativar, i.e. tornar cativos, os clientes que já possuímos. Não
podemos admitir a perda de um cliente sequer e só conseguiremos essa fidelidade
com SERVIÇO.
Repensar
a minha capacidade administrativa interna e analisar se a minha empresa está
sendo capaz de prestar o melhor serviço aos clientes parece ser a tarefa do
momento. Ter pessoas cada vez mais competentes em nossos quadros é, pois a
exigência. Ao contrário do que se pensa, em épocas de crise temos que ter as
melhores pessoas conosco e não as piores, as mais baratas, as menos
competentes.
Só
assim, nos preparando com competência e decisão em nossa capacidade de prestar
serviços é que poderemos ainda sorrir no momento em que a velha senhora chegar.
Pense
nisso. Sucesso!
Por Luiz
Marins