Conhecido
como dorsalgia, o problema é a maior motivação para ausência no emprego em sete
estados
As
dores nas costas são a quinta maior causa de afastamento no trabalho por mais
de 15 dias no país, atrás apenas de casos de fraturas. No ano passado, foram
12.073 casos de dorsalgia, como são conhecidas as dores nas costas - 6,13% de
um total de 196.754 afastamentos.
Em
2017, os casos de afastamento por dorsalgia só ficaram atrás das fraturas de
punho e mão (22.668 ocorrências), de pernas, incluindo tornozelo (16.911), de
pé (12.873) e de antebraço (12.327).
Em
sete estados, porém, a dorsalgia é a primeira causa de afastamento, incluindo
lesões por acidentes de trabalho - Acre, Alagoas, Maranhão, Pará, Pernambuco,
Piauí e Rondônia (veja quadro ao fim da reportagem).
É
considerada dorsalgia qualquer tipo de dor nas costas. A mais comum é a lombar,
segundo o auditor-fiscal do Trabalho Jeferson Seidler. "O problema geralmente
tem origem muscular ou nos ligamentos, mas as hérnias de disco intervertebral
também têm impacto importante", diz.
O
auditor afirma que as atividades que envolvem movimentação manual de cargas
estão entre as que mais oferecem risco. Em seguida aparecem as funções em que o
trabalhador permanece por longos períodos na mesma posição.
Entre
as ocupações que geram mais afastamentos por dores nas costas, entre aquelas
com mais de 50 mil vínculos empregatícios, estão as de entrega de
correspondências, transporte rodoviário de longas distâncias, fabricação de
automóveis, frigoríficos, comércio atacadista de bebidas, coletas de resíduos,
construção civil e atividades de atendimento hospitalar.
"A
área hospitalar, por exemplo, sempre é citada em estudos sobre dorsalgias
ocupacionais, devido principalmente às movimentações de pacientes acamados",
afirma Jeferson Seidler.
Prevenção
Para diminuir os riscos de trabalhadores com dores nas costas, o ambiente de
trabalho deve ser organizado de maneira a oferecer as melhores condições
possíveis, levando em conta itens como as normas de produção, ritmo de
trabalho, tempo em que o funcionário permanece naquele espaço e conteúdo das
tarefas.
Os
parâmetros para um ambiente de trabalho considerado saudável constam na Norma
Regulamentadora 17, que diz respeito à ergonomia. De acordo com o documento, a
organização do local deve permitir "a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um
máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente".
Entre
as medidas adicionais e complementares para reduzir os riscos de dorsalgia
estão fazer pausas para descanso e exercícios de alongamento e aquecimento ou
ginástica laboral. Especialmente as ocupações que exigem esforço físico ou
longos períodos em uma mesma posição, os alongamentos devem ser realizados
antes e depois do trabalho.
Fonte: Ministério do Trabalho/Assessoria
de imprensa