Conta-se uma história, que há muito anos atrás, em um curso
de medicina, um determinado professor, que se julgava com muito conhecimento,
se dirigiu a um determinado aluno e lhe perguntou:
- Quantos rins nós temos?
O aluno, prontamente, respondeu:
- Quatro.
O professor, de forma arrogante, replica:
- Quatro?!
E, após um breve momento de silêncio na sala de aula, o
professor continuou e pediu para o seu auxiliar:
- Tragam um feixe de capim, pois temos um jumento na sala.
O aluno, rapidamente "complementa" o pedido
- E, para mim, um cafezinho!
Com a atitude do aluno, o professor ficou irado e o expulsou
da sala de aula.
Ao sair da sala o aluno ainda teve a audácia de corrigir o
furioso professor:
- O senhor me perguntou quantos rins nós temos. Nós temos
quatro. Eu tenho dois e o senhor tem dois. Nós, é uma expressão usada no
plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com capim.
O aluno era Aparício Torelly Aporelly, o "Barão de Itararé".
Um parêntese:
Talvez, hoje em dia, essa não é a melhor forma de diálogo em
uma sala de aula. Chamar alguém de jumento, sugerir que coma capim, expulsar o
aluno, responder dessa forma ao professor, etc. Mas, a história acima serve
para aprendermos...
Algumas lições:
- Nem sempre o conhecimento é tudo. É necessário compreender
o público e, se não ficar bem claro, ter a humildade de refazer a colocação ou
até mesmo de assumir o erro e corrigir-se;
- A arrogância, às vezes, ofusca o conhecimento;
- "Quem fala o que quer, ouve o que não quer";
- Às vezes, obtemos respostas "tortas", pois não fazemos as
perguntas corretas. Se necessário, refaça a pergunta utilizando outras palavras
ou "indo por outro caminho";
- Comunicação perfeita só se dá quando os dois se entendem.
Diante disso, antes de criticarmos a resposta de alguém,
vamos avaliar como foi a nossa pergunta.
Marcone
Hahan de Souza
Administrador
e Contador. Professor Universitário. Sócio da M&M Assessoria Contábil.