Pelo que seremos lembrados? Faremos falta? Qual a contribuição
deixaremos e que perdurará no tempo?
Essas e outras perguntas sempre nos vêm à mente
quando alguém morre ou mesmo quando alguém nos deixa, mesmo em vida - deixa
nossa empresa, nossa família, nossa convivência, nosso relacionamento. Será
nosso legado transitório ou permanente? Qual a real diferença de valor fizemos
e pelo que seremos lembrados? Servimos para alguém, para alguma causa, para
alguma coisa?
Sempre penso nos grandes legados e vejo que quase
nunca foram relacionados a bens materiais. Mesmo quando alguém muito rico faz
uma doação filantrópica milionária, o que fica é o seu gesto de generosidade e
não os valores pecuniários ou imobiliários que doou. Penso nos grandes
artistas, pensadores, filósofos, cientistas e no seu legado. Sócrates e Jesus
Cristo, por exemplo, não deixaram escrita uma linha sequer e seus legados
permanecem até hoje e suas ideias lidas e discutidas há séculos.
Penso também nos legados de pessoas simples e
anônimas. Pais, mães, avós, amigos, patrões, colegas de trabalho que nos
deixaram uma marca que jamais se apagará de nossa memória. Não são pessoas
famosas, nem ricas, mas o seu legado para nós é eterno.
Conheço pessoas que deixaram marcas profundas em
suas passagens por uma empresa, por uma associação, sindicato ou organização e
mesmo no serviço público. Você, leitor, também deve conhecer. E a pergunta que
fica é sempre a mesma: Qual será o nosso legado? Como seremos lembrados? Que
real diferença teremos feito?
E a resposta é ao mesmo tempo simples e complexa:
um legado é construído todos os dias, todas as horas, toda uma vida coerente e
dedicada. O nosso legado será o que fizermos hoje, o que servirmos hoje, onde
decidirmos colocar nossa energia e nosso foco. O nosso legado será o que
decidirmos ser.
Pelo que seremos lembrados?
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins