"Se todos estão indo adiante
juntos,então o sucesso encarrega-se de si mesmo."(Henry Ford)
Um dos maiores
desafios atuais no mundo corporativo é a chamada retenção de talentos, ou seja,
como manter os profissionais nas organizações e com elevado nível de
comprometimento.
Refletindo a este
respeito, selecionei um time com 11 iniciativas que você poderá adotar em sua
empresa. Vamos a elas:
1. Remuneração. O
salário é certamente fator de grande relevância e impacto, especialmente nos
níveis hierárquicos mais operacionais, nos quais mesmo as pequenas ofertas de
aumento são definitivas para mudança de emprego. Porém, é um aspecto que não se
sustenta isoladamente, em especial a longo prazo.
2. Benefícios. Assistência médica e
odontológica, refeitório, cesta básica, acompanhamento nutricional, espaço para
prática de atividades físicas ou convênio com academias, avaliação física,
ginástica laboral, check-up periódico, descontos na aquisição de medicamentos,
custeio de cursos em universidades, jornada flexível de trabalho. Muitas são os
benefícios que podem ser ofertados aos empregados, como forma de remuneração
indireta, evitando-se o custo tributário. Selecione-os de acordo com o porte de
sua empresa e o perfil de seus funcionários.
3. Treinamento e
desenvolvimento. Diante da baixa qualidade do ensino em nosso
país, cabe às empresas promover programas contínuos de capacitação para o
aprimoramento profissional dos trabalhadores, elevando a autoestima destes e
melhorando a produtividade e a competitividade.
4. Liderança educadora. É notório que muitos
profissionais se demitem não das organizações, mas sim de seus líderes.
Analogamente, há aqueles que optam por permanecer na empresa por respeito e
admiração a lideranças dignas, capazes de demonstrar real interesse por cada
membro de sua equipe, compartilhando conhecimento, instruindo, incentivando,
exercendo o poder com autoridade e não com autoritarismo, enfim, perseguindo
resultados, porém aliando-os às expectativas dos trabalhadores.
5. Autonomia. Bons
profissionais postulam evoluir dentro da organização, com a possibilidade de
atuarem de maneira proativa e contributiva, e não apenas exercendo funções
meramente responsivas. Para tanto, é necessário praticar o empowerment, ou
seja, a gestão através do poder compartilhado, concedendo o direito de tomar
decisões e delegando autoridade na proporção da responsabilidade e de acordo
com as competências do colaborador.
6. Clima organizacional. Não
ficamos envolvidos com nosso trabalho por apenas oito horas diárias. Se
considerarmos as eventuais e cada vez mais frequentes horas extras, o tempo com
deslocamento e as demandas constantes por e-mail e celular, dedicamos metade de
nosso dia à vida laborativa. Por isso, o ambiente de trabalho precisa ser
harmonioso e amigável, além de reunir infraestrutura adequada e confortável.
7. Espaço para o sonho. Certa
vez um amigo comentou que ao preencher o questionário de avaliação da empresa,
aplicado a todos os funcionários para balizar o planejamento estratégico do ano
seguinte, uma das questões formuladas era: "Descreva um sonho pessoal que você
ainda não realizou e o porquê". Na ocasião, ele anotou que há anos desejava
escrever um livro, mas que ainda não o fizera por falta de tempo. Quando a
companhia finalizou o planejamento, entregando a todos um plano de ação, uma
das metas definidas especificamente para ele era "escrever o livro". Mais
ainda, a empresa lhe proporcionou um curso de administração do tempo e reservou
um horário semanal para que ele se dedicasse à redação da obra. Escrever um
livro de caráter pessoal não tem relação direta com o propósito da corporação.
Entretanto, ao
adotar tal postura, valoriza-se de tal forma o profissional que o mesmo passa a
se empenhar ainda mais em sua atividade.
8. Tratamento
igualitário. Assumir o respeito como valor essencial,
independentemente de gênero, raça, condição socioeconômica, credo e orientação
sexual, oferecendo também atenção especial às pessoas com deficiência.
9. Orgulho de pertencer. Um
ótimo termômetro para verificar o grau de comprometimento de sua equipe está em
observar como eles cuidam da imagem da empresa. Os empregados consomem os
produtos e serviços que representam? Sentem orgulho ou vergonha de dizerem onde
trabalham? Como se manifestam sobre a companhia nas redes sociais?
10. Reconhecimento e
valorização. Você pode ir além dos convencionais planos de
carreira, aumentos e bônus salariais, participação nos lucros e resultados.
Considere homenagear os profissionais por tempo de empresa, oferecendo-lhes
certificados, placas comemorativas e souvenirs. Elogie-os publicamente,
divulgue nas mídias internas e até nos veículos locais. Em maior ou menor grau,
todos nós desejamos e apreciamos carinho e afago.
11. Celebração. Por
fim, comemore! Seja uma meta atingida, um novo cliente conquistado ou os
aniversariantes da semana, é preciso celebrar. Isso gera estímulo e impulsiona
novas conquistas. E, lembre-se, não é necessário fazer nada dispendioso. Vale
um bolo de padaria acompanhado de água, suco e refrigerante, num final de tarde
de sexta-feira. O que realmente importa é o motivo e o ato de confraternizar.
Vale salientar que
todas estas iniciativas são potencializadas quando a missão, a visão e, em
especial, os valores corporativos estão muito bem definidos, divulgados e
alinhados ao propósito pessoal de cada integrante da empresa.
Por Tom Coelho