Quando
iniciei minha vida escolar, sempre tive preferência pelas aulas de Exatas. Isto
me levou a cursar uma faculdade de Matemática, onde a maioria da turma era
formada por homens.
Desde
então, tento buscar formas de incentivar jovens a experimentarem os cursos que
fazem parte da sigla em inglês STEM (Science, Technology, Engineering and
Mathematics).
No
contexto educacional, o objetivo é interligar todas essas áreas para que os
alunos tenham um aprendizado prático interdisciplinar, possibilitando assumir profissões
que estão surgindo nesta nova era digital e tantas outras que ainda serão
criadas nos próximos anos.
Neste
cenário cada vez mais dinâmico e conectado, as mulheres têm conquistado
oportunidades interessantes em áreas que ainda são majoritariamente masculinas,
como é o caso do setor de tecnologia.
Nosso
desafio é ampliar esta participação feminina para que tenhamos cada vez mais
ambientes diversos e integrados. Acreditamos que a transformação digital que
tanto falamos está diretamente relacionada à mudança de mindset, que contemple a diversidade.
Pessoas
diferentes agregam novos olhares, promovem a discussão e uma forma mais aberta,
geram modelos de negócios disruptivos e se complementam.
Por
isso, precisamos incentivar a participação de todos e promover iniciativas que
permitam qualificar os profissionais para cargos de liderança, independente do
gênero.
Segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação das
mulheres em cargos gerenciais no Brasil está em torno de 39%. Porém, esse
número se torna ainda menor quando observado sob a perspectiva da intersecção
racial.
Para
alavancar esses números é fundamental que as empresas, especialmente aquelas
lideradas por mulheres, invistam em projetos de seleção, qualificação, mentoria
e debates que priorizem o diálogo sobre inovação e diversidade, se aproximando
das Universidades e das startups para atrair talentos, independente do gênero,
da idade, da raça ou da orientação sexual.
O
mundo é diverso e as corporações devem se preparar para aceitar cada vez mais
as diferenças, sejam de pensamento, de cultura, de experiências de vida.
Cada
um de nós tem o desafio e a oportunidade de definir estratégias colaborativas e
enriquecedoras no ambiente corporativo para que seus funcionários possam
trilhar uma jornada de crescimento, que combine habilidades e bons resultados
de projetos, alinhando, assim, condições igualitárias para concorrer aos
diversos cargos.
Autor: Monica Herrero -
CEO da Stefanini Brasil