A abordagem dos
estelionatários pode ocorrer por telefone, carta ou e-mail
A Secretaria de
Previdência do Ministério da Economia alerta a população sobre golpes
praticados por fraudadores que se passam por representantes do órgão para
oferecer benefícios e extorquir os segurados.
Em uma das fraudes mais
comuns, os estelionatários entram em contato com segurados da Previdência, por
telefone, fingindo ser integrantes do Conselho Nacional de Previdência (CNP).
Sob a falsa alegação de que o cidadão teria direito a receber valores atrasados
de benefícios pagos pela Previdência, eles solicitam o depósito de determinada
quantia em uma conta bancária, afirmando que essa "taxa" seria necessária para
a liberação de um suposto pagamento que, na verdade, não existe.
A Secretaria de
Previdência esclarece que todos os serviços e valores a receber, quando
realmente existentes, são disponibilizados de forma gratuita aos segurados.
Além disso, em nenhuma hipótese, membros de conselhos ligados à Secretaria de
Previdência entram em contato com segurados.
Abordagem variada
- Há situações em que os fraudadores enviam
documentos a segurados se passando por uma falsa "Auditoria Geral
Previdenciária", convocando-os a uma "Chamada para Resgate". Segundo o
documento, os segurados teriam direito a resgate de valores devidos a
participantes de carteiras de pecúlio que teriam sido descontados da folha de
pagamento como aposentadoria complementar.
A Secretaria de
Previdência esclarece que não entra em contato com seus segurados dessa forma
nem tem qualquer tipo de relação com planos de previdência complementar para
segurados do INSS. Os benefícios que são pagos mensalmente pelo instituto são
da previdência pública, contributiva por todos os trabalhadores filiados ao
Regime Geral de Previdência Social.
Em outras situações, os
criminosos abordam os segurados e afirmam que estes teriam direito a receber
valores referentes a uma falsa revisão de benefícios concedidos à época do
governo Collor. Mas na verdade trata-se de um golpe. Todas as revisões de
benefícios realizadas pela Previdência são baseadas na legislação, e os
segurados não precisam realizar nenhum pagamento para ter direito ao benefício.
Há casos também em que a
quadrilha entra em contato com o segurado para informar que teria direito a
receber precatórios, solicitando ao cidadão que entre em contato por meio
do número de telefone informado e para que o valor seja rapidamente liberado.
Outras vezes, os
fraudadores enviam ofícios e comunicações em nome da Superintendência Nacional
de Previdência Complementar (Previc), autarquia vinculada ao Ministério da
Economia, orientando os participantes e assistidos sobre o direito de resgate
de contribuições de planos de aposentadoria complementar. Para isso,
solicitam informações pessoais ou bancárias dos cidadãos, cobrando pelos
serviços prestados ou custas judiciais.
Dados pessoais - A
Secretaria de Previdência reforça que não solicita dados pessoais dos seus
segurados por e-mail ou telefone e tampouco
faz qualquer tipo de cobrança para prestar atendimento ou para realizar seus
serviços. A recomendação aos segurados é de que não recorram a intermediários
para entrar em contato com a Previdência Social e, em hipótese alguma,
depositem qualquer quantia para ter direito a algum benefício.
A Secretaria também
orienta os segurados a não fornecer seus dados pessoais a terceiros, já que
essas informações podem ser utilizadas para fins ilícitos.
As vítimas desse tipo de
abordagem devem registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Fonte: Previdência Social
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