Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostra o perfil dos
empreendedores do RS. As pessoas nas faixas dos 18 aos 34 anos
apresentam uma intensidade no envolvimento com atividades empreendedoras
em estágio inicial muito semelhante.
Abrir um negócio requer dedicação, perseverança e, principalmente, a
reunião do máximo de informações sobre a área de atuação e gestão. Tudo indica
que os gaúchos estão no caminho certo do empreendedorismo quando decidem
seguir essa trajetória. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) conduzida
pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com o
Sebrae RS mostra que é a oportunidade que predomina entre os gaúchos que optam
pelo empreendedorismo. De acordo com os dados, em 2018, dois terços dos
empreendedores iniciais afirmaram que foram motivados pela identificação de uma
oportunidade no mercado. Isto indica que - para cada empreendedor por
necessidade - há dois empreendedores por oportunidade, e, portanto, com maiores
chances de sucesso.
No Rio Grande do Sul, 31,6% ou 2,4 milhões de pessoas empreendem, o que
equivale a 4,5% do País. O percentual é superior ao da primeira edição da
pesquisa, em 2016, que apontou que os empreendedores representavam 26% dos
gaúchos e tinham uma participação de 4% no País. Em sua segunda edição, a
GEM mostrou que, em 2018, a cada três gaúchos na faixa entre 18 e 64 anos, um
estava envolvido com alguma atividade empreendedora, seja na criação de um novo
negócio ou na manutenção de negócios já estabelecidos. Mais da metade
dos empreendedores, 53%, atua em negócios estabelecidos. No Estado, a pesquisa
em 2018 ouviu 2 mil adultos entre 18 e 64 anos e 17 especialistas.
O empreendedorismo está conquistando os gaúchos de todas as faixas
etárias adultas e, praticamente, não existem diferenças nas três faixas que
vão de 25 aos 54 anos, em torno de 35% são empreendedores. Nos grupos dos
mais jovens (18 a 24 anos) e dos mais idosos (55 a 64 anos) encontram-se,
aproximadamente, 25% de empreendedores. Embora com taxas menores, em
números absolutos, essas duas faixas têm em torno de 620 mil indivíduos.
As pessoas nas faixas dos 18 aos 34 anos apresentam uma intensidade no
envolvimento com atividades empreendedoras em estágio inicial muito semelhante.
Em 2018, 20,7% eram empreendedores iniciais na faixa de 18 a 24 anos
e 19,3% daqueles com idade entre 25 e 34 anos. A partir dessa fase há
uma diminuição progressiva na taxa, sendo 15,5% na faixa de 35 a 44
anos, 10,6% na de 45 a 54 anos e na faixa dos mais seniores, 6,8%.
A taxa de empreendedores estabelecidos é mais intensa na faixa de 45 a
54 anos (25,5%), e, em segundo lugar na faixa anterior (35 a 44 anos). As duas
faixas de menor idade têm as menores taxas de
empreendedores estabelecidos. Para se ter uma ideia, na faixa dos 18 aos
24 anos, é de 4,4% e de 25 a 34 anos apresenta uma taxa de 15,1%. Mas é nessas
faixas que estão as duas taxas mais altas de empreendedorismo inicial
no Rio Grande do Sul.
Escolaridade
é decisiva para o empreendedorismo por oportunidade
A coordenadora da pesquisa no Sebrae RS, Andréia Grätsch do
Nascimento, destaca que as diferenças do empreendedorismo segundo a motivação
se tornam mais reveladoras quando a escolaridade é considerada. Entre os que
empreendem por oportunidade, 62,4% possuem ensino médio completo ou superior.
"Esse empreendedor estuda o mercado, analisa a concorrência e tem mais
elementos para aumentar as chances de sucesso", complementa. Entre os que
empreendem por necessidade, 65% não completaram o ensino médio, enquanto que
esse percentual é de 37,5% para os que empreendem por oportunidade.
A pesquisa revela também que o empreendedorismo continua conquistando
adeptos e que o número de empresários gaúchos deve manter a
trajetória de crescimento. O estudo mostra que 25,8% da população adulta têm
interesse em desenvolver-se como empreendedor, representando aproximadamente
2 milhões de gaúchos que vislumbram a possibilidade de empreender nos próximos
três anos, independentemente de já possuírem, ou não, algum outro negócio. Esse
sentimento é praticamente o mesmo encontrado no Brasil, em 2018, que foi de
26,2%.
Fonte:
Sebrae RS
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