Descubra quais são os comportamentos que segundo os
gestores mais afetam o desempenho de um profissional.
Já faz algum
tempo que o Grupo Foco perguntou a 943 gestores quais os comportamentos dos
seus liderados que diminuem em muito a produtividade, e claro, atrapalham o
desempenho de qualquer pessoa.
Toquem os
tambores por que aí vem os comportamentos mais citados. Perceba como os
resultados continuam atuais.
1. Desorganização e falto de foco
Este foi o
comportamento mais citado por exatos 19,6% dos entrevistados.
Profissionais
desorganizados perdem tempo na própria bagunça, isso quando a desordem própria
acaba por atingir o desempenho da equipe.
Caos e foco são
atitudes que não se misturam e uma não convive com a outra. Pode apostar que
algazarra em excesso nos processos só contribuem para o estresse e conflitos
entre as pessoas.
A solução é uma
só: simplificar, ajudar a manter a ordem na agenda e nas atividades dos
bagunceiros, senão os resultados ficarão longe do desejado.
2. Resistência a mudanças
Nada mais, nada
menos do que 16,5% dos entrevistados citaram esse tipo de conduta.
Defender o
atual status quo é um dos mais antigos hábitos do mundo
corporativo.
Todo mudança
assusta e antes de melhorar... piora.
O problema é que
toda vez que você briga com a mudança existe uma grande chance dela
literalmente passar por cima de você.
Onde estão os
datilógrafos que se recusaram a usar os computadores?
A metáfora é um
grande exagero, mas ilustra perfeitamente o quanto é fácil ficar para trás
quando nos recusamos a aprender algo novo, abrir a mente e pensar positivo.
Só com a
mudança, seja de hábitos, processos ou sistemas é que podemos alcançar um novo
nível.
Mudança boa é
aquela que incomoda, que tira a gente da zona do conforto, traz novas
possibilidades e depois de tudo pronto já dá vontade de mudar algo para
melhorar ainda mais.
Só para
refletir: quanto a sua empresa já perdeu de dinheiro devido a pessoas que
resistem às mudanças?
3. Não saber lidar com a pressão
Pressão demais
estoura, mas pressão de menos acomoda.
Qual é o ponto
ideal?
Para minimizar
esse problema tenha em mente que o processo deve estar perfeitamente alinhado
com a meta. Exemplo: a meta de vendas é compatível como a nossa capacidade de
entrega?
Processos claros
e bem delineados também diminuem os conflitos pessoais e nunca é demais lembrar
que pressão não tem nada a ver com gritar com funcionário, pedir o impossível
ou menosprezar as pessoas. Isso na verdade é assédio moral.
Defina os
limites de pressão, que no ponto certo, mais ajuda do que atrapalha.
4. Pouco compromisso com as metas
O sonho de 100%
dos gestores é ter uma equipe comprometida, mas 11,5% dos entrevistados alegam
que esse comportamento está distante da realidade.
Profissionais
engajados são mais produtivos, iluminam o ambiente e são mais respeitados.
É preciso
diagnosticar os reais motivos dos que não tem compromisso com as metas. Qual e
a razão? E daí extrair lições valiosas para definir metas ou alinhar processos.
Aqueles que não
tem resposta para essa pergunta são sérios candidatos a demissão, afinal as
pessoas estão na empresa para se dedicar e ajudar e não o seu contrário. E você
líder, ouça com atenção e mude o que precisar ser mudado.
Dizer que não dá
para atingir as metas e não explicar o real motivo é o mesmo que ficar olhando
a janela do tempo passar, só admirando a paisagem, enquanto o abismo não chega.
5. Falta de iniciativa
Mas o que é
falta de iniciativa?
Não é nada raro
o gestor pensar que o profissional não tem iniciativa e uma das qualidades mais
citadas em entrevistas de emprego por parte do candidato e justamente se dizer
proativo.
Sinto dizer que
a percepção de líder e liderados neste quesito são bem diferentes.
A sugestão que
fica é sempre ter o máximo de certeza de que o profissional, mais do saber o
que fazer, sabe o como fazer, para evitar atritos futuros. Caso a percepção de
"falta de iniciativa" seja muito grande é hora de chamar o colaborador para uma
sessão de feedback, sempre levando em conta fatos e não percepções ou o famoso
"eu acho que" ou "seu fosse eu nessa situação".
O feedback é um
momento ideal para acertar as arestas e deixar bem claro para o seu funcionário
o que é considerado iniciativa dentro da empresa.
6. Foco no curto prazo
Desejar
resultados rápidos e não pensar em longo prazo foi o comportamento citado por
7,2% dos entrevistados.
Essa é uma
prática muito recorrente nos dias de hoje.
Querer tudo para
ontem, pode demorar o tempo que quiser desde que seja agora, vamos com calma
por que eu tenho pressa... podemos fazer um texto só com frases que nos remetem
a ansiedade, angústia, resultados rápidos e muitas vezes inconsistentes.
O papel do líder
acima de tudo é educar, servir, ser o exemplo e construir uma relação de
confiança com sus liderados. Nada do que citei se constrói no curto prazo,
então mãos na massa e sempre lembre os seus liderados a expressão: quem tem
pressa come cru.
Líderes
admirados tem um característica em comum: ensinar como fazer bem-feito. A
expressão "bem-feito" (grafada com hífen), segundo a Academia
Brasileira de Letras (ABL), é um adjetivo, significando "caprichado,
bem-acabado".
Agora vamos
fazer um exercício de logística reversa. Por favor, me acompanhe.
Você já sabe
quais são os comportamentos que potencializam PÉSSIMOS resultados, isso
significa que você também, por tabela, sabe quais são os comportamentos que
potencializam EXCELENTES resultados.
Já é um
excelente caminho, não?
Por Paulo Araújo