O
estudo mostra o crescimento na remuneração nos últimos 10 anos, remuneração por
sexo, escolaridade, raça, pessoas com deficiência física, setor atividade da
empresa, por regiões, por estado, remuneração mediana e índice GINI.
Segundo dados da RAIS, em 2018, houve
redução real na remuneração média, atingindo R$3.060,88.
Em relação a 2017, a remuneração média real
diminuiu R$14,44, equivalente a - 0,47%.
1.
Remuneração segundo sexo
Do ponto de vista do gênero, a retração do
rendimento médio refletiu, principalmente, na remuneração dos homens.
A remuneração média
masculina diminuiu em -0,68%, alcançando R$3.268,81. Por sua vez, a remuneração
média feminina registrou diminuição de -0,1%, atingindo R$2.798,06.
Em 2018, a remuneração média das mulheres
correspondia a 85,6% da remuneração masculina.
2.
Remuneração segundo escolaridade
Do ponto de vista da escolaridade, houve
queda real da remuneração média em todas as faixas de escolaridade, à exceção
do Ensino Fundamental Completo.
A faixa de escolaridade com maior
remuneração média foi Ensino Superior Completo (R$6.155,31), seguida por Ensino
Superior Incompleto (R$2.942,41), Ensino Médio Completo (R$2.180,24) e Ensino
Fundamental Completo (R$1.964,94).
Em relação a 2017, as faixas de
escolaridade com maior redução na remuneração média foram Ensino Superior
Completo (-R$124,90, -1,99%), Ensino Superior Incompleto (-R$79,66, -2,64%),
Analfabeto (-R$22,12, -1,45%), seguido da faixa de escolaridade Médio Incompleto
(-R$45,11, -2,52%), Médio Completo (-R$34,02, - 1,54%), Fundamental Incompleto
(-R$31,25, -1,65%). A única faixa de escolaridade que apresentou expansão foi
Fundamental Completo (+R$7,79, +0,40%).
3.
Remuneração segundo raça/cor
No que se refere à remuneração por raça e
cor, em 2018 houve redução na remuneração média das pessoas que se declaram
como Preta e Parda, -2,22% e - 0,61%, respectivamente. A raça/cor com maior
aumento da remuneração média foi Indígena (+R$72,13, +2,90%).
A raça/cor com maior remuneração média é a
Amarela (R$3,841,83), seguido da Branca (R$3.103,53), Indígena (R$2.555,27),
Parda (R$2.167,49) e Preta (R$2.135,63).
4.
Remuneração de Pessoas com Deficiência (PcD)
Do ponto de vista de remuneração por
pessoas com algum tipo de deficiência, a maior remuneração média é a de
Reabilitado (R$3.154,40), Física (R$2.968,52), Visual (R$2.956,64), Auditiva
(R$2.807,68), Múltipla (R$2.628,41), a remuneração mais baixa é a de pessoas
com Deficiência Intelectual (mental) (R$1.417,40).
Em comparação com 2017, pessoas com Deficiência
Múltipla tiveram o maior aumento na remuneração média (+R$165,22, +6,71%),
seguido por Deficiência Intelectual (mental) aumento de R$66,84 (+4,95%) e
Física (+R$10,51, +0,36%). A maior queda foi de R$72,08 (-2,23%) entre os
Reabilitados, -R$44,56 (-1,56%) com alguma deficiência auditiva e -R$30,66
(-1,03%) entre trabalhadores com deficiência visual.
5.
Remuneração por setor
Da perspectiva setorial, houve crescimento
da remuneração média em dois setores econômicos e retração em seis.
O setor econômico com maior remuneração
média foi a Extrativa Mineral (R$6.506,14), seguida por SIUP (R$5.007,97),
Administração Pública (R$4.427,25), Serviços (R$3.007,68), Indústria de
Transformação (R$2.939,98), Construção Civil (R$2.365,06), Comércio
(R$2.067,06) e Agropecuária (R$1.870,94).
Em relação a 2017, o setor da Extrativa
Mineral descreveu a maior expansão (R$62,83, +0,98%), seguido pela Administração Pública (R$55,63,+1,27%). Apresentaram queda no
rendimento médio real os setores da SIUP (-R$118,24, - 2,31%), Construção Civil
(-R$63,46, -2,61%), Indústria de Transformação (-R$47,70, - 1,60%),
Agropecuária (-R$18,05, -0,96%) e Comércio (-R$6,62, -0,32%).
6.
Remuneração por Região e por Estado
Do ponto de vista territorial, houve
crescimento real da remuneração média em duas Regiões e doze Unidades
Federativas.
A maior remuneração
média concentrou-se na Região Centro-Oeste (R$3.617,17), seguida pelo Sudeste
(R$3.212,11), Sul (R$2.989,03), Norte (R$2.905,37) e Nordeste (R$2.508,03).
Em relação a 2017, a Região com maior
crescimento foi o Norte (+R$62,17, +2,19) e seguido pelo Nordeste (+R$1,82,
+0,07%). A região com maior diminuição real na remuneração média foi
Centro-Oeste (-R$25,62, -0,70%), Sudeste (-R$22,47, -0,69%) e Sul (-R$20,02,
-0,67%).
Do ponto de vista das UFs, as maiores
remunerações médias encontravam-se no
Distrito Federal (R$5.513,42), Amapá
(R$3.889,34), Rio de Janeiro (R$3.517,14),
Roraima (R$3.419,88), São Paulo
(R$3.378,98) e Rio Grande do Sul (R$3.067,79).
Em relação a 2017, as UFs com maior
crescimento foram Amapá (+R$940,01, +31,87%), Sergipe (+R$59,47, +2,22%), Acre
(+R$53,13 +1,78%), Pará (+R$39,61, +1,45%) e Maranhão (+R$31,91, +1,28%).
7. Índice
Gini
O Índice Gini é um instrumento para pedir o
grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os menores
rendimentos e os maiores rendimentos. Numericamente varia de 0 à 1, sendo zero
a situação de igualdade, ou seja, onde todos teriam a mesma renda; e o 1, no
caso de extrema desigualdade, onde uma só pessoa deteria toda a renda.
O Índice de Gini da RAIS 2018 foi de
0,4591, 0,0003 menor que no ano anterior, uma variação relativa de 0,07% em
relação a 2017.
8.
Mediana
A remuneração mediana em dezembro de 2018
foi de R$1.827,15. No recorte de sexo, a remuneração mediana das mulheres foi
13,7% menor que a dos homens (R$1.672,68 remuneração mediana das mulheres, e
R$1.938,94 dos homens).
Na perspectiva geográfica, o Distrito
Federal possuía a maior remuneração mediana (R$2.733,11), seguido por São Paulo
(R$2.070,00). A menor remuneração mediana foi registrada no estado do Ceará
(R$1.340,00) e Paraíba (R$1.358,98)
Fonte: ME/RAIS, com adaptações da M&M
Assessoria Contábil
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