A Receita
Estadual apresentou ao Ministério Público (MP) uma nova relação de empresas
apontadas por sonegação de ICMS. Ao todo, foram entregues Representações
Fiscais para Fins Penais relativas a 240 autos de lançamento com indícios de
crimes contra a ordem tributária, no valor de R$ 533 milhões entre o imposto
que deixou de ser recolhido, multas e juros.
Segundo o
subsecretário adjunto da Receita Estadual, Luís Fernando Crivelaro, a parceria
estabelecida com o MP vem garantindo resultados importantes para o Estado.
"Temos intensificado o trabalho integrado, em cooperação", acrescentou.
As
representações correspondem a autos de lançamento de sonegação fiscal lavrados
contra contribuintes do ICMS que apresentam indícios de cometimento de crimes
contra a ordem tributária. Os arquivos foram entregues ao subprocurador-geral
de Justiça para Assuntos Institucionais do MP, Marcelo Dornelles, por Crivelaro
e pelo Chefe da Divisão de Fiscalização e Cobrança da Receita Estadual, Edison
Moro Franchi.
Ampliação
de ações conjuntas
Os
trabalhos de auditoria fiscal que constam das informações encaminhadas ao MP
foram realizados pelas Delegacias da Receita Estadual em diversas regiões do
Estado, e os valores apurados já estão inscritos em dívida ativa. A iniciativa
tem como objetivo permitir a análise e a consideração quanto à oportunidade de
oferecimento de denúncia-crime contra os autuados por parte do MP.
Segundo o
subprocurador-geral Marcelo Dornelles, as informações serão imediatamente
encaminhadas à promotoria especializada. "Temos o compromisso de ampliar cada
vez mais a troca de informações com a Fazenda e Procuradoria-Geral do Estado
para combater crimes contra a ordem tributária", destacou.
De acordo
com Franchi, entre as representações entregues estão incluídas autuações
provenientes de diversas ações realizadas em conjunto entre a Receita Estadual
e o Ministério Público do Estado, em especial com a Promotoria de Justiça
Especializada no Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária, relativos às
operações Oryza e Pescado.
As
empresas do ramo industrial configuram 67% do valor das autuações enviadas,
seguidas pelo varejo (20%), serviços e outros (7%) e atacado (6%). A principal
irregularidade verificada é o lançamento de créditos indevidos para abater o
valor de imposto que a empresa deveria pagar (67%).
Na
sequência, estão as omissões de saídas (25%), as irregularidades em relação ao
Simples Nacional (3%) e outras (5%), como por exemplo as relacionadas ao ICMS
relativo à substituição tributária, ao subfaturamento das operações e à
utilização de documentos fiscais inidôneos.
Valores sonegados por ramo de atividade
|
Total
|
Participação
|
Indústria
|
R$ 357.073.874,05
|
67%
|
Varejo
|
R$ 105.278.792,72
|
20%
|
Serviços e outros
|
R$ 36.746.825,62
|
7%
|
Atacado
|
R$ 34.419.161,45
|
6%
|
TOTAL
|
R$ 533.518.653,84
|
100%
|
Valores
sonegados por tipo de irregularidade
|
Total
|
Participação
|
Créditos indevidos
|
R$ 357.932.634,07
|
67%
|
Omissão de saídas
|
R$ 133.124.841,97
|
25%
|
Simples Nacional
|
R$ 16.400.137,38
|
3%
|
Outras irregularidades
|
R$ 26.061.040,42
|
5%
|
TOTAL
|
R$ 533.518.653,84
|
100%
|
A entrega
ocorreu um dia antes do encerramento do prazo do Refaz 2019, que é uma das
alternativas para regularização das dívidas com Estado. O programa oferece
opções de pagamento com redução de juros e descontos em multas para
contribuintes com débitos de ICMS perante o fisco gaúcho.
A adesão
deve ser concluída até amanhã, dia 13 de dezembro e está disponível por meio
dos sites da Sefaz e da PGE, prevendo modalidades que alcançam até 90% de
redução nos juros e multas. Para escolher a melhor forma de pagamento, os
contribuintes podem fazer a simulação de acordo com uma das quatro modalidades
de pagamento escolhidas.
Clique aqui e acesse o simulador para o Refaz 2019 no site
da Receita Estadual.
Fonte: Ascom Fazenda do RS
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