Institucional Consultoria Eletrônica

Universidade de Santa Maria construirá segunda usina fotovoltaica com capacidade cinco vezes maior


Publicada em 14/01/2020 às 15:00h 


Nova planta vai complementar usina que já opera desde 2018 no campus de Santa Maria

Pioneira no Rio Grande do Sul quando o tema é análise de geração de energia solar, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) recebeu impulso para mais um passo na área. O campus com sede em Santa Maria, na região Central, obteve recurso de R$ 1,5 milhão do governo federal para a construção de uma nova usina fotovoltaica.

O empreendimento terá capacidade para gerar 500 kw/pico, com expectativa para entrar em operação em 2021. A energia produzida será utilizada para abastecer o próprio campus, onde cerca de 30 mil pessoas circulam diariamente. O projeto deve reduzir entre R$ 400 mil e R$ 500 mil na conta de luz da universidade, que hoje é de cerca de R$ 14 milhões ao ano.

A usina será a segunda instalada no campus e complementará a geração de 100 km/pico possibilitada pela primeira unidade, que opera desde 2018 e que foi construída juntamente com a RGE, do grupo CPFL Energia, a partir de Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O coordenador do projeto de Eficiência Energética na UFSM e diretor do Centro de Tecnologia, Tiago Marchesan, explica que os resultados obtidos com a experiência da primeira usina serão fundamentais para definir o projeto da nova unidade, como a área a ser utilizada e o número de placas. Depois da elaboração do estudo, um processo licitatório definirá os rumos da construção.

A nova empreitada soma-se a um conjunto de ações que a universidade vem apostando na área de eficiência energética desde 2017, situa o reitor da UFSM, Paulo Burmann. "É um trabalho muito sério e consciente desenvolvido pela universidade. O recurso é mais um impulso para mudar a cultura e promover uma campanha educativa", celebra o professor.

A UFSM também abriga o laboratório com maior capacidade de potência para certificação de inversores solares certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o LabEnsaios/GEPOC. "Só isso já é um ganho para a sociedade, além do próprio pioneirismo na análise da geração solar", cita Marchesan.

As ações em eficiência energética situam a UFSM como referência para demais instituições. "Nossa expertise é altíssima. Chegamos a oferecer ajuda ao próprio Ministério da Educação, que está desenvolvendo linhas de projetos para outras universidades", diz Burmann.

Como passo seguinte, a universidade espera viabilizar uma nova subestação para o campus, para a qual seriam necessários cerca de R$ 9 milhões. A meta para os próximos anos, de acordo com o reitor, é reduzir em pelo menos 30% o gasto com energia.

Fonte: Jornal do Comércio do RS


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