Os aplicativos viraram os aliados do
público entre 18 e 35 anos na hora da compra e do entretenimento
O levantamento Os Porto-alegrenses e o
Consumo, divulgado pelo Jornal do Comércio no último dia 16 de julho,
fez uma análise específica para o GeraçãoE. A pesquisadora e professora
universitária Liliane Rohde cruzou os dados das respostas enviadas por pessoas
entre 18 e 35 anos para entender seus hábitos pós-pandemia do coronavírus.
Um dos destaques é a redução no otimismo
dos jovens quanto ao futuro do País: 62% acreditam que o cenário nacional
esteja piorando. Além disso, verificou-se que 78% deles usam um aplicativo de
música diariamente, 41% acessam apps de entretenimento, também com frequência
diária, e 83% compram roupas através dessas ferramentas de forma regular. A
maioria (61%), ainda, quer voltar às baladas.
A reportagem conversou com empreendedores
que já perceberam essa mudança de comportamento no dia a dia de seus negócios.
Veja outras informações interessantes para as suas estratégias nos gráficos
abaixo.
Compra
de roupas por aplicativo é preferência
Quando se pensa em uma marca gaúcha que
tenha como público-alvo os jovens, logo vem à mente a Gang. Administrada
por Ana Luiza Ferrão Cardoso, 34 anos, a empresa enfrenta os desafios de
shopping centers fechados. Em meio a isso, as vendas pelo aplicativo têm
registrado aumento de 15% ao mês desde o início da pandemia. Mas os
resultados positivos nesse canal são anteriores à crise.
"O nosso app vem crescendo
constantemente, tanto em downloads quanto em participação de vendas. No último
ano, tivemos 114% de crescimento no número de usuários ativos", detalha
Ana.
A receita geral do aplicativo, em
comparação ao último ano, cresceu cerca de 2.400%. Em 2020, a Gang incluiu uma
nova facilidade na plataforma, que possibilita o pagamento com o cartão da
loja.
Essa tendência de compra em telas, segundo
Ana, deve permanecer pós-coronavírus. "As mudanças de comportamento
impostas pela pandemia abrirão espaço para novas alternativas no consumo, como
é o caso do aumento expressivo na adoção de aplicativos para compras."
Com o objetivo de deixar a experiência mais
agradável aos jovens - um dos propósitos da marca -, o app da Gang incorpora
loja virtual, playlists e redes sociais. "Trabalhamos em parceria com a
empresa Bananas Music Branding, que faz a curadoria para a criação de playlists
que estejam sempre atualizadas e de acordo com o perfil do nosso público. Além
disso, temos um canal direto com os consumidores mais fiéis e que fazem parte
do Clube Gang. Também contamos com a parceria de renomados DJs que nos auxiliam
a compor o set musical", detalha a empresária.
Entretenimento
virtual avança enquanto pessoas ficam em casa
O Macro Office, centro de negócios e
eventos de Porto Alegre, opera há 16 anos focado na realização de treinamentos,
reuniões, conferências e congressos. A pandemia, no entanto, trouxe um novo
mercado: o interesse do ramo de entretenimento.
Como o Macro conta com 5 mil metros
quadrados, 50 espaços de trabalho e um terraço com uma vista de tirar o fôlego,
próximo ao aeroporto Salgado Filho, a estrutura se tornou interessante
para lives de grupos musicais. E isso surgiu, justamente, no período em
que foi montado um estúdio e adquiridos equipamentos para transmissão
multiplataforma ou gravação. "Estamos criando produtos, por força da pandemia,
a todo momento", revela Hugo Breda, head de Novos Negócios e
Relacionamento do Macro.
Para marcas que querem aproveitar a
estrutura para geração de conteúdo, há pacotes customizáveis, com preços para
pequenos empreendedores também, segundo Hugo.
Essas soluções, na medida em que aumentava
o consumo do público pelas lives e serviços de streaming, foram pensadas de
maneira coletiva. "Fomos forçados a exercitar a criatividade e chamar
nossos colaboradores para darem ideias. Dentre elas, surgiu o live
studio", relata Hugo.
Apps
de música são companhias diárias
Em meio ao isolamento social, aplicativos
de streaming de áudio são verdadeiros aliados na rotina de jovens de 18 a 35
anos. De acordo com o levantamento, 78% dos entrevistados usam diariamente
essas plataformas, enquanto 4% não utilizam.
A
recorrência não está restrita ao consumo de música, mas também de podcasts.
Carina Donida, diretora da America Podcast, empresa especializada na
produção do formato em Porto Alegre, acredita que o período de distanciamento
social reafirmou as tendências de consumo e consolidou o podcast entre as
preferências. "Esse período, até de certa forma introspectivo, fez com que
as pessoas achassem um tempo para conhecer essa mídia. Tem uma pesquisa da
Deezer, de março, com dados bem interessantes, que mostram que a procura por
podcast aumentou 150%, que 43% dos brasileiros ouviram podcast pela primeira
vez durante a quarentena", pontua Carina, destacando que, dentro da faixa
de 18 a 35 anos, a maior audiência fica de 20 a 34 anos, tanto para homens
quanto para mulheres. "Humor, política, ciência e cultura pop são os temas
mais ouvidos. Tem um dado que mostra que subiu em torno de 13,1% a busca por
política e feminismo."
À frente da America, Carina conta que a
produção não parou nos últimos meses e que soluções como gravações a distância
foram incorporadas à rotina da empresa. "Passamos a ser fornecedores de
produção de podcast para todo Brasil, porque as questões presenciais passaram a
não ser mais importantes ou definitivas", analisa Carina. Temas infantis,
assim como exercícios físicos e meditação figuraram entre os mais buscados.
Fonte:
Jornal do Comércio do RS / Geração E
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