Tendência é de
que a reabertura na Capital já ocorra a partir de 10/08/2020
Após aproximadamente três horas de reunião
virtual nesta segunda-feira (3/8/2020), entre o prefeito de Porto Alegre,
Nelson Marchezan Júnior, e diversos dirigentes de entidades empresariais, ficou
encaminhada a retomada gradual das atividades econômicas na capital gaúcha já a
partir da próxima semana. Existem pontos que continuam sendo debatidos e um
novo encontro entre as partes estava previsto para ocorrer ainda na noite dessa
segunda-feira ou na manhã dessa terça-feira (4/8/2020).
O presidente do sindicato das Indústrias da
Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Aquiles Dal
Molin Júnior, comenta que serão enfocados nove itens no debate. Um deles é a postergação
da volta às aulas e da realização de eventos. Por outro lado, um ponto
comemorado pelo dirigente é que a reivindicação da liberação das atividades na
construção civil, igualando as obras públicas e privadas (a primeira iniciativa
estava autorizada, a segunda, não), deverá ser atendida a partir da próxima
segunda-feira (10/8/2020).
Para Molin Júnior, a questão mais polêmica
sugerida pela prefeitura é que sejam liberadas as atividades por duas semanas
para depois serem paralisadas por uma semana. "Eu acho muito ruim o para e
abre", avalia o presidente do Sinduscon-RS. Ele acrescenta que essa ideia
prejudica segmentos como, por exemplo, o de restaurantes que trabalham com
alimentos perecíveis. O dirigente reitera que o plano prevê um programa de autorização
das atividades, de semana a semana, conforme o grau de risco de cada setor. "No
caso da construção civil é baixíssimo o risco, por isso será uma das primeiras
a ser liberada", frisa.
O presidente do
Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, confirma que a tendência é a abertura da
economia na capital do Estado a partir da próxima semana. O dirigente recorda
que 22 entidades empresariais enviaram uma proposta de retomada ao prefeito,
mas, nos moldes apresentados, Marchezan Júnior considerou-a inviável. "Agora,
ele apresentou essa sugestão e cabe a nós aceitar ou não, então há uma
negociação", destaca Kruse.
Já o presidente da CDL POA, Irio Piva,
salienta que muitas das pautas ainda estão em tratativas. "Assim, cada entidade
participante ficou com a missão de reunir seus membros para equalizar esses
pontos e realizar uma nova reunião com a prefeitura", comenta. Piva enfatiza que
o esforço está sendo grande, contudo ele acredita que está sendo seguido um
caminho que parece avançar.
Conforme Marchezan, há alguns dias a
estrutura de saúde tem registrado uma leve estabilizada na demanda por leitos
de UTI, embora o percentual de ocupação ainda seja elevado. Na tarde desta
segunda-feira, dos 812 leitos de UTI em operação em de Porto Alegre, 710
(89,3%) estavam ocupados, sendo que 359 (50%) são de pacientes confirmados
(315) ou suspeitos (44) de Covid-19. Ele reforça que a proposta da prefeitura
é definir um calendário para a retomada escalonada das atividades econômicas na
cidade. "A liberação é por semana, de acordo com perigo de contágio,
volume de circulação, semelhante com o que foi feito em abril, uma progressão
semanal", afirmou Marchezan
Fonte: Jornal do Comércio do RS.
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