Para
tornar sistema tributário mais justo, governo propõe extinção parcial de
isenções da cesta básica de medicamentos
A carga tributária total dos medicamentos
no Rio Grande do Sul será reduzida com a Reforma Tributária proposta pelo
governo do Estado. A reforma prevê até 2023 o fim da desoneração da cesta
básica de medicamentos, composta por cerca de 16 itens, cuja carga tributária
passará de 7% para 17%. Esses medicamentos da cesta básica correspondem a 4,5%
das vendas de remédios no Estado, segundo a Secretaria da Fazenda.
Os demais medicamentos, que correspondem a
95,5% das comercializações, terão carga reduzida de 18% para 17% a partir de
2021. "A queda de 1% na maioria dos remédios é muito mais significativa do que
o aumento dos itens da cesta básica, o que fará com que a carga total dos
medicamentos no Estado fique menor do que é hoje", explica o subsecretário da
Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira. A desoneração de medicamentos
significa uma renúncia de R$ 15 milhões para o Estado e municípios por ano.
Segundo Pereira, há outros pontos
importantes com a reforma que beneficiam o setor, como a redução de custos para
o atacado e o varejo, com o fim do imposto de fronteira e a redução das
alíquotas internas de 18% para 12%. "Essas medidas terão efeitos positivos para
os principais atacados que distribuem medicamentos no Estado", avalia.
Para o secretário da Fazenda, Marco Aurélio
Cardoso, a desoneração da cesta básica de medicamentos tem a mesma ineficiência
da cesta de alimentos, pois desonera do ICMS igualmente as pessoas mais pobres
e as mais ricas, com um gasto público significativo para o Estado. Só a cesta
básica de alimentos significa uma renúncia fiscal de R$ 1,2 bilhão por ano.
Para tornar o sistema tributário mais
justo, o governo do Estado propõe a revisão dos benefícios fiscais, entre os
quais a extinção parcial de isenções e de reduções de base de cálculo da cesta
básica de alimentos e da cesta básica de medicamentos, considerada uma política
pouco eficiente do ponto de vista social, pois beneficia igualmente os que
ganham mais.
Para combater essa desigualdade e reduzir o
ônus fiscal para as famílias, a proposta prevê a criação do Fundo Devolve-ICMS
para devolução de parte do ICMS para as famílias com renda de até três salários
mínimos inscritas no CadÚnico, entregando, dessa forma, recursos para quem
realmente precisa.
Fonte:
Ascom Sefaz/ Secom
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