Você sabia que o mercado à vista, no qual
se negociam ações ou cotas de fundos imobiliários, não é o único ambiente que
existe na bolsa de valores? Outra possibilidade é investir em derivativos no
mercado futuro, ambiente em que o minidólar (WDO) é negociado.
O funcionamento deste ativo oferece
diversas alternativas para quem deseja especular ou fazer operações de hedge na
bolsa com a moeda norte-americana. Então, vale a pena entender mais sobre o
assunto e descobrir se ele interessa ao seu perfil de investidor.
Continue a leitura para acompanhar todas as
informações que precisa saber acerca do assunto e descobrir o que é o minidólar
e como ele funciona!
O que são minicontratos no mercado
futuro?
Antes de entender o que é minidólar, é
preciso compreender o funcionamento do mercado futuro. Como você viu, ele é um
ambiente onde são negociados derivativos - o que significa que não há a compra
direta de ativos.
Enquanto no mercado a vista é possível
adquirir ou se desfazer de ações e cotas de fundos, no mercado futuro não há
uma troca efetiva da posse de ativos. O que acontece é a negociação de
contratos que visam determinada data no futuro.
Os contratos futuros podem ser, por
exemplo, de commodities, de índices ou de dólar. Eles partem de uma quantidade
padrão que é negociada entre duas pessoas com determinado preço e prazo. O que
seriam, então, os minicontratos?
Eles são uma modalidade que representa uma
pequena parte do contrato padrão. Assim, possibilitam maior acessibilidade ao
mercado futuro - já que não é necessário ter o valor total de um padrão (que
costuma ser considerado alto).
O que é o minidólar?
Depois de entender o que é o mercado futuro
e como ele apresenta alternativas em contratos cheios e minicontratos, fica
mais fácil compreender o conceito de minidólar. Ele é basicamente uma forma de
chamar os minicontratos de dólar.
Então, operar com minidólar (ou WDO)
significa que você entrou em um contrato na posição de compra ou venda da moeda
estrangeira. Mas lembre-se de que no mercado futuro as negociações são feitas
com derivativos.
Ou seja, não há troca do ativo em si -
nesse caso, o dólar. O contrato é estabelecido entre duas partes e envolve
somente a especulação acerca do preço da moeda estrangeira em relação ao real.
Logo, não há a entrega ou recebimento de dólares entre os investidores.
Como ele funciona?
O minidólar é negociado em minicontratos
futuros a partir de um lote. As operações são todas realizadas em reais e as
duas partes envolvidas no contrato estabelecem um preço para a moeda
internacional em determinada data futura.
O contrato está relacionado à expectativa
de preço da moeda em uma data no futuro. Então, as partes no contrato podem ter
ganhos ou perdas a depender da volatilidade da moeda. Ele costuma ser utilizado
em operações de hedge ou proteção cambial.
O hedge se dá quando um investidor tem
obrigações ou expectativas ligadas ao dólar (por exemplo, a realização de uma
viagem) e busca maior segurança em relação aos riscos do Real se desvalorizar
muito. Assim, estabelece um contrato futuro que esteja ligado à variação das
moedas.
Além de estratégia de proteção, o minidólar
também serve a objetivos de especulação na bolsa. Muitos especuladores
aproveitam oportunidades geradas pela volatilidade. Inclusive, essa é a razão
pela qual o minidólar apresenta alta liquidez na renda variável.
Confira a seguir mais detalhes sobre o
funcionamento do derivativo!
Ajuste diário
Como você viu, as operações com minidólar
não envolvem troca de moedas. O objetivo é se proteger das oscilações do dólar
ou ter lucro com elas. Assim, os resultados da negociação se dão na diferença
entre a cotação e o preço do contrato.
Os ganhos ou prejuízos relacionados ao
minidólar são feitos a partir do ajuste diário. Isto é, a cada dia útil há o
crédito de resultados positivos ou o débito de resultados negativos entre os
investidores que estão em um contrato futuro.
Ticker de negociação do minidólar
Quem investe na bolsa de valores sabe que
os ativos são identificados por meio de códigos - os tickers. Para acessar o
mercado futuro basta saber o ticker correspondente ao derivativo que você
procura.
A compra e venda de lotes de contratos
futuros se dá por meio do home broker ou da mesma plataforma utilizada para
operar com ações. A diferença estará no código digitado. Os contratos de
minidólar são representados pelas letras WDO.
Além do código alfabético ligado à identificação
do derivativo, há uma quarta letra que representa o mês de vencimento do
contrato. Ela é seguida por dois números, que representam o ano. Afinal,
lembre-se de que o contrato futuro visa uma data específica.
As letras correspondentes a cada mês são:
Janeiro: F;
Fevereiro: G;
Março: H;
Abril: J;
Maio: K;
Junho: M;
Julho: N;
Agosto: Q;
Setembro: U;
Outubro: V;
Novembro: X;
Dezembro: Z.
Vale a pena operar WDO?
Agora você já sabe o que é e como funciona
o WDO. Mas, será que vale a pena operar minidólar?
Conforme você pode ver, ele é bastante
utilizado para estratégias de hedge ou especulação. No primeiro caso, a
vantagem está em "congelar" determinada cotação de moeda e se proteger das
oscilações.
No segundo caso, o objetivo é obter lucros
na especulação com o preço. Uma das vantagens do minidólar é, inclusive,
permitir que o especulador opere alavancado e busque ter mais ganhos do que
poderia com o dinheiro que existe em caixa. Além disso, o WDO apresenta alta
liquidez.
Entretanto, antes de decidir se vale a pena
operar com minidólar é importante que você conheça seu perfil de investidor e
avalie os riscos. Derivativos são adequados para investidores arrojados, que
queiram se expor ao risco da renda variável.
Não se esqueça de que a operação com moedas
apresenta uma das maiores volatilidades do mercado financeiro. Logo, é
importante ter estratégia e manejo de risco antes de decidir realizar suas
operações com minicontratos futuros de dólar.
Agora você já tem informações sobre o que é
o minidólar, como ele funciona e quais são as possibilidades que ele oferece.
Então, cabe a você decidir se é interessante operar com derivativos desse tipo
na bolsa em busca de melhores rendimentos no curto prazo.
Fonte: BTG Pactual
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