***Governador
do RS anunciou que a suspensão geral das atividades não essenciais entre 20h e
5h será mantida até o final do mês de março/2021***
O governador Eduardo Leite
se reuniu, na tarde desta sexta-feira (05/3/2021), por meio de
videoconferência, com a Federação das Associações de Municípios (Famurs) e
prefeitos das associações regionais de municípios.
O Rio Grande do Sul segue
em alerta máximo por pelo menos mais duas semanas. Diante dos níveis críticos
de ocupação de leitos e velocidade de propagação do coronavírus, o governador
Eduardo Leite anunciou que todas as regiões serão mantidas em bandeira preta e
sem cogestão regional pelo menos até dia 21 de março de 2021. A suspensão geral
de atividades não essenciais, entre 20h e 5h, ficará vigente até 31 de março de
2021 para reduzir a circulação de pessoas e, com isso, a circulação do vírus.
"Estamos numa situação
muito crítica e que piora a cada dia. Mesmo com os esforços de ampliação de
leitos, a velocidade de propagação do vírus e a velocidade do aumento das
internações hospitalares é enorme, muito maior do que tivemos nos momentos
críticos do ano passado. Em cada um dos picos de julho e novembro, chegamos a
2,6 mil pacientes internados em leitos clínicos e de UTI. Agora, temos mais de
7,2 mil pessoas hospitalizadas por Covid-19", comparou o governador.
A alta taxa de internações
é agravada pela velocidade cinco vezes superior na variação diária de
hospitalizações: se antes cerca de 60 leitos eram ocupados por dia, agora, são,
em média, 350 pacientes a mais diariamente. Como essa variação (diferença entre
número de pacientes que entraram e saíram de internações), que começou na
metade de fevereiro e segue aumentando, significa que o pico ainda não foi
alcançado e que, mesmo depois de alcançá-lo, ainda haverá maior demanda por
leitos.
"O esforço que todos estamos
realizando deverá surtir efeito, como ocorreu em outros países depois de
adotarem medidas semelhantes, mas teremos de esperar algum tempo até haver
redução das internações. Não há indícios de que a ocupação de leitos vá cair
rapidamente, em dias ou semanas. Ou seja, a situação ainda deve piorar antes
melhorar, por isso, precisamos manter as restrições em nível máximo", disse
Leite.
Com base nos dados e no
diálogo com prefeitos representantes das 27 associações regionais de municípios
e a diretoria da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul
(Famurs), o Gabinete de Crise decidiu dar uma previsibilidade para a retomada
da cogestão e, consequentemente, para que setores sob maior restrição agora
possam voltar a operar.
"O que queremos é
apresentar uma perspectiva para que possam se organizar, quanto ao tempo em que
ficarão parados e que, assim, nos ajudem com a adesão aos protocolos agora.
Nossa intenção é que, oferecendo uma luz no fim do túnel, possamos promover
melhor engajamento, reduzindo a contestação de determinados segmentos
empresariais em função da falta de perspectiva", esclareceu Leite.
"Com isso, estamos
sinalizando a possibilidade de retomar a cogestão no dia 22 de março de 2021
desde agora, desde que a gente consiga agora cumprir as restrições, reduzir a
circulação de pessoas e, assim, a propagação do vírus, que é a única forma de
conter o avanço da pandemia até que consigamos vacinar a população",
acrescentou.
Com o possível retorno da
cogestão e de os municípios adotarem protocolos menos restritivos, até o limite
da bandeira imediatamente anterior, o Gabinete de Crise já anunciou que deverá
tornar mais rigorosos alguns protocolos. A medida é pensada considerando que as
regiões ainda deverão estar com risco altíssimo (bandeira preta) e, com a
cogestão, poderiam adotar protocolos de bandeira vermelha.
"Não podemos sair da
bandeira preta direto para o que a bandeira vermelha propõe, porque ainda
estaremos em risco altíssimo de contágio e internações. Por isso, além de
revisar os protocolos da bandeira vermelha, tornando algumas medidas
possivelmente mais restritivas, devemos manter a suspensão geral das atividades
das 20h às 5h até o dia 31 de março. Isso é um horizonte, de modo a aumentar a
adesão agora", apontou o governador.
Além disso, Leite anunciou
que determinou à Secretaria da Fazenda (Sefaz) para analisar as possibilidades
que o Estado tem para apoiar os empreendedores mais impactados pelas
restrições, principalmente quanto às obrigações tributárias.
"Tudo aquilo que pudermos
fazer na direção de apoiar, de reduzir impacto ou de dar fôlego para quem
empreende, em relação à estrutura demandada, está sendo estudado. O Estado tem
limitações, especialmente pelas regras federais, e suas decisões precisam
passar pelo Confaz, mas o que estiver ao nosso alcance, tanto do ponto de vista
legal quanto do ponto de vista financeiro, nós faremos para ajudar esses
setores que estão mais impactados pela pandemia", afirmou o governador.
O cálculo do modelo de
Distanciamento Controlado, a partir dos 11 indicadores relacionados à
velocidade de propagação do coronavírus e à capacidade de atendimento
hospitalar, reforçou a decisão do Gabinete de Crise de manter o Estado todo em
bandeira preta pela segunda semana consecutiva.
Fonte:
Governo do RS, com adequações no texto pela M&M Assessoria
Contábil.
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