A prefeitura anunciou um conjunto de
medidas para incentivar o setor de eventos, um dos mais prejudicados com a
pandemia. A iniciativa foi apresentada pelo prefeito Sebastião Melo e o vice
Ricardo Gomes no Salão Nobre do Palácio do Comércio da Associação Comercial de
Porto Alegre. Entre as ações está redução de imposto, extinção de taxas e a
reabertura gradual de grandes eventos.
"O setor de eventos é fundamental, pois
envolve a área social e cultural da cidade e foi altamente prejudicado com as
restrições da pandemia. Desde o início da nossa gestão construímos, junto com
os demais setores da sociedade e vereadores, uma abertura das atividades
econômicas com muita responsabilidade'' - Prefeito Sebastião Melo.
Melo ressalta ainda que os dados
epidemiológicos mostram estabilidade na ocupação de leitos e avanço na
vacinação. "Aguardamos posicionamento do Estado quanto ao plano da R10 de
retomada dos grandes eventos. Elaboramos uma proposta concreta, com protocolos
rígidos, e acreditamos em uma resposta positiva, já que a Expointer foi
autorizada a ocorrer com público de 15 mil pessoas", afirma o prefeito.
"A prefeitura tem uma visão de
desenvolvimento econômico, e o setor de eventos é fundamental pra economia da
cidade. Estamos quebrando paradigmas, apostando no crescimento da economia a
partir da redução de impostos'', ressalta o vice-prefeito.
"Hoje é um momento histórico em que
reunimos os empresários para anunciar redução de imposto e extinção de taxas.
Trabalhamos para a liberdade de empreender e prosperar. Tudo que está sendo
construído parte de uma incansável luta dos empreendedores do setor para
sobreviverem", diz o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e
Turismo (SMDET), Rodrigo Lorenzoni.
O secretário adjunto da SMDET, Vicente
Perrone, apresentou as quatro iniciativas que devem auxiliar as empresas do
setor a retomarem seus negócios. São elas: redução do Imposto Sobre Serviços
(ISS) de 5% para 2%; extinção da Taxa de Fiscalização da Localização e do
Funcionamento (TFLF); isenção das taxas para eventos sem cobrança de ingressos
e redução pela metade para aqueles com venda; e plano de retomada gradual de
grandes eventos. As duas primeiras medidas serão protocoladas como projetos de
lei na Câmara Municipal e a terceira será implementada via decreto municipal.
Já a última é uma proposta de alinhamento com o governo estadual, que foi
apresentada no dia 14 de julho ao Gabinete de Crise.
Segundo dados da SMDET, a Capital tem 2,2
mil contribuintes que atuam no setor de eventos, mas, como a grande maioria é
optante pelo Simples Nacional, serão beneficiados com a medida cerca de 700
CNPJs distintos. De acordo com o secretário municipal da Fazenda, Rodrigo
Fantinel, a redução de ISS será por 15 anos e irá desonerar o setor de eventos
em RS 5,5 milhões por ano.
Conheças as medidas:
1 - Redução do Imposto Sobre Serviços (ISS)
para o setor de eventos de 5% para 2%, que representa uma redução de 60% no
valor do imposto. A medida vale para toda a cadeia produtiva, ou seja, as
contratações derivadas do setor de eventos.
2 - Extinção da Taxa de Fiscalização da
Localização e do Funcionamento (TFLF) para todas as empresas. Objetivo é
reduzir os custos operacionais e incentivar a abertura de novos negócios.
3 - Reestruturação do Escritório de
Eventos: isenção das taxas para eventos sem cobrança de ingressos e redução
pela metade para aqueles com venda, limitando a 10 mil Unidades Fiscais do
Município (UFMS) (R$ 40 mil).
4 - Plano de Reabertura Gradual dos Grandes
Eventos. Prefeitura aguarda posicionamento do Governo do Estado.
Cenário
Conforme o Grupo Live Marketing RS, no Rio
Grande do Sul estima-se que o mercado de eventos movimente anualmente R$ 2
bilhões e gere 500 mil empregos diretos e indiretos. No país, o segmento
abrange 70 setores da economia e movimenta, anualmente, R$ 210 bilhões de
faturamento e gera R$ 48 bilhões em impostos, representando 4,32% do PIB do
país. Conta com 60 mil empresas na cadeia de serviços e gera mais de 1,9 milhão
de empregos diretos e terceirizados.
Conforme pesquisa da União Brasileira dos
Promotores de Feiras (Ubrafe) e a Associação Brasileira de Empresas de Eventos
(Abeoc), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae), 98% do setor de feiras, congressos e eventos foi afetado
pela paralisação das atividades devido à pandemia. O estudo foi divulgado em abril
e teve participação de mais de 2,7 mil entrevistados. Cerca de 62,5% das
empresas esperavam reduzir o faturamento entre 76% e 100%, outras 9% previam
queda de receita de 51% a 75%, enquanto 4,5% alegaram que o faturamento iria
cair entre 26% e 50%.
Balanço
O vice-prefeito apresentou um balanço das
principais entregas na área da economia de Porto Alegre dos primeiros 180 dias
da atual gestão. Entre elas, estão o decreto da Lei da Liberdade Econômica,
Recupera POA (Refis), Lei da Liberdade Tecnológica, Privatização da Carris,
Projeto Creative, Programa de Microcrédito, nove medidas de apoio à retomada da
economia, decretos para uso de mesas e cadeiras por bares e restaurantes, novo
decreto Parklets, Parque Industrial da Restinga, transformado em empresarial,
pelo menos oito notas técnicas do grupo de economia, aprovação da Reforma da
Previdência e o projeto de cancelamento do Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU).
Fonte:
Prefeitura Municipal de Porto Alegre
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