Medida da Receita
Estadual do RS deverá gerar mais eficiência e agilidade na identificação de
irregularidades e inconsistências dos contribuintes
A Receita Estadual do RS continua avançando
na melhoria dos processos de fiscalização, com a implementação da Equipe de
Prospecção de Indícios, vinculada à Divisão de Fiscalização. A equipe, formada
por Auditores-Fiscais e Técnicos Tributários, será responsável pelo
aprimoramento da prospecção e da criação de "malhas finas" para fiscalização de
contribuintes de tributos estaduais no Rio Grande do Sul, que serão utilizadas
para compor o Plano Anual de Fiscalização, documento que detalha, por exemplo,
as atividades de fiscalização dos Grupos Especializados Setoriais (GES) e das
Centrais de Serviços Compartilhados (CSC).
"É mais uma importante etapa que concluímos
nesse processo de especialização da fiscalização promovido por meio da agenda
Receita 2030, colocando em prática um aperfeiçoamento há muito tempo debatido
na Receita Estadual. Teremos uma equipe especializada na elaboração de malhas
finas, elaboradas em sintonia com a estratégia de fiscalização adotada
institucionalmente, melhorando os processos, a gestão e o acompanhamento dos
resultados", destaca Ricardo Neves Pereira, subsecretário da Receita Estadual.
Para preparação das malhas de fiscalização,
serão realizados cruzamentos de dados oriundos de fontes disponíveis nos bancos
da Receita Estadual, tais como Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), Conhecimento
de Transporte Eletrônico (CT-e), Escrituração Fiscal Digital (EFD), Guia de
Informação e Apuração do ICMS (GIA), Programa Gerador do Documento de
Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS), além de informações externas como
denúncias de sonegação. Após finalizadas, as malhas ficarão disponíveis nos
sistemas de inteligência do fisco para inclusão na programação fiscal e nos
planos de trabalho dos GES e das CSC, sendo executadas através de ações repressivas
(auditorias fiscais) ou regularizações.
Com a equipe especializada e dedicada ao
desenvolvimento de malhas, a Receita Estadual espera identificar mais
rapidamente os ilícitos tributários e as divergências e inconsistências,
auxiliando na priorização dos trabalhos e aprimorando um processo que antes era
feito de maneira descentralizada no fisco gaúcho. A medida possibilitará ainda
a execução de auditorias fiscais e autorregularizações mais próximas ao fato
gerador, diminuindo o contencioso fiscal e aumentando a percepção de risco e a
arrecadação.
"A estruturação da Equipe de Prospecção de
Indícios é um investimento no aperfeiçoamento e na perenização de um trabalho
fundamental e estratégico para a fiscalização da Receita Estadual. Com essa
novidade, iremos aumentar nossa capacidade e as ferramentas disponíveis para
incentivar o cumprimento voluntário e combater a sonegação, potencializando os
resultados obtidos", valoriza Luis Fernando Crivelaro, subsecretário adjunto da
Receita Estadual.
Atualmente, a nova equipe já está
trabalhando em cinco malhas fiscais, sendo que outras 35 estão no estoque para
priorização e desenvolvimento. Os procedimentos para identificação das
oportunidades e elaboração dos trabalhos são cooperativos, contando com a
participação de diversas equipes da Instituição.
"É um novo processo de desenvolvimento e
disponibilização de malhas corporativas para programação fiscal e inclusão nos
planos de trabalho das unidades, visando potencializar o planejamento das ações
fiscais preventivas e repressivas. Tudo isso de maneira integrada e com
participação fundamental das Delegacias, dos Grupos Especializados e das
Centrais de Serviços", resume Edison Moro Franchi, chefe da Divisão de
Fiscalização.
Nova forma de atuação e Receita 2030
A ação está inserida no contexto do novo
modelo de fiscalização especializada da Receita Estadual, tendo como base a
agenda Receita 2030, que consiste em 30 iniciativas propostas para modernização
da administração tributária gaúcha. Entre os objetivos principais estão
promover e priorizar ações preventivas, realizar monitoramento contínuo,
combater as fraudes e a sonegação de impostos, incentivar o cumprimento
voluntário das obrigações tributárias e promover a justiça fiscal. Para a
implementação da nova sistemática, foram criados 16 Grupos Especializados
Setoriais (GES), responsáveis pelo acompanhamento dos contribuintes de cada
setor.
Fonte:
Ascom Sefaz/Receita Estadual do RS
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