Regras vigentes
viram recomendações, mas algumas exceções foram mantidas
Depois de mais de um ano e meio de
enfrentamento à pandemia de coronavírus no Estado, com rígidos protocolos
sanitários e monitoramento diário dos indicadores de novos casos e de
internações, o governo do Estado decidiu em 17/11/2021 anunciar atualizações
nos procedimentos. Diante da estabilização dos números da pandemia no RS, o
Gabinete de Crise passa a fazer recomendações a respeito de quais protocolos
devem ser adotados - com exceção de algumas regras obrigatórias que ainda
deverão ser seguidas por todas as pessoas.
O detalhamento das alterações foi
apresentado ao Conselho de Crise, composto pelos chefes dos Poderes, entidades
comerciais, dirigentes de hospitais e representantes de universidades, conforme
disposto no Decreto 55.129, de março de 2020. Por parte do Estado, estiveram
presentes o governador Eduardo Leite, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior,
o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, as secretárias Arita
Bergmann (Saúde), Raquel Teixeira (Educação) e Tânia Moreira (Comunicação) e o
secretário-executivo do Gabinete de Crise, Marcelo Alves
"Sempre fizemos flexibilizações com
responsabilidade, buscando proteger a população contra o vírus e também manter
as atividades econômicas em funcionamento. Agora, diante da estabilidade
duradoura dos indicadores em patamares baixos, decidimos dar esse passo, com
cuidados, sem dar chance para uma nova onda e novas restrições. Estamos
reduzindo as exigências para que, se mais adiante for necessário restringir mais,
tenhamos maior colaboração das pessoas, que estarão cientes de que as medidas
não estarão sendo adotadas por acaso. É preciso que todos colaborem e continuem
se cuidando", disse o governador.
A partir dessa determinação, a abordagem
com relação ao combate à pandemia de coronavírus passa a priorizar a
responsabilidade de cada pessoa pela proteção individual e coletiva. Fica
retirado, por exemplo, o teto de ocupação dos locais, tanto abertos como
fechados, bem como a previsão de multas para descumprimento. No entanto, há
quatro protocolos que deverão ser cumpridos. O decreto com o detalhamento será
publicado até sexta-feira (19/11/2021), com vigência a partir de 0h de sábado
(20/11/2021).
. Usar máscara bem ajustada e cobrindo boca
e nariz, principalmente em locais fechados ou com maior número de pessoas. O
uso obrigatório de máscara é definido pela Lei Federal 14.019, de julho de
2020.
. Manter e garantir o isolamento domiciliar
de pessoas e seus contactantes com suspeita de Covid-19 até acesso à testagem
adequada e, em caso de confirmação, evitar a realização de atividades fora de
casa.
. Disponibilizar água e sabão ou álcool 70%
para público e trabalhadores, para limpeza frequente das mãos
. Apresentar o comprovante vacinal antes de
entrar e para permanecer em eventos e atividades de maior risco ou aglomeração.
"Retiramos essas restrições, mas isso não
significa que está tudo bem. Observamos uma estabilização importante e
entendemos que podemos dar esse passo. Precisamos que toda a população adote
essas medidas, mantendo os cuidados, para evitar que tenhamos de dar um passo
atrás. Estamos avançando, mas a pandemia ainda não acabou, e seguiremos
monitorando diariamente os dados, como fizemos desde o início, em março de
2020", disse o vice-governador Ranolfo, ao conduzir o Gabinete de Crise.
O comprovante vacinal seguirá obrigatório
em atividades de maior risco ou aglomeração, como competições esportivas,
eventos de entretenimento (festas) e casas noturnas, cinemas, teatros, shows e
demais ambientes de espetáculo, feiras, exposições e congressos, parques de
diversão, temáticos, aquáticos e de aventura, jardins botânicos e zoológicos,
além de outros atrativos turísticos. Para as demais atividades, se torna uma
recomendação.
Municípios com 90% da população adulta com
o esquema vacinal completo ficam autorizados a adotar o comprovante de
vacinação como recomendação, e não exigência, em todas as atividades, incluindo
as de maior risco. No entendimento do Gabinete de Crise, o percentual de 90% de
vacinados representa maior segurança quanto ao risco de contágio.
"Os municípios que chegaram a 90% do
esquema completo já vacinaram praticamente todas as pessoas, é o índice
recomendado em qualquer campanha vacinal. Nesses locais, com esse contingente
imunizado, as pessoas estão mais protegidas, por isso podemos colocar em
prática esse novo modelo de diferenciar pelo andamento da vacinação. No Estado,
277 municípios já alcançaram coberturas vacinais acima da média do RS, que é de
87,3%", disse a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
O Sistema 3As de Monitoramento será
mantido, com acompanhamento constante dos indicadores da Covid-19 para que,
caso necessário, sejam emitidos Avisos ou Alertas às regiões. Inclusive, no
caso de piora de indicadores, o governo do Estado mantém a prerrogativa de
adoção de medidas adicionais, como a retomada de restrições.
A multa para quem não usar máscara será
mantida, com exceção do não uso de máscara por pessoas de 3 a 12 anos. Os
protocolos obrigatórios, como exigência do comprovante vacinal em atividades de
maior risco, se forem descumpridos, são passíveis de multa. Já demais
recomendações, como não são obrigatórias, não são passíveis de punição.
Panorama da vacinação no RS
Neste momento, 82,7% da população gaúcha
adulta de 18 anos ou mais e 65,2% da população residente total já recebeu o
esquema completo de vacinação (duas doses ou dose única).
A população vacinável no RS (maiores de 12
anos) é de 9.750.642 e 7.352.003 já receberam o esquema completo, o que
corresponde a uma cobertura vacinal de 75,4%.
Para alcançar a cobertura de 90% da
população vacinável, é necessário imunizar ainda 1.423.574 pessoas - cerca de
1/6 dessa população.
Entre os óbitos por Covid-19 na população
de adultos jovens (18 a 39 anos) a partir de setembro de 2021, mais de 90%
ocorreram entre pessoas não vacinadas ou sem vacinação completa. Isso reforça o
entendimento de que a vacinação contra a Covid é eficaz.
Protocolos gerais obrigatórios
. Usar máscara bem ajustada e cobrindo boca
e nariz, principalmente em locais fechados ou com maior número de pessoas.
. Manter e garantir o isolamento domiciliar
de pessoas e contactantes dessas pessoas com suspeita de Covid-19 até acesso à
testagem adequada e, em caso de confirmação, evitar a realização de atividades
fora de casa.
. Disponibilizar água e sabão ou álcool 70%
para público e trabalhadores, para limpeza frequente das mãos.
. Apresentar o comprovante vacinal antes de
entrar e para permanecer em eventos e atividades de maior risco ou aglomeração.
Protocolos gerais recomendados
. Manter uma distância segura de no mínimo
1 metro (um braço estendido) em relação a outras pessoas que não fazem parte do
convívio diário.
. Dar preferência à realização de
atividades em locais abertos ou garantir a renovação natural do ar, com portas
e janelas bem abertas ou sistema de circulação de ar.
. Completar a vacinação, tomando a primeira
e a segunda doses, bem como dose de reforço quando estiver no prazo.
. Exigir e apresentar comprovante vacinal
antes de entrar e para permanecer em quaisquer atividades, como medida de
proteção e sensibilização coletivas sobre a importância da vacinação.
. Fazer teste para Covid-19 antes da
participação em atividades com maior aglomeração de pessoas e apresentar o
comprovante negativo ao ingressar no local.
. O ideal é que o teste seja realizado o
mais próximo possível da atividade ou evento em que seja obrigatório, no máximo
nas 72 horas anteriores.
. O comprovante negativo a ser apresentado
deve ser o de um teste antígeno para Covid com coleta de swab nasal, que pode
ser tanto com teste rápido de antígeno ou por exame para Covid-19 por RT-PCR.
Fonte:
Governo do Estado do RS
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