O
preconceito ainda é grande, mas é preciso rever conceitos porque a população
está envelhecendo
Atire a primeira pedra quem tem mais de 50 anos e não
passou por situação constrangedora devido a idade. Etarismo, idadismo ou
ageísmo são sinônimos para o preconceito baseado na faixa etária do indivíduo,
mais comumente destinado a idosos. A categoria sofre discriminação em várias
escalas e dentre elas, o mercado de trabalho. Ao disputar uma vaga de
emprego, muitas já se viram desclassificadas por terem idade superior aos seus
concorrentes.
Infelizmente, este tipo de preconceito é muito mais comum
e danoso do que se possa imaginar. Para se ter uma ideia, uma em cada duas
pessoas no mundo já apresentou ações consideradas discriminatórias, que
impactam diretamente no bem-estar da pessoa madura.
Ter idade madura é sinônimo de incapacidade?
O etarismo é sustentado pela ideia de que a idade está
ligada diretamente à capacidade do ser humano em tomar decisões, exercer
atividades profissionais e, inclusive, executar tarefas simples do cotidiano.
Além da prerrogativa das limitações físicas, existe,
portanto, a ideia de que essa faixa da população também deixa de ter vontades,
desejos, racionalidade e autonomia.
A pessoa madura é tão capaz de viver, se atualizar e
atuar como qualquer outro cidadão adulto. Os entraves causados pelo etarismo,
portanto, são muito mais externos que internos, baseados em prerrogativas
ultrapassadas e injustas.
Como o etarismo se manifesta no trabalho?
Algumas situações que são exemplos de um discriminação
por causa da idade ocorrem diariamente em uma empresa. Alguns exemplo são:
· Políticas de recrutamento
que colocam limites de idade na elegibilidade de trabalho de uma pessoa (como
restringir para aqueles que têm menos de 20 anos de experiência) ;
· Ser rejeitado em uma
promoção e a posição ser dada a alguém mais jovem fora da empresa, porque seu
empregador deseja que a empresa tenha uma imagem mais jovem ;
· Demitir principalmente
trabalhadores mais velhos durante as demissões da empresa;
· Ser chamado de velho antes
de ser despedido ;
· Demitir funcionários mais
velhos e mais experientes em favor de manter os trabalhadores mais jovens, que
recebem menos ;
· Dar aos trabalhadores mais
jovens oportunidades ou condições de trabalho mais favoráveis, como
oferecer-lhes projetos ou equipamentos melhores do que os trabalhadores mais
velhos ;
· Assédio, como ser xingado
ou outras formas de hostilidade, como colegas e superiores fazerem piadas com
base na sua idade;
· Não ser contratado porque o
empregador estava procurando alguém que parecesse mais jovem.
Para que as pessoas com mais de 50 anos sejam valorizadas
no mercado corporativo brasileiro, é essencial entender que cada faixa etária
tem suas virtudes e decorrências.
Então será requerido aos líderes e empregadores que façam
a gestão de possíveis conflitos intergeracionais, analisem o grupo de trabalho
e cuidem das práticas e educação.
Dicas para aumentar a empregabilidade após os 50
As demandas profissionais já não são as mesmas de anos e
décadas atrás. Com as modificações no modo de trabalhar, no foco em inovação e
na digitalização dos negócios, surgiu uma grande busca por
profissionais com capacidades técnicas e comportamentais para lidar com as
novidades.
Portanto, se você é um profissional com mais de 50 anos
que busca competir de igual pra igual e sente que está por fora das novidades
tecnológicas e metodologias atuais, busque se qualificar e ambientar.
Você não precisa ser nenhum expert em aparelhos digitais,
softwares e conceitos tão novos que ainda são pouco conhecidos. Mas buscar
conhecer as práticas mais comuns e as atualidades da sua profissão é fundamental,
além de buscar estar antenado ao segmento que a empresa que você atua ou quer
passar a trabalhar.
Conclusão
Uma das melhores práticas para evitar o etarismo e
minimizar seus efeitos é incluir a pessoa mais velha em todos os setores da
sociedade. Pode ser um processo lento, mas a inserção da pessoa idosa nos meios
de comunicação, publicidade, mercado de trabalho e convívio social é
emergencial.
De acordo com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), em 2030 o Brasil terá uma configuração etária parecida com o Japão e a
Europa, que já ocupam as primeiras posições no ranking de envelhecimento
populacional. Até lá, o país estará entre os cinco com maior percentual de
população acima de 60 anos. Portanto, já passamos da hora de rever nossos
conceitos a respeito deste assunto.
Fonte: Jornal Contábil
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