Após
enfrentar a maior crise da história, empresas do setor planejam ações para atrair
clientes durante o mundial, com o serviço de café da manhã para que os
torcedores acompanhem os jogos fora de casa
Os
bares e restaurantes vão ter uma oportunidade de ouro para reforçar o caixa de
21 de novembro a 18 de dezembro de 2022, após o arrastão provocado pela
pandemia.
É o período da Copa do Mundo, no Qatar, o maior evento esportivo do planeta.
Como de costume, reunir a família e os amigos faz parte do ritual para assistir
os jogos.
Bares e restaurantes acostumados a abrir à noite começam a se preparar para
atender a clientela já a partir do café da manhã, horário de alguns jogos.
Televisores espalhados por vários ambientes, menu especial, decoração com as
cores da bandeira brasileira e funcionários extras já estão no radar dos
empresários.
"A Copa do Mundo deve ajudar, mas não deve salvar os bares e os restaurantes",
diz Percival Maricato, diretor institucional da Abrasel-SP, associação que
reúne empresas do setor.
Um dos maiores problemas enfrentados pelo setor neste momento, de acordo com
Maricato, é a dificuldade de repassar a alta de custos para os preços.
De cada dez empresários, oito não conseguiram repassar toda a alta de custos
dos insumos para os preços - 55% deles informaram que fizeram reajustes abaixo
da inflação.
Outros 17% disseram que elevaram os preços de acordo com inflação oficial e 7%
afirmaram que reajustaram mais do que a inflação.
Diante deste cenário, Maricato diz que a Abrasel vai fazer o que puder para
potencializar o evento esportivo.
"A seleção brasileira é um dos símbolos que não foi apropriado por candidatos,
e pode ser um grande evento de congraçamento", afirma.
A Abrasel fará comunicados para os donos dos estabelecimentos para que façam
campanhas e aproveitem a oportunidade para aumentar o faturamento. "A seleção é
de todos", diz.
A pesquisa da associação também identificou que de cada 100 empresas, 35
pretendem contratar novos funcionários até o final de 2022 e 58 devem manter o
quadro de pessoal.
SHOPPINGS
Há
uma grande expectativa dos restaurantes localizados em shoppings. Geralmente,
os centros comerciais esvaziam na hora dos jogos, especialmente se a seleção
está em campo.
Como novembro e dezembro são meses importantes de vendas, os donos dos
restaurantes esperam que os shoppings invistam em ações para atrair o público.
Ricardo José Alves, proprietário do grupo Halipar, administrador das franquias
Griletto, Montana Grill, Jin Jin e Croasonho, espera que os shoppings se
movimentem para a Copa.
Com 400 lojas, das quais 90% em shoppings, as franquias do grupo faturam hoje
20% mais do que antes da pandemia. "A retomada nos negócios está mais rápida do
se pensava", diz ele.
A pesquisa da Abrasel identificou que sete em cada dez estabelecimentos faturaram
em julho/2022 mais do que em igual mês do ano 2021.
Para Alves, os restaurantes voltaram a encher porque muitos ficaram pelo meio
do caminho e, os que sobraram, ganharam participação de mercado.
Além disso, as pessoas ficaram muito tempo presas em casa e, com o avanço da
vacinação, estão mais seguras para ir a bares e restaurantes.
Entre as quatro marcas, a Halipar abriu 26 novas franquias neste ano e se
prepara para abrir mais 20 até o final do ano, com o destaque para as marcas
Montana Grill e Griletto.
A Copa do Mundo é mais do que bem-vinda, diz ele, e uma oportunidade para os
shoppings atraírem os torcedores.
O Prado Boulevard Shopping, de Campinas, dá início a partir do dia 18 deste mês
a várias ações para que o público entre no ritmo da Copa com o Espaço Torcedor
e o Quiosque Panini.
Em parceria com a Panini, um quiosque foi montado para fazer a venda de álbuns
e figurinhas.
Um espaço também foi reservado para a troca de figurinhas.
O Internacional Shopping, em Guarulhos, inaugura no próximo dia 20 a sua área
para a troca de figurinhas na Praça de Eventos, no 1º piso.
Os shoppings Pátio Paulista, Metrô Itaquera e Golden Square já têm espaços para
troca de figurinhas funcionando.
Tudo indica, de acordo com lojistas, que neste ano vários shoppings espalhados
pelo país farão ações em razão da Copa, inclusive com a instalação de telões
para acompanhar o mundial.
Fonte: Diário do Comércio, com edição da M&M
Assessoria Contábil
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