Você provavelmente já "pecou" no trabalho. Seja novato ou experiente,
quem trabalha está sujeito aos chamados "pecados" corporativos. Os sete pecados
capitais estabelecidos pelo Papa Gregório I, no século 6 d.C., além de outros
comportamentos, podem ser vistos com frequência no ambiente de trabalho.
Embora pareçam inofensivos, são letais para os cargos de chefia e podem
destruir uma promoção tão sonhada. Com a ajuda de Leila Navarro, autora da
coleção de livros "Sua Carreira, Seu Sucesso", da Editora Saraiva, e da
psicóloga Idalina Alves, listamos os comportamentos que podem destruir sua
carreira.
1. Ira
Se existe uma
situação desconfortável no emprego é
aturar o colega que explode por qualquer motivo ou, até mesmo, quando não há
um. "Um grande erro é pensar que se pode vencer uma discussão no grito. O equilíbrio
emocional é fundamental, principalmente nos cargos de chefia, em que há uma
série de decisões a serem tomadas a cada minuto", explica a psicóloga Idalina
Alves.
Para quem vive em constantes discussões com colegas de trabalho, Leila Navarro
é categórica:
"Ninguém suporta trabalhar em um ambiente que não dá liberdade à novas ideias.
Há quem pense que o problema sempre está no outro, que o erro está nas atitudes
do outro, mas na verdade é preciso uma análise para saber se o erro não está em
si mesmo", analisa.
2. Soberba
Como diria aquela famosa frase: "Dê poder a um homem e verás quem ele
é". Há muitos gestores que ao assumirem posições de poder mudam de
comportamento e se tornam excessivamente vaidosos. "'Eu sou isso, eu sou
aquilo' é a frase preferida dos soberbos", conta Leila Navarro.
3. Autoestima lá embaixo
Se a autoestima
demais incomoda, a baixa autoestima é ainda pior, segundo Leila Navarro. Os
comportamentos de funcionários nesse
perfil variam. "Esses perfis costumam ser dependentes, não se permitem errar,
possuem dúvidas constantes e apresentam sentimentos como ansiedade, depressão,
raiva, inveja e, na maior parte das vezes, omitem as próprias opiniões por não
acreditarem nelas", explica a psicóloga Idalina.
4. Sou
a vítima
Dentro de
uma empresa ,
não existem vítimas. "Funcionários que se fazem de vítimas não são funcionais
no meio corporativo. O mercado precisa de gente engajada. Se algo deu errado,
não adianta encontrar culpados, e sim soluções", aconselha Leila Navarro.
5. Cobiça
"Para um bom trabalho em equipe, os funcionários precisam respeitar a
posição dos gestores, caso contrário, sempre haverá intrigas. Se o gestor está
com um cargo superior, é porque ele deve merecê-lo", comenta Leila Navarro.
6. Gula
Pecado comum
entre novatos, é habitual vê-los tentar abraçar diversos projetos para
mostrar trabalho ,
sem pensar se conseguirão cumprir os prazos de entrega. "É errado querer
abocanhar diversas responsabilidades apenas para melhorar sua imagem com a
chefia. É um comportamento instintivo, muitas vezes próprio dos inexperientes",
comenta a psicóloga Idalina Alves.
7. Inveja
Competir por
resultados deveria estar no DNA de todo funcionário. O grande erro é competir
com o colega de trabalho e invejá-lo caso seus resultados sejam além do
esperado. "O invejoso está sempre olhando para seu alvo, diminuindo seu foco e
produção do dia a dia. Os resultados
psicológicos para os invejosos também são ruins, pois eles
se desmotivam, perdem a confiança em si próprios e sua segurança", conta
Idalina Alves.
8. Ganância
"Para o ganancioso, tudo é motivo para aparecer mais e lucrar mais.
Pessoas nesse perfil sofrem de angústia o tempo todo. É como se ele estivesse
perdendo uma oportunidade de faturar a todo instante", comenta a psicóloga.
9. Avareza
Ele é expert em
todos os setores da empresa ,
experiente, com anos de casa, mas é incapaz de ensinar e compartilhar seu
conhecimento com os demais colegas de trabalho por medo de perder seu cargo
para a "concorrência". Os avarentos de plantão certamente jamais podem pisar em
cargos de chefia.
"O avarento é um problema, pois, por mais genial que ele possa ser, não
consegue delegar tarefas da maneira certa e geralmente são pessoas fechadas,
egocêntricas e muito competitivas", explica a psicóloga.
Fonte: O Documento
/ Eco Editorial / IG ECONOMIA
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