Uma pesquisa da KPMG aponta que quase 44% das
empresas operam em níveis de baixa maturidade com relação às boas práticas de
segurança cibernética em todo o mundo. De acordo com o Relatório Anual de
Segurança Cibernética do Sistema de Controle (Control Systems Cyber Security
Report 2022), enquanto 16% das organizações analisadas registram processos
desorganizados e com documentação insuficiente, outras 27,7% até conseguem dar
um passo adiante, mas apenas por seguir práticas básicas de gerenciamento de
projetos. Em ambos os casos, o sucesso da implementação depende de esforços
individuais e nem sempre os resultados são escaláveis ou repetíveis,
comprometendo a defesa da companhia.
"À medida que a frequência e a sofisticação
das ameaças aumentam, as empresas precisam mobilizar recursos e conhecimentos
para se proteger. Desafios significativos continuam a impactar a segurança
cibernética na indústria e, por isso, é fundamental revisar e atuar na melhoria
continua dos ambientes de tecnologia", ressalta o sócio de segurança
cibernética e privacidade da KPMG no Brasil, Rodrigo Milo.
Conforme o relatório, 31,6% das empresas
registram nível médio de maturidade, com procedimentos documentados, alocando
recursos adequados ao longo do processo. Uma etapa adiante, 16% das organizações
possuem programa de segurança cibernética que usa, coleta e analisa dados para
melhorar resultados, com atividades guiadas por diretrizes bem documentadas e
profissionais experientes. Apenas 8,9% das companhias analisadas atingiram o
nível máximo de maturidade.
"Esse patamar é observado somente nas
corporações que desenvolveram processos de aprimoração contínua e contam com
profissionais experientes, com habilidades e conhecimentos adequados. Como essa
pequena parcela de empresas demonstra, o foco aprimorado na segurança
cibernética deve ser otimizado, automatizado, integrado e previsível", resume o
especialista da KPMG.
A pesquisa apontou ainda que uma em cada
cinco organizações não tem treinamento de conscientização de segurança
cibernética -- o que poderia melhorar a cultura de segurança geral em toda a
companhia. Apesar disso, a maioria (85%) das empresas pesquisadas disse ter
planos de gerenciamento e resposta em algum estágio de desenvolvimento.
Com relação às principais prioridades das práticas
de segurança cibernética, as três mais citadas pelas empresas pesquisadas
foram, respectivamente, a proteção da segurança pública, o cuidado com a
segurança dos trabalhadores e a manutenção das operações contínuas, ou seja,
livre de incidentes ou ameaças.
Fonte:
Convergência Digital
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