O uso de sistemas de reconhecimento por meio
de dados biométricos está se disseminando por diferentes casos de uso. Como
discutido durante seminário o Smarter Cities & Digital ID Forum, em que
pese uma variedade de sistemas biométricos voltados à segurança pública, a
transformação digital e o uso constante de transações online exigem avanços na
identificação certeira para as necessidades do dia a dia.
"As pessoas tem a visão do reconhecimento
facial empregado na segurança, em aeroportos, em bancos. É uma ferramenta
poderosa, que está sendo utilizada cada vez por mais pessoas. No Brasil, já é
usada até em portaria de prédio. É uma coisa que está se popularizando. Ao
mesmo tempo temos que trabalhar o reconhecimento com inteligência", apontou o
diretor de Operações e Eventos da Japan House São Paulo, Claudio Kurita.
Nessa linha, o gerente de contas de sistemas
avançados de reconhecimento da NEC, Michael Krajanowski, pontuou a inserção da
biometria como ferramenta que facilita controles sem "atrito", mas como forma
de garantir uma melhor experiência ao cliente.
"Quando a gente pensa na biometria e seu uso,
e no longo prazo, existem dois aspectos importantes. A maior parte das pessoas
identifica a biometria com reconhecimento facial na parte de segurança. E
podemos expandir isso para reduzir atritos, para um check in ou check out.
Podemos ter vários tipos de identificação que podem ser compartilhadas entre
tipos diferentes de instituições. Isso tem que ser utilizado de forma a
melhorar a experiência do consumidor, sem soluços", disse Krajanowski.
Como destacou o gerente de Negócios do
Serpro, Henrique Mattiello, a biometria é uma evolução. "Hoje a gente está indo
para um mundo cada vez mais digital. E queremos de fato conseguirmos ser
identificados de forma segura, garantindo essa identidade, entregando uma
experiência diferenciada. A biometria é principalmente uma forma de validação
de identidade. E há três formas de fazer isso: o que a gente sabe, como senhas;
ou algo que tem, tokens ou celulares; e a biometria, que vem para facilitar
identificação e validação. Entrega uma experiência melhor e garante a
identidade."
Há, porém, questões que merecem maior
profundidade, como o uso da biometria de crianças, ou mesmo se existem limites
ao poder dessa ferramenta. "Isso passa por um processo de transparência",
reforçou Mattiello, do Serpro. "A gente sabe que as informações biométricas
estão sendo utilizadas, no Brasil, no mundo. Mesmo que seja para liberar o
acesso de um celular. O limite é não ser assustador. A biometria está sendo
usada para trazer mais segurança no momento de uma transação financeira, do
check in no aeroporto. Ou está sendo monitorado como um grande Big Brother.
Precisa a sociedade entender para que está sendo utilizada a biometria. Essa
transparência exige que se evolua muito para que a biometria seja melhor usada
e com melhores experiências. Transparência é chave."
"Precisamos pensar em mais freios e
contrapesos na questão da segurança. Provavelmente mais algoritmos,
armazenamento centralizado ou descentralizado dos dados. Depende da instituição,
do banco, do varejo, pequeno, gigantesco. Se é descentralizado, com informações
no telefone do usuário, talvez ninguém tenha acesso ao dado. Qual vai ser o
caminho implementado? É uma ferramenta. Estamos deixando a senha para trás.
Algo que a gente sabe que não é seguro. A biometria é um progresso. Segurança é
o mais importante. E novos pontos serão levantados à medida que a biometria for
implementada", concluiu Michael Krajanowski.
Fonte:
Convergência Digital
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