O
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes pediu vista, nesta
sexta-feira (21/4/2023), e interrompeu o julgamento que trata sobre a
constitucionalidade da cobrança da contribuição assistencial de trabalhadores
não sindicalizados. Com isso, não há data definida para a análise do caso
recomeçar na Corte.
Antes
do pedido de Moraes, já havia três votos no sentido de permitir a cobrança,
desde que seja garantido o chamado "direito de oposição" para os trabalhadores.
Seria uma mudança na posição do STF, que em 2017 considerou essa cobrança
inconstitucional.
A
contribuição assistencial é um tipo de taxa utilizada para custear as
atividades dos sindicatos. Diferentemente do imposto sindical, ela é
estabelecida em assembleia de cada categoria e não tem valor fixo.
O julgamento estava ocorrendo no plenário virtual do STF, sistema pelo qual os
ministros depositam seus votos. A análise começou no dia 14/04/2023 e estava
prevista para terminar no dia 24/04/2023.
O pedido de vista é feito quando o ministro quer mais tempo para analisar um
processo. Ele tem até 90 dias para devolver a ação para julgamento. Depois, o
processo fica liberado, mas ainda precisa ser incluído na pauta.
Mudança de posição
O
processo que trata da contribuição assistencial teve uma reviravolta nos
últimos dias. O relator do caso, Gilmar Mendes, que no passado havia votado de
forma contrária à cobrança da taxa, mudou de posição.
Gilmar disse que foi convencido pelo argumento do ministro Luís Roberto Barroso
de que a cobrança é possível, desde que haja o chamado "direito de oposição",
ou seja, que o trabalhador tenha a opção de decidir se quer pagar ou não.
Cármen Lúcia também seguiu esse posicionamento.
Fonte: O Sul
Gostou da matéria e quer
continuar aumentando os seus conhecimentos com os nossos conteúdos?
Assine, gratuitamente, a
nossa Newsletter Semanal M&M Flash, clicando no link a seguir:
https://www.mmcontabilidade.com.br/FormBoletim.aspx, e
assim você acompanha as nossas atualizações em primeira mão!