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Golpes virtuais: veja como se proteger de 8 tipos diferentes de golpes!


Publicada em 18/05/2023 às 10:00h 

Para se ter uma ideia, só em 2021 o Brasil ocupou o 5º lugar no ranking de países que mais sofreram com crimes e golpes virtuais



Se você tem o costume de assistir os noticiários ou se acompanha as atualidades pela internet, certamente já percebeu como os brasileiros têm sido vítimas de golpes virtuais nos últimos anos.


Para se ter uma ideia, só em 2021 o Brasil ocupou o 5º lugar no ranking de países que mais sofreram com crimes e golpes virtuais (segundo dados da consultoria alemã Roland Berger).


Em um cenário de falhas na segurança digital, é importante entender como se proteger - já que grande parte das nossas atividades são realizadas na internet, quais são as fraudes mais comuns e o que fazer se você foi vítima de cibercriminosos.


Para trazer mais detalhes sobre o tema, nós criamos este conteúdo. Acompanhe!


O que são os golpes virtuais?


Os golpes virtuais são todas as ações realizadas no ambiente digital com o objetivo de tirar vantagens de um usuário, como ter acesso a suas informações confidenciais, fazer a subtração de recursos financeiros, entre outras práticas ilegais.


O criminoso que comete um golpe virtual está causando diversos prejuízos à vítima, como danos materiais e danos morais.


Desde 2020, percebemos como o uso da internet aumentou entre as pessoas, fator que pode ser explicado pela pandemia. 


Consequentemente, essa tendência também foi seguida por golpistas, o que explica o aumento gigantesco desse tipo de ocorrência.


Quais são os golpes virtuais mais comuns?


Conhecer como essas fraudes funcionam é um dos principais caminhos para se proteger. Vejamos abaixo os 8 tipos mais comuns de golpes virtuais:


1- Links falsos


Os links falsos podem ser utilizados de diversas formas. O criminoso inventa uma mentira, que pode ser uma oferta de emprego, retirada de algum prêmio, sorteio, entre outras iscas que farão com que a vítima clique no link suspeito. 


Os links podem chegar via e-mail, SMS e até em mensagens do WhatsApp. Evite clicar, a não ser que seja extremamente confiável.


2- Empréstimos indevidos


Esse tipo de golpe acontece principalmente com aposentados, pensionistas e servidores públicos. Empréstimos consignados são liberados na conta dessas pessoas, sem o devido consentimento. 


Muitos só descobrem o que ocorreu quando as instituições bancárias começam a fazer o desconto do crédito que não foi solicitado, no salário ou benefício previdenciário.


3- Clonagem do WhatsApp


O criminoso faz a ligação se passando por uma empresa e solicita o código de verificação do WhatsApp, que é enviado via SMS para o celular da vítima.


Como já está sendo enganada pelo golpista na ligação, facilmente a vítima informa o código de verificação e então a sua conta do WhatsApp é clonada. 


O próprio aplicativo possui uma opção de segurança, a "verificação em duas etapas". É indicado utilizá-la para dificultar esse tipo de prática ilegal. 


4- Leilão falso


Fraudadores utilizam sites que parecem ser legalizados para criar leilões falsos de bens de grande valor, como veículos. 


As vítimas dão o lance e até chegam a efetuar pagamentos por TED ou Pix, sem conferir pessoalmente o bem que foi adquirido. Só depois é que se dão conta de que caíram em um golpe.


5- Golpes em sites de varejo


Muitas pessoas são enganadas por vendedores falsos em sites e aplicativos de compra e venda, como OLX, Mercado Livre e outros. 


Após fechar um negócio pela plataforma, o consumidor efetua o pagamento e não recebe o produto comprado. 


Nessa categoria também estão os "intermediadores" de compra e venda, principalmente em transações que envolvem a compra de veículos. 


6- Boleto falso


Nesse tipo de golpe, o criminoso envia boletos (geralmente por e-mail) com a informação de que a vítima pode sofrer uma negativação caso não faça o pagamento imediatamente.


Em alguns casos, o falso boleto vem em nome de uma empresa na qual a vítima já é cliente, o que a leva a acreditar que se trata de uma cobrança devida.


7- Golpe do pix


Existem muitas variações de golpes virtuais que envolvem o Pix, por ser uma transação financeira mais recente e que é facilmente realizada.


Uma das situações que mais ocorrem é quando o golpista finge ser um conhecido da vítima e solicita algum valor para ser transferido em uma conta em nome de terceiros. 


8- Golpe do Sim Swap (clonagem do SIM card)


Basicamente, esse golpe é aplicado através da clonagem do SIM Card, um código de identificação na rede móvel da operadora em que o usuário é cliente.


Com isso, os fraudadores podem conseguir dados e credenciais da vítima, como informações da conta bancária, senha de acesso aos aplicativos etc. 


A clonagem é feita quando o criminoso está direta ou indiretamente infiltrado na operadora ou por meio de engenharia social.


Como se proteger de golpes virtuais?


Alguns cuidados por parte do consumidor são necessários para reduzir as brechas que os criminosos tanto buscam. 


·   Cuidado com links estranhos: atenção ao receber mensagens, SMS ou e-mails com pedido de ações específicas como troca de senhas, confirmação de cadastro ou recadastramento. Há centenas de sites falsos que buscam roubar dados de consumidores para efetivar fraudes. 


·  Cheque frequentemente seu extrato bancário: essa é uma dica que vai além do cuidado com golpes virtuais. Taxas e cobranças indevidas realizadas pelos bancos geralmente só são descobertas pelo consumidor após algum tempo. Também adquira o hábito de verificar os lançamentos da sua fatura do cartão de crédito.


·  Utilize todas as opções de segurança disponíveis nos aplicativos: verificação de duas etapas e impressão digital como senha, são algumas das preferências mais indicadas.


·  Utilize senhas fortes: alterne letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos especiais. Evite senhas óbvias como data de nascimento ou número de telefone. Também é importante não repetir a mesma senha para várias contas.


·  Desconfie de ofertas imperdíveis que beiram ao absurdo: algumas fraudes têm origem a partir de e-mails enviados com promessas de ofertas imperdíveis. Acontece que, ao clicar na imagem (que geralmente contém links para captura de senhas), o consumidor pode deixar seus dados vulneráveis.


·  Cheque as informações antes de fazer qualquer pagamento: verifique se o site é confiável, se possui certificado de segurança, se o CNPJ corresponde realmente à empresa em questão. Opte por fazer transações em sites conhecidos e seguros.


Foi vítima de um golpe virtual? Saiba o que fazer 


Se você foi vítima de uma fraude digital, saiba que é necessário tomar algumas atitudes para resguardar seus dados e buscar reparação pelo dano sofrido. 


1º 
- Troque as senhas de acesso de contas bancárias, e-mails, redes sociais e demais aplicativos;


 - Se for necessário, acione o banco e demais instituições onde possua conta ou cartão de crédito;


3º 
- Se teve a conta de WhatsApp ou alguma rede social clonada, informe aos amigos e conhecidos para evitar que outras pessoas sejam lesadas;


 - Faça um boletim de ocorrência e relate todo o ocorrido;


5º 
- Guarde prints, protocolos de contato com o banco ou outras empresas que tenham relação com o golpe sofrido, e-mails e demais itens que
possam servir como prova;


6º -
 Se o golpe virtual tem relação com uma falha de segurança do seu banco, operadora de telefonia ou alguma outra empresa, também vale abrir uma reclamação no Procon.


Golpes virtuais: Documentos necessários para ingressar com uma ação judicial 


Se você desconfia que foi vítima de um golpe virtual em decorrência de uma falha de segurança, saiba que é possível buscar reparação.


Para isso, busque o auxílio de um advogado especialista em direito do consumidor


Este profissional vai analisar o seu caso e verificar se há alguém ou alguma empresa que deve ser responsabilizada pelo ocorrido.


Se houver, uma ação judicial para reparar os danos sofridos é o melhor caminho a ser seguido. 


Os seguintes documentos são necessários para ingressar com um processo por golpe virtual:


·  Cópia dos documentos pessoais (CPF e RG);


·  Cópia do comprovante de renda;


·  Cópia do comprovante de residência;


·  Cópia do boletim de ocorrência;


·  Provas relacionadas ao golpe sofrido (como prints e protocolos de atendimento);


·  Demais documentos que possam comprovar o fato ocorrido.




Fonte: Jornal Contábil / Marques Sousa & Amorim





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