As empresas de referências no mercado
comprometidas com sua reputação, cada vez mais precisam se adaptar aos novos
paradigmas do mercado, que incluem políticas de governança e responsabilidade
corporativa. No que diz respeito aos fabricantes de produtos um dos pilares
obrigatórios para manter a credibilidade é estar em dia com a homologações dos
equipamentos.
De acordo com dados divulgados pela Anatel,
ao longo de 2021 foram retirados do mercado mais de 3,3 milhões de equipamentos
irregulares. Os resultados de 2021 é o mais expressivo desde a criação do Plano
de Ação de Combate à Pirataria.
Nesse cenário, o índice de produtos não
homologados ainda é significativo, pois muitas organizações tomam decisões
pautadas em custos acessíveis, e a partir da prática do consumidor em adquirir
equipamentos com valores atraentes acabam comprando soluções de origem duvidosa
que na maioria das vezes não cumprem com os requisitos do mercado.
Mas
porque as empresas devem se preocupar com isso?
Em primeiro lugar, para estar a favor da lei.
Em muitos setores, existem regulamentações específicas que exigem que as
empresas usem produtos homologados e certificados. Por exemplo, em algumas
indústrias, existe a obrigação de usar equipamentos de segurança específicos
que foram homologados por agências reguladoras governamentais. Ou seja, existe
uma regulamentação para ser respeitada.
Em segundo lugar, a responsabilidade. Se uma
empresa comprar um produto que não foi homologado ou certificado e, em seguida,
ocorrer algum problema, ela pode ser responsabilizada pelo ocorrido. Ao comprar
produtos homologados e certificados, as empresas demonstram que tomaram medidas
para garantir a segurança e a qualidade de seus produtos e que estão tomando
precauções razoáveis ??para
evitar problemas.
No terceiro lugar, temos a qualidade. Os
produtos homologados e certificados foram testados e aprovados por autoridades
ou organizações independentes que garantem que esses produtos atendem a
determinados padrões de qualidade e segurança. Isso significa que as empresas
podem confiar no produto que estão comprando e minimizar o risco de problemas
futuros.
Em quarto lugar, a eficiência. Produtos
homologados e certificados geralmente são testados e aprovados para atender a
determinados padrões de desempenho, prevenir problemas com o uso do aparelho, o
que significa que eles podem ser mais eficientes do que produtos não
homologados ou certificados. Por exemplo, um sistema de iluminação homologado
pode ser mais eficiente em termos de energia do que um sistema de iluminação
não homologado.
Em quinto, a saúde. Diversos órgãos e
agências reguladoras, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia?(Inmetro) repensáveis
por regular e fiscalizar produtos elétricos, ferramentas, utensílios, fazem
testes em aparelhos e equipamentos antes que os produtos sejam comercializados,
para prevenir qualquer risco a saúde.
Por último, a segurança cibernética. Empresas
que homologam seus produtos em órgãos reguladores devem fornecer, além da
garantia para seus produtos contra defeitos de fabricação, a garantia de que
esses produtos são seguros para os dados dos usuários também. Em um cenário
global em que informações sensíveis circulam cada vez mais, é de extrema
importância que os dados dos usuários estejam protegidos.
Todos esses procedimentos são essenciais para
a aquisição de produtos, que quando seguidos corretamente é possível contar com
a assistência do fornecedor. Caso contrário, dificilmente o fabricante prestará
suporte quando o cliente precisar. Portanto, é importante levar em consideração
os serviços prestados pela organização, contar com fornecedores capacitados e
comprometidos com a lei e com seus stakeholders. Comprar produtos homologados e
certificados é importante para garantir a qualidade, a segurança, a
conformidade regulatória e a eficiência das operações da empresa.
Autor:
Daniel Hojaij é Gerente de Produto da
Dahua Technology.?