Levantamento identificou mais de 6 mil grupos econômicos irregulares com
atuação no Rio Grande do Sul
Por meio do uso de tecnologia e de reforço na fiscalização, a Receita
Estadual (RE) do RS está ampliando o combate a empresas que atuam de maneira
irregular no Simples Nacional - regime tributário simplificado destinado a
micro e pequenas empresas. Com o compromisso de promover a justiça fiscal e de
garantir um ambiente de negócios saudável para todos os envolvidos, ampliando a
conformidade tributária, a subsecretaria vem reforçando a atuação com foco em
grupos econômicos.
Conhecido por simplificar as questões tributárias, o Simples Nacional
tem sido alvo de algumas práticas ilegais por parte de grupos econômicos, que
reúnem empresas com personalidades jurídicas diferentes (leia mais abaixo).
Dessa forma, as empresas se utilizam do sistema para pulverizar o faturamento
em diferentes estabelecimentos, sonegando impostos e obtendo vantagens tributárias
indevidas.
Para enfrentar esse desafio, a Receita Estadual do RS está fortalecendo
sua atuação e aprimorando os mecanismos de fiscalização, como, por exemplo, por
meio de projetos do Receita 2030+, que reúne 30 iniciativas para modernização
da administração tributária gaúcha. Um dos valores públicos estratégicos do
programa é justamente voltado à Conformidade Tributária, com foco na
especialização da fiscalização, no combate às fraudes fiscais e no uso de
dados, tecnologia e inteligência artificial.
As principais ações da Receita Estadual do RS para melhorar a
conformidade das empresas optantes pelo Simples Nacional foram pauta de reunião
realizada nesta quinta-feira (27/7/2023). O objetivo é executar um Plano de
Melhoria da Conformidade para o Simples Nacional, abrangendo uma série de
medidas que foram apresentadas ao longo do encontro - como, por exemplo, ações
de comunicação, iniciativas legislativas, ações de autorregularização e ações
repressivas de fiscalização.
Nesse sentido, a formação de grupo econômico, por si só, é uma prática
permitida inclusive pela legislação do Simples Nacional, desde que respeitando
os limites e vedações previstos. O objetivo é, portanto, identificar quais
grupos atuam dentro da regularidade e quais estão fraudando o regime, o que
exige atuação mais forte do Fisco gaúcho. Recentemente uma análise feita pela
Receita Estadual do RS identificou mais de 6 mil grupos econômicos irregulares
de diversas faixas de faturamento com atuação no estado.
"Após o trabalho de identificação desses grupos do Simples Nacional,
hoje entendemos que conseguimos enxergar o todo. Até quatro anos atrás, não
tínhamos essa visão do regime. Evoluímos bastante nesse sentido. A ampliação do
trabalho é um passo importante para garantir a justiça fiscal e a igualdade de
condições no mercado empresarial", ressaltou o chefe da Divisão de Fiscalização
da Receita Estadual do RS, Ricardo Brambilla da Fonseca.
O trabalho também se propõe a pensar em ações transversais para melhoria
da conformidade do setor, como campanhas de comunicação para orientações de
regularização aos contribuintes. Dessa forma, a Receita busca ajudar o
contribuinte a se regularizar, sem tornar o negócio insustentável. A divulgação
das orientações e informações sobre o tema busca promover a transparência e
esclarecer dúvidas. O conteúdo explicativo elaborado pela Receita Estadual do
RS está disponível neste link.
"Temos que pensar em políticas tributárias para que essas empresas
tenham uma chance de continuar sobrevivendo, para que elas tenham uma
oportunidade de retomada, com ações preventivas, ágeis e eficientes para sanar
irregularidades. Agora, nos casos em que o planejamento tributário é feito para
fraudar, devem ser realizadas ações repressivas de fiscalização, como forma de
garantir mais justiça fiscal e concorrência leal entre as empresas", destacou o
subsecretário da Receita Estadual do RS, Ricardo Neves Pereira.
O que é um grupo econômico?
Um grupo econômico reúne empresas com personalidades jurídicas distintas
para atuar de forma organizada em busca de interesses comuns. Fazer parte de
grupo econômico, quando dentro da legalidade, pode proporcionar economia
financeira e tributária. A legislação que rege o Simples Nacional não traz
proibição para que empresas participem de grupo econômico. Contudo, devem ser
respeitados os limites e as vedações previstas nas leis.
Nesse sentido, a Receita Estadual do RS busca combater o uso de
estratégias de pulverização do faturamento em diferentes estabelecimentos, em
que são formados grupos econômicos irregulares. Esses grupos visam unicamente
obter vantagens tributárias ilegais, simulando estruturas societárias e
provocando concorrência desleal no ambiente de negócios.
Fonte: Ascom Sefaz/Receita Estadual do RS, com edição do texto pela M&M Assessoria Contábil
Gostou da matéria e quer
continuar aumentando os seus conhecimentos com os nossos conteúdos?
Assine, gratuitamente, a
nossa Newsletter Semanal M&M Flash, clicando no link a seguir:
https://www.mmcontabilidade.com.br/FormBoletim.aspx, e
assim você acompanha as nossas atualizações em primeira mão!