As
modalidades de transferências se tornaram obsoletas com a chegada do Pix, que
encontrou grande aceitação entre os brasileiros
Os brasileiros poderão fazer transferências via DOC até às 22 horas de 15 de
janeiro de 2024, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A
data marcará o encerramento da oferta da operação, existente há quase quatro
décadas, e que se tornou obsoleta com a chegada ao mercado do Pix, o sistema de transferências instantâneas criado pelo Banco Central.
O encerramento foi comunicado pelos bancos em 2023. Após o prazo final, não
será mais possível fazer novos DOCs. Até lá, será possível agendar transações
através desse meio de pagamento para liquidação até o dia 29 de fevereiro de
2024, que também será o último dia para que os bancos processem DOCs enviados
pelos clientes.
O DOC foi criado pelo Banco Central em 1985. Por meio dele, os clientes fazem
transferências para outras contas bancárias, mas a operação só é efetivada no
dia útil seguinte em operações feitas até às 21h59 daquele dia. Se o DOC é
feito a partir das 22 horas, só cai na conta do beneficiário no segundo dia
útil seguinte.
TED
Além do DOC, será extinta a TEC, criada pelo Banco Central para que empresas
pagassem salários e benefícios aos funcionários, mas que também caiu em desuso.
"Tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e
sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos", diz em nota o
diretor adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria. "Os clientes têm
dado preferência ao Pix, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que
pode ser transacionado."
Mesmo antes do Pix, o DOC enfrentava a concorrência de um meio de transferência
mais rápido: a TED, que foi criada em 2002 e que permite que o envio de
dinheiro seja efetivado no mesmo dia caso a operação aconteça até às 17 horas.
A TED é um meio de pagamento popular para transferências de grandes valores. A
utilização do DOC vem caindo. No primeiro semestre do ano passado, o
instrumento somou 18,3 milhões de operações, ou 0,05% das operações de
pagamento feitas no País.
O Pix, com 17,6 bilhões de operações, os cartões de crédito e débito, com 8,4
bilhões casa, e a própria TED, com 448 milhões, ficaram à frente, de acordo com
levantamento da Febraban.
Em novembro/2023, de acordo com o Banco Central, as transferências via DOC
movimentaram R$ 1,522 bilhão. O Pix teve uma movimentação muito maior: R$ 1,741
trilhão. A TED, por sua vez, movimentou R$ 3,135 trilhões.
Fonte: Diário do Comércio / Estadão, com
edição do texto pela M&M Assessoria Contábil
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