Serviços de "consultoria" prometem restituição de
tributos
A Receita Federal
iniciou a terceira etapa da Operação Retificadora, que envolve a fiscalização
de empresas optantes pelo Simples Nacional. Iniciada com a investigação de
retificações de declarações fraudulentas, ela envolveu também uma ampla etapa
de incentivo à autorrregularização. Para as empresas que não regularizaram
voluntariamente sua situação, a Receita atua, agora, em sua fase coercitiva.
No
primeiro lote de fiscalizações em Minas Gerais, já foram autuadas 34 empresas,
além de doze terem regularizado suas pendências ainda no prazo da diligência
(ou seja, em até 20 dias da ciência da intimação). As duas situações
representam uma recuperação de mais de 11 milhões de reais em crédito
tributário. Nos próximos dias, a Receita Federal em Minas Gerais iniciará a
fiscalização de um novo lote de aproximadamente 500 empresas.
Histórico da operação
Em
outubro de 2022, a Receita Federal, junto com a Polícia Federal e o Ministério
Público Federal, deflagrou a Operação Retificadora que visava apurar supostos
serviços de "consultoria" a pequenas e médias empresas optantes pelo regime tributário
diferenciado denominado Simples Nacional, que resultavam na restituição
indevida das contribuições ao PIS e Cofins.
Os
autodenominados "consultores" abordavam empresários alegando, de forma
enganosa, que esses contribuintes teriam direito ao ressarcimento de PIS e
Cofins. A restituição acontecia por meio da alteração indevida da natureza da
receita bruta.
Pela
análise dos dados, estimou-se que somente um grupo criminoso causou prejuízo de
44 milhões aos cofres públicos. Foram cumpridos nove mandados de busca e
apreensão, em Belo Horizonte e em Nova Lima. A justiça também decretou o
bloqueio de cerca de R$ 40 milhões que seriam de propriedade do grupo
fraudador.
Na
segunda etapa, iniciada ainda em 2022 e com foco na conformidade dos
contribuintes que utilizaram os "serviços" das empresas fraudadoras, a Receita
Federal realizou palestras para empresas com inconsistências de restituições e
compensações. O objetivo principal era alertar para a fraude e explicar como
fazer a regularização. Foram enviadas cartas de autorregularização, com um
prazo para a regularização sem sanções.
Além
disso, um bloqueio de processos de restituição com suspeita de fraude foi
efetuado, sendo que o prejuízo total poderia chegar a R$ 1,4 bilhão.
A
Operação Retificadora mostra uma atuação da Receita Federal sempre atenta ao
perfil dos contribuintes: para o contribuinte que quer ou está disposto a pagar
seus tributos, o foco principal é informar e auxiliar no cumprimento das
obrigações. Para os contribuintes que não se regularizam e para os fraudadores,
é realizada a fiscalização rigorosa, visando a proteção dos recursos públicos.
Fonte:
Receita Federal do Brasil, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil
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