Veja
também o número de empresas e faturamento do setor de dez estados brasileiros
O setor de tecnologia no Brasil faturou R$
754,9 bilhões em 2023, com um crescimento de 5,2% em relação ao ano anterior -
e um acumulado de 23% desde 2020. O número reflete um aquecimento do mercado
que teve três estados em destaque no ano passado: Ceará, Santa Catarina e
Paraná, com altas de 7,8%, 7,6% e 5,5%, respectivamente.
Os dados serão apresentados pela Associação
Catarinense de Tecnologia (ACATE) na abertura no Startup Summit, em Florianópolis (SC), nesta quarta
(14/08/2024). O levantamento faz parte do projeto Observatório ACATE, conta com
dados coletados pela Neoway e informações extraídas de fontes públicas, e traz
um panorama do segmento tecnológico de todo o Brasil e um recorte mais
detalhado para Santa Catarina.
Com um ecossistema em crescimento e entre
os estados com as maiores taxas de novas empresas no país nos últimos anos,
Santa Catarina alcançou 7,5% do seu PIB vindo do faturamento dos negócios de
tecnologia. O estado do Sul tem atualmente o terceiro maior crescimento no
número de empresas e conta com o sexto maior faturamento do país.
Com um faturamento de R$ 38 bilhões em
2023, o setor de tecnologia catarinense teve um crescimento de 7,6% em relação
ao ano anterior. O estado possui 27,6 mil empresas no setor e foi eleito o
segundo mais inovador do Brasil pelo Ranking IBID de Inovação e Desenvolvimento
divulgado neste ano, o que tem feito a fatia da tecnologia no PIB ser cada vez
maior. Representante do segmento e com mais de 1800 empresas associadas, a
ACATE projeta que Santa Catarina terá 10% do PIB composto pelo setor até o ano
de 2030.
"Em 1986 existiam cerca de 100 empresas de
tecnologia em Santa Catarina, e hoje somos o terceiro estado do Brasil com
maior número de companhias em relação ao número de habitantes, atrás apenas de
São Paulo e do Distrito Federal. O crescimento é exponencial e ampliar a
representatividade no PIB é um dos grandes objetivos, visto que somos um estado
de muita diversidade na economia", destaca o presidente da ACATE, Diego Brites Ramos.
CENÁRIO NACIONAL
A ampliação do faturamento reflete também
na participação da tecnologia no PIB dos Estados. Amazonas, São Paulo e Santa
Catarina lideram neste quesito de participação no PIB de cada unidade
federativa. Com o maior número de empresas e principal centro econômico do
país, inclusive na prestação de serviços e na indústria de tecnologia, São
Paulo somou 11% do PIB com o segmento. Já o Amazonas atingiu 15,4%, com forte
influência da Zona Franca de Manaus e os benefícios fiscais de décadas para que
empresas direcionem indústrias na região.
Em nível nacional, São Paulo segue
liderando com folga o ranking de estado com mais empresas de tecnologia: são
223 mil (em 2022 eram 194 mil), com um faturamento que soma R$352,2 bilhões por
ano. O Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, com 54 mil empresas e
faturamento de R$64,9 bilhões.
Ranking
do setor de tecnologia no Brasil (por número de empresas)
GERAÇÃO DE EMPREGOS
O relatório do Observatório ACATE traz
também uma seção dedicada à geração de empregos na tecnologia. Conforme o
levantamento, o total de colaboradores do setor de tecnologia brasileiro passou
de 1 milhão, em 2021, para 1,1 milhão em 2022. Desses, cerca de 40% são do estado
de São Paulo (436,5 mil colaboradores), seguido por Minas Gerais (8,9%), Rio de
Janeiro (7,9%) e Santa Catarina (7,88%) - que se destaca proporcionalmente na
concentração de profissionais por ter a menor população entre os estados
citados.
A atratividade do setor para os
profissionais fica clara quando o salário médio é colocado em comparação.
Utilizando como base dados de Santa Catarina extraídos da RAIS, os
trabalhadores da tecnologia possuem renda mensal média na faixa dos R$ 5 mil,
contra R$3 mil na indústria, R$2,5 mil na construção e comércio e R$1,8 mil no
setor de alojamento e alimentação.
Fonte: SC Inova
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