Grupo de três trabalhadores laboravam na colheita de erva mate. Além das
condições precárias, não possuíam autorização para trabalhar no Brasil, nem CPF
ou registro em carteira
Uma
operação de combate ao trabalho análogo à escravidão coordenada pelo Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou na última segunda-feira (2/12/2024) um
grupo de três trabalhadores de nacionalidade argentina de condições degradantes
no município de Arvorezinha, no Rio Grande do Sul. O grupo laborava na colheita
de erva-mate para uma indústria ervateira do município, que fica a 200 km de
Porto Alegre. A operação foi realizada com apoio do Ministério Público do
Trabalho (MPT) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo
os auditores fiscais do Trabalho que participaram da ação, eles estavam
alojados em uma edificação que havia sido uma escola municipal e uma pequena
sala de aula servia de dormitório e cozinha. O local não oferecia condições
adequadas, sem chuveiro no banheiro ou geladeira para a conservação dos
alimentos e todos dormiam em colchões no chão. Mesas escolares eram
improvisadas como apoio para o preparo dos alimentos.
Segundo
a fiscalização, além de estarem em condições precárias, os trabalhadores não
possuíam autorização para trabalhar no Brasil, nem CPF ou registro em carteira.
Dois trabalhadores não eram alfabetizados, não sabiam ler e escrever.
Com
o resgate, o Ministério do Trabalho garantiu aos trabalhadores as verbas rescisórias
devidas e todos tiveram custeado o seu retorno à Argentina, local de origem,
com emissão de três parcelas do seguro-desemprego devida a cada um deles.
A
operação reforça o compromisso das autoridades brasileiras no combate ao
trabalho escravo e na proteção dos direitos humanos, especialmente em situações
que envolvem trabalhadores imigrantes internacionais em vulnerabilidade
Como denunciar?
As denúncias de irregularidade trabalhistas em geral poderão ser feitas por
qualquer pessoa, pelo link: https://denuncia.sit.trabalho.gov.br ou
pelo sistema ipê, https://ipe.sit.trabalho.gov.br.
As denúncias no sistema Ipê podem ser sigilosas e muito importantes para que as
instituições públicas possam ter conhecimento e adotem as medidas cabíveis.
Fonte: Ministério do
Trabalho e Emprego, com edição do texto pela M&M Assessoria
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