Esses eventos são
rituais importantes que marcam o encerramento do ano, mas podem ser um
verdadeiro campo minado para comportamentos inadequados.
E aí, já recebeu o convite para a
festa da firma? Esses eventos são ótimos para celebrar as conquistas do ano com
colegas e chefes, mas também podem ser um verdadeiro campo minado para
comportamentos inadequados.
Mesmo assim, faltar não é a melhor
opção para evitar virar o assunto do dia seguinte. A festa da firma é um ritual
importante, que marca o encerramento do ano e proporciona interação fora do
ambiente de trabalho.
Participar é importante para mostrar
como você é em momentos de celebração, explica Ana Lúcia Spina, coach de
carreiras e instrutora na Ynner, que oferece treinamentos e programas de
desenvolvimento personalizados.
"Tem gente que falta três anos
seguidos à festa do trabalho. Que importância essa pessoa está dando para o
trabalho em equipe e para os princípios da companhia? Porque é um momento de
fortalecer a cultura e criar unidade", completa Lais Vasconcelos, gerente
de recrutamento da Robert Half.
Se faltar pode parecer indelicado,
como se comportar adequadamente? Tem alguma regra para se vestir ou assuntos
que é melhor evitar? Abaixo, especialistas tiram essas dúvidas e abordam o tema
a partir dos seguintes pontos:
Beber, dançar... como se comportar?
Um bom truque é comparar a
confraternização a uma reunião enquanto se trabalha em home office, sugere Mariana
Malvezzi, professora de gestão de equipes colaborativas da ESPM. É um caso
clássico em que o pessoal e o profissional acabam se misturando, mas existem
limites.
"No on-line, mostro a sala da
minha casa, o quadro na parede, mas deixo resguardada aquela bagunça no canto.
Então, é bom participar, mas resguardando um pedaço do que é a nossa
privacidade", compara.
Se você gosta de um drink, tudo bem!
Mas lembre-se: a festa é um ambiente de
trabalho. "A festa é para gerar
conexões, não para criar situações embaraçosas", aconselha Ana Lúcia.
Se a festa inclui DJ e pista de
dança, a coach de carreira encoraja a participação, desde que seja de forma
leve e divertida. "A proposta é se soltar e brincar, sem exageros ou
performances que possam chamar atenção de forma negativa", orienta.
Brilhos, decotes e bermuda
Ainda comparando o evento de fim de
ano com uma videochamada: "Eu posso estar na minha casa com shorts de
ginástica, um top, mas, para a reunião on-line, não vou aparecer dessa
forma", ensina Malvezzi.
"Na festa de trabalho, a lógica
é a mesma: a roupa pode ser mais descontraída, mas com moderação".
Ana Lúcia recomenda também optar por
roupas que transmitam elegância e conforto. "A elegância está em se sentir
bem e autêntica. Evite roupas que possam causar desconforto ou parecerem
vulgares".
Assuntos proibidos
Evite discutir religião ou política,
que podem gerar desconforto. E não cobre ninguém sobre o trabalho durante a
festa. "Isso é super desagradável", conclui Mariana.
Já Ana Lúcia acredita que nada está
proibido, desde que haja um eco positivo na conversa.
"Falar sobre trabalho pode ser
válido se a outra pessoa também estiver interessada, mas é interessante
explorar outros assuntos, como filmes, séries e hobbies", sugere.
É hora de networking?
A festa da firma pode ser uma
oportunidade para fazer networking, mas a coach de carreira alerta para a
abordagem correta.
"Elogiar o trabalho de um
superior e expressar admiração pela área dele é válido, mas tentar direcionar a
carreira durante a festa pode ser indelicado", afirma Ana Lúcia.
Paquerar o 'crush' do trabalho
As festas podem ser um bom momento
para paquerar, mas cuidado! Algumas empresas têm regras sobre relacionamentos
entre funcionários.
"Se você flertar, pode arriscar
seu emprego", alerta Mariana.
Em ambientes onde isso é comum, tudo
bem, mas evite exageros. Nesse caso, Ana Lúcia sugere abordagens respeitosas e
discretas.
"Um convite para tomar uma taça
de vinho juntos pode ser válido, mas é importante não transformar a festa em
uma balada", adverte.
Vença a timidez
A confraternização é uma ótima
oportunidade para conhecer novas pessoas. "Evite ficar na sua
panelinha", recomenda Kátia Taras, especialista em comportamento.
Para aqueles que se sentem
intimidados em eventos sociais, as especialistas sugerem usar perguntas como
uma ferramenta para iniciar conversas.
"Perguntas simples como 'Você
está planejando algo para o fim do ano?' podem gerar um bate-papo agradável e
mostrar interesse genuíno pelo outro", aconselha a coach de Ynner.
Fonte: G1