A decisão de abrir uma holding
deve ser pautada em uma análise detalhada, que leve em conta tanto os objetivos
do titular quanto as especificidades de sua estrutura patrimonial e empresarial
A cobrança de
impostos sobre heranças apresenta grande variação ao redor do mundo. Enquanto
países como França aplicam alíquotas que podem chegar a 60%, Alemanha e Suíça
alcançam 50%, e nos Estados Unidos e Reino Unido os percentuais ultrapassam
40%. No Brasil, o cenário empresarial é marcado por um número expressivo de
holdings: no início de 2024, o Mapa de Empresas do Governo Federal registrava
pelo menos 117 mil holdings ativas, incluindo aquelas voltadas ao controle e
administração de bens, especialmente imóveis.
País
|
Alíquota (%)
|
França
|
60
|
Nos últimos
anos, a abertura de holdings tem ganhado destaque como uma estratégia eficiente
para empresários e famílias que buscam otimizar a gestão de seus patrimônios.
Embora o conceito possa parecer técnico, sua aplicação prática revela vantagens
como a proteção de bens, a simplificação administrativa e benefícios
tributários.
De acordo com Renata
Bilhim, advogada tributarista e ex-conselheira do CARF, a decisão de
criar uma holding exige um planejamento criterioso e um entendimento claro das
necessidades específicas de cada caso. "Uma holding pode ser altamente
vantajosa em diversos contextos. Para famílias, por exemplo, é uma forma
eficiente de organizar a sucessão patrimonial, prevenindo disputas e
assegurando que os bens sejam distribuídos de forma justa", comenta.
Já no âmbito empresarial, ela destaca que a estrutura facilita a
separação entre o patrimônio pessoal e o da empresa, além de permitir uma
gestão mais estratégica dos ativos. Contudo, é importante considerar as
implicações legais e tributárias envolvidas, especialmente no que diz respeito
à sua manutenção e custo de operação.
Cuidados ao
abrir uma holding
"A decisão de abrir uma holding deve ser pautada em uma análise
detalhada, que leve em conta tanto os objetivos do titular quanto as
especificidades de sua estrutura patrimonial e empresarial. Não é uma solução
universal, mas uma ferramenta de muito valor quando bem aplicada", pontua a
especialista.
A criação de uma holding, seja familiar ou empresarial, também é uma
forma de proteção patrimonial, resguardando os bens contra riscos jurídicos e
financeiros. Além disso, a centralização dos ativos possibilita um controle
mais eficiente, especialmente em casos de patrimônios diversificados ou
localizados em diferentes jurisdições. A decisão, no entanto, deve ser sempre
acompanhada de um planejamento tributário bem estruturado, que avalie o impacto
de impostos como ITCMD, IRPJ e outros que podem variar conforme a estrutura
adotada.
"Para aqueles
que consideram a abertura de uma holding, é imprescindível buscar a orientação
de profissionais qualificados, como advogados especializados e consultores
tributários, para garantir que a estrutura esteja alinhada às necessidades e
objetivos específicos", conclui Renata.
Nota M&M: A M&M Assessoria Contábil tem expertise em
assessoria na abertura de holding. Contate-nos pelo Telefone/WhatsApp (51)
3349-5050.
Fonte:
Jornal Contábil, com "nota" da M&M
Assessoria Contábil